Tratar tumores
em estágio inicial pode reduzir as ocorrências de impotência e incontinência
urinária
O câncer de próstata é a neoplasia mais comum e a
segunda maior causa de morte entre os homens brasileiros. Só neste ano, são
estimados, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 68 mil casos
novos. Apesar das importantes conquistas terapêuticas dos últimos anos, de
acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia aproximadamente 25% dos pacientes
com câncer de próstata ainda morrem devido à doença.
Diante deste cenário o diagnóstico,
acompanhamento e o tratamento adequado são as medidas de prevenção mais
assertivas. De acordo com o Dr. Carlo Passerotti, Coordenador do Centro de
Cirurgia Robótica e do Centro Especializado em Urologia do Hospital Alemão
Oswaldo Cruz, tais condutas podem proporcionar mais de 90% de cura da doença e
que homens diagnosticados com câncer de próstata em estágios iniciais possam
terminar o tratamento mantendo a potência e a continência urinária.
"O diagnóstico precoce associado aos avanços
tecnológicos, que permitem cirurgias menos invasivas, como os procedimentos
robóticos, auxiliam com altas chances de cura e proporcionam mais qualidade de
vida aos pacientes após os procedimentos" diz o Dr. Passerotti.
A partir dos 50 anos os homens, devem procurar
seu médico de confiança e realizar o rastreamento do câncer de próstata por
meio dos exames de toque retal associado ao exame da dosagem do antígeno prostático
específico (PSA, na sigla em inglês) no sangue. Nos casos suspeitos, é indicada
a realização da ressonância magnética e da biópsia prostática. Estudos mostram
que homens da raça negra têm risco 60% maior de desenvolver a doença e a
mortalidade nesta população é três vezes maior que em homens brancos e
amarelos.
A hereditariedade é um dos principais fatores de
risco para o desenvolvimento do câncer de próstata. Homens cujos parentes de
primeiro grau (pai ou irmãos) diagnosticados com câncer de próstata têm o dobro
de chances de desenvolverem a doença. Portanto, homens negros e aqueles com
histórico familiar devem começar o rastreamento aos 40 anos.
O especialista também ressalta que apenas 20% dos
tumores de próstata são casos avançados da doença e que apresentam metástases,
quando o câncer atinge outras regiões do organismo, diferentes do órgão que
originou a doença.
Opções terapêuticas
O Hospital Alemão Oswaldo Cruz conta com
equipamentos de última geração para o diagnóstico cada vez mais precoce dos
tumores prostáticos, como a ressonância magnética de 3 Tesla, aparelho que
realiza os exames até 25% mais rápido, além de contar com uma melhor resolução
de imagens.
A importância do diagnóstico precoce tem relação
direta com a eficácia da terapêutica e depende principalmente do tamanho e da
localização do tumor. As cirurgias da próstata podem ser realizadas de diversas
maneiras, inclusive por meio de procedimentos robóticos, que permitem ao
cirurgião ter uma visão ampliada e em três dimensões da próstata e
consequentemente do tumor. A incisão realizada também é menor quando comparada
a cirurgia convencional, proporcionando posteriormente mais qualidade de vida
para o paciente.
Entre os tratamentos mais recentes está também o
hipofracionamento da próstata. Trata-se de uma tecnologia de radioterapia - a
de intensidade modulada ou IMRT - para redução do tempo total de tratamento
irradiante. Com isso, o que antes era feito em 40 dias pode ser realizado em 28
ou mesmo em somente 20 dias úteis. Para tratar os casos avançados de câncer de
próstata são utilizados hormonioterapia, quimioterapia e radiofármacos de
terapia alvo.
www.hospitaloswaldocruz.org.br
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