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sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

Empresas precisam colocar em prática o conceito de sustentabilidade



Com as consequências do aquecimento global cada vez mais presentes em nosso dia a dia, as questões climáticas deixaram de estar relacionadas apenas ao meio ambiente e passaram a ser um grande desafio no âmbito da política e da economia mundial - além, é claro, de envolver toda a sociedade. Atentos a isso e em busca de manter o aumento da temperatura média mundial abaixo de 2°C, quase 200 países assinaram, em dezembro de 2015, o Acordo de Paris.

Entre os signatários, está o Brasil, sétimo maior emissor de gases de efeito estufa (GEEs) do planeta, que tem a meta de reduzir em 37% as suas emissões até 2025. De acordo com o levantamento “Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG)”, realizado pelo Observatório do Clima (OC), o setor de Uso da Terra e da Floresta – representado, sobretudo, pelas queimadas e pelo desmatamento de biomas como a Amazônia e o Cerrado -  emite 51% dos GEEs em nosso país.

Agora, fica o questionamento: como as empresas podem contribuir para reverter esse cenário? A resposta é uma só: é fundamental que coloquem em prática o conceito de sustentabilidade. Ou seja, de forma transversal, elas precisam tornar essa questão uma rotina nos negócios; engajar os colaboradores, clientes e fornecedores; alinhar todos os processos internos, desde a matéria-prima, passando pela produção e o transporte, até o descarte - para que o impacto seja  o menor  possível; investir em tecnologia e capacitação; e, por fim, incluir no planejamento a mensuração de resultados sociais e ambientais.

Além dessas atitudes internas, é importante também que a iniciativa privada estabeleça parcerias com ONGs e institutos, que possam agregar diferentes expertises. Outra medida interessante é buscar certificações de entidades competentes, capazes de atestar de forma confiável os impactos das políticas e ações ligadas à sustentabilidade e muito úteis como ferramentas de gestão, já que podem sistematizar os processos organizacionais. 

Todos esses aspectos podem ser aplicados em empresas de qualquer área de atuação. Agora, vou entrar no mérito da indústria alimentícia, uma vez que o atual modelo de produção de alimentos usualmente praticado no Brasil também traz consequências negativas à biodiversidade e ao clima. Além do desmatamento, dito como necessário para o crescimento do setor, os insumos agrícolas aplicados de maneira inadequada prejudicam os ecossistemas,  a saúde humana e comprometem o recurso hídrico muitas vezes já escasso.

Para combater essa realidade, as companhias da indústria de alimentos precisam incentivar os sistemas produtivos mais eficientes e orgânicos, utilizar integralmente determinados frutos, desde a polpa até as sementes (as quais geram ingredientes riquíssimos em sabor e nutrientes), incentivar o empreendedorismo de comunidades que produzem no campo e fomentar os sistemas que utilizem os produtos da floresta em pé ou até promovam o reflorestamento. Dessa maneira, é possível gerar riqueza em vários sentidos e conectar as necessidades globais à demanda dos consumidores.





Thaís Hiramoto - especialista em sustentabilidade da Concepta Ingredients, Unidade de Negócio do Grupo Sabará que se dedica ao desenvolvimento de soluções naturais e tecnológicas, com foco nas indústrias de alimentos, bebidas, nutrição animal e farmacêutica veterinária.


Especialista adverte sobre a importância da vitamina D



Fundamental para a manutenção do tecido ósseo, a vitamina também influencia consideravelmente no sistema imunológico


Ter uma rotina corrida dentro do escritório, muitas vezes, afasta as pessoas da exposição ao sol, contribuindo para a falta de vitamina D no organismo. O sol e a alimentação são os responsáveis pela vitamina essencial para a manutenção do tecido ósseo, além de diminuir a probabilidade do surgimento de outras doenças que aumentam o risco de fraturas no corpo.

A dermatologista Marcela Vidal, do Hapvida Saúde, explica que a vitamina D faz parte da categoria lipossolúvel, ou seja, uma vitamina solúvel em gordura, e sua função contempla o bom funcionamento do sistema imunológico e metabolismo ósseo. “Ela tem papel fundamental na produção do osso saudável. Nas crianças sua falta pode ocasionar raquitismo e nos adultos contribuir para a osteoporose aumentando o risco de fraturas”, explica.

A principal fonte de vitamina D está na exposição à radiação ultravioleta: aproximadamente 15 minutos de banho de sol, 3 vezes por semana, sem utilizar protetor solar e expondo apenas 18% do corpo, como, por exemplo, usar uma camiseta e uma bermuda durante o período já é suficiente. Vale ressaltar, que o ideal é evitar tomar ao sol nos horários entre 10h e 15h, quando a incidência de radiação aumenta podendo ser prejudicial à saúde em caso de exposição exagerada.

“Porém, se com esta medida a pessoa não atingir os níveis adequados, deve receber suplementação oral e não aumentar a exposição solar devido os riscos de desenvolver neoplasias cutâneas”, diz a dermatologista.

Além da exposição solar, existem alimentos ricos em vitamina D que podem ser encontrados com frequência na dieta dos brasileiros. Dentre eles estão peixes como o salmão, o arenque, a cavala e até mesmo o óleo de peixe. No entanto, a especialista faz um alerta: “a participação da alimentação nos níveis de vitamina D do organismo é pequena”. 

A deficiência de vitamina D causa alteração nos níveis dosados do sangue que ficam abaixo de 20 ng/ml. “Neste caso indica-se a exposição solar conforme já citado ou o uso de suplemento vitamínico, caso o paciente já tenha a exposição solar adequada e esteja com a qualidade dos ossos prejudicada” finaliza a dermatologista.



Saúde amplia público-alvo para utilização de repelentes



A recomendação é que os estados definam outros grupos prioritários, além das gestantes cadastradas no Programa Bolsa Família 


O Ministério da Saúde, em conjunto com as secretarias de saúde dos estados e dos municípios ampliaram o público-alvo para a dispensação de repelentes em todo o país. A decisão foi anunciada e pactuada, nesta quinta-feira (22/02), durante a reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), realizada em Brasília (DF), composta por representantes do governo federal, estaduais e municipais. A partir de agora, além das gestantes cadastradas no programa Bolsa Família, as pessoas em situação de vulnerabilidade, definidas pelas secretarias de saúde, podem solicitar o repelente nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios.

Para orientar os gestores locais, o Ministério da Saúde deverá encaminhar na próxima semana uma nota técnica com os critérios para a distribuição destes insumos, que será feita de acordo com a realidade de cada estado. Terão prioridade na oferta dos repelentes, por exemplo, a população em área endêmica de doenças como a febre amarela, dengue, chikungunya e zika; gestantes acompanhadas pelo SUS; público com contraindicação à imunização da febre amarela; agentes comunitários de saúde expostos à situação de risco, entre outros. O Ministério da Saúde já recomenda o uso de repelentes para reforçar a proteção contra o mosquito Aedes aegypti, em especial às gestantes, pela associação do vírus Zika com a microcefalia em bebês.

Já foram distribuídos aos estados brasileiros 100% dos frascos de repelentes contratados no início de 2017. Inicialmente, a aquisição do produto foi destinada às beneficiárias do Programa Bolsa Família, por meio do Programa de Prevenção e Proteção Individual de Gestantes contra o Aedes aegypti, que envolve o Ministério da Saúde e Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS), no âmbito do Plano de Enfrentamento ao Aedes aegypti e à microcefalia.

Para se manter imune, a pessoa deve aplicar o repelente diariamente nas áreas expostas do corpo devendo, observar o tempo de reaplicação de 10 horas.O público-alvo ou beneficiários poderá retirar o repelente gratuitamente na unidade de saúde mais próxima do seu município.

É importante destacar que, para erradicar o mosquito Aedes aegypti e os possíveis criadouros, é necessária a adoção de uma rotina com medidas simples para eliminar recipientes que possam acumular água parada. Quinze minutos de vistoria são suficientes para manter o ambiente limpo. Pratinhos com vasos de planta, lixeiras, baldes, ralos, calhas, garrafas, pneus e até brinquedos podem ser os vilões e servir de criadouros para as larvas do mosquito.

 

Victor Maciel
Agência Saúde

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