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segunda-feira, 20 de maio de 2024

Troca de anticoncepcional exige cuidados para não afetar eficácia

Segundo o ginecologista Ricardo Bruno o ideal é procurar um profissional para auxiliar qual a forma correta de fazer essa mudança

 

Existem muitos motivos que levam as mulheres a trocarem de anticoncepcional, como a não adaptação do método que está sendo utilizado, mudança de momento de vida, alteração de faixa etária, entre outros. Porém, no momento de fazer a troca podem surgir muitas dúvidas sendo a principal: Posso engravidar durante esse processo? 

De acordo com o ginecologista Ricardo Bruno (que é Mestre e Doutor em Medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Chefe do Serviço de Reprodução Humana do Instituto de Ginecologia da UFRJ e Diretor Médico da Exeltis Brasil), não é a mudança dos métodos contraceptivos que aumentam os riscos de gravidez e, sim, a não adequação da mudança de um método para o outro. 

“Por exemplo, há métodos, como a pílula, que precisam ser tomados com uma frequência específica e, quando isso não acontece, a taxa de falha pode ser ainda mais alta do que regular. Ou seja, quando trocamos para um método assim, as chances de esquecimento são maiores e, com isso, a eficácia se torna menor”, explica Bruno. 

O especialista também ressalta que toda troca de anticoncepcional exige orientação médica, pois cada medicamento tem sua particularidade e para que haja uma eficácia significativa, é necessário seguir as recomendações corretamente. “Todo método contraceptivo tem seu próprio tempo de adaptação e forma de utilização específica. Por exemplo, pode ser que você não sinta nada na transição ou pode ser que alguns efeitos adversos ocorram, como sangramento de escape, ciclo menstrual irregular, dor de cabeça, inchaço e acne”, diz o ginecologista. 

Dentre as trocas mais comuns, o ginecologista destaca a de uma pílula para outra. “É muito normal as mulheres trocarem uma pílula por outra, principalmente por questões como: problemas de saúde ou má adaptação. Nesse caso, de quem vai trocar de cartela para cartela, o ideal é não esperar pela pausa, pois a vida média de duração das pílulas pode variar e assim ocorrer uma gravidez não planejada”, conta Bruno. 

Ainda de acordo com o especialista, outra alteração bem comum é a de pílula para DIU ou vice-versa. “Quem já utiliza o DIU e pretende trocar pela pílula, é recomendado que após a troca, você inicie no dia seguinte uma cartela de anticoncepcional. Já no caso inverso, é recomendado que o DIU seja colocado sempre durante o período menstrual”, explica. 

Mesmo assim, como cada mulher tem sua particularidade, o ginecologista faz questão de ressaltar que a melhor forma de fazer a troca é com o auxílio de um especialista, que poderá, não só orientar sobre como fazer a troca, como também indicar, de acordo com o histórico da paciente, qual o melhor método a ser usado.


Exeltis


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