A
conversa com as crianças deve trazer mensagens de esperança, segurança e ações
positivas (Imagem: Divulgação / Marista Brasil)
Discutir a catástrofe climática no Rio Grande do Sul requer sensibilidade e consideração pelos sentimentos das crianças, bem como pelas consequências da tragédia. Quando se trata de falar sobre uma adversidade com os pequenos, especialmente algo tão sensível quanto um desastre natural ou outra situação trágica, é importante adaptar a conversa de forma adequada à sua idade e nível de compreensão.
De acordo com a
coordenadora da Educação Infantil do Colégio Marista Arquidiocesano, localizado
na Zona Sul de São Paulo (SP), Márcia Sayoko Nanaka, ao falar sobre o que está
acontecendo no Rio Grande do Sul com as crianças, o principal ponto é oferecer
informações verdadeiras, afinal elas estão atentas e acompanhando as
notícias - por meio de outros adultos, TV ou outros meios de comunicação.
“Afinal, abordar
sobre o que está acontecendo é uma oportunidade de refletir e falar sobre as consequências
das crises climáticas e de promover a solidariedade por meio de gestos
concretos - seja por doações materiais, cartas ou desenhos que expressem a
esperança, carinho e empatia com tudo que está acontecendo”, explica a coordenadora.
A conversa deve
trazer mensagens de esperança, segurança e ações positivas. “Um ponto
fundamental é exemplificar como as pessoas estão se unindo para ajudar umas às
outras, explicando o que são as ações dos voluntários. Isso pode mostrar às
crianças que, mesmo em momentos difíceis, há bondade e solidariedade”, destaca
a coordenadora.
Durante o papo, as
crianças devem ser encorajadas a fazer perguntas, porém é imprescindível se
preparar para respondê-las da forma mais sensível que puder. “Compreenda que as
crianças reagem de maneiras diferentes à notícia. Algumas ficam preocupadas ou
tristes, enquanto outras podem não parecer afetadas. Esteja presente para
apoiar e validar suas emoções”, ressalta.
Confira algumas
sugestões sobre como falar sobre a tragédia no Rio Grande do Sul com as
crianças, selecionadas pela coordenadora da Educação Infantil do Colégio
Marista Arquidiocesano, Márcia Sayoko Nanaka:
1. Use
linguagem simples e direta: Escolha
palavras e frases simples que sejam fáceis de entender para a idade das crianças.
Evite termos complexos ou assustadores.
2.
Comece com o básico: Explique o que
aconteceu de maneira simples e objetiva.
3.
Seja honesto, mas cuidadoso: Responda
às perguntas das crianças com honestidade, mas ajuste o nível de detalhes de
acordo com o que elas podem lidar emocionalmente.
4.
Foque nos sentimentos: Ajude
as crianças a identificar e expressar seus sentimentos em relação ao evento.
Pergunte como elas se sentiriam se algo assim acontecesse perto delas.
5.
Reforce a segurança: Garanta às
crianças que elas estão seguras e que existem adultos e serviços de emergência
que ajudam as pessoas em situações como essa.
6. Use
recursos visuais (se apropriado):
Dependendo da idade das crianças, usar fotos ou vídeos cuidadosamente
selecionados pode ajudá-las a entender melhor a situação.
7.
Destaque histórias de esperança: Compartilhe
exemplos de como as pessoas estão se unindo para ajudar umas às outras durante
a tragédia. Isso pode mostrar às crianças que, mesmo em momentos difíceis, há
bondade e solidariedade.
Colégios Maristas
maristabrasil.org
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