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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Evite acidentes domésticos com crianças neste fim de ano



Problema ainda é a principal causa de morte infantil no Brasil; saiba como prevenir


Além do período de férias da criançada, fim de ano é sempre marcado pelo clima de festa e comemorações, em que geralmente os pais estão menos exigentes com os filhos, já que as obrigações escolares terminaram. Nesse contexto, as crianças podem ter mais liberdade para brincar e experimentar atividades não tão comuns no seu dia a dia como um banho de piscina para diminuir o calor ou a produção de comidinhas na cozinha.

Viver essas experiências pode e deve fazer parte da infância, principalmente num período propício como as férias. No entanto, é preciso que os responsáveis redobrem a atenção, pois os acidentes domésticos ainda são a principal causa de morte infantil no Brasil. Quedas, afogamentos, intoxicações e queimaduras estão entre os acidentes que mais causam morte em crianças de zero a nove anos de idade. Dentro da faixa etária, os menores de um ano são os mais afetados.

A Dra. Priscilla Pereira, coordenadora do serviço de pediatria de clínica Doktor’s (SP), listou os principais acidentes domésticos ocorridos com crianças e separou dicas importantes de como evitá-los. Confira:


Afogamento: procure sempre deixar baldes e bacias vazias, virados de cabeça para baixo. Tampe os vasos sanitários e, se a casa tiver piscina, assegure que a criança não tenha acesso ao local sem um adulto por perto;


Envenenamento: nunca deixe produtos de limpeza e remédios na altura das crianças. O ideal é que esses produtos fiquem guardados em local fechado e trancado;


Quedas: tenha redes de proteção ou grades em janelas e corrimão nas escadas. Nunca deixe a criança sozinha em cima da cama, beliche ou trocador e também não a coloque em andadores;


Asfixia: coloque o recém-nascido sempre de barriga para cima, sem cobertores ou almofadas ao redor. Evite também deixar botões, moedas, bexigas e pequenos objetos no alcance do bebê e lembre-se: brinquedos apenas aqueles autorizados pelo Inmetro;


Choques: em hipótese alguma deixe fios descascados ou tomadas sem revestimento de proteção;


Queimaduras: evite que a criança acesse a cozinha enquanto estiver cozinhando. Sempre lembre de colocar os cabos de panelas para a parte interna do fogão e não permita que a criança chegue perto do forno.


O que fazer se a criança sofrer um acidente doméstico?


Caso ocorra algum acidente doméstico, os pais devem levar a criança à emergência imediatamente quando ela apresentar:

  • Vômitos, perda de consciência ou sangramento abundante após uma queda
  • Perda de consciência depois de levar um choque
  • Mordidas de animais
  • Sinais de envenenamento (levar o produto/embalagem para o pronto socorro)
  • Queimaduras agudas, que causam dor e alteração na pele

A médica orienta que os pais deixem uma lista na porta da geladeira com os telefones úteis como o do pediatra, hospital mais próximo, centro de controle de intoxicações e até mesmo dos bombeiros.





Doktor’s





Ser portador do vírus HIV não é o mesmo que estar com Aids, explica infectologista do Hospital São Luiz



 No dia mundial de combate à doença, especialista destaca que a camisinha atinge níveis de proteção muito próximos a 100%


Hoje é o Dia Mundial de Luta contra a Aids. As campanhas de conscientização sobre a doença são parte fundamental na prevenção, lembrando que ações e medidas são de responsabilidade de todos. Além disso, são importantes no combate ao preconceito, por ampliarem o conhecimento sobre o assunto e estimularem o debate.

Primeiro, é necessário explicar que ser portador do vírus HIV não é o mesmo que estar com Aids. “Uma pessoa pode ser portadora do vírus HIV e não estar doente. Pode até mesmo nunca adoecer em função desta infecção. Mas, quando a infecção pelo HIV acarreta um desgaste do sistema imune, usualmente a pessoa desenvolve Aids, doença decorrente da infecção pelo HIV”, explica o Dr. Carlos Kiffer, infectologista do Hospital e Maternidade São Luiz unidade São Caetano.

O vírus tem uma ligação especial com algumas células do nosso corpo, principalmente uma das mais importantes defesas do sistema imune – os linfócitos CD4. Com o tempo, o HIV desgasta e elimina estas células, e o sistema imunológico enfraquece. “Uma pessoa que acaba de se infectar pelo HIV normalmente não tem sintoma nenhum. Algumas recém-infectadas podem desenvolver febre, gânglios pelo corpo e mal-estar geral, como se estivessem com uma virose, mas isso não é comum”, diz o especialista.

Já os sintomas da Aids são muito variáveis e normalmente estão associados ao tipo de doença que a pessoa desenvolve em consequência do enfraquecimento do organismo. Um paciente com Aids normalmente tem doenças associadas à falha da imunidade, como aquelas causadas por fungos, parasitas ou tumores. A forma mais comum de infecção ocorre pela via sexual, mas vale lembrar que também pode ocorrer por contagio com sangue ou materiais perfuro-cortantes contaminados.

Outras formas possíveis de contágio, embora raras hoje em dia, são a transmissão durante a gravidez ou no momento do parto, da mãe para o filho, e transfusões de sangue contaminado. Estas duas formas se tornaram bastante incomuns devido às formas de prevenção de hoje em dia. O médico ainda ressalta que algumas DSTs facilitam a transmissão e a aquisição do HIV, principalmente aquelas que causam lesões, machucados ou úlceras genitais.

O uso da camisinha é o método mais eficaz para a prevenção, mas, de acordo com o Dr. Kiffer, existem outras formas que podem ajudar na prática de sexo mais seguro, como evitar contato com sangue visível e cuidar precocemente de doenças genitais ou DSTs. “A camisinha confere quase proteção total, mas isso depende de seu uso correto e da qualidade da própria camisinha. Se bem usada, atinge níveis de proteção muito próximos a 100%”.

Por fim, o infectologista lembra que o termo “grupo de risco” não é adequado, justamente por remeter a uma sensação de que haveria grupos de pessoas sob maior risco do que outras. Na verdade, existem comportamentos, em qualquer grupo social, que colocam as pessoas em maior risco. “O mais importante é a conscientização de todos sobre práticas mais seguras. Qualquer relação entre duas pessoas pode ser saudável e segura, desde que ambas sejam conscientes e tomem medidas de prevenção”.






Hospital São Luiz
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Dia Mundial de Combate à Aids



 86% da população soropositiva se encontra em idade reprodutiva e pode ter filhos

Técnicas de reprodução assistida, aliadas ao acompanhamento de um infectologista, reduzem os riscos de transmissão vertical do vírus HIV durante a gestação


Dezembro é o mês de combate à AIDS. A patologia, antes considerada letal, passou a ser uma doença crônica. Por isso, é possível considerar a viabilidade de realizar o sonho de ter filhos para quem tem o diagnóstico confirmado. De acordo com a Sociedade Americana da Medicina Reprodutiva, grande parte da população soropositiva (86%) se encontra em idade reprodutiva (15 a 44 anos) e um terço delas deseja engravidar.

Segundo o médico César Barbosa, certificado pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, é possível para uma pessoa soropositiva planejar a gravidez com riscos reduzidos de transmissão tanto ao parceiro, quanto ao bebê. “Quando o casal não deseja correr risco de uma transmissão vertical, da mãe para o bebê, é possível a utilização de sêmen ou óvulo de doador. Porém, é possível sim ter filhos com material genético dos pais, utilizando métodos da reprodução assistida”, explica


Cuidados ao ter filhos 

Quando a mulher é portadora do vírus e o parceiro não, os cuidados devem ser dobrados, por haver risco maior de intercorrências durante a gestação. “Nesse caso, o tratamento mais indicado é o processo de fecundação do óvulo pelo espermatozoide fora do corpo, em laboratório, chamado Fertilização in vitro (FIV). A mãe deve usar a terapia anti-retroviral durante a gestação e não pode amamentar. Seguindo essas indicações e com o acompanhamento próximo por parte do médico, o risco de transmissão para a criança cai de 20% para 2%”, afirma o especialista.

No caso dos homens com HIV, eles podem apresentar alterações no sêmen que dificultam ou impossibilitam uma gestação. “Existem técnicas de preparo do sêmen que aumentam a viabilidade e segurança de um tratamento de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV) ou a injeção de espermatozoide diretamente dentro do óvulo, em um procedimento feito em laboratório (ICSI). Nenhuma dessas duas técnicas tem relato de contaminação da parceira ou da criança”, esclarece César Barbosa.

Quando ambos possuem HIV, a proposta terapêutica é a mesma, a depender das particularidades de cada caso. “Vale lembrar que o vírus acomete as pessoas de forma diferente. Por isso, é crucial acompanhar de perto o casal, em conjunto com o infectologista e um especialista em reprodução humana, em busca de uma gestação segura”, conclui o médico.  


Transmissão e prevenção

Como o HIV, vírus causador da Aids, está presente no sangue, sêmen, secreção vaginal e leite materno, a doença pode ser transmitida de várias formas:

·         Sexo (vaginal, anal ou oral) sem camisinha;

·         De mãe infectada para o filho durante a gestação, o parto ou a amamentação;

·         Uso da mesma seringa ou agulha contaminada por mais de uma pessoa;
·         Transfusão de sangue contaminado com o HIV;

·         Instrumentos que furam ou cortam, não esterilizados.

Para evitar a doença, basta usar camisinha em todas as relações sexuais e não compartilhar seringa, agulha e outro objeto cortante com outras pessoas. O preservativo está disponível na rede pública de saúde.





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