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quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Novembro Azul: quase 50% dos homens ainda negligenciam os cuidados com a saúde

Desafio com o bem-estar masculino vai além do câncer de próstata; Especialistas reforçam que é fundamental entender mais sobre o corpo e a mente, e compreender o que está em jogo 


Durante muito tempo, cuidar da saúde do homem foi visto como algo secundário ou desnecessário. Evitar ir ao médico, não falar sobre sintomas ou emoções e negligenciar sinais de alerta pode trazer consequências graves ao longo da vida. 

Hoje, os números mostram que essa resistência custa vidas. O câncer de próstata continua sendo o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens, com cerca de 72 mil novos diagnósticos por ano no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Em 2023, foram 17.093 mortes registradas, o que representa 47 óbitos por dia. Além disso, o envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida fazem com que o número de casos possa dobrar até 2040, segundo projeções da revista The Lancet

Mas o desafio vai além da doença. Ele passa por uma mudança cultural. Um estudo recente da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) revelou que 46% dos homens só procuram um médico quando sentem algo, e apenas 32% afirmam se preocupar muito com a própria saúde. 

Para o oncologista Denis Jardim, líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas, o primeiro passo é compreender o corpo e entender o que está em jogo. “De maneira didática, podemos dizer que durante toda a vida, nossas células se multiplicam e as antigas são substituídas pelas novas. Contudo, quando ocorre um erro nesse processo (mutação) há um crescimento descontrolado, levando a formação de tumores, como é o caso do câncer de próstata”, explica. 

A próstata é uma pequena glândula, do tamanho de uma noz, que fica abaixo da bexiga e à frente do reto. Sua função é produzir o líquido seminal, que nutre e transporta os espermatozoides. O problema é que o câncer de próstata costuma ser silencioso, no qual a maioria dos casos não apresenta sintomas até estar em estágio mais avançado. 

“Por apresentar sintomas mais evidentes quando a doença já apresenta evolução, é recomendável que homens a partir de 50 anos façam anualmente o exame clínico e a medição do PSA. Em casos específicos, o início da avaliação de PSA pode ser mais cedo inclusive. Quando há suspeita da neoplasia, indicamos a biópsia, muitas vezes precedida de ressonância, para confirmar o diagnóstico”, orienta Jardim.
 

A importância do olhar integral

A saúde masculina, no entanto, não se resume à próstata. Dados do Ministério da Saúde mostram que os homens vivem, em média, sete anos a menos do que as mulheres, em parte por negligenciarem consultas preventivas e hábitos de autocuidado. 

A saúde mental tem se tornado um tema cada vez mais urgente no contexto do câncer. Dificuldades em reconhecer emoções, pedir ajuda ou lidar com a vulnerabilidade ainda contribuem para o sofrimento silencioso de muitos homens. “Em diversos contextos, ainda persiste a ideia de que o homem precisa ser sempre forte, o que pode dificultar que ele fale sobre o que sente. Isso impacta diretamente sua saúde. Muitos ainda associam o ato de procurar ajuda a uma fraqueza, quando, na verdade, trata-se de um gesto de cuidado e responsabilidade consigo mesmo. A prevenção também passa pela escuta, pelo acolhimento e pela construção de espaços seguros, onde ele possa se cuidar sem medo de julgamento”, explica Cristiane Bergerot, psico-oncologista e líder nacional da especialidade Equipe Multidisciplinar da Oncoclínicas. 

Ela ressalta que o cuidado emocional tem papel determinante não apenas na prevenção, mas também na adesão aos tratamentos oncológicos. “Quando os pacientes compreendem o impacto das emoções e aprendem estratégias para lidar com a ansiedade e o medo, conseguem se adaptar melhor ao diagnóstico e seguir o tratamento com confiança e regularidade. A saúde mental influencia diretamente a recuperação e a qualidade de vida durante e após o câncer”, complementa Bergerot. 

Mais do que tratar doenças, é essencial promover um cuidado integral que ajude os homens a reconhecer precocemente sinais de medo, ansiedade ou depressão. Identificar essas mudanças permite buscar ajuda e adotar estratégias que favorecem o equilíbrio emocional e o enfrentamento do tratamento. Esse cuidado inclui incentivar consultas regulares, oferecer informações claras sobre saúde mental e fortalecer redes de apoio – familiares, sociais e profissionais – que contribuam para que o paciente mantenha o foco na recuperação e na qualidade de vida.
 

Prevenção é atitude 

Quando diagnosticado precocemente, o câncer de próstata apresenta altas taxas de cura. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, radioterapia, bloqueio hormonal, braquiterapia e, em casos mais avançados, radioisótopos, que emitem radiação diretamente nas áreas afetadas.

“Nos casos iniciais e de baixa agressividade, existe a possibilidade de acompanhamento próximo, sem necessidade de tratamento imediato. Já nos pacientes com metástases, temos hoje diversas abordagens que possibilitam um excelente controle da doença com preservação da qualidade de vida”, explica Denis Jardim.

A conscientização, portanto, precisa ir além da lembrança anual de novembro. “Cuidar da saúde é um ato de coragem e de amor próprio, e deve começar desde cedo, com educação em saúde e com a desconstrução da ideia de que o autocuidado é sinônimo de fraqueza”, finaliza o oncologista.



Planejando o futuro 

Para apoiar a conscientização sobre o câncer de próstata e a saúde do homem como um todo, ao longo do mês de novembro estará no ar a campanha “Atitude & Consciência” da Oncoclínicas&Co, cuidar da saúde é atitude de quem planeja o futuro. A ação promove conteúdos informativos e estimula a realização de exames e consultas em dia. 

Com ativações em redes sociais, a iniciativa tem como objetivo promover a importância do diagnóstico e o tratamento precoces, incentivando a atenção aos sinais do corpo e a busca por acompanhamento médico, aumentando assim as chances de cura. 



Oncoclínicas&Co
www.oncoclinicas.com

 

Rituais simples para potencializar o desempenho e reduzir a ansiedade antes da prova


Às vésperas do vestibular, o corpo e a mente entram em estado de alerta: ansiedade, insônia e cansaço mental são queixas comuns entre estudantes. Para a aromaterapeuta, naturóloga e especialista em neurociência Daiana Petry, a chave para equilibrar o cérebro pode estar literalmente debaixo do nariz. 

“O olfato é o único sentido que se conecta diretamente com o sistema límbico — área do cérebro responsável pelas emoções e pela memória. Por isso, certos aromas conseguem ativar neurotransmissores que regulam o humor, o foco e a sensação de prazer em segundos”, explica. 

Segundo Daiana, essa ação influencia substâncias como dopamina (motivação), acetilcolina (atenção), serotonina (bem-estar) e endorfina (relaxamento e prazer). “É uma forma natural e rápida de equilibrar o cérebro sem depender de estímulos artificiais.”
 

Rituais para o vestibular para potencializar o cérebro:
 

Ritual da manhã para despertar do cérebro

  • Em um algodão, misture 1 gota de alecrim, 1 de limão-siciliano e 1 de hortelã-pimenta.
  • Inspire por 10 segundos, três vezes.
  • Repita o ritual todas as manhãs até o dia da prova.
    Efeito: estimula dopamina e acetilcolina, ativando foco e disposição.


Ritual de estudo como âncora olfativa

  • Escolha um único aroma (por exemplo, limão) para usar sempre durante os estudos.
  • No dia da prova, use o mesmo aroma.
    “O cérebro cria uma ponte entre o cheiro e o estado de concentração. Quando o aroma é inalado novamente, ele ativa automaticamente o mesmo padrão mental de foco e confiança”, explica Daiana.


Ritual noturno para o sono da memória

  • Antes de dormir, coloque 3 gotas de lavanda e 2 de laranja-doce no difusor.
  • Faça respiração profunda por 2 minutos.
    Efeito: reduz cortisol, melhora o sono e ajuda o cérebro a consolidar o aprendizado.


Ritual no dia da prova para o equilíbrio emocional

  • Misture em um roll-on (10ml de óleo vegetal): 1 gota de lavanda, 1 de limão tahiti e 1 de hortelã-pimenta.
  • Aplique nos pulsos e inspire antes de entrar na sala.
    Efeito: acalma, desperta e mantém o equilíbrio emocional.

“O estudante que aprende a cuidar do cérebro consegue resultados melhores, não porque estudou mais, mas porque soube preparar o corpo e a mente para responder com calma e clareza”, afirma Daiana Petry. “Os aromas certos ajudam o sistema nervoso a sair do modo de ameaça e entrar no modo de performance — e isso faz toda a diferença em momentos de pressão.”  




Daiana Petry @daianagpetry - Aromaterapeuta, perfumista botânica, naturóloga e especialista em neurociência. Professora dos cursos de formação em aromaterapia, perfumaria botânica e psicoaromaterapia. Autora dos livros: Psicoaromaterapia, Cosméticos sólidos e Maquiagem ecoessencial.

Fundadora da Harmonie Aromaterapia.
Link

 

Exames simples ajudam a prevenir mortes, amputações e estimulam o autocuidado masculino

No Novembro Azul, especialistas alertam que o câncer de próstata tem 71 mil novos casos por ano no Brasil; diagnóstico precoce garante mais de 90% de chances de cura
 

O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, com cerca de 71 mil novos diagnósticos todos os anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar do impacto, muitos casos ainda são descobertos em estágio avançado – quando o tratamento é mais agressivo, caro e com menor chance de cura. Quando identificado precocemente, as chances de sucesso ultrapassam 90%, por meio de exames simples como o PSA e o toque retal, recomendados a partir dos 45 anos – ou dos 40, para quem tem histórico familiar.
 

As consequências da falta de prevenção

Todos os anos, cerca de mil homens passam por amputação parcial ou total do pênis no Brasil, em grande parte devido a infecções causadas por má higiene íntima ou diagnósticos tardios de câncer. Entre 2015 e 2024, foram registradas mais de 22,2 mil internações, 4,5 mil mortes e cerca de 580 amputações anuais, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com base em dados do Ministério da Saúde. Esses números mostram o quanto a ausência de acompanhamento médico e de cuidados básicos pode se transformar em casos graves e, muitas vezes, evitáveis.
 

Avanços tecnológicos e impacto econômico

Segundo o Dr. Cássio Andreoni, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein e pioneiro em cirurgia robótica no Brasil, a tecnologia já trouxe um novo capítulo para o tratamento de doenças como o câncer de próstata. “Com a cirurgia robótica, conseguimos remover tumores com mais precisão, preservando funções urinárias e sexuais e oferecendo recuperação rápida. É um salto na qualidade de vida do paciente – e um alívio para o sistema de saúde, que reduz tempo de internação e complicações.” 

Além do impacto individual, a prevenção também traz benefícios econômicos. Segundo Carlos Eduardo Soares, diretor executivo técnico da Qualicorp, maior administradora de benefícios de saúde do Brasil, “a sustentabilidade do setor passa, necessariamente, pela prevenção. Investir em exames preventivos é cuidar da saúde das pessoas e, ao mesmo tempo, garantir o uso mais eficiente dos recursos. Quando as doenças são detectadas precocemente, o tratamento tende a ser mais simples, mAlidaenos invasivo e com maiores chances de sucesso. Isso reduz a necessidade de internações prolongadas, cirurgias complexas e o uso intensivo de recursos hospitalares – fatores que têm alto custo tanto para o sistema público quanto para o setor suplementar. Dessa forma, o diagnóstico precoce não apenas melhora a qualidade de vida dos pacientes, mas também ajuda a manter a sustentabilidade financeira e operacional de todo o ecossistema de saúde.”
 

Novembrinho Azul: prevenção também começa na infância

A campanha Novembrinho Azul reforça a importância de criar consciência de saúde desde cedo. Enquanto meninas são estimuladas a falar sobre o corpo e a visitar o ginecologista já na adolescência, meninos muitas vezes crescem sem esse incentivo. Essa lacuna cultural afasta os homens do consultório médico e da rotina de exames, contribuindo para diagnósticos tardios e complicações graves. 

O Dr. Andreoni destaca: “Criar uma cultura de autocuidado desde a infância reflete em ações preventivas na vida adulta. O hábito de se cuidar precisa ser ensinado, valorizado e normalizado para que a prevenção seja vista como parte da masculinidade e não como fraqueza.”

   


Qualicorp
site, Facebook, Instagram, Twitter e LinkedIn.



Referências:

Instituto Nacional do Câncer (INCA)

Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)


Aumento de casos de intoxicação por interação medicamentosa acende alerta no Brasil

Freepik
Recente morte do músico Lô Borges colocou em destaque o debate sobre este risco; uso simultâneo de remédios pode provocar reações graves e até falência de órgãos, reforçando a importância da prescrição orientada

 

A intoxicação medicamentosa se consolidou como um grave desafio de saúde pública no Brasil, sendo os medicamentos a principal causa de envenenamento e intoxicação no país. A recente morte do ícone da Música Popular Brasileira Lô Borges, aos 73 anos, por falência múltipla de órgãos, trouxe o debate à tona com gravidade e urgência. 

A internação do artista, que tratava o quadro de intoxicação, é um alerta dramático sobre os perigos da interação medicamentosa, especialmente em pacientes que utilizam múltiplos fármacos, uma realidade comum entre a população idosa. O uso inadequado ou irracional de fármacos, a automedicação e a polifarmácia são fatores críticos que elevam o risco de eventos adversos, que podem variar de complicações leves a desfechos fatais. 

Erros de administração, embora minoritários, também contribuem para o cenário de risco, respondendo por 1,83% das notificações em um levantamento que contabilizou 596.086 casos de intoxicação por medicamentos entre 2012 e 2021¹. A complexidade do tratamento e a potencial letalidade desses eventos ressaltam a necessidade de um olhar sistêmico e especializado sobre a terapêutica do paciente. 

Para o Dr. Miguel de Lemos Neto, médico especialista em farmacologia e coordenador da pós-graduação em Medicina do Estilo de vida da Afya Educação Médica, o caso Lô Borges é um lembrete de que o uso simultâneo e sem orientação de diferentes medicamentos pode trazer consequências graves. 

“A automedicação é um hábito comum, mas perigoso. Mesmo medicamentos considerados inofensivos podem provocar reações adversas quando combinados entre si ou com outros tratamentos em andamento. Buscar orientação profissional é essencial para garantir a segurança e a eficácia da terapia”, explica o especialista. 

Algumas combinações são especialmente arriscadas e exigem atenção. O uso conjunto de anti-inflamatórios e anticoagulantes, por exemplo, pode aumentar o risco de sangramentos; a combinação de antibióticos com anticoncepcionais pode reduzir a eficácia destes; e o uso de ansiolíticos ou antidepressivos com bebidas alcoólicas pode causar sonolência intensa, confusão mental e até depressão respiratória. 

A correta orientação profissional é, portanto, um pilar fundamental para a segurança do paciente, prevenindo a escalada de um tratamento para um evento adverso grave e garantindo que o benefício do medicamento não seja anulado pelo risco da interação.



Afya
https://www.afya.com.br
ir.afya.com.br


Fonte: 1.DATASUS Link


Bati o nariz com tudo! O que devo fazer?

 

Especialista explica sinais de alerta e cuidados

Pancadas no nariz podem ter consequências permanentes; saiba reconhecer os sinais de alerta e agir a tempo

 

Estudos indicam que as fraturas nasais representam até 58% das fraturas faciais atendidas em serviços de emergência, sendo a principal lesão entre os ossos da face. Esses dados destacam a importância de reconhecer os sinais de alerta e buscar atendimento médico adequado após um impacto no nariz. 

Segundo o otorrinolaringologista Dr. Marcelo Barretto, do Hospital Paulista, é fundamental avaliar a gravidade do trauma. “Se houver dor intensa, sangramento, inchaço, hematomas ou alterações na forma do nariz, como tortuosidade ou deslocamento, é preciso procurar atendimento médico sem demora. O exame clínico identifica possíveis fraturas e, em alguns casos, a tomografia dos seios da face confirma a suspeita e ajuda a planejar a intervenção adequada”, explica. 

O especialista alerta ainda para o chamado “prazo de ouro” para a redução de fraturas. Quando os ossos nasais estão desalinhados, o reposicionamento deve ser feito o quanto antes. O procedimento pode ser realizado no centro cirúrgico e, se o osso já tiver consolidado parcialmente, pode ser necessária uma rinoplastia reparadora, mais complexa. “Quanto mais rápido o atendimento, melhor o resultado, tanto do ponto de vista funcional quanto estético”, afirma Dr. Barreto. 

As fraturas nasais podem afetar a respiração e, em alguns casos, até o olfato. “A obstrução nasal pode ser temporária, por causa do edema, ou permanente, quando há alteração estrutural. Lesões no nervo olfatório também podem gerar alterações irreversíveis, embora seja mais comum a perda temporária do olfato”, explica. O especialista lembra ainda que o impacto estético, especialmente em crianças, pode trazer prejuízos à autoestima, podendo inclusive resultar em bullying.

Pancadas recorrentes, comuns em esportes de contato, aumentam os riscos. “Futebol, basquete, lutas… em todos esses casos há possibilidade de trauma nasal. Mas isso não significa que se deve deixar de praticar esportes. Cada situação precisa ser avaliada individualmente, considerando histórico de fraturas, cirurgias anteriores e os objetivos do paciente. Um osso que já fraturou fica mais suscetível a novo trauma, e pacientes que passaram por rinoplastia exigem cuidado redobrado”, explica o Dr. Barretto. 

O especialista reforça que, além de tratar traumas, a avaliação com um otorrinolaringologista pode beneficiar atletas que apresentam condições que afetam a respiração e a performance.

Fraturas nasais podem parecer incidentes comuns, mas a falta de cuidado pode trazer consequências duradouras para saúde e aparência. O alerta é claro: quanto antes houver intervenção médica, melhores serão os resultados.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Fadiga intensa é um dos principais sintomas de doença rara do fígado: “Eu sentia um cansaço mortal” relata paciente

Mais de 80% das pessoas com colangite biliar primária (CBP) relatam fadiga intensa como principal sintoma

 

Em 2005, o cansaço e a falta de disposição tomaram conta da rotina de Célia Recupero, hoje com 65 anos. “Levantar da cama de manhã para atender o telefone, ir ao supermercado ou, até mesmo, assistir um filme com meus filhos, era um grande desafio. Eu não conseguia. Sentia um cansaço muito forte”, relembra Célia que, na época, atribuiu a fadiga a sua rotina agitada e até cogitou um possível diagnóstico de depressão. 

A jornada até o diagnóstico, que explicaria esses sintomas, começou em uma consulta ao dentista em que um exame de sangue mostrou alterações em uma enzima do fígado. Mas a confirmação veio apenas um ano depois: colangite biliar primária. 

“Durante esse período de cansaço extremo, acabei quebrando o meu dente. Para o procedimento de restauração, o dentista me solicitou exame de sangue. No resultado, a enzima fosfatase alcalina estava alta e poderia indicar alguma alteração no fígado”, conta Célia. Em 2007, ela iniciou o acompanhamento com um clínico geral que solicitou uma série de exames, mas nenhum foi capaz de identificar a causa do problema. Após cerca de um ano, foi recomendado pelo médico a realização de uma biópsia do fígado que confirmou o diagnóstico de colangite biliar primária (CBP). 

Após quase 20 anos convivendo com a CBP, Célia conseguiu controlar a doença e superar a fadiga extrema graças ao acompanhamento com hepatologista e ao cuidado adequado. “A CBP me trouxe desafios, mas sou grata em ter tido acesso a especialistas e a um tratamento eficaz que me permitiram ter mais qualidade de vida”, conclui.
 

Diagnóstico precoce e cuidado adequado são essenciais 

De acordo com a hepatologista Débora Terrabuio, a colangite biliar primária é uma doença hepática autoimune, crônica, rara e progressiva, em que o sistema de defesa do corpo ataca os pequenos canais que conduzem a bile dentro do fígado. “Com o tempo, esses canais acabam sendo destruídos, podendo causar a diminuição ou interrupção do fluxo de bile do fígado para o intestino (colestase), inflamação hepática e fibrose. O diagnóstico precoce e o cuidado adequado são fundamentais para evitarmos complicações mais graves como cirrose ou necessidade de transplante de fígado”, explica a especialista. 

A fadiga relatada por Célia é um dos sintomas mais debilitantes da CBP, afetando até 80% dos pacientes.1,2 Segundo a médica, um fator marcante da fadiga é o seu caráter persistente, intenso e sem causa aparente. “Diferentemente do cansaço normal, a fadiga não melhora com descanso ou mudanças simples de rotina. Quando acompanhada de alterações em exames do fígado, coceira, olhos e boca secos, ou histórico de doenças autoimunes, deve levantar a suspeita de problema hepático e motivar investigação médica”, adiciona a hepatologista. 

A CBP atinge por ano cerca de 1,7 a cada 100 mil pessoas no mundo, sendo mais frequente em mulheres.3, 4 Segundo a especialista, a causa da doença não é exata, mas há uma combinação de fatores genéticos, etários e ambientais que podem estar associadas, como a exposição a certas substâncias químicas (como tabaco, esmaltes e tintura de cabelo), infecções (principalmente de trato urinário) e alterações na microbiota intestinal. 

Embora a CBP não tenha cura, existem tratamentos que permitem maior controle da doença e melhora da qualidade de vida do paciente. De acordo com a hepatologista, um deles é o elafibranor. “Esse medicamento é o único agonista PPAR de nova geração aprovado pela Anvisa no Brasil, mas infelizmente ainda não está incorporado no Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da doença”, finaliza.

 

Referências

[1] Khanna A, Leighton J, Lee Wong L, Jones DE. Symptoms of PBC—pathophysiology and management. Best Pract Res Clin Gastroenterol. 2018;34-35:41–7

[2] Dyson JK, Wilkinson N, Jopson L, Mells G, Bathgate A, Heneghan MA, et al. The inter-relationship of symptom severity and quality of life in 2055 patients with primary biliary cholangitis. Aliment Pharmacol Ther. 2016;44:1039–50.

[3] Lv T, Chen S, Li M, Zhang D, Kong Y, Jia J. Regional variation and temporal trend of primary biliary cholangitis epidemiology: a systematic review and meta-analysis. J Gastroenterol Hepatol 2021; 36: 1423–34

[4] Colapietro F, Bertazzoni A, Lleo A. Contemporary epidemiology of primary biliary cholangitis. Clin Liver Dis 2022; 26: 555–70.


Novembro Roxo: 5 hábitos alimentares que ajudam a prevenir o câncer de pâncreas

No Mês de Conscientização sobre o Câncer de Pâncreas, considerado um dos tumores mais agressivos e silenciosos, o Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS) reforça que a prevenção pode começar no prato. A nutricionista Ana Flávia Locatelli lista cinco hábitos que ajudam a manter o pâncreas saudável e diminuir processos inflamatórios que favorecem o desenvolvimento da doença.

 

1. Priorizar alimentos in natura e minimamente processados

Frutas, verduras, legumes, cereais integrais e leguminosas devem ser a base das refeições. O ideal é garantir cerca de 30 gramas de fibras por dia com, pelo menos, cinco porções de frutas e hortaliças (aproximadamente 400 gramas). Esse padrão alimentar ajuda a controlar a inflamação e melhorar a sensibilidade à insulina.

 

2. Manter o peso corporal adequado

A obesidade é um dos fatores de risco mais importantes para o câncer de pâncreas. O estilo de vida alimentar saudável contribui diretamente para o controle do peso e o melhor funcionamento do metabolismo.
 

3. Reduzir ultraprocessados, gorduras saturadas e açúcar

Fast food, frituras, carnes processadas, bebidas açucaradas e biscoitos recheados fornecem calorias em excesso, poucos nutrientes e aumentam a resistência à insulina - um dos gatilhos para inflamações no pâncreas.
 

4. Consumir peixes e alimentos ricos em compostos anti-inflamatórios e antioxidantes

Peixes como salmão e sardinha, além de alimentos de origem vegetal, fornecem vitaminas, minerais e fitoquímicos que atuam de maneira sinérgica no controle do estresse oxidativo - mecanismo ligado ao câncer pancreático. Porém, vale ressaltar que a proteção vem de um padrão alimentar completo e não apenas de alimentos isolados.
 

5. Evitar o consumo de álcool

A metabolização do etanol gera acetaldeído, substância tóxica e carcinogênica capaz de danificar as células pancreáticas. A ingestão frequente pode levar à pancreatite crônica, que, por sua vez, aumenta o risco de tumor. Sendo assim, não existe uma dose segura para o consumo, devido ao risco de câncer.

 

Sintomas que merecem atenção 

Por ser silencioso, o câncer de pâncreas costuma ser diagnosticado tardiamente. A perda de peso não intencional é um dos primeiros sinais e pode indicar o início da caquexia (estado de fraqueza e perda de peso severas), com redução acelerada da massa muscular. Outros sintomas incluem:
 

- Dor abdominal persistente;

- Náuseas e vômitos;

- Redução do apetite e fadiga;

- Icterícia (pele e olhos amarelados);

- Fezes esbranquiçadas e urina escura.

Em caso de sinais persistentes, a avaliação médica e nutricional precoce é essencial para melhores resultados no tratamento. “A intervenção ainda na fase inicial dos sintomas pode preservar a massa muscular, além de melhorar a resposta ao tratamento e a qualidade de vida do paciente”, finaliza a nutricionista do IOS.
 

 

Instituto de Oncologia de Sorocaba
 


Wegovy® ajuda a atingir peso e circunferência da cintura saudáveis, reduzindo riscos à saúde associados à obesidade

  • Diferentemente de muitas outras doenças, não existem diretrizes estabelecidas sobre metas de tratamento para a obesidade, e os resultados muitas vezes baseiam-se apenas na porcentagem de perda de peso.
  • O índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-altura (uma medida do tamanho de cintura prejudicial à saúde) representam importantes metas de tratamento da obesidade, associadas a um menor risco de complicações relacionadas à condição.
  • O estudo STEP UP demonstrou que uma proporção significativamente maior de pacientes tratados com Wegovy® atingiu um IMC considerado saudável e uma relação cintura-altura segura (menor que 0,53), em comparação com nenhuma pessoa do grupo placebo.
  • A maioria das pessoas que utilizou Wegovy® e alcançou essas duas metas também apresentou níveis saudáveis de pressão arterial, colesterol e glicemia — fatores que reduzem o risco de doenças cardiovasculares.

 

A Novo Nordisk apresentou nesta quarta-feira, durante a ObesityWeek®, novos dados do estudo de fase 3b STEP UP, que demonstraram que, além de promover uma perda de peso média de 21%, Wegovy® (na dose aprovada de semaglutida 2,4 mg e na dose mais alta de 7,2 mg) ajuda a alcançar um peso saudável, além de reduzir o risco de complicações associadas à obesidade.¹,² 

Diferentemente de muitas outras doenças crônicas, não existem diretrizes estabelecidas sobre quais metas de tratamento os médicos devem usar para tratar a obesidade, com os resultados muitas vezes baseando-se apenas na porcentagem de perda de peso. No entanto, uma das principais metas do manejo da obesidade deve ser a prevenção de suas complicações, como diabetes ou doenças hepáticas, em paralelo à perda de peso.³ 

Em uma subanálise do STEP UP, uma proporção significativamente maior de pessoas com obesidade tratadas com Wegovy® atingiu o IMC inferior a 27 e uma relação cintura-altura menor que 0,53 (19,5% para semaglutida 7,2 mg e 13,2% para semaglutida 2,4 mg), em comparação com o placebo (0%).¹ Os pacientes tratados com Wegovy® que alcançaram ambas as metas também apresentaram níveis saudáveis de pressão arterial, colesterol e glicemia – fatores de associados a menor risco cardiovascular.¹ 

“Estes novos resultados demonstram que a maioria das pessoas em tratamento com Wegovy® que atingem certas metas de IMC e cintura também se beneficiam na redução de seus fatores de risco cardiovascular”, disse Emil Kongshøj Larsen, vice-presidente executivo e chefe de Operações Internacionais da Novo Nordisk. “Isso demonstra a eficácia de Wegovy® não apenas em ajudar as pessoas a perder o excesso de peso, mas também em prevenir complicações relacionadas à obesidade e melhorar a saúde geral. O risco de desenvolver complicações graves, como doenças cardiovasculares, renais e hepáticas, aumenta para pessoas com sobrepeso ou obesidade. O estudo STEP UP também mostrou que uma dose mais alta de Wegovy® proporciona uma perda de peso média de 21%, com 1 em cada 3 pessoas alcançando uma perda de 25% ou mais, e oferecerá uma nova e significativa opção para ajudar as pessoas com obesidade a atingir suas metas de peso e saúde.” 

“O tratamento da obesidade precisa ir além da perda de peso, e estes dados reforçam exatamente isso. Já sabíamos, pelo estudo STEP UP, do potencial de uma dose mais alta de Wegovy® para uma perda de peso média de 21%, o que por si só já é um avanço significativo. Agora, esta nova análise comprova que o medicamento também atua na redução do risco de complicações graves, como diabetes e doenças cardiovasculares. Para a Novo Nordisk, a boa notícia é que estamos oferecendo uma ferramenta que não só trata a obesidade, mas que ajuda efetivamente as pessoas a se tornarem mais saudáveis e a viverem com mais qualidade”, afirma Marília Fonseca, diretora médica da Novo Nordisk no Brasil. 

Todos os participantes que atingiram as metas de IMC e de relação cintura-altura também apresentaram níveis saudáveis para dois ou mais fatores de risco cardiovascular, e mais da metade atingiu níveis adequados para quatro ou mais fatores. Esses resultados reforçam que Wegovy® pode contribuir para diminuir o risco de complicações da obesidade, além de seu efeito já comprovado na perda de peso.¹ 

“O uso de metas de IMC e da relação cintura-altura demonstrou estar associado a um menor risco de complicações relacionadas à obesidade”, disse Carel W le Roux, do Centro de Pesquisa de Complicações do Diabetes, Conway Institute, University College Dublin, Irlanda. “Esta nova análise do STEP UP reforça os benefícios para a saúde que esperamos da semaglutida, como a proteção cardiovascular, demonstrando seu poder em ajudar as pessoas com obesidade a alcançar uma perda de peso significativa e a melhorar sua saúde geral.” 

A nova dose mais alta de Wegovy® (semaglutida 7,2 mg), investigada em dois estudos STEP UP, está atualmente sob análise da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), e a Novo Nordisk espera uma decisão regulatória até o final do ano. A Novo Nordisk também planeja submeter o medicamento à Food and Drug Administration (FDA), nos EUA, e à Anvisa, no Brasil.

 

Sobre os estudos STEP UP

A Novo Nordisk concluiu dois estudos – STEP UP e STEP UP T2D – para investigar a eficácia e segurança da semaglutida 7,2 mg em pessoas com obesidade, com e sem diabetes tipo 2. 

O estudo STEP UP, com duração de 72 semanas, foi um ensaio randomizado, duplo-cego, de grupos paralelos, controlado por placebo e de superioridade, desenhado para avaliar a eficácia e segurança da semaglutida 7,2 mg em comparação com a semaglutida 2,4 mg e placebo, como adjuvante à intervenção no estilo de vida. O estudo incluiu 1.407 adultos com IMC ≥30 kg/m² sem diabetes. O objetivo primário foi demonstrar a superioridade da semaglutida 7,2 mg em relação ao placebo na perda de peso. Os principais desfechos secundários confirmatórios incluíram o número de participantes que alcançaram 10%, 15%, 20% e 25% de perda de peso, respectivamente. 

O estudo STEP UP T2D, também com duração de 72 semanas, investigou a semaglutida 7,2 mg em 512 adultos com obesidade e diabetes tipo 2, com o objetivo primário de demonstrar a superioridade da semaglutida 7,2 mg em relação ao placebo na perda de peso.

Sobre Wegovy® 

A semaglutida 2,4 mg é comercializada sob a marca Wegovy®. No Brasil, Wegovy® é indicado como complemento a uma dieta com redução calórica e aumento da atividade física para controle de peso em adultos com IMC ≥30 kg/m² (obesidade) ou em adultos com IMC ≥27 kg/m² (sobrepeso) na presença de pelo menos uma comorbidade relacionada ao excesso de peso.

Wegovy® também é indicado para pacientes pediátricos a partir de 12 anos de idade com IMC inicial no percentil 95 ou superior para a idade e gênero (obesidade) e peso corporal acima de 60 kg.

Trata-se do primeiro análogo semanal do GLP-1 aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para tratar pessoas que vivem com obesidade e sobrepeso com ao menos uma comorbidade relacionada ao peso. Aprovada pela Anvisa em janeiro de 2023, a semaglutida 2,4 mg chegou às farmácias brasileiras em agosto de 2024. 



Novo Nordisk
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Referências:

  1. Le Roux CW, Garvey WT, Kolnes KJ, et al. STEP UP: Efficacy of Semaglutide in Obesity Treatment Targets and Cardiovascular Risk Thresholds. Oral Presentation at ObesityWeek 2025; 4-7 November 2025; Atlanta, US.
  2. Wharton S, Freitas P, Hjelmesæth J, et al. Once-weekly semaglutide 7.2 mg in adults with obesity: the randomised, controlled, phase 3b STEP UP trial. Lancet Diabetes Endocrinol. 2025:S2213-8587(25)00226-8.
  3. McGowan B, Ciudin A, Baker JL, et al. Framework for the pharmacological treatment of obesity and its complications from the European Association for the Study of Obesity (EASO). Nat Med. 2025. doi: 10.1038/s41591-025-03765-w.

ANS abre Consulta Pública para avaliar inclusão de tratamento para pacientes com mielofibrose e anemia

Iniciativa busca ampliar o acesso à terapia inovadora para câncer hematológico raro; Contribuições podem ser enviadas até 24 de novembro de 2025

 

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela regulamentação do sistema privado de saúde, abriu a consulta pública nº 163 (UAT nº 176) para avaliar a possível incorporação de uma nova terapia à lista de coberturas obrigatórias dos planos de saúde1. O tratamento é indicado para pacientes adultos com mielofibrose de risco intermediário ou alto e anemia, incluindo mielofibrose primária ou secundária (pós-policitemia vera e pós-trombocitemia essencial)2,3. 

A mielofibrose é um tipo raro de câncer hematológico caracterizado pela proliferação anormal de células-tronco na medula óssea, frequentemente associada à mutações nos genes JAK2, CALR ou MPL. Essas alterações genéticas resultam em uma produção desregulada de células sanguíneas e provocam fibrose na medula óssea, levando à complicações graves, como esplenomegalia (aumento do baço) e anemia4,5,10,11. Além disso, os pacientes frequentemente apresentam sintomas debilitantes, como fadiga intensa, sudorese noturna, dor óssea e alterações no hemograma, que comprometem significativamente sua qualidade de vida4,9,10. A mielofibrose afeta principalmente indivíduos com 65 anos ou mais, sendo que a maioria dos casos são diagnosticados em estágios de risco intermediário ou alto.9-11. 

A anemia é uma das complicações mais prevalentes e incapacitantes da mielofibrose: cerca de 44% dos pacientes já apresentam anemia moderada a grave no momento do diagnóstico, e quase todos desenvolvem essa condição ao longo do curso da doença. Em muitos casos, os pacientes tornam-se dependentes de transfusões sanguíneas, uma situação que está associada a um pior prognóstico e menor sobrevida4-6,13. 

Neste contexto, a consulta pública busca avaliar a incorporação do primeiro e único medicamento aprovado no Brasil com indicação específica para tratar pacientes com mielofibrose e anemia. Este tratamento inovador possui um mecanismo de ação duplo, combinando a inibição das quinases JAK1/JAK2 e do receptor activina A tipo 1 (ACVR1). Além de atuar no controle dos sintomas constitucionais e na redução da esplenomegalia, o medicamento oferece benefícios significativos na melhora da anemia e na diminuição da necessidade de transfusões sanguíneas, proporcionando uma abordagem mais abrangente e eficaz para o manejo da doença7,8. 

“A mielofibrose causa grande impacto na vida dos pacientes, principalmente por conta da fadiga e da anemia, que muitas vezes os obrigam a reduzir o trabalho ou até se aposentar mais cedo. Isso traz grande impacto financeiro para seus núcleos familiares. Muitos precisam de transfusões frequentes, o que além de riscos para a saúde (entre eles, reações alérgicas, sobrecarga para o coração e lesões nos pulmões) sobrecarrega emocionalmente as famílias e financeiramente o sistema de saúde. Este novo tratamento é o único disponível no Brasil com dados que mostram melhora da anemia e redução da dependência de transfusões, trazendo mais qualidade de vida e autonomia para os pacientes”, afirma a hematologista Dra. Cristiana Solza, Professora Titular de Hematologia e Hemoterapia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). 

A aprovação regulatória do tratamento cuja incorporação no rol da ANS está em avaliação foi embasada em estudos clínicos de fase III, que demonstraram benefícios significativos em termos de controle da esplenomegalia e sintomas, melhora da anemia e redução da dependência transfusional.7,8,12.

 

Por que participar da Consulta Pública?

Pacientes, familiares, profissionais de saúde e a sociedade em geral podem participar da consulta pública, contribuindo com suas experiências e percepções sobre o impacto da doença e a importância de ampliar o acesso a novas alternativas terapêuticas. 

“A participação de pacientes e familiares na consulta pública é essencial, pois só eles conseguem mostrar como o tratamento realmente melhora a qualidade de vida. Médicos, especialistas e cidadãos também contribuem para que a decisão da ANS seja mais representativa e justa, ampliando as chances de acesso a esse avanço”, segundo a Dra. Cristiana Solza.

 

Como participar?

Participar é simples e pode fazer a diferença. Saiba como contribuir:

  • Acesse o site da ANS: Link.
  • Leia o relatório COSAÚDE e os documentos de apoio: entenda os critérios e evidências avaliados.
  • Dê sua opinião: clique em “Consulta pública nº 163 (UAT nº 176) – Contribua agora”, insira seus dados e escolha o tipo de contribuinte. Inclua sua justificativa e finalize em “Enviar contribuições”. 

A consulta pública nº 163 (UAT nº 176) ficará aberta até 24 de novembro de 2025.


  


GSK
www.gsk.com.br

 

Referências

  1. ANS.GOV.BR. Consulta Pública n° 163 - Tem como objetivo receber contribuições relacionadas às propostas de atualização do Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. Disponível em: Link. Acesso em novembro de 2025
  2. OJJAARA (momelotinibe). Bula do produto.
  3. DOU, Brasília, DF, 10 de março de 2025, Seção 1, p.91.
  4. Scherber RM, Mesa RA. Management of challenging myelofibrosis after JAK inhibitor failure and/or progression. Blood Rev. 2020 Jul;42:100716. doi: 10.1016/j.blre.2020.100716. PMID: 32593470; PMCID: PMC8895349.
  5. Nicolosi M, Mudireddy M, Lasho TL, et al. Sex and degree of severity influence the prognostic impact of anemia in primary myelofibrosis: analysis based on 1109 consecutive patients. Leukemia. 2018 May;32(5):1254-1258. doi: 10.1038/s41375-018-0028-x. PMID: 29568091; PMCID: PMC5940639.
  6. Mead AJ, Butt NM, Nagi W, et al. A retrospective real-world study of the current treatment pathways for myelofibrosis in the United Kingdom: the REALISM UK study. Ther Adv Hematol. 2022 Mar 28;13:20406207221084487. doi: 10.1177/20406207221084487. PMID: 35371428; PMCID: PMC8966129.
  7. Mesa RA, Kiladjian JJ, Catalano JV, et al. SIMPLIFY-1: A Phase III Randomized Trial of Momelotinib Versus Ruxolitinib in Janus Kinase Inhibitor-Naïve Patients With Myelofibrosis. J Clin Oncol. 2017 Dec 1;35(34):3844-3850. doi: 10.1200/JCO.2017.73.4418. PMID: 28930494; PMCID: PMC6553796.
  8. Verstovsek S, Gerds AT, Vannucchi AM, et al. Momelotinib versus danazol in symptomatic patients with anaemia and myelofibrosis (MOMENTUM): results from an international, double-blind, randomised, controlled, phase 3 study. Lancet. 2023 Jan 28;401(10373):269-280. doi: 10.1016/S0140-6736(22)02036-0. PMID: 36709073.
  9. Mughal TI, Vaddi K, Sarlis NJ, Verstovsek S. Myelofibrosis-associated complications: pathogenesis, clinical manifestations, and effects on outcomes. Int J Gen Med. 2014 Jan 29;7:89-101. doi: 10.2147/IJGM.S51800. PMID: 24501543; PMCID: PMC3912063.
  10. Mitra D, Kaye JA, Piecoro LT, et al. Symptom burden and splenomegaly in patients with myelofibrosis in the United States: a retrospective medical record review. Cancer Med. 2013 Dec;2(6):889-98. doi: 10.1002/cam4.136. PMID: 24403262; PMCID: PMC3892393.
  11. Shallis RM, Zeidan AM, Wang R, Podoltsev NA. Epidemiology of the Philadelphia Chromosome-Negative Classical Myeloproliferative Neoplasms. Hematol Oncol Clin North Am. 2021 Apr;35(2):177-189. doi: 10.1016/j.hoc.2020.11.005. PMID: 33641862.
  12. Mesa R, Harrison C, Oh ST, et al. Overall survival in the SIMPLIFY-1 and SIMPLIFY-2 phase 3 trials of momelotinib in patients with myelofibrosis. Leukemia. 2022 Sep;36(9):2261-2268. doi: 10.1038/s41375-022-01637-7. PMID: 35869266; PMCID: PMC9417985.
  13. Naymagon L, Mascarenhas J. Myelofibrosis-Related Anemia: Current and Emerging Therapeutic Strategies. Hemasphere. 2017 Dec 20;1(1):e1. doi: 10.1097/HS9.0000000000000001. PMID: 31723730; PMCID: PMC6745971.

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.


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