No Novembro Azul, especialistas
alertam que o câncer de próstata tem 71 mil novos casos por ano no Brasil;
diagnóstico precoce garante mais de 90% de chances de cura
O
câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens brasileiros, com
cerca de 71 mil novos diagnósticos todos os anos, segundo o Instituto
Nacional do Câncer (INCA). Apesar do impacto, muitos casos ainda são
descobertos em estágio avançado – quando o tratamento é mais agressivo, caro e
com menor chance de cura. Quando identificado precocemente, as chances de
sucesso ultrapassam 90%, por meio de exames simples como o PSA e o toque retal,
recomendados a partir dos 45 anos – ou dos 40, para quem tem histórico
familiar.
As consequências da falta de prevenção
Todos
os anos, cerca de mil homens passam por amputação parcial ou total do pênis no
Brasil, em grande parte devido a infecções causadas por má higiene íntima ou
diagnósticos tardios de câncer. Entre 2015 e 2024, foram registradas mais de
22,2 mil internações, 4,5 mil mortes e cerca de 580 amputações anuais, segundo
a Sociedade
Brasileira de Urologia (SBU) com base em dados do Ministério da Saúde.
Esses números mostram o quanto a ausência de acompanhamento médico e de cuidados
básicos pode se transformar em casos graves e, muitas vezes, evitáveis.
Avanços tecnológicos e impacto econômico
Segundo
o Dr. Cássio Andreoni, urologista do Hospital Israelita Albert Einstein e
pioneiro em cirurgia robótica no Brasil, a tecnologia já trouxe um novo
capítulo para o tratamento de doenças como o câncer de próstata. “Com a
cirurgia robótica, conseguimos remover tumores com mais precisão, preservando
funções urinárias e sexuais e oferecendo recuperação rápida. É um salto na
qualidade de vida do paciente – e um alívio para o sistema de saúde, que reduz
tempo de internação e complicações.”
Além
do impacto individual, a prevenção também traz benefícios econômicos. Segundo
Carlos Eduardo Soares, diretor executivo técnico da Qualicorp, maior
administradora de benefícios de saúde do Brasil, “a sustentabilidade do
setor passa, necessariamente, pela prevenção. Investir em exames preventivos é
cuidar da saúde das pessoas e, ao mesmo tempo, garantir o uso mais eficiente
dos recursos. Quando as doenças são detectadas precocemente, o tratamento tende
a ser mais simples, mAlidaenos invasivo e com maiores chances de
sucesso. Isso reduz a necessidade de internações prolongadas, cirurgias
complexas e o uso intensivo de recursos hospitalares – fatores que têm alto
custo tanto para o sistema público quanto para o setor suplementar. Dessa
forma, o diagnóstico precoce não apenas melhora a qualidade de vida dos
pacientes, mas também ajuda a manter a sustentabilidade financeira e
operacional de todo o ecossistema de saúde.”
Novembrinho Azul: prevenção também começa na infância
A
campanha Novembrinho Azul reforça a importância de criar consciência de saúde
desde cedo. Enquanto meninas são estimuladas a falar sobre o corpo e a visitar
o ginecologista já na adolescência, meninos muitas vezes crescem sem esse
incentivo. Essa lacuna cultural afasta os homens do consultório médico e da
rotina de exames, contribuindo para diagnósticos tardios e complicações graves.
O
Dr. Andreoni destaca: “Criar uma cultura de autocuidado desde a infância
reflete em ações preventivas na vida adulta. O hábito de se cuidar precisa ser
ensinado, valorizado e normalizado para que a prevenção seja vista como parte
da masculinidade e não como fraqueza.”
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Referências:
Instituto Nacional do Câncer (INCA)
Sociedade Brasileira de Urologia (SBU)
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