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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Como construir negócios para o tempo presente

O cenário global contemporâneo é marcado por uma efervescência inigualável. Uma infinidade de constantes mudanças, o vertiginoso avanço de novas tecnologias e os imediatismos de toda ordem redefinem, a cada instante, as regras do jogo nos mais diversos setores. Neste contexto de dinamismo extremo, construir e sustentar negócios exige uma mentalidade radicalmente diferente daquela que moldou o sucesso no século passado. É imperativo, portanto, que empreendedores e gestores desenvolvam uma nova bússola para navegar por este "novo normal". 

A antiga máxima, "não se pode usar mapas antigos para novos caminhos", ecoa com uma urgência particular no mundo dos negócios de hoje. O mapa de dez, cinco ou até mesmo dois anos atrás, com suas rotas bem definidas, estruturas rígidas e ciclos de inovação lentos, tornou-se obsoleto. As fronteiras entre o físico e o digital se dissolvem, o consumidor está mais informado e exigente, e a velocidade da obsolescência tecnológica exige um estado de alerta permanente. 

Por essa razão, a construção de negócios para o tempo presente deve ser fundamentada em um tripé de características essenciais: resiliência, adaptação e flexibilidade. 

Resiliência não é apenas a capacidade de suportar choques; é a habilidade de aprender e se fortalecer com eles. Negócios resilientes são aqueles que não apenas sobrevivem a crises – sejam elas econômicas, sanitárias ou setoriais – mas que emergem delas com estruturas mais enxutas, processos mais eficientes e um entendimento mais profundo de seu propósito e mercado. Isso implica em manter uma base de capital sólida, diversificar receitas e, acima de tudo, cultivar uma cultura interna que encare a falha como um feedback valioso, não como um ponto final. 

A Adaptação transcende a simples reação. Ela exige proatividade e antecipação. Em vez de esperar que a mudança tecnológica ou social force uma reestruturação, o negócio moderno deve incorporar a inovação como um processo contínuo e orgânico. Isso significa estar constantemente atento aos sinais do mercado, abraçando metodologias ágeis, experimentando novos canais de distribuição (como o e-commerce e as mídias sociais) e, crucialmente, reavaliando a proposta de valor para garantir que ela permaneça relevante para o consumidor de hoje. A adaptabilidade reside em desapegar-se de modelos de sucesso passados que já não respondem às necessidades atuais. 

Por fim, a Flexibilidade diz respeito à estrutura e à operação do negócio. Estruturas hierárquicas rígidas e processos lentos são inimigos da velocidade que o mercado exige. Negócios flexíveis investem em equipes multidisciplinares e autônomas, que podem pivotar rapidamente frente a novas demandas. A flexibilização se estende à força de trabalho, que hoje pode ser remota ou híbrida, permitindo o acesso a talentos globais. No aspecto operacional, a flexibilidade se manifesta na capacidade de personalizar produtos e serviços em escala, utilizando a tecnologia para oferecer experiências hipersegmentadas, em contraste com a uniformidade da produção em massa. 

Construir negócios para o tempo presente é, em última análise, um ato de humildade intelectual. É reconhecer que o conhecimento de ontem é apenas o ponto de partida, não o destino. Significa substituir a certeza do "mapa antigo" pela agilidade da "bússola moderna", que exige calibração constante. As empresas que prosperarão são aquelas que encaram as mudanças não como ameaças a serem evitadas, mas como as únicas constantes do nosso tempo, e que as transformam em oportunidades para redefinir o sucesso. 

 


Ederson Dé Manoel - CEO do Grupo Atalhos e Founder da Comments AI. É executivo de marketing com sólida experiência em projetos de growth marketing, inteligência artificial, inovação, transformação digital, desenvolvimento de produtos digitais e tecnologias ‘no-code’

 

Contribuição Assistencial – entenda como se opor a essa cobrança e a necessidade de mudar essa situação

Enquanto não avança o projeto de lei nº 1.663/2023, que trata da possibilidade do trabalhador cancelar o pagamento da contribuição sindical por meio digital, os sindicatos estão realizando a cobrança da Contribuição Assistencial em todo o Brasil, mesmo daqueles trabalhadores que não são filiados aos sindicatos, desde que seja assegurado o direito de oposição.

O grande problema é que para exercer o direito a oposição a essa cobrança, o caminho é bastante complexo, tendo o trabalhador que se deslocar para a sede do sindicato na maioria das vezes. Essa situação vem ocorrendo desde uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) datada de 2023, a partir da qual passou a ser legal a cobrança da Contribuição Assistencial. É importante ressaltar que, em alguns casos, os sindicatos estão cobrando uma taxa dos trabalhadores que desejam fazer a oposição a essa contribuição. 

A decisão do STF ocorreu durante o julgamento de um recurso apresentado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, de Máquinas, Mecânicas, de Material Elétrico, de Veículos Automotores, de Autopeças e de Componentes e partes para Veículos Automotores da Grande Curitiba. O recurso foi acolhido por maioria, resultando na mudança do entendimento do tribunal em relação ao tema.

 

Impacto nas empresas e trabalhadores

Essa mudança de cenário não é apenas uma questão legal; tem implicações significativas para empresas e trabalhadores em todo o Brasil. O retorno da Contribuição Assistencial traz uma importante fonte de financiamento para os sindicatos, permitindo que eles tenham uma maior estabilidade financeira para defender os interesses de suas categorias. No entanto, muitos trabalhadores não desejam pagar essa contribuição e agora terão que se opor formalmente a essa cobrança. 

Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Contabilidade, comenta a situação: "Para os trabalhadores das empresas, essa situação pode não ser tão interessante com a decisão, pois quando não desejam pagar esse valor, terão que se estruturar para negar o pagamento. Muitas vezes as pessoas não se atentam e têm esse desconto sempre. Como já foi definido, fica agora a expectativa de que os sindicatos passem a dar um maior suporte para os trabalhadores." 

É importante ressaltar que a contribuição assistencial deve ser previamente acordada e especificada em acordo ou convenção coletiva. O trabalhador tem o direito de se manifestar contra o pagamento, e caso não o faça, o valor será descontado automaticamente. 

“A falta de regras claras em relação ao tema permite que as entidades façam cobranças de forma despadronizada, causando problemas para os trabalhadores. O debate sobre a forma e limites dessas contribuições e sobre os meios pelos quais o trabalhador poderá manifestar sua oposição vem sendo foco de muitas discussões”, alerta o advogado Dr. Mourival Boaventura Ribeiro, sócio da Boaventura Ribeiro Advogados. 

Para reverter essa situação existe no Senado Federal um projeto de lei em discussão propõe uma importante mudança no modo como os trabalhadores lidam com a contribuição assistencial, permitindo que rejeitem o pagamento por meio de comunicações eletrônicas, como e-mail ou aplicativos de mensagens instantâneas, como WhatsApp.

 

Entenda essa contribuição

A contribuição assistencial, diferente da antiga contribuição sindical obrigatória, tornada facultativa em 2017, não possui um valor fixo e pode ser cobrada de qualquer trabalhador, independentemente de filiação sindical. 

“No entanto, a maneira como essa contribuição é cobrada pode variar de sindicato para sindicato, levando a situações em que os representantes impõem restrições aos trabalhadores que desejam recusar o pagamento. Essas restrições podem incluir a definição de prazos, locais e horários específicos para formalizar a recusa, criando um obstáculo para aqueles que buscam exercer seu direito de escolha”, alerta Mourival Ribeiro. 

Ao contrário do extinto imposto sindical, cuja contribuição era estabelecida por lei e equivalia a um dia de salário do trabalhador, já a contribuição assistencial normalmente tem seu valor fixado nas assembleias da categoria profissional na qual, com raras exceções, os trabalhadores possuem representação efetiva. 

As normas coletivas, geralmente, condicionam o recebimento da oposição ao desconto àquela feita presencialmente, de próprio punho, e limitam o prazo para a oposição a alguns dias após a assinatura do acordo ou convenção. 

“Penso que hoje, o debate deve se dar em relação à forma e aos limites em que essas contribuições serão fixadas pelos sindicatos e em relação aos meios pelos quais o trabalhador poderá manifestar sua oposição. Exigir que essa oposição seja feita presencialmente e mediante preenchimento de carta de próprio punho, na presença de um representante do sindicato, nos parece abusivo e antidemocrático”, alerta Mourival Ribeiro. 

É importante que as empresas acompanhem em tempo real a evolução das negociações envolvendo os acordos coletivos e conheçam os termos das cláusulas que foram estabelecidas, divulgando as mesmas para todos os seus empregados. Sempre que possível, as empresas devem procurar firmar acordos individuais diretamente com o sindicato, acompanhadas de seu advogado. Estar bem-informado e preparado é fundamental nesse novo cenário em relação à contribuição assistencial.


Pesquisadores da Universidade Presbiteriana Mackenzie aplicam método que detecta a presença de metanol em bebidas alcoólicas

Técnica utiliza espectroscopia Raman para identificação de substância tóxica

 

As notícias recentes envolvendo intoxicação por metanol, substância altamente tóxica quando ingerida, causaram comoção nacional devido à gravidade dos mais de 50 casos confirmados e as nove mortes que aconteceram no estado de São Paulo. A situação crítica levou um grupo de pesquisadores da Escola de Engenharia (EE) da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), liderados pelos professores Christiano de Matos, Thiago Canevari e Henrique Rosa, a aplicarem a técnica de espectroscopia Raman na realização de análises rápidas e precisas de amostras líquidas. 

Os resultados promissores apontam que é possível identificar a presença de metanol em bebidas adulteradas a partir de concentrações tão baixas quanto 0,5%. Os estudos ainda estão em desenvolvimento para aumentar a sensibilidade do procedimento. 

Quanto ao tempo que a identificação leva, o prof. Henrique Rosa explica que análises de espectroscopia Raman são rápidas: cada medida pode variar entre 1 segundo e 1 minuto, e a análise de um conjunto de amostras, com tratamento de dados por meio de ferramentas computacionais avançadas, leva alguns minutos. 

A técnica já é utilizada comercialmente em diversas áreas, como identificação e caracterização de materiais (cerâmicas, metais, semicondutores, nanomateriais, polímeros etc.) e para detecção de substâncias em diversos compostos químicos. O pesquisador detalha que em relação ao problema da adulteração de bebidas, “é importante conhecer as composições das bebidas e as especificações das substâncias contaminantes, possibilitando assim análises das amostras e calibração dos equipamentos, e assim que esse objetivo for atingido o serviço poderá ser oferecido comercialmente”. 

O professor ressalta que a aplicação do método faz parte do compromisso da instituição com a pesquisa aplicada para resolver os desafios reais da sociedade contribuindo para a proteção da saúde pública por meio do desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras. “A importância do projeto está em ter a estrutura e ter os especialistas no tema, o que possibilita nossa contribuição na solução do problema que tem afetado drasticamente a população”. 

Com potencial altamente tóxico quando ingerido, o processamento do metanol pelo organismo gera compostos que danificam órgãos vitais e podem levar à cegueira, coma e a óbito. 

A espectroscopia Raman é um processo totalmente óptico e que permite examinar a composição molecular dos líquidos e materiais sem a necessidade de destruir a amostra. A simplicidade e sua aplicação, o custo relativamente baixo, a precisão e rapidez permitem uma triagem eficiente de grandes volumes de amostras. Além disso, o equipamento é portátil e as medidas podem ser feitas através dos vidros das bebidas, o que confere rapidez e confiabilidade às análises.


Autor fantasma: Entenda o termo que gera polêmica no meio acadêmico

Infelizmente é comum ver pessoas que participam ativamente da pesquisa ficarem de fora da lista de autores, mas ver que nem todos os autores listados tiveram tanta participação assim, conta a editora-chefe da Atena Editora, Antonella Carvalho de Oliveira

 

À primeira vista, a lista de autores de um estudo científico parece uma formalidade bastante simples: escreveu, assinou. Mas por trás de cada publicação científica há um mundo muito mais complexo que isso onde onde as questões éticas da autoria ainda enfrentam distorções e injustiças.

O termo “autor fantasma” tem ganhado notoriedade nos bastidores da ciência. Ele se refere àquela pessoa que participou significativamente de uma pesquisa mas que, ao final, tem seu nome omitido da autoria do trabalho.

Um fenômeno que atinge especialmente estudantes de iniciação científica, mestrandos e doutorandos, figuras fundamentais na engrenagem da produção acadêmica.

“Infelizmente é comum ver pessoas que participam ativamente da pesquisa ficarem de fora da lista de autores, mas ver que nem todos os autores listados tiveram tanta participação assim”.


“Essa prática não apenas compromete a integridade acadêmica, como também desvaloriza o trabalho intelectual de quem está em formação”, afirma Antonella Carvalho de Oliveira, editora-chefe da Atena Editora.



A outra ponta da corda: O orientador estrela

Na outra extremidade do problema está o que se convencionou chamar de “orientador estrela”: aquele pesquisador sênior que assina automaticamente todos os trabalhos de seus orientandos, mesmo sem envolvimento direto na elaboração do conteúdo.

A justificativa costuma ser a supervisão do projeto, mas nem sempre há uma contribuição efetiva para justificar a coautoria. Quando a assinatura vira um protocolo automático, abre-se espaço para distorções que ferem o princípio da meritocracia científica.



Normas da titulação

Diretrizes internacionais, como as do ICMJE (Comitê Internacional de Editores de Revistas Médicas), são claras quanto aos critérios mínimos para figurar como autor de um artigo: contribuição substancial para o desenho da pesquisa ou análise dos dados, participação na redação ou revisão crítica do conteúdo, aprovação da versão final e responsabilidade integral pelo trabalho publicado.

“Assinar sem atender a esses critérios é considerado antiético, da mesma forma, omitir nomes de colaboradores que cumpriram esses requisitos é igualmente errado”, conta Antonella Carvalho de Oliveira.

Na prática, no entanto, essas diretrizes muitas vezes são ignoradas ou relativizadas por conveniências institucionais, hierarquias e vaidades pessoais.

“Discutir autoria não é apenas falar de nomes na capa de um artigo. É falar de justiça, reconhecimento e respeito por quem faz ciência de verdade”, destaca.

 


Antonella Carvalho de Oliveira - professora licenciada em Pedagogia, Mestre em Engenharia de Produção e Doutora em Ensino de Ciência e Tecnologia pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Tendo mais de 30 anos de carreira no magistério e uma década de atuação como professora na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) Autora do livro "Como se Faz um Produto Educacional", o único no Brasil que ensina de maneira específica como criar um produto educacional. Atualmente, ocupa o cargo de Editora Chefe da Atena Editora.


Excesso de energia solar e eólica desafia sistema elétrico e pode gerar prejuízos bilionários, alerta professora da FEI

Corte de geração, tem se tornado uma prática diária no Brasil para evitar o colapso da rede elétrica diante da sobre oferta de energia renovável


O crescimento acelerado da geração de energia solar e eólica no Brasil, especialmente no Nordeste, tem criado um paradoxo no setor elétrico: a produção de energia limpa supera a capacidade da rede de transmissão e distribuição, obrigando o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) a realizar cortes diários na geração, procedimento conhecido como curtailment.

Segundo o ONS, em períodos de baixa demanda, como no feriado do Dia dos Pais, quase 40% da energia gerada no país veio de sistemas fotovoltaicos, o que exigiu operações emergenciais para evitar apagões. Em agosto, os cortes chegaram a 36% do potencial da energia solar e 21% da eólica, com perdas estimadas em R$ 3,2 bilhões para o setor em 2025, de acordo com dados divulgados pela CNN Brasil e pela ABEEólica.

“O curtailment é uma medida necessária para preservar a segurança e a confiabilidade do sistema elétrico. A geração e o consumo precisam estar sempre equilibrados. Quando há excesso de oferta, o sistema pode ficar sobrecarregado e até colapsar”, explica Michele Rodrigues, professora do Curso de Engenharia Elétrica da FEI.

De acordo com a especialista, o problema se intensifica com a expansão da geração distribuída, ou seja, sistemas solares instalados em residências e empresas. A micro e minigeração distribuída, que injeta energia diretamente na rede local, cresce em ritmo acelerado e, embora seja positiva, também contribui para a sobreoferta. O ONS não tem controle direto sobre essa geração, o que torna o gerenciamento ainda mais complexo.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) tem elaborado um Plano de Gestão de Excedentes na Rede de Distribuição, previsto para ser entregue até o fim de outubro, com medidas que podem incluir o desligamento temporário de usinas em períodos de sobrecarga.

Entre as soluções propostas por especialistas e órgãos do setor estão o investimento em armazenamento de energia por baterias, a expansão da rede de transmissão, o uso de tarifas dinâmicas que tornem a energia mais barata nos horários de maior geração e a modernização regulatória para equilibrar oferta e demanda.

A professora Michele afirma ainda que “o Brasil vive um paradoxo energético: em alguns momentos, precisa desligar usinas solares e eólicas porque há energia demais; em outros, acionar termelétricas caras e poluentes para compensar a falta de geração solar à noite. O desafio é tornar o sistema mais inteligente e eficiente”.

 

Novembro Azul: Brasil terá mais de 70 mil casos de câncer de próstata até o fim de 2025

Com segunda maior incidência entre os homens, diagnóstico precoce é essencial para maior chance de cura, uma vez que a doença não traz sintomas em estágio inicial

 

Novembro é dedicado para falar sobre a saúde do homem, em especial através da campanha novembro azul, que alerta sobre o câncer de próstata e reforça a importância do acompanhamento médico regular para diagnóstico precoce. No Brasil, o INCA (Instituto Nacional de Câncer) estima cerca de 71.730 novos casos anuais entre 2023 e 2025. 

O alto número de diagnósticos chama a atenção para os fatores de risco. Entre eles está o envelhecimento da população, histórico familiar, etnia e fatores genéticos. Com isso, homens acima dos 50 anos, com histórico de câncer em parentes de primeiro grau, negros e portadores de mutações em genes como BRCA2, ATM e HOXB13 estão associados a maior predisposição.   

Para o urologista e especialista em cirurgia robótica do Grupo São Lucas de Ribeirão Preto, Dr. Tiago Bovo (CRM: 94246 / RQE: 58781), o grande desafio está na conscientização e incentivo para o acompanhamento regular com um especialista. Por se tratar de uma doença silenciosa, exames de rotina são essenciais para o diagnóstico precoce, trazendo uma taxa de cura de 90% para tratamentos em casos iniciais.  

“Estudos clássicos demonstraram que o rastreamento regular reduz significativamente a mortalidade em até 20%. Quando há sinais, eles geralmente refletem uma doença mais avançada. Os sintomas mais comuns são dificuldade para urinar, jato urinário fraco ou intermitente, necessidade de urinar com frequência, especialmente à noite, sangue na urina ou no sêmen e dor óssea em casos metastáticos. Por isso, o diagnóstico precoce salva vidas e evita que a doença avance, trazendo riscos de um tratamento que passa a ser apenas de controle e não de cura”, explica.  

O rastreamento envolve dois exames complementares, sendo eles o PSA (Antígeno Prostático Específico), exame de sangue que detecta alterações no nível da proteína produzida pela próstata e o toque retal, exame físico rápido que permite avaliar o tamanho, consistência e eventuais nódulos na glândula. A Sociedade Brasileira de Urologia recomenda rastreamento anual em homens a partir de 50 anos e, para casos de histórico familiar ou etnia, a partir dos 45. 

Entre os principais tratamentos, está vigilância ativa para tumores de baixo risco, cirurgia de prostatectomia radical, que remove toda a glândula prostática, radioterapia moderna e terapias sistêmicas como hormonais e imunoterápicas nos casos avançados. A cirurgia robótica é atualmente o padrão mais elevado e seguro para casos cirúrgicos. Com o sistema robótico da Vinci, utilizado no Hospital São Lucas, o método amplia a visão em 3D, permite movimentos precisos e reduz sangramento, dor e tempo de recuperação. Estudos de centros de referência demonstram melhores resultados funcionais como preservação urinária e sexual e margens cirúrgicas mais seguras quando comparadas à cirurgia aberta ou laparoscópica tradicional.  

“A resistência ao acompanhamento vem, em parte, de mitos culturais e medo do exame de toque retal. É fundamental desmistificar essa barreira. O toque dura poucos segundos e pode literalmente salvar vidas. Homens que se cuidam vivem mais, com mais energia e com mais tempo para suas famílias. O estilo de vida tem impacto direto na saúde prostática. Estudos mostram que fatores metabólicos e inflamatórios influenciam o risco de câncer de próstata. É recomendado controle de peso corporal, alimentação equilibrada, atividade física regular, evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool, controlar o estresse e priorizar um sono adequado. Em resumo, prevenção e autocuidado são atitudes que não apenas evitam o câncer de próstata, mas prolongam a vida com mais qualidade”, conclui o médico.  

 

 Grupo São Lucas de Ribeirão Preto (SP)


A juventude e as redes sociais

É muito importante constatarmos que nós, especialmente os jovens, temos um desejo profundo de conexão. Procuramos conexões o tempo todo: com a realidade em que estamos inseridos, as pessoas, os lugares. Fomos criados como seres de relação. Temos a necessidade de nos relacionarmos uns com os outros. Ninguém é uma ilha isolada. 

Fomos feitos para compartilhar a vida. E basta olharmos um pouco para a existência humana que logo percebemos a forma como se constituem as famílias, as amizades, os companheiros de trabalho, os colegas, pois estamos sempre nos conectando uns com os outros.  

E nas redes sociais isso não é diferente. Elas se tornam um lugar de conexão, onde estabelecemos comunhão, criamos vínculos. Mas que tipo de conexões estamos formando? Qual é a qualidade dessas conexões? As redes, de fato, têm me aproximado mais das pessoas ou têm me distanciado delas? Quando queremos nos conectar com alguém, fazemos isso com o desejo de nos relacionarmos com a pessoa real, com aquilo que ela traz de mais essencial? Queremos e buscamos um laço profundo, concreto? 

Com a possibilidade de nos conectarmos também por meio das redes sociais, nas quais expomos nossas vidas, compartilhamos ideias, conhecemos novas pessoas — tudo isso representa uma grande oportunidade. Porém, essa oportunidade também pode se tornar um grande risco. É inevitável termos contato com esse mundo digital. E mais: precisamos saber como fazer bom uso dessas redes, desses meios que nos foram concedidos, para que, realmente, possamos nos conectar com mais pessoas e compartilhar vida.  

As redes precisam ser um meio de comunhão e crescimento — e não de destruição e distanciamento. Não podemos nos enganar! Muitas vezes, achamos que estamos conectados com várias pessoas, mas, na verdade, estamos distantes, isolados. Por isso eu e você precisamos estar muito atentos e nos perguntar: o que as redes têm produzido em nós? Têm nos aproximado? Têm nos agregado? Nas conexões estabelecidas, o que compartilho e o que recebo? Isso tem me ajudado a crescer como pessoa e a estabelecer vínculos, a ser mais humano? Ou, pelo contrário, tenho apenas tentado transmitir uma imagem ilusória sobre mim mesmo?  

A exposição saudável é aquela em que compartilho sentimentos, ideias, reflexões, momentos que vivo, e isso é muito bom. E quando o compartilhamento deixa de ser saudável? É quando exponho aspectos íntimos, tão delicados que nem todas as pessoas estão preparadas (ou são dignas) para receber aquilo que estou mostrando. Por quê? Porque é algo sagrado. Por isso preciso ter filtro, discernimento, entendimento e uma reflexão mais profunda para saber o que devo ou não devo expor nas redes sociais. Muitas vezes, quando algo cai na rede, é praticamente irreversível. Não posso simplesmente apagar da memória das pessoas aquilo que elas viram, mesmo que eu delete uma postagem. Por isso precisamos estar muito atentos.  

A exposição saudável é aquela que agrega, e nem sempre são situações agradáveis,: às vezes, são desafios e realidades difíceis que estamos enfrentando. Sem contar que, hoje, as redes sociais se tornaram, para os jovens, um meio potente de compartilhar a vida — e a vida que vivemos com Deus. Faço essa experiência de vida. Todas as vezes que tive a oportunidade de compartilhar, pelas redes sociais, vivências, desafios, lutas que enfrentei, percebi que outras pessoas também foram edificadas. Porque evangelizar é isso: é dar a vida que se vive.   

As redes sociais se tornaram um meio concreto para isso. Eu evangelizo, compartilho a vida e as experiências, inclusive, os meus próprios desafios. Mas preciso entender, como nos ensinam os sábios: “que proveito posso tirar de tudo isso para ser uma pessoa melhor?”  

A rede social não é lugar para gerar conflitos ou fazer postagem com o objetivo de causar inveja nos outros. É um lugar de compartilhamento de vida com responsabilidade. Lembremos que fomos criados para viver junto com os outros, e para isso precisamos estabelecer conexões; e as redes sociais podem se tornar um meio concreto para que isso aconteça, desde que saibamos usá-las bem. Se assim fizermos, as redes, de fato, se tornam meios pelos quais podemos edificar e também ser edificado por outras pessoas.  

 

Tiago Marcon - membro da Comunidade Canção Nova, responsável pela Imersão Missionária da Canção Nova no Chile.


Redação no Enem exige mais que adivinhar o tema: interseções revelam caminhos para os candidatos

Estudo inédito da Descomplica mapeia padrões nas provas anteriores e aponta repertórios que podem fortalecer os estudantes em 2025

 

Todos os anos, na véspera do Enem, surgem diversas apostas sobre o possível tema da redação. Apesar da curiosidade que essas especulações despertam, a experiência mostra que raramente elas se confirmam. O que de fato pode ajudar o candidato, segundo professores da Descomplica, maior plataforma de cursos online do país, não é tentar prever o assunto, mas entender os padrões de interseção que marcam as últimas edições da prova.

Um estudo interno da Descomplica, que analisa as redações do Enem dos últimos 16 anos, identificou que, independentemente do tema específico, existem elementos recorrentes: questões sociais estruturais, desigualdade de acesso a direitos e a necessidade de propor soluções coletivas. Esses padrões atravessam diferentes enunciados e aparecem combinados a temas de cultura, educação, saúde, meio ambiente ou direitos humanos. 

Para Marcus Oliveira, professor da Descomplica, o estudante que se concentra nessas interseções sai em vantagem. “Chutar o tema da redação é como jogar na loteria. A chance de acerto é mínima. O que realmente faz diferença é perceber que todos os temas exigem do candidato uma análise social ampla, argumentos consistentes e a capacidade de propor soluções. Ao invés de decorar repertórios prontos, o aluno precisa construir repertórios conectados com esses grandes eixos”, explica. 

O professor lembra ainda que o Inep tem sido cada vez mais rigoroso com o uso de repertórios de bolso e paráfrases da própria prova. “Nos últimos anos, vimos uma queda expressiva no número de notas mil em redação — de cerca de 60 em 2023 para apenas 12 em 2024. Isso mostra que repetir citações genéricas ou usar referências muito comuns já não basta. O Enem quer repertórios originais e contextualizados, que dialoguem com a realidade social”, acrescenta. 

Segundo a Descomplica, o objetivo do levantamento é fornecer aos estudantes uma lista das interseções mais recorrentes nas últimas edições da prova, mostrando de forma clara quais eixos se repetem e como eles podem ser usados para fortalecer a argumentação. Entre as recorrências já identificadas estão cidadania e participação social, educação inclusiva e saúde pública, sempre conectadas a desafios sociais que exigem soluções coletivas.
 

Dicas práticas para os candidatos

  • Foque nos eixos sociais estruturais: os temas do Enem quase sempre dialogam com questões como desigualdade de acesso a direitos, violência e segurança pública e valorização da diversidade cultural.
  • Construa repertórios variados: vá além de frases prontas e traga referências originais da literatura, música, cinema ou de dados atuais (como pesquisas e relatórios).
  • Pratique a construção de soluções: todo tema do Enem exige proposta de intervenção. Treine criar alternativas coletivas, viáveis e factíveis para diferentes contextos.
  • Leia redações nota mil: observe como candidatos de anos anteriores conectaram argumentos a repertórios originais e fugiram do senso comum.

Com isso, o aluno passa a compreender que não há um “tema certo” a ser descoberto, mas sim um conjunto de pensamentos que podem tornar sua argumentação mais sólida. “Não vence quem acerta o palpite, mas quem está preparado para articular ideias em torno de grandes questões sociais. É aí que a redação do Enem realmente se decide”, conclui Marcus Oliveira.


Descomplica


Número de estudantes de medicina com mais de 35 anos cresceu 554% na última década

Com expectativa de vida recorde, brasileiros redesenham carreiras e investem em nova formação profissional na maturidade 


Aos 49 anos, Fernanda Assayg não parece a típica estudante de medicina. Enquanto a maioria de seus colegas na Faculdade São Leopoldo Mandic tem entre 17 e 25 anos, ela traz na bagagem uma carreira consolidada como fonoaudióloga e a certeza de que nunca é tarde para investir na qualificação profissional. "Entendi a medicina não como mudança de carreira, mas como uma evolução", afirma a estudante que se forma este ano. "Não deixamos conhecimentos para trás. Toda a minha experiência prévia na fonoaudiologia é um acúmulo que agora se integra à medicina", explica. 

A trajetória de Fernanda espelha uma tendência nacional: cada vez mais brasileiros estão trocando a estabilidade profissional pela aventura de vestir o jaleco branco em idades pouco convencionais. Os números confirmam o movimento. Segundo o Censo da Educação Superior, as matrículas no ensino superior entre pessoas com mais de 40 anos mais que dobraram na última década, saltando 109% entre 2012 e 2022. 

Embora seja expressivo, esse crescimento é ainda mais robusto nos cursos de medicina: estudo da Faculdade de Medicina da USP revela que a quantidade de estudantes com 35 anos ou mais aumentou 554% entre 2013 e 2023. Em dez anos, a participação desse grupo no total de matriculados subiu de 2,6% para 7,1% - um salto que desafia o perfil tradicional do calouro de medicina. 

Para o Dr. Guilherme Succi, coordenador do curso de Medicina da São Leopoldo Mandic, esses alunos trazem uma maturidade que transforma as salas de aula. Na própria instituição que coordena, esse grupo já representa 10% do corpo discente de medicina, um percentual superior à média nacional de 7,1%. 

"Eles chegam com bagagem de vida, experiência profissional em outras áreas e uma determinação que inspira os mais jovens", observa. "Enquanto muitos jovens ainda estão descobrindo sua vocação, esses estudantes já sabem exatamente por que escolheram a medicina e o que esperam da profissão", avalia. 

O fenômeno reflete mudanças profundas no mercado de trabalho e nos projetos de vida dos brasileiros. Com a expectativa de vida chegando a 76,4 anos, segundo o IBGE, e a saúde permitindo atividades profissionais por mais tempo, a ideia de uma carreira única ao longo da vida dá lugar a múltiplas trajetórias. 

"A medicina atrai esses profissionais por oferecer tanto realização pessoal quanto estabilidade financeira. Muitos vêm de áreas saturadas ou que não oferecem mais desafios", analisa Succi. 

Os benefícios, porém, vêm acompanhados de escolhas complexas. Para esses estudantes, o projeto de se tornar médico envolve uma equação delicada que vai além dos desafios acadêmicos. Fernanda viveu isso na prática: "Não consegui conciliar minha carreira anterior, acho desafiador. O curso de medicina é intenso, me dediquei a ser estudante em tempo integral. Como tive a oportunidade de fazer faculdade novamente, aproveitei ao máximo", relata. 

O coordenador destaca que a jornada exige lidar com o que chama de "pressão do relógio biológico profissional". "É preciso lidar com a pressão do relógio biológico, já que muitos terão carreiras mais curtas que seus colegas mais jovens", pondera Succi. "Por outro lado, trazem uma perspectiva humana enriquecida por outras experiências profissionais, algo que beneficia diretamente os pacientes", completa. 

Antes mesmo de encarar a graduação, porém, esses candidatos enfrentam uma barreira inicial. Succi ressalta que o primeiro grande desafio é retornar à disciplina de estudos e enfrentar o vestibular. “Para vencer essa etapa, é fundamental criar uma rotina e um plano de estudos que abranjam todo o conteúdo necessário. Os cursos preparatórios também podem ser uma ferramenta eficaz nessa retomada de estudos para um vestibular tão concorrido quanto o de Medicina", aconselha. 

Se a tendência se confirmar, a relação entre cidadãos e profissionais de saúde passará por profundas mudanças na próxima década. Para Fernanda, a mensagem é clara: "Acho que sonhos são para ser vividos. Nossa escolha profissional da adolescência não deve ser uma sentença de vida. A medicina é tão ampla e complexa, ela precisa de todos os tipos de pessoas. A diversidade é o que enriquece a ciência", afirma. 

Enquanto isso, nas salas de aula da Mandic e de outras faculdades pelo país, uma nova geração de médicos mais experientes prova que, para quem tem vocação, o tempo não é obstáculo, e sim aliado. 



São Leopoldo Mandic
slmandic.edu.br; facebook.com/saoleopoldomandic; instagram.com/saoleopoldomandic/.


Além de destruir a vegetação, queimadas liberam gases tóxicos e agravam o aquecimento global, comprometendo o bem-estar e a qualidade de vida da população


As queimadas não são apenas um problema ambiental — são uma ameaça direta à saúde pública. O alerta é do professor Bruno Esteves Conde, pós-doutor em Biologia Química e docente dos cursos de Saúde da Estácio, que explica que o fogo em áreas verdes libera gases poluentes e de efeito estufa, deteriorando o ar que respiramos e agravando o aquecimento global. “As queimadas comprometem o ar, o clima e a qualidade de vida. Quando uma área arborizada é destruída, perdemos também os principais captadores de dióxido de carbono e produtores de oxigênio”, destaca o pesquisador. 

O especialista lembra que a degradação ambiental está diretamente ligada ao bem-estar social. Segundo ele, a perda da vegetação afeta não apenas o clima, mas também a saúde da população, especialmente de pessoas com doenças respiratórias. “As queimadas são, sim, um problema de saúde pública. Elas emitem gases poluentes e reduzem a qualidade do ar, comprometendo tanto o meio ambiente quanto a vida humana”, reforça. 

Bruno Conde explica ainda que a intensidade e o impacto de uma queimada variam conforme o bioma afetado. No caso da Mata Atlântica, a recuperação de áreas atingidas pode levar décadas. “Se tivermos 100% de comprometimento de uma área, seria necessário promover ações de recomposição florestal para acelerar a regeneração. Mesmo assim, levaríamos cerca de 30 anos para ter novamente um ambiente semelhante ao original”, afirma. 

O processo de recuperação, acrescenta o professor, depende do ciclo natural de sucessão ecológica — em que árvores pioneiras, de vida mais curta, abrem espaço para espécies secundárias e, depois, para as árvores climáxicas, que consolidam o equilíbrio da floresta. “Para termos um ambiente restaurado, com fauna e flora integradas, é preciso considerar esse tempo de maturação, que pode chegar a 50 anos”, explica. 

Para o pesquisador, é urgente investir em políticas e ações de prevenção às queimadas e em iniciativas de restauração florestal. “Precisamos de recomposição vegetal para que as áreas possam voltar a exercer suas funções ecológicas e de proteção. Cuidar do meio ambiente é cuidar da nossa própria respiração, da temperatura das cidades e do futuro das próximas gerações”, conclui.

 

Estácio
estacio.br


Universidade Anhembi Morumbi lança programa de bolsas de estudo e oportunidades de trabalho para pessoas em vulnerabilidade

Projeto-piloto une formação acadêmica e inserção profissional em um movimento de inclusão e protagonismo, com oportunidades distribuídas por diferentes regiões do país


A Universidade Anhembi Morumbi, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, anuncia o lançamento do “Prospere”: Programa de Oportunidade, Superação, Projeção, Educação e Renda. A iniciativa pioneira tem como objetivo romper barreiras socioeconômicas ao oferecer, simultaneamente, bolsas de estudo integrais em cursos de graduação e vagas de trabalho para candidatos em vulnerabilidade social. O edital com as informações completas pode ser acessado no site das Instituições. 

As inscrições estão abertas até 12 de novembro e devem ser realizadas por meio da página do programa Prospere no site das Instituições da Ânima. Os candidatos precisam ter renda familiar per capita de até dois salários-mínimos, Ensino Médio completo, nota do ENEM obtida nos últimos dez anos e interesse em cursos de graduação presenciais ou semipresenciais. 

"Acreditamos que grandes transformações começam com oportunidades simples e o ‘Prospere’ é exatamente isso: uma chance de estudar, trabalhar e prosperar. Começar com vagas para o nosso atendimento é um gesto de reconhecimento e confiança em quem, todos os dias, acolhe nossos estudantes com empatia. Este é um projeto que nasce com vocação para crescer e gerar impacto verdadeiro”, afirma Rodrigo Rossetto, vice-presidente de Soluções da Ânima Educação. 

O processo seletivo inclui análise da nota do ENEM, avaliação comportamental, teste de raciocínio lógico e entrevista com gestores das áreas de atendimento e o setor de Recursos Humanos. Além disso, o candidato deve realizar o processo seletivo de ingresso na Instituição escolhida. 

As oportunidades de trabalho são presenciais ou em formato remoto, e estão distribuídas no estado de São Paulo (SP), em regiões localizadas em um raio de até 20 quilômetros das unidades da Universidade Anhembi Morumbi. Os estudantes serão contratados para atuar em áreas de atendimento aos alunos (Atende +), sendo treinados até o início de suas atividades previstas para fevereiro de 2026.



Universidade Anhembi Morumbi
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3 verdades sobre o inglês que podem mudar o rumo da sua carreira

O professor de inglês, Lucca Lacerda, sócio-fundador da Spaceclass revela os principais motivos para quem ainda tem dúvidas se aprender o idioma é realmente importante para o crescimento profissional

 

Para construir uma carreira promissora, o domínio do inglês deixou de ser um diferencial e passou a ser uma exigência, especialmente para quem almeja trabalhar em empresas internacionais ou conquistar cargos de liderança. Segundo a Pesquisa de Tendências RH 2024, feita pela plataforma de empregos Catho, o domínio de idiomas, como o inglês, está entre as cinco habilidades técnicas mais valorizadas pelas empresas, com a marca de 11%.

Mais do que uma simples ferramenta de comunicação, o inglês se tornou uma porta de entrada para novas oportunidades. “O mercado de trabalho sempre reconheceu o valor do profissional que domina o inglês. Em muitos cargos estratégicos, o idioma é essencial, seja para obter certificações, participar de eventos internacionais ou atuar em equipes globais”, comenta Lucca Lacerda, sócio-fundador da Spaceclass, rede de franquias especializada em soluções no ensino de idiomas.

Lacerda, que também é professor do idioma, listou os principais motivos para quem ainda tem dúvidas se aprender inglês é realmente importante para crescer profissionalmente, confira: 

  1. Conexões internacionais e networking - Saber inglês permite participar de conferências, eventos e projetos com pessoas do mundo todo. Isso amplia a rede de contatos e coloca o profissional em um cenário global, algo extremamente valorizado no mercado de trabalho atual.
  2. Melhores salários - Diversas pesquisas mostram que profissionais com inglês fluente podem ganhar mais. Uma pesquisa da Catho confirmou que um profissional brasileiro com fluência no idioma pode ter o salário até 61% maior do que alguém sem essa habilidade.
  3. Aprendizado contínuo - Buscar conhecimento é ter visão de futuro. Estar em constante aprendizado amplia horizontes, fortalece o currículo e aumenta as chances de conquistar boas oportunidades. Aprender um novo idioma, como o inglês, pode ser o impulso que faltava para alcançar posições melhores até mesmo fora do Brasil. Afinal, estudar é investimento.

 

Spaceclass

 

Saúde social fragilizada ameaça bem-estar e negócios no Brasil

Pesquisa realizada pelo Talenses Group, em parceria com a professora Maria José Tonelli e Daniel Andrade, ambos da FGV-EAESP, aponta que 87% reconhecem que a saúde social impacta até a longevidade, mas apenas 50% veem suas lideranças atuando para promovê-la

 

A solidão e a fragilidade das relações sociais deixaram de ser apenas um tema da vida privada e passaram a ocupar espaço nos debates globais de saúde pública e de gestão corporativa. A Organização Mundial da Saúde já classifica o isolamento social como um problema capaz de aumentar em até 50% o risco de demência e em 29% a chance de ataques cardíacos, além de estar associado à depressão e à queda na longevidade. A OMS também estima que a solidão provoca quase 1 milhão de mortes por ano. Na esfera corporativa, esses efeitos se refletem em perda de engajamento, aumento de casos de burnout e queda de produtividade, um desafio que ganhou força após a pandemia e a intensificação de modelos de trabalho híbridos e remotos. Porém, para muitos, o modelo totalmente presencial também deixou de ser viável. O desafio atual é encontrar caminhos de equilíbrio. 

Doyle & Link (2024) definem saúde social como “a quantidade e a qualidade adequada das relações num determinado contexto que preencha as necessidades de um indivíduo para uma conexão humana significativa.” Essa perspectiva reforça a ideia de que vínculos consistentes não são apenas desejáveis, mas indispensáveis para a saúde integral física, mental e social. É nesse contexto que o Talenses Group, em parceria com a professora Maria José Tonelli e Daniel Andrade, ambos da FGV-EAESP, realizou entre agosto e setembro de 2025 a Pesquisa de Saúde Social, que ouviu 450 profissionais, sendo 325 respostas válidas analisadas, de diferentes setores. O estudo analisou como os vínculos interpessoais, dentro e fora das empresas, afetam a saúde e quais são as percepções sobre o papel das organizações na construção de ambientes mais conectados. 

Os resultados revelam uma crise que ultrapassa a esfera pessoal: 88% dos entrevistados percebem uma piora na qualidade das relações, 92% associam vínculos frágeis ao agravamento da saúde mental e 87% reconhecem impactos até mesmo na longevidade. Além disso, 94% percebem que a piora dos vínculos sociais está diretamente ligada ao agravamento da saúde mental. Para Luiz Valente, CEO do Talenses Group, esses dados mostram que “relações fragilizadas comprometem não apenas a vida das pessoas, mas também a sustentabilidade dos negócios, já que equipes sem conexão sofrem mais com falta de engajamento e queda de produtividade.” 

Nos grupos de foco, participantes relataram que, ao trabalhar em casa, perderam a transição entre vida profissional e pessoal, além de oportunidades de convivência e pertencimento. Foram citados fenômenos como “atrofia social”, a perda da habilidade de se conectar após a pandemia, e a dificuldade das lideranças em gerir times híbridos, fatores que têm levado a mais casos de isolamento, burnout e queda de produtividade. Essa percepção ecoa nos dados quantitativos: 93% dos profissionais acreditam que o modelo de gestão influencia diretamente a saúde social, mas apenas 50% avaliam que suas lideranças atuam de fato para promovê-la.

A pesquisa também mostra contradições importantes. 76% afirmam manter vínculos de longo prazo com colegas de trabalho, mas 50% já enfrentaram burnout ou outro tipo de sofrimento mental. Fora do escritório, a pandemia e a polarização política deixaram marcas profundas: 50% dizem que seu círculo de amizades diminuiu e 59% acreditam que divergências políticas afetaram negativamente suas relações pessoais. Os dados também mostram que mulheres (58%) e profissionais da Geração Z (75%) são os grupos mais vulneráveis ao burnout e à solidão, revelando um desafio geracional e de gênero para as lideranças. 

“A principal mensagem do levantamento é que a solidão não pode ser vista apenas como um problema individual. Ela é um desafio coletivo, que fragiliza equipes, empresas e a sociedade como um todo. Ignorar esse cenário significa conviver com perdas em saúde, produtividade e coesão social. Por outro lado, investir em conexões sólidas pode se tornar um diferencial competitivo”, comenta Maria José Tonelli. 

“Estamos vivendo um momento de redefinição do trabalho e das relações humanas. O modelo totalmente presencial já não atende às necessidades de muitas pessoas e empresas, já que a saúde social também se constrói fora do ambiente corporativo e demanda tempo para relações familiares e comunitárias. O desafio é encontrar equilíbrio para que a flexibilidade da tecnologia e conexão caminhem juntas. Lideranças que se reinventarem, criando oportunidades e dinâmicas que promovam pertencimento e confiança e aprimorando a comunicação e os feedbacks, estarão mais preparadas para reter talentos, inovar e enfrentar os desafios do futuro. A saúde social precisa ganhar centralidade, pois é a base do bem-estar e do desempenho sustentável”, conclui Luiz Valente.

 

A reação do Judiciário à fraude dos planos de saúde "falsos coletivos"

O crescente problema dos chamados “planos falsos coletivos” tem alcançado relevância significativa no Poder Judiciário brasileiro, que vem consolidando entendimento no sentido de reconhecer a fraude subjacente a tais contratos. Uma recente decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reforçou esse posicionamento ao vedar o cancelamento arbitrário de planos de saúde formalmente classificados como coletivos, mas que, na realidade, possuem natureza individual ou familiar. A medida representa um avanço relevante na tutela do consumidor e na contenção de práticas abusivas que, por anos, comprometem o equilíbrio das relações contratuais no setor de saúde suplementar. 

A controvérsia decorre da utilização, por parte de operadoras de saúde, de contratos coletivos empresariais ou por adesão como instrumento de evasão da regulação da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Tal prática permitiu às operadoras impor reajustes sem limitação e realizar cancelamentos unilaterais imotivados, afastando-se do controle público aplicável aos planos individuais. 

O TJSP, entretanto, reafirmou a incidência da Lei nº 9.656/1998 a esses contratos, mesmo quando travestidos de coletivos, reconhecendo que a fraude na forma não pode suprimir a essência da relação jurídica. Deve prevalecer, assim, a proteção ao consumidor quando evidenciada a intenção de burlar a legislação setorial. 

De modo consistente, o Judiciário tem reconhecido que esses contratos configuram fraude contratual, uma vez que sua estrutura busca contornar a regulação estatal e restringir direitos assegurados aos consumidores. Em situações em que o plano “coletivo” abrange número reduzido de beneficiários — geralmente membros de uma mesma família —, a jurisprudência tem determinado sua reclassificação como plano individual ou familiar, desconsiderando a denominação formal do contrato. O critério material relativo à natureza do vínculo entre os beneficiários e à finalidade econômica da avença prevalece sobre a forma jurídica. 

Entre os elementos caracterizadores dessa fraude estão o uso de CNPJ apenas para fins de formalização da contratação, a inexistência de vínculo empregatício entre os beneficiários e a suposta pessoa jurídica contratante, a criação de empresas fictícias para viabilizar a adesão e a restrição da cobertura a número diminuto de vidas. Essas condutas não configuram simples abusos contratuais, mas verdadeiras fraudes à lei, afrontando princípios constitucionais como a dignidade da pessoa humana e a proteção ao direito fundamental à saúde, previstos nos artigos 1º e 6º da Constituição Federal. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) tem papel central na consolidação desse entendimento. Em precedentes recentes, como o REsp 2.060.050, julgado em 13 de abril de 2023, a Corte reconheceu que planos com reduzido número de beneficiários e finalidade familiar devem ser equiparados a planos individuais, aplicando-lhes os limites de reajuste estabelecidos pela ANS. 

O fenômeno dos falsos coletivos está intimamente ligado à retirada deliberada dos planos individuais do mercado, prática adotada por grandes operadoras como forma de escapar da regulação. O resultado foi o crescimento exponencial dos planos coletivos — de seis milhões para mais de trinta e sete milhões de beneficiários entre 2000 e 2025, segundo o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS). 

Essa expansão decorre do fato de que, enquanto os reajustes dos planos individuais são limitados pela ANS (6,06% em 2025) e o cancelamento unilateral é proibido, salvo em caso de fraude ou inadimplência superior a sessenta dias, os contratos coletivos não se submetem aos mesmos controles. Como consequência, muitos consumidores passaram a constituir CNPJs fictícios, inclusive na forma de microempreendedores individuais, apenas para viabilizar a adesão a planos “empresariais”. De acordo com o Procon-SP, essa modalidade já representa mais de 80% do mercado de saúde suplementar. 

A reação judicial a essa distorção não se limita à reclassificação dos contratos. Diversos tribunais têm determinado a manutenção da cobertura assistencial durante tratamentos médicos em curso, mesmo após tentativa de rescisão contratual, aplicando a Tese 1082 firmada pelo STJ, segundo a qual a operadora deve garantir a continuidade do atendimento até a alta médica. Paralelamente, tem-se estendido a aplicação do artigo 13 da Lei nº 9.656/1998 a tais contratos, proibindo o cancelamento unilateral salvo em caso de fraude comprovada ou inadimplência superior a sessenta dias, mediante prévia notificação até o quinquagésimo dia. O artigo 51, inciso IV, do Código de Defesa do Consumidor também tem sido utilizado para invalidar cláusulas que autorizam a rescisão imotivada, assegurando estabilidade e previsibilidade ao consumidor. 

No tocante aos reajustes, o Judiciário tem coibido aumentos baseados em índices de “sinistralidade” não comprovados. As operadoras vêm sendo compelidas a apresentar planilhas e demonstrativos financeiros que justifiquem os percentuais aplicados, sob pena de anulação do reajuste e devolução dos valores indevidamente pagos. Em decisão paradigmática, o TJSP anulou um aumento de 66,07% por ausência de comprovação técnica, substituindo-o pelo índice autorizado pela ANS e determinando o reembolso dos valores excedentes. Essa linha decisória reconhece que a soma dos reajustes por faixa etária e sinistralidade, quando desprovida de transparência, torna os valores inviáveis para a maioria das famílias, provocando exclusão social do sistema de saúde suplementar. 

Ao reclassificar os falsos coletivos como planos familiares, o Judiciário assegura aos beneficiários a aplicação dos índices da ANS, a proibição de cancelamento imotivado e o direito à continuidade do tratamento até sua conclusão. Essas decisões fortalecem a incidência do Código de Defesa do Consumidor e o princípio da boa-fé objetiva, que impõe às operadoras o dever de agir com lealdade, transparência e equilíbrio contratual. 

As recentes decisões sobre os chamados planos falsos coletivos evidenciam uma inflexão jurisprudencial de grande relevância para o setor de saúde suplementar. O Judiciário, ao reconhecer a fraude estrutural praticada por operadoras e restabelecer a prevalência da legislação protetiva do consumidor, reafirma o papel do Direito como instrumento de concretização dos princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e da efetividade do direito à saúde. A partir dessa consolidação, torna-se inviável a manutenção de práticas empresariais que utilizem o disfarce contratual como meio de escapar à regulação estatal, reafirmando que o interesse econômico não pode se sobrepor ao valor jurídico maior: a preservação da vida e da integridade do ser humano.

 

José dos Santos Santana Jr. - advogado especialista em Direito Empresarial e da Saúde e sócio do escritório Mariano Santana Sociedade de Advogados.

 

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