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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Além de destruir a vegetação, queimadas liberam gases tóxicos e agravam o aquecimento global, comprometendo o bem-estar e a qualidade de vida da população


As queimadas não são apenas um problema ambiental — são uma ameaça direta à saúde pública. O alerta é do professor Bruno Esteves Conde, pós-doutor em Biologia Química e docente dos cursos de Saúde da Estácio, que explica que o fogo em áreas verdes libera gases poluentes e de efeito estufa, deteriorando o ar que respiramos e agravando o aquecimento global. “As queimadas comprometem o ar, o clima e a qualidade de vida. Quando uma área arborizada é destruída, perdemos também os principais captadores de dióxido de carbono e produtores de oxigênio”, destaca o pesquisador. 

O especialista lembra que a degradação ambiental está diretamente ligada ao bem-estar social. Segundo ele, a perda da vegetação afeta não apenas o clima, mas também a saúde da população, especialmente de pessoas com doenças respiratórias. “As queimadas são, sim, um problema de saúde pública. Elas emitem gases poluentes e reduzem a qualidade do ar, comprometendo tanto o meio ambiente quanto a vida humana”, reforça. 

Bruno Conde explica ainda que a intensidade e o impacto de uma queimada variam conforme o bioma afetado. No caso da Mata Atlântica, a recuperação de áreas atingidas pode levar décadas. “Se tivermos 100% de comprometimento de uma área, seria necessário promover ações de recomposição florestal para acelerar a regeneração. Mesmo assim, levaríamos cerca de 30 anos para ter novamente um ambiente semelhante ao original”, afirma. 

O processo de recuperação, acrescenta o professor, depende do ciclo natural de sucessão ecológica — em que árvores pioneiras, de vida mais curta, abrem espaço para espécies secundárias e, depois, para as árvores climáxicas, que consolidam o equilíbrio da floresta. “Para termos um ambiente restaurado, com fauna e flora integradas, é preciso considerar esse tempo de maturação, que pode chegar a 50 anos”, explica. 

Para o pesquisador, é urgente investir em políticas e ações de prevenção às queimadas e em iniciativas de restauração florestal. “Precisamos de recomposição vegetal para que as áreas possam voltar a exercer suas funções ecológicas e de proteção. Cuidar do meio ambiente é cuidar da nossa própria respiração, da temperatura das cidades e do futuro das próximas gerações”, conclui.

 

Estácio
estacio.br


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