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quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Ferramenta Auxilia Passageiros na Escolha do Melhor Assento em Voos: Dica da R3 Viagens

Viajar de avião, especialmente em voos corporativos ou de longa duração, exige atenção ao conforto e à eficiência. Pensando nisso, a R3 Viagens, referência em gestão de viagens corporativas e consultoria personalizada, recomenda a utilização do SeatMaps, uma ferramenta inovadora que permite aos passageiros escolherem o melhor assento em seus voos com base em informações detalhadas.

O SeatMaps é uma plataforma que traz mapas atualizados semanalmente de assentos de mais de 700 companhias aéreas, oferecendo uma visão detalhada da disposição interna das aeronaves. Essa tecnologia permite que os passageiros avaliem informações cruciais antes de selecionar seus assentos, como:

  • Espaço disponível para as pernas;
  • Reclinabilidade dos assentos;
  • Acessibilidade a tomadas USB e outros dispositivos;
  • Localização em relação às saídas de emergência, banheiros e asas;
  • Feedback de outros passageiros sobre conforto e conveniência.

A plataforma ainda disponibiliza uma visão panorâmica de 360° das cabines, ideal para quem deseja analisar com mais precisão as características do assento escolhido. Segundo a R3 Viagens, essa é uma solução prática e eficiente para quem busca otimizar sua experiência de viagem, seja a trabalho ou lazer.

 

Como Funciona o SeatMaps?

A utilização do SeatMaps é simples e acessível. Os passageiros precisam apenas acessar o site SeatMaps.com e preencher algumas informações básicas sobre o voo, como:

  • Nome da companhia aérea (opcional);
  • Data de ida ou volta;
  • Aeroportos de partida e destino;
  • Número do voo (se disponível).

Após a pesquisa, a ferramenta exibe o mapa da aeronave correspondente ao voo. Os passageiros podem clicar nos assentos para verificar detalhes técnicos, vantagens e desvantagens de cada lugar.

Essa funcionalidade é especialmente útil para evitar imprevistos, como ficar próximo aos banheiros ou em assentos que não reclinam. Além disso, o SeatMaps ajuda a identificar locais mais espaçosos, como os assentos localizados perto das saídas de emergência ou na parte frontal do avião.

 

Quem Está Por Trás do SeatMaps?

O SeatMaps foi desenvolvido por uma equipe de especialistas liderada por Fred Finn, detentor do recorde mundial do Guinness como o passageiro com mais milhas voadas, e Djois Franklin, veterano em tecnologia com passagens pela AMD e Microsoft. Com sede em Londres e Munique, a plataforma combina experiência prática com inovações tecnológicas para oferecer aos usuários um serviço completo e atualizado.

A ferramenta também permite que os passageiros leiam e compartilhem avaliações sobre voos e assentos, criando uma base colaborativa de informações. Essa funcionalidade é uma das mais elogiadas pelos usuários frequentes.

 

O Papel da R3 Viagens na Consultoria de Viagens Corporativas

A R3 Viagens, reconhecida como uma das melhores agências de viagens corporativas em São Paulo, reforça que a escolha do assento adequado é essencial para garantir conforto, produtividade e tranquilidade em viagens. “Em viagens corporativas, o tempo é precioso. A escolha de um bom assento pode significar uma experiência de voo mais confortável, permitindo que o passageiro chegue ao destino mais descansado e preparado para seus compromissos”, afirma a equipe da agência.

Com mais de uma década de atuação no mercado, a R3 Viagens é referência em soluções personalizadas para empresas e executivos que buscam otimizar suas viagens, oferecendo suporte completo para reservas, consultoria e gestão.

 

Por Que Escolher o Melhor Assento é Importante?

A escolha do assento certo pode impactar diretamente a experiência de voo, principalmente para viajantes frequentes ou em voos longos. Assentos localizados na frente da aeronave, por exemplo, garantem um desembarque mais ágil, enquanto os próximos às saídas de emergência oferecem mais espaço para as pernas.

Já para aqueles que priorizam silêncio e tranquilidade, a recomendação é evitar locais próximos aos banheiros ou no fundo do avião, onde o barulho das turbinas pode ser mais intenso.

Com o SeatMaps, os passageiros têm acesso a todas essas informações antes mesmo de embarcarem, facilitando a tomada de decisão e garantindo uma viagem mais confortável.

 

R3 Viagens

 

O que fazer quando a criança não quer ir com o pai no dia de convívio

"O ideal é investigar as causas da resistência"


A recusa de uma criança em passar o tempo estipulado com um dos pais é uma situação enfrentada em casos de guarda compartilhada ou unilateral. Trata-se de um problema recorrente enfrentado por muitas mães e que ficam sem saber como proceder diante dessa situação. Especialista em direito de família traz informações sobre como proceder.

Mães relatam que os filhos demonstram tristeza, choram ou mesmo apresentam sinais de sofrimento emocional antes ou após o convívio com o pai. Nesses cenários, surgem perguntas urgentes: o que fazer? Como proteger o bem-estar da criança sem infringir a lei?

De acordo com a advogada Vanessa Paiva, especialista em Direito de Família e Sucessões e sócia administradora do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados, o tema exige atenção e empatia. “A situação da criança é sempre sensível. Em muitos casos, ela é obrigada a conviver com o pai mesmo contra sua vontade, e infelizmente, a voz da criança só é ouvida judicialmente quando algo muito grave acontece”, afirma a advogada.

A resistência da criança à convivência com o pai pode levar a acusações de alienação parental contra a mãe. "Se a criança não quer ir, muitas vezes a mãe é considerada culpada por influenciar essa decisão. Isso pode resultar em casos extremos, como a inversão da guarda, transferindo a criança para a residência do pai”, alerta Paiva. Essa presunção muitas vezes desconsidera a verdadeira razão por trás da recusa da criança.

A advogada orienta que, ao perceber sinais de sofrimento na criança, os responsáveis devem buscar a orientação de um psicólogo infantil. "O ideal é investigar as causas da resistência. Um laudo psicológico pode ser fundamental para identificar se há negligência, abuso ou outro fator que justifique a recusa da criança ao convívio com o pai”, explica. Com esse documento em mãos, é possível solicitar ao juiz a modificação do regime de convivência, incluindo a possibilidade de convívio assistido.

O convívio assistido pode ser uma alternativa eficaz para garantir o bem-estar da criança enquanto as causas da recusa são apuradas. "Essa medida permite que a relação entre pai e filho ocorra sob supervisão, assegurando que a criança não seja exposta a situações prejudiciais”, pontua a especialista.

A advogada também chama atenção para a necessidade de maior sensibilidade por parte do Judiciário em relação à vontade da criança. "Muitas vezes, os juízes demoram a considerar o depoimento da criança, o que pode agravar o sofrimento emocional. É imprescindível que os tribunais avaliem cada caso com cautela, priorizando o melhor interesse da criança”, conclui.

 

Fonte: Vanessa Paiva - advogada especialista em Direito de Família e Sucessões; pós-graduada e mestre em direito; professora de Direito de Família; autora de obras jurídicas e sócia administradora do escritório Paiva & André Sociedade de Advogados.



Lixo nas festas de fim de ano: uma herança que o meio ambiente não pode suportar


As festas de fim de ano trazem momentos de alegria, reencontros e celebrações. Contudo, também deixam uma herança preocupante para o meio ambiente: toneladas de lixo descartado de forma inadequada. Praias lotadas no Ano Novo e resíduos de embalagens de presentes são exemplos visíveis de um problema que se agrava a cada ano, exigindo ações urgentes.

O impacto ambiental gerado por esse comportamento é alarmante. De acordo com estudos do Instituto Oceanográfico da USP, as praias brasileiras recebem cerca de 190 mil toneladas de lixo anualmente, grande parte delas concentradas nas festividades de fim de ano. Entre os itens mais comuns estão plásticos descartáveis, garrafas de vidro, latas de alumínio e restos de alimentos. Além disso, é estimado um aumento de 20% na produção de resíduos domiciliares em dezembro, impulsionado pelas embalagens de presentes, decorações e sobras alimentares.

Esse descarte inadequado compromete não apenas a estética das cidades e o turismo, mas também a fauna e a flora. Mais de 700 espécies marinhas são impactadas por plásticos nos oceanos, e as cidades costeiras enfrentam prejuízos sanitários e econômicos. Há ainda os resíduos orgânicos que, se descartados sem o devido tratamento, contribuem para a emissão de gases de efeito estufa, agravando a crise climática.

Esse cenário reflete a falta de conscientização ambiental e de estrutura para lidar com o “lixo”. A solução passa por uma combinação de ações individuais, empresariais e governamentais. Iniciativas como a separação de resíduos para reciclagem, a reutilização de materiais e a compostagem de orgânicos podem reduzir significativamente o impacto das festas. Campanhas educativas são igualmente cruciais para sensibilizar a população sobre as consequências do descarte inadequado.

As empresas também desempenham um papel fundamental nesse processo. Promover soluções sustentáveis, como embalagens biodegradáveis e sistemas de logística reversa, é essencial para minimizar os impactos dos resíduos gerados. Mas, também é importante que o poder público invista em infraestrutura de coleta seletiva e em políticas que incentivem o consumo consciente. 

Como sociedade, é imprescindível que repensemos nossos hábitos de consumo, inclusive em momentos de celebração. O que queremos deixar como herança para as próximas gerações? Este é o momento de agir, transformando o entusiasmo das festas em um compromisso com um futuro mais sustentável.  



Fernando Beltrame - mestre em compostagem pela USP, engenheiro pela Unicamp e CEO da Eccaplan. Com mais de 20 anos de experiência em projetos de consultoria, sustentabilidade e estratégia Net Zero, já atuou em diferentes eventos e iniciativas como a COP18, Rio+20 e fóruns mundiais.


Wi-Fi público nas férias, um perigo invisível

Período de férias chegando pode ser um prato cheio para cibercriminosos. Quem faz o alerta é o time de especialistas da Tp-Link. A empresa alerta que a conexão a redes Wi-Fi públicas em aeroportos, hotéis ou cafeterias, podem expor os dados pessoais a riscos significativos já que as redes públicas de Wi-Fi são extremamente vulneráveis a ataques cibernéticos devido a ausência de proteção adequada. 

Entre as ameaças mais comuns, está o roubo de dados já que hackers podem interceptar informações sensíveis, como senhas, números de cartões de crédito e mensagens. “Um cibercriminoso pode criar uma rede com nome semelhante ao da legítima (como "Wi-Fi do hotel"), enganando os usuários e acessando seus dispositivos. Essas práticas estão se tornando cada vez mais sofisticadas, especialmente em locais turísticos onde o tráfego de dados é alto e os usuários estão menos atentos", ressalta Alessandro Campos, diretor da TP-Link Brasil. 

Em contraste, o especialista explica que usar uma rede Wi-Fi doméstica configurada corretamente, a segurança é garantida. "Um roteador de qualidade protege a conexão com tecnologias avançadas de criptografia, firewalls e controle de acesso, e garantem uma criptografia forte com protocolos como WPA3 para que os dados transmitidos sejam praticamente indecifráveis para invasores. 

Ele conta ainda que modelos modernos recebem atualizações automáticas, corrigindo vulnerabilidades assim que detectadas, mas é sempre essencial criar senhas fortes e únicas para a rede Wi-Fi e para o próprio roteador. 

“Mesmo fora de casa, é possível minimizar os riscos ao usar a internet optando pelo uso a rede de dados móveis do próprio celular, acessar redes Wi-Fi confiáveis, protegidas por senhas e nunca deixar os aparelhos configurados para compartilhar arquivos automaticamente em redes públicas, para não aumentar a exposição”, finaliza.


TP-Link
www.tp-link.com/br
Facebook: tplinkbr/ Instagram: @tplinkbrasil.


Planejamento profissional para os 60+: o melhor ainda está por vir

Imagine uma orquestra sinfônica. Aos 60 anos, você não está no encerramento do espetáculo, mas no auge da execução. O regente conhece cada nota, cada pausa e, mais importante, sabe como combinar a experiência com a paixão pela música. A vida profissional aos 60 pode (e deve) ser assim: cheia de propósito, harmonia e reinvenção. 

Se você é um profissional com décadas de bagagem, o momento é perfeito para planejar o próximo ato com a maestria que só a experiência proporciona. E isso não significa apenas continuar a trabalhar — mas repensar como, por quê e com que ferramentas você pode usar sua sabedoria a favor de uma vida mais plena e gratificante. 

Vamos falar de ferramentas práticas e aplicativos que facilitam o planejamento e olhar para os talentos que só você tem e como usá-los para criar o próximo capítulo da sua trajetória.

 

Por que planejar agora?

Se você acha que planejamento é coisa de jovem em busca de um futuro, permita-me um ajuste: planejar é para quem não quer apenas viver, mas viver com propósito. Segundo dados do IBGE, a expectativa de vida no Brasil ultrapassa os 75 anos. Ou seja, aos 60, você tem pelo menos mais 15, 20 ou até 30 anos para construir, criar e realizar. 

Sem planejamento, o tempo passa. Com planejamento, ele é seu aliado. Pense nisso: você tem a experiência de quem já enfrentou crises, reinventou negócios e resolveu problemas que os mais jovens sequer imaginam. Agora, é hora de usar esse arsenal a seu favor.

 

1. Identifique seus propósitos e prioridades

Aos 60+, as perguntas mudam. Já não é sobre acumular mais coisas, mas sobre fazer o que importa. Então, comece com uma reflexão: 

● O que me traz satisfação profissional?

● Quais são meus talentos únicos?

● Que legado quero deixar? 

Pegue um caderno ou um aplicativo como o Evernote e faça uma lista de três coisas que você ama fazer e três coisas em que é excepcionalmente bom. Combine essas respostas. Esse será o ponto de partida para qualquer decisão profissional.

 

2. Reinvente sua carreira (ou negócio)

A reinvenção profissional não precisa ser uma ruptura. Pode ser um ajuste. Pense no que a escritora americana Julia Cameron chama de "pequenos começos". Talvez você queira: 

● Dar consultoria em sua área de expertise;

● Ensinar o que aprendeu ao longo da vida;

● Trabalhar em um projeto que sempre desejou, mas nunca teve tempo. 

Plataformas como LinkedIn e Workana ajudam a conectar profissionais experientes a projetos e empresas que valorizam o conhecimento.

 

3. Adote ferramentas simples e eficientes

Você não precisa ser um gênio da tecnologia para usar ferramentas digitais. Muitos aplicativos foram projetados para facilitar o planejamento, mesmo para quem não nasceu na era digital. Aqui estão alguns que funcionam bem para a geração 60+: 

● Google Agenda: fácil de usar, ajuda a organizar compromissos, projetos e até momentos de lazer;

● Trello: um quadro virtual onde você pode listar tarefas e acompanhar seu progresso;

● Pocket: permite salvar artigos e ideias interessantes para ler mais tarde, útil para quem está sempre aprendendo;

● Zoom: para reuniões online ou conversas com amigos e parceiros de negócios. 

Essas ferramentas são intuitivas e, com poucos cliques, você terá tudo organizado sem complicações.

 

4. Crie rotinas que respeitem seu ritmo

Aos 60+, você já sabe que a vida não é só sobre trabalhar duro, mas sobre trabalhar com inteligência. Planeje sua rotina de forma equilibrada:

 ● Dedique as manhãs às tarefas mais importantes, quando sua mente está fresca;

● Reserve tempo para atividades físicas, que ajudam a manter a energia e o foco;

● Desconecte-se no fim do dia. O descanso é tão importante quanto o trabalho. 

Aqui, a dica é simples: use um planner físico ou digital para mapear suas prioridades semanais. A sensação de controle faz maravilhas pelo ânimo e pela produtividade.

 

5. Aprenda algo novo

Você já ouviu aquela expressão: "É difícil ensinar truques novos a um cachorro velho"? Pois esqueça. Seu cérebro é capaz de se reinventar aos 60, 70, e além. A neurociência chama isso de neuroplasticidade — a capacidade do cérebro de aprender e criar conexões, independentemente da idade. 

● Faça um curso online em plataformas como a FM2S;

● Leia sobre temas que sempre despertaram sua curiosidade;

● Participe de grupos de discussão ou mentorias em sua área. 

A ideia é simples: quanto mais você aprende, mais relevante e atualizado permanece.

 

6. Compartilhe sua experiência

Você tem algo que nenhuma ferramenta ou aplicativo pode oferecer: experiência. Compartilhar esse conhecimento é uma forma de se realizar, ajudar os outros e, muitas vezes, abrir novas oportunidades. 

● Dê palestras em faculdades ou eventos;

● Torne-se mentor de jovens profissionais;

● Escreva sobre sua trajetória e aprendizados. 

Seja em redes como LinkedIn ou em conversas presenciais, sua história é valiosa.

 

7. Invista em networking

Aos 60+, o networking deixa de ser sobre "quem você conhece" e passa a ser sobre "quem valoriza o que você sabe". Use seu tempo para fortalecer conexões que realmente importam: 

● Reconecte-se com ex-colegas e parceiros;

● Participe de eventos ou grupos de sua área de atuação;

● Esteja presente em redes sociais como o LinkedIn, mas de forma genuína, compartilhando reflexões e participando de discussões. 

O segredo aqui é mostrar como sua experiência pode ser relevante para o presente e o futuro - e que pode servir de aprendizado rico para quem ainda está começando.

 

8. Planeje o prazer

Nem tudo é trabalho, e isso é ainda mais verdadeiro aos 60+. Seu planejamento deve incluir momentos para aproveitar as coisas boas da vida: 

● Viagens que você sempre quis fazer;

● Projetos pessoais, como jardinagem, escrita ou fotografia;

● Tempo de qualidade com família e amigos. 

A Microsoft tem um estudo que aponta que profissionais mais felizes são até 12% mais produtivos. Ou seja, cuidar do prazer também é uma estratégia profissional.

 

9. Monitore seus progressos

Planejar sem acompanhar é como remar sem direção. Estabeleça momentos regulares para revisar suas metas e ações: 

● Pergunte-se: estou indo na direção certa? Algo precisa ser ajustado?

● Use ferramentas como Excel ou aplicativos simples para monitorar seus objetivos. 

Aos 60+, você tem o que muitos jovens ainda buscam: clareza sobre o que realmente importa. Planejar sua vida profissional agora é um ato de coragem, mas também de celebração. Afinal, você chegou até aqui com muito para oferecer — para o mercado, para sua comunidade e, principalmente, para si mesmo. 

Planeje, use as ferramentas certas, conecte-se e, acima de tudo, continue aprendendo. Acredite: o melhor ainda está por vir.

Que tal começar hoje?

 

Virgilio Marques dos Santos - sócio-fundador da FM2S Educação e Consultoria



Um acordo de paciência: o caminho de 25 anos entre Mercosul e União Europeia

Após mais de duas décadas em processo de negociação, finalmente foi firmado o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE). Trata-se de um pacto comercial abrangente, que visa à redução ou eliminação de barreiras tarifárias e não tarifárias entre os dois blocos, criando um dos maiores mercados integrados do mundo. O acordo se configura como um marco geopolítico e econômico, com potencial para incrementar fluxos comerciais, atrair investimentos, harmonizar padrões regulatórios e fortalecer as cadeias produtivas ao longo do Atlântico.

As negociações formais tiveram início em 1999 e se estenderam até o anúncio de um acordo político em 2019, resultando em um lapso temporal superior a vinte anos. Vários fatores explicam essa longa duração das deliberações. O primeiro deles é que a União Europeia historicamente mantém políticas agrícolas fortemente protegidas pela Política Agrícola Comum (PAC). Países-membros com setores rurais sensíveis, como França, Irlanda e Áustria, resistiram à abertura de seus mercados a produtos agrícolas do Mercosul, especialmente carne bovina, açúcar e etanol. Esses entraves resultaram em inúmeras rodadas de negociação, busca por cotas e garantias de proteção tarifária, além da exigência de padrões sanitários mais rigorosos.

O segundo fator que explica a demora nas negociações é que tanto o Mercosul quanto a UE são blocos formados por diversos países com interesses econômicos e políticos heterogêneos. No Mercosul, há disparidades econômico-estruturais entre o Brasil, a economia mais robusta, e países menores. Na UE, o consenso entre 27 Estados-membros, com políticas comerciais e industriais distintas, complicou a definição de posições comuns e atrasou os acordos.

Por fim, nas fases finais das negociações, aspectos socioambientais ganharam destaque. Preocupações com o desmatamento na Amazônia, a necessidade de conformidade com o Acordo de Paris sobre o clima e pressões da opinião pública europeia por padrões ambientais mais elevados dificultaram a conclusão. A UE exigiu compromissos ambientais mais rigorosos, enquanto países do Mercosul, notadamente o Brasil, relutaram diante do que consideravam condicionantes excessivas.

O acordo estabelece reduções tarifárias para produtos industrializados e agrícolas. Do lado europeu, haverá uma abertura substancial do mercado para bens manufaturados do bloco, como máquinas, equipamentos, produtos químicos e farmacêuticos. Em contrapartida, o Mercosul terá melhores condições de acesso para seus produtos agrícolas, como carnes, grãos e frutas.

Além disso, o acordo prevê questões sobre serviços, propriedade intelectual, regras de origem, facilitação de comércio, compras governamentais e compromissos relativos a normas ambientais e trabalhistas. Destaca-se também o estabelecimento de cotas tarifárias para produtos sensíveis, evitando a liberalização irrestrita de setores delicados.

O Mercosul e a UE, juntos, abrangem cerca de 780 milhões de consumidores — a UE com aproximadamente 450 milhões e o Mercosul com cerca de 270 milhões. O Produto Interno Bruto (PIB) combinado é expressivo, somando-se o PIB da UE (mais de 15 trilhões de euros) ao do Mercosul (mais de 2,5 trilhões de euros), representando uma parcela robusta do PIB global.

A União Europeia estima que suas exportações para o Mercosul poderão crescer substancialmente. Segundo projeções da Comissão Europeia, o acordo pode gerar uma economia de até 4 bilhões de euros em tarifas para exportadores europeus. Para o Mercosul, a redução de barreiras no mercado da UE permitirá maior competitividade em setores-chave do agronegócio, aumentando receitas de exportação e estimulando investimentos na melhoria da produtividade.

Embora seja difícil quantificar precisamente os efeitos de longo prazo, estudos econométricos e simulações indicam potenciais incrementos no PIB e na geração de empregos em ambos os blocos, desde que as reformas e ajustes necessários sejam implementados. Uma maior integração tende a dinamizar as cadeias produtivas, promovendo uma especialização produtiva mais eficiente, a incorporação de novas tecnologias e o aumento da competitividade empresarial. No entanto, o acordo não entrará em vigor imediatamente, pois precisa ser aprovado pelos parlamentos dos países-membros dos blocos. A questão que se coloca, frente a esse novo cenário que se seguirá é: como o Brasil, que vem perdendo competitividade e que vem se desindustrializando ao longo das últimas décadas, se preparará para essa nova fase de concorrência?

 

João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior e do Observatório Global da Universidade Positivo (UP). Instagram: @janyegray


Especialista aponta o que PcDs mais reivindicam; ações que são fundamentais para promover a igualdade de oportunidades.

Natal é tempo de troca de presentes, não é mesmo? No entanto, para as pessoas com deficiência, a data pode ter um significado diferente. Ganhar uma camisa ou um perfume é bem bacana, mas não é o essencial. O que mais desejam mesmo é ter autonomia, visibilidade, respeito, liberdade de ir e vir, e ambientes com oportunidades de educação e trabalho digno. E, neste aspecto, ainda há muito por fazer. Por isso, o maior presente que a sociedade e o Poder Público podem dar à comunidade PcD é exercitar um olhar mais atento para a solução das inúmeras barreiras que dificultam a participação plena desses indivíduos na sociedade. 

Para o Defensor Público Federal André Naves, que é especialista em Inclusão Social, o cumprimento dos direitos básicos que todo o indivíduo merece, passa, principalmente, no caso da comunidade PcD, por empoderamento. “O que as pessoas com deficiência mais querem é que elas tenham visibilidade, que elas sejam ouvidas, já que grande parte das barreiras que enfrentam na vida traduz um jeito desqualificado de a sociedade tratá-las, o que reflete nas ações do Poder Público. E a gente precisa dar empoderamento a elas, para que cada uma delas possa desenvolver suas maiores qualidades, da forma que quiserem. A gente precisa aprender não só a respeitar o outro, mas agir para que as melhores qualidades de cada um, seja PcD ou não, sejam concretizadas”, diz Naves. 

Neste contexto, são diversas as reivindicações. Destacamos algumas: 

- Acessibilidade: infraestrutura urbana inclusiva; transporte público acessível; e adaptações dos espaços públicos e privados – essenciais para garantir a mobilidade, a segurança e a participação de PcDs na vida cotidiana. 

- Educação e trabalho: programas de capacitação; escolas inclusivas; incentivo à contratação de PcDs; adequação dos ambientes de trabalho. “Garantir uma educação inclusiva e oportunidades no mercado de trabalho são fundamentais para a autonomia das pessoas com deficiência,” ressalta o Defensor Público. 

- Saúde e assistência: acesso a tratamentos específicos; tecnologias assistivas; e políticas de assistência social, como a ampliação do BPC (Benefício de Prestação Continuada) também figuram entre os principais anseios da comunidade PcD. 

Segundo André Naves, atender cada vez mais a essas necessidades é um grande passo em direção à inclusão real e à cidadania plena para milhões de brasileiros. 

“É preciso ressaltar que todas essas mudanças e adaptações não são favores, mas direitos assegurados na Lei. Um presente de Natal que represente respeito e dignidade é o que toda pessoa com deficiência merece,” conclui o Defensor Público.


Permanece a pressão inflacionária no setor supermercadista devido à alta dos produtos semielaborados

 

Divulgação: APAS

O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela APAS em parceria com a Fipe, registrou inflação de 1,69% em novembro de 2024, após alta de 0,88% observada no mês anterior. O resultado de novembro marca a terceira alta seguida no indicador.

 

No acumulado do ano, o índice registra aumento de 5,23%, enquanto no acumulado de 12 meses, a alta alcançou a marca de 6,50%, maior patamar desde junho de 2023. Ao comparar o resultado de novembro com o mesmo período do ano anterior, constata-se aceleração no indicador, passando de 0,74% em novembro de 2023 para 1,69% em novembro deste ano, puxado, principalmente pela alta dos produtos semielaborados e bebidas alcoólicas. 

Entre as categorias que influenciaram no comportamento do índice em novembro, os produtos semielaborados lideraram a alta (4,24%), seguidos por bebidas alcoólicas (2,23%), industrializados (1,26%), produtos in natura (1,20%) e bebidas não alcoólicas (0,67%). 

Por outro lado, os artigos de higiene e beleza e artigos de limpeza apresentaram redução moderada de preços no último mês, com variação de -0,2% e -0,14%, respectivamente.

 

 

Os preços dos alimentos nos supermercados paulistas, como aponta o IPS, subiram principalmente devido às mudanças climáticas, que causaram estiagens e queimadas, especialmente no Sudeste do Brasil. As queimadas recentes têm destruído áreas agrícolas importantes, como as do Norte, Centro-Oeste e interior de São Paulo, prejudicando ainda mais as colheitas locais. Além disso, a intensificação de fenômenos climáticos extremos, como secas e chuvas fortes, também tem afetado a produção mundial de alimentos, incluindo café, vinhos e azeites. Por isso, o aumento de 1,69% no IPS em novembro exige atenção constante.

 

Semielaborados

Os produtos da categoria de semielaborados registraram inflação de 4,24% em novembro, após alta de 2,56% observada no mês imediatamente anterior. No acumulado do ano, o grupo atingiu 14,44%, enquanto no acumulado de 12 meses registrou inflação de 15,46%. 

Entre as subcategorias analisadas no mês, a carne bovina registrou inflação de 10,69%, seguido por carne suína (8,42%) e aves (5,02%). 

Por outro lado, as subcategorias de leite (-1,96%), pescados (-0,59%) e cereais (-0,12%) apresentaram deflação.


  • Carnes bovinas

O preço da carne bovina ao consumidor final apresentou inflação de 10,69% em novembro, a maior taxa da série histórica desde dezembro de 2019. No acumulado de 12 meses também houve aumento significativo nos preços das carnes bovinas (16,96%). 

Dentro dessa subcategoria, houve o aumento generalizado dos preços em novembro, sendo que a maior alta ocorreu no braço (14,84%), seguido pela alcatra (13,66%), acém (13,36%), fígado (13,25%) e fraldinha (12,40%). 

A pressão inflacionária observada pode ser atribuída, em grande parte, à desvalorização do real, que estimulou as exportações de carne e reduziu a oferta no mercado interno. 

Ao mesmo tempo, o consumo doméstico também aumentou, impulsionado pelo aquecimento da economia brasileira, melhora nos níveis de emprego e maior demanda por carnes, especialmente em função das festividades de final de ano. 

Além disso, vale mencionar que o custo do boi permanece em alta. Na última semana de novembro, o indicador do boi gordo no estado de São Paulo atingiu R$ 355,07, segundo dados do CEPEA.
 

 
  • Carnes suínas

Em novembro de 2024, as carnes suínas registraram inflação de 8,42%, maior alta desde outubro de 2020. No acumulado dos ultimos 12 meses, a inflação desses produtos registrou 22,37%. 

Ao analisar a evolução dos preços dos itens que compõem a subcategoria, pernil com osso apresentou alta de 10,94% em novembro de 2024, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses o índice chegou a 30,94%. 

O preço do lombo com osso registrou aumento de 9,27% em novembro, acumulando índice de 24,47% em 12 meses. 

No que se refere aos preços da costela suína, verificou-se aumento de 5,66% no mês de novembro e uma pressão inflacionária de 14,07% nos últimos 12 meses.
 

 

  • Aves

A subcategoria de aves registrou inflação de 5,02% no último mês, impulsionado pelo aumento sazonal do preço do peru (8,80%). O frango, por sua vez, registrou inflação de 4,88% em novembro.
 

A expectativa é que no próximo mês, a subcategoria continue registrando alta nos preços, principalmente, em decorrência das comemorações de final de ano.

  • Leite

A subcategoria de lácteos indicou deflação de 1,96% em novembro de 2024, mesmo movimento registrado pelo item leite longa vida, que possui o maior peso dentro da subcategoria.
 

O preço do leite Tipo B recuou 1,19% no mês, enquanto o leite especial registrou queda de 0,85%.
 

Por outro lado, no acumulado de 12 meses, a inflação de leite acumula alta de 21,13%, enquanto no acumulado do ano, o IPS observado é de 23,45%.
 

O aumento do preço do leite tanto no ano quanto em doze meses é reflexo, em grande medida, das alterações climáticas e do consequente efeito sobre as chuvas e os pastos. Além disso, os custos de produção, incluindo ração animal e logística, permaneceram elevados.
 

 

  • Cereais

Em novembro, a subcategoria de cereais registrou deflação de 0,12%, mantendo a tendência observada desde julho de 2024. Esse processo deflacionário está relacionado principalmente à queda no preço do feijão, que vem apresentando deflação desde abril de 2024. No caso do arroz, o preço ao consumidor final diminuiu 0,10% em novembro.
 

Por outro lado, o preço do milho registrou inflação de 1,02% em novembro, após um aumento de 0,68% no mês anterior.
 

No acumulado de 12 meses, os cereais registraram inflação de 10,85%, impulsionados principalmente pelo preço do arroz, que apresentou alta de 15,96%. O preço do feijão (+3,61%) apontou aumento bem mais moderado no mesmo período, enquanto o milho registrou deflação (-7,39%). 




Industrializados

Os produtos industrializados apresentaram inflação de 1,26% no mês de novembro. No acumulado de 12 meses, o índice apontou inflação de 5,37%, enquanto no acumulado do ano a alta foi de 4,53%.
 

Entre as subcategorias de produtos industrializados, os óleos tiveram a maior taxa de inflação (8,55%), seguidos por cafés, achocolatados em pó e chás (4,44%), adoçantes (3,31%) e panificados (1,37%).
 

Na sequência, os demais produtos a apresentarem inflação no mês de novembro na categoria de industrializados foram: derivados do leite (0,80%), enlatados e conservas (0,73%), condimentos e sopas (0,68%), biscoitos e salgadinhos (0,33%) e alimentos prontos (0,23%).
 

Por outro lado, alguns produtos apresentaram deflação, ainda que moderada: doces (-0,23%), seguidos por derivados de carne (-0,11%) e massas, farinhas e féculas doces (-0,07%).
 



  • Óleos

O preço dos óleos continua em alta, com elevação de 2,83% em outubro para 8,55% em novembro. No acumulado do ano, o índice apontou uma inflação de 19,15%.

A inflação dessa subcategoria está sendo influenciada, principalmente, pelos aumentos nos preços do óleo de soja (14,93%) e do azeite (0,48%). Vale ressaltar que no acumulado do ano esses mesmos produtos apresentaram taxas de inflação de 29,14% e 16,41%, respectivamente.

Esse aumento nos preços é decorrente da redução na oferta, causada principalmente por condições climáticas adversas nos países produtores, que comprometeram significativamente a colheita.

 

  • Cafés, achocolatados em pó e chás

A inflação da subcategoria de cafés, achocolatados em pó e chás aumentou de 1,42% em outubro para 4,44% em novembro, registrando no acumulado de 12 meses, a maior taxa de inflação entre os produtos industrializados (24,66%), além disso, o índice acumulado no ano também foi bastante expressivo (23,63%).

Ao analisar os itens que compõem essa subcategoria, a alta foi influenciada pelo "café em pó", que apresentou inflação de 5,71% em novembro de 2024, acumulando um aumento de 33,40% nos ultimos 12 meses.

O café solúvel (3,28%), os achocolatados em pó (1,43%) e o chá mate (0,26%), também mostraram aumento nos preços em novembro.

O aumento do preço do café ao consumidor final paulista não se deve, necessarimente, ao aumento da demanda doméstica, visto que a elasticidade da demanda desse produto é relativamente baixa.

Há basicamente três fatores que afetam o preço do café ao consumidor doméstico em 2024:

  1. Redução da oferta. A escassez de oferta causada, tanto no Vietnã quanto no Brasil, maior produtor mundial de robusta, é a principal razão para o aumento dos preços. Além disso, a alta nos preços dos grãos arábica (variedade de café premium) também exerce influência sobre a valorização do robusta. Conforme informações da CONAB, a expectativa é que a produção doméstica de café apresente queda de 0,5% das sacas colhidas.
     
  2. Aumento da cotação no mercado internacional. Com a redução da oferta do produção no mercado internacional, especialmente entre os produtores do sudoeste asiático, a commodity passou por um forte processo de apreciação no mercado internacional.
     
  3. Desvalorização cambial. Como o Brasil é um dos principais exportadores internacionais de café, a redução da oferta global produziu maior procura internacional do produto brasileiro. Por outro lado, a conjunção de valorização do produto no mercado internacional e desvalorização cambial gerou maior incentivo ao produtor interno direcionar sua produção ao mercado internacional, enquanto “ajustou” o preço doméstico ao preço internacional.  

 

In natura

Os produtos in natura, após a forte queda observada em julho (-9,32%) – menor nível registrado desde julho de 2018 –, vem apresentando aceleração de preços nos últimos meses. Em novembro, a categoria apresentou alta de 1,20%, contra 0,14% de outubro.

Comparando com o mesmo período de 2023, quando a categoria apurou inflação 6,84% o resultado do último mês, apesar da alta, indica comportamento mais moderado. No acumulado de 12 meses, o IPS desta categoria indica inflação de 2,91%. Já no acumulado do ano, os produtos dessa categoria registram deflação de -3,21%. 

O aumento dos preços da categoria em novembro foi impulsionado principalmente pela subcategoria verduras, que registrou inflação de 7,74%, revertendo a deflação de -2,01% observada no mês anterior. Os ovos também contribuíram, com alta de 2,06%, seguidos pelos tubérculos, que passaram de uma deflação de -6,27% para inflação de 1,76%, e pelas frutas, que aumentaram 0,68% frente a 1,44% no mês anterior. Em contrapartida, os legumes apresentaram deflação de -2,76%, em contraste com a inflação de 6,90% registrada em outubro. 

No acumulado de 12 meses, a inflação dos produtos in natura, de 2,91%, permanece abaixo do índice geral de 6,50%. Esse resultado é reflexo, por um lado, da alta do preço das frutas (13,60%), seguidas pelas verduras (3,11%) e pelos tubérculos (1,21%). Por outro lado, os legumes e ovos acumulam deflações de -9,67% e -7%, respectivamente.
 



  • Frutas

A subcategoria Frutas registrou inflação de 0,68% em novembro, acumulando alta de 10,01% no ano. Ao analisar a variação dos preços por produto no mês, o mamão se destacou com uma taxa inflacionária expressiva de 15,15%, seguidos pelos abacaxis, que registraram aumento de 7,67%. Em contrapartida, os menores índices foram observados no melão, com deflação de -7,19%, e na melancia, que apresentou queda de -4,70%. 

No acumulado de 12 meses, a inflação da subcategoria foi de 13,60%. Esse aumento foi impulsionado principalmente pelas laranjas, que apresentaram alta significativa de 88,04%, seguidas pelos limões (45,01%), maçãs (20,15%) e melões (14,55%). Por outro lado, as menores variações ficaram por conta das melancias, com deflação de -12,92%, e das peras, que registraram queda de -4,45%. 

A alta nos preços da laranja, em particular, está relacionada à redução aproximadamente de 7% da safra 2024/25 e à baixa produtividade nas regiões produtoras de São Paulo e Minas Gerais. Esses efeitos são resultado das mudanças climáticas, com períodos de estiagem prolongados ao longo do ano.

 

  • Bebidas

A subcategoria de bebidas não alcoólicas apresentou inflação de 0,67% em novembro, abaixo dos 0,96% registrados em outubro, indicando uma leve desaceleração no comparativo mensal. No acumulado de 12 meses, verificou-se uma pressão inflacionária, com o Índice de Preços do Setor (IPS) alcançando 8,02%, enquanto no acumulado do ano a taxa é de 6,40%.

Durante o mês analisado, todos os itens dessa subcategoria registraram inflação, exceto suco de frutas e água mineral, que apresentaram deflação de -0,30% e -0,26%, respectivamente. No acumulado em 12 meses, mantém-se a tendência inflacionária, destacando-se a bebida isotônica, que registrou a maior taxa, de 19,60%, entre os itens avaliados.

 

Artigos de limpeza

Em novembro, os preços dos artigos de limpeza registraram uma leve queda, com variação de -0,14%, revertendo a alta de 0,63% observada no mês anterior. No acumulado de 12 meses, o índice aponta deflação de -1,52%. Entre os itens analisados, as esponjas de aço apresentaram a maior redução mensal, com variação de -2,57%, enquanto as ceras destacaram-se com a maior alta da subcategoria, registrando 2,71% no período.

 

Produtos de higiene e beleza

Os produtos de higiene pessoal e beleza seguiram uma dinâmica semelhante à dos artigos de limpeza, com leve queda de -0,20% em novembro, após alta de 0,57% no mês anterior. No acumulado de 12 meses, a variação foi positiva, alcançando 0,65%, enquanto no acumulado do ano a taxa ficou em 0,86%. 

Dentro dessa subcategoria, os aparelhos de barbear apresentaram a maior redução em novembro, com uma taxa de -2,94%, enquanto o papel-alumínio registrou a maior alta, de 5,18%. No acumulado de 12 meses, o leve aumento observado foi impulsionado principalmente pelos protetores solares, que registraram aceleração nos preços, com variação de 12,89%, a maior entre os itens analisados.

 

Nota Metodológica

O Índice de Preços dos Supermercados tem como objetivo acompanhar as variações relativas de preços praticados no setor supermercadista ao longo do tempo. O Índice de Preços dos Supermercados é composto por 225 itens pesquisados mensalmente em 6 categorias: i) Semielaborados (Carnes Bovinas, Carnes Suínas, Aves, Pescados, Leite, Cereais); ii) Industrializados (Derivados do Leite, Derivados da Carne, Panificados, Café, Achocolatado em Pó e Chás, Adoçantes, Doces, Biscoitos e Salgadinhos, Óleos, Massas, Farinha e Féculas, Condimentos e Sopa, Enlatados e Conservas, Alimentos prontos,); iii) Produto In Natura (Frutas, Legumes, Tubérculos, Ovos, Verduras); iv) Bebidas (Bebidas Alcoólicas, Bebidas Não Alcoólicas); v) Artigos de Limpeza; vi) Artigos de Higiene e Beleza. Assim, o IPS se apresenta como instrumento útil aos empresários do setor na tomada de decisões com relação a preços e custos dos mais diversos produtos.

No que diz respeito à indústria, de maneira análoga, possibilita a tomada de decisão com relação a preços e custos dos produtos destinados aos supermercados. Ao mercado e aos consumidores é útil para a análise da variação de preços ao longo do tempo possibilitando o acompanhamento da evolução dos custos ao consumidor do setor supermercadista.
 

APAS –Associação Paulista de Supermercados



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