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quinta-feira, 20 de junho de 2024

A geração sem dentadura

A geração prateada engrossa a agenda dos consultórios e muda a imagem do fim dos dentes na terceira idade


A dentadura foi durante muito tempo o símbolo da finitude dos dentes. Descansada dentro de um copo na mesa de cabeceira da vovó, era a imagem tradicional do sorriso na terceira idade.

Assim como focam em exercícios e métodos mirando em preparar o corpo físico e mental para essa fase, a geração das pessoas com mais de 50 anos, conhecida como a geração prateada, já é maioria em consultórios dentários. O objetivo: combater o envelhecimento dos dentes e deixar “o copo e sua dentadura” no passado, como algo lúdico dos contos infantis.

De acordo com Marcelo kyrillos, cirurgião-dentista do Ateliê Oral, o aumento da expectativa de vida trouxe uma mudança de comportamento. Segundo ele, na Clínica, que existe há 33 anos em São Paulo, o percentual de clientes na faixa etária entre 45 e 65 anos aumentou significativamente, correspondendo a quase 80% dos atendimentos.

“Temos um volume de consultas requeridas para essa faixa de idade, jamais visto. Antigamente, esses pacientes vinham com queixas de dores. Hoje chegam para prevenir e combater o envelhecimento. Eles cuidam mais da cabeça, do corpo e passaram a incluir os dentes dentro dessa agenda de preparação para a terceira idade”, salienta.


Os dentes também envelhecem

Sim, os dentes também envelhecem e sofrem impactos que advém da idade, como qualquer outra parte do corpo. Retrações gengivais, diminuição no tamanho dos dentes, perda óssea, marcas de expressão no rosto causadas pela perda do suporte labial, além de mudanças na textura e na tonalidade do esmalte, são algumas das heranças da ação fisiológica do organismo. 

Uma herança que chegou com essa nova geração prateada é a erosão dentária. Considerada o “mal do século”, é o desgaste e a corrosão do esmalte dentário, que afeta tamanho e forma. A causa está relacionada a doenças, distúrbios e até mudanças de comportamento das pessoas nas últimas décadas, tais como: ansiedade, estresse e depressão (pelo ranger dos dentes ou apertamento excessivo tensionado), consumo de dietas ácidas e produtos industrializados (pelo Ph abaixo do limite da integridade dental), além do uso excessivo de medicamentos.


Estética não pode ser uma maquiagem

É possível resgatar a jovialidade dos dentes? Kyrillos explica que sim, porém faz um alerta: os problemas estéticos, na maioria das vezes, são consequências de problemas funcionais.

“Muitos pacientes negligenciaram a saúde bucal no passado. Outros, apenas carregam os impactos do tempo. Então, não se pode usar a estética como uma maquiagem. Se um paciente quer colocar lentes de contato nos dentes, é preciso verificar se, ali, não tem um caso severo de bruxismo que nunca foi tratado. Senão, nada vai adiantar. Ele vai continuar rangendo os dentes, com problemas na oclusão, dores mandibulares ou nas costas, pescoço e lombar, que geralmente acometem as pessoas nesses casos. Sim, muitas dores têm nos dentes a sua origem”, frisa.

“Por isso, a visão de um especialista com experiência é um fator decisivo antes de ir diretamente para a estética, principalmente no caso do paciente com mais idade, que já tem danos dentais acumulados pelo tempo”, completa.

Segundo o especialista, após verificadas saúde e função, essa nova geração pode se servir do que nenhuma outra 50+ teve acesso. Novas alternativas de implantes para a substituição de dentes perdidos, que possibilitam que sejam recuperados e não extraídos, como antigamente, além de técnicas de restauração que conservam mais a estrutura original e materiais que chegam muito perto da sensação e da aparência dos dentes naturais, para citar algumas inovações. “Essa é a primeira geração de avós que não têm a dentadura como destino final de seus dentes”, destaca Kyrillos.

 

Os 3 suplementos essenciais que todo mundo deveria tomar

No mundo agitado e desafiador, cuidar da saúde e bem-estar é uma prioridade essencial. Além de uma alimentação equilibrada e um estilo de vida ativo, há momentos em que nosso corpo pode se beneficiar de um impulso extra. É aí que entram os suplementos.

 

A busca por uma vida mais saudável está cada vez mais em evidência. Com a correria do dia a dia, muitas vezes é difícil manter uma alimentação equilibrada e praticar atividades físicas regularmente. No entanto, alguns suplementos podem ser aliados poderosos na melhoria da saúde e do bem-estar. 

Entre os produtos que têm ganhado destaque na rotina dos brasileiros estão o ômega 3, a creatina e os probióticos. Esses suplementos desempenham papéis importantes na manutenção da saúde e no aumento da performance física e mental.

Em linha com essa tendência, a Bio Mundo, uma das principais redes de lojas de produtos saudáveis no Brasil, destaca neste mês de junho, os mesmos 3 produtos para trazer acessibilidade e conhecimento para quem os consome ou deseja incluí-los na rotina.


  1. Ômega-3: O Aliado do Coração e da Mente

O ômega-3 é um tipo de gordura essencial que nosso corpo não consegue produzir sozinho, sendo necessário obtê-lo através da alimentação ou suplementação. Ele é encontrado principalmente em peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, além de sementes de linhaça e chia.

Benefícios do Ômega-3:

  • Saúde Cardiovascular: Ajuda a reduzir os níveis de triglicerídeos e colesterol LDL (o "ruim"), além de aumentar o colesterol HDL (o "bom").
  • Função Cerebral: Contribui para a melhoria da memória e da função cognitiva, sendo fundamental para a saúde mental.
  • Propriedades Anti-inflamatórias: Auxilia na redução de inflamações, beneficiando condições como artrite reumatoide.

Como Consumir:

  • Suplementos de óleo de peixe ou óleo de krill.
  • Consumo regular de peixes ricos em ômega-3.

Em seu formato suplementar, a Bio Mundo destaca o Omegafor Plus da Vitafor, que com 120 cápsulas sai por apenas R$169,90.

 

  1. Creatina: Potencializando a Performance Física

A creatina é um composto naturalmente encontrado em pequenas quantidades em alimentos como carne vermelha e frutos do mar. É amplamente utilizada como suplemento por atletas e pessoas ativas devido aos seus efeitos comprovados na performance física.

Benefícios da Creatina:

  • Aumento da Força Muscular: Melhora a produção de energia durante exercícios de alta intensidade, como levantamento de peso.
  • Melhoria da Resistência: Auxilia na recuperação muscular e reduz a fadiga, permitindo treinos mais intensos e frequentes.
  • Ganho de Massa Muscular: Contribui para o aumento da massa muscular magra.

Como Consumir:

  • Suplementos de creatina monohidratada, geralmente em pó, misturados com água ou suco.
  • Dosagem típica: 3 a 5 gramas por dia, de preferência após o treino.

A Bio Mundo possui sua própria linha de produtos voltados a melhor performance física, como é o caso da Creatina. Neste mês, o pote com 400g da Bioway tem o preço especial de R$139,90.

 

  1. Probióticos: Equilíbrio para a Flora Intestinal

Os probióticos são microorganismos vivos que, quando ingeridos em quantidades adequadas, conferem benefícios à saúde, principalmente ao equilíbrio da flora intestinal. Eles são encontrados em alimentos fermentados e em suplementos específicos.

Benefícios dos Probióticos:

  • Saúde Digestiva: Ajudam na digestão e absorção de nutrientes, além de prevenir problemas como a síndrome do intestino irritável.
  • Sistema Imunológico: Fortalecem o sistema imunológico, aumentando a resistência a infecções.
  • Bem-estar Geral: Contribuem para a melhoria do humor e redução do estresse, através da produção de neurotransmissores como a serotonina.

Como Consumir:

  • Alimentos fermentados como iogurte, kefir, chucrute e kimchi.
  • Suplementos em cápsulas ou sachês, contendo cepas específicas como Lactobacillus e Bifidobacterium.

Pensando na performance do segundo cérebro humano, o intestino ganha um composto especial desenvolvido pela Vitafor, o Slimfort, com 30 sachês, que dá para o mês inteiro saindo por R$99,90.

Esses suplementos oferecem benefícios variados que vão desde a melhoria da saúde cardiovascular e cognitiva até o aumento da performance física e o equilíbrio da flora intestinal. Antes de iniciar qualquer suplementação, é sempre recomendado consultar um profissional de saúde para adequar as doses e escolher os produtos mais indicados para suas necessidades individuais.

 

Bio Mundo


Casos de doenças respiratórias e cardíacas podem aumentar no inverno

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dão dicas de como manter a saúde estável durante dias frios e secos

 

Com a chegada do inverno nesta quinta-feira, dia 20, a tendência é que, principalmente no Sudeste, os próximos meses sejam marcados por uma seca significativa, com poucas chuvas, além de trazer ondas de frio, especialmente em julho, de acordo com o site do Climatempo. Essas baixas temperaturas e a mudança no cotidiano levantam maior preocupação com a saúde, uma vez que durante essa estação, há aumento significativo nos casos de doenças respiratórias e cardíacas. 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as alergias respiratórias atingem, em média, 30% da população mundial, além disso, as baixas temperaturas do inverno fazem aumentar em 30% o risco de infarto, de acordo com dados do Instituto Nacional de Cardiologia, principalmente em pessoas que apresentam fatores de risco, como hipertensos, indivíduos com diabetes, obesidade e fumantes. 

Por isso, especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz destacam a importância de adotar medidas preventivas para minimizar os riscos associados ao clima frio e seco.

 

Doenças respiratórias no inverno

Segundo o Dr. Ciro Kirchenchtejn, pneumologista, durante o inverno, o tempo frio e seco e a menor incidência de chuvas levam a uma maior concentração de poluentes no ar, o que piora a qualidade do ar e irrita as mucosas respiratórias. O muco, quando mais espesso, dificulta a respiração, causando sintomas como coriza, espirros, tosse e falta de ar. 

“Em dias de baixas temperaturas, ocorrem dois fenômenos que podem causar desconforto nas mucosas dos olhos, narinas e brônquios: o frio e a inversão térmica. A inversão térmica é um processo climático onde uma camada de ar frio fica presa perto do solo, impedindo que o ar quente suba e, consequentemente, aumentando a concentração de poluentes na atmosfera. Esses poluentes podem irritar as vias respiratórias e os olhos”, explica. 

A tendência de aglomeração em locais fechados agrava ainda mais essa situação, aumentando a incidência de infecções respiratórias. 

Dr. Ciro Kirchenchtejn lembra que as pessoas que correm maior risco de complicações são as crianças pequenas, os idosos, aqueles com falhas nos esquemas de vacinação e portadores de doenças crônicas, como insuficiência cardíaca, asma, enfisema e comprometimento da imunidade. 

“Estes grupos são especialmente vulneráveis durante o inverno, pois têm sistemas imunológicos mais frágeis ou condições que podem ser exacerbadas pelo frio e pela maior circulação de vírus e bactérias. É crucial que essas pessoas sigam rigorosamente as medidas preventivas, mantenham a vacinação em dia e busquem orientação médica ao menor sinal de agravamento dos sintomas”, ressalta.

 

Medidas preventivas para doenças respiratórias

Para ajudar na prevenção de doenças respiratórias durante o inverno, o Dr. Ciro preparou algumas dicas essenciais, que podem fazer toda a diferença para manter a saúde em dia durante os meses mais frios. 

Ventilação adequada: mantenha os ambientes bem ventilados para reduzir a concentração de vírus e bactérias. Abrir janelas e portas regularmente permite a circulação de ar fresco.

Higiene das mãos: lave as mãos regularmente e use álcool em gel para eliminar contaminantes. Essa é uma das formas mais eficazes de prevenir infecções, especialmente em ambientes com grande circulação de pessoas.

Hidratação: beba bastante água para manter as mucosas hidratadas e facilitar a eliminação de secreções. Manter as vias respiratórias umedecidas é importante para evitar o ressecamento e a irritação.

Vacinação: mantenha o calendário vacinal em dia, incluindo vacinas contra a gripe e Covid-19. Essa é uma ferramenta poderosa na prevenção de doenças respiratórias, protegendo tanto o indivíduo quanto as pessoas ao redor.

Uso de máscaras: utilize máscaras em locais fechados e aglomerados para reduzir o risco de infecção.

 

Doenças cardíacas no inverno

As baixas temperaturas também representam um risco para o sistema cardiovascular. Segundo o cardiologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Dr. Leandro Costa, o frio provoca a contração dos vasos sanguíneos, aumentando a pressão arterial e sobrecarregando o coração. “Para se manter aquecido, o corpo aciona o mecanismo da vasoconstrição, que é a diminuição do calibre das artérias, dificultando a circulação sanguínea e aumentando o esforço do músculo cardíaco, o que eleva o risco de infarto e derrame”, explica. 

Outro fator que explica uma maior incidência de doenças cardíacas no inverno é o fato de haver uma tendência na evolução dos processos inflamatórios das vias aéreas, como as gripes e resfriados. Portanto há um aumento da inflamação das paredes internas dos vasos, sendo fator determinante para a formação de coágulos sanguíneos, e da possibilidade de ocorrência de infarto ou derrame cerebral. 

Livrar-se dos fatores de risco é fundamental em qualquer época do ano. Entre os mais frequentes, o Dr. Leandro Costa destaca a hipertensão, o sedentarismo, tabagismo, estresse e a obesidade. 

Sobre os sintomas, a dor no peito é um dos principais, principalmente com a sensação que pode irradiar para o braço esquerdo. Os sintomas mais genéricos, como tontura, sudorese e náuseas podem aparecer, mas há casos em que o episódio ocorra de forma silenciosa.

 

Principais recomendações para saúde cardíaca

A seguir, o Dr. Leandro Costa separa as principais dicas para a prevenção de doenças cardíacas durante os meses mais frios do ano. 

Manter-se aquecido: use roupas adequadas para evitar a vasoconstrição excessiva. Vestir-se em camadas e proteger extremidades, como mãos e pés, é essencial para manter o corpo aquecido e reduzir o esforço cardíaco.

Hidratação: beba líquidos regularmente para evitar o aumento da viscosidade do sangue. Mesmo que a sensação de sede seja menor no inverno, é fundamental manter-se hidratado para garantir uma boa circulação sanguínea.

Exercícios físicos: pratique atividades físicas de forma moderada e regular, evitando exercícios intensos em temperaturas muito baixas. Escolha ambientes aquecidos para se exercitar e faça alongamentos para evitar lesões causadas pelo frio.

Alimentação saudável: evite alimentos ricos em gorduras e sal, optando por uma dieta equilibrada. Inclua frutas, verduras e proteínas magras nas refeições, garantindo todos os nutrientes necessários para fortalecer o sistema imunológico.

Check-ups regulares: realize exames periódicos para monitorar a saúde do coração. Consultas regulares com um cardiologista são fundamentais para identificar e tratar precocemente possíveis problemas cardíacos. 

No inverno é essencial adotar medidas preventivas para proteger a saúde respiratória e cardiovascular. A combinação de cuidados com o ambiente, higiene pessoal e hábitos saudáveis pode fazer a diferença na prevenção de doenças durante a estação mais fria do ano.  



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Inverno promove aumento de doenças cardiovasculares

UPA 24h Zona Leste indica cuidados práticos com a saúde durante a estação


Apesar de ser conhecida por ser a estação com maior número de casos de doenças respiratórias, o inverno também propicia o aumento de doenças cardiovasculares.

 

O Instituto Nacional de Cardiologia indica que há um aumento de 30% dessas doenças, incluindo até 30% dos casos de infarto, especialmente em temperatura abaixo de 14°C, e 20% de Acidente Vascular Cerebral (AVC).

 

Isso acontece porque quando há uma queda brusca de temperatura, o corpo aciona mecanismos para manter o equilíbrio de temperatura interna.

 

Parte desse processo conta com a vasoconstrição, responsável pela contração dos vasos sanguíneos, que aumentam a pressão sanguínea e evitam a perda excessiva de calor.

 

“O problema é que, durante o inverno, a vasoconstrição também estreita as artérias nos vasos do coração, afetando o sistema circulatório. O que pode resultar em dor no peito, infarto e até mesmo morte súbita”, explica Gisele Abud, médica e diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP).

 

Além de sobrecarregar o coração, esse aumento de pressão sanguínea nos vasos que já estão estreitos também facilita o desprendimento de placas de gordura localizadas no interior das artérias, que podem bloquear o fluxo do sangue para o coração e cérebro, causando o AVC.

 


Como identificar e se prevenir

 

Os principais sinais apresentados em casos de doenças cardiovasculares são: dor ou desconforto no peito, braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas. Além disso, mulheres são mais propensas a apresentar falta de ar, náuseas, vômitos e dores nas costas ou mandíbula.

 

Já no caso do AVC, os sinais mais comuns são dormência na face, braços ou pernas, confusão, dificuldade para falar e entender, perda de equilíbrio ou coordenação, dor de cabeça intensa sem causa aparente.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS), recomenda as seguintes ações individuais para prevenção:

 

• controlar o peso, evitando a obesidade;


• manter a pressão arterial e a glicemia dentro dos limites recomendados;


• ter uma alimentação balanceada, evitando o consumo excessivo de ultraprocessados, como bolachas recheadas e refrigerantes;


• não fumar;


• evitar o consumo de álcool;


• praticar atividade física regularmente.

 

“Em caso de suspeita ou presença de sintomas de doenças cardiovasculares, é necessário buscar atendimento médico rápido. As Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s) ficam disponíveis 24h, durante os sete dias da semana, e são preparadas para atender casos de urgência e emergência, como infarto e AVC, alerta a médica.

 

Coqueluche: Saiba Mais Sobre a Doença que Voltou a Preocupar o Mundo

 A coqueluche, também conhecida como tosse convulsa, é uma doença respiratória altamente contagiosa causada pela bactéria Bordetella pertussis. Embora a vacinação tenha reduzido drasticamente sua incidência nas últimas décadas, a coqueluche voltou a preocupar o mundo devido a surtos recentes em várias regiões. Entender a doença, seus sintomas, métodos de transmissão e a importância da vacinação é essencial para prevenir sua propagação.


O Que é Coqueluche?

A coqueluche é uma infecção bacteriana que afeta o sistema respiratório. Ela é particularmente perigosa para bebês e crianças pequenas, mas também pode causar complicações sérias em adolescentes, adultos e idosos. A doença se caracteriza por episódios de tosse intensa e incontrolável, que podem dificultar a respiração e levar a vômitos e exaustão.


 A Situação Global da Coqueluche

A coqueluche tem mostrado um ressurgimento preocupante em várias partes do mundo. Pelo menos 17 países da União Europeia registraram aumento de casos de coqueluche – entre janeiro e dezembro do ano passado, foram notificadas 25.130 ocorrências no continente. Já entre janeiro e março deste ano, 32.037 casos foram registrados na região em diversos grupos etários, com maior incidência entre menores de 1 ano, seguidos pelos grupos de 5 a 9 anos e de 1 a 4 anos.

O Centro de Prevenção e Controle de Doenças da China informou que, em 2024, foram notificados no país 32.380 casos e 13 óbitos por coqueluche até fevereiro. A Bolívia também registra surto da doença, com 693 casos confirmados de janeiro a agosto de 2023, sendo 435 (62,8%) em menores de 5 anos, além de oito óbitos.

No Brasil, o último pico epidêmico de coqueluche ocorreu em 2014, quando foram confirmados 8.614 casos. De 2015 a 2019, o número de casos confirmados variou entre 3.110 e 1.562. A partir de 2020, houve uma redução importante de casos da doença, associada à pandemia de Covid-19 e ao isolamento social. De 2019 a 2023, todas as 27 unidades federativas notificaram casos de coqueluche. Pernambuco confirmou o maior número de casos (776), seguido por São Paulo (300), Minas Gerais (253), Paraná (158), Rio Grande do Sul (148) e Bahia (122). No mesmo período, foram registradas 12 mortes pela doença, sendo 11 em 2019 e uma em 2020. Em 2024, os números continuam altos. A Secretaria de Saúde de São Paulo notificou 139 casos de coqueluche de janeiro até o início de junho – um aumento de 768,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando houve 16 registros da doença no estado.


A Importância da Vacinação

Dra. Marcela Rodrigues, diretora da Salus Imunizações, reforça que a principal forma de prevenção da coqueluche é a vacinação de crianças menores de 1 ano, com a aplicação de doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos, além da imunização de gestantes e puérperas e de profissionais da área da saúde. O esquema vacinal primário é composto por três doses, aos 2 meses, aos 4 meses e aos 6 meses, da vacina penta, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b, seguida de doses de reforço com a vacina DTP, contra difteria, tétano e coqueluche, conhecida como tríplice bacteriana.

Para gestantes, como estratégia de imunização passiva de recém-nascidos, recomenda-se, desde 2014, uma dose da vacina dTpa tipo adulto por gestação, a partir da vigésima semana. Para quem não foi imunizada durante a gravidez, a orientação é administrar uma dose da dTpa no puerpério, o mais precocemente possível e até 45 dias pós-parto. Desde 2019, a vacina dTpa passou a ser indicada também a profissionais da saúde, parteiras tradicionais e estagiários da área da saúde atuantes em unidades de terapia intensiva (UTI) e unidades de cuidados intensivos neonatal convencional (UCI) e berçários, como complemento do esquema vacinal para difteria e tétano ou como reforço para aqueles que apresentam o esquema vacinal completo para difteria e tétano.


 Imunização Ampliada

Em meio a tantos surtos de coqueluche, o Ministério da Saúde publicou neste mês uma nota técnica em que recomenda ampliar, em caráter excepcional, e intensificar a vacinação contra a doença no Brasil. A pasta pede ainda que estados e municípios fortaleçam ações de vigilância epidemiológica para casos de coqueluche. O documento amplia a indicação de uso da vacina dTpa (tríplice bacteriana acelular tipo adulto), que combate difteria, tétano e coqueluche, para trabalhadores da saúde que atuam em serviços de saúde públicos e privados, ambulatorial e hospitalar, com atendimento em ginecologia e obstetrícia; parto e pós-parto imediato, incluindo casas de parto; UTIs e UCIs, berçários (baixo, médio e alto risco) e pediatria.

Ainda de acordo com a nota técnica, profissionais que atuam em berçários e creches onde há atendimento de crianças com até 4 anos também devem ser imunizados contra a coqueluche. A administração da dose nesse público deve considerar o histórico vacinal contra difteria e tétano (dT). Pessoas com o esquema vacinal completo devem receber uma dose da dTpa, mesmo que a última imunização tenha ocorrido há menos de dez anos. Já os que têm menos de três doses administradas devem receber uma dose de dTpa e completar o esquema com uma ou duas doses de dT.


A Doença

Causada pela bactéria Bordetella pertussis, a coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória presente em todo o mundo. A principal característica são crises de tosse seca, mas a doença pode atingir também traqueia e brônquios. Os casos tendem a se alastrar mais em épocas de clima ameno ou frio, como primavera e inverno.

Nas crianças, a imunidade à doença é adquirida apenas quando administradas as três doses da vacina, sendo necessária a realização dos reforços aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Bebês menores de 6 meses podem apresentar complicações pela coqueluche e o quadro pode levar à morte. O ministério alerta que um adulto, mesmo tendo sido vacinado quando bebê, pode se tornar suscetível novamente à coqueluche, já que a vacina pode perder o efeito com o passar do tempo. Por conta do risco de exposição, a imunização de crianças já nos primeiros meses de vida é tão importante.

A transmissão da coqueluche ocorre, principalmente, pelo contato direto do doente com uma pessoa não vacinada por meio de gotículas eliminadas por tosse, espirro ou até mesmo ao falar. Em alguns casos, a transmissão pode ocorrer por objetos recentemente contaminados com secreções de pessoas doentes.


 Sintomas e Complicações

Os sintomas podem se manifestar em três níveis. No primeiro, o mais leve, os sintomas são parecidos com os de um resfriado e incluem mal-estar geral, corrimento nasal, tosse seca e febre baixa. Esses sintomas iniciais podem durar semanas, período em que a pessoa também está mais suscetível a transmitir a doença. No estágio intermediário da coqueluche, a tosse seca piora e outros sinais aparecem, e a tosse passa de leve e seca para severa e descontrolada, podendo comprometer a respiração. As crises de tosse podem provocar ainda vômito ou cansaço extremo. Geralmente, os sinais e sintomas da coqueluche duram entre seis e dez semanas.


Conclusão

A coqueluche é uma doença séria que voltou a ser uma preocupação global. A vacinação contínua e a conscientização sobre a importância de manter a imunização atualizada são cruciais para controlar a propagação da coqueluche e proteger as populações vulneráveis. Mantenha-se informado, vacine-se e adote medidas de higiene para ajudar a prevenir essa doença potencialmente perigosa.

Como Dra. Marcela Rodrigues, diretora da Salus Imunizações, reforço a importância da vacinação e da prevenção contínua. A vacinação é uma grande aliada na prevenção de infecções respiratórias graves. Além da imunização, cumprir a etiqueta respiratória, como cobrir a boca ao tossir e espirrar, lavar as mãos regularmente e usar máscaras em casos suspeitos e em situações de risco, ajuda na prevenção do VSR. Além disso, adotar hábitos de vida saudáveis, como manter uma alimentação equilibrada, praticar atividade física regularmente e conviver com pessoas que amamos, é fundamental para fortalecer o sistema imunológico e promover uma melhor qualidade de vida. Juntos, podemos combater a coqueluche e garantir a saúde e o bem-estar de nossas comunidades.

 

Salus Imunizações

 

NÃO ABRE MÃO DA CREATINA ANTES DO TREINO? MÉDICO ALERTA AO USO INDISCRIMINADO

 


Usados sem indicação médica o uso incorreto de chás e suplementos alimentares podem resultar em problemas graves, como hepatite.

 

A procura por uma rotina mais saudável tem sido uma tendência que se popularizou entre as pessoas. Junto com esse interesse, o número de indivíduos que consomem suplementos alimentares e produtos naturais aumentou significativamente, levando muitos a adotarem o uso da creatina e dos chás verdes como parte de suas rotinas diárias. No entanto, médicos alertam que o uso contínuo e excessivo destes alimentos pode acarretar sérios riscos à saúde, especialmente ao fígado. 

A creatina, por exemplo, é utilizada como suplemento para melhorar o desempenho físico em atividades de alta intensidade e de acordo com Lucas Nacif, cirurgião gastrointestinal, “o uso excessivo de creatina sem acompanhamento médico pode sobrecarregar o sistema renal. Pessoas que excedem a quantidade de doses seguras costumam sofrer com desidratação e cãibras musculares persistentes” – pontua. 

Além dos efeitos no sistema renal, o uso excessivo dessa substância pode interferir no equilíbrio de eletrólitos no corpo, contribuindo para distúrbios metabólicos que exigem intervenção médica imediata. Já os chás verdes são conhecidos por suas propriedades antioxidantes e seus benefícios para a saúde, mas podem se tornar prejudiciais quando consumidos em excesso. O alto teor de cafeína e a substância chamada caquetina presente nos chás verdes pode causar a morte de células no fígado. “O perigo maior está quando a erva é consumida em cápsulas, pois não há como saber a quantidade exata da substância tóxica e nem a forma que ela foi manipulada. O consumo excessivo de chás verdes tem sido associado a complicações hepáticas em casos extremos” – afirma. 

Dr. Lucas Nacif faz um alerta importante “produtos ditos como naturais podem causar os mesmos problemas que os remédios se não forem usados de maneira correta. Dentre os mais comuns estão as alterações das enzimas hepáticas, hepatites (agudas e crônicas), falência do fígado e até cirrose. As pessoas têm uma percepção errada de que tudo que é natural é permitido e liberado, mas é essencial que as pessoas entendam os potenciais efeitos adversos de tudo que é consumido de maneira indiscriminada e estejam conscientes dos sinais de alerta que seu corpo pode enviar” – resume. 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Hepatologia, cerca 34% de insuficiência aguda do fígado são causadas por ervas naturais, o efeito colateral de plantas no órgão é chamado de hepatotoxidade. O fígado é responsável por filtrar o sangue e eliminar as toxinas do corpo, mas por conta do excesso do uso de chás e creatina, o fígado fica sobrecarregado e acaba lesionado. “Importante frisar que as lesões podem começar a surgir tanto pelo uso prologando das substâncias como logo após a ingestão. Os sintomas mais comuns por conta dessa intoxicação são as dores de cabeça frequentes sem uma causa definhada, enjoos, tontura, cor amarelada no glóbulo ocular e dor na região superior direita do abdômen e azia” – afirma o médico cirurgião. 

Ainda segundo Nacif, os chás verdes, carqueja e mata verde são ervas conhecidos na literatura médica por serem prejudicais ao fígado e por isso recomendamos evitar o uso desse tipo de medicação. “Chá que desincha, chá detox, já que muitos são conhecidos por serem hepatotóxicos, prejudicando o fígado e potencialmente levando à necessidade de um transplante hepático" – finaliza.

 

Lucas Nacif - Especialista em cirurgia geral, e do aparelho digestivo, o Dr. Lucas Nacif é reconhecido por sua expertise em cirurgias hepato bilio pancreática e transplante de fígado, utilizando técnicas avançadas minimamente invasivas por laparoscopia e robótica. Além de suas contribuições no campo da cirurgia, o Dr. Nacif é membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), do Colégio Brasileiro de Cirurgia Digestiva (CBCD) e da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Internacionalmente, ele é membro da ILTS (International Liver Transplantation Society), TTS (The Transplantation Society) e AHPBA (Americas Hepato-Pancreato-Biliary Association). O Dr. Nacif dedica-se integralmente à promoção da saúde digestiva, buscando não apenas a cura, mas também uma melhoria substancial na qualidade de vida de seus pacientes. Para saber mais, visite: www.lucasnacif.com eLink


Dia Mundial do Vitiligo: doença pode ser controlada com tratamento adequado

 Tratamento individualizado é recurso mais eficiente para minimizar os impactos da patologia, que atinge um milhão de brasileiros

 

O Dia Mundial do Vitiligo, 25 de junho, foi criado, em 2011, pela Organização das Nações Unidas (ONU), para despertar a conscientização sobre a doença e combater o preconceito. Conforme o Ministério da Saúde (MS), a patologia atinge de 0,5% a 2% da população mundial. No Brasil, são mais de um milhão de pessoas (0,54%). Theodoro Habermann Neto, dermatologista do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), explica que a doença é caracterizada pela despigmentação da pele. “São lesões, em algumas regiões do corpo, de aparência esbranquiçadas, causadas pela diminuição ou ausência de melanócitos, as células que produzem a melanina, que dá a cor da nossa pele”, define. 

Segundo o MS, no Brasil o vitiligo acorre em 1,2% das pessoas brancas e 1,9% das pardas/negras, configurando entre as 25 doenças dermatológicas mais frequentes em todas as regiões do país. “A causa ainda não está bem definida, mas já sabemos que fenômenos autoimunes, traumas emocionais, estresse e ansiedade podem desencadear ou agravar a doença”, explica Habermann. 

O tamanho da lesão pode variar e acometer várias partes do corpo. “Normalmente, os pacientes têm diminuição de sensibilidade na região afetada ou podem ter dor. O vitiligo pode acometer a área segmentar (ou unilateral), ou seja, em apenas uma parte do corpo, também podendo ocorrer em pelos e cabelos, que acabam descoloridos; e a área não-segmentar (ou bilateral), que é o tipo mais comum, que manifesta dos dois lados do corpo, por exemplo, duas mãos, dois pés, dois joelhos, etc. Também pode surgir no nariz e na boca. A região afetada perde a cor, em algumas fases há o aumento da lesão e em outras há a estagnação. Esses ciclos podem correr durante toda a vida e a duração e as áreas pigmentadas tendem a se tornar maiores com o passar do tempo”.

 

Diagnóstico

Ao suspeitar de alguma mancha mais clara pelo corpo, o ideal é procurar um dermatologista. “O diagnóstico é feito clinicamente e, em alguns casos, é preciso realizar uma biópsia, que é a retirada de um pedacinho da pele, para confirma-lo. Exceto na borda da visão, que a gente faz um teste com a Lâmpada de Wood, que é uma luz negra, específica para ajudar na detecção da doença em pacientes com pele branca”. 

Segundo o dermatologista, exames de sangue também são comuns para avaliar se o vitiligo tem alguma doença autoimune associada, como hepatite, doença de Addison e problemas de tireoide. “Também é válido ressaltar que 30% dos pacientes têm algum familiar que já apresentou a doença. Então, é muito importante procurar um dermatologista habilitado pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, que possa dar o diagnóstico, fazer o melhor tratamento e a melhor investigação do quadro”, ressalta.

 

Tratamento

Embora o vitiligo ainda não tenha cura, existem tratamentos bastante eficientes que devem ser adotados de forma individualizada. “O foco é cessar o aumento das lesões, estabilizando o quadro, e também promover a repigmentação da pele. Existem medicamentos à base de cremes que estimulam a produção de melanina, derivados da vitamina D e corticoides. Outra opção é a fototerapia, um banho de luz, com radiação ultravioleta, que é indicado para todas as formas de vitiligo com resultados muito bons, principalmente em lesões de face e tronco. Já o ultravioleta com UVA também pode ser adotado, desde que sejam tomados todos os cuidados com o risco de envelhecimento e câncer de pele. Há ainda tratamentos com laser e técnicas cirúrgicas, como transplante de melanócitos”. 

Segundo Habermann, algumas medicações imunobiológicas estão em fase de pesquisa na Europa e nos EUA e, em médio prazo, devem checar ao Brasil, representando mais um importante avanço no tratamento. Para melhores resultados, a orientação do dermatologista é para que o paciente com a doença tenha o acompanhamento psicológico. “Sabemos que as lesões de pele impactam muito na qualidade de vida e autoestima do paciente, por isso é importante que se tenha o suporte psicológico de um profissional, o que irá contribuir, inclusive, para os melhores resultados do tratamento e evitar que problemas como depressão e ansiedade, por exemplo, interfiram na terapêutica adotada”.

 

Sem receitas caseiras

O médico chama a atenção para os ditos “medicamentos milagrosos”, que muitas vezes são receitas dadas por pessoas leigas no assunto. “Podem levar a riscos de queimadura, deixar as áreas ainda mais brancas e causar reações mais graves. Portanto, o tratamento de vitiligo é individual, deve ser discutido sempre com o dermatologista e cada caso é um caso, não devendo-se passar uma coisa igual para todos. Depende da característica de cada pele, de cada paciente, e os resultados vão variar de uma pessoa para outra. Por isso, é importante procurar um dermatologista para saber qual é o melhor controle da doença e qual a repigmentação mais adequada”, orienta.

 

Cuidados importantes

Para as pessoas com histórico familiar da doença, algumas medidas podem ser adotadas. Tais como observar periodicamente a pele, evitar o uso de roupas apertadas que provoquem atrito e pressão sobre a pele, fazer uso diário de filtro solar e manter o controle em situações de estresse.

 

Vera Cruz Hospital


Infertilidade: qual a hora certa de buscar ajuda médica

 Sair da inércia e do medo para pedir ajuda especializada sobre uma possível infertilidade não é tarefa fácil. Uma das dicas dos ginecologistas tem a ver com o tempo de tentativas de concepção sem sucesso. Outros fatores também entram nessa ponderação

 

O Dr. Alfonso Massaguer, ginecologista especialista em reprodução humana, diretor clínico da MAE (Medicina de Atendimento Especializado) está acostumado em tratar de pessoas com dificuldades reprodutivas. A partir de sua experiência, ele entende que o casal deve procurar ajuda se estiver tentando engravidar há 1 ano. "A partir daí, inicia-se uma investigação sobre qual é a causa no casal", conta o médico. 

A regra de um ano tentando não vale para todas as pessoas. Caso a mulher tentante tenha mais de 35 anos, esse período deve ser reduzido para 6 meses, ou seja, a partir da sétima tentativa de aproveitamento do período fértil, o casal deve pedir ajuda profissional. "E se for após os 40 anos da mulher, é necessário fazer uma avaliação antes mesmo de começar as tentativas", detalha ele. 

Isso tudo porque o fator idade dos óvulos ainda carrega a maior responsabilidade pelos diagnósticos de infertilidade feminina, segundo afirma a Dra. Paula Fettback, Ginecologista especialista em Reprodução Humana pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): "Após os 30 anos tudo começa a mudar no quadro de fertilidade feminina. Independentemente do que a mulher venha a fazer, o relógio biológico ainda é o fator mais importante", frisa a médica.

 

Há sinais que indicam a necessidade de acompanhamento médico? 

Na visão do Dr. Alfonso, qualquer pessoa com sintomas deve procurar um médico. "Uma mulher que não menstrua, ou que tem muito sangramento ou dor menstrual deve ser avaliada pelo ginecologista", exemplifica. Com relação aos homens, ele conta que dor nos testículos ou secreção pelo pênis são fatores que apontam a necessidade de uma consulta com o urologista. 

Como a infertilidade feminina e masculina são equivalentes, ou seja, nenhuma registra uma grande maioria de casos em relação à outra, o ginecologista recomenda a busca por ajuda tanto pelo lado da mulher, quanto pelo lado do homem. 

"Investigando, fazendo os exames devidos e cuidando juntos do assunto, há muitas chances de casais inférteis virem a conceber. Aliás, a imensa maioria deles conseguirá ter filhos com os tratamentos existentes atualmente", anima-se o especialista. 

A Dra. Paula resume os principais responsáveis pela infertilidade masculina e feminina:

 

Infertilidade masculina 

  • Varicocele (varizes nos testículos)
  • Uso de anabolizantes
  • Uso de alguns medicamentos
  • Uso de drogas
  • Tabagismo
  • Doenças genéticas
  • Alterações hormonais ou metabólicas
  • Obesidade
  • Infecções

 

Infertilidade feminina 

  • Fatores ovarianos, como queda da reserva
  • Distúrbios de ovulação, como o ovário policístico
  • Obesidade
  • Distúrbios metabólicos ou hormonais
  • Afecções nas tubas uterinas principalmente pela endometriose ou pós-infecções
  • Genética
  • Questões uterinas, como miomas
  • Doenças autoimunes
  • Trombofilias

 

Informação é vida! 

Dedicados ao assunto há décadas, a Dra. Paula e o Dr. Alfonso acabam de lançar o livro A Espera, que visa a normalizar o aprendizado sobre infertilidade e planejamento familiar com informações técnicas ilustradas por casos reais.

 

Dra. Paula Fettback - CRM 117477 SP - CRM 33084 PR. Possui graduação em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina - UEL (2004). Residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP- 2007). Atua em Ginecologia e Obstetrícia com ênfase em Reprodução Humana. Estágio em Reprodução Humana na Universidade de Michigan - USA. Médica colaboradora do Centro de Reprodução Humana Mário Covas do HC-FMUSP (2016). Doutora em Ciências Médicas pela Disciplina de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM - 2016). Médica da Clínica MAE São Paulo – SP. Título de Especialista em Reprodução Assistida Certificada pela Febrasgo (2020)


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