Pesquisar no Blog

quinta-feira, 11 de abril de 2024

Epidemia de sobrepeso impulsiona cirurgia refrativa

 

Levantamento mostra que 1 em cada 5 jovens que buscam pela cirurgia também querem se livrar do sedentarismo.

 

O Brasil vive uma verdadeira epidemia de sobrepeso e obesidade. Dados do Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) pesquisa anual do Ministério da Saúde conduzida em todas as capitais e Distrito Federal mostram que em 2023 61% dos brasileiros tinham sobrepeso, sendo que 37% eram jovens entre 18 e 24 anos. 

Não por acaso, o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, afirma que os prontuários de 460 jovens que em 2023 passaram pela cirurgia refrativa no hospital mostram que 1 em cada 5 queria se livrar dos óculos e do sedentarismo para perder peso. 

O especialista comenta que de fato o sobrepeso é uma condição que está relacionada ao sedentarismo, alimentação incorreta e outros problemas de saúde que muitas vezes passam despercebidos. Em alguns esportes, entre eles o futebol, é proibido o uso de óculos em campo por uma questão de segurança, salienta. Pior: No Brasil cerca de 40% da população precisa usar óculos ou lente de contato e este número não para de crescer por causa do aumento da miopia. O procedimento é bastante seguro, tanto que uma metanálise da Cochrane concluiu que à cirurgia é mais seguro que usar lente de contato, assinala.

 

Técnicas cirúrgicas

Ainda assim antes de optar pela cirurgia Queiroz Neto afirma que é necessário levantar com um especialista o máximo de informações sobre o procedimento para tomar a decisão com segurança.   Hoje há três técnicas cirúrgicas para correção de baixos e moderados graus de erro de refração: Lasik, Intralase e o PRK.  Em todos é utilizado o Excimer laser que emite luz fria para moldar a córnea e eliminar o erro de refração, mas no Intralase o procedimento é feito com femtosegundo, laser ultrarrápido e preciso que torna o procedimento mais previsível.

No Lasik o cirurgião afirma que é feito um flap na córnea, ou seja, corte com um aparelho chamado microcerato de uma ‘tampinha’ da córnea que recobre a pupila seguida da   aplicação  do laser para corrigir o grau. No intralase todo o procedimento é realizado à laser e por isso a recuperação é mais rápida.

Tanto o Lasik como o Intralase só são indicadas para pacientes que têm até 9 graus de miopia, dependendo da curvatura e da espessura da córnea. Por isso antes do procedimento são realizados exames que medem a espessura e formato da córnea, bem como uma avaliação geral da saúde ocular. Isso porque, doenças como o ceratocone, o glaucoma e olho seco severo são contraindicações na cirurgia refrativa.

Já o PRK é uma técnica que pode ser aplicada em córneas mais finas. Isso porque, no procedimento o cirurgião raspa com um bisturi as células do epitélio, camada externa da córnea para numa segunda etapa aplicar o laser que corrige o erro de refração. “Após a correção, colocamos uma lente de contato gelatinosa, que pode permanecer até 72 horas no local, para a completa recuperação do epitélio que tem alto poder de regeneração. Em muitos pacientes a recuperação ocorre em 48 horas” afirma. A recuperação nesta cirurgia, porém, é mais lenta do que nas outras duas técnicas.

Para que tem altos graus de erro refrativo a cirurgia refrativa é feita com implante de uma ICL, microlente que elimina o grau sem retirada de tecido da córnea. Se você está pensando que pode não se adaptar ao implante, Queiroz Neto informa que o procedimento é reversível, ou seja, pode ser retirado sem causar sequelas. Um dos pioneiros neste tipo de cirurgia, ele diz que não teve um único caso de explante da ICL. Não é por acaso. Você entra centro cirúrgico enxergando vultos e ao retirar o curativo no dia seguinte enxerga tudo nítido e brilhante. 


Riscos

Queiroz Neto afirma que o maior risco da cirurgia é ocorrer uma infecção. Em 98% dos pacientes o procedimento não tem intercorrências afirma.

“Fazemos uma série de exames antes de operar”, afirma. Tudo começa com a paquimetria e tomografia da córnea para checar pode pade ser submetida ao laser. Outros exames são a tonografia para verificar a pressão intraocular ea retinografia que checa a integridade da retina e de outras anomalias dentro do olho. “Só operamos os casos em que os =exames indicam que é seguro operar”, explica.

Uma das preocupações mais comuns em que está pensando em se submeter ao procedimento é o descolamento do flap, a camada de córnea que é parcialmente levantada na cirurgia.

“É muito raro descolar, precisa acontecer um trauma muito forte no olho, porém pode acontecer em qualquer época da vida, mesmo anos depois da cirurgia. Nos últimos 20 anos só vi dois casos, em pacientes que praticavam esportes radicais. Mas é necessário alertar aqueles que vão fazer a cirurgia”, conta Tranjan.

O maior risco da cirurgia é coçar os olhos no pós-operatório, porque pode colocar tudo a perder A dica em caso de coceira é usar compressas frias feitas com gaze e água fria Queiroz Neto ressalta que o uso dos colírios prescritos após a cirurgia também garante a boa recuperação.  Outra recomendação médica é não entrar no mar ou frequentar a academia por 30 dias.


Dúvidas frequentes

Queiroz Neto afirma que uma dúvida frequente no consultório é se após a cirurgia refrativa os olhos ficam secos. Isso é verdade, mas geralmente em um ou dois meses a lubrificação dos olhos volta ao normal. Por isso neste período os cirurgiões recomendam o uso de colírio lubrificante.

Outra dúvida comum é se o grau pode voltar. Isso acontecia quando a cirurgia chegou ao Brasil e o laser era pouco preciso. Queiroz Neto afirma que hoje dificilmente isso acontece. A cirurgia evoluiu muito nas últimas décadas e hoje o procedimento é totalmente personalizado e elimina inclusive pequenas imperfeições conhecidas como aberrações ópticas que influem na qualidade da visão. Por isso se você gostaria de abandonar os óculos e ter mais liberdade para praticar esportes se dê uma chance de enxergar um mundo melhor, finaliza.

 

Estudos sugerem que mulheres jovens com mutação em BRCA têm menor reserva ovarian

 Evidências apontam que pode ser menor a quantidade de folículos presentes nos ovários de mulheres com alteração genética que aumenta predisposição para câncer de mama e ovário hereditário, impactando na fertilidade. A reserva ovariana é o principal indicador das possibilidades que uma mulher tem de engravidar por vias naturais. Mutação em BRCA também aumenta o risco de o bebê nascer com aneuploidia, doença causada por alteração nos cromossomos


Cerca de 10% das mulheres com diagnóstico de câncer de mama e até 25% daquelas com câncer de ovário desenvolveram a doença a partir de uma alteração genética que pode ter sido herdada. A principal causa da chamada síndrome de câncer de mama e ovário hereditário é a mutação nos genes BRCA1 e BRCA2. Em sua função normal, esses genes são supressores de tumor, responsáveis por reparar os danos ao nosso DNA. Quando estão alterados, os portadores se tornam mais suscetíveis para desenvolver câncer em comparação com a média populacional.

Estudos sugerem que, além do risco aumentado para desenvolver câncer hereditário, as mulheres com mutação em BRCA apresentam uma menor reserva ovariana, que é um importante marcador de fertilidade. Uma revisão sistemática, publicada em dezembro de 2021 na revista científica The Breast, que incluiu os dados de 64 trabalhos, comparou o nível de hormônio anti-mülleriano (AMH) - que estima a quantidade de reserva ovariana – encontrado em mulheres portadoras de alteração no gene BRCA com mulheres sem variantes patogênicas e em mulheres sem qualquer alteração genética de predisposição. A conclusão foi que as portadoras de mutação em BRCA com 41 anos ou menos apresentaram níveis mais baixos de AMH. A mesma análise em pacientes com diagnóstico de câncer de mama – com e sem BRCA mutado - obteve os mesmos resultados.

De acordo com a bióloga e especialista em reprodução humana, Taccyanna Mikulski Ali, gerente científica do laboratório Igenomix Brasil, da Vitrolife, esta descoberta não indica necessariamente uma relação casual com infertilidade. “Porém, o AMH é um marcador muito importante para prever as possibilidades de sucesso dos tratamentos de reprodução humana”, explica Taccyanna Ali.

Outro estudo, publicado em 2024 no International Journal of Molecular Sciences, além de reforçar o possível risco de perda ovariana entre as mulheres com mutação em BRCA, também aponta que as pacientes expostas aos tratamentos anticâncer, principalmente à quimioterapia, correm maior risco de problemas relacionados à fertilidade. “Os autores mostram que as mutações em BRCA podem exacerbar a redução da reserva ovariana induzida pelo tratamento”, aponta Taccyanna.


DESAFIOS DIANTE DA RESERVA OVARIANA E OPÇÃO PELO TESTE GENÉTICO - Na prática clínica, o nível sérico de AMH é o biomarcador mais utilizado para avaliar a reserva ovariana das pacientes, no entanto, ele não é um indicador direto do conjunto de folículos primordiais. Isso porque, os níveis de AMH variam consideravelmente entre os pacientes, independentemente da população estudada, desafiando a avaliação do impacto dos genes BRCA na reserva ovariana.

Vale ressaltar que os cânceres hereditários são diagnosticados, principalmente, na população adulta jovem em idade reprodutiva. Por conta disso, a indicação é que o aconselhamento genético, além de abordar as estratégias de redução de risco oncológico, também discuta a importância do planejamento familiar e realização do Teste Genético Pré-Implantacional para Doenças Monogênicas (PGT-M), que permite selecionar embriões que não apresentem uma variante patogênica associada a maior risco ao câncer. Além disso, há também evidências de que a mutação em BRCA também aumenta o risco de o bebê nascer com aneuploidia, condição causada por alteração nos cromossomos. Por conta disso, pode ser válida também a realização de Teste Genético Pré-implantacional para Aneuploidias (PGT-A), a critério do especialista.

“A população jovem que é portadora de mutação no gene BRCA deve ter acesso ao aconselhamento precoce sobre fertilidade, incluindo a orientação sobre a possibilidade de criopreservar oócitos antes da ocorrência de câncer de mama e a explicação sobre o papel do teste genético no contexto do planejamento familiar”, acrescenta Taccyanna. Ainda segundo a especialista, a depender do resultado, a orientação é que as portadoras desses erros genéticos, caso queiram ser mães, não adiem muito seus planos de gravidez”, conclui.

A avaliação de reserva ovariana pode ser feita por qualquer mulher que deseja ter filhos e possui receio em relação à sua fertilidade.  Porém, algumas situações indicam uma maior necessidade de realização dos exames:

- Mulheres com mais de 35 anos que não engravidaram depois de 6 meses de tentativas;


- Pacientes que passarão por tratamento de Reprodução Assistida;


- Mulheres que querem postergar a maternidade realizando o congelamento de óvulos;


- Pacientes que farão alguma cirurgia de endometriose; 


- Mulheres que passarão por tratamento de quimioterapia ou radioterapia; 


- Pacientes que serão submetidas à cirurgia de retirada de cistos nos ovários.

Embora seja possível engravidar de forma natural com uma baixa reserva ovariana, às vezes é necessário recorrer a tratamentos como:

- Estimulação ovariana: administração de um medicamento hormonal para estimular os ovários a recrutar mais folículos para obter os óvulos. Um processo que deve ser acompanhado pelo médico para evitar o risco de síndrome de hiperestímulo ovariano e gravidez múltipla.

- Administração de gonadotrofinas com injeções subcutâneas: Utiliza-se durante tratamentos de Fertilização in Vitro (FIV) para estimular a produção de vários óvulos que posteriormente serão aspirados para fertilização em laboratório.

- Doação de óvulos: em situações mais severas, onde não é possível conseguir óvulos, a doação de óvulos é a solução para engravidar a partir da fecundação de óvulos doados, que são transferidos ao útero da futura mãe que fará a gestação.

As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 são 20 vezes mais comuns em casos de câncer de mama e/ou ovário diagnosticados antes dos 40 anos.

A Igenomix conta com painéis genéticos em seu portfólio que podem auxiliar na detecção de variantes em genes associados com estes cânceres, incluindo os genes BRCA1 e BRCA2.  Para pacientes que desejam evitar a passagem da uma mutação patogênica a seus descendentes, é possível contar com o PGT-M também. A Igenomix é o laboratório da América Latina que analisou a maior quantidade de casos de PGT-M para condições que aumentam o risco de câncer, quando já se tinha o histórico da mutação na família.

 

Igenomix

 

Referências bibliográficas

Gasparri ML, Di Micco R, Zuber V, Taghavi K, Bianchini G, Bellaminutti S, Meani F, Graffeo R, Candiani M, Mueller MD, Papadia A, Gentilini OD. Ovarian reserve of women with and without BRCA pathogenic variants: A systematic review and meta-analysis. Breast. 2021 Dec;60:155-162. doi: 10.1016/j.breast.2021.09.006. 

Dias Nunes J, Demeestere I, Devos M. BRCA Mutations and Fertility Preservation. Int J Mol Sci. 2023 Dec 22;25(1):204. doi: 10.3390/ijms25010204.

Igenomix. https://www.igenomix.com.br/genetic-solutions/oncodona-clinics/. Disponível em 07Abril2024.

Igenomix. https://nace.igenomix.com.br/blog/baixa-reserva-ovariana-solucoes-para-engravidar/. Disponível em 07Abril2024.


Como se manter hidratado mesmo não gostando de tomar água

 Nutricionista da dica de como se manter hidratado nesse verão mesmo não gostando de tomar água

 

A hidratação é fundamental para a saúde e o bem-estar, especialmente no verão, quando as temperaturas estão mais elevadas e o risco de desidratação é maior. De acordo com uma pesquisa realizada em 2022 pela Euromonitor International, o Brasil é o quarto maior mercado de água engarrafada do mundo, com um consumo per capita de 62 litros por ano. O estudo aponta que os brasileiros estão cada vez mais conscientes da importância da hidratação para a saúde, e buscam opções de água que ofereçam benefícios adicionais, como sabor, funcionalidade e sustentabilidade. 

A pesquisa também revela que a pandemia de Covid-19 impactou o consumo de água engarrafada, levando a uma queda de 9% nas vendas em 2020, mas que a recuperação ocorreu em 2021, com um crescimento de 5%. Para evitar problemas, a nutricionista Caroline Medeiros, responsável técnica do ambulatório de nutrição da policlínica universitária do UNASP, recomenda beber a quantidade de água ideal para o peso corporal, que pode ser calculada multiplicando o peso por 35 ml. Ela também sugere ter uma garrafa de água sempre por perto, e variar o sabor da água com frutas, legumes, ervas e especiarias. 

Apesar da importância e do aumento no consumo, muitas pessoas não gostam de beber água ou se esquecem de fazê-lo ao longo do dia. “Algumas pessoas não apreciam o gosto da água, e acabam não bebendo o suficiente. Uma forma de tornar o líquido mais atrativo é aromatizá-lo de forma natural, adicionando, por exemplo, um pedaço de fruta como limão, laranja, lima, maçã, legumes como pepino, especiarias como canela e ervas aromáticas como hortelã. Isso dá um toque de sabor e ainda fornece vitaminas e antioxidantes para o corpo”, explica a especialista. 

Adquirir o hábito de beber água todos os dias e na quantidade ideal contribui para a melhoria da qualidade de vida e prevenção de complicações e futuras doenças. “Nada substitui a água, e que se você possui alguma patologia como diabetes e hipertensão, deve procurar um especialista para te orientar. O importante é manter o equilíbrio e a qualidade da hidratação, e não apenas a quantidade. A água é essencial para a vida, e devemos valorizá-la e consumi-la com consciência e responsabilidade”, conclui Caroline. 

Confira as dicas da nutricionista para se manter hidratado:

  • Aromatizar a água de forma natural:
  • Utilizar a água com gás;
  • Consumir alimentos ricos em água, como frutas e verduras;
  • Consumir chás, desde que sem açúcar;
  • Aumentar o consumo de água de coco;
  • Vitamina de frutas com água ou leite;
  • Sucos naturais sem açúcar.


Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP
Para mais informações, acesse aqui.


A força da longevidade: a importância de manter a vitalidade dos músculos durante o processo de envelhecimento

 

Freepik

Conheça as quatro estratégias para construir e preservar a força muscular


A população mundial está envelhecendo rapidamente, com previsões de um número cada vez maior de pessoas vivendo além dos 85 anos. Adaptações fisiológicas relacionadas à idade predispõem a diminuições na função física e na capacidade funcional, cuja taxa pode ser acelerada por doenças crônicas e a inatividade física prolongada. 

A redução da função física agrava o risco de doenças crônicas, a incapacidade, a dependência e a fragilidade com o avançar da idade. O exercício regular influencia positivamente o estado de saúde, a função física e o risco de doenças em adultos de todas as idades. 

“Na jornada inevitável do envelhecimento, onde cada passo nos leva adiante no tempo, a manutenção da força muscular emerge não apenas como um pilar de saúde, mas como uma estratégia fundamental para garantir uma longevidade plena e ativa; este texto se propõe a desvendar por que a força muscular é um componente tão crucial neste processo, transcendendo a mera prática de exercícios para se estabelecer como um alicerce essencial na construção de um envelhecimento saudável e resiliente”, comenta Eduardo Netto, diretor técnico da Bodytech Company.

Com o envelhecimento, enfrentamos mudanças corporais, incluindo a perda muscular ou sarcopenia, que impactam nosso bem-estar. Manter a força muscular é crucial não só para a independência e para mobilidade na maturidade, mas também para a saúde de uma forma geral.

Com o avanço da idade, a redução na produção de hormônios anabólicos, a diminuição da capacidade regenerativa dos tecidos e mudanças no estilo de vida contribuem para a perda de massa muscular. A sarcopenia pode levar a um círculo vicioso de diminuição da atividade física, aumento da fragilidade e maior risco de quedas e lesões, impactando significativamente a qualidade de vida dos idosos.


A importância da força muscular

A manutenção da força muscular no envelhecimento está intrinsecamente ligada à autonomia e a capacidade de realizar tarefas do dia a dia, como subir escadas, carregar as compras e até mesmo manter uma postura adequada. Além disso, músculos fortes contribuem para um metabolismo mais ativo, ajudando na regulação do peso e na prevenção de doenças crônicas, como diabetes tipo 2 e doenças cardíacas.

O treinamento de força é crucial para manter a capacidade física, especialmente em idosos, sejam eles frágeis ou não. A modalidade tem se mostrado eficaz, ao longo de mais de vinte anos de pesquisa, em reverter a perda de massa muscular, força e potência que normalmente acompanha o envelhecimento. 

“Surpreendentemente, até mesmo os mais idosos e frágeis, podem ver melhorias significativas na força e potência muscular em apenas algumas semanas ou meses de prática de exercícios de resistência”, enfatiza Netto.

Quando o exercício de força é integrado em um programa de exercícios multimodal, ou seja, abrangendo várias modalidades, efeitos favoráveis também são observados em outros aspectos da função física, como aptidão cardiorrespiratória (CRF), equilíbrio e na marcha. 

Apesar do treinamento de resistência ser bem tolerado na maioria das populações, apenas 14,6% dos adultos de 75 a 84 anos e 10,4% dos maiores de 85 anos participam regularmente de atividades de fortalecimento musculoesquelético em seu tempo livre.

Apesar das crescentes evidências dos efeitos positivos do treinamento de exercícios aeróbicos e de força na aptidão física e funcional dos mais idosos, os tipos e a dosagem de atividade física ou exercícios necessários para melhorar ou preservar esses resultados ainda são desconhecidos e exigem mais estudos científicos. 


Estratégias para manter e construir força muscular:

  1. Exercícios de contra resistência: treinamento com pesos (musculação), tiras   de resistência e exercícios com peso corporal que desafiam a força muscular são essenciais.
  2. Nutrição adequada: manter uma dieta balanceada, rica em nutrientes, pode ajudar a retardar a perda de massa muscular associada ao envelhecimento e contribuir para a manutenção da força e da funcionalidade musculares.
  3. Estilo de vida ativo: incorporar atividades físicas no cotidiano, como caminhadas e atividades recreativas, podem ajudar a manter a musculatura ativa.
  4. Equipe multidisciplinar: através de consultas regulares e acompanhamento com profissionais de saúde, proporciona os ajustes nos parâmetros de saúde, rotina de exercícios e dieta conforme sua necessidade individual.

E mais: não é possível identificar um único tipo ou forma de exercício que traga todos os benefícios para a saúde. Por isso, é importante escolher atividades que se encaixem melhor no seu estilo de vida e na sua rotina diária.

“Envelhecer com força muscular não é apenas uma questão de prolongar a vida, mas sim, de enriquecer a qualidade dos anos vividos. Adotar medidas para manter e melhorar a força muscular é um investimento na independência, na saúde e no bem-estar na terceira idade”, finaliza o profissional de Educação Física.

 

Manchas na visão podem indicar doenças graves – Saiba como identificar

Especialista do Hospital CEMA explica quais enfermidades têm como sintoma o aparecimento de manchas no campo visual e alerta que algumas delas podem provocar até cegueira 

 

Deveria ser mais comum, mas o fato é que são poucas as pessoas que procuram um oftalmologista para fazer um check-up ocular. No entanto, problemas de visão são recorrentes e alguns podem ser graves. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 285 milhões de pessoas têm algum problema visual, e grande parte desses casos têm tratamento e poderia ser evitado. Por isso que é essencial ficar de olho em alguns sintomas que podem indicar enfermidades: é o caso das manchas que aparecem na visão. “Existem diversos tipos de manchas ou alterações visuais que as pessoas podem experimentar, cada uma indicando diferentes condições ou problemas oculares. Entre elas, as piores são relacionadas ao descolamento de retina ou retinopatia diabética, pois dependendo do nível, não há retorno visual”, explica o oftalmologista do Hospital CEMA, Bruno Manni. 

Abaixo, o especialista lista quais são as manchas mais comuns e o que cada uma delas pode significar.

 

Moscas Volantes

O que são: moscas volantes são pequenas manchas, pontos, fios ou teias que parecem flutuar no campo de visão. Essas manchas podem aparecer como sombras cinzentas ou translúcidas, que se movem lentamente na frente dos olhos, especialmente ao olhar para um fundo claro, como o céu azul ou uma parede branca. 

Elas aparecem quando há pequenos pedaços de detritos dentro do vítreo, um gel transparente que preenche o interior do olho. O médico explica que, à medida em que as pessoas envelhecem, o vítreo pode começar a se liquefazer ou encolher e pedaços de gel podem se aglomerar. Quando a luz passa através desses aglomerados, eles projetam sombras na retina, o que cria essa percepção de “moscas volantes”. 

Quando aparecem: além do envelhecimento natural, a miopia, cirurgia de catarata, descolamento do vítreo posterior (DVP) e trauma ocular são causas de moscas volantes. 

 

Manchas pretas

O que são: pontos escuros no campo de visão, essas manchas pretas podem ocorrem quando há alterações na visão relacionadas a alguma condição sistêmica. 

Quando aparecem: diabetes descontrolado, enxaquecas oftalmológicas ou hipertensão podem estar por trás desse sintoma. 

 

Drusas

O que são: drusas são depósitos amarelados que se formam sob a retina, na área conhecida como mácula, que é responsável pela visão central e detalhada. Elas podem variar de tamanho: enquanto algumas são pequenas e não afetam a visão, outras são maiores, mais numerosas e podem levar a alterações visuais. 

Quando aparecem: Elas são comumente associadas ao envelhecimento, mas fatores genéticos, ambientais e estilo de vida, como tabagismo, podem contribuir para sua formação. As drusas são consideradas um dos primeiros sinais de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma das principais causas de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos. A presença de drusas aumenta o risco de desenvolvimento de formas avançadas de DMRI. 

 

Flashes luminosos

O que são: flashes luminosos são percepções de luzes piscando ou faíscas na visão que ocorrem sem uma fonte de luz externa real. Elas, geralmente, aparecem como linhas ziguezagueantes, relâmpagos ou estrelas piscando, podendo ser observados em um ou ambos os olhos. 

Quando aparecem: casos de descolamento de vítreo, de retina, enxaqueca ou trauma ocular podem provocar flashes luminosos. 

É importante ressaltar que qualquer aparecimento de manchas no campo de visão deve ser investigado por um oftalmologista. Na maioria dos casos, o rápido diagnóstico pode fazer toda a diferença para proteger a saúde dos olhos.

 

Hospital CEMA


Dia Mundial da Voz: Cantoras revelam segredos para cuidar dos vocais e fonoaudióloga comenta melhores estratégias

Sonja (Crédito: Julia Assis) - Mari Henrique (Crédito: Leandro Oliveira)

 

No blues, Sonja aposta nos chás. No pagode, Mari Henrique opta pela nebulização. A profissional Carla Fonseca Moraes Tonelini dá dicas para ter a voz sempre em dia e destaca a importância do acompanhamento profissional 

 

Em 16 de abril é celebrado o Dia Mundial da Voz, instrumento musical natural e uma das principais formas de comunicação. Apesar de tão usada, poucas pessoas se preocupam com a saúde vocal, mesmo que diversos estudos apontem a importância do cuidado. A fonoaudióloga Carla Fonseca Moraes Toneli, Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana pela Escola Paulista de Medicina (Unifesp), destaca inclusive que houve um aumento da incidência de distúrbios relacionados a hábitos inadequados e sobrecarga vocal e dá dicas para reconhecer quando é hora de procurar ajuda profissional. 

Tendo a voz como principal instrumento, Mari Henrique e Sonja não entram na estatística de quem não se cuida. Desde hábitos cotidianos aos cuidados mais intensos prestes a subir no palco, as cantoras revelam seus segredos para manter a saúde. 

 

Rituais pré e pós-show 

Mari Henrique vem se destacando como a nova voz feminina do pagode e para se manter em dia, a dona do single “5 Segundos” aposta em uma rotina intensa pré e pós show. "Antes de subir ao palco, é fundamental preparar as cordas vocais com exercícios de respiração e nebulização", afirma a cantora.  

Já após a performance, “continuo a hidratação e realizo exercícios de desaquecimento. Além disso, faço massagem no pescoço no local onde consigo sentir minha laringe para relaxar as cordas vocais", completa. 

Sonja, por sua vez, parte da nova geração do blues, conhecida justamente por seus vocais potentes, faz aquecimentos da voz e das musculaturas da face antes de cantar, e inclusive já compartilhou um pouco de sua preparação nas redes.

 

Rotinas diárias e acompanhamento profissional 

Sonja, dona do álbum “Rainha de Copas”, opta pelo consumo diário de chás, tanto para manter as vias aéreas desobstruídas quanto para ter a hidratação. As duas cantoras também destacam que evitam beber líquidos muito gelados, mas principalmente, que sempre contam com o auxílio profissional. 

A fonoaudióloga Carla Fonseca Moraes Tonelini reforça: "Além de manter a hidratação adequada, é fundamental realizar uma série de práticas para proteger e fortalecer as cordas vocais", explica. Também destaca que o acompanhamento profissional é crucial. 

"Um fonoaudiólogo pode fornecer treinamentos específicos, orientações sobre técnicas de aquecimento e desaquecimento, e ainda indicar o uso adequado de monitores in ear para evitar esforços vocais excessivos", acrescenta.

 

Dicas de profissional 

Para quem quer começar a cuidar do seu principal instrumento de comunicação, a fonoaudióloga dá algumas dicas: 

·         Exercícios de Respiração: Práticas regulares de respiração profunda ajudam a fortalecer os músculos respiratórios, promovendo uma melhor sustentação vocal; 

·         Alimentação Consciente: Evitar alimentos que possam causar irritação ou inflamação nas cordas vocais, como alimentos muito condimentados ou cafeinados, é crucial para manter a saúde vocal. 

·         Reconheça os sinais de alerta: Carla enfatiza a importância de reconhecer os sinais como rouquidão persistente ou dor ao falar, e procurar assistência médica quando necessário. "É essencial que qualquer alteração na voz seja avaliada por um médico otorrinolaringologista", ressalta.



Sonja
https://www.sonja.com.br/
https://www.instagram.com/sonjamusica/


Mari Henrique
https://instagram.com/marihenriqueoficial
Mari Henrique | Spotify


Soroterapia é um risco a saúde? Veja para o que serve cientificamente, como não ser enganado e evitar riscos

 

A soroterapia, conhecida também como terapia injetável, vem ganhando destaque como um método promissor para a administração de nutrientes, medicamentos e outras substâncias diretamente na corrente sanguínea. Promete eficácia em tratar uma gama de condições de saúde, desde a melhoria do bem-estar geral até o tratamento de doenças específicas. Contudo, com a crescente popularidade, surgem preocupações importantes sobre os riscos associados e as práticas inadequadas no seu oferecimento.
 

Benefícios clínicos das terapias injetáveis

A médica, Dra. Renata Domingues de Nóbrega, explica que a terapia injetável promete uma série de benefícios clínicos. A aplicação científica da terapia injetável foca em necessidades médicas concretas, especialmente em pacientes que enfrentam desafios significativos na absorção de nutrientes devido a condições particulares de saúde. Isso baseia-se na eficiência da via de administração, que permite uma absorção mais rápida e completa dos nutrientes e medicamentos, comparada à oral.
 

Pós-bariátrico e obesidade

Pacientes que passaram por cirurgia bariátrica, ou que enfrentam obesidade severa, muitas vezes sofrem de desequilíbrios intestinais como a disbiose, que pode comprometer a absorção de nutrientes essenciais. A terapia injetável serve como um método para contornar essas dificuldades, fornecendo vitaminas, minerais e outros nutrientes diretamente na corrente sanguínea, facilitando assim a nutrição adequada.
 

Doenças disabsortivas e inflamatórias intestinais

Indivíduos diagnosticados com doenças que afetam a capacidade do intestino de absorver nutrientes, como doenças inflamatórias intestinais (Doença de Crohn e Colite Ulcerativa), podem se beneficiar significativamente da terapia injetável. Esta abordagem permite que os pacientes recebam os nutrientes necessários para manter sua saúde, minimizando os efeitos adversos da má absorção.
 

Sarcopenia

A sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de massa muscular e força, é uma condição que pode afetar adversamente a qualidade de vida. A soroterapia com aminoácidos pode ser uma indicação pertinente para ajudar a diminuir esses efeitos, oferecendo suporte ao metabolismo muscular e promovendo a manutenção ou recuperação da massa muscular.
 

Oncologia

Pacientes oncológicos, seja durante ou após o tratamento com quimioterapia ou radioterapia, enfrentam desafios nutricionais significativos. As terapias injetáveis podem desempenhar um papel vital na manutenção da nutrição desses pacientes, ajudando a fortalecer o sistema imunológico, a promover a recuperação e a melhorar a qualidade de vida durante este período desafiador.
 

Riscos Associados

Apesar dos benefícios, as terapias injetáveis não estão isentas de riscos. Complicações potenciais incluem infecções, reações alérgicas, e efeitos adversos relacionados à overdose de nutrientes ou interações medicamentosas prejudiciais. A qualidade e a procedência dos produtos utilizados, bem como a competência dos profissionais que realizam o procedimento, são fatores críticos que podem aumentar ou diminuir esses riscos. Por isso, a importância dos exames médicos, procedimentos e cuidados profissionais. 

Cada organismo é único, e o que beneficia um indivíduo pode ser prejudicial a outro. Portanto, a avaliação médica prévia, incluindo exames específicos, é indispensável para determinar a adequação da terapia injetável para o paciente. Esses exames ajudam a identificar possíveis contraindicações e a personalizar o tratamento, minimizando os riscos e maximizando os benefícios. 

“A terapia deve ser executada exclusivamente em clínicas especializadas, sob a supervisão de profissionais de saúde qualificados. Isso inclui a avaliação médica inicial, a escolha dos nutrientes e medicamentos específicos para cada caso, e o monitoramento durante a administração. Profissionais devem possuir registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) e Registro de Qualificação de Especialista (RQE) quando aplicável.”. Destaca a Dra. Renata. 

Recentemente, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) emitiu um alerta sobre a prática da terapia injetável. Após fiscalizações, foram encontradas clínicas oferecendo tratamentos sem embasamento científico adequado, além de condições inadequadas de armazenamento dos produtos. Isso ressalta a necessidade de vigilância e regulamentação mais estritas para proteger os pacientes.

“A terapia injetável pode oferecer benefícios significativos para pacientes selecionados. Contudo, é imperativo que o tratamento seja baseado em uma avaliação médica rigorosa, realizada por profissionais qualificados e em ambientes devidamente equipados e regulados. Pacientes e profissionais devem estar cientes de que, enquanto o tratamento possui potencial terapêutico, não é uma solução milagrosa e deve ser abordada com cautela e responsabilidade. A promessa de benefícios clínicos deve ser equilibrada com a compreensão dos riscos e das limitações do tratamento, garantindo a segurança e o bem-estar do paciente acima de tudo.” Finaliza a Dra. Renata Domingues de Nóbrega.

Dra. Renata Domingues de Nóbrega - CRM 139.421 - Médica especializada em Nutrologia
Instagram: drarenata_domingues

Conheça os 4 tipos de câncer mais comuns no Brasil e como prevenir

Freepink
Tumores são a segunda maior causa de morte no país e diagnosticar a doença com antecipação, pode salvar vidas.


Segundo dados recentes do Instituto Nacional de Câncer (INCA), os tumores representam a segunda maior causa de mortalidade no Brasil. Entre os tipos mais comuns, destaca-se o câncer de pele não melanoma, de mama, de próstata e o colorretal. Estima-se que o país deva registrar cerca de 704 mil novos casos de câncer a cada ano do triênio 2023-2025. Sendo as regiões Sul e Sudeste do Brasil as mais afetadas, concentrando a média de 70% dessas ocorrências. 

O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento desordenado e potencialmente agressivo das células, sendo uma das principais causas de morte no mundo. Segundo Thiago Levy, head de produto bem-estar da MAG Seguros, “O impacto do câncer no ser humano é significativo, afetando não apenas a saúde física, mas também a qualidade de vida e a longevidade financeira. Os tratamentos muitas vezes invasivos, como cirurgias, quimioterapia e radioterapia, podem comprometer a saúde e o bem-estar do paciente. A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e preservar a qualidade de vida do indivíduo, comenta. 

Para mitigar os riscos de desenvolver a doença, é essencial adotar hábitos saudáveis e medidas preventivas. Aqui estão 6 dicas importantes: 

  1. Não fumar: o tabagismo é um dos principais fatores de risco para diversos tipos de doenças, sendo fundamental evitar o consumo de tabaco.
     
  2. Manter uma alimentação saudável: uma dieta rica em alimentos de origem vegetal e pobre em alimentos ultraprocessados pode ajudar a reduzir o risco do desenvolvimento da doença.
     
  3. Manter o peso adequado: o excesso de peso e a obesidade estão associados a um maior risco de desenvolver câncer. Manter um peso saudável é crucial para a prevenção.
     
  4. Praticar atividade física: a prática regular de exercícios físicos não só contribui para a saúde geral, mas também ajuda na prevenção do câncer.
     
  5. Realizar exames preventivos regularmente: consultas médicas periódicas e exames de rastreamento, como mamografia, papanicolau e colonoscopia, são essenciais para detectar precocemente possíveis sinais da doença.
     
  6. A contratação de um seguro de vida para doenças graves: ele oferece uma cobertura específica para casos de diagnóstico de câncer e proporciona um suporte financeiro crucial para lidar com despesas médicas, tratamentos especializados e outras necessidades que possam surgir durante o processo de recuperação.

Diástase afeta 30% das mulheres

 

Deformação estética na barriga é causada por enfraquecimento dos músculos que sustentam o abdômen


A diástase abdominal, rompimento anormal dos músculos retos abdominais, é um quadro que atinge cerca de 30% das mulheres. Ocorre principalmente durante a gravidez, quando há um estiramento natural da musculatura para dar mais espaço ao bebê.

O cirurgião plástico Samir Eberlin, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que essa distensão dos músculos provoca uma espécie de deformação estética do abdômen e o surgimento de uma protuberância vertical. Além do incômodo estético, a diástase também pode causar outros desconfortos, como dores nas costas, dores nas pernas e até dificuldade para andar.

“O músculo reto abdominal trabalha como duas grandes cintas que dão suporte à região anterior do abdômen. Quando estes dois músculos se distanciam, a área entre elas perde a sustentação e a barriga acaba ficando deformada”, explica.

O médico esclarece que há diferentes níveis de diástase e o tratamento depende da gravidade de cada diagnóstico. Quando o afastamento dos músculos é menor que quatro centímetros, por exemplo, o tratamento pode ser feito com fisioterapia e exercício físico. Mas se o estiramento é maior, é comum a indicação de uma cirurgia para unir os dois lados.

A abdominoplastia é o tipo de cirurgia plástica indicada para os casos crônicos de diástase. “Durante o procedimento, os músculos são reaproximados e amarrados. Se houver necessidade, a paciente pode aproveitar a cirurgia para reduzir gordura localizada e eliminar excesso de pele, flacidez e estrias”, comenta o cirurgião plástico.

A gestação é uma das principais causas da diástase, mas outros fatores também podem levar ao problema, como falta de fortalecimento dos músculos abdominais em mulheres acima de 35 anos, aumento brusco de peso, exercício abdominal muito intenso ou levantamento excessivo de peso.

Entre os homens, a situação ocorre, principalmente quando há concentração de gordura em excesso na região abdominal, associado com distensão progressiva, o que provoca deformidade na parede abdominal.


Suplementos vitamínicos trazem benefícios para cognição e memória de público 65+, aponta estudo

Estudo publicado no American Journal of Clinical Nutrition evidencia impacto positivo dos multivitamínicos na memória episódica e cognição global

 

Um hábito diário amplamente adotado entre os brasileiros que buscam preservar sua saúde, sobretudo aqueles com mais de 50 anos, vem chamando atenção de pesquisadores pelo mundo. O consumo de vitaminas vem sendo apontado como um benefício para a função cognitiva, principalmente para os pacientes da terceira idade. Uma nova série de pesquisas realizadas nos Estados Unidos aponta que o uso de suplementos vitamínicos traz benefícios para a memória e a cognição da população acima de 65 anos de idade. O último estudo da série COSMOS, chamado de COSMOS-CLINIC, foi publicada em fevereiro no The American Journal of Clinical Nutrition. Na meta-análise que foi publicada e realizada junto com o COSMOS-Clinic foram avaliados mais de 5 mil pacientes. 

Ao todo, a série de estudos Cosmos avaliou mais de 21 mil pacientes. O ensaio Cocoa Supplement and Multivitamin Outcomes Study (COSMOS) é um estudo randomizado em grande escala que testa os efeitos e benefícios de suplementos multivitamínicos. A pesquisa foi dirigida por pesquisadores do Mass General Brigham e foi conduzida por pesquisadores da Harvard Medical School e da Columbia University

No estudo COSMOS-CLINIC, foram avaliados 573 pacientes presenciais ao longo de dois anos. “O declínio cognitivo está entre as principais preocupações de saúde para a maioria dos idosos, e um suplemento diário de multivitaminas e minerais, como os oferecidos pela família Centrum para o público 50+, tem o potencial de ser uma abordagem atraente e acessível para retardar o envelhecimento cognitivo”, avalia o Dr. Andres Zapata, diretor médico da Haleon para Brasil, Argentina e Chile. 

No estudo COSMOS-CLINIC, os pacientes foram avaliados anualmente com uma bateria de testes neuropsicológicos. Os grupos foram divididos em dois, sendo que o primeiro consumiu suplemento vitamínico Centrum 50+ e o segundo recebeu placebo. Os investigadores observaram um benefício do multivitamínico, em comparação com o placebo, na cognição global ao longo de dois anos. Houve um benefício estatisticamente significativo da suplementação multivitamínica para alteração na memória episódica, mas não na função executiva. 

Na série de estudos COSMOS¹, dois estudos testaram a suplementação multivitamínica na cognição usando avaliações cognitivas por telefone (COSMOS-MIND) e avaliações cognitivas online baseadas na web (COSMOS-Web). “Os resultados comprovam o impacto do multivitamínico Centrum 50+, o suplemento mais consumido nos Estados Unidos, para a memória dos pacientes. A pesquisa aponta que hábitos diários de autocuidado, aliados à informação de qualidade, podem ter uma grande diferença na qualidade de vida e no envelhecimento saudável da população”, reforça Zapata. 

Já em uma análise baseada nos três estudos, COSMOS-MIND, COSMOS-WEB E COSMOS-CLINIC, com variação de 2 a 3 anos, os autores também estimam que o multivitamínico diário retardou o envelhecimento cognitivo global no equivalente a dois anos em comparação com o placebo. O consórcio COSMOS de estudos cognitivos representa uma colaboração entre MGH, BWH, Columbia University e Wake Forest University, utilizando abordagens tradicionais e inovadoras para avaliar resultados cognitivos.


Haleon


Posts mais acessados