Deformação
estética na barriga é causada por enfraquecimento dos músculos que sustentam o
abdômen
A diástase abdominal, rompimento anormal dos
músculos retos abdominais, é um quadro que atinge cerca de 30% das mulheres.
Ocorre principalmente durante a gravidez, quando há um estiramento natural da
musculatura para dar mais espaço ao bebê.
O cirurgião plástico Samir Eberlin, membro titular
da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, explica que essa distensão dos
músculos provoca uma espécie de deformação estética do abdômen e o surgimento
de uma protuberância vertical. Além do incômodo estético, a diástase também
pode causar outros desconfortos, como dores nas costas, dores nas pernas e até
dificuldade para andar.
“O músculo reto abdominal trabalha como duas
grandes cintas que dão suporte à região anterior do abdômen. Quando estes dois
músculos se distanciam, a área entre elas perde a sustentação e a barriga acaba
ficando deformada”, explica.
O médico esclarece que há diferentes níveis de
diástase e o tratamento depende da gravidade de cada diagnóstico. Quando o
afastamento dos músculos é menor que quatro centímetros, por exemplo, o
tratamento pode ser feito com fisioterapia e exercício físico. Mas se o
estiramento é maior, é comum a indicação de uma cirurgia para unir os dois
lados.
A abdominoplastia é o tipo de cirurgia plástica
indicada para os casos crônicos de diástase. “Durante o procedimento, os
músculos são reaproximados e amarrados. Se houver necessidade, a paciente pode
aproveitar a cirurgia para reduzir gordura localizada e eliminar excesso de
pele, flacidez e estrias”, comenta o cirurgião plástico.
A gestação é uma das principais causas da diástase,
mas outros fatores também podem levar ao problema, como falta de fortalecimento
dos músculos abdominais em mulheres acima de 35 anos, aumento brusco de peso,
exercício abdominal muito intenso ou levantamento excessivo de peso.
Entre os homens, a situação ocorre, principalmente
quando há concentração de gordura em excesso na região abdominal, associado com
distensão progressiva, o que provoca deformidade na parede abdominal.
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