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quarta-feira, 10 de abril de 2024

10 fatos sobre a dengue que você precisa saber

Imagem por jcomp Via Freepik

Webinar da Associação Paulista de Medicina trouxe especialistas para debater a doença e a vacinação no Brasil


Em 2024, o Brasil já atingiu o número de mais de 2,7 milhões de possíveis casos de dengue, segundo dados fornecidos pelo Ministério da Saúde por meio do Painel de Monitoramento das Arboviroses. Desses, por enquanto, mais de 1,43 milhão foram confirmados, assim como mais de mil óbitos. Outras mais de 1500 mortes estão em investigação no momento. 

Neste cenário, as vacinas contra a doença são consideradas uma prioridade em saúde pública, mas seu desenvolvimento tem enfrentado desafios por conta da existência de diferentes sorotipos do vírus. Hoje, as primeiras doses da vacina contra a dengue (QDenga) estão sendo administradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos, em 521 municípios brasileiros. 

Nesse contexto, a Associação Paulista de Medicina (APM) promoveu um webinar com o tema “Dengue: Estado Atual e Perspectivas”, no qual os infectologistas Ana Sartori e Carlos Magno discutiram as últimas informações sobre a doença, sua transmissão, dados epidemiológicos e também a vacinação – as opções que estão no mercado atualmente e sendo desenvolvidas, os desafios em seu desenvolvimento e quais seriam as características da vacina ideal para a imunização eficaz contra o vírus.  

Confira a seguir 10 informações apresentadas durante o webinar sobre a dengue que você precisa saber:

 

1) Qual a situação da epidemia de dengue no Brasil?

A grande última epidemia da doença no País aconteceu em 2015, mas houve um crescimento contínuo no número de casos a partir do ano de 2020. Hoje, estamos enfrentando mais uma epidemia de dengue, cujo epicentro é a região Sudeste, conforme explicou Carlos Magno, diretor e professor Titular da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP), além de presidente da Sociedade Paulista de Infectologia, no webinar da APM. O especialista afirmou que, de acordo com estudos, “em São Paulo, a dengue se prolifera a partir da Zona Norte, por Guarulhos, e pela Zona Oeste, a partir de Osasco, sufocando a cidade em uma progressão contígua”.

 

2) Como é feito o diagnóstico e tratamento dos pacientes com dengue?

Não há necessidade de exames específicos para o tratamento da doença, já que o diagnóstico clínico é baseado nas manifestações apresentadas. No entanto, também existem técnicas laboratoriais para identificação do vírus (até o 5° dia de início da doença) e pesquisa de anticorpos (a partir do 6° dia de início da doença). 

Os quadros de dengue são divididos em escalas que vão de A a D, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), sendo A os casos menos graves e sem sinais de alerta e D os casos de pacientes mais graves que precisam de internação e podem correr risco de morte. O diagnóstico é feito por profissionais da Saúde. Entenda quais são os procedimentos para cada caso da doença, de acordo com sua gravidade:

·         Dengue tipo A Os sintomas são leves, portanto, o paciente pode permanecer se recuperando em casa;

·         Dengue tipo B O paciente deve receber hidratação com o auxílio do profissional de Saúde que, por sua vez, deve checar o hemograma do paciente. A partir dos resultados do exame, é verificada a possibilidade de o paciente receber alta;

·         Dengue tipo C O paciente necessita de internação hospitalar;

·         Dengue tipo D Casos graves, em choque, que precisam de acompanhamento na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

 

Carlos Magno aponta que frequentemente pacientes que apresentam casos tipo C, que precisam de internação e cuidados especiais, são confundidos com casos do tipo B e mandados para casa. É o que os especialistas chamam de “perda de oportunidade” – um diagnóstico errado que pode levar à piora do caso e, eventualmente, pode até mesmo evoluir para óbito. De acordo com um levantamento realizado em 2015 no município de São Paulo, de 23 mortes por dengue, houve claramente perda de oportunidade de identificar e tratar a doença da forma correta em 10 desses casos.

O tratamento é baseado principalmente na hidratação. Em casa, é recomendado que o paciente siga algumas orientações: 

·         Repouso;

  • Ingestão de líquidos;
  • Não se automedicar e procurar imediatamente o serviço de urgência em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alarme;
  • Retorno para reavaliação clínica conforme orientação médica.

 

3) Quais são os perfis de pessoas que se enquadram nos chamados grupos de risco?

Os grupos de risco, que necessitam de mais atenção em relação à doença, são compostos por:

·         Idosos;

·         Pessoas com insuficiência cardíaca ou renal;

·         Pessoas com distúrbios de coagulação;

·         Gestantes e lactantes;

·         Crianças de até 2 anos de idade.

 

Pessoas com comorbidades e portadores de doenças crônicas, como hipertensão cardíaca e diabetes também podem contrair casos mais graves da doença.

 

4) Quais são as pessoas que correm mais risco de morte se pegarem dengue?

Além dos grupos de risco, indivíduos que pegam dengue pela segunda vez (de um subtipo viral diferente da primeira infecção) correm mais risco de terem casos graves da doença, que podem evoluir a óbito.

 

Pesquisas mostram que os países da América Latina que tiveram mais epidemias de dengue são os que têm mais riscos de casos graves e mortes. Isso porque, como já aconteceram em outras epidemias, o risco de reinfecção da população é maior. Além disso, um mapeamento apontou que mais mortes por dengue foram registradas em homens, idosos e pessoas com comorbidades. Populações em situação de pobreza e vulnerabilidade social, com dificuldade de acesso ao sistema de saúde e de saneamento básico, também são mais suscetíveis a óbito.


 

5) Por que os casos de reinfecção representam mais riscos ao paciente com dengue?

Existem quatro sorotipos virais e, quando uma pessoa adquire infecção por um deles, cria imunidade pela vida toda apenas contra aquele sorotipo específico. No entanto, caso contraia os demais tipos do vírus em uma segunda infecção, o paciente corre o risco de desenvolver um quadro mais grave da doença.

 

Isso acontece porque, após a primeira infecção, o sistema imunológico reage normalmente, criando anticorpos para lutar contra os invasores. O problema é que esses anticorpos podem não proteger quando confrontados mais tarde com algum dos outros três sorotipos da dengue, ou mesmo com um subtipo diferente do mesmo sorotipo.

 

Na segunda infecção, o anticorpo reconhece o novo tipo de vírus, mas não é capaz de eliminá-lo do organismo. E então, em vez de neutralizar os vírus, os anticorpos se ligam a eles de uma maneira que os ajudam a invadir outras células do sistema imunológico e se espalharem, aumentando a carga viral e levando à exacerbação da resposta inflamatória. Essa é a chamada teoria da amplificação dependente de anticorpos (ADE - do inglês “antibody dependent enhancement”). Com a intensificação da infecção, o caso do paciente pode piorar para formas graves da doença, caracterizadas por casos de febre hemorrágica ou a Síndrome do Choque da Dengue (SCD).

 

6) Quais as características da vacina ideal contra a dengue?

De acordo com Ana Marli Sartori, médica infectologista e professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a vacina ideal contra a dengue deve: 

·         Ser segura, ou seja, ter boa tolerância e baixa reatogenicidade (capacidade de uma vacina gerar reação adversa no organismo);

·         Apresentar resposta efetiva e balanceada para os quatro sorotipos;

·         Apresentar proteção semelhante à conferida pela infecção por cada um dos quatro vírus selvagens;

·         Proteção de longa duração;

·         Não deve induzir o fenômeno de ADE: proteção incompleta contra os 4 sorotipos pode predispor vacinados a apresentarem um quadro de dengue grave, caso aconteça uma reinfecção;

·         Não deve interferir com outras vacinas, em especial de outros flavivírus, como o da febre amarela;

·         Ter o menor número possível de doses;

·         Ter um preço acessível.

 

7) O que é mais eficaz: controle do vetor ou imunização pela vacina?

De acordo com o Manual de Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, produzido pelo Ministério da Saúde, o controle vetorial é o método mais eficiente para a contenção da doença, porém, tem se mostrado uma tarefa complexa, uma vez que depende de diversos fatores externos. Irregularidade no abastecimento de água, destinação imprópria de resíduos, condições inadequadas de habitação e até mesmo as mudanças climáticas são determinantes na dispersão da doença e do Aedes, o mosquito vetor.

 

Carlos Magno aponta para a falta de políticas públicas eficientes para sanar tais problemáticas e consequentemente facilitar o controle da doença, evitando inclusive o surgimento de novas epidemias. Para ele, o cenário ideal envolve a ação conjunta, isto é, realizar o controle de vetores de maneira efetiva, por meio de iniciativas coletivas e individuais com objetivo de eliminar criadouros do mosquito, e também realizar a imunização da população.


 

8) Qual o melhor repelente contra o mosquito da dengue?

Uma revisão sistemática feita por pesquisadores da USP e da UNESP avaliou os repelentes que estão sendo comercializados no Brasil e mostrou que os à base de DEET repeliram 99% dos vetores, enquanto a Icaridina, 93%. Ambos se mostraram mais eficazes que os produtos com IR3535 e também com citronela.

 

9) O que fazer em caso de suspeita de dengue?

Ao apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e ter pelo menos dois dos seguintes sintomas — dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – o paciente deve procurar imediatamente um serviço de saúde.

 

É necessário prestar atenção também após a febre passar. Entre o 3º e 7º dia do início da doença, a febre pode diminuir, mas sinais de alarme podem se manifestar, marcando o início da piora do quadro. Esses sinais indicam que pode estar havendo uma hemorragia e/ou extravasamento de plasma dos vasos sanguíneos. 

 

De acordo com o Ministério da Saúde, “a dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada”. Passada a fase crítica da dengue, o paciente entra na fase de recuperação. É necessário acompanhamento médico para garantir o manejo correto da doença.


 

10) Onde obter as informações mais atualizadas sobre os casos de dengue no Brasil?

Para acompanhar em tempo real a situação da Dengue no país, incluindo o número de casos confirmados, óbitos e casos em investigação, basta acessar o Painel de Monitoramento das Arboviroses, disponibilizado no site oficial do Ministério da Saúde.

 

 



Webinar APM

Tema: “Dengue: Estado Atual e Perspectivas”

Convidados:

· Ana Sartori, médica infectologista, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e médica assistente do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais do Hospital das Clínicas da FMUSP.

· Carlos Magno, diretor e professor Titular da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB/UNESP), além de presidente da Sociedade Paulista de Infectologia.

Apresentação: Antonio José Gonçalves, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM)

Moderação:

· Paulo Pêgo, diretor Científico da APM

· Marianne Yumi Nakai – diretora Científica adjunta da APM


Assista pelo link: https://www.youtube.com/live/GkiR6JNaUP0?si=VSVzAxHPIFSfR91r


Confira também os demais episódios em: https://www.youtube.com/playlist?list=PLcS6sflwRh3vNiuLT0G8RDA_9fH5jUStw


APM - Associação Paulista de Medicina - Promove diversas atividades de educação médica continuada, como eventos científicos e o Instituto de Ensino Superior da APM (IESAPM), e oferece serviços e benefícios aos associados e sociedade, incluindo o Residencial APM e o Hotel Fazenda APM. Saiba mais no site: www.apm.org.br.


Adenomiose ou endometriose? Saiba identificar os sintomas corretamente


As duas patologias são frequentemente confundidas, mas possuem algumas diferenças cruciais 
 

O que pouca gente sabe é que, em alguns casos, a adenomiose e a endometriose podem ocorrer juntas. Quando isso acontece, o tratamento pode ser ainda mais desafiador do que já é separadamente. No entanto, algumas diferenças entre as duas ajudam a distingui-las. 

Adenomiose e endometriose são duas condições que afetam a saúde das mulheres. É comum que elas sejam confundidas, pois os sintomas podem ser semelhantes. Ambas envolvem o crescimento do tecido endometrial fora de sua localização habitual no útero e podem causar sangramento menstrual intenso, cólicas severas, dor pélvica e durante o sexo. Além disso, as duas podem ser difíceis de diagnosticar porque os sintomas muitas vezes se assemelham a outras condições ginecológicas. 

O médico Patrick Bellelis, colaborador do setor de endometriose do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, explica que a principal diferença é a localização do crescimento anormal do tecido que reveste o útero. “A adenomiose é uma infiltração do endométrio, que é a camada interna do útero, no miométrio, a camada muscular do órgão. A endometriose ocorre quando o tecido endometrial cresce fora do útero, como nos ovários, trompas de falópio ou ainda outros locais do corpo, principalmente na região pélvica.”

Segundo ele, algumas características das pessoas diagnosticadas com cada doença também diferem. A principal é que elas tendem a afetar mulheres em diferentes estágios de suas vidas reprodutivas. A adenomiose é mais comum em mulheres com mais de 30 anos, que tiveram filhos, gestações múltiplas ou cirurgias uterinas, enquanto a endometriose pode surgir em diferentes faixas etárias.
 

Embora os sintomas das duas patologias sejam semelhantes, existem algumas diferenças na forma como se manifestam. A adenomiose causa sangramento menstrual mais intenso e prolongado, na maioria das vezes, enquanto a endometriose pode causar mais comumente dor durante o sexo, movimentos intestinais dolorosos e, em alguns casos, infertilidade.

A adenomiose é detectada por meio de exames de imagem, como ultrassom ou ressonância magnética, e uma biópsia do tecido uterino pode ser necessária para confirmar o diagnóstico. Por outro lado, a endometriose pode ser diagnosticada por meio da laparoscopia, um procedimento cirúrgico minimamente invasivo, que permite ao médico visualizar o tecido de fora do útero. 

O uso de contraceptivos pode ser eficaz para controlar os sintomas de ambas as condições, no entanto, a adenomiose pode exigir tratamentos mais severos, como embolização da artéria uterina ou, em casos mais graves, histerectomia. No caso da endometriose, pode ser recomendada cirurgia para remover tecido endometrial.

Bellelis frisa a importância de uma avaliação profissional para um diagnóstico preciso e tratamento mais indicado. “Embora a adenomiose e a endometriose tenham algumas semelhanças em termos de sintomas e causas, existem diferenças importantes, que requerem diagnóstico e tratamento adequados. No caso de qualquer sintoma de uma das condições, é importante consultar um médico para obter uma resposta precisa e discutir as opções de tratamento”,
encerra.



Clínica Bellelis – Ginecologia

Patrick Bellelis - Doutor em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo (USP); graduado em medicina pela Faculdade de Medicina do ABC; especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo); além de ser especialista em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da USP. Possui ampla experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva, atuando principalmente nos seguintes temas: endometriose, mioma, patologias intrauterinas e infertilidade. Faz parte da diretoria da Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva (SBE) desde a sua fundação. Em 2010, tornou-se médico assistente do setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da USP; em 2011, tornou-se professor do curso de especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva — pós-graduação lato sensu, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês; e, desde 2012, é professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica (IRCAD), do Hospital de Câncer de Barretos.


Nova vacina previne complicações respiratórias em idosos

 Imunizante Arexvy, contra o Vírus Sincicial Respiratório, está disponível na rede privada para maiores de 60 anos

 

As pessoas com 60 anos ou mais têm um novo imunizante para proteger a saúde. A vacina Arexvy, aplicada em dose única, previne as complicações do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), uma das principais causas de infecções respiratórias graves, como bronquiolite e pneumonia em idosos. O imunizante é formulado com uma proteína semelhante à encontrada na superfície do vírus, desencadeando a produção de anticorpos para fortalecer a resposta imunológica.

A Arexvy é a primeira vacina licenciada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) contra o VSR, um avanço significativo na medicina preventiva do país. A infectologista Ana Rosa dos Santos, do Sabin Diagnóstico e Saúde, reforça a segurança e eficácia do imunizante: “A vacina foi reconhecida por órgãos reguladores internacionais, incluindo os de Estados Unidos, União Europeia e Japão”, afirma.  

A nova vacina, aplicada em dose única, alcançou uma taxa de eficácia de 82,6% contra doenças do trato respiratório inferior em adultos a partir dos 60 anos, e de 94,1% para evitar quadros graves. Além disso, os efeitos adversos costumam ser leves e comuns aos de outros imunizantes. “Após a aplicação da vacina, é possível observar algumas reações comuns, como dores musculares, dores de cabeça e vermelhidão no local da injeção”, cita a infectologista.

Com incidência mais alta nos meses de outono, inverno e no início da primavera, os sintomas do VSR incluem tosse, congestão nasal, febre, diminuição do apetite e até mesmo chiado no peito. Embora jovens e adultos com menos de 60 anos tenham menor risco de evolução da doença, é importante ter atenção aos cuidados para evitar a propagação do vírus.

Ana Rosa lista medidas preventivas simples, que podem ajudar a reduzir o risco de infecção, como lavar as mãos regularmente, cobrir a boca ao tossir ou espirrar e desinfetar superfícies tocadas com frequência. “Evitar o contato próximo com pessoas doentes e aglomerações em ambientes fechados também são importantes para manter-se seguro”, acrescenta a infectologista do Sabin.  

 

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Como tornar mais eficaz o diagnóstico e a prevenção das hepatites virais

Além da imunização, disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI), a Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial ressalta a importância de atenção ao saneamento básico e à higiene individual

 

As hepatites são um grave problema de saúde pública, por isso é importante estar atento aos fatores socioambientais que provocam a infecção, como a ingestão de água ou alimentos contaminados, em decorrência da ausência de saneamento básico, contato sexual sem proteção e outras formas de contato com sangue ou fluidos corporais infectados. As hepatites mais comuns no Brasil são as do tipo A, B e C. O vírus da hepatite D é mais comum na região Norte e o da hepatite E, o menos encontrado. Dados do Ministério da Saúde indicaram mais de 700 mil casos de diagnósticos positivos da doença de 2000 a 2021. Só por hepatite C, foram mais de 62 mil óbitos no período.

Com a detecção de infecção pelo vírus da hepatite C, é possível iniciar um tratamento rápido e muito eficaz. O coordenador médico do Laboratório Clínico do Hospital Israelita Albert Einstein, João Renato Rebello Pinho, membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica /Medicina Laboratorial (SBPC/ML), explica que o principal problema da infecção é a característica assintomática inicial.

“A ausência dos sintomas e sinais precoces da doença não contribuem para um bom diagnóstico. Reforço a importância da comunidade médica solicitar a sorologia nos exames de rotina e falar sobre a imunização para prevenção das hepatites A e B”, esclarece o médico. A vacinação da hepatite A, dose única, deve ser aplicada aos 15 meses e para hepatite B, ao nascer, mas o esquema vacinal deve ser completado na adolescência e fase adulta, de acordo com a situação vacinal. Todas previstas no Calendário Nacional de Vacinação disponíveis na rede pública
܂Quando o quadro clínico é claro com icterícia ou mesmo em casos assintomáticos, uma análise laboratorial detalhada permite a identificação da forma de hepatite e guiar a melhor abordagem no tratamento", diz.

Hepatites podem ser causadas ainda por outros vírus ou bactérias, ou até mesmo pelo uso excessivo de medicamentos ou ingestão de bebidas alcoólicas. Além disso, a caracterização dos genótipos dos 5 vírus hepatotrópicos convencionais (A, B, C, D, E) neste projeto permitirá conhecer sua dispersão na população brasileira.



Exames:

Hepatite B: Existem diferentes testes para verificar a presença de antígenos e anticorpos relacionados à Hepatite B. Os testes de antígenos incluem o HBsAg e o HBeAg, enquanto os de anticorpos são o Anti-HBc IgM, Anti-HBc IgG, Anti-HBe e Anti-HBs. A combinação desses testes pode confirmar ou descartar a infecção aguda ou crônica pela Hepatite B, bem como infecção ou vacinação prévias. Em alguns casos, a carga viral (biologia molecular) pode ser útil para fornecer informações adicionais ao diagnóstico, mas não é estritamente necessária.
 

Hepatite C: No caso da Hepatite C, o teste sorológico principal é o anti-HCV. Se o resultado for reativo, isso indica que a pessoa teve ou está com a doença. Se o resultado for negativo, significa que a pessoa não tem a infecção. No entanto, para um diagnóstico definitivo após um resultado reativo, a realização da carga viral (teste de biologia molecular) é essencial, ao contrário da hepatite B. Se a carga viral também for positiva, indica que a pessoa está atualmente infectada. Se a carga viral for negativa, sugere que a pessoa teve a infecção no passado, mas não está mais com o vírus no organismo.



SBPC/ML - Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial


O Uso da Toxina Botulinica no Tratamento da Enxaqueca e Dor de Cabeça - Os Avancos da Neurologia

  Conheça o Protocolo PREEMPT que Foi Fundamental Para Estabelecer a Eficácia do Botox Como Uma Opção Terapêutica Para Essa Condição

 

A dor de cabeça e a enxaqueca afetam milhões de pessoas em todo o mundo, impactando negativamente a na qualidade de vida e a produtividade. Para muitos, a busca por um tratamento eficaz parece um quebra-cabeça sem solução.

Mas, uma nova peça ja esta mudando esse cenário: A Toxina Botulínica nos tratamentos de Dores de cabeça,  enxaquecas e outros tratamentos dentro da Neurologia.

Eficácia Comprovada:

Diversos Estudos científicos  já demonstram que a toxina botulínica é eficaz na redução da frequência, intensidade e duração das crises de dores de cabeça e enxaquecas,  reduzindo em até  50% o número de dias e intensidade da dor de cabeça em pacientes com enxaqueca crônica. O protocolo PREEMPT (Phase III Research Evaluating Migraine Prophylaxis Therapy) é um estudo clínico realizado para avaliar a eficácia e a segurança do uso de toxina botulínica (Botox) no tratamento da enxaqueca crônica.

Essa pesquisa consistiu em dois estudos clínicos randomizados, duplo-cegos e controlados por placebo, envolvendo pacientes que sofriam de enxaqueca crônica. O protocolo PREEMPT foi fundamental para estabelecer a eficácia do Botox como uma opção terapêutica para essa condição.



HISTORIAS DE SUCESSO:


Ana, 35 anos, sofria com enxaquecas crônicas há mais de 10 anos.
As crises eram tão fortes que a obrigavam a se afastar do trabalho e das atividades sociais. Depois de tentar diversos tratamentos sem sucesso, Ana decidiu experimentar este metodo , cujos resultados desses estudos mostraram que a aplicação de Botox em pontos específicos da cabeça e pescoço podem reduzir significativamente a frequência e a intensidade das crises de enxaqueca em pacientes que não respondem adequadamente a outros tratamentos.
Após três meses de tratamento, as crises de enxaqueca diminuíram significativamente em frequência e intensidade. Ana finalmente conseguiu retomar sua vida normal.


COMO FUNCIONA:

Dra. Gladys Arnez, Neurologista e especialista em Doenças do Neurodesenvolvimento e no uso de Toxina Botulínica na Neurologia explica que. geralmente, o protocolo PREEMPT envolve a aplicação de múltiplas injeções de Botox em pontos estratégicos da cabeça e do pescoço a cada 12 semanas, com o objetivo de prevenir o surgimento das crises de enxaqueca.

"A Toxina Botulínica é uma ferramenta poderosa no combate à dor de cabeça e à enxaqueca. É um tratamento seguro e eficaz que pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, completa a Dra. Gladys Arnez, que possui grande experiência não só no metodo com uso da Toxina Botolinica para enxaquecas, como para outros tratamentos como a Paralisia Cerebral. 

É importante ressaltar que o uso de Botox para o tratamento da enxaqueca crônica deve ser realizado por profissionais de saúde qualificados e sob prescrição médica, uma vez que o procedimento envolve a aplicação de uma substância neurotóxica- diz a médica.

Por fim, o protocolo PREEMPT foi um marco importante no avanço do tratamento da enxaqueca crônica e no reconhecimento da toxina botulínica como uma opção terapêutica eficaz para essa condição, além do impacto econômico da dor de cabeça e da enxaqueca é significativo, com perdas de produtividade e custos com tratamento, completa Dra. Gladys.



BENEFÍCIOS: 

Enxaqueca Crônica: Redução da frequência e intensidade das crises., ou seja, que têm mais de 15 dias de dor de cabeça por mês. Também pode ser usado para tratar outros tipos de dores de cabeça, como dores de cabeça tensionais e dores de cabeça em salvas.

Dores de Cabeça Tensionais: Alívio da dor e redução da frequência.

Outras dores de cabeça: A toxina botulínica pode ser usada para tratar outros tipos de dores de cabeça, como dores de cabeça cervicogênicas e dores de cabeça em salvas.



QUAIS OS EFEITOS COLATERAIS:

Os riscos da toxina botulínica são geralmente leves e transitórios. Eles podem incluir:

• Dor no local da injeção
• Inchaço
• Rosto vermelho
• Dor de cabeça
• Náusea
• Em casos raros, Reação alérgica

QUEM PODE SE BENEFICIAR DA TOXINA BOTULÍICA?

A Dra, Arnez, explica que a toxina botulínica, conhecida por seus usos estéticos, tem se mostrado uma ferramenta poderosa no combate à dor de cabeça e à enxaqueca. Não é a cura, mas a eficácia é comprovada. - completa a Dra. Gladys Arnez. Adultos de qualquer idade podem se beneficiar do tratamento e crianças, depois de passar por uma avaliação rigorosa com um neurologista ou um neuropsiquiatra.



COMO É REALIZADO O PROCEDIMENTO E EM QUANTO TEMPO É FEITO?

A toxina botulínica atua bloqueando a liberação de neurotransmissores que contribuem para a dor, como a serotonina e a calcitonina gene-related peptide (CGRP). Além disso, a toxina botulínica pode ajudar a relaxar os músculos da face e do pescoço, que também podem estar envolvidos na dor de cabeça.A aplicação é segura e eficaz.

A toxina botulínica é aplicada em pontos específicos da cabeça, ombros e do pescoço. O procedimento é feito em consultório e leva cerca de 30 minutos. A duração dos efeitos do procedimento, é de em media de 3 meses.

A toxina botulínica atua bloqueando a liberação de acetilcolina, relaxando os músculos da face e da cabeça, reduzindo a dor e a frequência das crises.

Obs: Se você sofre com dor de cabeça ou enxaqueca, converse com seu médico sobre a toxina botulínica. Certamente será para você, uma luz no fim do tunel. Uma nova esperança, pois só quem sabe o que é  viver com enxaqueca, sabe da importância de um tratamento inovador feito  por um especialista respeitado. 



Dra. Gladys Arnez - Médica Neurologista infantil, Especialista em doenças do Neurodesenvolvimento e no uso da Toxina Botulínica para Tratamentos Neurológicos. Ela também é Pioneira na abordagem integrada da Paralisia Cerebral. Fundadora e administradora da Clínica Neurocenterkids, um centro de excelência com duas unidades em São Paulo. Descubra mais em: https://clinicaneurocenterkids.com.br
INSTA: @clinica_neurocenterkids


TER PÉS CHATOS PODE SER PROBLEMA?

 

Todo mundo nasce com os pés sem curvatura, os famosos “pés chatos” ou planos. Mas quem permanece com o problema ao longo da vida pode sofrer com dores nos pés, tornozelos e joelhos. Nos casos mais críticos a pessoa pode até ter dificuldades para caminhar. Já parou para analisar como são os seus pés?

 

Pés Normais, Chatos ou Cavos?

Existem 3 tipos de pés: o pé normal tem uma leve curvatura conhecida como arco plantar que amortece o impacto que os pés recebem ao caminhar, correr ou saltar, assim explica Mateus Martinez, diretor de fisioterapia da Pés Sem Dor, empresa renomada na área. 

O pé cavo também tem essa curvatura, mas ela é mais pronunciada. No pé cavo o contato com o chão só ocorre em dois pontos: o calcanhar e a ponta dos pés. Ele também é mas rígido, ou seja, o arco plantar tem menos mobilidade para absorver impacto. 

Por fim, existe o pé chato ou plano. Nele, o arco plantar tem só um pouquinho de curva ou quase nada. Como dizem os profissionais, é um arco “desabado”. O pé chato fica todo apoiado no chão. Não tem amortecimento.  

Segundo pesquisa “Os Pés Brasileiros” realizada pela Pés Sem Dor com 21.423 pessoas, 14% da população tem pés chatos em algum grau. O pé chato tende a aumentar com a idade, pois é comum haver um “desabamento” do arco do pé com a idade, esse processo é conhecido como pé chato “adquirido”. O aumento do peso corporal também contribui para o surgimento do pé chato “adquirido” tanto para homens, quanto para mulheres.

 

Problemas comuns em quem tem pé chato

Quem tem pés chatos pode sofrer com dores decorrentes de vários problemas. O mais comum é a Fascite Plantar, como conta, Mateus Martinez no vídeo “Pé Chato e Cavo – entenda as diferenças”. A falta de amortecimento expõe a fáscia plantar a muito impacto, podendo gerar um processo inflamatório, a Fascite Plantar. E essa situação é agravada quando a pessoa tem sobrepeso, permanece muito tempo em pé ou pratica atividades físicas de impacto: corrida, vôlei, basquete, enfim, esportes onde os pés são mais exigidos.

Pessoas com pés chatos ou muito chatos também podem ter problemas de dor no tornozelo. E a razão é que o pé chato tende a virar para dentro, ocasionando um desalinhamento no corpo que pode causar dores no tornozelo, na canela e no joelho, explica Mateus. Quem tem pé chato pode sofrer com canelite, por exemplo, ou pode desenvolver uma síndrome femoropatelar, trazendo fraqueza e dores nas articulações dos joelhos.

 

Como saber o se o seu pé é chato

Primeiro, é importante dizer que nem todo mundo que tem pés chatos está condenado a sofrer com dores. Mas se você tem dor nos pés, tornozelos, canelas ou joelhos é interessante procurar saber se a dor tem relação com o seu tipo de pé. Uma forma de avaliar é observando a marca que os seus pés fazem no chão quando você sai do banho. Se a marca que ficar no chão é bem completa, sem espaços vazios é bem provável que o seu pé seja chato. Nesse caso, o mais indicado é procurar orientação profissional. Na Pés Sem Dor é possível passar por uma avaliação gratuita dos pés e saber qual o tipo do seu pé, como é a sua pisada e qual a relação das dores com essas questões anatômicas e biomecânicas.

 

Pé chato tem jeito?

Existem exercícios e fisioterapia para ativar o músculo do arco plantar melhorando a curvatura ou impedindo que um pé chato se torne “muito chato” e passe a provocar dores e interferir na forma de caminhar, explica Mateus Martinez no vídeo “Pé Chato – como corrigir”. 

Palmilhas ortopédicas sob medida também costumam ser indicadas no tratamento do pé chato. Como são feitas de acordo com a necessidade específica de cada pessoa, essa palmilha vai proporcionar apoio ao arco plantar, que ajuda a absorver impacto, reduzindo ou eliminando dores. A palmilha sob medida para pés chatos também pode ter uma elevação lateral para ajudar a alinhar o tornozelo melhorando a postura e prevenindo dores no tornozelo, canelas e joelhos, explica Mateus. 

Interessados em fazer uma avaliação gratuita dos pés com um especialista da Pés Sem Dor podem encontrar no site https://www.pessemdor.com.br/agendamento/ a unidade mais próxima de seu endereço e fazer o agendamento. A Pés Sem Dor também atende pelo telefone 4003-8883, de qualquer lugar do Brasil. 

 


Links úteis:

Veja mais sobre pés chatos: https://www.instagram.com/pessemdorbrasil/
Quais são os tipos de pé? - https://www.pessemdor.com.br/blog/quais-sao-os-tipos-de-pe/
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Criança também pode ter a doença ocular de Graves

Médica destaca tratamento personalizado e observação aos efeitos colaterais 

 

“A doença de Graves é a principal causa do hipertireoidismo na faixa etária pediátrica e acomete cerca de uma para cada 10 mil crianças, o que é quase 10 vezes menos do visto em adultos. Mas é importante falar sobre essa doença”, explica Dra. Cristiane Kochi, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo - SBEMSP.

O quadro clínico típico é aumento da velocidade de crescimento, perda de peso, tremores, irritabilidade, bócio, e, diferente do que ocorre em pacientes adultos, raramente há oftalmopatia grave na doença de Graves na infância.  Com relação à parte laboratorial, o TSH é suprimido e o T4 livre aumentado. “Na doença de Graves, com os ensaios mais novos de dosagem de corpo contra o TSH, a grande maioria dos pacientes possui esse anticorpo positivo”,”, comenta a médica.

 

O tratamento padrão do hipertireoidismo na infância é com o uso de medicamentos antitiroidianos, entretanto, segundo a endocrinologista, ainda é um desafio  tentar identificar quais são as crianças que poderiam apresentar maior taxa de remissão.

 

Trabalhos europeus sugerem que o tratamento prolongado com antitiroidiano estaria associado a maior taxa de remissão e esse tratamento prolongado seria basicamente acima de 8 anos. Então, o que se preconiza atualmente, segundo o guideline europeu, é tratar com medicação por pelo menos 3 anos e depois reavaliar o paciente.

 

Nos casos de pacientes com outras doenças, como diabetes, hipertensão ou qualquer outra endocrinopatia, o tratamento segue o mesmo, com a medicação antitiroidiana e, nos casos de falha de resposta ou de efeitos colaterais ao tratamento medicamentoso, pensar no tratamento definitivo, que seria a radiodioterapia ou a cirurgia.

 

Dra. Cristiane lembra ainda que os pacientes com hipertireoidismo por doença de Graves podem apresentar outras doenças autoimunes. “A incidência de doença celíaca nos pacientes com doença autoimune tireoidiana é de cerca de 1%. Também existem alguns relatos de literatura mostrando uma incidência de 1% de doença hepática autoimune. Portanto, a monitoração de outras doenças autoimunes nesses pacientes é de grande importância”, conta ela.

 

“Como mensagem, acho que vale a pena ressaltar a importância do tratamento personalizado, o acompanhamento de perto de possíveis efeitos colaterais desses medicamentos e tentar avaliar qual seria o paciente que teria a maior chance de remissão. Naqueles pacientes que não apresentam remissão ou que apresentam recaída, fica a indicação de tratamento definitivo”, finaliza a endocrinologista que também é palestrante com este tema no 21º Encontro Brasileiro de Tireoide, que acontece em São Paulo, em maio.

 



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Quais as principais causas das dores constantes nas pernas?

Assim como outras queixas médicas, as dores nas pernas podem ter diversas causas, como varizes, problemas musculares e nos tendões ou mesmo problemas crônicos como artrite e artrose, sendo importante identificar suas causas para um melhor tratamento. 

Explicaremos agora a importância de identificar as causas desse tipo de dor e também quais são os principais fatores que podem gerar dores constantes nas pernas.

Veja os detalhes abaixo!

 

Entenda a importância de identificar as causas de dores constantes nas pernas 

Dores e desconfortos nas pernas podem dificultar muito as atividades do dia a dia. Por isso, caso esse tipo de problema esteja gerando desconforto constante, é importante buscar identificar quais são suas causas, para que seja possível um tratamento adequado. 

Muitas vezes, hábitos como ficar muito tempo em pé, utilizar roupas muito apertadas ou mesmo não praticar exercícios físicos com regularidade podem levar a desconfortos intensos e que devem ser analisados por um médico.

 

Veja as principais causas de dores constantes nas pernas 

Como explicamos, as dores nas pernas podem indicar diversos problemas e situações distintas, que causam desconforto e tornam as práticas e atividades do dia a dia mais difíceis e incômodas. 

Por isso, é importante saber algumas das principais causas dessas dores, para que seja possível entender se alguma delas está causando o desconforto. Explicamos abaixo quais são as principais causas de dores constantes nas pernas. Veja detalhes!

 

  • Problemas musculares e nos tendões

Uma das principais causas de dores nas pernas está em problemas musculares ou nos tendões, causando desconforto e dores que demoram a aliviar. Situações de estresse, exercícios físicos de intensidade ou usar sapatos desconfortáveis podem causar problemas nos músculos e tendões das pernas, dando origem às dores.

Também é possível que as dores constantes nas pernas sejam causadas por problemas mais sérios, como cãibras ou mesmo tendinites, sendo necessário buscar uma análise médica caso ela persista por muito tempo.

 

  • Problemas articulares

As dores constantes nas pernas também podem estar ligadas à problemas articulares, como artrite e artrose, podendo apresentar maior ou menor intensidade de acordo com as condições climáticas, a prática de exercícios repetitivos e mesmo impactos nas atividades do dia a dia.

Esse tipo de problema é caracterizado por variações na intensidade das dores, que podem ser mais intensas durante o dia ou durante a prática de atividades físicas e menos constantes durante o repouso.

 

  • Varizes

Por fim, as varizes também são um grande causador de dores constantes nas pernas, já que resultam da má circulação do sangue e provocam inchaços, formigamento, dores e sensação de cansaço constante.

 

Como é possível concluir, existem diversos fatores que podem levar a dores nas pernas e, por isso, caso os sintomas persistam por um longo período de tempo, é importante procurar um médico especializado para indicar as causas desse tipo de problema. 

Além de garantir que as dores sejam eliminadas ou amenizadas, de acordo com o diagnóstico, o médico também será capaz de definir quais os melhores tratamentos para cada situação, especialmente em problemas crônicos como artrite, problemas musculares e varizes. 

 

Fonte: Dr. Eduardo Toledo de Aguiar, Diretor da Spaço Vascular, Presidente da Associação Brasileira de Flebologia e Linfologia, Cirurgião Vascular e Angiologista, Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular.



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