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quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Dia Internacional do Câncer na Infância: câncer em crianças e adolescentes precisa de diagnóstico precoce e preciso para sucesso na cura

 

Brasil registrará 7930 novos casos em jovens até 19 anos em 2023; Oncopediatra destaca a importância de uma linha de cuidado que não olhe apenas para o câncer, mas também para a pluralidade dos desafios
 

Diagnósticos de câncer são sempre difíceis para o paciente e suas famílias, principalmente em casos de tumores infantojuvenis. Pensando nisso, 15 de fevereiro, o Dia Internacional do Câncer na Infância traz uma importante mensagem: os pais precisam ficar atentos aos sinais e sintomas, buscando apoio especializado em caso de suspeita para que a detecção da doença aconteça de maneira precoce e precisa. 

“Comparados com casos em adultos, os tumores na infância são muito mais agressivos e evoluem com maior velocidade. Em contrapartida, a resposta às terapias costuma ser muito mais rápida, o que faz com que a maioria dos casos de câncer infantil sejam curáveis desde que haja o diagnóstico precoce e a criança seja prontamente encaminhada aos cuidados de uma equipe preparada para lidar com as especificidades da doença nos mais jovens”, explica o Dr. Sidnei Epelman, líder da especialidade de Oncopediatria da Oncoclínicas. 

Considerada a primeira causa de morte por doença em crianças (8% do total) e a segunda causa de óbito em geral, o câncer infantojuvenil responde por 7.930 novos diagnósticos a cada ano, segundo estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) para o triênio 2023-2025. 

Entre os tipos mais comuns de tumores na faixa etária até 19 anos estão: leucemia, linfoma e tumores do sistema nervoso central. Apesar dessa classificação comum, vale lembrar que essas doenças se diferenciam dos casos em adultos, dadas as próprias características de desenvolvimento nessa fase da vida. Há ainda uma série de tumores mais raros, identificados exclusivamente nos primeiros anos da criança, como o retinoblastoma, que exigem atenção dos pais para que os sinais não passem despercebidos 

“É essencial destacar que os mais jovens tendem a ter respostas mais positivas aos tratamentos. O importante é garantir que tenham uma linha de cuidado que contempla não só esse olhar para o câncer, como também para a pluralidade de desafios que a fase de crescimento representa, garantindo a essas crianças e adolescentes as condições para se desenvolverem de forma plena em todos os sentidos”, enfatiza o oncopediatra. 

O especialista reforça ainda que a jornada de combate ao câncer infantojuvenil contempla a realização de terapias em centros oncológicos dedicados ao tratamento de tumores pediátricos, a utilização de protocolos cooperativos e uma linha de cuidados de suporte, essencial para garantir um olhar plural para as necessidades de pacientes que estão ainda em fase de transformação e desenvolvimento, tanto físicos quanto emocionais. “Os oncologistas pediátricos atuam, assim, em conjunto e integrados a equipes multidisciplinares, que contam com a colaboração de cirurgiões, radioterapeutas, patologistas, hematologistas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas, entre outros profissionais”.
 

Oncologia de Precisão é aliada

Nas últimas décadas, o tratamento e as técnicas de diagnóstico evoluíram muito, pautados também pelo maior conhecimento dos mecanismos genéticos que levam ao surgimento da doença. Isso vem mudando o cenário de tratamento, com a adição de novas alternativas terapêuticas que trazem impactos positivos na qualidade de vida desses jovens pacientes oncológicos. 

“Quando falamos de câncer infantil, estamos nos referindo a um número grande de doenças, que são muito diferentes entre si. Até meados dos anos 1970, crianças e adolescentes com neoplasias recebiam o mesmo tratamento que os adultos, apesar de possuírem características biológicas e orgânicas bem distintas. Hoje, o cenário é bem diferente, com linhas de cuidado específicas para essa parcela dos pacientes, o que garante mais sucesso nos resultados”, diz Sidnei Epelman. 

Nesse sentido, as ferramentas, tecnologias e inovações da Medicina de Precisão visam exatamente uma maior assertividade e efetividade no diagnóstico. Isso possibilita tratamentos cada vez mais personalizados, ou seja, que consigam atingir cada pessoa e sua doença da forma mais precisa possível. O sequenciamento genético permite que seja possível conhecer detalhadamente o tumor, sua evolução e particularidades. Com isso, se torna possível pensar em soluções, inclusive pediátricas, para combater essa doença com menores efeitos colaterais e de forma mais efetiva, melhorando o prognóstico em diferentes casos e tipos de tumores. 

“A análise genômica é uma das alternativas que vem sendo usada, inclusive em casos de tumores pediátricos, com bons resultados para a leucemia, o mais comum entre as crianças e adolescentes, e outros tipos de tumores que afetam essa parcela da população. Esse conhecimento científico avançado oferece um novo horizonte para a assistência integral, completa e totalmente individualizada, que respeita as necessidades e a história de vida de cada indivíduo”, pontua o líder da especialidade de oncopediatria do Grupo Oncoclínicas.
 

Data traz alerta para conscientização de cânceres na infância e juventude

Exatamente por estarem em fases de grandes transformações em seus corpos, os tumores que atingem crianças e adolescentes também se comportam de forma diferente daqueles que surgem em adultos. Na maioria dos casos, os tumores nessa primeira fase da vida são constituídos de células indiferenciadas, o que permite uma melhor resposta aos tratamentos. As chances de cura, a sobrevida e a qualidade de vida são maiores quanto mais precoce e preciso for o diagnóstico, pois apenas com essas informações é possível determinar o tratamento mais efetivo para aquele paciente.
 

A seguir, Sidnei Epelman destaca os principais tipos de câncer que afetam crianças e adolescentes:

Leucemia - é o tipo de câncer mais comum na infância. Acomete a medula óssea e outros órgãos fora da medula óssea, tais como sistema nervoso central, testículos e olhos;
 

Linfomas que atingem o sistema linfático - frequentemente afetam os gânglios linfáticos e os tecidos linfáticos, como amígdalas ou timo. Também podem afetar a medula óssea e outros órgãos.
 

Neuroblastoma - um tipo de tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal. É responsável por cerca de 6% dos cânceres infantis. Esse tipo de câncer ocorre em lactentes e bebês, sendo raro em crianças com mais de 10 anos;
 

Retinoblastoma - tumor que atinge a retina, ou seja, o fundo do olho. Representa cerca de 2% dos cânceres infantis. Geralmente ocorre em crianças na faixa etária de 2 anos de idade e raramente é diagnosticado após os 6 anos. Ao direcionar uma luz ao olho de uma criança, o normal é que a pupila apareça vermelha, devido ao sangue dos vasos do fundo do olho. No olho com retinoblastoma, a pupila tem o aspecto branco ou rosa. Este brilho branco no olho geralmente é percebido em fotos tiradas com flash;
 

Tumor do cérebro e sistema nervoso central - segundo tipo mais comum em crianças, representando 26% dos cânceres infantis. Existem muitos tipos de tumores cerebrais, com tratamento e prognóstico diferentes;

Tumor de Wilms - tem início em um dos rins, raramente afetando os dois órgãos. Mais frequentemente diagnosticado em crianças com idade de 3 a 4 anos. Representa 5% dos cânceres infantis. 



Oncoclínicas&Co.
Para mais informações, acesse Link


Alguns cuidados são essenciais para manter o sistema circulatório saudável nos dias de folia

 

Divulgação

Prevenção em meio à diversão carnavalesca é necessária para garantir o bem-estar vascular


O Carnaval no Brasil é um período onde boa parte da população sai às ruas para celebrar os dias de folia. No entanto, para garantir que a diversão seja sem surpresas desagradáveis relacionadas ao sistema circulatório, é importante adotar medidas preventivas e cuidados específicos, principalmente diante das altas temperaturas que caracterizam essa época do ano.

Com o intuito de alertar os foliões a preservarem a saúde vascular, a cirurgiã vascular e diretora da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Dafne Braga Diamante Leiderman, indica algumas medidas que buscam prevenir situações relacionadas à circulação e amenizar os incômodos como as dores nas pernas.  Segundo a médica, a atmosfera festiva muitas vezes incentiva a prática de atividades físicas intensas, acompanhadas de desequilíbrios na alimentação e consumo de bebidas e exposição prolongada ao sol. Esses fatores, como resultado, podem levar a desconforto nas pernas e inchaço ao final do dia. Essa sensação torna-se mais evidente em indivíduos com predisposição a doenças vasculares, como varizes, linfedema e lipedema.

Como orientações, a doutora Dafne afirma que é fundamental manter uma alimentação equilibrada e optar por refeições leves, ricas em vitaminas e minerais. Evitar o consumo excessivo de sal para não agravar sintomas em pacientes com problemas circulatórios. Garantir uma hidratação adequada também é uma das dicas mais importantes, pois a exposição prolongada ao sol pode levar a uma maior necessidade de nutrientes e líquidos. O ideal é beber água regularmente, ao menos dois litros por dia, para ajudar a sustentar o corpo e manter a resistência necessária. Outra recomendação é controlar o consumo de energéticos, pois o exagero, em particular em indivíduos predispostos a problemas cardíacos, pode desencadear a aceleração do coração, arritmias e aumento da pressão arterial.

A cirurgiã vascular ainda enfatiza que é essencial direcionar uma atenção para pessoas com mais de 50 anos e que possuem comorbidades, como obesidade, hipertensão e diabetes. O desequilíbrio da rotina, em especial na alimentação descontrolada, pode resultar na descompensação dessas doenças crônicas, aumentando significativamente o risco de complicações, bem como outras condições decorrentes da aterosclerose, como infartos e AVCs, que são enfermidades potencialmente fatais e figuram entre as principais causas de morte no Brasil.

Em viagens prolongadas de carro, é aconselhável utilizar meias elásticas, principalmente pessoas com histórico de trombose. E quando são viagens de avião, voos internacionais, por exemplo, que são mais extensos, além das meias, é recomendado abster-se de consumir álcool, a fim de não provocar sono e permitir caminhadas pelo corredor durante o trajeto. Além disso, é aconselhável discutir com um médico vascular para avaliar a necessidade de medidas preventivas adicionais, como o uso de anticoagulantes, especialmente em casos de maior risco.

E após longas horas em pé, se movimentando ou dançando, é aconselhável descansar com as pernas elevadas para aliviar possíveis inchaços e dores. Outra dica para evitar fadiga nas pernas é fazer exercícios para fortalecimento da panturrilha. A prática da drenagem linfática também pode ser benéfica para promover o bem-estar.

“O Carnaval é um momento de celebração, e a conscientização sobre alguns cuidados contribui para uma festa mais segura e saudável. Ao adotar algumas práticas simples, os foliões podem garantir que sua saúde vascular esteja em boas condições, permitindo que desfrutem de todos os momentos com tranquilidade”, finaliza a Dr. Dafne.

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP


Trabalho: Problemas no ombro estão entre as 10 principais causas de afastamento pelo INSS

Distúrbios do ombro são influenciados por fatores biomecânicos
 relacionados ao trabalho, como flexão ou abdução dos
 ombros por tempo prolongado, postura estática ou
 com carga no membro superior, ou vibrações
 
 
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Doenças do manguito rotador aparecem na 6ª posição do ranking, e outras lesões, em 10ª; SBCOC explica e dá orientações para prevenção


Articulação com o maior arco de movimento do corpo, o ombro figura em ranking dos dez principais problemas que mais resultaram em benefícios por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) concedidos no Brasil pelo INSS em 2023. Segundo dados do Ministério da Previdência Social, doenças do manguito rotador foram o 6º motivo que mais levou a afastamento de trabalhadores (35.267 benefícios). 

O manguito rotador é um grupo de quatro unidades músculo-tendão, cuja função é a de estabilizar e propiciar os movimentos do ombro. 

“Normalmente, as pessoas que desenvolvem esse problema exercem atividade com sobrecarga repetitiva ou levantam peso excessivo, acima do ombro, por longos períodos, o que causa danos nos tendões do ombro”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo (SBCOC), Carlos Henrique Ramos. 

Além de dor no ombro, que pode piorar à noite ou ao submetê-lo à esforços, como levantar peso, outros sinais do problema são perda de força para executar simples tarefas, como se vestir ou pentear os cabelos, e inchaço aparente no ombro lesionado. 

“Percebendo alguma situação anormal, é importante que se busque logo por uma avaliação com especialista em ombro e, sendo diagnosticada a síndrome do manguito rotador, tratamento conservador é indicado, com a prescrição de medicamentos para diminuir a dor, além de repouso”, fala o ortopedista.

“Quando os tratamentos não apresentam melhora significativa, é sugerida cirurgia”, completa.

 

Outras lesões

O ombro aparece mais uma vez no ranking das principais causas de afastamento do trabalho, na 10ª posição, com lesões não especificadas (28.320 registros).

“Os distúrbios do ombro são influenciados por fatores biomecânicos relacionados ao trabalho, como flexão ou abdução dos ombros por tempo prolongado, postura estática ou com carga no membro superior, ou vibrações”, pontua o presidente da SBCOC.

Prevenir as lesões que atingem o ombro é possível com ações tanto do trabalhador quanto do local de trabalho. “A prática de atividade física, como musculação, ajuda no fortalecimento e na promoção de maior estabilidade à região do ombro, mas é importante que os exercícios sejam feitos sob supervisão de um educador físico”, ressalta.

Já a empresa, a recomendação é que o empregador “realize um mapeamento de sobrecargas biomecânicas para controlar os fatores de risco relacionados aos membros da equipe e melhorar o desempenho dos seus funcionários”, conclui.


Sociedade Brasileira de Cirurgia do Ombro e Cotovelo - SBCOC


Atividade física é aliada fundamental para a saúde endócrina

Exercício físico regular faz parte do pilar de tratamento da menopausa, osteoporose, diabetes e obesidade

 

Nos últimos anos, a atividade física se tornou coadjuvante e entrou no pilar da prevenção e manutenção da saúde, incluindo o sistema endocrinológico, responsável pela produção e regulação de hormônios e que desempenha um papel vital na manutenção do equilíbrio do corpo e mente. 

Ao praticar exercício físico, o corpo libera endorfinas, substâncias químicas que atuam como analgésicos naturais e promovem uma sensação de bem-estar. Essa resposta hormonal positiva não apenas contribui para o alívio do estresse, mas também influencia diretamente a regulação hormonal.

 

Diabetes - Os dados (leia aqui) da Federação Internacional do Diabetes (IDF) apontam que o Brasil ocupa o 6º lugar entre os 10 principais países com adultos (20 a 79 anos) com diabetes em 2021 (e nas projeções para 2045); Somos o 3º país com maior prevalência de diabetes tipo 1 (92.300 pessoas), em pessoas abaixo dos 20 anos de idade, atrás apenas da Índia e Estados Unidos. A endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica que a prática regular de atividades físicas melhora a metabolização da glicose.

 

Obesidade - Está ligada a disfunções endócrinas, incluindo resistência à insulina e desregulação hormonal. A atividade física não só auxilia na perda de peso, mas também atua como um mecanismo de prevenção, reduzindo os fatores de risco associados à obesidade. 

Segundo a World Obesity Federation (leia aqui), a estimativa é de que um bilhão de pessoas em todo o mundo - incluindo 1 em cada 5 mulheres e 1 em cada 7 homens - viverão com obesidade até 2030.

 

Menopausa - A atividade física é uma grande aliada para minimizar os sintomas da menopausa e contribui para o controle de peso e metabolismo, que tendem a ficar prejudicados nessa fase de vida da mulher. Além disso, exercício físicos regulares no climatério e menopausa contribuem para o fortalecimento ósseo, para a melhora do humor, na redução do estresse e na saúde do coração, já que as mudanças hormonais na menopausa estão relacionadas a um aumento do risco cardiovascular.

 

Osteoporose – A musculação é muito importante para prevenir osteoporose, pois músculos fortes dão mais sustentação aos ossos. Caso a musculação não seja a prática favorita, a dica é intercalá-la com algum exercício que a pessoa considere prazeroso. 

A especialista explica que a osteoporose é caracterizada por perda de massa e deterioração de qualidade óssea conforme vamos envelhecendo. De acordo com o IBGE (leia aqui), o número de pessoas com 65 anos ou mais de idade cresceu 57,4% em 12 anos. No Brasil, a projeção de expectativa de vida em 2025 é de 82,1 anos (leia aqui)”, conta Dra. Lorena. 

“Diante desse panorama, incentivar a prática regular de exercícios torna-se uma responsabilidade coletiva. Os benefícios vão além da estética. Atividade física é sinônimo de saúde e qualidade de vida”, finaliza Dra. Lorena. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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Instagram: https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/
www.amato.com.br


Ginasta Rebeca Andrade comenta dificuldades de enxergar durante competições

Confira o impacto da miopia na infância e na vida adulta 

Muita exposição a aparelhos eletrônicos está impulsionando cada vez mais a dificuldade de enxergar de longe para os pequenos
 

Em uma entrevista à revista Marie Claire, a ginasta Rebeca Andrade revelou sua jornada nos treinos e competições, enfrentando um cenário visual desafiador. Com cerca de 2,5 graus de miopia em um olho e 2 graus de astigmatismo no outro, a atleta compartilhou como se habituou a executar suas séries com a visão turva. Apesar das dificuldades, Rebeca dispensa o uso de lentes de contato, justificando seu receio de possíveis interferências durante as práticas. Em um ano de preparação intensa para as Olimpíadas, a rotina da atleta exige uma abordagem única para superar os obstáculos visuais. 

O exemplo de Rebecca exemplifica bem o impacto que problemas oculares podem gerar na vida das crianças. O cuidado com os olhos deve começar desde o nascimento, quando o oftalmologista passa a fazer parte da rotina de saúde dos pequenos. 

Segundo a oftalmopediatra Adriana Fecarotta, a primeira consulta da criança deve acontecer entre seis meses e um ano de idade, conforme recomendação das Sociedades Nacionais e Internacionais de Oftalmopediatria. “Mesmo que a criança não apresente sintomas, é possível medir o grau e confirmar o diagnóstico. Isso impacta positivamente para um tratamento precoce, que fará toda a diferença no desenvolvimento infantil ao longo dos anos”, comenta.
 

E quando existem sintomas?

Em grande parte dos casos, quando a criança apresenta sintomas, o problema só é percebido durante a idade escolar. Um dos principais sinais é comentar que não consegue enxergar a lousa, por exemplo, se aproximar de objetos para ver melhor, ou, ainda, ter dor de cabeça frequente e apertar os olhos para ver melhor.

Nesses casos, é necessário que os pais levem a criança o quanto antes ao oftalmologista para fazer uma avaliação, que envolve desde exame físico dos olhos, reflexo de luz regular até testes para medir a sua capacidade para enxergar letras distantes.
 

O que pode causar miopia?

A faixa etária entre 6 e 8 anos de idade é aquela de maior risco ao desenvolvimento da miopia, se a exposição às telas for de tempo prolongado. Todas as idades estão propensas às telas, a diferença é que entre 6 e 8 anos o risco de desenvolvimento da miopia é maior. Nos casos de exposição excessiva.

“Atividades prolongadas e intensas a curta distância podem prejudicar a visão da criança, podendo levar ao aparecimento da miopia”. 

E quando se fala em números, um estudo feito pelo Hospital dos Olhos em 2022, apontou um aumento de 23% no diagnóstico de miopia entre crianças de 0 a 12 anos no primeiro semestre, somando 538 casos, em comparação com 425 no mesmo período de 2021.

 

Tratamento, grau e acompanhamento

O tratamento para miopia deve ser iniciado o quanto antes, com a adoção de óculos com lentes apropriadas para tratar a condição visual. “O quanto antes a criança começar a usar os óculos com as lentes adequadas, ela terá mais qualidade de vida e elevada a sua capacidade de aprendizagem”. 

A miopia em crianças pode ser leve, moderada ou de alta severidade – casos acima de 5,00D. No entanto, a médica alerta para a velocidade de progressão da condição no público infantil. “As crianças se desenvolvem rapidamente e a miopia também pode aderir a essa evolução. Por isso é importante fazer um acompanhamento constante junto ao oftalmologista para ver se está havendo uma progressão ou não do problema, o que vai demandar ajustes nas lentes, algo que facilita a visão e garante maior conforto”, explica.

A boa notícia é que novas tecnologias também vêm surgindo e contribuindo para que o problema seja minimizado. Um deles é uma lente voltada para a desaceleração da progressão da miopia em crianças, a Essilor® Stellest®, que atua na correção da miopia e impede que os olhos se alonguem mais rápido do que deveriam. “Esse alongamento, que acontece em crianças míopes, é o responsável pela piora da condição”, conclui a médica.


Carnaval sem excessos: dicas para alimentação saudável e consciente durante a folia


Especialista do CEUB recomenda atenção redobrada na alimentação e hidratação


Quem gosta de “pular” Carnaval praticamente se prepara para uma maratona. Além de sapatos confortáveis e roupas leves, a alimentação e hidratação devem ser adequadas para o grande gasto energético decorrente do período. A alimentação saudável ajuda a manter a energia e a disposição necessárias para aproveitar ao máximo as festividades. Paloma Popov, professora do curso de Nutrição do Centro Universitário de Brasília (CEUB), indica medidas para evitar danos à saúde do folião. 

 

Alimentação: nas festas de carnaval, geralmente a pessoa está exposta ao sol e ao calor. Portanto, o folião deve consumir carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas e sais minerais, com um aporte de gordura menor. “Se o percentual de gordura for alto, como o consumo de uma feijoada, pode ocorrer um desconforto gastrointestinal. O melhor é optar por refeições leves, que incluam com todos os nutrientes”, destaca.

 

Hidratação: água é sempre a melhor opção. Água de coco, isotônicos e sucos fruta são bem-vindos, mas sempre associados à água fresca. “Os sucos naturais são muito interessantes para proporcionar uma energia de rápida absorção, proveniente dos carboidratos simples extraídos das frutas”.

 

Energéticos: cuidado com as bebidas energéticas, sobretudo se consumidas em excesso. Após uma jornada intensa de gasto de energia, o energético pode atrapalhar o descanso adequado do corpo, tirando o sono e dando uma falsa sensação de energia, por conta da cafeína e taurina. “Com a função estimulante, o energético acaba retardando a necessidade de descansar. Deste modo, por não ter o descanso adequado, o folião pode perder outros dias de festa”, alerta a nutricionista.

 

Energético e Álcool: a mistura pode levar a um consumo maior de álcool, devido ao aumento da euforia causada pela ingestão das bebidas energéticas, que contêm altos ativos estimulantes. “Essa sensação pode provocar problemas digestivos, fadigas musculares e até problemas cardíacos”, revela.

 

Comida de rua: é importante prestar atenção para o que se come, pois a falta de controle higiênico sanitário pode trazer riscos à saúde e episódios de intoxicação alimentar. “As Doenças Transmitidas por Alimentos, se multiplicam devido a microrganismos e parasitas que podem comprometer os benefícios proporcionados pela nutrição equilibrada”, alerta a professora.

 

Fevereiro roxo: doenças dermatológicas crônicas também merecem atenção

 

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Pacientes diagnosticados com doenças crônicas, enfrentam, além do tratamento, problemas emocionais e de autoestima.


Marcado por doenças como Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer, o mês que discute, orienta e esclarece dúvidas sobre casos crônicos, começa a dar visibilidade à outras patologias, principalmente as dermatológicas. Doenças como: Acne, Rosácea, Melasma, Psoríase e Dermatite Atópica, são mais comuns do que parece e afetam muitas áreas da vida, causando, além dos transtornos com a saúde, problemas com autoestima, relacionamentos, trabalho, estudo, entre outros, devido aos aspectos visíveis da doença.

De acordo com a Dra. Paula Sian, médica dermatologista, muitas destas doenças se desenvolvem de forma rápida e avançam exponencialmente, se não controladas com medicamentos e acompanhadas por profissionais. “Em meu consultório, recebo quase           que diariamente pacientes com sintomas de doenças crônicas, e quando recebem o diagnóstico, percebemos o quanto ficam abalados emocionalmente, o que contribui ainda mais para o agravamento do problema. Por isso, na clínica, sempre que necessário, associamos o tratamento com encaminhamentos para atendimento psicológico” – explica.

Em seu consultório e redes sociais, Paula busca dar mais visibilidade a doenças crônicas, explicando as causas, tratamentos e principalmente como conviver de forma saudável com elas. No campo da dermatologia, as doenças crônicas mais comuns são:


Melasma

 É uma doença de pele crônica benigna caracterizada pelo surgimento de manchas escuras no rosto e colo, devido a hiperpigmentação em regiões específicas. A melanina é uma proteína que garante a coloração da pele e evita os danos da radiação ultravioleta no DNA, porem quando há a hiperpigmentação, surgem manchas escuras principalmente em regiões que ficam expostos ao sol, como rosto. 

Com poucas ocorrências em homens, o melasma se desenvolve normalmente em gestantes, peles negras e pardas, e pessoas com exposição ao sol por longos períodos sem proteção, além de paciente com históricos familiares. Como não há cura, o controle deve ser feito com fotoproteção, uso de cremes, ácidos, peelings, laserterapia, e acompanhamento médico, entre outros.


Psoríase

Trata-se de manchas avermelhadas na epiderme, com escamações e crostas. A psoríase é autoimune e cíclica, ou seja, os sintomas aumentam e diminuem de acordo com os níveis de estresse.

As características mais comuns são manchas avermelhadas e com escamação da pele em regiões especificas, coceira, queimação, pele ressecada e em casos mais complexos presença de sangramento na região, inchaço, rigidez e deformidades na região. O tratamento exige uso de medicamentos em creme e pomadas, em casos mais graves uso de injeções ou comprimidos, tratamentos biológicos (chamados anti-TNFs (como adalimumabe, certolizumabe-pegol, etanercepte e infliximabe), anti-interleucina 12 e 23 (ustequinumabe), os  anti-interleucina 17 (secuquinumabe e ixequizumabe) e os anti-interleuciina 23 (guselcumabe e risanquizumabe), fototerapia e tratamento psicológico, uma vez que problemas emocionais podem agravar o quadro.


Lúpus cutâneo

Também autoimune, o principal aspecto da enfermidade são manchas avermelhadas e com descamação na região da face, formando uma espécie de desenho de borboleta e em casos específicos pode ocorrer inchaço e atrofia na região.  A doença causa dor e pode afetar outras áreas do corpo, e até órgãos, comprometendo a saúde e vida do paciente.

O tratamento deve ser individualizado e em conjunto com outras especialidades como reumatologia e requer diagnósticos com exames laboratoriais. Como trata-se de uma doença crônica, o objetivo do tratamento é controlar a manifestação e evolução da doença.


Acne

Embora, na maioria dos casos, seja uma doença de fácil controle, a acne é uma doença crônica inflamatória do folículo pilossebáceo, que produz o sebo da pele, e que em excesso, acarreta no surgimento das erupções subcutâneas. Outros fatores para o surgimento da acne são estresse, má alimentação, uso de métodos contraceptivos sem indicação médica, alterações hormonais e privação de sono.  A falta de tratamento adequado e o agravamento pode gerar cicatrizes e hiperpimentação da região.

Existem diversos tratamentos disponíveis no mercado, entre eles estão: retinóides tópicos, Peróxido de benzoíla, antimicrobianos tópicos, ácido azeláico, antibióticos orais, isotretinoína oral, antiandrogênico oral. 


Rosácea

É uma doença vascular inflamatória crônica, com remissões e exacerbações. As principais características são inchaço, vermelhidão, pequenas erupções semelhantes a acne e atinge principalmente a face. Ainda não há uma causa especifica, mas já é sabido que a rosácea se desenvolve mais em mulheres que homens, e principalmente em peles brancas. Há também o histórico familiar que pode apontar alguma hereditariedade. O distúrbio também está ligado ao estresse e é comum que o quadro se agrave quando o paciente passa por momentos emocionais delicados.

Por não ter cura, é importante manter uma dieta não inflamatória, fazer uso de medicamentos tópicos, orais lasers e proteção solar. A recomendação é seguir as orientações médicas, antes de se arriscar em procedimentos estéticos sem comprovação de eficácia.


Dermatite Atópica

Representada por lesões e coceira, a dermatite atópica é hereditária e atinge mãos, braços, articulações dos joelhos e pernas, em casos graves, pode aparecer em todas as regiões do corpo. A mazela manifesta-se de forma particular, em alguns pacientes é recorrente e em outros pode ter intervalo de anos ou meses. Manifesta-se sempre que ocorre alterações na derme e epiderme, disfunções imunológicas, alterações celulares, além de alterações de bactérias presentes na pele.

Pacientes com dermatite atópica devem evitar banhos quentes e demorados, uso de sabonetes na região lesionada e manter a pele sempre hidratada, por meio de hidratantes, loções, óleo e ingestão de líquidos frequentemente. O controle está no uso de medicamentos antihistamicos e compressas frias.

Para todas elas existem protocolos extremamente eficientes para controle e redução dos aspectos físicos, porém, para um tratamento efetivo, é preciso que o paciente esteja atento e leve a sério os cuidados, principalmente às consequências psicológicas dessas doenças. Por isso, a principal recomendação para casos crônicos é que os tratamentos sejam associados sempre à outras especialidades e com acompanhamento psicológico e terapêutico.

É importante ressaltar que métodos caseiros podem causar frustrações e piorar a patologia.  “As pessoas precisam mudar a visão do atendimento dermatológico e não buscar tratamento apenas quando estão com a pele comprometida, mas ter um olhar preventivo e sistêmico para diversas questões. Independente do problema, se tratado do início, as chances de avanço reduzem em 80%” – explica a dermatologista.

Independente da doença, quando se é diagnosticado com algo crônico, o primeiro passo é manter a calma, entender que há controle e que é possível viver bem com o diagnóstico e que ele não pode influenciar em sua vida. As doenças crônicas existem e ninguém está imune a elas, por isso, é muito importante que haja empatia, que existam oportunidades disponíveis e que as pessoas estejam dispostas a viver além da doença.




Dra. Paula Sian - Dermatologista desde 2007, Paula Sian Lopes é formada pela Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP), onde também fez residência em Clínica Médica e Dermatologia. Especializou-se em Farmacodermia e Dermatoses Imunoambientais na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e em Medicina Chinesa e Acupuntura na Associação Médica Brasileira de Acupuntura (AMBA). Desde 2011, Paula atende em seu consultório próprio com o viés em Dermatologia clínica, estética e cirúrgica, tanto para adultos como crianças. Além disso, a especialista realizou serviços voluntários no ambulatório de alergias da UNIFESP, de 2013 a 2017. A médica também é escritora e acaba de lançar o “Um burnout para chamar de seu”, um livro que relata, pelo ponto de vista do paciente como é conviver com o burnout.
CRM: 111963-SP RQE Nº: 38348
https://www.instagram.com/drapaulasianlopes/

 

Verão atrai caravelas para praia; saiba o que fazer em caso de queimaduras

 Especialista orienta o uso de água do mar e vinagre para limpar a área afetada

 

Apesar de chamar atenção pelas cores vívidas, as caravelas-portuguesas apresentam riscos à saúde de banhistas durante este verão. Isso porque essa espécie possui toxinas em seus tentáculos que, ao entrar em contato com a pele, causa queimadura e coceira intensas. 

A presença de caravelas na região litorânea é mais comum durante o verão, quando as águas estão mais quentes, favorecendo sua reprodução. Além disso, a pesca predatória, que diminui seus predadores, também pode favorecer o aumento do aparecimento de caravelas nas praias. 

Gisele Abud, médica e diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, localizada na região litorânea de Santos (SP), indica que os banhistas tenham cuidado após serem atingidos pelo animal. 

“É muito importante que a pessoa atingida não coce a região, pois além da substância tóxica, as caravelas também soltam pequenos espinhos que, ao entrar em contato com as mãos, podem se espalhar em outras partes do corpo à medida que o banhista se coce”, alerta a profissional.

 

 O que fazer em caso de queimadura 

Segundo o recomendado pelo Ministério da Saúde, os primeiros cuidados pedem: 

· Lavar o local afetado com a própria água do mar;

· Lavar abundantemente o local com vinagre sem esfregar a região acometida;

· NÃO usar água doce ou urina para lavar o local, isso pode aumentar o inchaço e causar ardor;

· Procure assistência médica para avaliação clínica do envenenamento. Em caso de acidentes graves, há indicação de atendimento de urgência. 

Ao avistar uma caravela é indicado não a tocar. Caso haja contato, o indivíduo pode sentir fortes dores, inchaço, vermelhidão no local afetado e sensação de queimadura. 

"Elas têm células microscópicas que provocam dor intensa. Os envenenamentos podem comprometer o sistema respiratório e até cardíaco, podendo levar à um quadro fatal”, lembra Gisele Abud.  


Beijo na boca traz riscos à saúde? Como aproveitar o carnaval com segurança

Divulgação

Para muitas pessoas, carnaval é época de bloquinho e muitos beijos, mas hábito pode trazer riscos reais à saúde


“Beija, beija. Tá calor, tá calor”, diz a canção eternizada na voz de Beto Jamaica - sim, a lenda viva que também assina os vocais do É o Tchan. Carnaval, bloquinho, calor, água mineral e outras bebidas mais… a combinação perfeita para quem ama beijo na boca. Mas atenção, beijoqueiro: você sabia que o simples hábito de conhecer algumas bocas por aí pode trazer riscos reais à sua saúde?

De acordo com o infectologista e professor de Medicina da Universidade Positivo (UP), Marcelo Ducroquet, o beijo na boca pode transmitir uma série de infecções. Ele alerta que infecções das mais variadas podem estar escondidas naquela linda boca de um desconhecido. E não há chicletinho que dê jeito. “Não se trata apenas de uma boa higiene bucal, porque muitas dessas doenças não são visíveis em um primeiro momento”, lembra. Ele explica que não é necessário sequer apresentar sintomas para que a pessoa transmita essas doenças. É possível transmitir mesmo não tendo sintomas.

O herpes simplex é uma dessas doenças e causa bolhas dolorosas no lábio, que voltam de tempos em tempos. Além dela, há, ainda, o citomegalovírus - que causa febre e aumento dos linfonodos, ou ínguas, em todo o corpo. Por fim, uma doença específica é sempre lembrada quando se fala em beijar, porque se tornou conhecida como “doença do beijo” ou “febre do beijo”. Trata-se da mononucleose. Causada pelo vírus Epstein-Barr, a mononucleose é transmitida pela saliva e atinge principalmente pessoas entre 15 e 25 anos, com sintomas como dor de garganta, cansaço, tosse, inchaço nos gânglios linfáticos, hipertrofia do baço, perda do apetite e inflamação fígado. Uma vez infectada, a pessoa poderá ter o vírus no organismo para sempre.

“Esses são vírus que têm um ciclo de vida que acompanha o nosso. Ou seja, uma vez que você se infectou, você corre o risco de transmitir essa doença para o resto da vida e, por isso, esses vírus são extremamente comuns. São doenças que, infelizmente, não têm cura, mas também não têm consequências maiores para quem as adquire, são de baixa gravidade”, detalha.


Como garantir um beijo de novela sem riscos à saúde?

Mas, afinal, há esperança para os foliões que gostam de curtir os namoricos que nascem e morrem (ou não) nos blocos? Ducroquet esclarece que “infelizmente, não tem como evitar pegar essas doenças se você for beijar desconhecidos no carnaval. Claro que se a pessoa tiver uma lesão na boca, especialmente de herpes, ela tem mais chances de transmitir herpes naquele momento. Mas a maior parte de nós, de qualquer maneira, já foi exposto ao vírus do herpes durante a infância”, pontua. O conselho do especialista, então, é minimizar o risco, beijando o menor número possível de pessoas. “Quanto menor a exposição, menor o risco, mas acho que o grande foco e a grande preocupação no carnaval é evitar a disseminação de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). E, para isso, a nossa recomendação é usar preservativo, que vai impedir a transmissão com bastante eficácia da maior parte dessas doenças”, completa.


Carnaval: 5 dicas para cuidar da saúde íntima durante a folia

O carnaval está chegando e alguns cuidados são importantes para não haver problemas na saúde íntima.  

Por isso, listamos alguns pontos para serem seguidos durante os dias de blocos, com a ajuda de duas ginecologistas. Confira: 

 

1. Cuidado ao utilizar o banheiro público.

 

Yara Caldato (@yaracaldato), ginecologista regenerativa, funcional e estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Belém, diz que é importante lembrar que banheiros compartilhados abrigam muitos germes. O quão contaminado o ambiente está vai variar da frequência em que ele é limpo durante o dia, à ventilação do espaço. 

Pode haver disseminação de certos vírus e bactérias causadores de doenças nos banheiros públicos, mas sentar num vaso sanitário contaminado e pegar alguns vírus ou bactérias na pele não necessariamente deixará a pessoa doente, pois não são doenças causadas somente por contato. Porém se a mulher estiver com alguma lesão na pele, pode ser contaminada por alguma bactéria específica.  

Por isso, Cinthia Ferreira, ginecologista, do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP indica que existem plásticos descartáveis, comprados em farmácias comuns, com tamanho bem pequeno e podem ser levados na bolsa. aconselho que pelo menos 10 destes saquinhos, sejam levados na bolsa por dia. com ele, forra-se o sanitário e assim, senta-se para urinar e o mesmo deve ser descartado após. O risco de contaminação fica bem diminuído dessa forma.

 

2. Não prenda o xixi. 

Cinthia diz que a bexiga feminina tem capacidade de reservar cerca de 300ml de urina. Ao passar disso, pequenas quantidades de urina podem ser perdidas aos pequenos esforços, e acumular na calcinha, se tornando meio de cultura para infecção. Além disso, a própria urina parada na bexiga também pode se tornar meio de cultura para bactérias. Ainda, ao segurar xixi, a musculatura do aparelho urinário pode ser prejudicada, trazendo malefícios a longo prazo à saúde feminina. 

Quanto mais segurar a urina para ir em um banheiro adequado, maior a chance de gerar problemas, como a infecção urinária, por conta da presença dessas bactérias, explica Yara. Os “condutores urinários” podem ser uma opção para evitar “malabarismo feminino” – técnica muito usada pelas mulheres – na hora de achar uma posição para urinar sem encostar no assento. Há os feitos por materiais como silicone, plástico e papelão fáceis de encontrar na internet. 

 

3. Evite fantasias apertadas e desconfortáveis. 

O calor pode prejudicar a saúde da vagina, pois a combinação de clima abafado, suor e atrito junto com roupas ‘justas’ ou de tecidos sintéticos, faz com que a região se torne favorável ao surgimento de fungos e bactérias, que podem desenvolver doenças como a candidíase, informa Yara. Roupas molhadas também devem ser evitadas. O ideal é sempre proteger a área íntima com peças 100% algodão. 

“Não é mito: a região íntima precisa respirar. Protetores diários por longos períodos e absorventes internos também devem ser evitados”, comenta Cinthia.

 

4. Não compartilhe peças íntimas. 

As ginecologistas afirmam ser uma regra básica: as peças íntimas são de uso único e exclusivo. Lembrar que podem ser transmitidas doenças com o compartilhamento. 

Cada pessoa tem sua flora bacteriana própria e a troca pode provocar desequilíbrio, propiciando infecções bacterianas, além de transmissão de fungos que podem estar nos tecidos, evoluindo com corrimentos.

 

5. Proteja-se sempre! Use preservativo. 

Além de prevenir a gestação indesejada, o uso do preservativo é importantíssimo para evitar contaminação por doenças sexualmente transmissíveis.  

Lembrar que as doenças também são transmitidas através do sexo oral e anal, portanto, sempre usar preservativo em todas as práticas. 

Além disso, Yara compartilhou em seu instagram e apontou alguns itens indispensáveis para levar na pochete:  

·         Camisinhas (masculina ou feminina);

·         Lenços umedecidos;

·         Álcool em gel (para a limpeza das mãos).

 



FONTES:

Yara Caldato (@yaracaldato) - Ginecologista Regenerativa, Funcional e Estética, afiliada do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/Belém. CRM-PA 11627 - RQE 5066. Graduada em medicina pela Universidade do Estado do Pará, pós graduada em ginecologia e obstetrícia pela Universidade Federal do Pará. Especialista em ginecologia e obstetrícia, membro da Associação Brasileira de Ginecologia Regenerativa Estética e Funcional. Atualmente é médica obstetra na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, com atuação em patologias obstétricas de alto risco.


Cinthia Ferreira - ginecologista, sexóloga, hormonioterapeuta, especialista em implantes hormonais, nutróloga atuante em emagrecimento e hipertrofia, terapia com injetáveis e tricologista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais)/SP. Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia, no HRG/DF, pós graduada em nutrologia pelo IPEMED, especialista em emagrecimento e hipertrofia, implantes hormonais e terapia com injetáveis pelo Instituto Constancy/SP. CRM/SP : 248083.


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