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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Janeiro Branco: no mês da saúde mental, conheça 5 sintomas menos conhecidos da depressão

Crédito: canva

Transtorno mental é um dos que mais atinge a vida das pessoas; de acordo com a OMS, 11,5 milhões de brasileiros sofre com a depressão


Cerca de 5,8% da população brasileira sofre de depressão, número que equivale a 11,5 milhões de casos, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde). O país perde apenas para os Estados Unidos entre os países da América Latina. O transtorno mental é um dos que mais afeta as pessoas, podendo apresentar diferentes sintomas, variando de pessoas para pessoa e, é claro, intensidade da doença em cada um. 

De acordo com o Dr. Ariel Lipman, médico psiquiatra e diretor da SIG - Residência Terapêutica, existem diversos tipos de depressão e, além disso, cada pessoa reage de uma forma diferente, ou seja, os sintomas mudam. “Controlar os transtornos mentais no início é extremamente importante no tratamento da doença, por isso, é essencial prestar atenção em sintomas como tristeza, desânimo, irritabilidade, angústia e ansiedade, que são os mais comuns, mas vai muito além disso e até mesmo dores físicas podem ser um sinal de alerta”, comenta o profissional.
 

Pensando nisso, o profissional falou um pouco sobre alguns dos sintomas menos comuns de depressão que podem aparecer. Confira:
 

Alteração no sono e apetite 

De acordo com o Dr. Ariel, é comum que uma pessoa com depressão durma muito, mas muitas pessoas que convivem com a doença também podem ter insônia. “As alterações no sono, seja porque a pessoa dorme muito ou não consegue dormir, devem ser investigadas por um especialista, pois é algo que muita gente julga ser comum, mas na verdade pode ser um sintoma do transtorno”, afirma ele. 

Ainda segundo o especialista, o mesmo pode ocorrer com o apetite, que quando aumenta ou diminui demais também merecem atenção. “Muitas das pessoas que têm depressão também sofre com ansiedade, que está diretamente ligada com o apetite”, completa ele.
 

Mudança de peso 

Com a possível alteração no apetite, o peso também sofrerá mudanças. “Se a pessoa passou a comer muito mais, notará que pode ter engordado e se ela passou a comer menos, pode emagrecer. É uma lógica, mas muitas pessoas podem não notar que deixou de comer ou aumentou a quantidade de alimentos e só reparam quando notam a diferença no espelho, nas roupas e na balança”, explica o médico. 

Além disso, quem tem depressão deixa de praticar algumas atividades, incluindo exercícios físicos, contribuindo para essa mudança de peso.

 

Baixa imunidade 

Muitos são os motivos que levam os depressivos a diminuírem a imunidade. “Isso pode ocorrer porque a liberação de hormônios é afetada com a doença, acarretando na queda de imunidade e consequentemente outras doenças, como infecções”, comenta o especialista. 

É importante lembrar também que alterações no sono e até mesmo uma alimentação inadequada podem afetar a imunidade, ou seja, um sintoma acaba levando a outro.
 

Diminuição da libido 

A libido está relacionada com a autoestima, que é muito afetada durante a depressão e, por isso, acaba sendo comum nessas pessoas, que muitas vezes podem nem ligar uma coisa à outra. 

“Alguns medicamentos antidepressivos usados para controlar o transtorno mental também podem afetar a libido e é por isso que é importante sempre avisar o médico sobre as intercorrencias”, afirma o psiquiatra.
 

Dores frequentes 

Além do fato dos problemas de saúde que a depressão pode acarretar, gerando problemas de saúde que causam dor, a doença também promove alterações fisiológicas que levam a sensação de dor. 

“E como é de conhecimento da maioria das pessoas, o humor é muito afetado durante a doença, o que faz com que o depressivo sinta dores com mais intensidade!, explica. “Além disso, a pessoa com depressão transforma muitos problemas mentais em dores físicas, mais conhecido como somatizaão”. 

É sempre importante lembrar que a depressão aparece com sintomas e intensidade diferentes em cada pessoa e nenhum sinal deve ser ignorado.
 

Sig Residência Terapêutica


Beber água apenas quando surge sede é um erro

É um erro esperar surgir a sede para se tomar líquidos. E essa prática é bem comum entre a população. Há inclusive pessoas que apenas ingerem bebidas quando a sede chega num nível muito alto. Para que o corpo esteja efetivamente hidratado, é necessário tomar entre 1,5 e 2,5 litros por dia, dependendo do peso corporal. E para que esse volume seja atingido, são necessários de 8 a 13 copos de 200 mls por dia, algo que o corpo não pede ao longo de um dia naturalmente pela sede.

 De acordo com a coordenadora nacional de nutrição da Fresenius Medical Care, Raquel Carreiro da Silva, quando estamos com sede, pode ser um indicativo de que o organismo já esteja com o nível inadequado de hidratação. “Uma boa forma de identificar se o corpo está precisando de água é checar a coloração da urina, que deve ser sempre amarela clara e límpida. Quanto mais escura for a coloração da urina, maior é o sinal de que o corpo está mais desidratado”, lembra a nutricionista.

 

Verão pede maior ingestão hídrica

Beber mais água no verão ajuda a prevenir pedras nos rins e até mesmo outras complicações renais. Cerca de 60% do peso corporal do ser humano é formado por líquidos e por isso, a ingestão diária de água é fundamental para manter o bom funcionamento do organismo.  

“Água é saúde e um componente essencial para a manutenção da vida. Ela atua na dissolução de vários compostos e influencia em diversos processos químicos. Além disso, mantém a temperatura corporal equilibrada. Na transpiração, por exemplo, sofremos uma perda de calor e precisamos reequilibrar o volume. 

Vários fatores além da ingestão de água podem influenciar na formação de cálculos renais, as “famosas pedras nos rins”, como fatores genéticos, dieta inadequada, rica em sódio, açúcar, baixo consumo de frutas e hortaliças e uso de suplementos alimentares e vitamínicos sem orientação adequada. Mas uma boa hidratação ajuda a reduzir as chances de formação dos cálculos renais, e facilita a excreção de toxinas pela urina. 

“Manter-se muito bem hidratado é fundamental, e ainda mais para quem já sofre com alguma problema de saúde. A hidratação contínua é importante durante todo o ano, mas com a chegada do verão, é importante incrementar a ingestão dos líquidos pois nos dias mais quentes é comum aumentar a transpiração”, alerta Raquel. 

Os dias de sol mais intenso exigem uma hidratação maior sobretudo para quem fica por muito tempo exposto ao sol. Praticantes de atividade física também precisam redobrar os cuidados e dependendo do tipo, intensidade e duração do exercício, essa quantidade precisa ser maior ainda”, afirma. 

Não existe uma recomendação única em relação a necessidade de água, que possa ser aplicada a todos e a quantidade ideal a ser ingerida varia em relação ao sexo, peso, idade, presença de alguma doença e de fatores ambientais. Mas, em média, para um indivíduo adulto saudável, essa quantidade é em torno de 2,7 litros para mulheres e de 3,7 litros para homens”, explica.
 

Crianças, adolescentes e idosos são os mais sujeitos ao risco de desidratação

Na infância e adolescência, o consumo de água costuma ser mais baixo ainda e quando ingerem líquidos, muitos preferem a ingestão de bebidas açucaradas e refrigerantes. Além disso, o maior consumo de doces e salgadinhos por esse público é também um fator que promove maior necessidade no consumo de água. “Por isso, é tão importante que os responsáveis fiquem de olho e busquem alterar os hábitos das crianças, reduzindo doces e aumentando o de líquidos saudáveis. Entre tomar suco e beber água e comer fruta, a segunda opção é a melhor, mas o suco pode ser um bom aliado para crianças que rejeitam água. O ideal é desde cedo não oferecer bebidas açucaradas, para que a criança não deixe de aceitar bem a água”, reforça Raquel. 

Já em pessoas idosas, pode ocorrer uma redução na sede. “Eles não bebem a quantidade de água necessária porque acham que não estão precisando. É outro público que merece atenção especial, afinal, a partir dos 40 anos, o rim perde 1% da sua capacidade. As doenças renais comumente aparecem em pessoas mais idosas. São os que mais precisam se hidratar bem”, destaca.
 

Como aumentar o consumo de água?

Para muitas pessoas, manter o adequado consumo de água pode ser uma tarefa difícil. Uma estratégia válida para essa situação é o consumo de águas saborizadas ou aromatizadas, que são preparadas com frutas, ervas e especiarias colocadas em infusão na água como limão, laranja, abacaxi, gengibre, hortelã, manjericão, canela, entre outras. O importante é não adoçar essas bebidas. 

“E para quem tem dificuldade de beber volumes de água de uma só vez ou para quem não tem tempo de levantar a todo instante, a dica é ter uma garrafa de água sempre à mão. Isso facilita o consumo de pequenas quantidades em vários momentos do dia e evita que o esquecimento impeça de se manter bem hidratado. Usar uma garrafa ou copo que mantém a bebida gelada é outra boa alternativa”, lembra Raquel.
 

Hidratação de pacientes renais crônicos

Pessoas que possuem doença renal crônica avançada e fazem diálise podem ter que reduzir o volume de ingestão de líquido devido à perda da capacidade dos rins de eliminar o excesso de líquido do organismo através da urina. E com a chegada do verão, é recorrente a dúvida sobre volume de líquidos que os pacientes em diálise pode ingerir ao dia. 

“Para controle do peso que o paciente acumula entre uma sessão de diálise e outra, o volume de líquido ideal varia de acordo com a transpiração e a diurese residual (urina). Para o paciente que está no estado de hidratação normal, o fundamental é que ele sempre ganhe menos do que 4% do seu peso entre as sessões de hemodiálise. Por exemplo, um paciente de 60Kg deve ganhar menos do que 2,4Kg neste período. Para o paciente em diálise peritoneal, como é um tratamento contínuo, o objetivo é regular a sua ingestão diária de líquidos para manter o seu peso corporal sempre próximo ao seu peso em normohidratação. Normalmente, a indicação diária é de 500ml mais o volume de urina de 24 horas. Em caso de clima quente, ou o paciente ter tido febre e diarreia, a quantidade de líquido pode aumentar, variando de 700ml a 1litro. O importante é sempre consultar o nutricionista para saber sobre as necessidades individuais”, explica a nutricionista.
 

Cuidados com alimentação do paciente renal

A ingestão de líquido não se limita apenas ao consumo de água, mas inclui todos os alimentos sólidos com o elemento em sua composição. O destaque vai, principalmente, para as frutas, as verduras e os legumes, que podem conter até 90% de água. Apesar de não haver uma orientação específica para subtrair o líquido contido nesse grupo, é recomendado o consumo equilibrado de alimentos com os maiores percentuais de humidade para não exceder o volume diário estabelecido. 

“Os alimentos líquidos congelados ou à temperatura ambiente, como o gelo, a gelatina, as sopas, o sorvete, assim como a água ou outro veículo utilizado para tomar medicamentos, são todos parte da recomendação hídrica e devem ser descontados do volume total permitido para o consumo”, esclarece a nutricionista.

 

Dicas para renais crônicos controlarem a ingestão de líquidos:

· Evite alimentos muito salgados ou doces;

· Para promover mais saciedade, prefira bebidas e frutas geladas;

· Reserve, na sua quantidade recomendada, o quanto será destinado à

água. Para maior controle, armazene em uma garrafa de uso pessoal. 

Fresenius Medical Care


Mitos e verdades sobre a doença renal crônica

DaVita esclarece dúvidas mais recorrentes sobre diagnóstico, tratamento e qualidade de vida do paciente

Quase 150 mil pessoas realizam diálise no Brasil, estima a Sociedade Brasileira de Nefrologia. Essa terapia substitui a função dos rins em sessões realizadas duas a três vezes por semana, quando o paciente é acometido pela doença renal crônica. 

O Dr. Bruno Zawadzki, diretor médico da DaVita Tratamento Renal, maior rede de clínicas especializadas em serviços renais do país com mais de 100 unidades espalhadas pelo Brasil, listou algumas das dúvidas mais recorrentes para esclarecer a pacientes, familiares e cuidadores o que é verdade. E o que é mito. Veja abaixo:

 

Hemodiálise é o único tratamento disponível: MITO. 

Entre as terapias disponíveis ao paciente renal crônico temos a diálise peritoneal, hemodiálise, hemodiafiltração (HDF) e transplante renal. A técnica terapêutica adequada é indicada e acompanhada pelo nefrologista a partir de exames que possam avaliar o quadro clínico de cada paciente.

 

Diabetes e hipertensão são fatores de risco para a doença renal crônica: VERDADE. 

Essas doenças podem comprometer o funcionamento dos rins, especialmente se estiverem sem tratamento e controle adequados. Contudo, as chances de haver complicações diminuem quando o paciente segue o tratamento corretamente. Os pacientes geralmente requerem tratamentos amplos, com medicamentos, acompanhamento especializado e mudanças no estilo de vida.

 

Quem faz hemodiálise não pode viajar: MITO. 

A diálise em trânsito garante que o paciente renal crônico viaje durante feriados e férias, sem interromper seu tratamento dialítico. É importante que o paciente se organize com no mínimo 30 dias de antecedência, e apresente exames estabilizados que mostrem que ele está em uma fase estável da doença.

 

A doença renal crônica não apresenta sintomas: MITO. 

Embora os sintomas se desenvolvam lentamente e não são específicos da doença, algumas pessoas podem apresentar inchaço nos membros inferiores e no rosto, alteração na cor e no cheiro da urina, insônia, presença de espuma na urina, falta de apetite, sabor metálico na boca, fadiga e pressão na barriga no ato de urinar.  

A hemodiálise pode causar efeitos colaterais: VERDADE.  

O tratamento pode causar queda da pressão arterial, câimbras, fraqueza muscula e dor de cabeça. Os pacientes devem ser acompanhados por um médico e uma equipe de enfermagem durante o procedimento, garantindo assim a melhor resposta a cada situação. 

 

A alimentação do paciente renal crônico é totalmente restrita: MITO.

Sódio, fósforo e potássio em excesso podem ser vilões do paciente acometido por DRC, pois são substâncias que os rins não conseguem filtrar de maneira adequada, e acabam se acumulando no sangue. Porém, há alimentos que ajudam a equilibrar o cardápio e não oferecem complicações, como verduras e legumes cozidos em água fervente e algumas frutas como banana-maçã, ameixa e manga. Preparos com alface, repolho, cenoura, pepino, abóbora, acelga, berinjela, chuchu, espinafre e vagem podem ser consumidos e aliados nas refeições diárias. 

 

A hidratação do paciente renal crônico é diferenciada: VERDADE. 

Em estágios iniciais da doença, é possível manter recomendação padrão para a população geral, de pelo menos dois litros de água por dia. Mas em pacientes com doença renal mais grave (estágio 4 e 5), a ingestão de água/líquidos deve ser adequada para a realidade cada paciente de acordo com a diurese residual.

O desenvolvimento da doença renal crônica pode ser evitado: VERDADE.  

É fundamental a atenção com doenças que podem afetar os rins, como diabetes, pressão alta e doenças autoimunes. Também é importante conhecer o histórico familiar de doenças renais, fazer checkup dos rins anualmente, manter uma alimentação equilibrada, evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas.

 

DaVita Tratamento Renal


Está aberta consulta pública para incluir teste de HPV por PCR no SUS

 Infecções por HPV podem causar câncer de colo de útero, o terceiro tipo mais comum de câncer entre as mulheres¹; toda população pode participar da consulta até o dia 17/01

 

A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) acaba de abrir consulta pública para a incorporação de um teste de HPV baseado em DNA, conhecido como teste de genotipagem de HPV, que utiliza uma análise de biologia molecular por PCR (reação em cadeia de polimerase) e detecta, de forma automatizada, a infecção por HPV mesmo antes do vírus transformar as células em pré-câncer ou câncer. Dessa forma, é possível saber se a mulher está em risco ou não de desenvolver a doença com antecedência. Toda a sociedade civil pode participar até o dia 17 de janeiro de 2024, por este link. 

O câncer de colo de útero é causado por infecções persistentes do vírus HPV (Papilomavírus Humano), transmitido sexualmente, sendo o terceiro mais comum entre mulheres no Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma¹. Desenvolvem o pré-câncer ou o câncer as mulheres que tiverem uma infecção persistente por HPV, por determinados tipos desse vírus, e com condições imunológicas inadequadas. Na maioria dessas infecções, o próprio sistema imunológico elimina espontaneamente o vírus. Portanto, esse é um câncer totalmente evitável e pode ser prevenida com exames eficazes de diagnóstico e com vacina. 

Com relação ao diagnóstico, os testes PCR ajudam na rápida detecção e mostram se a mulher possui o vírus e, não necessariamente, se já está doente. O vírus pode estar quieto no organismo, o que é chamado de infecção latente, e nunca se manifestar. Caso a mulher fique com o vírus latente por muitos anos, ela pode ter um risco maior de desenvolver um câncer de colo de útero do que aquela que elimina o vírus. O teste PCR é sensível a ponto de identificar a mulher já contaminada, mas sem a doença. Além disso, permite que, quando o resultado dá negativo para todos os tipos de HPV, a mulher pode aguardar cinco anos para refazê-lo², não sendo mais necessário fazer o exame papanicolau anualmente. 

“Como uma empresa de biotecnologia 100% focada em inovação, desenvolver soluções diagnósticas só faz sentido se for para transformar a vida das pessoas e suas famílias. Neste sentido, a Roche Diagnóstica é uma das empresas no Brasil que possui esse teste inovador e acredita que nenhuma mulher deve morrer mais de câncer de colo de útero. Temos trabalhado com o compromisso de buscar alternativas para ampliar o acesso da população brasileira a soluções de saúde inovadoras e que atendam às suas necessidades. Contamos com a participação de toda a sociedade civil para termos mais essa conquista no País”, afirma Carlos Martins, presidente da Roche Diagnóstica no Brasil. 

A CONITEC é vinculada à Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) do Ministério da Saúde, responsável pela incorporação de tecnologias no SUS e assistida pelo Departamento de Gestão e Incorporação de Tecnologias em Saúde (DGITS). Após a participação da sociedade civil, as contribuições serão avaliadas pelo plenário da CONITEC, que emitirá sua recomendação final sobre o tema. Por fim, a SCTIE/MS proferirá sua decisão sobre a incorporação, ou não, da tecnologia analisada no SUS. 



Referências:
¹ INCA: Link
² The Lancet Regional Health – Americas: Link


Implantes Hormonais são ou não uma boa alternativa? Descubra como equilibrar os níveis hormonais e melhorar a saúde e qualidade de vida

Os hormônios são substâncias essenciais para o bom funcionamento do nosso organismo. Eles são responsáveis por regular diversas funções vitais, como o crescimento, metabolismo, fertilidade, humor e muito mais. No entanto, quando esses hormônios estão em desequilíbrio, podem causar uma série de sintomas e problemas de saúde. Para tratar essas condições, uma das opções disponíveis é o uso de implantes hormonais, uma técnica utilizada por especialistas para repor os hormônios e restabelecer o equilíbrio do corpo.

 

Mas o que são e como funcionam os implantes hormonais? 

O médico especialista em medicina integrativa, Dr. Francisco Saracuza, explica que, eles são pequenas cápsulas contendo hormônios sintéticos que são inseridas sob a pele e liberados gradualmente ao longo do tempo. Esses implantes podem ser utilizados para tratar uma variedade de condições, como menopausa, desequilíbrios hormonais e até mesmo para melhorar a saúde geral e o bem-estar. Porém, é importante ressaltar que o uso de implantes hormonais deve ser sempre avaliado e prescrito por um médico especialista, após uma análise completa do histórico e dos níveis hormonais do paciente.
 

Mas quais são as principais indicações para o uso de implantes hormonais?

Existem diversas condições em que esse tratamento pode ser indicado, mas as mais comuns incluem problemas relacionados à menopausa, tais como ondas de calor, alterações de humor e fadiga; desequilíbrios hormonais, como deficiência de testosterona ou estrogênio; e outras condições de saúde, como osteoporose.

“É importante destacar que os implantes hormonais não são indicados apenas para tratar sintomas e condições específicas. Eles também podem ser utilizados para melhorar a saúde geral e o bem-estar de pacientes que não apresentam problemas hormonais específicos, mas que desejam otimizar sua saúde e qualidade de vida. Essa técnica pode ser uma opção interessante para quem busca uma abordagem mais natural e de longo prazo para o tratamento de desequilíbrios hormonais.”. Destaca o Dr. Francisco Saracuza.
 

Quais são os critérios para determinar se um paciente é um bom candidato para o uso de implantes hormonais?

Além da presença de sintomas e condições específicas, outros fatores importantes a serem considerados incluem a idade do paciente e os níveis hormonais no sangue. Além disso, é importante que o paciente não tenha histórico de doenças que possam ser agravadas pelo uso de hormônios sintéticos, como câncer de mama ou problemas cardíacos. Por isso, é fundamental sempre consultar para avaliar sua elegibilidade para o tratamento com implantes hormonais.
 

E quais são os benefícios dos implantes hormonais em comparação com outras formas de terapia hormonal? 

Os implantes têm a vantagem de liberar uma quantidade controlada e constante de hormônios sintéticos no corpo, o que pode proporcionar um equilíbrio mais efetivo nos níveis hormonais. Além disso, eles são uma opção de tratamento de longo prazo, pois os implantes podem durar de 3 a 6 meses, dependendo do tipo utilizado. Outras formas de terapia hormonal, como pílulas e adesivos, podem exigir uma administração diária e podem ser menos eficazes no controle dos sintomas. No entanto, é importante lembrar que cada paciente é único e o tratamento mais adequado deve ser determinado pelo médico em conjunto com o paciente. 

Outro ponto importante a ser destacado é a conveniência dos implantes hormonais. Ao contrário de outras formas de terapia hormonal, eles não exigem a lembrança diária de tomar uma medicação ou trocar um adesivo regularmente. Além disso, podem ser mais eficazes no tratamento de certas condições, graças à liberação contínua de hormônios. No entanto, é importante lembrar que os implantes hormonais não são a única opção de terapia hormonal disponível e cabe ao especialista avaliar qual tratamento é mais adequado para cada paciente individualmente. 

“Os implantes hormonais são uma opção interessante e eficaz para tratar desequilíbrios hormonais e melhorar a saúde e qualidade de vida. Porém, é fundamental que o tratamento seja avaliado e prescrito por um profissional de referência, que irá considerar as necessidades e características de cada paciente antes de indicar o uso dos implantes. Se você apresenta sintomas relacionados à menopausa, desequilíbrios hormonais ou simplesmente deseja otimizar sua saúde, não deixe de consultar um médico e conhecer mais sobre essa técnica. Sua saúde e bem-estar agradecem.”. Finaliza o Dr. Francisco Saracuza.



Dr. Francisco Saracuza - CRM 192628 - Médico Especialista em Medicina Integrativa


Infecções Respiratórias por Mycoplasma Pneumoniae: Aumento de Casos em Crianças na China e a Importância da Vacinação na Prevenção

As infecções respiratórias causadas por Mycoplasma pneumoniae têm sido motivo de preocupação, especialmente em crianças, como evidenciado pela recente declaração da Organização Mundial da Saúde (OMS) em 22 de novembro de 2023, sobre o aumento dessas doenças no norte da China (2). A OMS relatou um aumento significativo nas consultas ambulatoriais e internações hospitalares pediátricas por pneumonia causada por Mycoplasma pneumoniae, bem como por vírus sincicial respiratório, adenovírus e influenza. 

É importante destacar que a vacinação desempenha um papel fundamental na prevenção de infecções respiratórias, incluindo aquelas causadas por Mycoplasma pneumoniae. Embora atualmente não exista uma vacina específica para Mycoplasma pneumoniae, é essencial que as crianças recebam vacinas recomendadas, como a vacina pneumocócica e a vacina contra a influenza. 

A vacina pneumocócica protege contra as infecções pneumocócicas, que podem levar a complicações graves, como pneumonia bacteriana, meningite e sepse. A vacina contra a influenza, por sua vez, reduz o risco de infecção pelo vírus da gripe, que pode agravar as doenças respiratórias e aumentar a suscetibilidade a outras infecções bacterianas, como a pneumonia Afirma Dra Marcela Rodrigues. 

A vacinação é uma medida preventiva eficaz que fortalece o sistema imunológico, reduzindo a probabilidade de contrair infecções e minimizando a gravidade dos sintomas em caso de infecção. Além disso, a vacinação contribui para a proteção coletiva, ajudando a prevenir surtos e epidemias. 

É fundamental que os pais e responsáveis garantam que as crianças estejam com as vacinas em dia, seguindo as diretrizes e recomendações das autoridades de saúde. Os profissionais de saúde estão disponíveis para fornecer informações sobre o calendário de vacinação e esclarecer dúvidas. 

A OMS e outras organizações de saúde estão monitorando de perto a situação das infecções respiratórias causadas por Mycoplasma pneumoniae e outros vírus na China e em todo o mundo. Além das medidas de vacinação, as medidas de prevenção e controle de infecções, como lavagem adequada das mãos, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, e evitar o contato próximo com pessoas doentes, são recomendadas para reduzir o risco de propagação dessas infecções.

Profissionais de saúde, pais e cuidadores devem estar atentos aos sintomas respiratórios em crianças, como tosse persistente, dor de garganta, febre, fadiga e dificuldade respiratória, e procurar atendimento médico adequado caso esses sintomas persistam ou se agravem.

 

Prevenção:

Para reduzir o risco de infecção por Mycoplasma pneumoniae e outras infecções respiratórias, é recomendado adotar medidas preventivas, como: 

- Lavar as mãos regularmente com água e sabão ou usar desinfetante para as mãos à base de álcool.

- Cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel descartável ou com o antebraço.

- Evitar o contato próximo com pessoas doentes e manter distância de pelo menos um metro de indivíduos que estejam tossindo ou espirrando.

- Manter os ambientes bem ventilados, especialmente em espaços fechados.

- Evitar tocar o rosto, especialmente os olhos, nariz e boca, sem ter lavado as mãos previamente.

 

Consulte um Profissional de Saúde:

Se você estiver apresentando sintomas respiratórios persistentes, é importante procurar orientação de um profissional de saúde. Eles poderão fazer uma avaliação adequada, fornecer um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento apropriado.

 

Conclusão:

As infecções respiratórias causadas por Mycoplasma pneumoniae são comuns e podem variar em gravidade. É essencial reconhecer os sintomas e procurar cuidados médicos adequados. Seguir as medidas preventivas e aderir ao tratamento prescrito são passos importantes para controlar a infecção e prevenir a propagação para outras pessoas. Afima Dra Marcela Rodrigues, Diretora Clínica da Salus Imunizações

 


Clínica de Vacinas Salus Imunizações


Verão e crianças: 12 cuidados para adotar no período

Estação preferida da garotada, o verão traz dúvida aos pais e atenção redobrada com a saúde e a segurança

 

Férias, calor, alegria e diversão. Todos esses substantivos são sinônimos do verão, estação que costuma ser a preferida da garotada em todo o país.

O período, no entanto, é repleto de perigos que demandam atenção redobrada de pais e cuidadores, como riscos de afogamento, queimadura solar, desidratação, infecção gastrointestinal, micoses de pele e outros.

Dr. Paulo Telles, pediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria, lembra que as crianças chegam nessa época do ano ansiosas e precisando de espaço e liberdade.

Para manter as crianças seguras o pediatra pede que pais e cuidadores fiquem atentos às seguintes dicas:

- Risco de afogamento. Crianças na piscina e mar devem sempre estar assistidas, usando boias e coletes adequados para a idade e tamanho, caso não saibam nadar. “Mas fique de olho o tempo todo, cuidado com distrações como o celular e bebidas alcoólicas!”

- Atenção ao excesso de sol, que pode causar insolação, além dos riscos das queimaduras solares em médio e longo prazos.

- Use muito protetor solar: “FPS 50 ou mais e repasse sempre que a criança for na água ou suar muito e/ou a cada 3 horas. Evite exposição nos horários de maior risco, entre 10h e 16h, em que o sol está mais forte. Chapéus e roupas com proteção UV são sempre bem-vindos”, ensina o médico.

- Cuidado com as picadas de inseto, especialmente nas regiões endêmicas, em que insetos transmitem doenças graves. Dr. Paulo recomenda o uso de maneira adequada do repelente, conforme instruções do produto e idade da criança, e sempre por cima do protetor solar quando for usar ambos.- Atenção à desidratação! “Cabe aos pais, de maneira ativa, insistir para que as crianças tomem muita água ao longo do dia de diversão.”

- Fiquem atentos à alimentação: prefira alimentos mais leves, como frutas, legumes e grelhados e evite frituras e comidas prontas na praia e parques. Lave sempre as mãos antes das refeições porque as viroses intestinais e intoxicações alimentares também são mais comuns no verão.- Os acidentes em parquinhos aumentam no verão: cuidado com escaladas, escorregadores e brinquedos altos.

- Se for pegar barcos e embarcações, deixem as crianças sempre com colete salva-vidas.

- Ao usar bicicleta, patins, skate e patinete, lembre-se sempre de usar equipamentos de proteção de maneira adequada, como capacete, joelheira e cotoveleira.


- As infeções fúngicas de pele aumentam muito no calor. “Prefira calçados ventilados e troque as roupas úmidas com mais frequência. Dê preferência a roupas leves e claras”, ensina Dr. Paulo.

- Mesmo nas férias, atenção ao sono e descanso adequados dos pequenos, porque de manhã precisam estar com as baterias recarregadas para mais um dia de diversão.

- Faça sempre a revisão do carro antes de viajar, descanse antes de dirigir e use sempre cadeiras de transporte adequados para cada faixa etária.

“Às vezes, medidas simples, como trocar o tênis pelo chinelo, passar repelente e protetor solar podem fazer toda a diferença na saúde e no bem-estar da criança e na tranquilidade e no descanso de pais e cuidadores”, conclui o pediatra.


Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles. Formado pela Faculdade de medicina do ABC. Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP. Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP. Título de Especialista em Pediatria pela SBP. Título de Especialista em Neonatologia pela SBP. Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012. 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


Saiba quais são as causas dos incômodos na garganta e pigarros e veja como evitá-los e tratá-los

Os pigarros são comuns e podem ser provocados por infecções respiratórias ou por condições do ambiente. É preciso ficar atento caso se prolonguem por muito tempo


Você já deve ter sentido aquela sensação de coceira ou incômodo na garganta que pode ou não passar após uma tosse. Esse sintoma é conhecido como pigarro, geralmente causado pelo acúmulo de muco, saliva ou secreções nas vias respiratórias altas. “A necessidade de "pigarrear", ou seja, de limpar a garganta é gerada ou pela presença de alguma secreção "extra" ou de secreção "parada" (por ser mais viscosa e espessa) na região da laringe (um dos órgãos componentes da garganta). Estas secreções são frequentemente provocadas por infecções respiratórias - especialmente os resfriados, gripes, laringites e traqueítes inicialmente causadas por vírus respiratórios”, explica o otorrinolaringologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Raimar Weber.

O médico detalha que episódios que duram cerca de três semanas são comuns especialmente durante e após os episódios de infecção e em épocas do ano em que as doenças respiratórias são mais frequentes. A baixa umidade do ar e a presença de maior quantidade de poluentes no ar também são condições que podem agravar a ocorrência dos pigarros.

A ocorrência do pigarro, porém, deve ser observada, especialmente se persistir por mais de três semanas consecutivas. “Em grande parte das vezes, especialmente quando na sequência de infecções respiratórias, o pigarro que se tornou crônico pode ser o único sintoma de alguma sinusite, traqueíte ou bronquite não adequadamente resolvida. Outra situação bastante frequente é quando ocorre refluxo do conteúdo do estômago passando pelo esôfago até a faringe e laringe, provocando irritação local e consequentemente produção da secreção localmente. Felizmente, muito raramente o pigarro, sem a presença de outros sintomas, será algum indicativo de câncer ou outra doença maligna”, analisa.

Para verificar se o pigarro pode indicar o sintoma de alguma doença mais grave podem ser necessários exames para a realização de um diagnóstico mais preciso. “A investigação do pigarro crônico pode incluir exames de endoscopia da via respiratória e digestiva (nasofibroscopia, endoscopia digestiva e broncoscopia) e exames radiológicos, como a tomografia computadorizada. O tratamento será voltado especificamente ao diagnóstico: a sinusite crônica, por exemplo, quando não resolvida com tratamento com medicamentos, pode eventualmente necessitar de tratamento cirúrgico”, ressalta o especialista.

Para se prevenirem os pigarros associados às condições do ambiente - como o ar seco e a presença de poluentes - algumas dicas são importantes. “Para minimizar seus efeitos, a hidratação adequada é extremamente importante. Não realizar atividades físicas nas horas do dia em que a umidade do ar estiver muito baixa é outra medida preventiva que pode ajudar. Outra dica útil é a lavagem do nariz com soro fisiológico. O tratamento de condições crônicas como a rinite, a bronquite/asma e o refluxo grastro-esofágico também são maneiras de se tratar e prevenir o pigarro”, finaliza Raimar. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
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Brasil bate recorde de internações por trombose venosa


Em 2023, o número de internações por trombose venosa bateu recorde no Brasil. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 165 pessoas foram hospitalizadas diariamente na rede pública para tratar a doença.
 

De janeiro de 2012 a agosto de 2023, quase 490 mil pessoas estiveram internadas para tratar o problema.
 

Mas o que é trombose venosa?

O cirurgião vascular e angiologista Fábio Rocha explica que a trombose venosa consiste na formação de coágulos, também chamados de trombos, que são capazes de obstruir ou prejudicar o fluxo sanguíneo nas veias. 

“A doença pode atingir as veias que estão logo abaixo da pele, ou veias mais profundas, no interior dos músculos — o que chamamos de trombose venosa profunda. Esse processo resulta em inchaço na região das pernas, mas também pode se desenvolver nos braços.” 

A trombose venosa é perigosa, pois o coágulo de sangue, que inicialmente se originou em uma veia, pode se desprender e percorrer a corrente sanguínea. 

“Geralmente, o trombo segue em direção aos pulmões, podendo progredir para uma situação crítica conhecida como embolia pulmonar e/ou tromboembolismo pulmonar (TEP), o que pode ser fatal para o paciente”, explica o médico.
 

Como identificar os sintomas?

O profissional orienta que a sensação de cansaço nas pernas não é o único sintoma. Existem outros sinais que podem indicar a formação de coágulos nas veias. São eles:

  • inchaços nas pernas, que costumam se agravar com o tempo;
  • dor repentina em um dos membros inferiores, que vai ficando mais intensa gradualmente;
  • vermelhidão na perna afetada;
  • pele mais dura que o normal;
  • dilatação das veias, tornando-as mais visíveis sob a pele.


Quais os fatores de risco?

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), a trombose venosa é mais comum em pacientes acima dos 40 anos, e o risco aumenta conforme a idade avança.
 

Os fatores contribuintes para o desenvolvimento da trombose venosa são:

  • Histórico de infarto;
  • Acidente Vascular Cerebral (AVC);
  • Insuficiência cardíaca congestiva;
  • Doença pulmonar;
  • Pessoas que passaram por cirurgias, especificamente nos joelhos ou quadril;
  • Traumatismos;
  • Infecções graves;
  • Quimioterapia;
  • Estilo de vida sedentário;
  • Fumantes;
  • Pessoas acima do peso;
  • Trombose venosa: causas, sintomas e tratamentos.


Quais são os tratamentos?

Fábio Rocha explica que o tratamento da trombose venosa depende da gravidade do caso e pode variar de acordo com o tipo da doença. 

“Enquanto em alguns casos o uso de medicamentos anticoagulantes prescritos pelo médico é suficiente, situações mais sérias podem demandar até mesmo uma intervenção cirúrgica. Por essa razão, quando houver a suspeita de um coágulo nas pernas, a orientação é procurar um especialista em angiologia e cirurgia vascular o mais rápido possível.”


Praticar exercício físico já foi um risco para a saúde. Entenda

Antes de 1998, qualquer pessoa poderia prescrever e orientar programas de exercício físico


Imagine-se realizando matrícula numa academia de ginástica no ano de 1990. Você se matricula, paga a mensalidade e agora precisa de um treino. No entanto, ao invés de ser recebido por um profissional qualificado em Educação Física, você é abordado por um entusiasta que se autointitula "treinador". Sem regulamentação da profissão, qualquer pessoa podia assumir esse papel, sem a necessidade de formação específica, portanto, sem nenhum compromisso com uma prestação de serviço ética, visando sua saúde e seus objetivos.

Provavelmente, esse "treinador" improvisado montaria um programa de exercícios sem levar em consideração sua condição física, histórico médico ou metas individuais. As máquinas e pesos na academia se tornam ferramentas de risco, pois a falta de conhecimento técnico-científico expõe os praticantes a lesões potenciais, até risco de morte. Na ausência de padrões e diretrizes, o ambiente de treino se transforma em um terreno de incertezas, onde a falta de qualificação coloca em perigo a segurança dos frequentadores.

Esse era o cenário antes da criação dos Conselhos de Educação Física, ou seja, o Sistema CONFEF/CREFs. Nesta época, praticar exercício físico poderia representar um risco, ao invés de um hábito promotor de saúde. Após muita luta da categoria, foi criada a Lei Federal 9696/98, que regulamentou a profissão.

A partir dela, todos os profissionais de Educação Física, para atuar na área, precisaram se registrar no CREF (Conselho Regional de Educação Física). Desta forma, prescrever e orientar treinos ou esportes sem o registro passou a configurar exercício ilegal da profissão, assim como ocorre no caso dos médicos e dos advogados. Para controlar este cenário, os CREFs ficaram responsáveis por orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão e zelar pela fiel observância dos princípios de ética e disciplina da classe.

Em 2023, a Educação Física completou 25 anos de regulamentação. São 25 anos garantindo à sociedade o direito de ser atendida por Profissional de Educação Física. Graças ao trabalho dessas entidades, hoje você pode confiar no seu treinador, tendo a certeza de que ele estudou Fisiologia, Biomecânica, Cinesiologia e muitas outras disciplinas para te atender. E está embasado cientificamente pelas diretrizes éticas e resoluções da sua profissão. 


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