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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Saiba quando levar o bebê à sua primeira consulta ao dentista

O cuidado com a saúde bucal do bebê começa na gestação e deve ser direcionada para um profissional durante o primeiro ano de vida da criança; especialista dá dicas de como manter uma rotina em casa

 

Assim como o acompanhamento pediátrico é essencial no início da vida, o tratamento odontológico é igualmente importante. Porém, muitas pessoas ainda não entendem a necessidade de realizar a primeira consulta ao dentista enquanto a criança ainda é um bebê. 

Pesquisa desenvolvida pelo Barómetro de Saúde Oral para a Ordem dos Médicos Dentistas (OMD), exemplifica muito bem essa realidade. Segundo os dados levantados, 73,4% das crianças com menos de 6 anos nunca consultaram um profissional da área. 

O exame odontológico inicial ou exame de erupção, ajuda a criar uma relação de confiança entre os pais e o profissional, reduzindo a ansiedade em relação às visitas futuras. A American Dental Association (ADA) indica que esta consulta aconteça entre o surgimento do primeiro dente de leite e o primeiro ano de vida. 

Para a Dra. Daniela Carvalho, odontopediatra da Yappy, principal centro de odontologia de precisão do país, identificar e tratar precocemente problemas dentários é fundamental para a saúde bucal da criança. “Além disso, o dentista irá verificar se os dentes de leite estão se desenvolvendo normalmente e se não há transtornos evidentes”, afirma a especialista.
 

Frequência de retorno ao dentista

A partir do surgimento dos primeiros dentes de leite, é aconselhável que os pais iniciem o acompanhamento preventivo da saúde bucal do bebê com um dentista especializado. 

De acordo com a Dra. Daniela, o profissional que irá determinar a frequência das consultas. “Ele levará em consideração o risco individual da criança em desenvolver problemas dentários. Porém, essas consultas devem ocorrer regularmente até que todos os dentes permanentes tenham nascido, geralmente por volta dos 12 anos de idade”, comenta. 

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde Bucal, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), mostram que a cárie é o principal problema identificado em crianças no Brasil. Aos 5 anos, em média 49,2% delas estão com dentes cariados e aos 12, a proporção é parecida, sendo 51%. 

“Durante essas consultas, o dentista avaliará o risco de cárie e outras doenças bucais, dará orientações sobre a importância da higiene bucal e as melhores práticas para mantê-la saudável desde a primeira infância”, afirma a especialista. 

O desenvolvimento dos dentes e da face também será monitorado para promover um crescimento saudável ou, se necessário, identificar o momento ideal para a intervenção com tratamentos ortodônticos corretivos.
 

A gestação e amamentação 

O cuidado com a saúde bucal do bebê deve se iniciar ainda durante a gravidez. As consultas periódicas da gestante ajudam na prevenção de possíveis problemas que possam vir a afetar o bem estar da criança, como as doenças periodontais. 

Segundo estudo da Universidade Federal de Juiz de Fora (MG), problemas periodontais, como inflamação ou infecção na gengiva, podem afetar até 83% das gestantes. Quando essas condições não são tratadas corretamente, as bactérias se fortificam e conseguem se infiltrar além da gengiva. De acordo com o Ministério da Saúde, a periodontite pode aumentar as chances de um parto prematuro, nascimento de bebês abaixo do peso e mortalidade perinatal. 

Já a prática da amamentação desempenha um papel fundamental no crescimento saudável dos ossos e músculos da criança, contribuindo para a harmonia facial. “Enquanto mama, o bebê aprimora sua capacidade de respirar pelo nariz e a posição da língua. Esses fatores desempenham um papel significativo na promoção de uma fala mais clara ao longo do desenvolvimento infantil”, explica a Dra. Daniela Carvalho.
 

5 dicas de cuidado com a saúde bucal do bebê 

A especialista Daniela Carvalho listou 5 dicas sobre cuidados com a saúde bucal da criança em casa. Confira abaixo!

  1. Inicie a escovação quando os dentes aparecerem: assim que surgirem os primeiros dentes (geralmente em torno dos 6 meses), passe a escová-los suavemente com uma escova de dentes infantil de cerdas macias. Estudos comprovam que limpar a língua e a gengiva do bebê durante o período de amamentação pode ser prejudicial, pois, esse procedimento acaba retirando a proteção natural do leite materno, que contém imunoglobulinas importantes para o desenvolvimento do sistema imunológico da criança.
     
  2. Quantidade ideal de pasta de dente: a recomendação é que sejam utilizados cremes dentais com flúor a partir de 1.100 ppm. Para crianças de 0 a 3 anos de idade, a medida de pasta na escova deve ser do tamanho de um grão de arroz, e para aqueles com 3 anos ou mais, no tamanho de uma ervilha.
     
  3. Evite adição de açúcar: evite a adição de açúcar em mamadeiras ou chupetas. Segundo a Associação Brasileira de Odontopediatria, a recomendação é evitar o açúcar nos dois primeiros anos de vida do bebê. Isso inclui sucos de frutas açucarados.
     
  4. Modelo de comportamento: seja um bom exemplo para o bebê. Mostre a importância da escovação regular e da boa higiene bucal através do seu próprio comportamento.
     
  5. Introdução e transição de mamadeiras: tente adiar a introdução da mamadeira até que a amamentação esteja bem estabelecida. O formato do bico deve ser compatível com a idade e as necessidades do bebê.

A saúde bucal do bebê é importante como um todo, não somente para o desenvolvimento dos dentes permanentes. Ao seguir essas dicas, você está ajudando a criar uma base sólida para uma boa saúde bucal ao longo da vida da criança. Se tiver dúvidas ou preocupações, consulte um dentista pediátrico para orientações específicas.

 

Yappy


SBD alerta pais sobre aumento de diabetes em crianças e adolescentes

Entidade diz que a condição pode ser controlada e essas pessoas têm vida praticamente normal, assumindo responsabilidades no tratamento da reposição da insulina, monitorização da glicose e atenção ao crescimento e saúde mental das crianças
 

Neste mês, quando se comemora o Dia da Criança, a Sociedade Brasileira de Diabetes alerta pais e responsáveis que o diabetes mellitus tipo 1 (DM1), tipo mais comum de diabetes da infância e da adolescência, exige cuidados imediatos. “Este tipo de diabetes é decorrente da incapacidade do pâncreas de produzir insulina para metabolizar a glicose ingerida nos alimentos”, explica dra. Monica Gabbay, coordenadora do Departamento de Diabetes Tipo 1 na Pediatria da Sociedade Brasileira de Diabetes. Existe uma predisposição genética, apesar de apenas 10% destas crianças apresentarem algum parente com a mesma condição.

Os pais devem ficar alertas aos sintomas mais comuns da doença, que são sede excessiva, boca seca, urinar com frequência (inclusive durante a noite), cansaço, indisposição para brincar, perda de peso rápida e visão turva, entre outros. De acordo com o Ministério da Saúde, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo 1. 

Apesar de não ter cura, o tratamento com as insulinas atuais e os medidores de glicose ou sensores proporcionam uma boa qualidade de vida. “Isso é muito importante tanto para o pleno desenvolvimento da infância quanto para não ter riscos de complicações futuras em razão da hiperglicemia”, diz dra. Monica Gabbay. O tratamento mais indicado é a aplicação de doses regulares de insulina, que substitui sinteticamente o hormônio que o pâncreas não produz. 

Para o melhor tratamento é recomendado um acompanhamento multidisciplinar, pois a alimentação correta e os exercícios físicos são muito importantes para o controle da glicemia.

Atualmente, com o crescente números de crianças com obesidade, os especialistas estão preocupados também com o aumento dos casos de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) em adolescentes. Este tipo de diabetes sempre foi associado à idade (pessoas com mais de 40 anos) e agora vem se apresentando cada vez mais cedo. 

“O estilo de vida, com o consumo de alimentos ultraprocessados (biscoitos, salgadinhos e refrigerantes, por exemplo), e sedentarismo, são os responsáveis pelo aumento da doença entre adolescentes”, explica dra. Monica. De acordo com a médica, medicamentos orais, alimentação mais natural e atividades físicas costumam ajudar, mas muitas vezes medicações injetáveis também serão necessárias no tratamento destes adolescentes. 

O diabetes tipo 2 é uma doença silenciosa, por isso os pais precisam ficar atentos. Se o adolescente estiver acima do peso, se alimentar mal e tiver familiares com a doença, o ideal é fazer exame de sangue para checar a glicemia. Os sintomas, quando aparecem, podem ser sutis e algumas vezes incluem sede excessiva, fome constante, formigamento nos pés e mãos e vista embaçada, dentre outros.
 

Preocupação mundial

Os casos de diabetes em crianças e adolescentes são uma fonte de preocupação constante e vários estudos estão em andamento sobre o tema. No último Congresso Americano de Diabetes, o ADA, um assunto que chamou a atenção foi a detecção precoce para saber se a criança poderá desenvolver DM1.

No Congresso Brasileiro de Diabetes, organizado pela Sociedade Brasileira de Diabetes, haverá um simpósio sobre Diabetes Tipo 1 na Pediatria. Neste simpósio serão debatidos temas como todas as formas de diabetes na infância e adolescência, doenças autoimunes na infância, rastreamento de complicações crônicas em adolescentes com DM1, particularidades no tratamento de crianças com menos de 6 anos. Para saber mais sobre o congresso, acesse Link


Outubro Rosa e todas as cores: 10 coisas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de câncer de mama na população LGBTQIAPN+

Durante as campanhas de conscientização sobre o câncer de mama é preciso ter uma atenção especial a um grupo que nem sempre se sente convidado a participar: LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e Não-Binários). A falta de dados e acesso dificulta as estratégias de prevenção e diagnóstico de câncer de mama em pessoas trans, que sofrem com déficits de assistência nos serviços de saúde, incluindo o rastreio do câncer de mama

 

Outubro é o mês de conscientização do câncer de mama, neoplasia que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mata mais de 17 mil mulheres por ano no Brasil. A campanha Outubro Rosa busca disseminar informações sobre a doença, mas é preciso ir além. Isso porque, nas estatísticas, também está a comunidade LGBTQIAPN+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Intersexuais, Assexuais, Pansexuais e Não-Binários). As pessoas trans, por exemplo, também podem ter câncer de mama e, embora não costumem ser citadas nas campanhas, enfrentam desafios quanto ao diagnóstico e tratamento. Afinal, sentem medo de serem discriminadas e colecionam experiências negativas em consultórios e clínicas médicas. 

A recusa de assistência/terapia a estas pessoas influenciam o acesso aos serviços: cerca de 20 milhões de pessoas nascidas no Brasil (10% da população do país) se identificam como sendo da comunidade LGBTQIA+, de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Entre os métodos discriminatórios mais frequentemente detectados estão a recusa claramente declarada em “lidar com transgêneros” e o erro intencional no uso do pronome de tratamento por parte da equipe médica e de enfermagem - ações que trazem consequências a nível físico e psicológico. 


Outubro Rosa e todas as cores

Para contribuir com a disseminação de informação tanto para pacientes quanto aos profissionais da saúde, Patrícia Maria Almeida Silva, ginecologista do Ambulatório Estadual de Atenção à Saúde de Travestis e Transexuais (CEDAP – Bahia) e das Clínicas EMEG, AMO e IDEM/Vera Harfush e Ricardo Souza Evangelista Sant´Ana, enfermeiro, especialista em Enfermagem Oncológica e Sexualidade Humana, coordenador da campanha Nursing Now Brasil, intitulada como "Ambulatório de sexualidade para as minorias sexuais e de gênero com câncer”. Ambos comentam as principais necessidades de saúde dessa população, que costuma estar em desvantagem em termos de cuidados de saúde, especialmente no que diz respeito à saúde mental e sexual.


1 - Pessoas trans podem ter câncer de mama

Transexuais e transgêneros também podem desenvolver câncer de mama e, por conta disso, devem se consultar e fazer os exames preventivos. As principais diretrizes de rastreamento do câncer de mama para pessoas trans vêm do American College of Radiology (ACR), da United States Preventive Services Task Force (USPSTF), da World Professional Association for Transgender Health (WPATH), da Endocrine Society e do UCSF Center of Excellence for Transgender Health (que oferece recomendações para homens e mulheres trans). Mas essas diretrizes são, em muitos casos, apenas algumas frases de um documento muito maior sobre cuidados de saúde para transgêneros. O ACR fornece as diretrizes mais completas e detalhadas. 

As principais variáveis que orientam o rastreamento pelas diretrizes da ACR são: 

Possível indicação de mamografia digital e tomossíntese - Paciente transfeminina, com 40 anos ou mais, que seja usuário atual de hormônio ou fez uso por cinco ou mais anos. É um paciente de médio risco, 

Usualmente ocorre a indicação de mamografia digital e tomossíntese - Paciente transfeminina, de 25 a 30 anos, que seja usuário atual de hormônio ou fez uso por cinco ou mais anos. É um paciente com risco acima da média; paciente com histórico pessoal de câncer de mama ou irradiação torácica entre 10 e 30 anos de idade; paciente com predisposição genética para câncer de mama, paciente com histórico familiar de câncer de mama ou câncer de ovário e paciente não testado com parente de primeiro grau com predisposição genética para câncer de mama).

Possível indicação de mamografia digital e tomossíntese - Paciente transmasculino que fez mamoplastia redutora, com 40 anos ou mais. Paciente de risco médico, com cerca de 15% de risco de câncer de mama ao longo da vida. 

Usualmente ocorre a indicação de mamografia digital e tomossíntese e pode haver a indicação de ressonância magnética e ultrassom - Paciente transmasculino com mamoplastia redutora, com 30 anos ou mais. Risco intermediário (paciente com história pessoal de câncer de mama, neoplasia lobular, hiperplasia ductal atípica ou 15% a 20% de risco de câncer de mama ao longo da vida).

Usualmente ocorre a indicação de mamografia digital, tomossíntese e ressonância magnética e pode haver a indicação de ultrassom - Paciente transmasculino com mamoplasia redutora, de 25 a 30 anos ou mais. Alto risco (paciente com predisposição genética para câncer de mama ou paciente não testada com parente de primeiro grau com predisposição genética para câncer de mama, paciente com histórico de irradiação torácica entre 10 até 30 anos de idade, paciente com 20% ou mais de risco de câncer de mama ao longo da vida). 


2 - Idosos LGBTQIAPN+ estão mais vulneráveis

Um estudo de pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade de São Caetano do Sul, publicado na revista científica Clinics, em 2023, mostra que pessoas com idade a partir de 50 anos que pertencem à comunidade LGBTQIA+ têm atendimento de saúde pior do que a parcela de mesma faixa etária que não faz parte desse grupo. Os pesquisadores analisaram as respostas de 6.693 pessoas por meio de um questionário online, que permitiu o preenchimento anônimo. A pesquisa revelou que 31% dos indivíduos LGBTQIA+ enfrentam a pior faixa de acesso à saúde no país. 

Outra pesquisa publicada na revista científica Current Psychiatry Reports apontou que idosos LGBTQIAPN+ estão mais propensos a problemas de saúde, como obesidade, câncer de mama e HIV. Na prática, a falta de exames preventivos, o acolhimento e conversa com uma equipe multidisciplinar e o encaminhamento para os grupos de apoio, são alguns dos gargalos enfrentados por essa população.


3 - Desconhecimento e falta de conscientização

Muitas pessoas LGBTQIAPN+ podem não estar cientes dos riscos específicos ao câncer de mama e ginecológico ou podem acreditar erroneamente que não são vulneráveis a esses tipos de câncer devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero. A falta de conscientização pode atrasar a busca por cuidados médicos e diagnóstico precoce. Evidências apontam que a população LGBT tem maior prevalência de diagnóstico de doença mais avançada, menores taxas de cura e maior probabilidade de recidiva. 

O estigma em relação à sexualidade e identidade de gênero pode criar barreiras psicológicas para a busca de cuidados de saúde ginecológica. O medo de discriminação ou tratamento insensível por parte dos profissionais de saúde desencorajam as pessoas LGBTQIAPN+ a procurar atendimento médico. A pesquisa I LesboCenso Nacional, da Liga Brasileira de Lésbicas e Associação Lésbica Feminista de Brasília – Coturno de Vênus, apontou que ao menos uma em cada quatro mulheres lésbicas que entram em um consultório ginecológico no Brasil sofre algum tipo de violência ou não recebe atendimento adequado.

Pessoas trans e não-binárias podem sentir desconforto ou disforia de gênero em relação a exames ginecológicos tradicionais, como a citologia cervical (Papanicolau) ou exames de toque. Isso pode levar à evitação desses exames importantes. É importante que profissionais de saúde estejam cientes desses desafios e forneçam cuidados adaptados.


4 - Apesar dos avanços, muitos são os desafios

Em muitos lugares, houve avanços na expansão do acesso a cuidados de saúde específicos para a comunidade LGBTQIAPN+, como clínicas especializadas em saúde LGBTQIAPN+ e programas de PrEP (profilaxia pré-exposição) para prevenir o HIV. A visibilidade da comunidade LGBTQIAPN+ na sociedade aumentou significativamente, o que contribui para uma maior conscientização sobre suas necessidades de saúde e direitos. Isso também levou a um aumento no ativismo e na defesa de políticas mais inclusivas. Mas há ainda desafios consideráveis a serem superados. A discriminação persiste em muitos locais e a saúde mental, em particular, continua sendo uma preocupação, com taxas mais altas de ansiedade, depressão e suicídio entre pessoas LGBTQIAPN+. Para isso, é fundamental que os profissionais de saúde devem receber treinamento em competência cultural LGBTQIAPN+ para garantir que ofereçam cuidados sensíveis às necessidades específicas dessa população.


5 - O acolhimento começa na marcação da consulta

O acolhimento inicia antes da marcação de consulta, educando equipe de saúde da família na Unidades Básica de Saúde (UBS), no processo de assistência às demandas de saúde integral da população. No dia 1º de dezembro de 2011, foi instituída a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). A política visa ampliar o acesso a ações e serviços de qualidade, reconhecendo a história de discriminação, preconceito e exclusão também nos serviços de saúde. Esse acolhimento começa respeitando o nome social e a forma na qual a pessoa se refere e se autoidentifica. Para tanto, é fundamental prestar um serviço de mais qualidade, humano, diverso e inclusivo.

Consequentemente, a LGBTfobia afasta as pessoas dos serviços de saúde. Há relatos de desconforto na hora de agendar consultas, nas salas de recepção e também durante os atendimentos. Além disso, as barreiras ao acesso aos cuidados de saúde e os preconceitos dificultam a busca por atendimento médico. É comum, nessa população, a automedicação e a não percepção de exposição a riscos, diante da falta de orientação por profissionais habilitados.


6 - Lésbicas e pessoas trans se afastam do diagnóstico ginecológico

É importante que o ginecologista respeite o histórico desse paciente sem fazer juízo de valor. Durante a consulta, perguntar com cuidado e de forma acolhedora, com quem aquela pessoa se relaciona, mas sem ser invasiva. É importante ainda falar sobre planejamento familiar e qual o projeto de vida a dois. Também se faz necessário falar sobre vacina, uso de preservativo e alimentação. A consulta independe de gênero e sexualidade. Como a consulta ginecológica é mais íntima, é difícil criar um vínculo se houver olhar discriminatório. 


7 - Maior prevalência de doença avançada e risco de recidiva

Artigo publicado na revista científica JAMA Oncology, em 2023, trouxe resultados sobre o diagnóstico, tratamento do câncer de mama em pacientes de grupos minoritários de sexo e gênero (SGM), mostrando que a doença diagnosticada nessa população é mais avançada que entre os cisgênero.

Em comparação com pacientes heterossexuais cisgêneros, aqueles dos grupos SGM experimentaram um atraso no tempo desde o início dos sintomas até o diagnóstico. Entre os resultados apresentados pelos pesquisadores é que o “estudo descobriu que entre os pacientes com câncer de mama, aqueles dos grupos SGM apresentaram diagnóstico tardio, com recorrência mais rápida a uma taxa três vezes maior em comparação com pacientes heterossexuais cisgêneros. Estes resultados sugerem disparidades no atendimento de pacientes de grupos SGM e justificam estudos adicionais para informar as intervenções”.


8 – Entender os riscos da reposição hormonal e fazer consultas regulares

Embora as pesquisas afirmem que a terapia hormonal pode ser segura e eficaz se for fornecida por um médico com experiência em cuidar de pessoas trans, é importante conhecer os riscos, como coágulos sanguíneos em veias profundas ou pulmões, problemas cardíacos, infertilidade, entre outros. Inclusive a  Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia comenta alguns dos riscos aos pacientes trans como: o câncer de mama em mulheres trans que tomam estrogênio, doenças cardiovasculares, e câncer de próstata em mulheres trans, mesmo nas mulheres trans cirurgiadas. Para isso, recomendam um estilo de vida saudável, com uma alimentação balanceada e exercícios físicos, além de realizar exames preventivos de acompanhamento.


9 -A importância da pesquisa e prevenção

A pesquisa sobre câncer ginecológico em populações LGBTQIAPN+ ainda é limitada. Isso dificulta a compreensão completa dos riscos e necessidades dessa população e pode afetar a eficácia das estratégias de prevenção e tratamento. Para abordar essas dificuldades, é fundamental promover a educação entre a comunidade LGBTQIAPN+ sobre a importância da saúde ginecológica e fornecer informações com linguagem acessível sobre como superar barreiras psicológicas e emocionais. A promoção da pesquisa sobre câncer ginecológico em pessoas LGBTQIAPN+ também são passos importantes para melhorar o diagnóstico e o tratamento desses cânceres.


10 – A comunicação com pacientes LGBTQIAPN+

A comunicação entre os profissionais da saúde e os pacientes LGBTQIAPN+ é importante para que eles se sintam acolhidos, por meio de um atendimento humanizado e qualificado. No artigo “Estratégias para Cuidado Inclusivo às Pessoas LGBTQIAP+ com Câncer”, há informações de como fazer essa comunicação de forma clara e acolhedora. Entre elas está:

  1. Exibir itens de inclusão no ambiente clínico;
  2. Fornecer um ambiente seguro para os pacientes revelarem orientação sexual e identidade de gênero;
  3. O especialista precisa lembrar que ele não precisa compartilhar as crenças de seus pacientes para cuidar deles de forma ética;
  4. O especialista precisa levar em consideração como suas suposições e reações em relação aos pacientes podem afetar a experiência dele com a saúde;
  5. Usar as palavras que o paciente usa - incluindo escolha de substantivos, pronomes e nomes de partes do corpo;
  6. Considerar hormônios, anatomia e composição corporal em vez de gênero ao fazer recomendações clínicas;
  7. Certificar que as perguntas sejam clinicamente relevantes e para o bem-estar do paciente;
  8. Apoiar a escolhida pelo paciente;
  9. Pedir desculpas quando cometer um erro;
  10. Fazer a lição de casa. Estar educado quanto às necessidades de saúde das minorias sexuais e de gênero.

 

Sobre o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) – O EVA é uma associação sem fins lucrativos, composta em sua maioria por médicos, que tem como missão o combate ao câncer ginecológico. Seu time, multiprofissional, atua com foco na educação, pesquisa e prevenção, assim como promove apoio e acolhimento às pacientes e aos familiares.

A idealização e a organização do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos foram iniciadas pela oncologista clínica Angélica Nogueira Rodrigues, no Hospital do Câncer II do Instituto Nacional de Câncer (INCA). A primeira reunião ocorreu em 12 de março de 2010 e o nome Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos passou a ser utilizado a partir desta data.

A primeira reunião para nacionalização do grupo ocorreu no Congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), em 2013, na cidade de Brasília. O nome EVA foi resultado de uma reunião neste evento e foi sugerido pela oncologista clínica, coordenadora da área de apoio ao paciente (advocacy) do grupo, Andréa Paiva Gadelha Guimarães. O ginecologista oncológico Glauco Baiocchi Neto é o diretor-presidente do EVA na gestão 2023-2024.

 

 

Referência

Yarns, B. C., Abrams, J. M., Meeks, T. W., & Sewell, D. D. (2016). The Mental Health of Older LGBT Adults. Current Psychiatry Reports, 18, 60. https://doi.org/10.1007/s11920-016-0697-y 

Crenitte, et al. Transforming the invisible into the visible: disparities in the access to health in LGBT+ older people, 2023.  https://www.elsevier.es/en-revista-clinics-22-estadisticas-S1807593222033506 

Sant’Ana RSE. Estratégias para uma Assistência Inclusiva a Pessoas LGBTQIAP+ com Câncer. Rev. Bras. Cancerol. [Internet]. 3º de maio de 2023 [citado 4º de outubro de 2023];69(2):e-163671. Disponível em: https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3671



PESQUISA APONTA QUE 38% DAS MULHERES NÃO FAZEM MAMOGRAFIA COMO O RECOMENDADO, DIFICULTANDO O CONTROLE CONTRA UMA EPIDEMIA DE CÂNCER DE MAMA

  A Pesquisa “Um Olhar sobre o Câncer de Mama no Brasil”

Conheça alguns dos resultados dessa pesquisa realizada pela VejaSaúde em parceria com a FEMAMA, Roche e o Instituto Oncoguia. Foram entrevistados 1.237 pessoas (homens e mulheres), de 20 a 70 anos de todo Brasil. 

19% das pacientes nunca haviam feito mamografia antes do exame de diagnóstico e 53% realizava anualmente

38% dos pacientes não tinham nenhum sintoma, nem dor nas mamas, quando foram diagnosticados

67% das pacientes entrevistadas já tinham acompanhado a experiência de alguém próximo com diagnóstico de câncer

15% das pacientes foram aconselhadas a procurar uma rede de apoio na consulta sobre a notícia do diagnóstico

32% afirma que após o diagnóstico o fato da vida mais afetado foi a sexualidade seguido de 28% que apontou o emprego e a renda familiar

57% conta que o principal sentimento no momento do diagnóstico foi o medo

61% afirma que fé foi o principal sentimento durante o tratamento


A importância dos exames de rastreamento é subestimada no Brasil mesmo com os números alarmantes de pacientes do câncer de mama. Até o final de 2023, serão mais 73 mil novos casos de câncer de mama no país e até 2030 teremos mais 25 milhões de novos diagnósticos no mundo. FEMAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópico de Apoio à Saúde da Mama - comenta o cenário e indica soluções 

 

Em 2021, 18.139 brasileiras morreram em virtude do câncer, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Depois do melanoma, o câncer de mama é a principal causa de óbitos de mulheres no mundo. Até 2030 são estimados mais 25 milhões de novos casos, 73 mil no Brasil só até o final de 2023. Como frear essa epidemia? Investindo nos exames de rastreamento nas esferas públicas (políticas públicas) e na privada (conscientização sobre a necessidade de fazer os exames com regularidade). A verdade é que a importância da mamografia é subestimada no Brasil. Na pesquisa “Um Olhar sobre o Câncer de Mama no Brasil”, divulgada em agosto de 2023, cerca de 1/3 dos entrevistados afirma não fazer o exame com frequência e 19% nunca o fizeram. Foram pesquisadas 1237 pacientes, entre 20 e 70 anos, em todas as regiões do país.

 

Mamografia salva vidas

O grupo de entrevistadas menos engajada aos exames de rastreamento foram são as mulheres de 40 a 49 anos, que costumam utilizar o SUS. A mamografia de rotina oferece a possibilidade de identificar lesões que ainda não são tumores malignos e também tumores invasores pequenos que a palpação não consegue detectar. É a forma indicada para aumentar as chances de curar a doença, evitar tratamentos que impactem demais na vida do paciente e reduzir a o número de mortes”, afirma Maira Caleffi, mastologista, chefe do serviço de Mastologia do Hospital Moinhos de Vento, presidente voluntária de FEMAMA e membro do Board da UICC (Union for International Cancer Control). Quando detectado precocemente, o câncer de mama tem 95% de chances de cura. Por isso é fundamental seguir as recomendações do Ministério da Saúde que indica o exame anual para mulheres com 40 anos ou mais e, quando há antecedentes familiares, a partir dos 30 anos. O autoexame é importante sim, mas ele não é conclusivo. “É necessário amplificar o discurso sobre o papel dos exames de rastreamento. Por enquanto não temos outra alternativa com evidências científicas que superem o impacto da mamografia de rotina na melhoria das curvas de mortalidade. É preciso fazer isso com afeto, com as responsabilidades de todos e com empatia”, afirma Maira Caleffi.

 

Confira alguns dados
Na pesquisa 1.237 pacientes de câncer de mama foram submetidas a pergunta: “antes do diagnóstico, você costumava fazer a mamografia com frequência?”. Confira as respostas

“Não costumava fazer mamografia”
20% das mulheres de 40 a 49 anos usuárias do SUS
08% das das mulheres de 40 a 49 anos da rede suplementar de saúde
16% das mulheres com mais de 50 anos usuárias do SUS
06% das mulheres com mais de 50 anos da rede suplementar de saúde


“Sim, costumava fazer anualmente”
45% das mulheres de 40 a 49 anos usuárias do SUS
73% das das mulheres de 40 a 49 anos da rede suplementar de saúde
53% das mulheres com mais de 50 anos usuárias do SUS
82% das mulheres com mais de 50 anos da rede suplementar de saúde
 

Uma causa de todos nós

Empatia, inclusive, é a palavra-chave na campanha do outubro rosa de 2023. FEMAMA acredita que com empatia, pacientes sentem-se encorajados para enfrentar a doença, homens e mulheres se ajudam a lembrar do papel dos exames de rastreamento e a população apoiará mais as políticas públicas em prol da saúde da mama. Sim, o câncer de mama é uma causa de todos nós, homens e mulheres, jovens e idosos. Sim, homens também podem ter câncer de mama e a incidência em mulheres jovens cresce a cada ano. A empatia torna esse assunto comum a todos nós, é importante para sensibilizar a sociedade tanto no sentido privado, de ajudar quem está por perto, como também na esfera institucional, no ato de apoiar políticas públicas em prol da prevenção, diagnóstico e tratamentos. “Já avançamos na aprovação de leis e agora é preciso o envolvimento da opinião pública para exigir o cumprimento dessas conquistas no dia a dia. A mudança de consciência ainda está em curso e contamos a empatia de todos para divulgar informações de qualidade sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença”, finaliza Maria Caleffi. FEMAMA acredita na informação de qualidade, nos cuidados mútuos e no poder das redes de apoio para o acolhimento ao paciente e seus familiares. Por isso, cuide-se, cuide de quem está por perto e apoie políticas públicas em prol da saúde. Lembre-se: com empatia, somos mais Vida. Feliz outubro rosa!  

 

FEMAMA - Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

 

Saúde ocular: mudanças na visão podem não ser percebidas pela criança e assim, atrasar o diagnóstico precoce de problemas oculares na infância

 

As crianças podem não ser capazes de perceber mudanças na visão, não indicando que existe algo de errado com ela, principalmente quando não há sinais que possam ser visíveis aos pais ou cuidadores. A Oftalmopediatra Dra. Célia Nakanami explica quando a primeira consulta deve acontecer e o que levar em consideração



As crianças demonstram uma notável capacidade de adaptação, o que desempenha um papel crucial em seu desenvolvimento. No entanto, quando o assunto é a visão, essa habilidade pode se tornar prejudicial, por elas ainda não terem capacidade de perceber ou não conseguirem expressar de forma clara o que estão sentindo e irem convivendo com as dificuldades visuais. 

Segundo estimativa do Conselho de Oftalmologia Brasileiro, mais de 250 mil crianças, entre 5 e 15 anos, têm dificuldade para enxergar. Ademais, após o período pandêmico, os casos de miopia em crianças e adolescentes disparou. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, apenas na cidade de São Paulo, os casos cresceram em 134% entre 2019 e 2022. 

Além de fatores genéticos, o aumento dos casos está também relacionado a mudanças comportamentais e estilo de vida das crianças. “Isso porque durante o período de isolamento social, o tempo que as crianças passavam em frente a telas, seja televisão, computador ou celular, aumentou bastante. Desta forma, os problemas de visão acabaram se desenvolvendo em maiores proporções”, comenta a Dra. Célia Nakanami.
 

Saiba como identificar sinais de problemas de visão em crianças

Para garantir o tratamento adequado o mais breve possível, é importante saber identificar os sinais de distúrbios de visão de forma clara. Abaixo, a especialista Dra. Célia elencou alguns indícios (sinais e sintomas) que podem apontar doenças ou distúrbios oculares em crianças e adolescentes:

  • Olhos lacrimejantes e/ou vermelhos frequentes após períodos de muito esforço visual (escola, cinema, leitura, tarefas escolares)
  • Piscar excessivamente
  • Coçar ou esfregar os olhos
  • Estrabismo
  • Sentar-se muito perto da TV ou segurar objetos muito próximos dos olhos
  • Dificuldades ou baixo desempenho na escola
  • Dispersa a atenção com facilidade ou perde o interesse visual pelas atividades de perto ou longe
  • Franzir a testa ou inclinar a cabeça ao olhar para objetos
  • Dor de cabeça ou dor nos olhos após períodos de esforço visual

Os sintomas muitas vezes aparecem de forma silenciosa e sutil. Uma criança com miopia, por exemplo, pode apertar os olhos para enxergar melhor, se aproximar muito da televisão ou do quadro na escola, ou fazer leitura ou escrever muito próximos dos olhos. Esses indicativos podem passar despercebidos pelos pais e professores, já que muitas vezes não existe nenhum sinal de incômodo. 

Segundo a Dra. Célia Nakanami, o histórico familiar é outro ponto que deve ser levado em consideração. "É importante estar ciente de que a visão pode ser influenciada pela genética, portanto, um histórico familiar de condições oculares, como miopia, astigmatismo ou estrabismo, aumenta a probabilidade de crianças desenvolverem essas disfunções visuais”, explica, “deve-se ficar atento na identificação de alguma condição visual semelhante aos dos familiares”.
 

Com que idade os problemas de visão aparecem?

O aparecimento de doenças ou distúrbios oculares depende do tipo de problema e de fatores individuais. É muito comum que distúrbios como miopia, astigmatismo ou hipermetropia surjam entre os 6 e os 12 anos de idade, durante o período escolar. No entanto, existem doenças presentes desde o nascimento, como catarata ou glaucoma congênito, que necessitam ser diagnosticadas e tratadas logo após o nascimento ou nos primeiros meses de vida. 

O teste que precisa ser feito em todo recém-nascido é o teste do reflexo vermelho, também conhecido como teste do olhinho. A recomendação é que seja repetido ao menos três vezes ao ano, a partir dos 6 meses de vida. Já a primeira consulta oftalmológica completa pode ser agendada ainda no primeiro ano de idade e, de forma anual, conforme recomendado pelo oftalmologista. 

Consultas regulares com um oftalmologista são essenciais para identificar condições visuais em crianças, mesmo que elas não apresentem sintomas ou sinais evidentes. Quanto mais cedo um problema visual for detectado e tratado, melhor será o prognóstico para a saúde visual da criança.
 

Importância de exames oftalmológicos regulares

A Dra. Célia Nakanami explica que para evitar atrasos no diagnóstico, é fundamental que as crianças façam exames oftalmológicos regulares ou passem por triagem visual. “Os pais, professores e profissionais de saúde devem estar atentos às alterações de visão e qualquer sinal de alerta - referido acima, deve ser investigado prontamente”. 

A detecção precoce e o tratamento adequado de problemas visuais são essenciais para garantir o desenvolvimento saudável da visão das crianças e, à medida que os problemas de visão são identificados e tratados, é necessária a rápida habilitação/reabilitação visual com o uso dos óculos ou lentes de contato e terapia visual, aproveitando, de forma positiva, a adaptação da criança que se ajusta às correções ópticas necessárias. 



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Saúde bucal na infância; a importância das primeiras consultas Odontológicas

Atentar-se aos cuidados na fase inicial da vida é a melhor forma de manter os dentes saudáveis no futuro


No Dia das Crianças é importante ressaltar a necessidade das consultas odontológicas desde a primeira infância. Assim, o comprometimento dos pais em relação à higiene bucal, os cuidados com a dentição dos seus filhos e o acompanhamento como o Odontopediatra é fundamental.

O ideal é que acompanhamento odontológico comece na gestação, para que a criança não tenha problemas futuros com a saúde bucal, e siga até a fase adulta.

Para a Cirurgiã-Dentista Dra. Miriam Petrella Re, Odontopediatra e membro da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), a alimentação é um dos pilares importantes para uma gravidez saudável.

“É necessário ter orientação no consumo de alimentos, evitando-se os açucarados. Também alertar sobre as alterações hormonais que ocorrem na futura mamãe, para que ela não desenvolva doenças periodontais, como as famosas gengivites, dentre outras, devido à alteração dos níveis de progesterona e cortisol que podem aumentar o sangramento gengival. No caso de gestantes fumantes, o cuidado na higiene bucal deve ser dobrado, pois o índice de problemas gengivais é aumentado, podendo nascer crianças de baixo peso e com problemas no desenvolvimento dentário”.


Dentição

As primeiras erupções dentárias do bebê ocorrem por volta dos 6 meses. Nesta fase, os pais precisam ficar atentos para atender aos procedimentos de higienização, com orientação do Odontopediatra, utilizando escovas de cerdas macias ou extramacias e de tamanho adequado para a idade da criança, com pastas dentais fluoretadas e na quantidade de aproximadamente 1 grão de arroz.


Informação

Entre as valiosas dicas da Dra. Miriam Petrella, pode-se citar a amamentação correta, que auxilia na prevenção de sucção digital (hábito chamado quando o bebê coloca o dedo na boca) e também reduz a necessidade do uso de chupeta. Desta forma, diminui a chance das más oclusões dentárias (desalinhamento dentário).

Dra. Miriam Petrella salienta a necessidade de higienização dentária assim que o primeiro dentinho irromper, e esta deve ser feita principalmente no período noturno, quando há maior atuação das bactérias da cárie dentária, devido à diminuição salivar.  “Se os dentes de leite são bem higienizados, os permanentes nascerão saudáveis”, conclui a especialista. 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
www.crosp.org.br


Dia Mundial da Obesidade e Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: pets também merecem atenção especial para uma vida saudável

 

Foto: Marcelo Krasilcic

Conheça os principais sintomas e tratamentos de obesidade em animais de estimação e saiba como cuidar do bem-estar do seu bichinho


No Dia Mundial da Obesidade e Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, que acontecem em 11 de outubro, é fundamental lembrar que os pets também podem enfrentar problemas de excesso de peso. Assim como em humanos, a obesidade nos animais pode levar a uma série de complicações e doenças e, por isso, é importante estar atento aos sinais e adotar medidas para mantê-los saudáveis e em forma.

Segundo a médica-veterinária da Petlove, Joana Portin, não é difícil identificar se o pet está acima do peso adequado. Quando ele apresenta uma gordurinha visível na barriga, quando a coleira está ficando mais apertada ou até mesmo quando ele está menos ativo, com menos energia para brincar e se exercitar são indicativos de que ele pode estar acima do peso Outros sintomas comuns que Joana Portin, destaca são:

- dificuldade em sentir as costelas ao tocar no pet;

- aparente camada espessa de gordura corporal;

- grandes quantidades de gordura no pescoço, tórax, base da cauda e na região da virilha;

- ausência completa de cintura e abdômen distendido.

São vários os fatores que podem levar animal à obesidade, incluindo o fato de serem idosos, já que nessa fase o metabolismo tende a ser mais lento . Dentre os principais, destacam-se o excesso de alimentação e a falta de exercícios físicos que prejudicam o bem-estar e a saúde dos pets. Portin destaca ainda a importância de regular a alimentação, em especial os petiscos que são ofertados aos pets.

“Não ofereça sobras de alimentação humana, pois podem conter muitos carboidratos refinados, temperos e gorduras que, em conjunto com a dieta normal, podem contribuir para um excesso de energia ingerida”, alerta.
 

A profissional também comenta que os tutores precisam educar cães e gatos para que não criem o hábito de ficar ao redor da mesa nos momentos de alimentação. Sobre a prática de exercícios físicos, ela explica que as atividades são muito importantes pois “trazem uma melhora na resposta insulínica, hormônio que faz o controle da glicose, impedindo assim que as taxas de açúcar se elevem na corrente sanguínea”, explica Joana.

A veterinária da Petlove ressalta que animais acima do peso têm mais chances de desenvolverem problemas cardiorrespiratórios, osteomusculares, diabetes e doenças oftalmológicas. Por isto, é fundamental promover a perda de peso para garantir uma melhor qualidade de vida e bem-estar.

Cuidar da saúde do pet é uma demonstração de amor e carinho. Por isso, é importante que o animal seja levado para consultas regulares a veterinários , evitando não apenas a obesidade mas também outras doenças. A profissional da Petlove explica que é preciso fazer uma avaliação física com um profissional, mas os cuidados não param por aí.

“Os exames complementares também podem esclarecer se há maiores complicações como aumento de glicemia, triglicerídeos, colesterol e/ou se já há depósito de gordura do fígado. Quando há obesidade já constatada, pode-se também incluir check ups hormonais e, dependendo da avaliação clínica, check up cardiológico”, finaliza. Portin também lembra que contar com plano de saúde pet pode ser um bom aliado para auxiliar na manutenção do bem-estar de cães e gatos, já que há modalidades bem acessíveis (como os planos da Petlove, que começam a partir de R
19,90 por mês) e que contam com uma cobertura nacional que inclui consultas, exames e vacinas, o que proporciona tranquilidade para o tutor e o pet ao garantir o cuidado necessário mesmo em situações imprevisíveis. Além disso, a Petlove conta também com um setor de teleorientação veterinária, que ajuda o tutor a entender mais sobre a saúde do seu pet e atuar na prevenção de doenças ou complicações mais graves.


Lançamento da Websérie Nossos Pets: Obesidade

Pensando na importância da atenção à saúde de cães e gatos obesos e acima do peso, a Petlove estreia a segunda temporada da sua websérie, intitulada “Nossos Pets: Obesos”, documentário que conta com relatos de tutores com pets nesta condição, além de orientações de especialistas veterinários para prevenir e tratar a questão. O primeiro episódio já está disponível de modo gratuito no canal da Petlove no Youtube.


Grupo Petlove


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