A Pesquisa “Um Olhar sobre o Câncer de Mama no Brasil”
Conheça alguns dos resultados dessa pesquisa realizada pela VejaSaúde em parceria com a FEMAMA, Roche e o Instituto Oncoguia. Foram entrevistados 1.237 pessoas (homens e mulheres), de 20 a 70 anos de todo Brasil.
19% das pacientes nunca haviam feito mamografia antes do exame de diagnóstico e 53% realizava anualmente
38% dos pacientes não tinham nenhum sintoma, nem dor nas mamas, quando foram diagnosticados
67% das pacientes entrevistadas já tinham acompanhado a experiência de alguém próximo com diagnóstico de câncer
15% das pacientes foram aconselhadas a procurar uma rede de apoio na consulta sobre a notícia do diagnóstico
32% afirma que após o diagnóstico o fato da vida mais afetado foi a sexualidade seguido de 28% que apontou o emprego e a renda familiar
57% conta que o principal sentimento no momento do diagnóstico foi o medo
61% afirma que fé foi o principal sentimento durante o tratamento
A importância dos exames de rastreamento é
subestimada no Brasil mesmo com os números alarmantes de pacientes do câncer de
mama. Até o final de 2023, serão mais 73 mil novos casos de câncer de mama no
país e até 2030 teremos mais 25 milhões de novos diagnósticos no mundo. FEMAMA
– Federação Brasileira de Instituições Filantrópico de Apoio à Saúde da Mama -
comenta o cenário e indica soluções
Em 2021, 18.139 brasileiras morreram em virtude do câncer, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Depois do melanoma, o câncer de mama é a principal causa de óbitos de mulheres no mundo. Até 2030 são estimados mais 25 milhões de novos casos, 73 mil no Brasil só até o final de 2023. Como frear essa epidemia? Investindo nos exames de rastreamento nas esferas públicas (políticas públicas) e na privada (conscientização sobre a necessidade de fazer os exames com regularidade). A verdade é que a importância da mamografia é subestimada no Brasil. Na pesquisa “Um Olhar sobre o Câncer de Mama no Brasil”, divulgada em agosto de 2023, cerca de 1/3 dos entrevistados afirma não fazer o exame com frequência e 19% nunca o fizeram. Foram pesquisadas 1237 pacientes, entre 20 e 70 anos, em todas as regiões do país.
Mamografia salva vidas
O
grupo de entrevistadas menos engajada aos exames de rastreamento foram são as
mulheres de 40 a 49 anos, que costumam utilizar o SUS. “A mamografia de rotina oferece a
possibilidade de identificar lesões que ainda não são tumores malignos e também
tumores invasores pequenos que a palpação não consegue detectar. É a forma
indicada para aumentar as chances de curar a doença, evitar tratamentos que
impactem demais na vida do paciente e reduzir a o número de mortes”, afirma
Maira Caleffi, mastologista, chefe do serviço de Mastologia do Hospital Moinhos
de Vento, presidente voluntária de FEMAMA e membro do Board da UICC (Union
for International Cancer Control). Quando detectado precocemente, o câncer
de mama tem 95% de chances de cura. Por isso é fundamental seguir as
recomendações do Ministério da Saúde que indica o exame anual para mulheres com
40 anos ou mais e, quando há antecedentes familiares, a partir dos 30 anos. O
autoexame é importante sim, mas ele não é conclusivo. “É necessário amplificar o discurso sobre o papel dos
exames de rastreamento. Por enquanto não temos outra alternativa com evidências
científicas que superem o impacto da mamografia de rotina na melhoria das
curvas de mortalidade. É preciso fazer isso com afeto, com as responsabilidades
de todos e com empatia”, afirma Maira Caleffi.
Confira
alguns dados
Na pesquisa 1.237 pacientes de câncer de mama foram submetidas a pergunta:
“antes do diagnóstico, você costumava fazer a mamografia com frequência?”.
Confira as respostas
“Não costumava fazer mamografia”
20% das mulheres de 40 a 49 anos usuárias do SUS
08% das das mulheres de 40 a 49 anos da rede
suplementar de saúde
16% das mulheres com mais de 50 anos usuárias do SUS
06% das mulheres com mais de 50 anos da rede suplementar de
saúde
“Sim, costumava fazer anualmente”
45% das mulheres de 40 a 49 anos usuárias do SUS
73% das das mulheres de 40
a 49 anos da rede suplementar de saúde
53% das mulheres com mais de 50 anos usuárias
do SUS
82% das mulheres com mais de 50 anos da rede
suplementar de saúde
Uma causa de todos nós
Empatia,
inclusive, é a palavra-chave na campanha do outubro rosa de 2023. FEMAMA
acredita que com empatia, pacientes sentem-se encorajados para enfrentar a
doença, homens e mulheres se ajudam a lembrar do papel dos exames de
rastreamento e a população apoiará mais as políticas públicas em prol da saúde
da mama. Sim, o câncer de mama é uma causa de todos nós, homens e mulheres,
jovens e idosos. Sim, homens também podem ter câncer de mama e a incidência em
mulheres jovens cresce a cada ano. A empatia torna esse assunto comum a todos
nós, é importante para sensibilizar a sociedade tanto no sentido privado, de
ajudar quem está por perto, como também na esfera institucional, no ato de
apoiar políticas públicas em prol da prevenção, diagnóstico e tratamentos. “Já
avançamos na aprovação de leis e agora é preciso o envolvimento da opinião
pública para exigir o cumprimento dessas conquistas no dia a dia. A mudança de
consciência ainda está em curso e contamos a empatia de todos para divulgar
informações de qualidade sobre a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da
doença”, finaliza Maria Caleffi. FEMAMA acredita na informação de qualidade,
nos cuidados mútuos e no poder das redes de apoio para o acolhimento ao
paciente e seus familiares. Por isso, cuide-se, cuide de quem está por perto e
apoie políticas públicas em prol da saúde. Lembre-se: com empatia, somos mais
Vida. Feliz outubro rosa!
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