Pesquisar no Blog

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Dengue na Bahia: aumento de casos acende alerta para prevenção e vacinação contra a doença

Shutterstock 

Infectologista pontua que a mais nova vacina contra a enfermidade, a Qdenga, tem eficácia geral de mais de 80% e reduz as hospitalizações em 90%
  

 


 

Com o aumento de casos de dengue este ano na Bahia (28,3%), e das manifestações mais graves da doença (168%), a preocupação com a prevenção e a imunização se tornam ainda mais importantes, principalmente com a chegada das estações mais quentes do ano (primavera e verão). O infectologista e consultor técnico do Sabin Diagnóstico e Saúde, Claudilson Bastos, destaca que esses períodos, principalmente o verão, concentram também mais chuvas e, consecutivamente, com mais locais com possibilidade de água parada, ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti

 

 “É aquela velha história: onde tem água parada tem risco de proliferação da dengue, uma vez que os mosquitos usam esses espaços para colocar suas larvas, aumentando, assim, o contingente de mosquitos nas cidades. E este quadro pode propiciar um maior número de pessoas contaminadas”, informa o especialista, alertando que as pessoas devem redobrar os cuidados. “É importante evitar que o Aedes aegypti, responsável também pela transmissão da zika e chikungunya, tenha locais para se reproduzir, a exemplo de vasos de planta, calhas das casas, pneus, garrafas, tanques de água abertos e piscinas sem o cuidado adequado”, acrescenta. 


 

Casos de dengue na Bahia 

 

Informações da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) mostram que, de 1º de janeiro a 5 de agosto, foram notificados 39.896 casos prováveis de dengue no estado; ou seja, 28,3% a mais do que no mesmo período do ano passado (31.102 casos). A situação afeta mais gravemente 24 municípios baianos, que estão em situação epidêmica, a exemplo de Salvador, Camaçari, Lauro de Freitas e Santo Antônio de Jesus.  

 

A Sesab comunicou também um aumento de 168% nos casos de dengue grave no primeiro semestre de 2023: pulou de 250 registros, no ano passado, para 670. O número de mortes, no entanto, teve uma redução de 55%. 

 

Na capital baiana, o crescimento de casos de dengue acendeu um alerta preocupante. Isso porque os dados do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Ciev-SSA), vinculado à Prefeitura de Salvador, revelam que, no comparativo entre 2022 e 2023, ocorreu um incremento de 669,8% dos casos registrados da doença entre janeiro e agosto.  

 

 

Vacinação contra a dengue 

 

De acordo com o infectologista Claudilson Bastos, os cuidados com a prevenção ganham um grande aliado com a disponibilização de uma vacina que ajuda a prevenir o agravamento dos casos mais graves da dengue. Um exemplo disso é o imunizante Qdenga (TAK-003), produzido pelo laboratório Takeda e licenciado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  

 

“A nova vacina protege contra todos os quatro tipos do vírus causadores da doença. São elas: a DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4, sendo os tipos 1, 2 e 4 os mais comuns no Brasil. Além disso, a Qdenga previne mais de 80% dos casos gerais de dengue e reduz em 90% os casos de hospitalização”, destaca o médico.  

 

O imunizante – que pode ser administrado em pessoas de 4 a 60 anos, inclusive em indivíduos que não tiveram a doença – está disponível somente na rede privada, como nas unidades de vacinação do Sabin, assim como no atendimento móvel, disponíveis em Salvador, Lauro de Freitas, Barreiras e região. 


 

Exame unificado 

 

Além do aumento dos casos de dengue, há também o maior número de ocorrências de contaminação por zika na Bahia. O último boletim de arboviroses da Sesab aponta que, de 1º de janeiro até o dia 7 de agosto, foram 1.689 notificações. Isso representa um incremento de 81,4% na comparação com 2022, quando foram registrados 931 casos. Com relação à chikungunya, a Bahia registrou uma redução de ocorrências de 17,4%, de janeiro a agosto. Foram 13.778 casos prováveis contra 16.687 registros no mesmo período de 2022. 

 

Para apoiar a detecção desses três arbovírus (dengue, zika e chikungunya), o Sabin disponibiliza um exame unificado, que utiliza técnica de biologia molecular RT-PCR capaz de identificar os vírus ainda na fase aguda, quando está replicando. Isso acontece nos cinco primeiros dias dos sintomas.  

 

Para isso, é coletada uma única amostra de sangue, com o resultado sendo entregue entre três e quatro dias. Antes, os pacientes precisam fazer exame específico para cada vírus, o que acontecia após 10 dias das primeiras manifestações. 

 

A rapidez e eficiência promovidas pelo exame unificado, de acordo com a coordenadora do Núcleo Técnico Operacional (NTO) do Sabin, Híbera Brandão, propicia uma maior agilidade no início do tratamento dos pacientes. “Isso acontece também porque o teste apresenta excelente sensibilidade e especificidade, auxiliando o médico a iniciar o mais rápido possível o tratamento já no início das manifestações, evitando possíveis complicações”, pontua.  

   



Grupo Sabin 


Brasil enfrenta desafios na prevenção e no controle do colesterol

O mês de conscientização a respeito da prevenção do colesterol levanta a discussão sobre as lacunas no controle eficaz da doença para pacientes de alto risco, apontadas por estudo recente

 

A doença arterial do coração e o acidente vascular cerebral (AVC) são responsáveis por mais de um quinto de todas as mortes no mundo, principalmente em países de baixa e média renda, onde ocorrem 80% dos óbitos¹. Para combater essa realidade, o uso de estatinas, grupo de medicamentos usados geralmente no tratamento do colesterol, é uma estratégia com baixo custo, alta segurança e eficácia na redução de níveis elevados da doença². Mas, segundo estudo publicado em julho deste ano na revista científica Science Direct, apenas um em cada cinco pacientes elegíveis para prevenção estava utilizando o medicamento³. 

O especialista dr. Fabrício Assami Borges, cardiologista do Hospital Santa Paula, que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do país, alerta que o Brasil não está imune a esse cenário alarmante: “O estudo reflete a necessidade urgente de melhorar a conscientização entre médicos e pacientes e investir em implementação de estratégias para controlar o colesterol dos brasileiros. A falta de aderência ao tratamento com estatinas entre os pacientes de alto risco é um obstáculo significativo na prevenção de doenças cardiovasculares.” 

A colaboração entre sistemas de saúde, médicos e iniciativas privadas, como o desenvolvimento, popularização e uso de aplicativos para coleta de dados, pode ser a chave para melhorar o controle do colesterol no Brasil e, consequentemente, a saúde cardiovascular da população. “Adotar abordagens multidisciplinares e inovadoras para garantir que os pacientes recebam tratamento adequado e personalizado é fundamental. Na Dasa, por exemplo, contamos com o Nav, assistente digital de saúde, que disponibiliza todo o histórico do paciente e emite alertas sobre gaps de cuidado e de rastreio, facilitando a jornada de cuidado,” complementa o especialista, ressaltando a necessidade de uma abordagem holística e personalizada no controle do colesterol para a saúde cardiovascular, ajudando o paciente a incorporar mudanças no estilo de vida e melhorias no acesso aos cuidados de saúde.



Hospital Santa Paula


Dasa
www.dasa.com.br



Referências:
G.A. Roth, G.A. Mensah, C.O. Johnson, et al. Global burden of cardiovascular diseases and risk factors, 1990–2019
V.J. Wirtz, W.A. Kaplan, G.F. Kwan, R.O. Laing. Access to medications for cardiovascular diseases in low- and middle-income countries
M.E. Marcus, J. Manne-Goehler, M. Theilmann, et al. Use of statins for the prevention of cardiovascular disease in 41 low-income and middle-income countries: a cross-sectional study of nationally representative, individual-level data


6,7 milhões de pessoas com sobrepeso no Brasil

Médico e professor em emagrecimento e qualidade de vida mostra 5 exercícios para que as pessoas possam sair desta estatística ou mesmo não fazer parte das quase 1 milhão de pessoas com obesidade mórbida (Dados: Ministério da Saúde, 2022)


Editora Pandorga
Com os índices altíssimos, a obesidade e o sobrepeso (que pode evoluir e causar danos na saúde) devem ser assunto de saúde pública. Em seu livro, ‘O Despertar da Mente Magra’ (Vital – Editora Pandorga), o médico e professor em emagrecimento e qualidade de vida, Dr. Gabriel Almeida, traz um panorama além da estética e das dietas comuns, ele defende a qualidade de vida.

No capítulo ‘Apertando o gatilho’, Dr. Gabriel fala sobre uma série de intercorrências que podem ocorrer em sua manhã e deixa-lo em estado de alerta, como se o café derrubado na roupa, aliado ao trânsito e a dar de cara com o chefe quando está atrasado, são fatores que fazem parte de um conjunto, mas não são. Se você realmente quiser apertar esse gatilho, o resto de seu dia será de desastrosas combinações, porque seu cérebro avalia e trabalha desta forma.

Mas o que tem a ver a passagem acima com perder peso? Segundo o médico, o nosso cérebro automatiza tudo, para o bem ou para o mal, então, entender os gatilhos emocionais é essencial para não fazer parte da estatística de sobrepeso.

Imagine só, com tantos gurus do emagrecimento a solta na internet, a pergunta que deve se fazer é: teria tanta gente acima do peso e correndo perigo de saúde assim? Sim, porque cada um engorda por um motivo diferente, e isso deve ser avaliado.

(...) ter consciência de seus gatilhos, identificar o que os dispara e quais resultados provocam é imprescindível para emagrecer (...). Entender o gatilho que o faz sentir fome é básico. Veja, você tem fome quando sua barriga ronca, quando tem sensação de estômago vazio? Isso é o que chamamos de fome fisiológica. É o normal. Mas há outros tipos de fome, e você pode estar sendo vítima de seus gatilhos. - Dr. Gabriel Almeida

Portanto, em ‘O Despertar da Mente Magra’, o leitor irá encontrar a chave para mudar esse panorama com cinco exercícios primordiais para praticar e anotar todas as descobertas.

Exercício 1 – Descubra o que te faz ir à geladeira em intervalos menores de tempo, ou mesmo, o que te move a fazer o segundo prato. Como você está se sentindo no momento em que toma essas atitudes, a partir disso, conseguirá mudar muita coisa.

Exercício 2 – Qual comida está associada aos seus sentimentos, tanto bons quanto ruins? Essa é uma premissa que fará você se autoconhecer em relação ao que ingere. A pergunta que deve fazer e prestar atenção é: a nostalgia te leva a que prato?

Exercício 3 – Ao passar por uma situação de estresse, raiva ou medo, descubra o gatilho, que pode estar em uma palavra, em um gesto, em um objeto, em um cheiro... Os gatilhos emocionais podem ser disparados por qualquer coisa.

Exercício 4 – Quando identificar todos os gatilhos, faça com que eles não se tornem uma experiência ruim a ponto de te levar ao vício da comida.

Exercício 5 – Finalmente, identifique as frustrações. Procure entender quais das suas necessidades não foram atendidas (e isso desde a infância): aceitação, atenção, segurança, tranquilidade, sentir-se necessário(a), estar certo(a), ser valorizado(a), ter controle da situação etc. Vá mudando esse panorama, trate-as aos poucos, e essas pequenas atitudes que tomará ao logo do dia aliadas a uma dieta balanceada e aos exercícios físicos, com certeza, será parte de uma nova vida.

Seguindo esses passos, a fome emocional vai embora e o pior já será passado. Não faça parte das estatísticas.

 

Dr. Gabriel Almeida - formado em Medicina pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal). É especialista em Cirurgia Geral com residência médica no Hospital Geral Roberto Santos-Bahia. É médico e professor em emagrecimento e qualidade de vida. É fundador do Núcleo Dr. Gabriel Almeida.

 

Lipoma - Entenda o Que São Esses Tumores

Você já Ouviu Falar em Lipomas? São Pequenos Nódulos de Gordura que Podem Surgir Sob a Pele. Convidamos o Dr. Ernesto Alarcon, Renomado Médico Cirurgião, Para Nos Orientar Sobre o Tema.


Embora sejam comuns e tendem a não representar uma preocupação médica significativa, entender suas causas e opções de tratamento é essencial para quem convive com essas protuberâncias.

Os lipomas são tumores benignos compostos por células adiposas que se acumulam sob a pele e geralmente não necessitam de nenhum tratamento a não ser que seja incômodo para o paciente ou lhe cause dores - diz o especialista.

Embora sua causa exata seja desconhecida, acredita-se que fatores genéticos e hereditários desempenhem um papel importante em sua formação. Esses nódulos podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais frequentes em áreas como pescoço, ombros, costas e braços.

 O Dr. Ernesto Alarcon explica que a remoção cirúrgica é a opção mais comum quando o tratamento é necessário - A cirurgia para remoção de lipoma é geralmente simples e envolve uma incisão pequena para retirada do nódulo. Em alguns casos, quando o lipoma é profundo ou grande demais, pode ser necessária uma abordagem cirúrgica mais extensa.

O Dr. Ernesto enfatiza a segurança e efetividade dessa abordagem cirúrgica, apresentando baixa taxa de recorrência.

Além disso, a cirurgia também é indicada caso haja dúvidas quanto à benignidade do lipoma. A remoção cirúrgica permite a análise histopatológica do tecido, garantindo um diagnóstico definitivo.

Existem outras indicações para a retirada do lipoma, que incluem alterações nervosas, limitação dos movimentos, crescimento do lipoma, irregularidades nas suas características, tamanho superior a 5 cm de diâmetro, entre outras.

Além da cirurgia, outros métodos de tratamento podem ser considerados, dependendo das circunstâncias individuais. Entre eles, destacam-se a aspiração por agulha, a injeção de esteroides para diminuição do tamanho do lipoma e a lipólise a laser, que utiliza calor para derreter as células adiposas. No entanto, é fundamental consultar um profissional de saúde qualificado antes de decidir o melhor curso de ação. 

Os lipomas, embora não sejam cancerosos e geralmente não causem problemas graves, podem gerar preocupação estética e desconforto para algumas pessoas. Compreender suas causas e opções de tratamento é essencial para tomar decisões informadas. O Dr. Ernesto Alarcon destaca a importância de consultar um médico especialista para um diagnóstico correto e aconselhamento personalizado. Lembrando que cada caso é único, e apenas um profissional de saúde poderá fornecer orientações adequadas.

Portanto, é fundamental marcar uma consulta com um especialista, como o Dr. Ernesto Alarcon, para uma avaliação e definição da conduta adequada.

Para obter mais informações e agendar uma consulta, você pode acessar o site do Dr. Ernesto Alarcón em www.drernestoalarcon.com.br. Lá, você encontrará detalhes sobre o tratamento de lipomas e outros serviços oferecidos pelo médico cirurgião.

 

Dr. Ernesto Alarcon - Cirurgião Geral especialista em videolaparoscopia em SP- Cirurgias de hérnias, vesículas,vasectomia, entre outros.
https://drernestoalarcon.com.br
@drernestoalarcon

Plano de saúde com reajuste de 39%: a quem realmente afeta?

Novos valores passam a vigorar agora entre os meses de julho e agosto

 

Sabe quais são os principais desejos dos brasileiros? Segundo pesquisa do Instituto Vox Populi encomendada pelo IESS, Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, as prioridades são: casa própria, educação e saúde. A mesma pesquisa ainda mostra um dado curioso: 86% das pessoas com plano de saúde estão satisfeitas com a opção que possui, e até recomendariam para amigos e familiares. Mas, será que isso continua após o reajuste de 39%?

Seguindo a normatização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), as operadoras de plano de saúde colocaram em vigência esse aumento, que é o segundo maior em 8 anos e, mais uma vez, ficou acima da inflação. Com isso, do dia para a noite, muitos consumidores viram suas mensalidades do plano de saúde saltarem absurdamente e sem muita alternativa do que fazer.

“Esse aumento, infelizmente, chega num momento muito complicado para o brasileiro. O país ainda está tentando se reerguer do período da pandemia, e com valores muito maiores na saúde em pouco tempo veremos um boom de aposentados e idosos, principalmente, a desistirem de seus planos”, comenta Rafael Lemos, diretor de franquias da Me Protege, franquia de saúde completa que comercializa planos tradicionais, mas com uma consultoria personalizada para encontrar os melhores valores.

Para ele, uma das formas de contornar a situação sem deixar o plano de saúde é a velha e conhecida economia. “É muito ruim ter de colocar a saúde em último plano, literalmente. Mas, uma forma de lutar por um respaldo quando se precisa é economizar em outros setores. Poupar uma viagem, saídas e até alguns investimentos. Pois com saúde realmente não se brinca”.

Essa alta deve atingir cerca de 8 milhões de contratos em todo o Brasil. Em algumas operadoras de plano de saúde, por exemplo, o reajuste pode ser aplicado duas vezes no mesmo ano. Apesar de muita gente acreditar que isso é abusivo, está dentro da regulação da ANS. 

Um exemplo é o que vemos neste momento, em 2023, em que a ANS aprovou aumento de 9,63% em contratos individuais e familiares, porém isso vai além com o reajuste por faixa etária. E daí é que vem a problemática: como pagar e se organizar tão em cima da hora?

 

Dicas para segurar o plano de saúde - mesmo com alta do reajuste

Segundo Lemos, uma forma inteligente de segurar o plano de saúde mesmo com o aumento do reajuste é pesquisar outras operadoras no mercado e verificar se oferecem planos similares com reajustes mais baixos, já que geralmente existem ótimas ofertas para uma nova contratação. “A portabilidade de carências possibilita a mudança de operadora sem perder a cobertura de procedimentos já realizados. Além disso, é essencial avaliar as coberturas do plano atual e ajustá-lo de acordo com as necessidades de saúde da família. Outra dica importante é avaliar a coparticipação de forma consciente, evitando gastos desnecessários e garantindo uma mensalidade mais acessível. Assim, é possível manter a tranquilidade e o acesso aos cuidados médicos essenciais”, pontua.

No mais, a prática de pesquisar sempre continua em alta. Ou seja, antes de fechar com um plano de saúde, verifique as condições, quais os possíveis reajustes que ele fará ao longo do ano, qual o teto desse reajuste e, principalmente, se isso cabe no seu orçamento.

Além disso, na franquia Me Protege, por exemplo, é possível encontrar a melhor opção de plano para o cliente. Sem falar no serviço de telemedicina realizada por um preço abaixo do praticado no mercado, no valor de R$34,90. O contratante ainda consegue incluir dependentes e ganhar descontos em medicamentos e exames.


Agosto Azul Vermelho é a campanha da SBACV de conscientização à Saúde Vascular

Mês é voltado para conscientização da saúde vascular e a promoção de hábitos saudáveis

 

As varizes causam um desconforto estético grande, principalmente, em relação às mulheres. Porém, o seu surgimento também pode causar dor, cansaço e prejudicar a qualidade de vida. O Agosto Azul Vermelho é uma campanha que surgiu para conscientizar sobre os cuidados com a saúde vascular. De acordo com estudo da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, que teve como base dados obtidos junto ao Ministério da Saúde, mostrou que no ano passado, quase 46 mil mulheres foram internadas com varizes no Sistema Público de Saúde. “As varizes são veias doentes, dilatadas, tortuosas e superficiais nas pernas ou coxas que afetam mais as mulheres. Estas podem apresentar ou não sintomatologia, no entanto, apresentam quase sempre uma clara aparência inestética que pode afetar a autoestima”, explica o angiologista e cirurgião vascular, Guilherme Jonas.

 

Elas são mais frequentes nas mulheres entre os 20 e 50 anos de idade, com tendência a dilatar ainda mais com o passar do tempo, o que causa o agravamento da doença. “Podem surgir varizes na adolescência e em crianças, sendo que o diagnóstico de varizes em grupos etários mais jovens tem sido cada vez mais frequente, principalmente pelas alterações do estilo de vida da sociedade moderna”, acrescenta.

 

O especialista esclarece que o diagnóstico é feito mediante a história clínica do paciente. “É realizado através da análise das queixas ou relatos do doente e pela observação, em particular do aspecto dos membros inferiores”, afirma Guilherme.

Por isso, realizar consultas e check-up são fundamentais. “Independente da idade, é importante ir ao médico, relatar possíveis sintomas e ter uma rotina de atividades física e alimentação saudável. Lembrando, as varizes podem surgir na adolescência e se estender até a velhice, então, o ideal é tratar a condição o quanto antes”, sugere.

 

Tratamentos

 

Por se tratar de uma doença crônica, não há cura, mas, têm tratamentos para melhorar os sintomas. “São três formas de tratar e somente o médico pode indicar a melhor para cada caso. Cirurgia convencional, tratamento minimamente invasivos e o tratamento com medicamentos e meias elásticas ou conservador”, enumera Guilherme.

 

Mesmo apresentando maiores fatores de risco em relação aos homens, as mulheres podem adotar medidas para evitar as varizes. “Ações tomadas no dia a dia ajudam no retardo da aparição das varizes. Caso a pessoa já tenha uma predisposição, é preciso cuidar ainda mais para que o problema não se agrave e seguir acertadamente com o tratamento médico”, diz.

 

O especialista ainda ressalta as principais formas de cuidado. “Tenha uma alimentação saudável, pratique atividade física, evite o uso de salto alto, se tiver alguma doença ginecológica, trate da maneira correta e, caso tenha mais tendência a ter varizes, procure um ginecologista para indicar um método contraceptivo que libere menos hormônios no organismo, faça alongamentos e pequenas caminhadas durante as pausas no trabalho”, orienta o médico.




Fonte: Guilherme Jonas, médico angiologista e cirurgião vascular, especialista em cirurgia vascular pela SBACV (Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular). CRMMG 44020, RQE 28561, 37143. Diretor técnico da clínica Angiomais em Belo Horizonte MG. @drguilhermejonas


Tratamento menos invasivo para próstata aumentada agora é realizado no Brasil

Técnica utiliza vapor de água para que a próstata volte
ao normal ou, ao menos, diminua de tamanho 
:Freepik

A partir dos 40 anos de idade, é comum o aumento da próstata. Essa glândula masculina é responsável pela produção do sêmen, líquido que nutre os espermatozoides. Mas esse aumento, chamado de Hiperplasia Benigna da Próstata (HBP), pode levar a problemas urinários, como uma maior necessidade de urinar, inclusive tendo de levantar muitas vezes durante a madrugada para fazer xixi, e a diminuição da força do jato urinário.  

O tratamento tradicional da HBP prevê a administração de medicamentos de uso contínuo ou a realização de procedimentos que podem causar prejuízo à função sexual. No entanto, neste ano, um novo tratamento chegou ao Brasil e está sendo realizado de forma pioneira em alguns hospitais do país. Esse procedimento não necessita de anestesia nem da internação do paciente.

 

Tecnologia e precisão 

A técnica Rezum, aplicada nos Estados Unidos desde 2015, utiliza vapor de água para que a próstata volte ao normal ou, ao menos, diminua de tamanho. “O vapor é injetado dentro da próstata a uma temperatura, local e profundidade adequadas. Uma máquina realiza todo esse processo pelo canal urinário, com sedação simples. O paciente fica dormindo durante o procedimento, por cerca de 20 minutos, e pode voltar para casa logo depois”, explica o urologista do Hospital São Marcelino Champagnat, Mark Neumaier, que tem usado a técnica no hospital. Uma das principais vantagens do tratamento é a preservação da ejaculação. “É um procedimento bem menos invasivo, que possibilita o retorno das atividades habituais de maneira bem mais rápida”, complementa.

 

Indicação de tratamento

A próstata aumentada normalmente está ligada ao envelhecimento do homem. A técnica Rezum é indicada para pacientes com HBP ou que tenham sintomas de jato urinário mais fraco, necessidade de urinar com grande frequência e necessidade de acordar várias vezes durante a madrugada para fazer xixi. O procedimento também é aconselhável para homens que usam medicamento para a próstata aumentada e querem suspender o tratamento.


Agosto Branco: conheça as principais informações para prevenir o câncer de pulmão e as diretrizes internacionais para rastreamento

KostyaKlimenko_depositphotos
 Agosto branco é o mês escolhido para a conscientização sobre o câncer de pulmão, a principal causa de morte por câncer para homens e mulheres em todo o mundo. No Brasil, apenas 16% dos casos são diagnosticados em estágios iniciais, o que evidencia a necessidade de reforçar o conhecimento sobre o controle dos fatores de risco que podem ser modificados e estratégias de controle e tratamento da doença. A compreensão dessas abordagens é vital para melhorar as chances de sucesso no tratamento e para combater eficazmente a doença


O câncer de pulmão é o segundo câncer mais comum em homens no mundo e o terceiro entre as mulheres, de acordo com a International Agency for Cancer Research (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde. As estimativas mais atuais disponíveis indicam que, em 2020, eram esperados mais de 2,2 milhões de novos casos de câncer de pulmão no mundo, o que equivale a 11,4% de todos os cânceres (Observatório Global do Câncer/Globocan 2020).

Ajustando o foco para o Brasil, mais de 32.560 novos casos de câncer de pulmão devem ocorrer em 2023 (18.020 entre homens e 14.540 em mulheres) no Brasil, conforme as estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Porém, apenas 16% dos tumores de pulmão são diagnosticados em fase inicial (estadiamentos I e II), quando as chances de cura são maiores, ainda segundo o (INCA), e o tratamento pode ser feito com recursos menos agressivos ao organismo.

A doença costuma acometer mais pessoas acima dos 65 anos, com um número menor de diagnósticos abaixo dos 45 anos, segundo a American Cancer Society (ACS), que em parceria com a American Cancer Society of Clinical Oncology promove o maior importante congresso mundial de câncer, a reunião anual da ASCO. No que se refere aos sintomas, muitas vezes estão ausentes no princípio ou podem ser muito sutis. Também variam de acordo com a localização do tumor. Os sinais mais comuns podem ser tosse e falta de ar (muitas vezes agravadas por condições como enfisema ou bronquite), dor ao respirar, tosse com sangue (hemoptise), emagrecimento significativo e pneumonias recorrentes devido à obstrução das vias respiratórias. Todos esses sinais e sintomas podem igualmente estar associados a muitas outras enfermidades. O diagnóstico definitivo só pode ser feito após exames.  

“Não podemos desperdiçar nenhuma oportunidade de esclarecer a população para aumentar as chances de prevenir o câncer de pulmão”, diz o médico e cirurgião oncológico Cézar Augusto Galhardo, presidente da regional do Mato Grosso do Sul da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO-MS) e vice-coordenador da Comissão de Neoplasias Torácicas da SBCO.


Os principais tipos de câncer de pulmão - O tipo mais frequente de câncer de pulmão é o Carcinoma de Células Não Pequenas (NSCLC, sigla em inglês para Non-small Cell Lung Cancer). O segundo é o Carcinoma de Células Pequenas (SCLS, sigla em inglês para Small Cell Lung Cancer).  O primeiro cresce mais lentamente, enquanto o SCLC evolui rapidamente em geral, podendo aparecer com metástases sistêmicas em pouco tempo.  Quando o câncer de pulmão do tipo NSCLC é descoberto no início e não existe sinal de disseminação da doença, as taxas de sobrevivência em cinco anos chegam a 64%, de acordo com estimativas do Instituto Nacional de Câncer Americano (SEER - Surveillance, Epidemiology, and end results) feitas com dados colhidos entre 2011 e 2017. Já pacientes com Carcinoma de Pequenas Células (SCLC, sigla em inglês para Small Cell Lung Cancer) têm somente 27% de chances de estarem vivos em cinco anos. Vale lembrar que a taxa de sobrevida é calculada a partir dos dados de um grande número de pessoas e não é uma informação adequada para avaliar o desfecho de paciente. No Brasil, pesquisadores do INCA projetam uma possível redução nacional de 28% na probabilidade de mortalidade prematura por câncer de pulmão em homens, entre 30 e 69 anos, no período de 2026 a 2030, mas o mesmo não ocorreria entre as mulheres, com previsão de 1,1% de aumento. 

Os dados reunidos pela ACS também mostram que a incidência de câncer de pulmão varia de acordo com gênero e raça. Enquanto o risco de ter um câncer de pulmão é de 1 em 16 para os homens, a proporção é de 1 em 17 para mulheres. Evidentemente, quem fuma têm riscos muito maiores. Além disso, o número de casos vem caindo entre os homens nas últimas décadas, mas apenas nos últimos dez anos começou a baixar entre as mulheres. Segundo a associação norte-americana, os homens negros têm cerca de 12% mais chances de desenvolver câncer de pulmão (NSCLC) e menos propensos a desenvolver SCLC do que os homens brancos. Já as mulheres negras têm 16% menos chances de ter câncer de pulmão do que as mulheres brancas.


Prevenção e fatores de risco - A prevenção do câncer de pulmão envolve estratégias primárias e secundárias. A prevenção primária se concentra na promoção e adoção de medidas para evitar o aparecimento da doença, como reduzir a exposição a fatores de risco e ter hábitos saudáveis. A prevenção secundária se concentra na triagem ou rastreamento, com a realização de exames para identificar a doença em fases iniciais especialmente em grupos de maior risco. A detecção precoce amplia de modo importante as chances de sucesso do tratamento.

O principal fator de risco para o câncer de pulmão é, sabidamente, o tabagismo. “Nas suas mais variadas formas, como o cigarro, o charuto, o cachimbo e o narguilé, o tabagismo está relacionado a 85% dos casos de câncer de pulmão”, afirma Cézar. Nesse campo, a ameaça mais recente é o cigarro eletrônico. Nos Estados Unidos, entre 2019 e o início de 2020, quase 3 mil pessoas foram internadas com lesões pulmonares graves atribuídas ao uso de cigarros eletrônicos, condição que ficou conhecida como EVALI, do inglês e-cigarette or vaping product use-associated lung injury. No Brasil, ainda que a sua venda seja proibida, o uso do cigarro eletrônico se populariza entre os mais jovens e já se constitui um problema de saúde pública. 

“Os estudos estão mostrando os riscos desse dispositivo, que expõe o constante esforço da indústria do tabaco em manter um ciclo de vício. Os cigarros eletrônicos podem ter concentrações variadas de nicotina, elevando muito as quantidades dessa substância no organismo, e outras substâncias tóxicas especialmente ao pulmão. Devemos também ficar alertas inclusive para uma possível vaporização de metais pesados, um risco que não deve ser subestimado”, adverte Galhardo.

O especialista chama a atenção para os riscos do cigarro de palha, bastante popular no meio rural e um modismo nas grandes cidades. “Alguns acreditam que é uma alternativa menos nociva, mas isso é um equívoco. A ausência de filtro permite a inalação direta da fumaça tóxica, o que tem consequências drásticas para a saúde pulmonar”, diz o cirurgião. “Parar de fumar em qualquer momento da vida traz benefícios ao pulmão mesmo para quem fumou por longos períodos. Em duas a 12 semanas, a circulação sanguínea melhora e a função pulmonar aumenta. Em um ano, o risco de doença coronariana cai pela metade. E em uma década, o risco de câncer de pulmão cai pela metade em relação a um fumante”, afirma o médico.


Hereditariedade, radioterapia, vitaminas - A hereditariedade influencia entre 10% e 15% dos casos de câncer de pulmão. “Irmãos, irmãs e filhos de pessoas que tiveram câncer de pulmão podem ter um risco ligeiramente maior de câncer de pulmão, especialmente se o parente foi diagnosticado em uma idade mais jovem”, diz Galhardo. De acordo com a ACS, não está claro quanto desse risco pode ser devido a genes compartilhados entre os membros da família e quanto pode ser pela exposição a fatores de risco em exposições domésticas compartilhadas (como fumaça de tabaco ou radônio).

À medida que os estudos avançam, novas descobertas apontam situações que elevam os riscos para a doença. As pesquisas evidenciaram, por exemplo, que pessoas submetidas à radioterapia no tórax para outros tipos de câncer, como o tratamento da doença de Hodgkin ou após uma mastectomia, têm um risco aumentado de câncer de pulmão, especialmente se fumarem. Aparentemente mulheres que receberam radioterapia na mama após uma quadrantectomia ou nodulectomia (remoção apenas do nódulo e áreas adjacentes) não têm aumento do risco maior de câncer de pulmão.  E mais: ainda de acordo com a ACC, dois grandes trabalhos revelaram um aumento dos riscos para indivíduos fumantes que tomavam suplementos de betacaroteno. A sugestão dos especialistas é que fumantes devem evitar suplementos de betacaroteno.

Radônio, amianto e outras substâncias cancerígenas - A segunda principal causa  de câncer de pulmão nos Estados Unidos para o câncer de pulmão e a principal causa de câncer de pulmão em pessoas que não fumam nos Estados Unidos é exposição ao radônio, de acordo com a agência norte-americana de proteção ambiental, US Environmental Protection Agency (EPA). Lá, estima-se que cerca de 20 mil mortes por câncer de pulmão por ano estejam relacionadas com a exposição ao radônio. A substância, classificada como cancerígena pela IARC, consiste em um gás que surge da decomposição natural de elementos radioativos presentes em diferentes tipos de solo e rochas em todo o mundo. A associação entre o gás e a doença foi confirmada por diversos tipos de estudos.

É importante conhecer em que circunstâncias o radônio aumenta os riscos de câncer de pulmão.  Segundo os especialistas da ACS, a inalação ou ingestão potencialmente tóxicas ocorrem em situações de permanência prolongada em ambientes sem ventilação no subsolo, como minas ou porões de prédios e casas, e na manipulação de alguns materiais de construção, como o cimento e o granito.

A substância também foi encontrada em quantidades preocupantes em poços subterrâneos profundos escavados em rochas de diferentes tipos de solo. O gás geralmente se dispersa ao ar livre e não atinge níveis elevados.  Diante de tais condições, A ACS considera que trabalhadores rurais, da construção civil, da mineração, das indústrias (de metais pesados, borracha, papel, vidro), mecânicos, eletricistas, pintores, soldadores, entre outros, podem apresentar um risco maior para o desenvolvimento do câncer de pulmão e devem fazer exames periódicos.

A exposição ao amianto (em minas, fábricas, fábricas têxteis e estaleiros) também eleva as chances de câncer de pulmão. A medicina ainda não conseguiu precisar os riscos oferecidos da exposição a baixas quantidades ou por curto prazo. Pessoas expostas a grandes quantidades correm também maior risco de desenvolver mesotelioma, um tipo de câncer que começa na pleura (o revestimento que envolve os pulmões). 

Outros agentes causadores de câncer encontrados em ambientes de trabalho que podem aumentar o risco de câncer de pulmão são o urânio, a inalação de produtos químicos como arsênio, berílio, cádmio, sílica, cloreto de vinila, compostos de níquel, compostos de cromo, produtos de carvão, gás mostarda e éteres clorometílicos.


Poluição do ar - Nos Estados Unidos, cerca de 1% a 2% de todas as mortes por câncer de pulmão nos EUA são atribuídas à poluição do ar.  Em comparação ao tabagismo, seu impacto é considerado muito menor. Mas não se trata de competição, e sim de soma. Em relação ao Brasil, um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Monash University, na Austrália, investigou o impacto da exposição prolongada a partículas muito finas em suspensão no ar que podem ser inaladas (PM2.5). Após observar os dados de mortalidade por câncer de 5.565 municípios brasileiros no período 2010-2018, os pesquisadores examinaram as associações da mortalidade por câncer com PM2.5 (as partículas em suspensão) e a sua concentração média nessas cidades. A análise desses dados mostrou que a exposição a longo prazo aos ambientes em que houve um aumento pequeno nos níveis de poluição atmosférica provocados pela queima de combustível fóssil elevou os riscos de mortalidade para diversos tipos de câncer, incluindo nasofaringe e pulmão, em torno de 16%. O trabalho foi publicado em junho de 2022 na revista Environmental Pollution

 

Os principais métodos diagnósticos - O diagnóstico do câncer de pulmão combina exame clínico, exames de imagem (radiografia de tórax, tomografia computadorizada e ressonância magnética), broncoscopia (exame das vias respiratórias que permite a coleta de amostra de tecido para análise histopatológica e identificação do subtipo específico), biópsia guiada e a realização de testes moleculares para detectar mutações genéticas específicas ou biomarcadores para direcionar a melhor opção terapêutica.

A descoberta de tumores em fase inicial proporcionada melhora o prognóstico. “A taxa média de sobrevivência em cinco anos para todos os tipos de câncer de pulmão somados, independentemente do gênero ou estadiamento, é de aproximadamente 20%. Significa que apenas duas pessoas de um grupo de dez com câncer de pulmão estarão vivas em cinco anos. Para casos iniciais, a taxa de cura atinge cerca de 55% a 60% em cinco anos, apresentando uma diferença marcante”, diz o Dr. Cézar. “Isso quer dizer que, se forem diagnosticadas precocemente, seis entre dez pessoas poderão vivenciar a recuperação por meio de terapias menos invasivas, com menores sequelas e custos consideravelmente mais acessíveis”, ressalta o especialista. Para saber mais, acesse o Oncoguia. “Lembrando que as taxas de sobrevida são calculadas a partir de dados de muitos pacientes e não podem ser tomadas como um prognóstico individual”, diz o cirurgião Cézar Galhardo.

A maior atenção à prevenção e detecção precoce dos tumores de pulmão impacta também a cadeia de gastos. “O tratamento de um paciente com câncer que recebe o diagnóstico precoce, em estadiamento um e dois, é muito menos custoso e agressivo do que da pessoa que tem câncer em estadiamento três e quatro, que são etapas mais adiantadas”, diz o Dr. Cézar.  De todo modo, tratar o câncer é caro. Segundo o médico, mesmo nos casos em que os tumores são descobertos em fase inicial, em que é possível realizar apenas uma cirurgia, sem a necessidade de procedimentos mais complexos, os valores envolvidos muitas vezes se equiparam aos de um ciclo de quimioterapia ou imunoterapia, atingindo patamares preocupantes”, diz o cirurgião.


As diretrizes atuais para o rastreamento - O rastreamento de pulmão consiste no encaminhamento de uma população selecionada, com critérios estabelecidos, assintomáticas para a realização de exames com objetivo de diagnosticar mais precocemente o cancer. Neste momento, a ACS e as sociedades europeias estão revisando novas evidências científicas para atualizar as diretrizes de triagem. Enquanto a revisão não está concluída, a sugestão da ACC é que os profissionais da saúde e pessoas mais vulneráveis ao câncer de pulmão sigam as recomendações recentemente atualizadas da American Academy of Family Physicians (AAFP) e da American College of Chest Physicians (AACP). Elas orientam a triagem anual com exames de tomografia computadorizada de baixa dosagem (LDCT, sigla do inglês low-dose CT) para os seguintes grupos:

- Pessoas com idade entre 50 e 80 anos que gozam de boa saúde;
- Pessoas que atualmente fumam ou pararam nos últimos 15 anos;
- Pessoas que têm um histórico de tabagismo de pelo menos 20 maços/ano. Essa conta considera o número de maços de cigarros por dia multiplicado pelo número de anos fumados. Por exemplo, se a pessoa fumou 2 maços por dia durante 10 anos [2 x 10 = 20] tem 20 maços-anos de fumo, assim como uma pessoa que fumou 1 maço por dia durante 20 anos [1 x 20 = 20].
Em todos os casos, os candidatos devem ser informados por seus médicos sobre os benefícios potenciais do rastreamento, bem como dos limites dos exames e de riscos das tomografias computorizadas de baixa dosagem.

Países como o Canadá, Croácia, Coreia do Sul e Estados Unidos possuem programas formais de rastreamento de câncer de pulmão. “O Brasil infelizmente não tem um programa de rastreamento, mas a SBCO, junto com outras sociedades, está tentando fazer que isso se torne realidade. Há questões de financiamento e estrutura, mas não pode mais ser adiado”, diz o Dr. Cézar. Para saber mais sobre a decisão de implantar programas de triagem em diversos países e suas diferentes configurações, acesse


 Quando a cirurgia é indicada - A cirurgia é frequentemente empregada quando o tumor ainda não se disseminou para regiões além do pulmão. A lobectomia, cirurgia que remove inteiramente o lobo pulmonar onde o tumor está localizado, ainda é o procedimento mais indicado para os casos iniciais. No entanto, nas situações em que os tumores medem até 2 centímetros e estiverem em área propícia, existe a possibilidade de uma retirada parcial do lobo, por meio de uma cirurgia chamada segmentectomia pulmonar anatômica. “São decisões tomadas caso a caso”, diz Galhardo. Segundo o cirurgião, os procedimentos minimamente invasivos e cirurgia robótica para a retirada de tumores e gânglios linfáticos na região intratorácica estão mudando o panorama das cirurgias de câncer de pulmão.  

A chegada de medicamentos inovadores das classes das terapias alvo e imunoterapia, em associação ou não com a quimioterapia, além da evolução das técnicas e equipamentos de radioterapia aumentam as chances de controle e remissão da doença. Essas associações podem ser indicadas antes e depois das cirurgias ou na ausência dessa possibilidade. As terapias alvo são moléculas que procuram alvos específicos nos tumores, como proteínas ou genes, identificados por testes com células tumorais obtidas por biópsia ou com a ressecção do tumor. Seu objetivo é interferir em processos celulares essenciais para a progressão do câncer. A imunoterapia estimula o sistema imunológico do paciente a reconhecer e combater as células cancerígenas. Isso é feito com anticorpos e outras proteínas. “O acesso a esses avanços terapêuticos, que estão disponíveis na medicina privada e suplementar, infelizmente é limitado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Mas eles são o futuro”, descreve.

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - SBCO

 

Existe tratamento caseiro que ajude a melhorar o hálito?

Dentista especialista em halitose pede cautela como tratamentos caseiros


A halitose ou mau hálito pode ser desenvolvido em qualquer fase da vida, causado por uma série de fatores, que incluem o consumo de alimentos embutidos, baixa salivação e até cáries. A boa notícia é que existem alguns tratamentos, que vão além da escovação e que podem eliminar o mau hálito e garantir a sua saúde bucal.

Pode ser uma condição persistente e angustiante que muitas vezes causa vergonha em quem está acometido, e por isso, muitas pessoas procuram por tratamentos caseiros. Mas será que os remédios caseiros ajudam?

A dentista especialista em halitose, Dra. Cláudia C. Gobor, diz que na busca por tratamentos é comum encontrar diversos remédios caseiros que prometem a ‘cura’ do mau hálito. “Não é uma questão de ser eficaz e, sim, de trazer riscos à saúde. Usar produtos sem saber os possíveis efeitos colaterais, sem a aprovação da ANVISA e sem a indicação correta pode trazer inúmeros riscos à saúde”, explica a ex-presidente e atual diretora executiva da Associação Brasileira de Halitose.

O uso de óleos essenciais, suco de limão e vinagre de maçã, por exemplo, são alguns dos tratamentos caseiros mais populares que devem ser evitados. “Essas substâncias podem trazer prejuízos à saúde bucal quando utilizadas sem qualquer cuidado ou orientação profissional, como desgaste dos dentes, hipertrofia de papilas linguais e até mesmo ferimentos na língua”, revela a Dra. Cláudia.

Embora os tratamentos caseiros e as mudanças no estilo de vida desempenhem um papel na manutenção do bom hálito, é crucial reconhecer suas limitações ao lidar com questões mais complexas. Ignorar as causas e confiar apenas em remédios caseiros pode atrasar soluções eficazes e agravar o problema. A busca por atendimento profissional permite um diagnóstico preciso, tratamentos personalizados e manutenção a longo prazo.

 

Dra. Cláudia C. Gobor
Cirurgiã Dentista especialista pelo MEC no tratamento da Halitose
Ex-Presidente e atual Diretora Executiva da Associação Brasileira de Halitose
https://www.bomhalitocuritiba.com.br/
(41) 3022-3131 | (41) 99977-7087
Redes sociais: Instagram: @bomhalitocuritiba
Facebook: @bomhalitocuritiba


Febre reumática aguda: sintomas, diagnóstico e tratamento

Doença ainda é pouco conhecida, mas avança com pesquisa internacional na área.


Dor na garganta persistente, inflamação, dor e febre. Estes são alguns dos sintomas da febre reumática aguda. Uma doença inflamatória que pode afetar diversas partes do corpo e que tem sido alvo de avanços significativos no diagnóstico e tratamento. Com sintomas que podem variar desde dor nas articulações até comprometimento cardíaco, a doença agora está sob o foco da pesquisa internacional que pode seguir para um diagnóstico mais eficaz. 

A doença acontece com maior frequência entre os 5 e os 15 anos, após uma infecção de garganta (faringite), quando o sistema imunológico começa a atacar os tecidos saudáveis por engano e a sua condição mais grave acontece quando os sintomas estão relacionados ao coração e ao sistema nervoso. A febre reumática aguda é uma complicação rara, porém grave, que surge como uma resposta imunológica anormal a infecções causadas pela bactéria Streptococcus pyogenes. A doença pode afetar o coração, as articulações, a pele e até o sistema nervoso central. 

 "Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas frequentemente incluem febre, dor e inflamação nas articulações, dor no peito ou falta de ar por comprometimento cardíaco, lesões avermelhadas na pele e movimentos involuntários dos músculos", explica a médica reumatologista, Hany Cruz. 

 O tratamento da febre reumática aguda é geralmente baseado no uso de antibióticos para tratar a infecção estreptocócica inicial, além de medicamentos anti-inflamatórios para aliviar os sintomas e reduzir a inflamação. Drª. Hany ainda ressalta a importância do diagnóstico e tratamento precoces: "Identificar a doença em suas fases iniciais é fundamental para prevenir complicações graves, especialmente as relacionadas ao coração. A pesquisa internacional sobre biomarcadores mostra a evolução da área científica para esta doença", diz a profissional de saúde que também é professora do curso de Medicina do Centro Universitário de Excelência – Unex, em Feira de Santana. 

Além do tratamento com os medicamentos indicados pelo médico responsável pelo caso, o acompanhamento do paciente também pode ser realizado por um fisioterapeuta, como uma abordagem complementar, para diminuir as dores e promover bem-estar.

 

Pesquisa Inovadora 

Recentemente foi divulgado que o Hospital Estadual da Criança (HEC) representa a América Latina em uma pesquisa internacional para encontrar biomarcadores no sangue capazes de indicar a presença da febre reumática de forma mais precoce e precisa. "Essa pesquisa é um passo importante para melhorar o diagnóstico e, consequentemente, o tratamento da doença", afirma Drª. Hany Cruz.


Neuronavegação: conheça técnica que auxilia na investigação de patologias no cérebro

Estudo revela que os resultados podem chegar a 94% de precisão nas lesões tratadas


O avanço da tecnologia tem proporcionado diagnósticos mais precisos e tratamentos mais eficazes. Um exemplo disso é a neuronavegação, uma série de técnicas que auxiliam os neurocirurgiões a encontrar diversas patologias no cérebro, por meio de exames de imagem feitos antes da cirurgia. “A ideia é ir direto ao ponto na doença, de forma a causar o mínimo de dano nos tecidos saudáveis adjacentes”, explica Feres Chaddad Neto, neurocirurgião da BP – A Beneficência de São Paulo.

 

 A técnica auxilia na realização de biópsias ou ressecção (retirada total ou parcial de um órgão/tecido) de lesões do sistema nervoso central por meio de imagens pré-operatórias, como ressonância magnética e tomografias computadorizadas. O neuronavegador funciona como uma espécie de sistema GPS, e possui basicamente duas estruturas: um monitor, alimentado por imagens do paciente, e um probe – material que se assemelha a uma caneta grande, conectado em pequenas esferas.

 

No momento do procedimento, o material é posicionado em postos-chave do crânio do paciente, como a ponta da mastoide (parte da lateral e base do crânio) ou o epicanto dos olhos (pele da pálpebra superior). Em seguida, são sincronizados com os mesmos pontos no exame de imagem. Após esta etapa, em qualquer ponto da superfície craniana em que o probe for posicionado, é possível obter uma projeção com profundidade em 3D no monitor. “A taxa de erro nessa representação é menor do que 3 milímetros, ou seja, é fundamental para realizarmos o acesso cirúrgico mais adequado, respeitando os limites da lesão”, afirma Chaddad.

 

A capacidade de projetar em tempo real um ponto da superfície do crânio na profundidade do encéfalo soluciona dois desafios na neurocirurgia. Primeiro, a anatomia, que pode variar de indivíduo para indivíduo. Segundo, as lesões cerebrais, principalmente os tumores, que podem provocar grandes alterações anatômicas, desviando-se e invadindo estruturas neurovasculares importantes e sensíveis, que não devem ser afetadas para evitar complicações inesperadas e sequelas permanentes. 

Um estudo recente, chamado “Evolução da Neuronavegação na Cirurgia de Glioma” (o tipo mais comum de tumor intracraniano originado no sistema nervoso central), publicado em uma revista científica internacional, avaliou 35 pacientes internados para realização de biópsias assistidas por neuronavegação. Foi constatado um resultado de mais de 94% de acurácia na execução do procedimento. Apenas 5,7% das pessoas que apresentaram pequenos sangramentos pós-operatórios tinham problemas hepáticos, uma condição conhecida por aumentar o risco de hemorragia.

 

BP –Beneficência Portuguesa de São Paulo


Mulheres têm mais risco de quedas em escadas, aponta estudo

Divulgação
Escolha do calçado correto pode evitar lesões, adverte ABTPé

 

As mulheres têm mais chances de se machucarem em quedas de escadas do que os homens. É o que indicou um estudo recente da Universidade Purdue, nos EUA, ao analisar o comportamento de 2.400 adultos jovens enquanto desciam escadas, com foco em identificar os fatores que aumentam o risco de quedas.

 

Mulheres jovens apresentaram um maior número de comportamentos de risco em comparação com os homens. Elas eram menos propensas a usar o corrimão ao descer as escadas, andar com as mãos ocupadas, usar dispositivos eletrônicos e conversar com colegas durante a descida. Além disso, a escolha de calçados também influenciou o risco de quedas. Mulheres jovens tinham maior probabilidade de usar sapatos de risco, como sandálias e saltos altos, que podem comprometer o equilíbrio.

 

Um dos principais problemas do uso frequente de sapatos de salto alto é o aumento do risco de entorses e lesões nos tornozelos e pés. Isso ocorre devido a vários fatores biomecânicos que são afetados quando se usa esse tipo de calçado, podendo causar instabilidade no tornozelo.

 

“A altura do salto coloca mais pressão na parte frontal do pé, fazendo com que o centro de gravidade seja deslocado para a frente. Isso pode tornar mais difícil manter o equilíbrio ao caminhar e, consequentemente, aumenta a probabilidade de entorses”, explica o presidente da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé (ABTPé), Luiz Carlos Ribeiro Lara.

 

Usar saltos também altera a maneira como as pessoas andam, pontua o especialista. “As passadas são mais curtas e o movimento do pé é afetado, pois o calcanhar não toca o chão completamente, como acontece em calçados mais planos. Esse padrão de caminhada alterado pode levar a perda de equilíbrio e tropeços, aumentando o risco de quedas”.

 

O presidente da ABTPé ressalta a importância de escolhas de calçados adequados para cada tipo de atividade e, inclusive, para atividades casuais. Ele também destaca que, independente do calçado utilizado, evitar distrações é fundamental para prevenir quedas em escadas. “Evite dispersar a atenção, como por exemplo, caminhar utilizando o celular. Ao subir ou descer escadas, apoie-se nos corrimões e coloque toda a sola do calçado no degrau. Se a superfície for estreita, pise em diagonal para não correr o risco de tropeçar”, recomenda. “Atente-se também a superfícies irregulares, como terrenos acidentados, tapetes, gramas, pisos escorregadios ou molhados”, conclui.

 

Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé  - ABTPé


Posts mais acessados