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terça-feira, 15 de agosto de 2023

6 sintomas que não são normais na gravidez

Se enjoos e vômitos estiverem intensos, instala-se um quadro de hiperêmese gravídica, havendo perda de peso e desidratação

 

Em 15 de agosto é celebrado o Dia Nacional da Gestante, uma data dedicada aos cuidados com a gestação e com as diversas transformações que ocorrem no corpo da mulher. 

De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO), praticamente 100% das gestantes apresentam de 2 a 3 sintomas em algum momento da gravidez, como sonolência, náuseas, vômitos, inchaço, pequenos corrimentos e sangramentos, entre outros. 

Segundo Carlos Moraes, ginecologista e obstetra pela Santa Casa/SP, membro da FEBRASGO e especialista em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein; as alterações hormonais e fisiológicas, necessárias para o desenvolvimento do bebê, causam desconfortos no organismo da mulher, podendo ser transitórios e típicos de cada fase da gestação. 

“No entanto, estes sintomas deixam de ser considerados comuns quando se tornam intensos, constantes e comprometem a saúde do bebê e da futura mãe, demandando avaliação médica urgente”, alerta Carlos Moraes. 

Abaixo, o médico cita alguns exemplos que não podem ser negligenciados:

 

- Náuseas e vômitos em excesso

Segundo a FEBRASGO, cerca de 70 a 80% das gestantes apresentam náuseas ou a associação de náuseas e vômitos matinais, principalmente no primeiro trimestre de gravidez. “Isso é um sinal de que o corpo está produzindo altos níveis de hormônios, essenciais para a manutenção da gestação”. 

Mas, se os enjoos e vômitos estiverem intensos e incontroláveis, instala-se um quadro de hiperêmese gravídica, que acomete até 2% das gestações. Nesta condição, há perda de peso (mais de 5% do peso corporal pré-gestacional), desidratação e desequilíbrios hidroeletrolíticos e metabólicos. 

“Como a grávida não consegue se alimentar e nem ingerir líquidos, sua saúde fica comprometida, e o bebê, que depende dos nutrientes da mãe, não se desenvolve. Daí a necessidade de internação hospitalar, cujo tratamento consiste na administração intravenosa de líquidos antieméticos, se necessário, bem como de vitaminas e reposição de eletrólitos”, explica Carlos Moraes.

  

- Corrimento anormal

Ter corrimento vaginal na gravidez não indica, necessariamente, uma possível doença ou infecção. Até porque é comum a gestante apresentar um leve corrimento fisiológico. Neste caso, ele costuma ser claro, de pequeno volume, sem cheiro e coceira. 

Entretanto, se o corrimento vier em grande quantidade, tiver uma coloração amarelada, esverdeada ou acinzentada, provocar coceira, cheiro forte, dor ou queimação ao urinar, pode ser sinal de vaginose ou até algum tipo de infecção sexualmente transmissível. “São condições perigosas na gravidez e que requerem tratamento medicamentoso”.  

 

- Sangramentos atípicos

No início da gestação, é comum ter pequenas perdas de sangue pela vagina, sem outros sintomas associados. Isso pode ser, inclusive, sinal de nidação, quando há fixação do óvulo fecundado na parede do útero. 

Porém, algumas características do sangramento vaginal podem indicar complicações, como volume e persistência; presença de coágulos; sangue com dor abdominal ou pélvica; sangue com contrações uterinas frequentes e intensas; sangue com queda da pressão arterial, e nas mulheres que já tiveram aborto espontâneo. 

Segundo Carlos Moraes, no começo da gestação, os sangramentos acompanhados de cólica podem significar abortamento ou gravidez ectópica. Já no final da gravidez, podem indicar possível parto prematuro, placenta prévia, descolamento prematuro da placenta ou ruptura uterina.

“Vale alertar que mesmo sem as características citadas, qualquer sangramento deve ser reportado ao seu médico. Ainda que pareça inofensivo, não significa que ele não possa oferecer riscos à gravidez”, frisa o ginecologista obstetra.   

 

- Vista embaçada e pressão alta

A pré-eclâmpsia pode surgir na segunda metade da gestação, normalmente, após 20 semanas de gravidez. Segundo dados de um recente estudo americano publicado no periódico UpToDate, a pré-eclâmpsia ocorre em 5% a 10% das gestações, sendo que 75% dos casos são leves e 25% são graves. 

Hipertensão arterial após a 20ª semana de gestação; visão embaçada ou dupla; dor abdominal e de cabeça; e perda de proteínas (notada no aumento de espumação da urina) são alguns dos indícios de pré-eclâmpsia.  

 

- Dor ao urinar

De acordo com uma pesquisa do American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG), a cistite acomete cerca de 2% das mulheres grávidas, e está associada a um maior risco de infecção dos rins (pielonefrite) da mãe, além de nascimento prematuro, baixo peso do feto e aumento da mortalidade perinatal. 

“Qualquer tipo de incômodo na região genital que surja ao urinar (dor, ardência, queimação, pontadas) deve ser comunicado ao obstetra”, orienta Carlos Moraes.

 

- Inchaço nas pernas

A maioria das gestantes desenvolve algum grau de edema nas pernas no 3º trimestre de gravidez, devido à retenção de líquidos, que é bastante comum no período. No entanto, edemas nos membros inferiores requerem uma atenção importante, em especial, o chamado “edema assimétrico”, quando uma perna começa a inchar mais do que a outra. 

“Isso porque a gravidez aumenta o risco de trombose venosa profunda (TVP), e um edema assimétrico pode ser o primeiro sinal de que uma veia da perna está sendo obstruída por um trombo (coágulo). A trombose dos membros inferiores é um quadro perigoso, já que ela é o principal fator de risco para a embolia pulmonar”, revela o especialista. 

Além do inchaço assimétrico, outros sinais de TVP do membro inferior são a vermelhidão local, dor, aumento da temperatura da perna acometida e um inchaço “endurecido” ao redor da área trombosada. 

“Vale reforçar a importância de seguir à risca o pré-natal, tirar todas as dúvidas e coletar o máximo de informações possíveis. Desta forma, você conseguirá identificar precocemente uma possível alteração e buscar ajuda médica com mais agilidade, garantindo maior segurança para você e seu bebê”, finaliza Carlos Moraes.


ARTESP e concessionárias de rodovias apoiam o Agosto Lilás: campanha de Conscientização e Combate à Violência Contra a Mulher

Mensagens serão exibidas nos painéis instalados na malha concedida

 

Agência de Transporte do Estado de Paulo e as concessionárias de rodovias do Estado, em parceria com a Secretaria Estadual de Políticas para a Mulher, participam da campanha "Agosto Lilás", que promove a importância e o movimento de conscientização e combate à violência contra a mulher. A iniciativa busca destacar a importância da proteção e empoderamento feminino, mobilizando a sociedade para erradicar a violência de gênero. A cor lilás é utilizada como símbolo de luta e resistência, representando a força das mulheres que enfrentam adversidades em busca de igualdade de gênero.

 

As ações do Programa de Concessões Rodoviárias, que tiveram início nesta terça-feira (15), com iluminação especial na sede da ARTESP, no Itaim Bibi, na Capital, marcam o compromisso contínuo de combater a violência contra a mulher e promover uma sociedade mais justa e igualitária. A campanha será divulgada também nos 436 Painéis de Mensagem Variável (PMVs) implantados nos 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas do Estado. Haverá, ainda, veiculação de peças nas redes sociais

 

 

"O Agosto Lilás é um lembrete poderoso de que a luta contra a violência doméstica e familiar é uma responsabilidade coletiva. Neste mês, unimos nossas vozes e esforços para quebrar o silêncio, disseminar a conscientização e construir um mundo onde todas as mulheres possam viver com dignidade, segurança e igualdade." enfatiza Milton Persoli, diretor geral da ARTESP. 

 

Projeto ‘Não se Cale ‘

 

Um aspecto importante da campanha é a capacitação obrigatória por lei para a aplicação do protocolo “Não se Cale” nos estabelecimentos dos setores de lazer, entretenimento e gastronomia. O curso é  oferecido gratuitamente pelo Governo do Estado de São Paulo, visa preparar os estabelecimentos para identificar e enfrentar situações de risco, oferecendo auxílio conforme o protocolo diante de casos de assédio, violência ou importunação sexual. São abordados conteúdos como conscientização, fluxos de atendimento e rede de proteção, com enfoque nas áreas de Segurança, Saúde e Assistência. Esse público deve realizar suas inscrições individualmente até o próximo dia 20 de agosto, por meio do formulário disponível em: https://forms.univesp.br/nao-se-cale/


O livro digital e o fantasma da escravidão

Duas notícias recentes mexeram com o mundo da educação: o governo conservador da Suécia decidiu frear o seu plano de digitalização dos livros didáticos por entender que eles não trazem benefícios para os alunos. Pelo contrário, dados indicam que houve uma queda na compreensão da leitura, além de uma preocupante diminuição na atividade escrita. Uma pesquisa recente que envolveu 2.000 professores revelou que um em cada cinco deles afirmou que seus alunos nunca ou quase nunca escrevem à mão. Isso porque a Suécia caiu de 555 para 544 pontos no relatório que afere a compreensão de leitura entre os jovens estudantes, enquanto a média europeia é de 528 pontos. O pior número é o da Catalunha, com 507. Apesar de os números suecos ainda se mantenham altos, a ministra da Educação apoia a medida de reintroduzir um livro impresso por disciplina, sob pena de, em um futuro próximo, “criarmos uma geração de analfabetos funcionais”.

Já o governo conservador de São Paulo anunciou a substituição dos livros físicos por material digital a partir de 2024. Isso em um país que há mais de 80 anos possui um dos programas mais eficientes de distribuição de livros didáticos do mundo, garantindo acesso a materiais de qualidade - aprovados por comissões de especialistas das melhores universidades do país -. Além disso, esse sistema oferece uma variedade de abordagens e métodos, permitindo que os professores escolham os materiais que melhor se coadunam ao seu trabalho, dentro de uma perspectiva elementar que é a da preservação da autonomia docente dentro dos limites possíveis de uma rede de ensino pública e democrática. 

Os índices de analfabetismo funcional no Brasil são alarmantes: segundo o INEP,  um em cada dez estudantes com mais de quinze anos não entende o que lê. Entre os 25% mais pobres, esse número mais do que dobra. No meio rural, quase triplica. Em São Paulo, 15% dos domicílios não têm acesso à internet. E os que têm, a maioria não possui internet de velocidade compatível com as exigências necessárias que a carga de estudo diária requer. Durante a pandemia, esse problema foi mais do que escancarado, sem que medidas efetivas para a sua solução ainda tenham sido implementadas. 

O curioso nessa guinada cibernética do Estado de São Paulo é que em fevereiro deste ano, a mesma secretaria de Educação proibiu o uso das redes sociais e serviços de streamings  nas quase 5.500 escolas estaduais. "Para evitar dispersão do que interessa", afirmou o secretário, sem levar em consideração que o uso adequado dos múltiplos conteúdos disponíveis na internet podem favorecer uma formação crítica, por permitir acessar várias fontes de informação e variadas análises sobre os fatos, coisa que um material único jamais permitirá. Ou seja: parece que o problema verificado pelo governo de São Paulo é com a pluralidade e não com uma suposta coadunação com a contemporaneidade. Pelo contrário, a censura de livros e conteúdos é uma das marcas do medievo, quando não éramos nem mesmo modernos. O que, por aqui, parece que muitos não fazem questão de ser.

O que é ainda mais curioso é que essas medidas, somadas ao esdrúxulo arranjo chamado escola cívico-militar, nunca parecem ser um bom arranjo para as escolas privadas, que continuam oferecendo para seus alunos um ambiente rico de possibilidades de pesquisa, abordagens, materiais, discussão, sem uniformes militares nem policiais andando pelos corredores das suas escolas. Pau que vale pra Chico nem pensar em encostar em Francisco, devem pensar os governadores e seus secretários, cujos filhos dificilmente se submeteriam às regras por eles impostas aos pobres. 

O que podemos concluir das duas notícias recentes que comento neste texto é que há conservadores e conservadores. A diferença entre a Suécia e o Brasil, como diria o psicanalista Contardo Calligaris, é que por aqui todas as ações são assinadas pelo fantasma da escravidão. Enquanto não formos capazes de nos reconhecer como uma sociedade de cidadãos, a máxima “não faça aos outros o que não queira que façam a você” será cindida por uma linha clara: há os outros que não são os nossos e há os outros que são como nós. Aos nossos, tudo que a melhor e mais atenta pedagogia mundial oferece. Aos outros, polícia na escola e analfabetismo funcional. E livros únicos. Digitais.



Daniel Medeiros - doutor em Educação Histórica e professor de Humanidades no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros


Cracolândia: a maior cena aberta de consumo de drogas do Brasil resiste e quem poderá resolver essa situação?

Psiquiatra e presidente da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas (ABEAD)

 

Nas últimas semanas, os noticiários deram conta de novos episódios de depredação de ônibus, pagamento de pedágio para as pessoas transitarem pelo local e reiteradas e sistemáticas cenas de violência na região da Cracolândia, no centro de São Paulo. No entanto, os avanços quase diários das Polícias e órgãos públicos não conseguem conter a retomada do espaço e muito menos trazer a normalidade que a população espera.

Será preciso mais que ação policial para coibir a Cracolândia. As cenas abertas de uso de drogas representam importantes desafios para profissionais de saúde, gestores e formuladores de políticas públicas, especialmente em países de baixa e média renda. No entanto, essas cenas abertas também podem ser encontradas na maioria das grandes cidades da Europa assim como na América do Norte: a Downtown Eastside de Vancouver abriga a maior cena aberta de consumo drogas do Canadá.

Parece haver forças que mantêm essas comunidades unidas, independentemente das substâncias usadas, causando problemas de ordem pública, levando ao recrutamento de e marginalização de jovens para consumo ou venda de drogas e induzindo a sensação crescente da população de sentimento de insegurança.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e Drogas (ABEAD), a Cracolândia de São Paulo é a mais antiga (1989) e a mais densamente povoada, com 500 moradores e mais de 2.000 visitantes regulares. São praticamente 33 anos de existência e, apesar de várias estratégias utilizadas ao longo deste período, segue resistindo. O Brasil tem o maior mercado de crack do mundo já que mais de 1 milhão de brasileiros consomem esta droga. Existem 370 mil usuários regulares de crack vivendo nas 26 capitais e no Distrito Federal e, aproximadamente, 80% deles usam drogas em locais públicos.

Embora alguns estudos internacionais tenham descrito várias maneiras de gerenciar cenas abertas de drogas, como aplicação da lei e intervenções sociais, há conhecimento limitado sobre os facilitadores e barreiras que promovem ou impedem a implementação de tais intervenções. Os estudos em cenas abertas mostram que os usuários de drogas tendem a se unir como um grupo e resistirem ao que chamam de ‘pessoas normais’ que passam, assim como demonstram a importância de compartilhar drogas e serviços e aderir às regras de conduta criadas nos locais.

A experiência de estar à margem da sociedade e a necessidade de ocultar algumas de suas atividades promovem criação de regras e rituais próprios para quem consome drogas em cenas abertas. Essas regras e rituais podem ser considerados como ‘rituais de interação’. Eles fornecem aos participantes os símbolos de associação ao grupo, energia emocional e solidariedade grupal. Isso torna difícil sair de cena e pode explicar por que aqueles que o fazem voltam com frequência. 

Para aumentar a possibilidade de implementação bem-sucedida de intervenções para combater o tráfico aberto de drogas, políticos e autoridades devem prestar atenção à colaboração entre atores-chave, alocação de recursos suficientes, possível modificação da política que rege os deveres profissionais e fornecimento de medicamentos para a vulnerabilidade de indivíduos sem residência que circulam nestes locais. Além disso, instalações de tratamento suficientes devem ser fornecidas quando atividades de aplicação da lei contra as cenas de drogas abertas forem planejadas.

Porém, a falta de políticas públicas para o tratamento da saúde mental e drogadição no país é um dos grandes gargalos apontados pela ABEAD. Sem recursos, os serviços, na maioria dos Estados, estão sucateados.                                                                                                                            

As políticas públicas de saúde mental no Brasil seguem tendo um subfinanciamento. E, sem saúde mental, não há saúde. Os serviços que não estão sucateados na área, estão respirando por meio de bombas de oxigênio para tentar sobreviver com o baixo repasse de verbas.

Outro fator que afeta o setor é a fragilidade das ações em andamento diante das mudanças na gestão do setor. Temos uma certa instabilidade, por vezes, das políticas de Estado que não têm garantia de continuidade a cada novo governo que entra.                                          

De modo geral, a rede de atenção psicossocial que dá suporte ao tratamento carece de organização. Embora o trabalho exista em determinados territórios deste imenso Brasil, a rede de atenção psicossocial ainda é frágil e muitas vezes desunida.

O XXVII Congresso Brasileiro da ABEAD,  de acontece de 03 a 06 de setembro, em São Paulo, tem, entre os desafios, ampliar a oferta de boas práticas clínicas com base em evidências por equipes qualificadas. Existe uma carência imensa de treinamento em adições no nosso país. Precisamos garantir acesso mais rápido a cuidados, consultas ambulatoriais e leitos para uma demanda de pacientes cada vez mais crescente.

 

Alessandra Diehl


IBC-Br, a ‘prévia do PIB’, mostra desaceleração da atividade econômica

Freepik

Indicador do Banco Central registrou alta de 0,43% no segundo trimestre, enquanto no primeiro trimestre a elevação foi de 2,41% 


A atividade econômica brasileira desacelerou no segundo trimestre deste ano, de acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira, 14/8, pelo Banco Central (BC). 

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve alta de 0,43% de abril a junho em relação ao trimestre anterior (janeiro a março), de acordo com dados dessazonalizados (ajustados para o período).  

Já no primeiro trimestre do ano, o crescimento foi de 2,41%, se comparado ao trimestre anterior (outubro a dezembro de 2022). 

Em comparação ao trimestre de abril a junho de 2022, a alta foi de 2,65% (sem ajuste para o período, já que a comparação é entre meses iguais).  

Em junho de 2023, o IBC-Br teve alta de 0,63%, atingindo 146,65 pontos. Na comparação com o mesmo mês de 2022, houve crescimento de 2,10% (também sem ajuste para o período). No acumulado em 12 meses, o indicador ficou positivo em 3,35%.  

O IBC-Br é uma forma de avaliar a evolução da atividade econômica do país e ajuda o BC a tomar decisões sobre a taxa básica de juros, a Selic, definida atualmente em 13,25% ao ano. O índice incorpora informações sobre o nível de atividade de setores da economia – indústria, comércio e serviços e agropecuária –, além do volume de impostos.  

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação. Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas ajudam a redução da inflação, mas também podem dificultar a expansão da economia.  


QUEDA DA INFLAÇÃO

Diante da forte queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, iniciou, neste mês, um ciclo de redução da Selic, o que deve estimular a atividade produtiva. 

A última vez em que o BC tinha reduzido a Selic foi em agosto de 2020, quando a taxa caiu de 2,25% para 2% ao ano, em meio à contração econômica gerada pela pandemia de covid-19. Depois disso, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo que começou em março de 2021, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, e, a partir de agosto do ano passado, manteve a taxa em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. 

Divulgado mensalmente, o IBC-Br emprega uma metodologia diferente da utilizada para medir o Produto Interno Bruto (PIB), que é o indicador oficial da economia brasileira. Segundo o próprio BC, o índice “contribui para a elaboração de estratégia da política monetária” do país, mas “não é exatamente uma prévia do PIB”. 

Com resultado trimestral, o valor do PIB do segundo trimestre de 2023 será divulgado em 1º de setembro pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país.  

Em junho, o IBGE anunciou que o PIB cresceu 1,9 no primeiro trimestre deste ano, se comparado com o resultado dos últimos três meses de 2022. Na comparação com o primeiro trimestre do ano passado, a economia brasileira avançou 4%, enquanto o resultado dos últimos 12 meses representa uma alta de 3,3%. Em 2022, o PIB do Brasil cresceu 2,9%, totalizando R$ 9,9 trilhões.

 

Agência Brasil

Governo de SP abre 100 vagas em cursos profissionalizantes na região de Presidente Prudente

Programa Qualifica SP é voltado para jovens de 16 a 24 anos de idade que buscam qualificação para o primeiro emprego


 

O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, está com inscrições abertas para 100 vagas em cursos gratuitos na região de Araçatuba para a qualificação profissional de jovens de 16 a 24 anos com ensino fundamental completo que buscam inserção no mercado de trabalho. No estado de São Paulo são 15 mil vagas no total. 

 

As vagas são para o município de Birigui para cinco opções de cursos: Auxiliar de Vendas; Design de Plataforma Digitais e Experiência do Usuário; Excel Aplicado à Área Administrativa; Gestão de Pequenos Negócios; e Marketing Digital e Vendas em Redes Sociais.

As inscrições vão até o dia 21 de agosto. Para se inscrever, os interessados devem realizar um cadastro e selecionar o curso desejado no site www.cursosprofissionalizantes.sp.gov.br. Além disso, os inscritos devem responder ao Quiz Vocacional no App Meu Futuro Profissional para efetivar a inscrição. Não precisa realizar processo seletivo.

A comunicação com os inscritos é feita unicamente por e-mail, utilizando-se os dados pessoais de cada candidato informados no ato do cadastro no site. As aulas têm previsão de início em setembro.

Além dos cursos presenciais, estão abertas opções no formato remoto nas áreas de tecnologia, Gestão & Negócios e Saúde. São 9.116 vagas disponíveis e a inscrição pode ser feita também pelo site.  

Os cursos foram desenvolvidos para atender às demandas atuais do mundo do trabalho e abrangem as seguintes áreas: Tecnologia da Informação, Gestão e Negócios, Produção Cultural e Design, Automotivo e Saúde. De acordo com o IBGE (2022), cerca de 30,9% da população jovem do Estado de SP estão desocupados; muitos em emprego informal, sem formação mínima para acessar o setor produtivo.  

As opções de cursos têm duração de 120 horas e poderão ser realizadas ao longo de quatro meses no formato presencial ou remoto, com aulas ao vivo. As aulas presenciais serão realizadas em instituições de ensino parceiras, como Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) estaduais do Centro Paula Souza (CPS), de 75 municípios do estado de São Paulo.

 

Serviço

Inscrições para cursos profissionalizantes para jovens

Prazo: até 21 de agosto de 2023 

Site: www.cursosprofissionalizantes.sp.gov.br

 

Poupatempo alerta: veículos de placas 3 e 4 tem até o fim de agosto para realizar o licenciamento anual obrigatório de 2023

 

O documento fica disponível para download e impressão nos canais digitais do programa  

 

Proprietários de veículos com placas terminadas em 3 e 4 devem regularizar o licenciamento anual obrigatório até o dia 31 de agosto de 2023, de acordo com o cronograma definido Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP). O documento pode ser acessado pelos canais digitais do Poupatempo – portal (www.poupatempo.sp.gov.br), aplicativo Poupatempo Digital e no Whatsapp, pelo número (11) 95220-2974.  

Com o número do Renavam, o serviço pode ser feito por meio de internet banking, aplicativo ou caixa eletrônico dos bancos conveniados (Santander, Bradesco, Banco do Brasil, Safra, Itaú, Caixa Econômica Federal). Após o pagamento, o documento digital fica disponível para download e impressão no item ‘Licenciamento Digital’ no portal do Poupatempo e no aplicativo Poupatempo Digital.   

No ano passado, foram realizados cerca de 3,8 milhões licenciamentos digitais nos canais do programa. Em 2023, até junho, foram mais de 1,3 milhão de atendimentos. O serviço é um dos cerca de 280 disponíveis de forma online, como renovação de CNH, licenciamento de veículos, consulta de IPVA, Carteira de Trabalho Digital, seguro-desemprego, Atestado de Antecedentes, por exemplo.  

Além dos canais digitais do Poupatempo, os portais Detran.SP (www.detran.sp.gov.br) e Senatran (https://portalservicos.senatran.serpro.gov.br/), e dos aplicativos Detran.SP e Carteira Digital de Trânsito – CDT também podem ser utilizados para baixar e imprimir o documento. O motorista poderá imprimir em papel sulfite comum (A4-branca).  

O valor da taxa para licenciar veículos é de R$ 155,23. Para o processo ser concluído, o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) deverá estar quitado integralmente, assim como todos os débitos do veículo, como, por exemplo, todas as multas exigíveis.  

Calendário de Licenciamento do Estado de São Paulo para veículos de passageiros, ônibus, reboque e semirreboque   


Calendário de Licenciamento no Estado de São Paulo para veículos registrados como caminhão ou caminhão-trator 

 


O calendário fixa o prazo-limite para o pagamento regular do licenciamento, de acordo com o final da placa. Se não for realizado até o último dia útil do mês referente ao número final da placa, haverá incidência de multa e juros. A regra é a mesma: todos os débitos do veículo devem estar quitados.  

A falta de licenciamento é uma infração gravíssima e pode acarretar uma série de problemas para o condutor, como remoção do veículo ao pátio, multa de R$ 293,47 e sete pontos na carteira, conforme determina o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 

 

Lei Anticorrupção completa 10 anos de vigência

 Com mais de R$ 1 bilhão em multas aplicadas, lei combate a corrupção que se dá entre empresas privadas e órgãos públicos

 

Instituída em 1º de agosto de 2013, no início deste mês, em 2023, a Lei Anticorrupção completou 10 anos. Sancionada pela então presidenta da República do Brasil, Dilma Rousseff, a legislação dispõe sobre a responsabilização e punição de pessoas jurídicas corruptoras, podendo imputar tanto o servidor público corrupto quanto a organização privada corruptora.

Em virtude da lei, até os dias atuais já são contabilizadas mais de R$ 1,2 bilhão em multas pelo Poder Executivo Federal, conforme aponta a Controladoria-Geral da União, além de aproximadamente 1.600 processos de responsabilização de empresas, 25 acordos de leniência e cerca de R$ 18 bilhões ressarcidos.

Marcela Carvalho Bocayuva, e Felipe Bocayuva advogados,  sócios e fundadores  do escritório Bocayuva & Advogados Associados, explicam que a legislação sobre corrupção estabelece regras para a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira. A profissional avalia a disposição como um grande avanço, desde sua origem.

De acordo com a pesquisa sobre Integridade Corporativa feita em 2022 pela Deloitte[1] , das 113 empresas analisadas, mais de 70% planejam investir na área de conformidade ao compliance até 2024.  O estudo mostra que as práticas sobre o tema cresceram nos últimos tempos e, atualmente, as empresas buscam estruturá-la de forma mais robusta e estratégica.

Nesse sentido, compliance pode ser definido como uma série de normas e preceitos implementados por uma organização para aprimorar sua integridade, conformidade, reputação e ética. O contexto que recai na sua implementação é bem amplo e pode ser aplicado no ramo legal, social, financeiro, ambiental, digital, tecnológico e outros. Compliance pode nascer de leis devidamente estabelecidas pelos Estados, Organismos Internacionais, tratados, acordos e até normas e princípios não obrigatórios.

Sua criação não é exata e aparenta ser um reflexo da evolução das medidas que visavam aprimorar a governança corporativa através dos anos. A criação do Federal Reserve nos Estados Unidos em 1913 é considerado como um dos primeiros exemplos de compliance, visto que foi criado para aprimorar o fluxo de dinheiro e crédito no país e garantir que os bancos tivessem recursos para atender às necessidades de seus clientes a partir de um ambiente mais seguro, flexível e durável, capaz de assegurar os mais diversos padrões até em momentos de crise. 

No ramo internacional, em 1930 foi criado o Bank for International Settlements, uma instituição internacional que tem por objetivo buscar a estabilidade monetária e financeira a partir de regras e diretrizes da cooperação internacional. Mesmo que seu principal objetivo tenha sido administrar as reparações impostas à Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, com o tempo a instituição se tornou um polo para implementar um sistema financeiro mais seguro e estável.  

No Brasil, o compliance também evoluiu através dos anos, principalmente a partir da Lei do Colarinho Branco de 1986 e a Lei Anticorrupção implementada em 2013. A legislação sobre corrupção estabelece regras para a responsabilização objetiva administrativa e civil de pessoas jurídicas pela prática de atos contra a administração pública, nacional ou estrangeira.

As normas da Organização Internacional de Normalização, entidade internacional de padronização, e da ABNT, associação nacional que implementa normas técnicas, também possuem grande importância para o avanço da temática, na medida em que implementam novas orientações e sistemas de gestão para compliance.

Ao considerar que o compliance é um “sistema contínuo e o resultado de uma organização que cumpre suas obrigações”[2] e que “se torna sustentável ao ser incorporado na cultura da organização, e no comportamento e na atitude das pessoas que trabalham para ela”[3], as normas 37301 e 37001, estabelecidas em 2021 e 2022, respectivamente, permitem um comprometimento maior da organização e possibilitam um aprimoramento dos negócios e da sua sustentabilidade.

Ambas as normas fornecem diretrizes sobre como aprimorar a governança. Neste sentido, para a implementação de um compliance efetivo, a organização deverá considerar não somente sua atuação, mas também seus valores e seus impactos. O modelo de negócio, seu escopo, a situação econômica, as estruturas internas, normas, processos, a cultura que está inserida, o contexto regulatório e legal devem ser analisados antes de implementar um sistema de gestão para o tema, para que assim ele reflita os objetivos da organização.

Ao idealizar um plano de compliance, as organizações deverão ter em mente que sua implementação é continua. O sistema não deverá ser rígido, pelo contrário, a eficácia da gestão está justamente no seu formato maleável que possibilita encontrar novos erros e aprimorar com o tempo. Além disso, em caso de não conformidade, a organização deverá analisar e implementar quaisquer ações necessárias para mitigar a sua ocorrência.

Com o passar dos anos as organizações compreenderam que seu propósito não recai somente no lucro. Uma boa governança que possibilite uma atuação mais eficaz e responsável, em conformidade com seus objetivos iniciais, é primordial para obter os resultados desejados e impactar de forma positiva todo o seu ecossistema. Neste sentido, compliance pode ser estabelecido como uma série de ações e normas, que ultrapassam o direito, para estabelecer uma maior resiliência, confiança e eficácia na tomada de decisões de uma organização.



Marcela Bocayuva
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Parcelamento de dívidas: como fazer e que cuidados tomar

Especialista dá dicas para usar esse recurso de modo a sair da crise financeira (e não o contrário) 

 

O acesso ao crédito virou uma realidade e uma necessidade para quase muitos brasileiros. Isso significa que muitas famílias passaram a fazer suas compras cotidianas com o cartão de crédito, sobretudo em momentos mais delicados de crise, como no período da pandemia. Com menos renda, porém, como conseguir honrar as dívidas com os credores e não ficar com o temido ‘nome sujo’?  

Se utilizado estrategicamente, o parcelamento da dívida pode ser uma solução para sair do sufoco. Mas o contrário também vale. O parcelamento sem os devidos cuidados trará novos aborrecimentos ao endividado, que corre o risco de voltar para a estaca zero ou entrar em uma situação ainda pior. 

“Para evitar que o nome de uma pessoa seja inserido em órgãos de proteção de crédito, ou mesmo que tenha problemas com o governo, o que inclui cobranças da Receita Federal, o parcelamento da dívida é uma forma de quitar o débito com mais prazo”, afirma Marcela Gaiato Martins, Diretora de Produtos B2C, Marketing e Atendimento ao Cliente da Recovery, empresa do Grupo Itaú e plataforma especialista em recuperação de crédito no Brasil. 

A pessoa pode parcelar dívidas de faturas de cartão de crédito, dívidas de empréstimo e de financiamentos, impostos como IPTU, IPVA, e dívidas com o governo, como débitos com a Receita Federal, entre diversas outras. 

Para solicitar o parcelamento, é necessário contatar a instituição credora para conhecer as soluções de negociação oferecidas. No caso dos bancos, muitos já possuem em seus aplicativos as opções de parcelamento diretamente nas interfaces, dispensando a necessidade de conversar com o gerente da conta, ou mesmo ir até a agência. Já em uma dívida com o governo, é necessário seguir os passos que o órgão público determina. De modo geral, os sites têm interface amigável, sendo fácil seguir o passo a passo para realizar a negociação.  

Vale reforçar também que o parcelamento está sendo oferecido dentro do Desenrola Brasil, o programa de renegociação de dívidas lançado recentemente pelo Governo Federal. Essa opção está disponível para a Faixa 2, conforme negociação que o credor fizer com o banco onde deve, e também estará disponível na Faixa 1, prevista para iniciar em setembro. Para a Faixa 1, o parcelamento será feito por financiamento bancário, com prazo mínimo de 2 meses e máximo de 60 meses para pagamento e taxa de juros de, no máximo, 1,99% ao mês.  


Cuidados essenciais 

Antes de fazer qualquer negociação, o primeiro passo é fazer o levantamento de todas as dívidas. E, considerando o orçamento mensal, predeterminar o valor que pode dispor sem comprometer as contas do dia a dia.  


A especialista aponta os 5 pontos de atenção: 

1. Fazer simulações de parcelamento para calcular o impacto do valor no orçamento.  

2. Evitar taxas de juros abusivas. 

3. Estudar um prazo razoável para que o parcelamento não se estenda demais e comprometa o futuro. 

4. Perguntar sobre possíveis descontos em caso de antecipar parcelas ou se, em algum momento, for possível quitar a vista.  

5. Nunca desconsiderar os imprevistos. Se possível, reservar sempre uma parcela do orçamento para essas situações, claro, se isso não comprometer o pagamento das parcelas. E, a não ser que seja de fato necessário, não assumir novos compromissos, especialmente enquanto estiver pagando a dívida.  

“Ao atrasar o pagamento das parcelas, além do valor original, o consumidor ainda terá de pagar multas e juros. No caso de dívidas com empresas privadas, o nome negativado trará dificuldade de conseguir crédito quando necessário”, alerta a diretora da Recovery

 

Pesquisa avalia principais desafios de produtores brasileiros com exportação

Até o dia 03 de setembro, pequenos, médios e grandes produtores rurais de todo o país e dos mais diversos segmentos poderão participar do levantamento

 

Para dar voz e avaliar a maturidade dos produtores rurais e os principais problemas e dificuldades que enfrentam no processo de exportação de produtos agrícolas, a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), em parceria com a Agroconsult, realiza a pesquisa nacional “Desafios à internacionalização do Agro Brasileiro”. A iniciativa busca mapear os principais gargalos existentes na estrutura produtiva e na política comercial brasileira que impedem ou dificultam a inserção do produtor rural do país às cadeias globais de valor. A pesquisa permitirá a compreensão dos problemas e servirá como orientação para propor ações que visem solucionar e facilitar a internacionalização do setor por meio da atuação do Sistema CNA/Senar junto ao setor privado e ao Governo Federal.

A pesquisa tem como público-alvo os pequenos, médios e grandes produtores rurais das 27 unidades da federação e dos mais diversos segmentos do agronegócio (agricultura, pecuária, silvicultura, apicultura, psicultura etc). “É importante a participação na pesquisa de produtores de diversos estados, culturas e experiências de exportação. Até mesmo quem não exporta deve responder à pesquisa porque esses produtores podem apontar questões estruturais que impedem ou dificultam a exportação”, explica Debora Simões, sócia da Agroconsult. Para participar, acesse: Desafios à Internacionalização do Agro Brasileiro | Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) (cnabrasil.org.br)

Responsável por 48% das exportações brasileiras e pelo superávit comercial do país, o agro ganha relevância no aspecto regional por sua representatividade na balança comercial de vários estados. Conforme levantamento da Agroconsult, 15 estados têm no agro a sua principal fonte de receita de exportação (participação das exportações agrícolas superior a 50% da pauta exportadora). Além do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com participação do agronegócio de 98% e 96%, respectivamente - juntos somam cerca de R$ 40 bilhões de produtos do agronegócio exportados em 2022 - Acre, Piauí, Rondônia e Tocantins tem quase a totalidade das vendas externas focadas no agro. Outros cinco estados – Goiás, Roraima, Alagoas, Paraná e Rio Grande do Sul - registraram participação acima de 70% das exportações de produtos do agronegócio em 2022 do total exportado por cada estado.

Nos últimos anos, o Brasil vem ampliando o número de parceiros comerciais e em 2022 os produtos agrícolas brasileiros desembarcaram em 220 países. Apesar da diversificação de destino, nossos três principais parceiros comerciais (China, Estados Unidos e Países Baixos) representam 41% das nossas exportações, sendo somente a China responsável por 34% do total dos embarques brasileiros. Analisando a pauta exportadora, observa-se também a grande participação de soja, milho, carne bovina, açúcar e café. Juntos, os cinco produtos representam 55% das exportações agrícolas.

O Índice de Diversificação Setorial (GSDI) brasileiro, mostra, que, de fato, a pauta de exportação do país é mais concentrada que a de outros países exportadores de produtos agrícolas – enquanto o indicador brasileiro é de 0,23, União Europeia, Estados Unidos e China detém um índice de 0,56 e 0,54 e 0,34, respectivamente (lembrando que, quanto mais próximo de 1 estiver o índice, mais diversificada é a pauta exportadora do país). “A liderança global que já atingimos em alguns produtos deve ser celebrada. Porém, a elevada concentração de produtos na pauta de exportação pode indicar dificuldades dos agricultores brasileiros em diversificar e agregar valor em especial aos produtos que não são as principais commodities, seja por questões internas – como logística e aspectos regulatórios e tributários – por barreiras e exigências impostas por outros países, falta de clareza e consistência nas ações de promoção comercial ou mesmo desconhecimento e dificuldades iniciais com relação aos processos para abrir mercados” afirma Débora.


Dismorfia financeira: pesquisa inédita do will Bank mostra abismo financeiro entre homens brancos de classe alta e mulheres pretas de baixa renda

 

Dados reforçam a necessidade de um mercado financeiro mais inclusivo, com serviços voltados aos mais vulneráveis como mulheres e negros

 

●     8 em cada 10 mulheres pretas e pardas da classe DE relatam dificuldades financeiras mensais

●     A palavra desespero foi a mais citada por pessoas pretas, já entre os brancos o termo tranquilidade se destaca quando questionados sobre suas contas rotineiras

 

Problemas financeiros preocupam os brasileiros em diferentes níveis, mas algumas pessoas são mais afetadas e têm mais dificuldades em se relacionar com o dinheiro, como é o caso das mulheres e das pessoas pretas. E não é pela falta do dinheiro, mas pela falta da sensação de pertencimento ao padrão estabelecido por quem já tem grana. É o que mostra o estudo inédito “Dismorfia Financeira” lançado pelo will Bank, banco 100% digital com mais de 5 milhões de clientes no país, e que pode ser baixado, gratuitamente, no site. No caso das mulheres, 8 em cada 10, no perfil mais vulnerável, relatam dificuldades financeiras mensais, enquanto 6 em cada 10 homens, em um contexto de segurança social, conseguem comprar tudo que querem – e destes, 3 em cada 10 ainda poupam para o futuro.

O estudo - para o qual foram entrevistadas mais de 2 mil homens e mulheres, entre 18 e 40 anos, de diferentes grupos étnicos, classes sociais e de todas as regiões do país – revela que a relação com o dinheiro é muitas vezes dolorida. Os dados traduzem o que as pessoas pensam e, principalmente, sentem sob uma ótica nada óbvia, que vai além do ter ou não dinheiro, mas de se sentir incluído, evidenciando os desafios do mercado financeiro para acolher e trazer pertencimento às diferentes e plurais realidades brasileiras.



Homens brancos da classe AB1 e mulheres pretas e pardas da classe DE

A amostra revela que 71,3% das pessoas não usam palavras positivas para descrever a situação financeira atual, mas para mulheres pretas e pardas da classe DE esses números são mais acentuados, com apenas 10,5% referindo-se à sua situação financeira com palavras positivas. Para 61,4% das mulheres, as palavras negativas são as mais utilizadas e 28,1% usam palavras neutras.

Ao olharmos para o recorte de homens brancos da classe AB1 (os mais privilegiados), a diferença de perspectiva é inversamente proporcional. Desse perfil, 58,1% fazem referências positivas à sua situação financeira, enquanto as palavras negativas somam 19,4% e as neutras 22,5%.

Outro dado apontado pelo estudo, e que dimensiona o abismo entre esses perfis, é que, entre os homens brancos da classe AB1, a situação é mais tranquila (32,9%) em relação aos gastos rotineiros (supermercado, água, luz e moradia). Ao mesmo tempo em que mulheres pretas e pardas da classe DE associam sua própria situação como de desespero quando questionadas sobre dinheiro (24,2%) e seus gastos mensais. Além disso, 74,3% delas afirmam sentir que outros ganham mais facilmente coisas que, para elas, exigem muito esforço.

No cenário atual, homens da classe AB1 utilizam, em média, 5,8 produtos financeiros, enquanto mulheres pretas e pardas da classe DE contam com apenas 1,8 produtos. E apenas 2% desse grupo fazem investimentos, em contraste com 49% dos homens de classe mais alta.


Gênero

As mulheres, em geral, ficam mais constrangidas ao utilizarem serviços financeiros. O estudo revela que cerca de 37% das mulheres sentem vergonha ao pedir um empréstimo ao gerente de forma presencial. Para homens, esse percentual reduz para 26%. No ambiente digital, os indicadores para constrangimento e vergonha relacionados à solicitação de empréstimo têm menor relevância, com 24% de mulheres e 22% dos homens indicando essa condição. O sentimento de tristeza é o que aparece com maior percentual, sendo apontado por 28% das mulheres e 23% dos homens.

Felix reforça que essa visão negativa do uso de produtos financeiros reforça o estigma de que só se usa esses recursos em situações de “fracasso”. Contudo, o executivo defende que, se utilizado de forma responsável, o empréstimo, por exemplo, pode ser um propulsor para auxiliar o empreendedor. “Empréstimo não está necessariamente ligado à falta de algo, usado de maneira estratégica e consciente pode servir como ferramenta de evolução para muitos empreendedores”, diz.



Etnia

Quando o comparativo é etnia, o estudo mostra sentimentos diferentes. Quando há questionamento sobre as contas rotineiras, a palavra desespero foi a mais citada por 17,1% das pessoas pretas. Já entre 18,7% das pessoas brancas, o termo mais utilizado para destacar a situação foi tranquilidade. Outros termos também mostram essa disparidade. Enquanto 9,6% das pessoas pretas sentem tristeza ao abordar o assunto, 17,2% das pessoas brancas sentem gratidão.



Inclusão financeira: mercado criando para pessoas

O estudo reforça a importância de incluir os mais vulneráveis no sistema financeiro e oferecer produtos e serviços adequados a esse público, que é tão diverso. O cartão de crédito, por exemplo, pode servir como porta de entrada, sendo acessado por 26,3% das mulheres pretas e pardas da classe DE. Mas apenas 9,1% delas já solicitaram empréstimos a um banco, em comparação com 24,1% da parcela mais privilegiada, os homens brancos da classe AB1. Em geral, pessoas pretas e pardas não se sentem pertencentes às instituições tradicionais, muitas vezes se sentindo julgadas ou inadequadas.

Esses e outros dados mostram que a oferta atual de serviços no setor financeiro favorece a manutenção da lógica já existente e predominante. a favor de padrões estabelecidos por quem tem uma condição financeira melhor, não sendo suficiente para acolher os dismórficos, com a oferta de alternativas e produtos que possam mudar sua realidade. Este cenário evidencia a necessidade de se promover uma inclusão financeira mais ampla e garantir que todos os indivíduos tenham acesso a serviços bancários adequados, superando barreiras sociais e oferecendo um ambiente acolhedor e igualitário.

"A discussão é longa e necessária. Para reduzir a dismorfia financeira no Brasil é fundamental incluir os mais vulneráveis e aqueles que tradicionalmente têm uma relação desfavorável com os bancos. Somos conscientes de que a diferença entre classes econômicas e seus efeitos ainda vão existir amanhã, assim como a busca incessante por melhores oportunidades e condições de vida. Mas acreditamos que seja possível transformar as atuais e as futuras gerações propondo um novo olhar e novos caminhos de inclusão, criando um hoje melhor que ontem”, conclui Felipe Félix, CEO do will Bank.



Oi, eu sou um banco digital, mas pode me chamar de will

Com mais de 5 milhões de clientes no país, o will Bank chegou em 2017 com um objetivo: tornar a relação dos brasileiros com o dinheiro mais excitante. Seus clientes não pagam taxas e nem anuidade pelos serviços, que vão de conta digital com cartão de crédito e débito, cartão virtual, conta que rende, investimentos, além de PIX, transferências via TED, e saques em caixas eletrônicos 24h. Ah, tem também a loja will, com cashback em mais de 250 lojas parceiras. Para mais informações, acesse: https://www.willbank.com.br



Segurança da informação: como simplificar o envio de códigos de verificação?

Toda segurança é pouco, e não é difícil comprovar essa relação. Nos últimos anos, casos frequentes de invasões cibernéticas, roubos e vazamentos de dados, dentre muitos outros crimes, afetaram a população mundial. Com o avanço tecnológico, métodos cada vez mais “criativos” são utilizados por esses hackers, na busca de qualquer brecha que consigam captar estas informações dos usuários. Se proteger contra esses ataques não é tão simples, mas possível de ser feito através de mecanismos de verificação que confirmem a identidade do usuário durante o acesso a uma conta e barram qualquer login suspeito.

Por mais sistemas e soluções robustas que tenhamos acesso atualmente, o cenário que ainda enfrentamos referente a essas brechas é preocupante. Hoje, somos o segundo país no ranking de ataques cibernéticos, segundo um levantamento feito pela Fortinet. Considerando as organizações da América Latina e do Caribe, cerca de 360 bilhões de tentativas de golpes foram registradas em 2022 – sendo 103,1 bilhões delas apenas no Brasil. A quantia é 16% maior em relação a 2021.

Mas, por que este número cresce constantemente? Principalmente, pois as mesmas “oportunidades” tidas com a digitalização do mercado são aproveitadas pelos criminosos, desenvolvendo técnicas diversas e muito realistas que acabam confundindo muitos usuários e os levando a acreditar na veracidade da comunicação transmitida. Qualquer acesso a dados como o número do telefone, CPF, ou senhas de banco, pode causar danos devastadores aos clientes, o que demanda das empresas o maior cuidado possível para evitar estes cenários.

Por isso que os códigos de verificação são tão essenciais neste cenário. Com eles, caso algum criminoso tente invadir qualquer conta, o usuário receberá alguma mensagem ou aviso da ação, solicitando a confirmação de que foi ele mesmo quem a realizou. Essa já é uma medida muito feita por alguns bancos através do iToken, em situações como, por exemplo, compras online, que precisam dessa autenticação do cliente antes de finalizá-la.

Mas, muito além de prezar por estratégias de segurança da informação como o envio de códigos de verificação, é necessário incorporá-los de forma simplificada, sem gerar retrabalho ou dificuldade ao usuário na proteção de suas informações. Nesse sentido, uma das ferramentas mais utilizadas são as notificações via push, que facilitam a experiência do usuário ao evitar que tenha que digitar códigos ou senhas em diferentes aplicativos de confirmação. Ao invés disso, o mesmo objetivo pode ser atingido em apenas um clique em um botão, tornando-o muito mais prático e rápido.

Além dele, muito vem sendo explorado desta funcionalidade no RCS (Rich Communication Service), novo modelo de mensageria desenvolvido pelo Google. Nele, todas as marcas terão seu próprio selo de autenticidade, junto com uma imagem de sua logo em toda mensagem enviada. Assim, os consumidores terão uma maior segurança de quem os estarão contatando e avisando em pedidos de confirmação de identidade.

Todo o processo de verificação pode ser feito diretamente pelo RCS, através de links ou botões destinados a essa confirmação. Algo que, além de ser extremamente prático ao usuário, não exigirá o download de diversos aplicativos destinados a essa função, tornando sua experiência mais rica, fluída e satisfatória, protegidos por um sistema atestado pelo Google em todas as empresas integrantes desta ferramenta.

Cogitar um mercado livre destes crimes cibernético é utópico. Novas tentativas sempre serão desenvolvidas conforme termos sistemas e mecanismos cada vez mais robustos. Por isso, prover esta segurança da informação é indispensável para qualquer negócio, como forma de garantir que seus clientes estejam seguros frente ao armazenamento de suas informações e, assim, fortalecendo a imagem corporativa, se mostrando como uma empresa verdadeiramente preocupada com essa proteção e, acima de tudo, que investe nos melhores mecanismos para esta conquista.

 


Lucas Beda - Head de tecnologia da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

Pontaltech


Excelência no atendimento: o grande diferencial para qualquer negócio

A excelência no atendimento é uma meta contínua, que exige esforço e comprometimento e que vale a pena perseguir. Ao fornecer um serviço de alta qualidade, as empresas podem construir relacionamentos fortes com seus clientes, aumentar as vendas, melhorar sua reputação e lucratividade. 

Entendo que o essencial para o sucesso de qualquer negócio é que ele esteja concentrado, focado, em satisfazer seu cliente e a estabelecer uma relação positiva com ele. 

Destaco abaixo algumas dicas que vão te ajudar a evoluir neste tema: 

- Clientes possuem necessidades específicas de uma maneira geral, e é importante que a equipe de atendimento conheça bem cada cliente, suas necessidades e expectativas, para poder oferecer um atendimento personalizado e eficiente. 

- Invista em treinamentos para que sua equipe saiba como lidar com diferentes tipos de clientes, resolvendo problemas e prestando um atendimento cordial. 

- Os clientes querem ter suas dúvidas e problemas resolvidos o mais rápido e eficaz possível. Portanto, é importante estar disponível para atendê-los em diferentes canais, como telefone, e-mail, chat online ou redes sociais. 

- O atendimento deve ser feito com empatia, ou seja, compreendendo as necessidades e emoções do cliente e oferecendo soluções para seus problemas. 

- Seja transparente e honesto sobre prazos, custos e outras informações importantes. 

- Forneça atualizações e relatórios detalhados sobre seus projetos e serviços prestados. 

- Entenda como o cliente percebe o atendimento prestado. Isso pode ajudar a identificar pontos de melhoria e aprimorar o serviço oferecido. 

Lembre-se sempre de que um bom atendimento pode ser um diferencial competitivo para sua empresa, contribuindo para o sucesso do negócio.

 

Fábio Sant’Anna - Chefe de Vendas/Head of Sales da Logan, multinacional de journey marketing, que oferece uma estrutura de Smart Data e Mídia Multicanal. 


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