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terça-feira, 15 de agosto de 2023

Dismorfia financeira: pesquisa inédita do will Bank mostra abismo financeiro entre homens brancos de classe alta e mulheres pretas de baixa renda

 

Dados reforçam a necessidade de um mercado financeiro mais inclusivo, com serviços voltados aos mais vulneráveis como mulheres e negros

 

●     8 em cada 10 mulheres pretas e pardas da classe DE relatam dificuldades financeiras mensais

●     A palavra desespero foi a mais citada por pessoas pretas, já entre os brancos o termo tranquilidade se destaca quando questionados sobre suas contas rotineiras

 

Problemas financeiros preocupam os brasileiros em diferentes níveis, mas algumas pessoas são mais afetadas e têm mais dificuldades em se relacionar com o dinheiro, como é o caso das mulheres e das pessoas pretas. E não é pela falta do dinheiro, mas pela falta da sensação de pertencimento ao padrão estabelecido por quem já tem grana. É o que mostra o estudo inédito “Dismorfia Financeira” lançado pelo will Bank, banco 100% digital com mais de 5 milhões de clientes no país, e que pode ser baixado, gratuitamente, no site. No caso das mulheres, 8 em cada 10, no perfil mais vulnerável, relatam dificuldades financeiras mensais, enquanto 6 em cada 10 homens, em um contexto de segurança social, conseguem comprar tudo que querem – e destes, 3 em cada 10 ainda poupam para o futuro.

O estudo - para o qual foram entrevistadas mais de 2 mil homens e mulheres, entre 18 e 40 anos, de diferentes grupos étnicos, classes sociais e de todas as regiões do país – revela que a relação com o dinheiro é muitas vezes dolorida. Os dados traduzem o que as pessoas pensam e, principalmente, sentem sob uma ótica nada óbvia, que vai além do ter ou não dinheiro, mas de se sentir incluído, evidenciando os desafios do mercado financeiro para acolher e trazer pertencimento às diferentes e plurais realidades brasileiras.



Homens brancos da classe AB1 e mulheres pretas e pardas da classe DE

A amostra revela que 71,3% das pessoas não usam palavras positivas para descrever a situação financeira atual, mas para mulheres pretas e pardas da classe DE esses números são mais acentuados, com apenas 10,5% referindo-se à sua situação financeira com palavras positivas. Para 61,4% das mulheres, as palavras negativas são as mais utilizadas e 28,1% usam palavras neutras.

Ao olharmos para o recorte de homens brancos da classe AB1 (os mais privilegiados), a diferença de perspectiva é inversamente proporcional. Desse perfil, 58,1% fazem referências positivas à sua situação financeira, enquanto as palavras negativas somam 19,4% e as neutras 22,5%.

Outro dado apontado pelo estudo, e que dimensiona o abismo entre esses perfis, é que, entre os homens brancos da classe AB1, a situação é mais tranquila (32,9%) em relação aos gastos rotineiros (supermercado, água, luz e moradia). Ao mesmo tempo em que mulheres pretas e pardas da classe DE associam sua própria situação como de desespero quando questionadas sobre dinheiro (24,2%) e seus gastos mensais. Além disso, 74,3% delas afirmam sentir que outros ganham mais facilmente coisas que, para elas, exigem muito esforço.

No cenário atual, homens da classe AB1 utilizam, em média, 5,8 produtos financeiros, enquanto mulheres pretas e pardas da classe DE contam com apenas 1,8 produtos. E apenas 2% desse grupo fazem investimentos, em contraste com 49% dos homens de classe mais alta.


Gênero

As mulheres, em geral, ficam mais constrangidas ao utilizarem serviços financeiros. O estudo revela que cerca de 37% das mulheres sentem vergonha ao pedir um empréstimo ao gerente de forma presencial. Para homens, esse percentual reduz para 26%. No ambiente digital, os indicadores para constrangimento e vergonha relacionados à solicitação de empréstimo têm menor relevância, com 24% de mulheres e 22% dos homens indicando essa condição. O sentimento de tristeza é o que aparece com maior percentual, sendo apontado por 28% das mulheres e 23% dos homens.

Felix reforça que essa visão negativa do uso de produtos financeiros reforça o estigma de que só se usa esses recursos em situações de “fracasso”. Contudo, o executivo defende que, se utilizado de forma responsável, o empréstimo, por exemplo, pode ser um propulsor para auxiliar o empreendedor. “Empréstimo não está necessariamente ligado à falta de algo, usado de maneira estratégica e consciente pode servir como ferramenta de evolução para muitos empreendedores”, diz.



Etnia

Quando o comparativo é etnia, o estudo mostra sentimentos diferentes. Quando há questionamento sobre as contas rotineiras, a palavra desespero foi a mais citada por 17,1% das pessoas pretas. Já entre 18,7% das pessoas brancas, o termo mais utilizado para destacar a situação foi tranquilidade. Outros termos também mostram essa disparidade. Enquanto 9,6% das pessoas pretas sentem tristeza ao abordar o assunto, 17,2% das pessoas brancas sentem gratidão.



Inclusão financeira: mercado criando para pessoas

O estudo reforça a importância de incluir os mais vulneráveis no sistema financeiro e oferecer produtos e serviços adequados a esse público, que é tão diverso. O cartão de crédito, por exemplo, pode servir como porta de entrada, sendo acessado por 26,3% das mulheres pretas e pardas da classe DE. Mas apenas 9,1% delas já solicitaram empréstimos a um banco, em comparação com 24,1% da parcela mais privilegiada, os homens brancos da classe AB1. Em geral, pessoas pretas e pardas não se sentem pertencentes às instituições tradicionais, muitas vezes se sentindo julgadas ou inadequadas.

Esses e outros dados mostram que a oferta atual de serviços no setor financeiro favorece a manutenção da lógica já existente e predominante. a favor de padrões estabelecidos por quem tem uma condição financeira melhor, não sendo suficiente para acolher os dismórficos, com a oferta de alternativas e produtos que possam mudar sua realidade. Este cenário evidencia a necessidade de se promover uma inclusão financeira mais ampla e garantir que todos os indivíduos tenham acesso a serviços bancários adequados, superando barreiras sociais e oferecendo um ambiente acolhedor e igualitário.

"A discussão é longa e necessária. Para reduzir a dismorfia financeira no Brasil é fundamental incluir os mais vulneráveis e aqueles que tradicionalmente têm uma relação desfavorável com os bancos. Somos conscientes de que a diferença entre classes econômicas e seus efeitos ainda vão existir amanhã, assim como a busca incessante por melhores oportunidades e condições de vida. Mas acreditamos que seja possível transformar as atuais e as futuras gerações propondo um novo olhar e novos caminhos de inclusão, criando um hoje melhor que ontem”, conclui Felipe Félix, CEO do will Bank.



Oi, eu sou um banco digital, mas pode me chamar de will

Com mais de 5 milhões de clientes no país, o will Bank chegou em 2017 com um objetivo: tornar a relação dos brasileiros com o dinheiro mais excitante. Seus clientes não pagam taxas e nem anuidade pelos serviços, que vão de conta digital com cartão de crédito e débito, cartão virtual, conta que rende, investimentos, além de PIX, transferências via TED, e saques em caixas eletrônicos 24h. Ah, tem também a loja will, com cashback em mais de 250 lojas parceiras. Para mais informações, acesse: https://www.willbank.com.br



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