Se há um mercado que evolui a cada dia, é o de
comunicação. Com a digitalização avançando em velocidade exponencial, os
clientes passaram a ter novos hábitos de consumo e aumentaram o nível de
exigência na hora de escolher determinado produto ou serviço. Consequentemente,
algumas tendências que estão surgindo nessa nova era parecem não estar apenas
de passagem.
O motivo disso é simples: grande parte delas está
relacionada ao comportamento e à identidade do consumidor e estes têm se
tornado protagonistas para as marcas, que adotam estratégias visando
estabelecer um diálogo 360º com as mais variadas audiências.
É claro que não podemos generalizar tendências, mas
quando falamos de consumidores reais, a busca pela fidelização do público ganha
algumas vantagens no cenário de inovação. Aqui na Mark Up, por exemplo, as inovações do
mercado são mapeadas por meio da nossa solução proprietária, o All
Trends. Elegemos aqui seis das mais expressivas, que certamente têm grande
poder de influenciar nos resultados dos negócios:
1. Novas tecnologias de
comunicação
Se voltarmos alguns anos, à época da pandemia, vamos lembrar que o isolamento
social acabou dando lugar a uma comunicação praticamente 100% digital.
Computadores, notebooks, tablets e celulares se tornaram indispensáveis para
toda a população, sendo fundamentais para o desenvolvimento do home office e do
modelo híbrido de trabalho, o consumo de notícias e a interação com amigos e
familiares através das redes sociais.
Não à toa, dados do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) mostram que o Brasil tem atualmente mais de um
smartphone por habitante. É, literalmente, o cenário mais propício possível
para a criação de novos formatos e ferramentas que permitam nos comunicarmos de
maneiras jamais experimentadas.
Em resumo, provavelmente o que veremos nos próximos
anos será cada vez mais a procura por uma comunicação inteligente, ágil e
volátil. Dessa forma, as marcas conseguiram abordar os seus clientes de uma
maneira assertiva, com criatividade e pertinência, a qualquer hora e onde quer
que eles estejam.
2. Mais vídeos em diversas
mídias
YouTube, plataformas de streaming e TV são só alguns exemplos de como filmes,
séries, propagandas e conteúdos audiovisuais em geral são extremamente
presentes nas nossas rotinas; ou melhor, em diferentes rotinas. Hoje, há
basicamente vídeos sobre todos os temas e assuntos, que são ofertados de forma
personalizada, sempre pensando nas necessidades e preferências do público-alvo.
Uma pesquisa feita pela Getty Images entre novembro
e dezembro do ano passado com 1,5 mil pessoas de 21 países – incluindo o Brasil
– demonstra um pouco do potencial dessa diversificação midiática das produções
audiovisuais sob a perspectiva do marketing. De acordo com o estudo, 71 % dos
profissionais da área dizem que o orçamento para esses conteúdos deve aumentar
nos próximos trimestres.
3. Aumento de conteúdos de
áudio e voz
Forte vertente das novas tecnologias da comunicação, os conteúdos sonoros estão
ganhando um aspecto inédito no ambiente digital. Se já vimos a explosão de
podcasts acontecer de uns anos para cá, agora o que está acontecendo é a
pluralidade de funcionalidades da voz.
A já consagrada IA (Inteligência Artificial), que
vem ditando os rumos no contexto da inovação, é uma das protagonistas nesse
processo. A Microsoft, por exemplo, desenvolveu um modelo com essa tecnologia
que sintetiza áudios e imita vozes humanas, chamado de VALL-E, com o objetivo
de aperfeiçoar os textos de ferramentas faladas, trazendo mais naturalidade
para elas.
Então, é bastante razoável projetar um futuro em
que o mercado vai explorar soluções que ofereçam tudo o que o cliente precisa a
poucas palavras de distância.
4. Desenvolvimento do
atendimento e do marketing conversacional
E por falar em IA, tecnologias como essa são verdadeiras aliadas das empresas
quando o assunto é a melhoria do atendimento ao cliente. Para se ter uma ideia,
um levantamento da Juniper Research, empresa de consultoria e análise global no
setor de tecnologia móvel e digital, revelou que haverá aproximadamente 8,4
bilhões de dispositivos inteligentes com suporte para assistentes de voz até
2024, sendo que a humanidade terá por volta de 7,8 bilhões de habitantes.
Isso significa que chatbots e ferramentas que
promovem uma jornada de compra fácil, interativa e imersiva continuarão em
alta, customizando o processo de acordo com a identidade do consumidor que está
do outro lado da tela. Se pudermos resumir essas características do marketing
conversacional em um lema, seria “atendimento na palma da mão e na ponta da
língua”.
5. Experiências únicas
A crescente oferta nas opções de acesso do consumidor às marcas de sua
preferência gera alguns impactos que vão além do incremento no volume de
negócios propriamente dito. Por exemplo, demandam nas empresas a necessidade de
olhar para suas próprias equipes, mantendo seus colaboradores sempre motivados
e estimulados a buscarem as melhores performances.
Nesse relacionamento entre pessoas e marcas, o que
mais se deseja é obter uma experiência satisfatória. Se for surpreendente,
então, tanto melhor. E isso inclui as equipes internas. Por isso, um catálogo
de prêmios capaz de não apenas atender às necessidades, mas principalmente
despertar sentimentos a partir de suas soluções, nunca sai de moda.
Porque, pare e pense, o que define uma boa
experiência de premiação? Para alguns, pode ser aquele item que falta em sua
área de lazer. Para outros, um jantar inesquecível. Há aqueles, ainda, que
desejam mesmo é ter suas contas pagas para equilibrar suas finanças. Por isso, ter
o poder da escolha é uma experiência aspiracional e tão libertadora!
6. Estratégias pautadas em
dados
Por fim, não há como falar em tendências em um mundo em constante evolução
tecnológica sem mencionar o data driven. Hoje, o vasto universo dos dados funciona
não apenas como uma forma de eliminar tarefas mecânicas e burocráticas da
rotina dos times, mas também para gerar insights valiosos para a estratégia das
marcas, que abrem caminhos para uma diferenciação altamente competitiva diante
da concorrência.
Essas informações são obtidas por meio de análises
de mercado, mapeamento de oportunidades e monitoramento de performance,
engajamento e produtividade, só para citar algumas ações. Com isso, os gestores
contam com um forte embasamento para qualquer decisão que precisem tomar,
construindo estratégias de crescimento junto às equipes com menos imprevistos e
muito mais certezas. Fato é que, contra dados, não há argumentos.
Se a inteligência de dados permite poupar tempo e
recursos e ainda traz assertividade para as estratégias das marcas, não há como
dissociá-la como parte integrante das soluções do futuro.
Mas afinal, qual é o futuro da
comunicação?
É claro que não existem certezas, mas fazendo uma boa leitura sobre essas
tendências, não seria mero acaso acreditar que as empresas têm um vasto campo à
disposição para inovar e transformar o mercado da comunicação. A pergunta é: o
quanto elas estão dispostas a aproveitar esse mar de oportunidades?
Para aquelas que estejam dispostas a surfar essa
onda, entendendo a importância de manter sua essência, mas também a necessidade
de abraçar o novo, adaptar-se ao mundo phygital e colocar foco nos seus
consumidores pode ajudar a se posicionarem de forma competitiva.
Com um norte claramente delineado e tendo como
bússola estratégias de comunicação consistentes e atuais, a possibilidade de se
chegar a um porto seguro é altamente relevante. E o melhor: aproveitando os
bons ventos da inovação, capazes de impulsioná-las cada vez mais longe.
Silvana Torres - presidente e fundadora da Mark
Up, uma das principais referências em live marketing no Brasil e criadora
da metodologia proprietária Construtoria Estratégica, que alia estratégias data
driven de uma consultoria a execuções assertivas e criativas de uma agência.