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quarta-feira, 5 de abril de 2023

INSS cria metaverso na Revisão da Vida Toda para confundir Judiciário

Já diziam nossos avós “uma mentira dita várias vezes, acaba se tornando uma verdade”. O ditado é antigo e muito popular, mas todos nós sabemos o quão nocivo é este jargão. Aqui neste curto artigo irei trazer as consequências de dados trazidos pelo INSS que não refletem a realidade na Revisão da Vida Toda, e como eles estão impedindo que os aposentados obtenham o seu tão aguardado direito.

Hoje, mais uma vez, a advocacia previdenciária (e os aposentados) foram surpreendidos com a Nota Técnica 1/2023 do Grupo Operacional do Centro Nacional de Inteligência da Justiça Federal, assinado em 23/03/2023. O estudo alerta sobre o risco de colapso na Justiça Federal em razão da revisão julgada pelo Supremo Tribunal Federal.

Aqui irei trazer considerações sobre este estudo, que amplamente foram debatidas no processo que corre na mais alta Corte do País, e acertadamente trouxe justiça aos aposentados que foram lesados em seus cálculos pelo INSS.

Em primeiro lugar: o estudo fala de mais de 50 milhões de possíveis revisões a serem decididas pelo judiciário. Este número é trazido pelo INSS em Nota Técnica 12/2022 DIRBEN, que o mesmo não juntou no processo, pois os números estavam claramente inflados. Como uma ação de exceção, que cabe para a minoria dos aposentados (conforme até mesmo trazido nos votos dos Ministros Nunes Marques e Gilmar Mendes, que foram contrários à tese) pode caber para mais de 50 milhões de aposentados, se o INSS paga hoje cerca de 36 milhões de benefícios? E mais, este número já inclui benefícios assistenciais e aposentadorias e pensões que já decaíram.

Importante ressaltar: no dia 01/12/2022 a Ministra Presidente Rosa Weber, ao proclamar o seu voto trouxe que 10700 processos aguardavam a decisão judicial. Isso demonstra na prática o quão absurdo é este número trazido pelo INSS.

Isso é no mínimo subestimar os julgadores e a própria sociedade, pois tal nota apresentada pelo INSS na mídia foi elaborada com dinheiro do contribuinte. Em tal nota o INSS infla seus números com benefícios cessados, suspensos e até mesmo com aposentadorias que já não podem mais exigir o direito de revisão, pois o prazo de 10 anos foi superado, indo contra o artigo 103 da sua própria lei de benefícios. 

E como dito acima, a Nota 01/2023 que trata de um “colapso” jurisdicional foi elaborada com base em informações da Autarquia previdenciária. A elaboração deste estudo foi “contaminada” com a leitura um parecer elaborado pela diretoria de benefícios do INSS, que traz dados que fogem da realidade da ação revisional, buscando causar um terrorismo estrutural e financeiro inverídicos. 

O INSS alegou que a revisão seria pleiteada por 51.900.451 beneficiários. Para chegar neste número ele utilizou 36.952.754 benefícios que estão cessados, e portanto, não poderão entrar nesta conta, pois não estão ativos. E também utilizou mais 60.487 benefícios que estão suspensos, e não deveriam também estar nesta conta. 

Isso se mostra uma maneira clara de inflar os números, onde a Autarquia alega que cabe revisão até mesmo para quem não recebe benefício. Após desconsiderarmos, por razões óbvias, os benefícios cessados e suspensos, chegamos a um número de 14.887.210 benefícios ativos concedidos após o ano de 1999. Ocorre que deste número precisaremos excluir: 

- Todas as concessões anteriores a março de 2013, em razão do prazo decadencial previsto no artigo 103 da Lei 8.213/1991, que é de dez anos. Este também é o item 4 da NT SEI 4921/2020/ME; 

- As aposentadorias rurais por idade do segurado especial que nunca contribuiu ao INSS, pois elas não serão revisadas; 

- As pensões por morte concedidas após março de 2013, onde o benefício originário (aposentadoria do falecido) foi concedido antes desta data, pois neste caso o entendimento jurisprudencial (EResp 1.605.554) é de que a decadência não começará a correr após a concessão da pensão, e sim da concessão do benefício originário; 

- Os casos em que o segurado já recebe o teto da Previdência Social, pois mesmo se lhe couber a revisão, ela não o beneficiará; 

Após este filtro, que reflete a realidade fática da "revisão da vida toda" e importante ir ao documento juntado pelo INSS no processo (RE 1.276.977/DF): em seu item 6, ele afirma que após estudo com 108.396 registros aleatórios obtidos pelo sistema Dataprev, 33.915 casos tiveram a maior média observada ao se utilizar todo o período.

 Isso significa que após todos os filtros, a ação cabe apenas para 31,28% segurados. Como bem fundamentado pelo ministro Kassio Nunes Marques, ela é muito rara. 

E posteriormente, mesmo após todos estes filtros e descontados os percentuais de 31,28%, este número deverá ser dividido por 2, conforme item 12 da NT SEI 4921/2020/ME. Ela supõe que de cada duas pessoas com direito, uma vai ajuizar a ação. Diante de todas as inconsistências, e principalmente a fuga da realidade social, processual e procedimental, o impacto econômico da Revisão da Vida Toda será inferior ao alegado. 

Se há décadas o judiciário cumpriu decisões revisionais muito mais abrangentes, como exemplo as revisões do IRSM, ORTN, Teto e Melhor Benefício, sabemos que conseguirá cumprir a decisão da mais alta Corte judicial do país, que trouxe esperança nos olhos dos aposentados, onde estes passaram a enxergar a justiça, e principalmente serem enxergados como cidadãos. E mais, hoje o aparato tecnológico é muito mais eficiente, e isso trará maior tranquilidade no cumprimento da decisão. 

As notas técnicas deveriam trazer em seu conteúdo o dinheiro acumulado (que veio do bolso dos aposentados prejudicados) de 1999 até hoje, e também poderiam respeitar os preceitos fundamentais reconhecidos pelo STF em sua decisão, como o pilar estrutural do estado democrático de direito: a segurança jurídica. 

Não podemos deixar que o jargão “uma mentira dita várias vezes, acaba se tornando uma verdade” retire do aposentado brasileiro a sua dignidade, e esperança de uma vida menos sofrida com a correção de uma ilegalidade cometida pelo INSS.

 

João Badari - advogado especialista em Direito Previdenciário e sócio od escritório Aith, Badari e Luchin Advogados

 

Herança digital: o que acontece com NFTs e Bitcoins depois da morte do proprietário?

Sócias-fundadoras da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar

pessoas sobre Web3, explicam os processos para deixar e recuperar heranças digitais

 

A morte é uma das certezas da vida e apesar de ser inevitável, a maioria das pessoas não pensa no que vai acontecer com algumas coisas que serão deixadas depois que morrerem. Uma dessas preocupações está relacionada à herança digital, que é tudo aquilo que um falecido deixa após a sua morte: as redes sociais como Facebook e Instagram, e-mails, tweets, criptomoedas, NFTs e até os vídeos monetizados no YouTube.

De acordo com estudo feito pelo Cremation Institute, 90% dos donos de criptomoedas estão preocupados com o que vai acontecer às suas criptomoedas depois da morte. No entanto, boa parte dos investidores não se preocupam com sua herança digital. Criptomoedas são formas de patrimônio ainda muito novas no mercado e por essa razão muitas leis e ações em relação a essas moedas seguem sem uma definição clara.

Segundo Adriana Molha, sócia-fundadora da Go Digital Factory, empresa que desenvolve soluções para educar pessoas e companhias sobre Web3, Metaverso e a Nova Geração de Tecnologias por meio de workshops, palestras, conteúdo e podcast, os termos de acordo de serviço nos Estados Unidos já indicam como o controle daquele bem vai além do dono original. 

Em alguns casos, Adriana afirma que já é possível planejar com antecedência quem terá acessos aos bens da herança digital. “No entanto, é importante reforçar que  acesso não é o mesmo que posse. Especificamente na legislação americana, o acesso à conta limita-se exatamente a isso. É o que acontece com o iTunes e o Kindle: não é possível transmitir as músicas e os livros aos herdeiros”, explica.

No Brasil, a situação é diferente. De acordo com a também sócia-fundadora Ana Wadovski, já é possível notificar as empresas de criptomoedas com um pedido judicial. Essa ação faz com que as empresas informem quais foram os investimentos realizados pelo falecido, sendo possível saber quais criptomoedas foram compradas, a quantidade e se há saldo em moeda fiat. Assim, os herdeiros podem pedir que a herança digital seja incluída no inventário do falecido. 

Sobre NFTs e Bitcoins, Ana explica que existem casos de pessoas que morreram e deixaram verdadeiras fortunas. “O investidor romeno Mircea Popescu teria deixado o equivalente a US$ 162 bilhões em bitcoins após sua morte na Costa Rica. Nenhum familiar ou amigo de Mircea possuía acesso às suas chaves privadas e credenciais de acesso. Logo, estes Bitcoins teriam ficado completamente perdidos”, diz.

O fundador da exchange QuadrigaCX, Gerald Cotten, também foi mais um caso de criptomoedas perdidas. No entanto, a situação de Cotten foi bem mais misteriosa e problemática. Isto porque Cotten morreu em circunstâncias suspeitas, levando consigo todos os US$ 250 milhões de 76 mil investidores, uma vez que somente ele tinha acesso à senha da cold wallet em que guardava os ativos. O caso virou documentário da Netflix, intitulado Trust No One: The Hunt for the Crypto King.

Diante disso, Adriana ressalta que é possível sim deixar criptomoedas e NFTs como herança, desde que determinado em testamento quem herdará. As moedas digitais podem ser mais facilmente resolvidas dentro da herança digital, pois possuem cotação diária e serão avaliadas no momento da divisão com os herdeiros. 

Em complemento, Ana destaca que os NFTs, por sua vez, são mais complicados, pois como sofrem uma variação considerável de valor, pode haver discordância dos herdeiros em relação ao valor do ativo. Desta forma, o juiz pode solicitar a presença de um avaliador judicial que tenha conhecimento no mundo crypto para ajudar a precificar o NFT.

Para sanar esse problema com heranças digitais, existem empresas com soluções com foco neste mercado. “Empresas como Safe Haven, Casa e TrustVerse permitem que as pessoas protejam sua herança digital com tecnologia Blockchain e criptografia. Em tempo, o serviço não se limita à criptomoedas e NFTs, mas também abrange seus perfis nas redes como Facebook e Google”, finaliza Ana.

Há em curso uma nova proposta nas redes Blockchains para facilitar a experiência dos usuários com suas senhas e acesso aos seus bens digitais, de maneira que, será possível reaver a senha das carteiras digitais a fim de evitar ativos bloqueados e perdidos para sempre. Até lá, a melhor maneira de se resguardar é guardar a senha de doze palavras e compartilhar com alguém de confiança.

 

Go Digital Factory
blog da GO
podcast Amanhã Já foi | Web3 for Business
https://godigitalfactory.com.br/


UDF realiza atendimentos gratuitos para ajudar os contribuintes na declaração do Imposto de Renda 2023

 De forma presencial e virtual, atendimentos começaram no dia 03 de abril e vão até 31 de maio 

 

O Centro Universitário do Distrito Federal - UDF, instituição pertencente ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, realizará mais uma vez o Plantão Fiscal 2023, com atendimentos presenciais e online, gratuitos, para orientar os contribuintes sobre o preenchimento da declaração do Imposto de Renda.

O serviço é direcionado para a comunidade em geral e as atividades têm o suporte do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (NAF) do UDF e apoio técnico da Receita Federal.

Com início no dia 03 de abril e término em 31 de maio, os atendimentos presenciais serão às segundas e terças em abril, das 18h30 às 19h30, por ordem de chegada. Já em maio, o suporte acontecerá todos os dias da semana, no mesmo horário.

Em paralelo, os atendimentos virtuais continuam e serão feitos a partir do e-mail: naf@udf.edu.br. Os interessados devem enviar sua necessidade com o assunto como: Imposto de Renda Pessoa Física e no corpo do e-mail, o contribuinte deve inserir um resumo da situação e um telefone celular de contato. Em alguns casos, o atendimento por vídeo ou áudio será solicitado, e o solicitante será informado por e-mail sobre os dias e horários específicos para a realização da chamada.

A programação relativa à Declaração do Imposto de Renda pessoa física 2023 se estende até o dia 31 de maio e os atendimentos serão realizados por alunos e professores do curso de Ciências Contábeis da Instituição, sob a orientação do Me. Deypson Carvalho, coordenador adjunto e professor do curso de graduação de Ciências Contábeis e do NAF.


Público-alvo

O atendimento é voltado para a pessoa física, com renda mensal de até 5 mil Reais, empregador doméstico e microempreendedor individual.


Estímulo à Educação Fiscal

Os atendimentos são gratuitos, mas as pessoas serão estimuladas, a título de educação fiscal, especialmente os casos em que a tributação pelo modelo “deduções legais” for a mais vantajosa ao contribuinte, a destinar parte do imposto devido aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente (FDCA) e dos Direitos da Pessoa Idosa (FDPI). Segundo o coordenador da programação, Me. Deypson Carvalho, o próprio programa da Receita Federal permite ao contribuinte escolher se a destinação será para um fundo Federal, Estadual ou Municipal. 

“No caso de fundos estaduais ou municipais o próprio contribuinte deverá indicar o número do CNPJ da entidade na declaração. É importante destacar que o estímulo é uma iniciativa para promover a educação fiscal e não fará com que o contribuinte pague mais imposto e nem tenha a sua restituição diminuída, tendo em vista que é um direito de todo contribuinte que paga imposto de renda realizar a destinação de parte do tributo devido sem nenhum ônus tributário adicional”, explica.

Para o correto preenchimento da declaração ou a conferência das informações disponíveis na declaração pré-preenchida é necessária a seguinte documentação:

  • Última declaração de IR e o recibo de entrega, se houver
  • Documentos pessoais do declarante (Título de eleitor, CPF e comprovante de endereço)
  • CPF do (s) dependente (s) e alimentando (s), se houver
  • Informe de Rendimentos fornecido pela (s) fonte (s) pagadora (s);
  • Informe de Saldos e Rendimentos pela (s) instituição (ões) bancária (s)
  • Comprovante de rendimentos recebidos de pessoas físicas (rendimento do trabalho não assalariado, aluguéis, pensões alimentícias e outros)
  • Comprovante de apuração mensal do Carnê Leão e DARFs pagos
  • Documento de compra e venda de veículos, motocicletas, imóveis ou embarcações durante o ano-calendário
  • Comprovantes das despesas pagas com a identificação do titular ou dependentes às creches, escolas, faculdades, médicos, clínicas, hospitais, exames laboratoriais e radiológicos, aparelhos e próteses ortopédicas, planos de saúde no Brasil, previdência complementar e pensão alimentícia judicial)
  • Comprovantes de pagamentos efetuados a título de aluguéis, arrendamento rural e aos profissionais autônomos (advogados, engenheiros, arquitetos, corretores, professores e outros)

*Durante o processo de orientação fiscal, outros documentos poderão ser necessários ao contribuinte para complementar os registros no Programa Gerador da Declaração, conferir as informações da declaração pré-preenchida para a prestação correta de informações à Receita Federal do Brasil.

 

 

SERVIÇO

Atendimento presencial e online do Núcleo de Apoio Contábil e Fiscal (UDF)

Quando: de 03 de abril a 31 de maio

Atendimentos online: naf@udf.edu.br

Título do e-mail: Imposto de Renda Pessoa Física

Atendimento presencial: às segundas e terças, das 18h30 às 19h30, no edifício sede do Centro Universitário UDF – 1º andar - na 704/904 sul, Conjunto A – Asa Sul – Brasília-DF. Durante o mês de maio/2023, excepcionalmente, os atendimentos presenciais do NAF do UDF serão realizados de segunda a sexta-feira, das 18h30 às 19h30.

 

Centro Universitário do Distrito Federal (UDF)
www.udf.edu.br


Páscoa 2023: Cerca de 44 milhões de paulistas irão às compras de chocolate

Número de compradores é 6% maior em comparação com o mesmo período do ano passado

 

A Páscoa é sinônimo de alegria, celebração em família e chocolate. A data é marcada pelos presentes distribuídos a crianças, adultos e idosos através do doce feito de cacau mais tradicional do mundo; são ovos, bombons, trufas e sobremesas recheadas de muito chocolate.

De acordo com um levantamento feito pela CNDL/Brasil, em parceria com o instituto de pesquisas Offerwise e a FCDL-SP, o número de paulistanos dispostos a comprar alguma lembrança de páscoa subiu 6,4% em comparação com 2022, totalizando cerca de 44 milhões de possíveis compradores de ovos e afins.

Maurício Stainoff, presidente da FCDL-SP, destaca que o aumento ainda é um resquício do período de pandemia: “É tradicional do consumidor ir ao supermercado e vislumbrar aqueles corredores repletos de ovos de Páscoa, do chão ao teto, olhar as variedades e os preços. A exposição dos produtos aguça o desejo de compra; coisa que em época de lockdown não era possível”, comenta.  

Dentro do grupo de compradores, as mulheres entre 35 e 49 anos são as mais interessadas em presentear no período, com 70,3% de intenção de compra; já os homens ficam atrás com 65%. Consumidores da classe A e B representam a maior força de consumo no período, cerca de 85%; já as classes C/D/E marcam 62,7% nas compras para a Páscoa.

O levantamento aponta que em média cinco produtos serão adquiridos no período, um a mais em comparação com o ano passado; metade dos entrevistados pretendem comprar ovos de chocolate industrializados, cerca de 45% bombons industrializados, 43% ovos de Páscoa artesanais ou caseiros, 30% barras de chocolate industrializados e 29% desejam bombons e barras de chocolate caseiros.

Entre as pessoas que serão mais presenteadas na Páscoa estão os filhos (57%), em segundo lugar as mães (39%), em seguida o cônjuge (37%) e por último os sobrinhos (32%). A média de valor para os presentes em chocolate deste ano é R$15 maior que em 2022, totalizando R$231 em compras.

Para as formas de pagamento, a pesquisa aponta que 75% dos consumidores pretendem pagar os chocolates à vista, com destaque para a modalidade de cartão de débito, com 42% de escolha; o PIX será utilizado por 35% das pessoas. Já 53% dos consumidores desejam parcelar as compras de Páscoa, esse método de pagamento pode ter em média até 4 parcelas, com destaque do cartão de crédito, que deverá ser utilizado por 32% dos clientes.

“A Páscoa é um excelente momento para movimentar o varejo quase na metade do ano. Desde o pequeno ao grande produtor ou varejista deve lucrar com o período”, finaliza Maurício.


Nos 20 anos dos carros flex no Brasil a escolha do combustível ainda é um dilema

Muitos motoristas ainda ficam em dúvida na hora de definir qual o melhor o combustível para o seu carro


 

O ano era 2003 e a grande novidade do mercado automobilístico foi o lançamento do Volkswagen Gol 1.6 Total Flex, um carro que poderia ser abastecido tanto com gasolina, como com etanol. O lançamento teve tamanha importância, que contou com a presença do então Presidente da República Luís Inácio Lula da Silva e fez parte das comemorações dos 50 anos da VW no Brasil. Em 2005, a Fiat inova o mercado popularizando a tecnologia bicombustível com o lançamento do Fiat Uno Mille Fire 1.0 Flex, entre outros modelos, todos com a aplicação dos motores família Fire. 

Desde o lançamento do primeiro veículo Flex até os dias de hoje, já foram produzidos mais de 40 milhões de motores bicombustível no Brasil, e muita coisa mudou e evoluiu, mas ainda hoje muitos motoristas têm a mesma dúvida na hora do abastecimento: escolher gasolina ou etanol?

Primeiramente é necessário conhecer um pouco de história. No início dos anos 2000 quase todas as montadoras brasileiras ofereciam veículos à álcool (ainda não se usava o termo etanol), mas a opção por esse combustível não era vista com bons olhos pelos consumidores, pois eles tinham receio de faltar o combustível derivado da cana-de-açúcar nos postos, pois o volume da produção de álcool variava de acordo com o preço do açúcar no mercado internacional.

Como o álcool era geralmente 30% mais barato que a gasolina, muitos donos de veículos abasteciam seus carros movidos à gasolina, com álcool, ou com uma mistura gasolina acrescida de álcool, o que com o tempo, danificava diversos componentes do motor, que não era preparado para receber um combustível mais corrosivo (álcool). Com isso, as montadoras, que já tinham em seus setores de engenharia, os motores bicombustíveis desenvolvidos há quase 10 anos, resolveram lançar a novidade no mercado em 2003, o que deu muito certo.

Se passaram 20 anos e até hoje muitas pessoas ainda têm dúvidas na hora de abastecer seus carros flex, que correspondem a cerca de 90% dos modelos vendidos no Brasil. O primeiro ponto a entender é que cada um dos combustíveis possui uma eficiência energética distinta do outro (geralmente o etanol vai render menos energeticamente do que a gasolina, sendo que o rendimento do etanol é de cerca de 30% inferior), com isso, o rendimento, no bolso, pode pender para o lado da gasolina (tudo depende do valor do combustível em cada localidade). 

Para se descobrir se o álcool é vantajoso ou não em relação à gasolina, é necessário dividir o preço do litro do etanol pelo da gasolina e se o resultado for inferior a 0,7, abasteça com etanol, caso contrário, é melhor dar preferência à gasolina. Quando leva-se em conta a questão da sustentabilidade, o etanol está muito à frente da gasolina, pois o combustível da cana-de-açúcar emite menos poluentes à atmosfera e deriva de uma fonte renovável, diferentemente da gasolina, que é produzida a partir do petróleo, que é um recurso natural não renovável, ou seja, não possui capacidade de regeneração, sendo, assim, finito.

Com relação à vida útil dos componentes do motor, os dois combustíveis têm suas vantagens e desvantagens. O etanol, em comparação com a gasolina, tem uma combustão que praticamente não deixa depósitos carboníferos no motor. Em contrapartida, o mesmo etanol, que tem uma queima mais limpa, formando menos carbonização, tem uma condição de lubrificação dos componentes menor que a gasolina, gerando assim uma tendência em forçar mais a bomba de combustível, por exemplo. 

Para o Gerente de Engenharia da Companhia DPaschoal, Emerson Ferreira Salles, o motor bicombustível é uma realidade no Brasil, que com o passar dos 20 anos desde que foi lançado, passou por diversas modificações e melhorias, por isso existem muitos ‘mitos’ com relação à escolha de qual combustível usar na hora de abastecer. “É importante deixar claro que os motores flex foram passando por melhorias, tanto no que se refere às condições de aplicação de seus componentes para utilização de etanol ou gasolina, quanto nos testes de desempenho e na redução do consumo. O ponto mais importante que o motorista deve levar em consideração na hora de escolher o combustível ao abastecer, é a questão econômica. Além disso, ele deve ficar atento aos postos de combustíveis onde abastece, pois como sempre alertamos nossos clientes, quando o preço é muito baixo, desconfie. A melhor saída é abastecer nos postos de confiança”, alerta Salles.

O futuro do etanol está muito ligado à descarbonização, um dos termos mais utilizados nos últimos tempos, na indústria automobilística. No Brasil, os modelos híbridos que utilizam etanol têm um importante papel na descarbonização, por isso vários fabricantes enxergam no combustível uma alternativa em relação aos ainda caros carros elétricos, para reduzir as emissões de CO2 nos próximos anos.

“Estamos vivendo um cenário disruptivo na indústria automobilística, onde todos estamos trabalhando na questão da descarbonização. Aqui no Brasil, a utilização de motores movidos a etanol nos modelos híbridos tem sido uma excelente alternativa para termos uma frota com baixa emissão de poluentes. Temos um diferencial tecnológico, ou seja, nossa indústria de biocombustíveis, a qual é a mais desenvolvida do planeta, e explorando este nosso posicionamento contribuímos positivamente neste processo de transição. Sendo assim, acreditamos que o etanol tem uma vida longa no cenário nacional”, finaliza o Gerente de Engenharia da Companhia DPaschoal.

A DPaschoal, possui 123 lojas instaladas em mais de 100 cidade de oito estados do Território Nacional, onde além de oferecer uma linha completa de pneus, também disponibiliza, como diferencial, a revisão de segurança gratuita a seus clientes, o que certamente vai ajudar a diagnosticar possíveis problemas na segurança do veículo. O princípio de “Medir e Testar Antes de Trocar” está no DNA das lojas DPaschoal, graças a ferramentas exclusivas que avaliam a real necessidade de ter que trocar peças, pneus e a realização de serviços. 


DPaschoal
https://www.dpaschoal.com.br

 

MEI: como preparar a declaração do imposto de renda

Prazo de entrega da DIRPF termina no dia 31 de maio. Até a mesma data, é preciso transmitir a declaração anual de faturamento

 

Os microempreendedores individuais (MEIs), modalidade jurídica do Simples Nacional, que já somam cerca de 15 milhões no Brasil, devem realizar algumas contas para saberem se estão ou não obrigados a entregar declaração do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF), cujo prazo de envio termina em 31 de maio.

Na mesma data, vence o prazo para a prestação de contas ao fisco na condição de pessoa jurídica por meio da entrega da Declaração Anual do Simples Nacional (DASN-SIMEI), que deve ser enviada mesmo que o microempreendedor não tenha tido faturamento em 2022.

De acordo com o head de auditoria interna e assuntos regulatórios da Contabilizei, Diego Zacarias dos Santos, como o MEI possui uma espécie de dupla personalidade, ou seja, um CPF e um CNPJ, há uma confusão patrimonial comum envolvendo o preenchimento das duas declarações.

“São duas personas distintas, mas que se comunicam. É preciso entender que o lucro líquido recebido por meio de um CNPJ precisa ser declarado como rendimento na declaração da pessoa física. No caso do MEI, como não há exigência de contabilidade, é importante calcular o percentual que pode ser admitido como lucro não tributável”, explicou o especialista.


CRITÉRIOS

As regras que determinam a obrigatoriedade do envio das informações à Receita Federal são as mesmas aplicadas para a pessoa física que não é MEI, ou seja, recebimento de rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, acima de R$ 40 mil; posse de bens ou direitos com valor superior a R$ 300 mil ou a realização de operações em bolsas de valores.

O primeiro passo, então, é determinar o valor dos rendimentos tributáveis, a partir do faturamento total do ano anterior, do valor das despesas do microempreendedor para o funcionamento do negócio e da parcela isenta do imposto, determinada pela Receita Federal de acordo com a atividade econômica desenvolvida.

Para as atividades do comércio e indústria, o percentual de isenção é de 8% sobre o faturamento. Já para as atividades ligadas ao transporte de passageiros e serviços em geral, as taxas são de 16% e 32%, respectivamente.


DESPESAS

Vale lembrar que as despesas relacionadas ao funcionamento do negócio podem ser usadas para reduzir o valor dos rendimentos tributáveis, como aluguéis – desde que o contrato esteja vinculado ao CPF ou CNPJ do MEI.

Os custos com energia, combustível, água, internet e telefonia, além das despesas relacionadas com a compra de mercadorias para revenda (no caso do comércio), podem ser usados nessa conta. O controle desses custos e das receitas é o chamado livro caixa.

“É importante que os microempreendedores façam esse controle mês a mês e tenham essas informações organizadas até o momento de preparar a declaração do imposto de renda na condição de pessoa física. E para evitar eventuais problemas com a Receita, é importante que todas as despesas usadas no cálculo sejam comprovadas por meio de notas e documentos”, recomenda a planejadora financeira Rejane Tamoto.


CÁLCULO

O cálculo para um pequeno negócio ligado ao comércio, com faturamento anual de R$ 81 mil – que é o limite atual determinado pela legislação – e despesas comprovadas no valor de R$ 30 mil seria assim:

O percentual de isenção, usado para calcular o rendimento não tributável, é de 8%, chegando ao valor de R$ 6.480. Para identificar o rendimento tributável é preciso subtrair da receita bruta total o valor das despesas e o percentual de isenção (R$ 81 mil – R$ 6.40 – R$ 30 mil), chegando ao valor de R$ 50.993,36, que deve ser informado na ficha “Rendimento Tributável Recebido de PJ”. 

Nesse exemplo, o valor supera R$ 28.559,70, sendo, portanto, necessário entregar a declaração como pessoa física até o dia 31 de maio.

Se o valor do rendimento tributável for menor que o limite estabelecido pela Receita, é preciso analisar os demais critérios de entrega. O contador e diretor executivo da NTW Bragança Paulista, Tiago Santos, recomenda a entrega da declaração do imposto de renda como pessoa física mesmo que o rendimento tributável do MEI seja menor do que o limite estabelecido pelo fisco. 

“Além de ser uma oportunidade para o microempreendedor conhecer com profundidade os números de seu negócio, a entrega da declaração será útil para fins de comprovação de renda nos casos de financiamento imobiliário ou na tomada de crédito”, explica o contador.


DECLARAÇÃO DE FATURAMENTO

Já na DASN-SIMEI, a declaração vinculada ao CNPJ do MEI, é preciso informar o faturamento total do ano anterior e selecionar se o negócio é do comércio, indústria ou serviços, além da existência ou não de funcionário. O preenchimento dos dados pode ser feito pelo Portal do Simples Nacional, da Receita Federal, ou pelo app MEI, utilizando o CNPJ como login.

A entrega em atraso da declaração anual gera multa no valor mínimo de R$ 50. O boleto para pagamento da multa é gerado no momento da transmissão do documento. Caso o pagamento seja feito em até 30 dias, a multa será de R$ 25.


Silvia Pimentel
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/mei-como-preparar-a-declaracao-do-imposto-de-renda


Como garantir uma boa nota no Enem 2023

Preparação começa agora: treino e rotina ajudam
Divulgação
Professores do Ensino Médio de colégio da Grande Curitiba destacam as melhores técnicas para alcançar boas notas na prova e conquistar vaga na faculdade


As boas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) ainda são o caminho principal para a entrada dos estudantes de todo o Brasil nas faculdades. E, embora a prova seja aplicada apenas no fim do ano, a preparação para ela deve começar muito antes, segundo os professores. A disputa é acirrada, e todo esforço vale a pena: apenas na última edição, foram 3,4 milhões de inscritos, segundo o Ministério da Educação.

A prova é longa, abrange as principais disciplinas, mas é a Redação a etapa mais temida pelos estudantes. Ela é formada por uma frase-tema, normalmente citando algum problema atual da sociedade, e exige uma devolutiva: o texto precisa ter até 30 linhas e uma estrutura de dissertação argumentativa.

“Muitos dizem sobre uma ‘estrutura coringa’, esqueletos de redação, entre outras dicas. Porém, o processo de escrita só traz resultados a partir do momento que o colocamos em prática”, sublinha Gustavo Gueno, professor do Ensino Médio do Colégio COC Beraldo de Campina Grande do Sul/PR. “O professor é um avaliador e apontará o que pode ser melhorado. Reescrever a redação é crucial para que você melhore seu desempenho de acordo com o que foi pontuado”, completa.

Treinar muito, ler mais ainda e contar com o suporte da família e da escola endossa as dicas do profissional. Combinadas, as técnicas não trazem soluções mágicas, mas maior tranquilidade e chance de acerto. “O ideal no processo de preparação para o Enem é ter foco e organização em relação aos momentos de estudos, que não se resumem às aulas regulares. Os alunos devem estudar também no contraturno, revisando conceitos e resolvendo exercícios”, afirma o coordenador do COC Beraldo, Edi Rotini. Ele destaca, ainda, que, para ajudar na redação clara, com ideias que fluem, é interessante ficar atento aos assuntos que estarão em alta na mídia durante o ano. “Não existe método revolucionário, mas sim persistência e muito treino”.


Como não surtar?

Embora a ansiedade faça parte do ser humano e naturalmente fique mais latente diante de avaliações, controlá-la pode ter um efeito positivo no desempenho do Enem. Além do preparo que precisa acompanhar o aluno do último ano do Ensino Médio ao longo de todo o período letivo, o dia da prova merece especial atenção.

Para o professor Gustavo, esse controle se torna mais fácil quando a lição de casa é feita por todos os agentes envolvidos no cuidado e na preparação do estudante. “O apoio familiar é essencial no processo, porém, tudo em excesso faz mal, assim como as cobranças. Uma dica é buscar eventos culturais, como ir ao cinema: dessa forma, você pode diminuir a tensão e adquirir repertório sociocultural que pode ser usado em sua redação. Mas não devemos esquecer a saúde mental. É importante. Buscar apoio profissional para direcionar corretamente seus pensamentos é uma forma de preparo que pode o deixar à frente de muita coisa”, exorta.

Para o coordenador Edi, a ansiedade não tratada atrapalha, “principalmente chegando perto da data de realização do Enem. Integrar aos estudos atividades físicas, momentos de descanso e de descontração para a mente pode ajudar”, diz.

Neste sentido, o Colégio COC Beraldo, que acaba de completar 25 anos, tem um manejo especial. Parceria com institutos que tratam da inteligência emocional tem garantido alunos mais calmos, com resultados melhores de aprendizagem, menos indisciplina e mais adeptos às relações interpessoais.

“Nosso foco, além do ensino, é orientar os alunos a serem os protagonistas da própria vida, dominando suas emoções em diversos momentos de alegrias e adversidades. Prepará-los para se saírem bem no Enem, mas com tranquilidade, faz parte da proposta”, assinala Elton Beraldo, diretor da instituição.


Prazos

Vale anotar na agenda para não perder a data: as inscrições para o Enem vão de 8 a 19 de maio; o exame acontece nos dias 5 e 12 de novembro, dois domingos consecutivos. Com a nota, os estudantes podem acessar às universidades privadas e públicas, no âmbito federal e estadual, como método de inscrição e conquista de bolsas. Dá para estudar fora do Brasil também: mais de 50 instituições de Ensino Superior em Portugal consideram o desempenho na prova como porta de entrada.



Idec analisa a adequação à nova rotulagem nos ovos de Páscoa

A maior parte dos produtos avaliados cumpre a norma; lupa evidencia o excesso de açúcar e de gordura saturada nesses ultraprocessados


Com o objetivo de avaliar a adequação à nova norma de rotulagem nutricional de alimentos embalados da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), vigente desde outubro de 2022, a composição nutricional, a lista de ingredientes e a publicidade dirigida ao público infantil, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) realizou uma pesquisa com ovos de Páscoa comercializados em 2023. Dos 31 ovos analisados, 27 (87%) apresentaram-se dentro das novas normas de rotulagem, com a nova formatação da tabela de informação nutricional e com a presença da lupa na parte da frente da embalagem.

 

Todos os produtos analisados são compostos por aditivos alimentares, com predominância de emulsificantes e aromatizantes, considerados aditivos cosméticos, que servem para tornar o produto final palatável ou mais atraente. A presença dessas substâncias caracteriza um produto como ultraprocessado. Sendo assim, todos os ovos avaliados são ultraprocessados.

Os produtos devem receber a lupa se, em sua composição, a quantidade de açúcar adicionado, sódio e/ou gordura saturada for igual ou maior que o limite estabelecido pela Anvisa. Todos os 27 ovos dentro das novas normas para rotulagem receberam a lupa de alto em açúcar adicionado e alto em gordura saturada, sendo, em todos eles, o açúcar o principal ingrediente.

"O Guia Alimentar para a População Brasileira é uma importante referência que nos orienta a evitar o consumo de ultraprocessados. Hoje temos várias evidências científicas que associam o consumo desses produtos ao desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes, pressão alta, obesidade e até depressão", explica a nutricionista e supervisora técnica do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, Laís Amaral. 

No que diz respeito à qualidade nutricional dos ovos, a pesquisa também alerta para a presença de gordura vegetal, já que é um ingrediente de desconfiança por poder conter ou não conter gordura trans. Dos 31 ovos, 26 (84%) contém o ingrediente e, desses, 16 (62%) apresentam gordura trans em 100g de ovo.

Se analisados os limites de gorduras estipulados pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que são mais rígidos que os da Anvisa, 100% dos ovos analisados ultrapassam os limites para gorduras totais e 66,7%, para gordura trans. E, além disso, alguns ovos com alegações de “sem açúcar” ou “zero adição de açúcares” apresentaram edulcorantes (os chamados adoçantes), que são aditivos cosméticos, em sua composição, mas sem destacar essa informação, considerada importante pela OPAS.

Os quatro ovos (12,9%) analisados que ainda não se adequaram às novas normas de rotulagem da Anvisa também apresentaram alto teor de gordura saturada. Entretanto, não é possível afirmar que a falta da lupa nesses casos indica, necessariamente, uma infração à nova norma, já que o prazo de adequação se encerra apenas em outubro de 2023. No total, os 31 produtos analisados são das marcas Lacta, Arcor, Nestlé, Linea e Ferrero.  

 

Confira abaixo os ovos avaliados:

 

Ferrero Rocher 137,5g

Bon o Bon 150g

DinOvo 120g

Linea Dark 50% cacau 180g (caixa)

Galak 185g

Baton Colors 212g

Nestle Classic 185g

Linea Chocolate ao leite Zero lactose 180g (caixa)

Talento de Castanha-do-Pará 350g

Chokko 120g

Tortuguita 120g

Linea Chocolate ao leite 180g (caixa)

Crocante 250g

Laka + Diamante Negro 500g

Oreo 257g

Linea Chocolate branco Cookies'n Cream 180g (caixa)

Ovo Mulher Maravilha 100g

Chocolate & Leite 170g

Chocolate & Leite HotWheels 166g

Kinder Ovo 150g 

KitKat 227g

Diamante Negro 300g

Chocolate & Leite Batman 166g

Ferrero Rocher 225g 

Alpino 193g

Unicórnio 120g

Chocolate & Leite Barbie 166g

Sonho de Valsa 357g 

Serenata do amor 196,5g

Rocklets 205g

Laka 175g

Foram avaliados também ovos de Páscoa disponíveis em websites de supermercados. Ao todo, foram 81 links visitados. Do total, 45 (55%) deles apresentaram a lupa até o momento do acesso, mas, em 19 (42%) a lupa estava ilegível. A tabela de informação nutricional estava disponível em 47 (58%) dos 81 links, e apenas 15 (32%) seguiam as novas normas de rotulagem da Anvisa. Além disso, datas de validade e de fabricação e lote do produto não foram apresentadas em nenhum dos sites. 

"A lupa foi um primeiro passo para o consumidor ter seu direito à informação clara sobre o que come. Esse direito precisa ser garantido em todas as formas de venda, seja presencial ou online", reforça Laís. No Brasil, os novos produtos fabricados a partir de 9 de outubro de 2022 já devem estar com a rotulagem de acordo com a nova norma da Anvisa.


Publicidade 

A publicidade voltada ao público infantil, proibida pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), foi encontrada em nove ovos (29%). A ilegalidade é caracterizada pela presença de personagens, brindes, desenhos animados, jogos digitais e excesso de cores nas embalagens. 

Além disso,o Idec também identificou casos de publicidade enganosa. Alguns ovos denominados em suas embalagens como chocolate branco, na verdade não apresentam manteiga de cacau ou derivados em sua composição para que possam ser classificados assim - levando o consumidor ao engano. Pela determinação da Anvisa, o chocolate branco é obtido por meio da mistura da manteiga de cacau com outros ingredientes e deve ser constituído por, pelo menos, 20% de sólidos totais de manteiga de cacau. 

A pesquisa do Instituto foi realizada no mês de março, e os produtos foram selecionados entre as marcas mais conhecidas. Eles foram fotografados em dois supermercados da região metropolitana de São Paulo. Os resultados foram enviados para as empresas fabricantes nesta segunda-feira (3). 

Entenda o novo modelo de rotulagem da Anvisa

Em outubro de 2022 entrou em vigor no Brasil a nova norma de rotulagem nutricional de alimentos embalados, que prevê, principalmente, a presença de um rótulo frontal no formato de lupa indicando o alto conteúdo de açúcar adicionado, gordura saturada e sódio, e também a tabela de informação nutricional com letras pretas e fundo branco, informando a quantidade de nutrientes por 100g ou 100ml do produto, além da obrigatoriedade da informação sobre açúcares totais e adicionados. 

 

As empresas têm até outubro de 2023 para adequar suas mercadorias à norma. Os alimentos e bebidas de pequenos produtores e as bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis devem estar adequados até outubro de 2024 e outubro de 2025, respectivamente. Os produtos fabricados antes de outubro de 2023 podem ser comercializados sem adequação até o seu prazo de validade vencer. 

A Páscoa de 2023 é a primeira desde a vigência do novo modelo de rotulagem frontal e, para o Idec, essa é uma boa oportunidade para observar as percepções dos consumidores e como eles a estão utilizando.


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