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sexta-feira, 10 de março de 2023

"O que você tem de idade eu tenho de mercado": A importância de dar voz às novas gerações

Tenho atuado no mercado há seis anos, e tive a oportunidade de participar de grandes projetos junto de marcas relevantes, como Meta, P&G, Bubbaloo, Club Social e outras. Para além disso, acumulo experiências em organização de eventos, consultoria de negócios e de marketing de influência para a geração Z para grandes players e ainda pude tirar do papel dois negócios incríveis, a Trope e a Pato Academy . Durante essa trajetória, o que tenho notado com certa frequência, é uma barreira relacionada (acredite!) a minha idade.

O etarismo, mesmo que velado, existe fortemente no âmbito profissional. Na maioria das vezes, este preconceito é direcionado a profissionais com mais idade, como mostra a pesquisa conduzida pelo Infojobs em 2021 que constatou que pelo menos 70% dos profissionais acima de 40 anos já sofreram preconceito etário. No entanto, não é tão difícil encontrar quem tenha receio em trabalhar também com os mais jovens.

Esse cenário pode ser facilmente observado quando avaliamos vagas de emprego e posições disponíveis, em especial, nos mercados de comunicação e tecnologia. São inúmeras exigências, requisitos e anos de experiência, que os recém-formados da geração Z sem sombra de dúvidas não têm, logo tais posições sequer consideram esse perfil de colaborador. Por isso, pesquisas que apontam a alta taxa de desemprego entre recém- formados não surpreende.

Certa vez ouvi a seguinte frase de um profissional mais velho do que eu: “o que você tem de idade eu tenho de mercado”, e isso me marcou por um bom tempo. Foi em uma reunião com cerca de 25 pessoas, na qual apresentávamos um plano de comunicação de diversidade e inclusão para uma marca não-endêmica adentrando o universo gamer. Ao final, mesmo que dita em tom de “bom humor” a frase gerou um ruído que poderia ter sido evitado.

Na hora de lidar com o etarismo disfarçado de objeção comercial, a saída é levantar a seguinte pauta: Currículo acadêmico e repertório profissional não anulam o fato de estarmos sugerindo exatamente o que as empresas precisam. Trata-se do ponto que ressalto e prego todos os dias na creator economy brasileira que, ao juntarmos habilidades de equipes multigeracionais, de maneira horizontal, fazemos muito mais pelos consumidores, do que a disputa incessante pela posição mais alta na hierarquia, que vem alicerçada no medo-millennial de se tornar obsoleto e ser descartado a qualquer instante em um mercado cada vez mais competitivo.

O que tenho observado ao transitar nesses dois universos é que a geração Z tem que se provar duas vezes mais para receber atenção. A pouca idade sempre vai pôr em xeque qualquer repertório profissional ou acadêmico. Mas, muito além de confrontar, que pode gerar repulsa e taxação dos nativos digitais como a geração mais frágil e mimada, devemos abrir esse diálogo para conscientização de que o idadismo também é um preconceito, e que a ausência de verdadeiros representantes da geração Z nas estratégias e mesas de tomadas de decisão de produtos e serviços para essa faixa-etária, distancia e afeta indicadores e resultados das companhias. É sobre trazer os benefícios para a conversa, até porque a verdade é uma: os millennials correram na internet para que a gente pudesse andar. Não é uma competição, estamos todos no mesmo barco.

Ainda hoje muitas empresas tendem a relacionar a pouca idade com falta de responsabilidade. A estrutura organizacional das companhias não representa a geração Z e todas suas formas de diversidade. Consequentemente, a ausência de nativos digitais no centro das estratégias faz com que os times de comunicação externa tampouco consigam o mesmo. E assim, dados como o da pesquisa da Trope, que revelou que 59% dos gamers de diversidade do Brasil acreditam que as marcas não os representam, fazem mais sentido ainda.

Além disso, questões relacionadas à diversidade racial, inclusão, sexualidade, religião, entre outras são naturalmente mais desenvolvidas pelo nosso “grupo” e por isso, podemos dar uma visão muito mais inserida nesses temas, o famoso “lugar de fala”. A mudança precisa acontecer de dentro para fora. Regras existem e foram criadas há décadas nos grandes grupos multinacionais. Agora, por que não podem ser adaptadas para os hábitos de comportamento e consumo atuais dos novos consumidores?

Para os que me perguntam: Luiz, como os mais jovens podem compensar a “falta de experiência” no mercado de trabalho? Respondo: Que tal uma visão mais diversa e inclusiva nos negócios?

Os nativos digitais são especialistas, sem formação, no que as gerações mais velhas sofrem para alcançar nos dias de hoje: uma comunicação assertiva e direcionada para essa audiência, sem parecer cringe. Tal especialização vem acompanhada das quase 12 horas que muitos jovens passam em redes como TikTok e Instagram. Tratam-se de verdadeiros curadores de conteúdo, de tanto que consomem. Não à toa, a Geração Z é a que passa mais tempo conectada às redes sociais no Brasil, de acordo com a pesquisa “O brasileiro ama as redes sociais”, divulgada neste ano pela Plataforma Gente.

A GenZ é altamente crítica, levanta pautas em redes como o Twitter que transforma um simples meme em um debate intergeracional. É a autenticidade e ausência de medo para se posicionar no online que reforça a importância em dar ouvidos à uma geração que já tem muita voz, só não é escutada.

Vejo o atual momento como uma ótima oportunidade para a troca de conhecimento entre as gerações, onde todos só têm a ganhar. Com a visão mais atualizada vinda da GenZ, grandes empresas e marcas vão rejuvenescer suas ideias e sair de paradigmas ultrapassados. 

 

Luiz Menezes - fundador da Trope, consultoria de negócios que co-cria soluções com a geração Z. Nativo digital, empresário e empreendedor, Luiz criou a empresa em 2021 como forma de acelerar companhias que necessitam fazer parte da cultura da internet. Presente no mercado há pelo menos 6 anos, o especialista acumula experiência em organização de eventos voltados à cultura pop e geek, prestação de serviços de marketing de influência e digital PR para grandes marcas, além da co-criação da Pato Academy, empresa com foco em desmistificar hacking e tecnologia através de educação. Hoje, Luiz está à frente da Trope, onde busca facilitar a entrada de nativos digitais, ou seja, a geração Z, no mercado da comunicação, tornando-os aptos a ocupar posições de destaque e de tomada de decisão, promovendo, desta forma, um ecossistema mais plural, inclusivo e diverso.


Brasil segue como segundo país com mais vítimas de violência digital via stalkerware, aponta Kaspersky

Apesar da desaceleração em relação a 2021, Brasil lidera com folga a lista se comparado com seus vizinhos latino-americanos



No último ano, quase 30 mil proprietários de dispositivos móveis ao redor do mundo foram vítimas de stalkerware -- um programa que monitora as atividades de maneira oculta, sendo usado por abusadores para rastrear suas vítimas. Esta é uma das conclusões do mais recente relatório da Kaspersky, “O cenário do stalkerware em 2022”.

Este é um relatório anual publicado pela Kaspersky com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o número de pessoas no mundo que são afetadas por essa forma de perseguição digital. Em 2022, os dados mostraram que 29.312 indivíduos ao redor do mundo foram vítimas de stalkerware, algo similar às 32.694 vítimas em 2021. Após uma tendência de redução nos anos anteriores a 2021, essa estabilidade relativa destaca a perseguição digital em escala global e sugere que ela não desaparecerá por conta própria.

Os dados são da Kaspersky Security Network e, em 2022, Rússia, Brasil, Índia, Irã e Estados Unidos formam os países mais afetados pelo stalkerware. Na lista do top10, ainda aparecem Turquia, Alemanha, Arábia Saudita, Iêmen e México. Se comparado a América Latina, além dos países que figuram na lista global, há também o Equador, Colômbia e Peru -- sendo que o Brasil apresenta uma liderança com 10 vezes mais vítimas que o segundo colocado.
 

 

País

Número de indivíduos afetados

1

Rússia

8.281

2

Brasil

4.969

3

Índia

1.807

4

Irã

1.754

5

Estados Unidos

1.295

6

Turquia

755

7

Alemanha

736

8

Arábia Saudita

612

9

Iêmen

527

10

México

474

Tabela 1 -- Top10 países mais afetados por stalkerware no mundo em 2022

A violência digital e a necessidade de agir contra ela

Stalkerware é um programa comercializado normalmente, porém ele permanece oculto no smartphone, permitindo que quem o instalou observe cada passo e ação da vida privada da vítima, sem o conhecimento dela. Como é necessário ter acesso físico ao dispositivo (além da senha de desbloqueio), na maioria das vezes o stalkerware é usado em relacionamentos abusivos. Embora os dados coletados pela Kaspersky sejam anonimizados, outras pesquisas[1] mostram que mulheres são as principais vítimas dessa forma de violência digital. É importante lembrar que a violência digital é apenas uma forma diferente da violência em si, que precisa ser encarada como algo contínuo e tem efeitos reais e negativos sobre as vítimas.

A Kaspersky trabalha ativamente para reforçar a proteção de seus clientes e oferece em seus produtos o Alerta de Privacidade, uma notificação caso um stalkerware seja encontrado no dispositivo. Além de informar a pessoa sobre a presença da ameaça, essa notificação também mostra os riscos de removê-la, pois caso o stalkerware seja deletado, a pessoa que o instalou será avisada. Desde seu lançamento em 2019, o Alerta de Privacidade faz parte de todas as soluções de segurança para o consumidor da Kaspersky para que possa proteger os clientes contra o stalkerware.

“Nossa pesquisa ‘Stalking online em relacionamentos’ mostrou a relação direta entre a ‘espiadinha’ e a violência em relações abusivas e uma conclusão preocupante foi que a reação mais comum das vítimas seria confrontar o agressor. Infelizmente, isso pode agravar a situação e levar a consequências ainda mais graves. Além do risco físico, decidir o momento ideal de remover a app indesejado ainda permite que a vítima registre as provas do crime de stalking -- que já é previsto em lei -- para um possível processo jurídico. Acreditamos que, ao difundir esse conhecimento, podemos indicar a melhor linha de ação para uma solução que seja a mais segura para a vítima”, afirma Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

A Kaspersky trabalha com especialistas e organizações de combate à violência doméstica, como serviços de apoio às vítimas, programas de reabilitação de agressores e até instituições de pesquisa e agências do governo, compartilhando conhecimentos e oferecendo suporte a profissionais da área e vítimas. A Kaspersky é um dos cofundadores da Coalition Against Stalkerware, grupo internacional dedicado ao combate dessa ameaça e a violência doméstica. De 2021 a 2023, a Kaspersky foi parceira associada ao projeto europeu DeStalk, cofinanciado pelo programa Rights, Equality, e ao Citizenship Program da União Europeia. Em junho de 2022, a Kaspersky lançou um site para compartilhar mais informações sobre o TinyCheck, uma ferramenta segura, simples e gratuita voltada para organizações de apoio às vítimas para auxiliar a identificação de stalkerware ou aplicativos de monitoramento em dispositivos.

Leia o relatório completo de 2022 está disponível em Securelist.


Kaspersky

www.kaspersky.pt/

 

[1]Cyber Violence against Women and Girls: Key Terms and Concepts” (Violência cibernética contra mulheres e meninas: termos e conceitos principais, 2022) European Institute for Gender Equality


Cate Móvel e Ade Sampa estarão em estações do Metrô no final de março

Neste mês, as iniciativas de apoio ao emprego e empreendedorismo da Prefeitura de SP atendem as linhas 1-Azul e 2-Verde

 

A partir da segunda metade do mês de março, as unidades móveis do Cate -- Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo e da Ade Sampa -- Agência São Paulo de Desenvolvimento, ambos os serviços da Prefeitura São Paulo, dão continuidade ao calendário de atendimentos gratuitos em estações de Metrô da Capital. Em dias específicos, nas estações Tucuruvi, Ana Rosa e Vila Madalena, as equipes estarão a postos para tirar dúvidas, ajudar a encontrar vagas de emprego, orientar sobre os programas e oportunidades disponíveis e realizar inscrições. 

“O objetivo do Cate e da Ade Sampa é atingir a todos os cidadãos paulistanos mas, sobretudo, aqueles que geralmente têm menos acesso a oportunidades e precisam de suporte, seja para se reinserir no mercado de trabalho, crescer profissionalmente ou impulsionar o próprio negócio. Por isso, levar os atendimentos para locais acessíveis como as estações de metrô geram resultados muito positivos”, explica a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

 

Calendário e serviços 

Nos dias 22 e 23 março (quarta e quinta-feira), o Cate Móvel e a Ade Sampa estarão presentes na estação Tucuruvi, da Linha1-Azul. Na semana seguinte, dias 28 e 29 (terça e quarta-feira), os atendimentos ocorrem na estação Ana Rosa, das linhas 1-Azul e 2-Verde. Por último, nos dias 30 e 31 de março (quinta e sexta-feira), as unidades estarão na estação Vila Madalena, da linha 2-Verde. Todos os dias, o horário é das 9h às 15h. Para a maior parte dos serviços, é necessário levar RG, CPF e carteira de trabalho (que pode ser a digital). 

Entre os serviços oferecidos pelo Cate Móvel estão o encaminhamento para processos seletivos de vagas de emprego, inscrição em cursos e programas promovidos pela secretaria, além de orientação especializada sobre o mundo do trabalho e empreendedorismo. Os cursos e workshops abrangem diversas áreas de atuação, incluindo tecnologia, gastronomia, estética, artesanato, gestão, entre outros. 

Nas estações também estará presente a Ade Sampa -- Agência São Paulo de Desenvolvimento, com um atendimento focado em empreendedores, cursos voltados ao desenvolvimento de negócios e suporte ao MEI -- Microempreendedor Individual. Além da formalização, poderá ser realizada a regularização de dívidas do MEI, declaração anual e informações sobre solicitação de microcrédito. 

 

Serviço:

 

Cate Móvel e Ade Sampa na estação Tucuruvi

Dias: 22 e 23 de março

Endereço: R. Paranabi -- Tucuruvi

Horário: das 9h às 15h

 

Cate Móvel e Ade Sampa na estação Ana Rosa

Dias: 28 e 29 de março

Endereço: Largo Dona Ana Rosa, 435/427 - Vila Mariana

Horário: das 9h às 15h

 

Cate Móvel e Ade Sampa na estação Vila Madalena

Dias: 30 e 31 de março

Endereço: Praça Américo Jacomino, 30 - Sumarezinho

Horário: das 9h às 15h

 

Levar RG, CPF e carteira de trabalho (pode ser a versão digital).
 

 

Páscoa: por que o preço dos ovos de chocolate é tão alto?

Economista aponta motivos para preços tão elevados e afirma que o brasileiro tem perdido o interesse pelo produto 

 

A Páscoa está chegando, e uma parte dos brasileiros têm perdido o interesse em presentear entes queridos com ovos de chocolate. O motivo? Os altos preços do produto. Segundo a professora de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, Nadja Heiderich, o consumidor tem perdido um pouco o interesse em ovos de Páscoa tradicionais há alguns anos, justamente devido à disparidade de preços.

"Os consumidores estão buscando soluções mais baratas que vão desde às barras e bombons de marcas conhecidas, como as opções de fabricação artesanal de ovos e bombons. Por possuírem menor valor agregado e menores custos de produção, naturalmente são uma opção mais em conta”, opina.
 

POR QUE O PREÇO DO OVO É TÃO ALTO? 

Os ovos de Páscoa costumam ser muito mais caros do que as barras de chocolate, mesmo quando têm o mesmo peso em gramas. A economista explica que isso acontece porque eles possuem um valor agregado maior do que a barra de chocolate. 

“Os custos de produção são consideravelmente mais elevados, pois incorporam mais mão-de-obra, mais embalagens, maior custo logístico. Para atender à produção maior, se faz necessário a contratação de mais funcionários, mesmo que de maneira temporária e que podem até se tornar efetivos”, diz.

Outros fatores econômicos contribuíram para os altos preços que estão sendo vistos este ano. Desde 2020 temos sofrido os impactos inflacionários da pandemia, que recaíram mais sobre alimentos e combustíveis. 

“Esse componente inflacionário não passou ainda, o que acaba impactando o setor. Além disso, tivemos uma alta considerável do dólar no ano passado, o que pode ter impactado a compra de insumos importados”. 

Mesmo que, neste momento, o dólar venha cedendo paulatinamente, a preparação para a produção dos ovos começou há meses, não dando tempo para que o efeito desta queda da taxa de câmbio fosse sentido. “Há ainda uma pressão sobre os preços do cacau, devido ao aumento da demanda sazonal”, finaliza.


FECAP 


PROTESTE faz alerta sobre preços abusivos no litoral de São Paulo

É prática abusiva elevar, sem justa causa, o preço de produtos ou serviços

 

Nesta sexta-feira, 24, a PROTESTE, Associação de Consumidores, faz alerta para preços abusivos e destaca quais são os direitos dos consumidores. No comércio do litoral de São Paulo, a falta de alguns produtos tem provocado inflação, fazendo com que os consumidores tenham que pagar caro pelo básico, como água, sabonete e outros itens. 

De acordo com o Diretor de Relações Institucionais e Mídia da PROTESTE, Henrique Lian, há casos em que os aumentos de preços refletem um justificado aumento de custos que deve, evidentemente, ser comprovado pelo varejo. 

O comerciante pode ter pedido uma remessa extra de emergência na fábrica, que acabou vindo com um custo maior em função da pressa, ou precisou transportar o produto de forma expressa, percorrendo um caminho mais longo, em função dos problemas nas estradas, resultando em um custo maior de logística. Para tudo isso ele terá de apresentar notas que comprovem o aumento. Tudo aquilo que o comerciante não conseguir comprovar como fundamentos objetivos para os aumentos de seus próprios custos e for acrescentado aos preços será considerado abusivo” diz Lian. 

Assim, segundo o CDC (Código de Defesa do Consumidor) é caracterizado como prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços e obter vantagem desproporcional. Sendo assim, caso o comerciante não possa comprovar o aumento de custos para elevar os preços dos produtos, ele deverá ser devidamente penalizado.

“Aproveitar-se de uma tragédia para subir preços é tudo o que sociedade não precisa no momento e, caso comprovado, o comerciante deverá ser duramente penalizado por essa prática que poderá, inclusive, ser tipificada como um crime contra a economia popular”, diz Lian.

A PROTESTE recomenda que os consumidores evitem, sempre que possível, adquirir bens com preços distorcidos e, caso não possam evitar adquiri-los, sempre exijam a nota fiscal. Caso considerem que estão sendo lesados, denunciem o estabelecimento para um órgão de defesa do consumidor, tal como a PROTESTE ou o PROCON.


O aniversário de uma guerra que não quer esfriar

Unsplash
Com o aumento das tensões entre Estados Unidos e Rússia, e uma ameaça nuclear que paira no horizonte, podemos dizer que a Guerra Fria, de fato, nunca acabou


Vivemos os fortes ecos do fim da Guerra Fria. O presidente russo, Vladimir Putin, por exemplo, anunciou em 21 de fevereiro de 2023, num discurso sobre um ano da guerra na Ucrânia, a suspensão da participação do seu país no tratado Novo Start, o acordo global de controle de mísseis nucleares vigente. O cenário atual de conflito entre Rússia e Ucrânia coloca novamente o mundo em alerta. Parece que estamos voltando ao tempo de antes da queda do Muro de Berlim, e que esta divisão global agora se instalou na fronteira da Rússia com o mundo Ocidental.

Esses acontecimentos têm repercussões inclusive no Brasil, assim como a Guerra Fria teve influência por aqui desde seu nascimento, em 12 de março de 1947. Neste aniversário de 76 anos, é importante revisitar uma época cruel e aterrorizante não apenas para a Europa, mas para todo o mundo.

O período após o fim da Segunda Guerra Mundial foi caracterizado por uma corrida armamentista, agressiva e cara entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS). O então presidente dos EUA, Harry S. Truman, proferiu diante do Congresso Nacional um forte discurso. Afirmou ele que os países capitalistas deveriam se defender da ameaça socialista. Para Truman, os estadunidenses tinham a obrigação de liderar a luta contra o avanço do comunismo no continente europeu e no mundo.

A chamada Guerra Fria, que de fria nada tinha, culminou na separação do mundo em dois grandes blocos: o comunista (liderado pela União Soviética) e o capitalista (liderado pelos Estados Unidos). Uma das consequências mais marcantes desse período foi a construção do Muro de Berlim, em 1961, uma cooperação entre Alemanha Oriental e União Soviética para impedir a fuga de sua população para o lado Ocidental.

Após 40 anos do famoso discurso de Truman, em meados da década de 1980, a vida atrás da Cortina de Ferro havia mudado. Revoltas democráticas se infliltraram nas nações do bloco soviético, e a própria URSS lutava contra o caos econômico e político. A queda do Muro de Berlim, em 9 de novembro de 1989, durante a Revolução Pacífica, marcou uma série de eventos que precipitaram a queda do comunismo na Europa Central e Oriental, precedida pelo Movimento Solidariedade na Polônia.

Em 1991, a União Soviética havia perdido a maior parte de seu bloco para revoluções democráticas e o Pacto de Varsóvia foi formalmente dissolvido. Mikhail Gorbachev, o último líder da URSS, abriu o país para o Ocidente e instituiu reformas econômicas que enfraqueceram as instituições que dependiam de bens nacionalizados. Em dezembro de 1991, a URSS foi dissolvida em nações separadas.

A Guerra Fria continua a afetar a geopolítica dos nossos tempos. Estados Unidos e Rússia, bem como a China e a Europa, ainda têm interesses divergentes, grandes orçamentos de defesa e bases militares internacionais. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) ainda exerce grande poder político. Cresceu para incluir 30 estados-membros e agora se estende até as fronteiras com o maior país do mundo.

Desde a década de 1990, a Rússia vê a expansão da Otan para o leste como uma grave ameaça à sua segurança. Alguns especialistas compararam a crise atual com o início de uma nova Guerra Fria, ou mesmo a extensão daquela que nunca esfriou. Por isso, vale a pena revisitarmos essa época fundamental da nossa história para compreender como chegamos à situação atual.

 

Edvaldo Silva é Mestre em Artes e Multimeios pela Unicamp, e autor do romance de suspense "Além da Fumaça" (Editora Labrador), que tem como pano de fundo a Alemanha e o Brasil do final dos anos 80.

 

Cinco motivos para fazer um intercâmbio na cidade irlandesa de Cork

A Irlanda é um país que te ensina e transforma todos os dias. Esse foi o meu maior aprendizado durante os seis meses que passei em Cork, considerada como a segunda maior cidade do país. Apesar de muitos ainda buscarem o intercâmbio focando em aprender um outro idioma, todos que passam por essa experiência entendem que essa não é nem de perto a maior conquista que essa vivência no exterior traz – principalmente, em regiões que não se limitam às mais populares.

Mesmo não sendo uma cidade grande como Dublin, a capital, fazer um intercâmbio em Cork pode trazer muitas conquistas para estudantes de todas as idades por se tratar de um local que está crescendo cada vez mais e apresentar as mesmas oportunidades de aprendizado e trabalho quanto qualquer outra metrópole. Tudo isso com uma qualidade de vida surpreendente. Assim, listo os principais benefícios que essa cidade irlandesa me proporcionou durante o intercâmbio:

#1 Localização estratégica: além de estar bem próximo da capital e de outras grandes cidades do país, Cork é uma das regiões com o melhor sistema de transporte nacional. É muito fácil e barato se locomover tanto internamente quando para viajar a municípios vizinhos. Inclusive, com preços muito atrativos que fazem com que muitos estudantes consigam conhecer diversos países durante o intercâmbio.

#2 Instituições de ensino de alta qualidade: apesar de muitos alunos ainda focarem em morar em Dublin, Cork também apresenta uma ampla variedade de escolas de idiomas com imensa qualidade e centros universitários com cursos de especialização. Quando cheguei na cidade, não sabia falar nada de inglês e acabei passando por algumas situações difíceis, mas ao longo dos meses pude ir desenvolvendo meus estudos e fui aprendendo a me comunicar.

#3 Não faltam oportunidades profissionais: se tem uma coisa que o intercambista não precisa se preocupar ao vir para Cork é sobre encontrar um emprego. Existem muitas oportunidades. É visível que o mercado na cidade está em intensa expansão, com muitas vagas que possam trazer um desenvolvimento e aprendizado enorme para todos. Sem dúvidas, muitas portas se abrem todos os dias para quem decide vivem aqui durante um período.

#4 Segurança: essa foi, talvez, uma das características mais marcantes de Cork. A cidade é muito segura para viver, com câmeras monitorando as ruas e um índice de violência muito baixo se compararmos com outras cidades. Todos que decidem viajar para outro país sabem o quanto esse quesito é importante de ser levado em consideração, principalmente estando sozinho.

#5 Cultura e entretenimento: as pessoas em Cork são extremamente acolhedoras e solícitas. Seja com alguma dificuldade com o inglês ou com a cultura, todos sempre estão dispostos a ajudar e oferecer o suporte necessário para o que precisa – claro, desde que você também esteja disposto a se inserir nesses hábitos e aprender com eles. Ainda, apesar de ser uma cidade menor do que a capital, existem muitas opções de lazer e entretenimento em pubs, restaurantes, baladas e muitos outros passeios culturais que refletem o cotidiano dos irlandeses. A diversão é certa.

Posso afirmar com toda a certeza que, apesar dos momentos desafiadores que um intercâmbio sempre traz, minha experiência em Cork é incrível, e estou completamente agradecida pelas oportunidades que tive. Todos os dias você aprende e se transforma em uma cidade que traz uma enorme qualidade de vida e um custo-benefício muito vantajoso, graças às diversas vagas com salários elevados.

Aqueles que decidirem estudar e trabalhar no país, certamente devem considerar essa cidade e não se limitar apenas à capital. Essa é uma vivência que trará momentos inesquecíveis em qualquer programa de intercâmbio que escolherem, principalmente conhecendo pessoas de diversas partes do mundo que farão parte desta história e compartilharão experiências memoráveis. Hoje, sei que não há cidade melhor na Irlanda para viver um intercâmbio.


Larissa Sotocorno Vieira - intercambista pela SEDA College, escola de idiomas eleita por três anos consecutivos como a melhor da Irlanda 

Grupo Educacional SEDA


Aumentam buscas por destinos internacionais na Páscoa

Créditos: Unsplash

As viagens internacionais estão em alta para esta Páscoa, com alguns dos destinos mais procurados da Europa como Lisboa e Roma

 

Com a expectativa dos viajantes para aproveitar o feriado da Semana Santa, o KAYAK, principal mecanismo de busca de viagens do mundo, fez um levantamento dos destinos mais procurados. Lisboa lidera o ranking dos seis destinos internacionais mais buscados para o feriado da Páscoa, seguida por Buenos Aires e Miami. 

O destaque foi o aumento no volume de buscas por viagens internacionais no período. Roma obteve a maior variação nesse quesito, 173%, na comparação do mesmo período de 2022 a 2023, seguido de Miami, 136% de aumento na comparação 2023 vs 2022, e Lisboa, 90% de aumento na comparação 2023 vs 2022.

Quanto à variação do preço médio da passagem aérea, Roma obteve a maior variação, 51% de aumento, na comparação do mesmo período de 2023 e 2022, seguido por Madri (41% de aumento na comparação 2023 vs 2022) e Buenos Aires (29% de aumento na comparação 2023 vs 2022). No entanto, Santiago do Chile apresentou queda na variação do preço médio, -8%, na comparação do mesmo período entre 2023 e 2022, uma boa notícia para quem pretende visitar essa cidade e economizar. 


Top 06 destinos internacionais

Metodologia: Ranking classificado pelo número total de pesquisas dentro do período de tempo especificado. O levantamento foi realizado na base de dados do KAYAK considerando voos de ida e volta partindo de todos os aeroportos do Brasil para todos os aeroportos internacionais. Foram consideradas buscas de 17/12/2022 a 17/02/2023 para viagens entre 06/04/2023 e 10/04/2023 em comparação com buscas de 17/12/2021 a 17/02/2022 para viagens de 14/04/2022 a 18/04/2022. Como a Páscoa é um feriado móvel, as datas consideradas variaram. Os preços e percentuais são uma média e podem variar com o tempo. 

Para o Country Manager do KAYAK no Brasil, Gustavo Vedovato, o aumento de buscas por destinos internacionais na Páscoa mostra que os brasileiros podem estar dispostos a viagens mais longas mesmo em feriados curtos. “Nas recentes oportunidades de viagem, seja período de férias ou feriados prolongados, notamos nos nossos levantamentos que o interesse dos brasileiros em viagens internacionais tem voltado a crescer, o que é uma boa notícia para o mercado. Trabalhar remotamente tem ajudado os viajantes que querem aproveitar os feriados para fazer uma viagem internacional, pois assim é possível equilibrar trabalho e lazer em um lugar diferente”, destaca Vedovato. 

Seja para qualquer ocasião, desde férias a feriados ou trabalho remoto, o site do KAYAK pode ajudar os viajantes a planejarem melhor suas viagens e orçamentos. O metabuscador disponibiliza uma série de ferramentas gratuitas que os ajudam a encontrar opções de passagem aérea, hospedagem, pacote, e locação de carros ideais para cada um, com diversos filtros que facilitam ainda mais a procura e a customização.  

Por exemplo, ativando um Alerta de Preços, o viajante passa a receber notificações de variações de preços para o destino escolhido, com recomendação de quando é o melhor momento para comprar. Além disso, para conhecer os destinos sonhados, basta se planejar com antecedência. Para isso, a Lista de desejos, a mais nova funcionalidade localizada dentro da ferramenta Trips, tem como objetivo ser o primeiro passo para um planejamento de viagem. A função permite que os usuários descubram e salvem destinos em uma lista, para manter o planejamento das suas próximas viagens em um só lugar.

 

KAYAK
www.KAYAK.com.br

Secretaria da Justiça e Cidadania realiza da ação para mulheres na zona leste

O Centro de Integração da Cidadania (CIC) Leste, da Secretaria da Justiça e Cidadania (SJC), promove, neste sábado (11), a partir das 10h, em sua sede, uma ação de celebração ao Dia Internacional da Mulher.

O cronograma de atendimentos inicia às 10h com a oficina de costura “faça e leve”. Em seguida, às 11h30, acontece uma sessão de esmaltação e cuidados com as unhas. E, finalizando as atividades, às 13h, a pedagoga e fundadora do o Instituto Agires, Heloisa Melillo, ministrará a palestra “Bate papo de mulher”. 

Haverá ainda a realização de testes rápidos de HIV, Aids, Sífilis, Hepatite B e C, a distribuição de preservativos e o sorteio de brindes.

 

Data: Sábado, 11 de março de 2023

Horário: 10h às 13h

Local: Rua Padre Virgílio Campelo, 150 - Itaim Paulista, São Paulo

Localização: https://goo.gl/maps/NK24x1wbvi5XogHA6

Regulamentação traz modernização do mercado de câmbio e simplificação de operações de capitais estrangeiros no País e capitais brasileiros no exterior

A regulamentação infralegal da Lei de Câmbio e Capitais Internacionais do Banco Central do Brasil, editada no âmbito da Lei de Câmbio e Capitais Internacionais, entrou em vigor em 31 de dezembro de 2022


Em linha com a Lei de Câmbio e Capitais Internacionais (Lei nº 14.286/2021), a regulamentação infralegal do Banco Central inclui modificações, já estabelecidas em consultas públicas ao longo de 2022, em relação às operações no mercado de câmbio e aos procedimentos de prestação de informações referentes ao capital estrangeiro no País e ao capital brasileiro no exterior.

Entre as mudanças introduzidas pela regulamentação estão a simplificação e racionalização do processo de classificação das operações cambiais, além da dispensa de apresentação de documentação para a comprovação dessas operações. “A regulamentação infralegal é pautada em objetivos de modernização, flexibilização e fortalecimento do ambiente de negócios no Brasil, concedendo maior grau de transparência às operações cambiais e facilitando a aplicação de capital estrangeiro no País”, explica Maurício Santos, sócio do Cescon Barrieu. Um ponto que representa esta flexibilização é a equiparação do tratamento dispensado às movimentações em contas de residentes àquelas feitas em Contas de Domiciliados no Exterior (CDE).

No escopo de operações de capitais estrangeiros, a Resolução BCB 278 elimina a exigência de prestação de informações sobre contratos entre residentes e não residentes referentes (i) ao uso ou cessão de patentes, marcas de indústria ou de comércio, fornecimento de tecnologia, para fins de transferências financeiras a título de royalties; e (ii) à prestação de serviços técnicos e assemelhados, ao aluguel e afretamento e ao arrendamento mercantil (leasing) operacional externo. Ainda, há previsão de norma específica (Resolução BCB 280) com definição de residente e de não residente para pessoas físicas e pessoas jurídicas.  

Outra novidade diz respeito à atualização dos sistemas de registro de capitais estrangeiros, que passaram a apresentar as seguintes denominações: Sistema de Prestação de Informações de Capital Estrangeiro de Investimento Estrangeiro Direto (“SCE-IED”, antigo RDE-IED); e Sistema de Prestação de Informações de Capital Estrangeiro – Crédito Externo (“SCE-Crédito”, antigo RDE-ROF).

Já em relação às operações de capitais brasileiros no exterior, houve uma simplificação de procedimentos, com implementação de prazos e declarações específicas para prestação de informações ao Banco Central.  Nos termos da regulamentação infralegal, a aplicação de capital brasileiro no exterior poderá ser efetuada por meio de qualquer modalidade regularmente praticada no mercado internacional. “Esta mudança visa facilitar a inserção de empresas brasileiras nos mercados internacionais e aumentar a eficiência destas operações, em linha com os objetivos de flexibilização e modernização proporcionados pela Lei de Câmbio e Capitais Internacionais”, destaca Alexandre Vargas, associado senior do Cescon Barrieu na área de serviços financeiros. 

Confira uma análise completa sobre o assunto no guia preparado pelos advogados do Cescon Barrieu.

 

 Mauricio Santos - sócio do Cescon Barrieu Advogados

Alexandre Vargas - advogado associado do Cescon Barrieu

www.cesconbarrieu.com.br

Profissionais de TI estão ganhando em dólar, trabalhando home office e morando no Brasil

A Kstack aponta quais são os vieses do mercado estrangeiro para contratação de profissionais da tecnologia e como os mesmos têm encarado as oportunidades externas


A Kstack, especializada na oferta de soluções digitais e Hunting de profissionais de TI, desde o começo da pandemia da Covid-19, em 2020, percebeu um incremento no seu faturamento na ordem de 150% em relação à demanda de profissionais de TI para trabalhar em empresas estrangeiras. “Conheço profissionais que viajam o mundo trabalhando, a cada semana estão em um país novo, aos finais de semana conhecem esse país, e partem para o próximo na semana seguinte”, afirma Priscila de Oliveira, Head de Cultura e Pessoas da Kstack, dizendo que as vagas no exterior são oportunas.

A executiva explica o porquê inúmeros profissionais de Hunting de TI têm optado por desenvolver suas carreiras junto a empresas que também atuam fora do país ou que já sejam do setor internacional de tecnologia. “O motivo tem relação direta ao crescimento de seus ganhos, pois o candidato que estiver apto a assumir uma vaga no exterior receberá seu salário em dólar e/ou euro, e à valorização profissional, graças às diferenças culturais e ao nível de entrega dos candidatos brasileiros, característica internacionalmente reconhecida”.

De acordo com uma pesquisa feita pela Brasscomno Brasil, mais de 70 mil vagas para a área de TI serão geradas até o ano de 2024. Internacionalmente, essa demanda cresceu de maneira considerável. Nos últimos três anos, o mercado de Hunting de TI teve um aumento de mais de 42% no orçamento de tecnologia, tanto para o Brasil, quanto para fora do país, durante e após a quarentena, segundo dados levantados pela IDC.


Home Office, uma janela para o mundo

De 2011 a 2021, a demanda por vagas internacionais cresceu no Brasil em 80%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Assespro - PR, frente aos dados divulgados pelo RAIS (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério da Economia. O fluxo segue firme também para a área de TI.

Desenvolvedores brasileiros, por exemplo, têm conseguido oportunidades nas big techs, as gigantes do mercado estrangeiro. Países como Alemanha, Estados Unidos e Canadá estão recrutando profissionais, com salários da moeda nativa e acima do valor que esses profissionais comumente recebiam quando trabalhavam no Brasil, presencialmente. De acordo com Priscila, “O pré-requisito é possuir o idioma inglês fluente e conhecer a tecnologia solicitada pelo cliente”, comenta a executiva.

A taxa de câmbio, nesses casos, soma-se como um diferencial, porque no final, é a característica exata que, para o profissional brasileiro, terá mais peso. Gabriela Salomão participou do processo seletivo com a Kstack e hoje trabalha para uma empresa com sede na Califórnia; ela acredita que essa nova oportunidade de trabalho no exterior propicia crescimento pessoal e profissional, além de melhorar o inglês, facilitar a oportunidade de conhecer pessoas/culturas diferentes. “A economia de tempo, trabalhando remoto, é um dos principais desafios. Hoje em dia, economizo 2/3h que tinha antes do deslocamento, gerando mais qualidade de vida, sem contar a liberdade geográfica”, explica Gabriela.

A profissional ressalta ainda que, como o dólar é uma moeda que está sempre bem valorizada comparada com o real, a qualidade de vida no geral é muito boa, mesmo após pagar os impostos. Outra diferença apontada pela profissional com a oportunidade internacional é a liberdade para realizar o trabalho e a flexibilidade. “Temos bem menos reuniões, mais liberdade no dia a dia e a facilidade de participar de reuniões apenas com o time”, comenta. Entre os benefícios, a chance de desenvolvimento, de alcançar muitas oportunidades, como a de imigração (para quem tem esse objetivo), bem como tornar o currículo mais atrativo, complementam o novo modelo de trabalho.

A Kstack trabalha com diferentes consultorias nos EUA e faz o Hunting a partir do Brasil. “No Brasil, o dólar está valorizado, e isso faz com que a contratação seja uma ação propícia”, pondera Priscila.


As áreas de TI são para todos

Atuar no desenvolvimento de sistemas, aplicativos e atividades relacionadas ao mercado tech traz, além de flexibilidade, excelentes remunerações e, o que é melhor, a possibilidade de escolher entre viajar pelo mundo ou ficar em casa, valor consequentemente agregado à qualidade de vida do candidato, além da certeza de que o setor de tecnologia vivencia um crescimento exponencial. “Justamente por isso, há profissionais que já estão optando por migrar de área. Há vagas no exterior que, por conta do câmbio, chegam a quase o dobro do valor pago no Brasil”, completa Priscila. 

Ainda de acordo com a Brasscom, até 2025, estima-se a abertura de mais de 797 mil vagas para a área de TI no Brasil. Características como ter a consciência de que todos os tipos de experiências contam para aprimorar o seu currículo, como conhecimento em outras áreas, por exemplo, e uma segunda ou terceira línguas, fazem toda diferença ao tentar uma vaga em ambientes profissionais externos, principalmente na área de TI.

Frente a um levantamento realizado pelo BID, o setor de tecnologia cresceu mais de 60% durante a pandemia, em comparação ao período pré-pandêmico, e as vagas estão aptas a todos os candidatos, se optarem pela força de vontade e aptidão para seguirem em frente com as especificidades da empresa em que desejam atuar.

A executiva aponta que para conquistar uma vaga no exterior, é necessário investir tempo em conhecimento, já que cada profissional tem uma curva de aprendizado diferente. No entanto, o foco no inglês e nas diferenciadas soft skills, principalmente, é imprescindível manter.

Priscila destaca 5 soft skills que os candidatos devem ter para trabalhar em empresas do exterior:

1)   Flexibilidade Cognitiva – esta é a soft skill responsável pela famosa frase “pensar fora da caixa”, já que busca por soluções menos comuns, mas igualmente eficientes para resolver um problema; 

2)  Boa comunicação – para uma boa comunicação, é essencial não somente em trabalhos internacionais, mas superimportante durante o fluxo do trabalho remoto. No caso de vagas internacionais, além de ter fluência no idioma, é necessário saber se comunicar de forma clara e objetiva;

3)  Inteligência Cultural – a sugestão é que haja o aprendizado de uma nova cultura, pois um novo idioma é bastante importante nas posições internacionais. É importante é abrir sua mente para novas culturas e perspectivas;

4)  Foco no cliente – responsável por permitir ao candidato que compreenda o fato de que o cliente é, sem dúvida, a ferramenta humana mais importante do processo;

5)  Vontade de aprender – no mercado tech, as coisas mudam de forma muito rápida. É preciso estar bastante antenado (a) às mudanças e novidades.


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