Economista aponta motivos para preços tão elevados e afirma que o brasileiro tem perdido o interesse pelo produto
A Páscoa está
chegando, e uma parte dos brasileiros têm perdido o interesse em presentear
entes queridos com ovos de chocolate. O motivo? Os altos preços do produto.
Segundo a professora de Economia da Fundação
Escola de Comércio Álvares Penteado, Nadja
Heiderich, o consumidor tem perdido um pouco o interesse em ovos de Páscoa
tradicionais há alguns anos, justamente devido à disparidade de preços.
"Os consumidores estão buscando soluções mais baratas que vão desde às
barras e bombons de marcas conhecidas, como as opções de fabricação artesanal
de ovos e bombons. Por possuírem menor valor agregado e menores custos de
produção, naturalmente são uma opção mais em conta”, opina.
POR QUE O PREÇO DO
OVO É TÃO ALTO?
Os ovos de Páscoa
costumam ser muito mais caros do que as barras de chocolate, mesmo quando têm o
mesmo peso em gramas. A economista explica que isso acontece porque eles
possuem um valor agregado maior do que a barra de chocolate.
“Os custos de
produção são consideravelmente mais elevados, pois incorporam mais mão-de-obra,
mais embalagens, maior custo logístico. Para atender à produção maior, se faz
necessário a contratação de mais funcionários, mesmo que de maneira temporária
e que podem até se tornar efetivos”, diz.
Outros fatores
econômicos contribuíram para os altos preços que estão sendo vistos este ano. Desde
2020 temos sofrido os impactos inflacionários da pandemia, que recaíram mais
sobre alimentos e combustíveis.
“Esse componente
inflacionário não passou ainda, o que acaba impactando o setor. Além disso,
tivemos uma alta considerável do dólar no ano passado, o que pode ter impactado
a compra de insumos importados”.
Mesmo que, neste
momento, o dólar venha cedendo paulatinamente, a preparação para a produção dos
ovos começou há meses, não dando tempo para que o efeito desta queda da taxa de
câmbio fosse sentido. “Há ainda uma pressão sobre os preços do cacau, devido ao
aumento da demanda sazonal”, finaliza.
FECAP
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