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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Lei 14457/22 e o assédio sexual no ambiente de trabalho

Assédio sexual e a nova lei 14457/22: entenda a obrigatoriedade do combate e prevenção ao assédio sexual no ambiente de trabalho.


Em setembro do ano passado, foi promulgada a Lei 14457/22 que versa sobre as medidas de combate e prevenção ao assédio sexual e outras formas de violência no ambiente de trabalho.

O assédio sexual pode acontecer de forma frequente no ambiente de trabalho e causar danos aos colaboradores e às instituições.

 

O que é o assédio sexual no ambiente de trabalho?  

De maneira ampla, define-se assédio sexual como “constrangimento com conotação sexual no ambiente de trabalho” em que, por regra, o assediador faz uso de sua influência ou superioridade hierárquica para ou chantagear ou intimidar a vítima.

Quando utiliza de chantagem, o agente condiciona a aceitação da investida sexual colocando em cheque a situação de trabalho da vítima.  

A intimidação, por outro lado, compreende todo tipo de conduta que torne o espaço de trabalho depreciativo, ofensivo e hostil — o agente faz incitações sexuais (comentários, exposição de imagens, etc.) que cria essa situação detestável.

Na prática, geralmente, o assediador está numa posição de chefia ou liderança e convida um subordinado para sair, oferece uma promoção, age inapropriadamente ou molesta-o psíquico e/ou fisicamente, com a ameaça velada ou explícita da perda do emprego.

Em 2021, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ajuizou cerca de 3 mil casos envolvendo assédio sexual no Brasil.  

Esse número pode facilmente subestimar a realidade da questão, já que, frequentemente, a vergonha e o medo impedem que a vítima formalize uma denúncia. 

Segundo um levantamento da Mindsightas mulheres sofrem três vezes mais assédio sexual que os homens e cerca de 97% não chegam a denunciar o crime. Por isso, a importância da adequação à lei 14.457/22. 

Cabe ao empregador gerir as condições de segurança e saúde do trabalho, que incluem o trabalho de prevenção e inibição do assédio sexual.

 

Quais são as leis que tratam sobre assédio sexual e demais tipos de violência?  

A definição do crime de assédio sexual está no artigo 216-A do Código Penal, com pena de detenção prevista de 1 a 2 anos, que pode ser aumentada em , se a vítima for menor de idade.

Assim, o crime é de competência da Justiça Comum, mas também é trata

do no âmbito do Direito do Trabalho.  

Essa conduta pode se enquadrar como quebra dos deveres contratuais, como está prescrito na CLT:

  • “praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato lesivo da honra e boa fama”; ou
  • “incontinência de conduta ou mau procedimento” 

Nesse caso, há a possibilidade de rescindir o contrato por falta grave do empregador, e a vítima recebe todos os direitos previstos pela rescisão, como: 

  • férias,
  • décimo terceiro salário, 
  • aviso prévio e FGTS, além de indenização, prevista pelo Código Civil, quando for o caso. 

Assim, trata-se legalmente do assédio sexual no artigo 927 do Código Civil, no artigo 216-A do Código Penal e nos artigos 482 e 483 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Além da rescisão do contrato de trabalho, as punições podem ser de prestação de serviços, conforme o caso, além das sanções civis, administrativas e criminais aplicáveis, que podem chegar e, até mesmo, ultrapassar R$ 60.000,00. 

 

Quais são as implicações da nova lei 14.457/22 em relação a esse tipo de conduta?  

Com a nova lei 14.457/22, a nova legislação impõe às empresas com CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio) a adoção de medidas de prevenção e combate ao assédio sexual e demais formas de violência no âmbito do trabalho.Além de exigir dos empregadores a inclusão de regras de conduta quanto ao assédio sexual e outras formas de violência, as empresas devem incluir a temática nas atividades e práticas da CIPA, a fim de fixar procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias.

Ou seja: toda empresa que possuir mais de 81 funcionários deve ter implementado um Canal de Denúncias para apurar as ocorrências de assédio sexual e outras formas de violência no trabalho, sob pena de multa no caso de descumprimento.

Como prevenir e combater o assédio sexual e demais tipos de violência com o Canal de Denúncias  

Dessa forma, é imperativa, segundo a Lei 14457/22, a realização de ações para prevenir e combater o assédio sexual, como:

  • campanhas de conscientização sobre o assédio sexual, para informar e educar colaboradores, e prevenir o crime; 
  • elaboração de um Código de Conduta que reflita a cultura organizacional e explicite o conjunto de princípios e valores pelos quais a organização se direciona;
  • Canal de Denúncias com anonimato para proteger o denunciante. 

O Canal de Denúncias, além de ser parte integrante dessas ações, é a ferramenta que possibilitará que as irregularidades sejam comunicadas, averiguadas e disciplinadas, sem prejuízo do denunciante.

A partir das campanhas de comunicação e do Código de Ética e Conduta, os colaboradores têm a oportunidade de se conscientizar sobre a importância do relato para a prevenção e coibição do assédio sexual e outros tipos de violência no trabalho.

Quando uma empresa não investe em campanhas de comunicação e conscientização robustas, e um Canal de Denúncias profissional e efetivo, grande parte dos casos de assédio sexual não são registrados, e muito menos punidos com as devidas medidas.

A partir disso, a nova Lei 14457/22 representa um marco para o combate do assédio sexual e outros tipos de violência, pois versa sobre a obrigatoriedade das campanhas de comunicação e da implementação do Canal de Denúncias.

É importante frisar que esse tipo de conduta causa prejuízos imensuráveis para a vítima e para a empresa, sendo um tipo grave de violência no ambiente de trabalho, em que todos perdem.

 

Contato Seguro
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A necessidade de integrar a educação ambiental nas grades curriculares das escolas municipais

No Brasil, atualmente, existem três macrotendências como modelos políticos pedagógicos para a educação ambiental: a conservacionista, a pragmática e a crítica. Cada uma delas contempla uma ampla diversidade de posições mais ou menos próximas do tipo considerado “ideal”.

Considerando o contexto neoliberal das sociedades ocidentais contemporâneas, em que a economia do mercado é a que determina os valores e lógica, a tendência pragmática da educação ambiental tem ganhado impulso. Essa tendência incorpora correntes de educação para o desenvolvimento e consumo sustentável, focando em práticas superficiais, comportamentais e tecnológicas relacionadas à economia de energia, água, reciclagem de resíduos sólidos, mercado de carbono, entre outros temas de grande importância.

Por outro lado, a perspectiva crítica da Educação Ambiental é a mais adequada para enfrentar a crise socioambiental, pois une questões políticas, desigualdades sociais e injustiça socioambiental. Essa concepção de educação ambiental, enquanto exercício de cidadania, visa revelar a realidade e, através da educação, contribuir para a transformação da sociedade, reafirmando sua dimensão política inalienável.

A superação de tal crise passa, necessariamente, pelo aprendizado de uma nova relação dos homens com a natureza, o que implica em mudanças fundamentais.

Desde quando foram identificadas as primeiras experiências relacionadas à Educação Ambiental, na década de 1970, começaram a se definir dois grandes blocos que, historicamente, alcançaram maior destaque no cenário, seja pela proximidade com as discussões políticas da área, pela tradição na educação ou pela afinidade com teorias que obtiveram maior acúmulo no debate ambientalista.

O bloco conservador, por exemplo, apresenta como características centrais objetivas:

  • Compreensão naturalista e conservacionista da crise ambiental;
  • Educação entendida em sua dimensão individual, baseada em vivências práticas;
  • Despolitização da educação ambiental, apoiando-se em pedagogias comportamentalistas ou alternativas de cunho místico;
  • Baixa problematização da realidade e pouca ênfase em processos históricos;
  • Foco na redução do consumo de bens naturais, descolando essa discussão do modo de produção que a define e situa;
  • Diluição da dimensão social na natural, faltando entendimento dialético da relação sociedade-natureza;
  • Responsabilização pela degradação posta em um homem genérico, fora da história, descontextualizado social e politicamente.

Por sua vez, o bloco transformador, crítico ou emancipatório apresenta entre suas principais características:

  • Busca da realização da autonomia e liberdades humanas em sociedade, redefinindo o modo como nos relacionamos com a nossa espécie, com as demais espécies e com o planeta;
  • Politização e publicização da problemática ambiental em sua complexidade;
  • Convicção de que a participação social e o exercício da cidadania são práticas indissociáveis da Educação Ambiental;
  • Preocupação concreta em estimular o debate e o diálogo entre ciências e cultura popular, redefinindo objetos de estudo e saberes;
  • Indissociação no entendimento de processos como: produção e consumo; ética, tecnologia e contexto sócio histórico; interesses privados e interesses públicos;
  • Busca de ruptura e transformação dos valores e práticas sociais contrários ao bem-estar público, à equidade e à solidariedade.

Existe uma urgência no tratamento do tema, visto as dificuldades para colocá-lo em prática em virtude, principalmente, da falta de apoio das instituições e de envolvimento da coletividade escolar, que vivenciam essa realidade diariamente.

Sugere-se a inserção da bioética, pois essa metodologia propõe o estudo com uma postura apoiada na ética, para cuidar do ser humano e do meio ambiente em que vivemos, agregando conhecimentos na tentativa de mitigar, de maneira mais justa, os desafios da Educação Ambiental.

A veia ecológica nas salas de aulas deve vir diretamente dos docentes, compartilhando conhecimentos relacionados a seleção do lixo, reciclagem e manuseio, uso quantitativo da água de forma responsável e plantio de árvores, fazendo o máximo pelo tema com o que eles tem disponível em mãos.     

É importante pensar e reforçar que passou da hora das escolas contarem com a educação ambiental em seu currículo escolar, visando uma mudança no comportamento social para um convívio harmonioso do homem com a natureza.

 

Charles Everson Nicoleit - gestor de obras e empresário com quase 30 anos de experiência nesse segmento. Também é membro de associações da construção civil, construção selo verde e sustentabilidade. Possui diversas certificações e cursos que o habilitam como referência no mercado de construção civil. Para mais informações, acesse https://www.linkedin.com/in/charles-nicoleit-37654562/.

"Imprudências tecnológicas são o suicídio no mundo dos negócios", alerta especialista em gestão financeira

Uma forte aliada de todos os negócios, sejam pequenos, médios ou grandes, atualmente é a internet. Para as empresas, ela tem funcionado quase como uma vitrine infinita dos serviços e produtos. A pandemia trouxe a aceleração da informatização dos negócios e mostrou a todos os empresários como um canal digital bem administrado pode ser um dos seus maiores e melhores vendedores.

Mas, ao mesmo tempo que amplia as possibilidades, a internet pode ser um campo arriscado a quem comete erros que em outras áreas poderiam passar despercebidos, conforme alerta o especialista em gestão financeira, Vinicius Guarnieri.

Segundo ele, se não há mais privacidade para caminhar pelas alamedas do mundo moderno, relacionar-se amplamente faz parte dos objetivos da empresa que almeja agir globalmente, não cabendo mais restringir-se ao local. Todavia, a modernidade traz em seu bojo ameaças. Causas novas, trazendo consequências conhecidas, mas em velocidade estonteante, tal qual a morte de uma organização horas após uma postagem inadequada.

Segundo Guarnieri, há, no mínimo, cinco pontos muito sérios a se pensar, antes de dar vazão aos impulsos na divulgação indiscreta ou inapropriada de sua mensagem comercial.



1- Respeito é bom e eu gosto
 
"Alguém de muita autoridade e expressão pode se sentir ferido com uma abordagem que você julga inofensiva, tomando você como real inimigo, partindo para a luta desigual", pontuou.



2- Viva para a verdade

"A construção rápida e sem alicerces de uma imagem falsa de sua empresa pode levá-la à implosão imediata, fundamentada em argumentos sólidos e disponíveis na rede a seu respeito", alertou.



3- Evite subestimar a inteligência alheia

"Contar suas convenientes estórias e crer na ampla e irrestrita ingenuidade alheia é, no mínimo, imprudente de sua parte. O outro pensa e conclui com base em experiências acumuladas que você desconhece. Se deseja resposta positiva para suas abordagens, considere a inteligência de quem as interpreta e atue em prol dos dois lados, pois não existe almoço grátis", disse.



4- Que seu olhar alcance além do seu umbigo

"O seu sonho de crescimento tem intersecção com o sonho alheio", refletiu.



5- Sempre haverá espaço para todos  

"O universo é infinito como são infinitas as possibilidades de você iniciar um projeto novo que contemple o sucesso de todos com os quais se relacione. Nenhuma empresa precisa morrer para a sua vida e atingir seus objetivos", mencionou.



Vinícius Guarnieri - Engenheiro Agrônomo e especialista em Gestão Financeira. Fundador do Instituto de Transformação de Empresas (ITEM). Graduado em Engenharia Agrônoma pela Universidade Federal de Lavras (MG). É educador financeiro da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN); consultor especialista em recuperação e reestruturação de empresas e treinamentos de equipes e desenvolvimento pessoal, além de ser palestrante, professor universitário, escritor e autor de vários livros.

 

3 principais dúvidas de quem quer fazer um bootcamp em tecnologia

Segundo especialista da Ironhack, os cursos da categoria estão em alta pelo ensino prático e rápido, mas ainda possuem questões que precisam ser desmistificadas


Nos últimos anos, a área de tecnologia passou por um aquecimento constante e mesmo com as demissões em algumas startups, a expectativa é que a área continue crescendo. Segundo uma pesquisa do Infojobs, as empresas de tecnologia estão em um processo de grande ampliação dos seus times; os dados do estudo mostram que, só em 2022, houve um crescimento de mais de 86% no número de oportunidades na área em comparação com o ano anterior. Diante desse cenário, muitas pessoas estão buscando migrar de carreira ou desenvolver rapidamente as habilidades demandadas no ramo, o que tem causado um aumento de cursos sobre temas do segmento.

Os bootcamps são alguns dos principais deles, pois suprem as necessidades do mercado ao formarem alunos em um intervalo de tempo reduzido e não requisitarem experiência prévia em TI para os interessados. “São produtos que combinam teoria e prática em formatos diversos, sejam presenciais ou remotos. Dessa forma, as aulas aceleram a capacidade de aprendizagem dos estudantes, com uma carga horária similar a uma  pós-graduação”, diz Alexandre Tibechrani, General Manager Americas da escola global de tecnologia Ironhack.

Apesar de estarem se tornando cada vez mais populares, muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre os bootcamps. Confira as três mais comuns:


  1. Será que o curso é para mim?

 O processo de admissão é composto por uma entrevista e um teste sobre lógica, o que transmite aos candidatos uma primeira imersão em tecnologia. Nesta etapa são avaliados conhecimentos básicos e principalmente a motivação e engajamento do aluno.. Após o início do curso, as escolas e profissionais responsáveis pelo ensino estão preparados para fazer mudanças eficientes no meio da jornada dos estudantes para aqueles que avançam mais rápido e aqueles que precisam de uma atenção particular”, afirma Tibechrani. 

O executivo também reforça que os bootcamps são excelentes para afastar a chamada Síndrome do Impostor, em que uma pessoa não se sente à altura de determinadas funções. “Com o aquecimento do mercado de TI, é fundamental que haja um senso de comunidade no setor, focado no desenvolvimento, não na competição. Os cursos em questão conseguem promover essa característica ao reinventarem a educação, indo além do sistema tradicional passivo. O aprendizado é pensado por meio de projetos, não há notas ou exames e há feedbacks constantes de professores qualificados e colegas”, completa.


  1. O curso me ajudará a entrar no mercado de trabalho?

Concluir um bootcamp permite que a pessoa comece no  mercado de trabalho muito mais rápido, especialmente por trazer opções de ensino remotas, mas que não dispensam o aprendizado prático. “A experiência é crucial quando se trata de áreas como segurança cibernética, design, análise de dados e desenvolvimento web. O mundo digital está constantemente mudando e evoluindo e se manter atualizado com as novas tendências é essencial, o que só ocorre com a imersão dos alunos em funções reais”, explica o General Manager Americas da Ironhack.

Junto da construção de portfólios, as edtechs que oferecem esses cursos normalmente possuem parcerias com empresas e acompanham os estudantes nos seus processos seletivos, conectando-os diretamente com os recrutadores. “A ideia é que o profissional receba orientações e informações sobre o setor de uma forma intensiva e compacta, para que, junto das habilidades técnicas que adquiriu nas aulas, consiga destacar o seu currículo da multidão e chegar ao segmento de TI desejado”, complementa o especialista.


  1. Por que o curso vale tanto quanto uma graduação ou pós-graduação? 

Diferentemente de cursos de graduação e pós-graduação, os bootcamps de tecnologia costumam ter uma abordagem mais direta, evitando temas que os estudantes não usarão em suas funções. “Em áreas como programação, design, análise de dados ou segurança cibernética, ganhar experiência e habilidades práticas tende a ser mais valioso do que um estudo mais aprofundado. Por essa razão, qualquer apresentação para um bootcamp será um exemplo funcional de um trecho de código ou um relatório de análise de dados, ao invés de redações e teorias maçantes”, pontua Tibechrani. 

Há também uma grande diferença de investimentos econômicos e temporais sobre esses dois tipos de aprendizado. “Entre taxas da faculdade, exames, livros e acomodação, cursos universitários podem gerar um gasto financeiro enorme ao longo de, em média, três a cinco anos. Por outro lado, um bootcamp pode ser concluído em algumas semanas ou seis meses por preços mais acessíveis se comparado a cursos universitários, uma vez que trazem alternativas de jornadas diversas, como o estudo em tempo integral ou meio período”, finaliza o executivo.

 

Ironhack

https://www.ironhack.com/br

 

Inadimplência atinge 27% dos produtores rurais brasileiros, revela Serasa Experian

Região Sul apresentou um cenário mais positivo, enquanto a Norte registrou o maior percentual de negativação no campo

 

Um levantamento inédito feito pela Serasa Experian, que considerou as 27 Unidades Federativas do país, revelou a situação de Inadimplência do Produtor Rural brasileiro em novembro de 2022. De acordo com os dados, 27% desses trabalhadores estavam negativados no período. Ainda assim, esse percentual é muito menor quando comparado com a taxa da população adulta em geral que tem o nome negativado no país (43%). 

 

Para o head de agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta, considerando o nível nacional do estudo, o percentual de inadimplência indicado não deve ser visto como algo alarmante para o setor. “Mesmo com os reflexos da pandemia e da instabilidade econômica, o agronegócio se mostrou forte e seguiu ocupando lugar como um dos principais motores econômicos do país”, explica.

 

Pimenta também reforça que “a inadimplência é um fator financeiro que acontece em todas as áreas e, quando olhamos para a fatia do agro, podemos perceber sua baixa representatividade. A maior parte dos produtores rurais brasileiros conseguem evitar a negativação e continuam gerando empregos, cultivando e expandindo seus ganhos e mitigando os riscos de suas negociações”.

 

Regiões Sul e Sudeste possuem cenário ameno de negativação 

 

Os dados do estudo revelaram, ainda, que em novembro de 2022 a região Sul registrou a menor fatia de negativação rural, com 14,8%. A análise das outras partes do Brasil mostrou que o Sudeste veio logo em seguida, marcando 24,4%. Depois, em ordem crescente, estavam as regiões Centro-oeste (30,4%), Nordeste (32,9%), e Norte (38,4%).  

Em nível estadual, a inadimplência dos produtores rurais se mostrou maior do que a da população geral somente no Maranhão e em Roraima. Confira no gráfico abaixo as informações completas sobre a comparação das Unidades Federativas (UFs):


Faixa etária é um dos fatores determinantes da inadimplência no campo 

O levantamento demonstrou que fatores como a idade e a renda mensal dos produtores rurais influenciam diretamente no nível de inadimplência. De acordo com os dados, a negativação diminui com a idade, principalmente a partir dos 51 anos. Veja no gráfico abaixo:


Metodologia

O estudo de Inadimplência do Produtor Rural foi produzido pela Serasa Experian em novembro de 2022. Foram analisados cerca de 9 milhões de perfis de pessoas físicas que constam no Cadastro Positivo e que sejam donos de propriedades rurais e/ou que possuam empréstimos e financiamentos da modalidade rural e/ou agroindustrial distribuídos em todas as 27 Unidades Federativas do país.  

Para conferir mais informações e outros levantamentos sobre agronegócio, clique aqui

 

Serasa Experian

 www.serasaexperian.com.br



Campanha Nacional de Proteção a Crianças e Adolescentes no Carnaval é lançada em todo o país

Com foco no enfrentamento à violência sexual e ao trabalho infantil, a iniciativa disponibiliza gratuitamente mais de 12 peças de comunicação para download

 

O Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes,  a Rede ECPAT Brasil e Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI) lançam Campanha Nacional de Proteção a Crianças e Adolescentes no Carnaval 2023. O objetivo da iniciativa é sensibilizar a população brasileira sobre os cuidados para com crianças e adolescentes e como denunciar violações de direitos, em especial, o trabalho infantil e a violência sexual, com ênfase na exploração sexual de crianças e adolescentes.

Com o slogan “Pule, brinque e cuide. Unidos pela proteção de crianças e adolescentes” a campanha apresenta orientações e alertas sobre: a prevenção e fiscalização a respeito da venda e consumo de álcool por crianças e adolescentes; o estímulo à identificação e notificação do desaparecimento de crianças de forma rápida; e ainda o chamamento pela vacinação de crianças para curtirem a folia de forma segura e protegida. 

“Foram seis anos de uma pandemia política de um governo que desqualificou e desmontou as políticas públicas sociais com foco na proteção às infâncias do nosso país. Hoje, enquanto sociedade civil, temos a oportunidade de retomar diálogos e pensar estratégias de prevenção às violências sexuais e ao trabalho infantil que atinge milhares de crianças e adolescentes. Por isso a campanha "Pule, Brinque e Cuide" é um marco de proteção após tantos retrocessos”, pontua Luciana Reis, representante da Coordenação Colegiada da Rede ECPAT Brasil. Segundo a pesquisadora, é preciso observar que o Carnaval inaugura uma nova fase do pós-pandemia: “Não é somente um marco de dois anos sem a realização da maior festa popular que é o carnaval, é a esperança de efetiva proteção às infâncias. Então, cabe a cada um de nós aderir ao bloco da proteção e implicar governos, conselhos de direitos, setor privado,  sociedade brasileira e também turistas a aderirem a essa campanha, além de denunciar qualquer caso suspeito às autoridades responsáveis”, observa Luciana. 

Para Karina Figueiredo, secretária executiva do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, os problemas não-enfrentados na gestão anterior do governo federal ocasionaram um crescimento exacerbado de violações em distintas áreas, em especial, junto à infância e à adolescência. “Foram seguidos e continuados retrocessos entre 2018 e 2022 e nós, sociedade civil organizada, resistimos aos desmontes perpetrados pela gestão anterior. Nesse sentido, a partir desse novo momento, é fundamental que sociedade, governo federal, estaduais e municipais, conselhos estaduais e municipais, organizações não governamentais e o sistema de garantia de direitos estejam dispostos a fazer o enfrentamento às violências, em especial, à exploração sexual infantil e ao trabalho infantil”, analisa Karina. Sobre o período escolhido para a campanha, Karina pontua: “as festas de Carnaval são a celebração da cultura popular do nosso país, porém se tornam também espaços de violação, por isso o convite para cada um de nós se envolver, se responsabilizar e participar ativamente desse bloco da proteção, promovendo ações, falando sobre e distribuindo o material informativo da campanha nas festividades de Carnaval.” 

Mais de 12 peças de comunicação entre modelos para aplicação externa e em estabelecimentos, banners para redes sociais, materiais educativos para utilização em sala de aula com crianças e informações úteis para denúncia em caso de ocorrência de violação de direitos, a campanha “Pule, brinque cuide. Unidos pela proteção de crianças e adolescentes” busca sensibilizar a população brasileira a fim de que a infância e a adolescência estejam protegidas. 

“Campanhas de sensibilização sobre trabalho infantil e violência contra crianças e adolescentes em datas festivas, como é o Carnaval, são fundamentais para que um maior número de pessoas observe a situação sob um ponto de vista mais cuidadoso e crítico em relação à violação de direitos. Nesse sentido, a campanha desse ano traz a perspectiva do cuidado com a infância e a adolescência, principalmente, em uma conjuntura que exige nossa atenção para com as crianças e adolescentes mais vulneráveis e que estão envolvides em trabalho infantil", observa Katerina Volcov, secretária executiva do FNPETI. 

Previamente liberados para reprodução, os materiais estão disponíveis no site da Ação Nacional “Faça Bonito. Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”, campanha permanente de enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes, para ampla utilização e divulgação pelos parceiros interessados em contribuir com a campanha. 

De acordo com a coordenação geral da campanha, composta pelas organizações mencionadas, está liberada a edição do material para inclusão de logomarcas locais e informações adicionais como telefones de contato de Conselhos Tutelares, CREAS, Delegacias especializadas, entre outros equipamentos de proteção. No entanto, o slogan e conteúdo textual/conceitual disponibilizado nas peças não poderão ser alterados.

 

Para conhecer e fazer o download das peças da Campanha, acesse: www.facabonito.org/carnaval

 

Para saber mais sobre violência sexual e trabalho infantil, acesse: www.facabonito.org  e www.fnpeti.org.br

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Comércio e serviços criaram mais de 425 mil empregos celetistas em 2022 em São Paulo

  No ano passado, registrou-se importante expansão do mercado de trabalho em ambos os setores, aponta FecomercioSP

 

Em 2022, os setores de comércio e serviços criaram 425.975 novos empregos celetistas no Estado de São Paulo. De acordo com a Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP), da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), no ano, o comércio paulista gerou 100.784 vagas, enquanto os serviços lideraram a criação de empregos formais, com 325.191 novos postos de trabalho.
 
De acordo com o balanço anual da Federação, o ano passado foi destacado por significativa expansão do mercado laboral em ambos os setores, mas com sinal evidente de arrefecimento do ritmo de expansão. Além de passado o principal período de expansão pós-pandemia, a conjuntura econômica foi mais desafiadora, principalmente diante de inflação mais alta, juros elevados e níveis de endividamento e inadimplência familiares em níveis recordes.
 
Estas variáveis impactam diretamente o poder de compra, o custo do crédito e a renda disponível para o consumo dos lares. Desta forma, reprimem a capacidade de geração de receitas empresariais e afetam a confiança das empresas para empregar mais. 
 
A tendência para 2023 é que o mercado de trabalho mostre continuidade na desaceleração do crescimento. A projeção, ainda que prematura, é que os saldos positivos de empregos no comércio e nos serviços paulistas fiquem por volta da metade do que vimos em 2022.
 
Serviços
O setor de serviços liderou a criação de empregos formais no Estado de São Paulo em 2022. Em 12 meses, foram 325.191 novos postos de trabalho. Em dezembro, eram 6,866 milhões vínculos empregatícios ativos no setor, com destaque para alojamento e alimentação; atividades administrativas e serviços complementares; e transporte, armazenagem e correio, que contabilizam 54.410, 48.738 e 41.901 novos vínculos empregatícios, respectivamente. Dentre os segmentos de cada uma das respectivas divisões, chamam a atenção os desempenhos de bares e restaurantes (37.596); serviços para edifícios e atividades paisagísticas (19.831); e transporte rodoviário de carga (22.434).
 



Comércio


Dentre as divisões do setor do comércio, que gerou 100.784 empregos formais no ano passado, o varejo liderou, com 59.738 novos vínculos empregatícios com carteira assinada, seguido pelo comércio atacadista, com 29.777 vagas celetistas. Comércio e reparação de veículos automotores respondem por 11.269 novas vagas.
 
Em dezembro, foram 2,83 milhões de vínculos empregatícios ativos no comércio. Dentre os segmentos de cada divisão, lideraram o acumulado do ano: hipermercados e supermercados (8.863); comércio atacadista de produtos alimentícios em geral (2.440); e comércio a varejo de peças e acessórios para veículos (2.638).
 



Nota metodológica


A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
 

FecomercioSP

Inovação no setor público: como implementar?

Engana-se quem acredita que apenas empresas privadas estão inovando e conquistando grandes resultados. A inovação no setor público já se mostra uma realidade, e uma ação extremamente importante para a conquista de enormes benefícios para a sociedade. Mas, é importante ressaltar que esse processo não acontece do dia para a noite, e requer muito planejamento, dedicação e persistência para garantir a criação de novos modelos de gestão que otimizem suas rotinas, eliminem burocracias e elevem a qualidade dos serviços prestados.

Por se tratar de um segmento com um papel extremamente importante para a manutenção da vida e dos setores responsáveis pela geração da economia, trazer a inovação no setor público é essencial para garantir que todas essas áreas tenham um desempenho de máxima qualidade e que sejam constantemente aperfeiçoadas. Afinal, é por meio do desenvolvimento de soluções criativas para os problemas sociais que o setor consegue promover o bem-estar da população, reduzir os custos operacionais e aperfeiçoar sua gestão como um todo.

Nos últimos anos, muitas práticas positivas da inovação no setor público ganharam força, trazendo resultados muito promissores que ressaltaram ainda mais a importância deste investimento. No Brasil, como exemplo, a criação do governo eletrônico foi um enorme avanço e revolução para sua gestão – uma vez que, ao digitalizar os serviços para a população, se tornou muito mais eficiente e seguro dispor das informações individuais em um sistema e permitir seu fácil acesso a todos.

Em escala global, outro investimento que também cresceu significativamente no setor público foram o uso do Big Data – considerado hoje como um dos recursos de inovação mais importantes. Ele permite o gerenciamento de todas as informações de forma ágil e segura, em um único ambiente e, principalmente, como interpretá-los estrategicamente, transformando-os em indicadores de qualidade e avaliação de políticas públicas.

Ainda, a IoT é um dos mecanismos mais utilizados por governos do mundo inteiro, dita como uma das principais tendências globais da 4ª revolução industrial. Ela auxilia que empresas de todos os portes e segmentos modernizem sua infraestrutura para melhorar a eficiência, segurança, qualidade e acesso à informação – e, no setor público, pode ser vista em sistemas de câmeras de segurança, sensores de vigilância, detecção de incêndios e sistemas de rastreamento de veículos, como exemplo.

Seja direcionada com foco interno ou diretamente ligado à gestão pública, não há mais como deixar de lado a inovação neste segmento. Essa é uma das principais estratégias que favorecerá o setor a desenvolver novos modelos de gestão que otimizem suas rotinas, eliminem burocracias e elevem a qualidade dos serviços prestados. Mas, para implementá-la, é essencial seguir algumas etapas importantes para fortalecer esse processo – tais como estimular os times a inovar; criar uma gestão de inovação; medir os resultados das ações adotadas e, principalmente, investir na ISO de inovação.

Iniciar uma jornada inovadora de sucesso dependerá da máxima colaboração possível entre as equipes. Por isso, é essencial haver esse estímulo internamente, de forma que compartilhem suas ideias de forma colaborativa e criativa para que sejam obtidos insights valiosos que ajudem a estabelecer práticas promissoras que ajudarão a aperfeiçoar os processos e os recursos.

Mas, muito mais do que adotar um projeto, é preciso acompanhá-lo constantemente durante seu desenrolar, para identificar se as ações estão dando certo e o que precisa ser ajustado. Com uma gestão da inovação, se torna mais fácil estruturar o processo que será percorrido, assim como definir os objetivos desejados, as diretrizes a serem seguidas e as métricas que serão adotadas para monitorar seu desempenho – analisando

Acompanhar essas conquistas é primordial para compreender as ações que estão atingindo as expectativas estabelecidas e, principalmente, identificar problemas e oportunidades a serem exploradas para aprimorar ainda mais as metas do projeto. E, nessa tarefa, a ISO de inovação é a maior aliada para potencializar a gestão do setor e aproveitar ao máximo as oportunidades que possam surgir.

Esta metodologia estabelece as diretrizes de inovação a serem seguidas por cada companhia, cabendo a cada negócio escolher aquela que mais se encaixe às suas necessidades. Seu propósito é mostrar as boas práticas para gerar inovação em empresas de todos os portes e segmentos, priorizando padrões de qualidade que, no setor público, certamente  contribuirá para promover uma gestão muito mais eficaz.

Em meio a um papel social extremamente importante, a inovação no setor público é fundamental para assegurar a melhoria contínua de seus serviços prestados à população e, assim, aumentar a eficiência dos órgãos públicos. Por isso, é importante buscar o apoio de uma consultoria especializada que tenha a expertise no ramo para auxiliar na análise da maturidade de inovação do setor e como utilizá-la à seu favor para atingir as metas desejadas.

 

Alexandre Pierro - mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.

 

Foi mal na prova do Enem? Saiba o que fazer

Crédito: Canva
Resultados da prova foram divulgados nesta quinta (9), e quem não teve uma boa performance não deve desanimar; professor da Plataforma Ferretto lista dicas para quem vai repetir o exame

 

Nesta quinta-feira (9) foram divulgados os resultados do Enem 2022 (Exame Nacional do Ensino Médio), que foi realizado por cerca de 3 milhões de estudantes brasileiros - a maioria deles com o objetivo de ingressar no tão sonhado curso universitário. 

Inicialmente, a divulgação das notas estava prevista para a próxima segunda-feira (13), mas de acordo com o Ministro da Educação, Camilo Santana, a antecipação do resultado facilitará o acesso dos alunos ao Sisu.

O sentimento de frustração perante um resultado abaixo do esperado é normal. Os jovens muitas vezes sofrem pressão (até deles mesmos) para alcançarem resultados de forma rápida e serem bem-sucedidos em tudo o que fazem.  No entanto, essas cobranças não são saudáveis e devem ser evitadas, pois acaba invalidando o progresso e tudo o que já foi conquistado. 

“O Enem não ‘aprova’ ou ‘reprova’ ninguém, pois não se trata de um vestibular. O que ocorre é que a pontuação do exame é utilizada pelo Sistema de Seleção Unificada (SiSU), plataforma que substitui vestibulares em todo o país e é a principal forma de ingresso no ensino superior gratuito”, explica o Professor Ferretto, um dos maiores influenciadores de matemática do país e fundador da plataforma de estudos Professor Ferretto, que tem foco no conteúdo complementar para o Ensino Médio e preparação para o Enem e vestibulares, e conta com 50 mil alunos de todo o Brasil.

Ele ressalta que a nota de corte muda diariamente no período de inscrições do SISU e pode ser maior ou menor conforme o ano, já que depende do tanto de vagas oferecidas em cada, quantidade de inscritos e modalidade de concorrência.  Todavia, mesmo não podendo falar em reprovação, é claro que ir bem na prova é o principal objetivo, até para utilizar os resultados para o ingresso no ensino superior.

“Conquistar uma vaga na faculdade não é um caminho fácil, e muitas vezes  é preciso ser resiliente e superar diversos obstáculos. Mas com foco, perseverança, otimismo e, não menos importante, com boa saúde mental, é mais do que possível”, avalia o especialista. 

Pensando em ajudar os candidatos que terão que repetir a prova, o professor Ferretto listou algumas dicas:


Não há problemas em tentar novamente
Há diversos motivos para que se alcance o resultado esperado. O Exame acontece de forma anual, ou seja, está disponível para quando o aluno puder e quiser se candidatar. Vale ressaltar que “prova não prova nada”, então não precisa se culpar por não ter atingido a pontuação desejada de primeira.

“É natural que às vezes o insucesso aconteça, mas isso não pode parar sonhos e objetivos. Após a frustração inicial, não desista. Tente quantas vezes for preciso, pois a aprovação é, sim, possível”, recomenda ele.


O que fazer de diferente? 
Quando a nota é liberada, é possível conferir a disciplina com a menor pontuação. Neste momento, é importante tentar entender o que faltou para atingir a média. Após essa reflexão, fica mais  fácil identificar o que mudar para a próxima tentativa,

“Existem diversos motivos que podem impactar a média do aluno, desde a má administração do tempo durante a avaliação, até dificuldade de raciocínio sob pressão. Quando você reconhece o que te fez errar, a chance de acertar da próxima vez aumenta. Mantenha a calma.”, ensina Ferretto.


Repense o cronograma de estudos
Em muitos casos, o problema pode estar na forma que o aluno organiza o plano de estudos. Para alguns, estudar 8 horas por dia é suficiente. Para outros, 5 horas já bastam, desde que bem aproveitadas. “Cada candidato é diferente e possui suas particularidades e características. Por isso, o plano de estudos também há de ser individualizado”, orienta o professor.

Perceba o que funciona melhor para você. Em qual horário do dia seus estudos são mais efetivos? Em quais matérias você possui mais dificuldade? Quais delas fluem com mais naturalidade para você? “Reconheça seus próprios limites e valorize suas fortalezas. Monte um plano de estudos adaptado à sua personalidade, e lembre-se: os intervalos também são importantes, se serão de 15 ou 30 minutos, é você quem decide, mas não deixe de ter essa pausa que pode acrescentar ainda mais produtividade ao seu dia”, diz Ferretto.


Considere outras possibilidades
Quando temos um objetivo é mais fácil organizar nossos pensamentos, mas quando algo deste tipo acontece, é importante abrir o “leque de opções”. Às vezes ficar focado em um único propósito, faz com que deixemos outras oportunidades passarem despercebidas.  

“Não fique focado em apenas uma universidade ou curso, faça uma pesquisa de campo em diversos lugares. Novos cenários significam novas chances e, principalmente, mais alternativas. Às vezes colocamos na cabeça que estamos destinados a algo e somente a aquilo. Mas a vida é uma estrada com vários caminhos”, explica.  


Fique atento à saúde mental 
É comum que durante a ‘’loucura’’ do período dos vestibulares os alunos deixem de priorizar os momentos de descanso e lazer, já que a cobrança por  um bom desempenho na prova é constante. 

Não apenas com a finalidade de conquistar uma vaga na faculdade pelo Enem, manter a saúde mental em dia é sempre essencial. “Mantenha em mente que o equilíbrio é a  ‘chave’ de tudo. Estudar é tão importante quanto descansar. A ideia de ‘estude enquanto eles dormem’ não é pertinente. Durma enquanto eles também dormem, pois dormir é necessário para manter o corpo e o cérebro sãos. Saia com seus amigos, mesmo que esporadicamente, pois é algo necessário. Hábitos simples como praticar exercício físico, assistir um filme, e relaxar a cabeça, devem ser encarados como um investimento ao momento de estudo, pois mesmo que por poucos minutos, fazem bem, controlam o stress e refletem diretamente no seu rendimento”, aconselha Ferretto.


Não se desespere
Como mencionado anteriormente, as notas de corte dos cursos mudam a todo momento no processo seletivo do SISU, e mesmo que a aprovação não ocorra de primeira, fique atento às listas de chamada. “Sempre há esperança, existem universidades que disponibilizam de 2 a 3 listas, isso porque muitos alunos perdem o prazo de inscrição ou decidem ir para outra instituição, o que faz com que as vagas comecem a ser passadas adiante", explica o docente.


Saiba como usar nota no SISU e ProUni

Neste ano, o período de inscrições do SISU (Sistema de Seleção Unificada) será dos dias 16 a 24 de fevereiro. O processo, que é voltado às universidades públicas, utilizará as notas do Enem 2022 e ao longo do período de inscrição, o aluno pode alterar suas opções de curso (ou instituição de ensino) quantas vezes quiser, tomando como base as notas de corte parciais que são atualizadas diariamente. Vale ressaltar que o aluno precisa ter prestado o Enem 2021, conquistando uma nota superior a zero na matéria de Redação, para conseguir se cadastrar da forma correta no programa. Os resultados serão divulgados no dia 28 de fevereiro, através do portal MEC.

Para os alunos que optarem pela universidade privada, o ProUni (Programa Universidade Para Todos) acontecerá dos dias 28 de fevereiro a 3 de março. Serão oferecidas bolsas integrais (100%) e parciais (50% de desconto) com base nas notas do Enem 2021 e 2022. Para concorrer, é necessário que o candidato esteja dentro dos seguintes requisitos: ter cursado os três anos do ensino médio em escola pública ou com bolsa integral em rede privada e que a família tenha renda per capita de até 3 salários mínimos.

O ProUni funciona de maneira parecida ao Sisu, nele o aluno também precisará selecionar duas opções de curso (em ordem de preferência) constando a instituição de ensino e o turno, podendo aplicar para cotas ou utilizar a ampla concorrência.

As notas parciais deverão ser observadas diariamente, e caso o aluno queira, pode-se alterar as opções. 

Os resultados da 1ª chamada serão divulgados nos dias 7 a 16 de março, e da 2ª chamada nos dias 21 a 30 de março.

 

 Plataforma Professor Ferretto

 

Da Grécia antiga aos dias de hoje: conheça a história da criptografia

Despercebida, a criptografia está mais presente no cotidiano das pessoas do que se imagina. Para se ter uma ideia, atualmente, diversos serviços públicos do governo federal ofertados digitalmente utilizam a tecnologia, como sites e aplicativos móveis de serviços públicos, inclusive do Brasil. No país, os agentes do governo entendem que a criptografia é uma técnica milenar de proteção de dados, que evoluiu ao longo do tempo e é atualmente um importante mecanismo de segurança da informação.

Nesse contexto, é tão importante que um grupo de 14 organizações regionais e globais fundou a Alliance for Encryption in Latin America and the Caribbean, uma plataforma que promoverá a criptografia como ferramenta de segurança e respeito. Assinatura digital, privacidade de dados, transações online e muito mais dependem dessa criptografia. Ele nos permite autenticar pessoas e dispositivos para que possamos manter a confiança digital.


Mas como tudo começou?

A palavra criptografia vem das palavras gregas kryptos, que significa oculto, e graphien, que significa escrever. Essa “escrita oculta” vem avançando há milhares de anos.

"O que impulsiona a criptografia, no entanto, é exatamente o que a reduz. Quanto mais avançadas as pessoas se tornam na decifração de mensagens criptografadas, mais necessário é que a criptografia avance em resposta", explica Dean Coclin, diretor sênior de desenvolvimento de negócios da DigiCert.

Portanto, é um momento emocionante para aprender sobre a história da criptografia, o que ela significa para a confiança digital e como ela afeta a segurança cibernética.


A criptografia antiga

Embora a criptografia parecesse diferente nas primeiras civilizações, temos evidências de técnicas criptográficas já em 1900 A.C. no Egito, quando havia uma inscrição esculpida na câmara principal da tumba do nobre Khnumhotep II. Os hieróglifos utilizados eram diferentes dos habituais, num processo hoje conhecido como substituição de símbolos. No entanto, isso não era necessariamente um código secreto. Em vez disso, eles mudaram a forma de escrever para torná-la mais digna.

Em 1500 A.C., um escriba da Mesopotâmia usou a criptografia para ocultar uma fórmula para esmalte de cerâmica. Este exemplo é o primeiro uso conhecido de criptografia para ocultar informações secretas.

Estes não são os únicos exemplos, no entanto. Há evidências do uso de criptografia em quase todas as principais civilizações primitivas. No início da Índia, “Arthashashtra”, uma obra antiga sobre arte de governar escrita por Kautilya, também conhecido como Chanakya, descreve como as atribuições eram dadas a espiões em “escrita secreta”.

Os gregos antigos eram conhecidos por usar cifras (um algoritmo usado para criptografar ou descriptografar) para transformar uma mensagem. Em 100 A.C., Júlio César usou uma forma de criptografia para compartilhar mensagens secretas com seus generais do exército em guerra. Talvez você já tenha ouvido falar da Cifra de César, pois é um dos usos mais conhecidos da criptografia. Também conhecida como Cifra de Substituição, cada caractere do texto simples é substituído por outro caractere, formando o texto cifrado. Por exemplo, A torna-se D, B torna-se E, C torna-se F - você vê a mudança de 3?

No século XVI, surgiu a Cifra de Vigenère. Esse método criptografa o texto alfabético usando uma série de cifras de César entrelaçadas, com base nas letras de uma palavra-chave. Isso é conhecido como substituição polialfabética. Embora tenha sido descrito pela primeira vez por Giovan Battista Bellaso em 1553, Blaise de Vigènere recebeu o crédito no século XIX.

Embora esta cifra seja mais segura do que a cifra de César e muitas pessoas tenham implementado esquemas de criptografia semelhantes, a cifra de Vigènere foi quebrada em 1863 por Friedrich Kasiski.



Criptografia no século 20

Em seguida veio a máquina rotativa Hebern criada por Edward Hebern em Illinois em 1917. Esta máquina marcou a primeira vez que circuitos elétricos foram usados em um dispositivo de cifra, pois combinava as partes mecânicas de uma máquina de escrever padrão e as partes elétricas da máquina de escrever elétrica. Conectada por meio de um misturador, a máquina incluía um disco com contatos elétricos em ambos os lados (também conhecido como rotor).

Fios foram usados para conectar cada letra a outra letra do lado oposto de maneira aleatória, também conhecida como alfabeto de substituição única.

A criptografia desempenhou um papel enorme na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial. Em 1918, a Máquina Enigma foi criada pelo engenheiro alemão Arthur Scheribus. Na Segunda Guerra Mundial, foi usado regularmente pelos militares alemães nazistas. A máquina usava três ou mais rotores para embaralhar o alfabeto de 26 letras, girando em diferentes velocidades e gerando texto cifrado.

A Máquina Enigma acabou sendo quebrada pela Polônia, o que levou os britânicos a criar o Bombe, um dispositivo que ajudava a identificar a ordem das rodas da máquina Enigma e as configurações iniciais dos rotores.

O uso de criptografia até este ponto foi usado principalmente para fins de guerra. No entanto, isso mudou quando as empresas viram o potencial comercial da criptografia para proteger os dados dos concorrentes.

Na década de 1970, a IBM criou uma cifra chamada Lúcifer, uma cifra de bloco que usa um algoritmo operando em grupos de bits de tamanho fixo, chamados blocos. As cifras de bloco usam especificamente algoritmos de chave simétrica que usam as mesmas chaves criptográficas tanto para a criptografia de texto simples quanto para a descriptografia de texto cifrado.

Lúcifer combinou criptografia de transposição e substituição e levou ao que agora é conhecido como Padrão de Criptografia de Dados (DES).



Criptografia hoje e a criptografia por trás da criptografia TLS/SSL


Hoje, a criptografia é usada para proteger bilhões de transações online, dados confidenciais e mensagens privadas que transmitimos. Uma maneira de garantir a segurança é por meio de TLS/SSL.

"TLS permite que informações confidenciais inseridas sejam transmitidas com segurança. Os exemplos incluem um servidor e navegador da web e um servidor de e-mail e cliente de e-mail. Para estabelecer essa conexão segura, o navegador e o servidor precisam de um certificado TLS. Se um site começar com https, o site é protegido com um certificado TLS", conclui Dean.

Tudo isso é possível por causa da criptografia por trás da criptografia TLS. O uso de criptografia assimétrica (ou criptografia de chave pública) e criptografia simétrica e os muitos algoritmos usados para criar as chaves assimétricas e simétricas por trás dessa criptografia permitem a criptografia de dados tão segura que os maiores supercomputadores do mundo não conseguem quebrá-la.


DigiCert
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