Segundo
especialista da Ironhack, os cursos da categoria estão em alta pelo ensino
prático e rápido, mas ainda possuem questões que precisam ser desmistificadas
Nos últimos anos, a área de tecnologia passou por
um aquecimento constante e mesmo com as demissões em algumas startups, a
expectativa é que a área continue crescendo. Segundo uma pesquisa do Infojobs,
as empresas de tecnologia estão em um processo de grande ampliação dos seus
times; os dados do estudo mostram que, só em 2022, houve um crescimento de mais
de 86% no número de oportunidades na área em comparação com o ano anterior.
Diante desse cenário, muitas pessoas estão buscando migrar de carreira ou
desenvolver rapidamente as habilidades demandadas no ramo, o que tem causado um
aumento de cursos sobre temas do segmento.
Os bootcamps são alguns dos principais deles, pois
suprem as necessidades do mercado ao formarem alunos em um intervalo de tempo
reduzido e não requisitarem experiência prévia em TI para os interessados. “São
produtos que combinam teoria e prática em formatos diversos, sejam presenciais
ou remotos. Dessa forma, as aulas aceleram a capacidade de aprendizagem dos
estudantes, com uma carga horária similar a uma pós-graduação”, diz
Alexandre Tibechrani, General Manager Americas da escola global de tecnologia Ironhack.
Apesar de estarem se tornando cada vez mais
populares, muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre os bootcamps. Confira as
três mais comuns:
- Será
que o curso é para mim?
O processo de admissão é composto por uma entrevista
e um teste sobre lógica, o que transmite aos candidatos uma primeira imersão em
tecnologia. Nesta etapa são avaliados conhecimentos básicos e principalmente a
motivação e engajamento do aluno.. Após o início do curso, as escolas e
profissionais responsáveis pelo ensino estão preparados para fazer mudanças
eficientes no meio da jornada dos estudantes para aqueles que avançam mais
rápido e aqueles que precisam de uma atenção particular”, afirma
Tibechrani.
O executivo também reforça que os bootcamps são
excelentes para afastar a chamada Síndrome do Impostor, em que uma pessoa não
se sente à altura de determinadas funções. “Com o aquecimento do mercado de TI,
é fundamental que haja um senso de comunidade no setor, focado no
desenvolvimento, não na competição. Os cursos em questão conseguem promover
essa característica ao reinventarem a educação, indo além do sistema
tradicional passivo. O aprendizado é pensado por meio de projetos, não há notas
ou exames e há feedbacks constantes de professores qualificados e colegas”,
completa.
- O
curso me ajudará a entrar no mercado de trabalho?
Concluir um bootcamp permite que a pessoa comece
no mercado de trabalho muito mais rápido, especialmente por trazer opções
de ensino remotas, mas que não dispensam o aprendizado prático. “A experiência
é crucial quando se trata de áreas como segurança cibernética, design, análise
de dados e desenvolvimento web. O mundo digital está constantemente mudando e
evoluindo e se manter atualizado com as novas tendências é essencial, o que só
ocorre com a imersão dos alunos em funções reais”, explica o General Manager
Americas da Ironhack.
Junto da construção de portfólios, as edtechs que
oferecem esses cursos normalmente possuem parcerias com empresas e acompanham
os estudantes nos seus processos seletivos, conectando-os diretamente com os
recrutadores. “A ideia é que o profissional receba orientações e informações
sobre o setor de uma forma intensiva e compacta, para que, junto das
habilidades técnicas que adquiriu nas aulas, consiga destacar o seu currículo
da multidão e chegar ao segmento de TI desejado”, complementa o especialista.
- Por
que o curso vale tanto quanto uma graduação ou pós-graduação?
Diferentemente de cursos de graduação e
pós-graduação, os bootcamps de tecnologia costumam ter uma abordagem mais
direta, evitando temas que os estudantes não usarão em suas funções. “Em áreas
como programação, design, análise de dados ou segurança cibernética, ganhar
experiência e habilidades práticas tende a ser mais valioso do que um estudo
mais aprofundado. Por essa razão, qualquer apresentação para um bootcamp será
um exemplo funcional de um trecho de código ou um relatório de análise de
dados, ao invés de redações e teorias maçantes”, pontua Tibechrani.
Há também uma grande diferença de investimentos
econômicos e temporais sobre esses dois tipos de aprendizado. “Entre taxas da
faculdade, exames, livros e acomodação, cursos universitários podem gerar um
gasto financeiro enorme ao longo de, em média, três a cinco anos. Por outro
lado, um bootcamp pode ser concluído em algumas semanas ou seis meses por
preços mais acessíveis se comparado a cursos universitários, uma vez que trazem
alternativas de jornadas diversas, como o estudo em tempo integral ou meio
período”, finaliza o executivo.
Ironhack
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