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sábado, 7 de janeiro de 2023

Mapa Astral: o que é e como deve ser encarado?


No Dia Mundial do Astrólogo, especialista explica porque a posição dos astros é uma ferramenta importante de autoconhecimento
 

 

Você já deve ter esbarrado por aí com os termos astrologia, astrólogo, horóscopo e Mapa Astral. Mas, afinal, o que são todas essas coisas e como podemos utilizá-las no dia a dia? O Astrolink, maior plataforma de astrologia da América Latina, aproveitou o Dia do Astrólogo, comemorado no último dia 6 de janeiro, para esclarecer essas dúvidas, resgatando também parte dessa história e a importância desta ciência.

Antes de falar sobre como o Mapa Astral pode ser uma excelente ferramenta para conquistar objetivos e fortalecer o autoconhecimento, é importante entender que a astrologia é uma ciência milenar, que estuda o posicionamento dinâmico de determinados astros e pontos no espaço em relação à Terra e a sua possível interação com os eventos terrestres, nossa personalidade e vivência cotidiana. Já os astrólogos são os estudiosos responsáveis por essas análises, fomentando este conhecimento que, embora possua alta subjetividade, é estruturado em métodos, teorias e possui linguagem própria.

 

Afinal, o que é e para que serve o Mapa Astral?

De acordo com o Astrolink, podemos pensar no Mapa Astral como uma fotografia do céu no instante em que nascemos, naquele primeiro momento de caos quando saímos de uma dependência simbiótica com o útero materno para nos manifestarmos no mundo de forma singular. A partir daí, as diversas configurações astrológicas daquele momento, o que chamamos de Mapa Astral, nos ajudam a compreender diversos aspectos da nossa personalidade, como expressamos emoções e como enxergamos as mais diferentes situações no decorrer da vida.

Compreender como esses os astros, ângulos, signos, casas e aspectos astrológicos nos influenciam pode trazer força e empoderamento para que melhores decisões sejam tomadas, reconhecendo nossas vantagens, déficits e convivendo pacificamente com quem somos, diminuindo expectativas irreais.


E o horóscopo?

O Astrolink explica que o horóscopo é, de maneira resumida, a interação entre os astros em trânsito do momento, formando aspectos e se comunicando com o posicionamento dos astros do seu Mapa Astral. Cada aspecto formado interage de uma forma específica e pode influenciar acontecimentos fáceis ou difíceis de lidar, mas não menos importantes. Cada aspecto tem uma duração específica e, por isso, conseguimos mostrar o período que é mais propício àqueles acontecimentos. Por exemplo, uma consulta ao horóscopo pode te ajudar a entender qual é a melhor ou pior época para se iniciar um grande negócio, investir em um novo empreendimento ou esperar e repensar sobre seus planos. Afinal, aspectos complicados podem proporcionar desafios, mas os astros oferecem pistas do melhor caminho a seguir.


O Dia do Astrólogo

O dia 6 de janeiro é conhecido pelos cristãos como o Dia de Reis, uma homenagem aos três Reis Magos, aqueles que presentearam Jesus Cristo em seu nascimento com mirra, incenso e ouro. O que muita gente não sabe é que a mesma data marca o Dia Mundial do Astrólogo, mas que as comemorações não são mera coincidência. Pelo contrário, essa concomitância acontece porque, na antiguidade, os astrólogos eram vistos como sábios e, inclusive, Belchior, Baltazar e Gaspar - os três Reis - eram reconhecidos como astrólogos e foram eles que identificaram e anunciaram o nascimento de Jesus. A astrologia, portanto, era parte importante de culturas ancestrais que se valiam da posição dos astros como coordenadas para a observação de eventos cíclicos que aconteciam na terra, usando este conhecimento para gerir plantações, colheitas, navegações, guerras entre outros.

 

Astrolink


Amor e Perda. Perda e Amor

 

Tem um filme que eu adoro, e já vou adiantando uns spoilers: psiquiatras tem a tendência de gostar mais de filmes “cabeça” do que a população em geral. Portanto, muita gente pode achar esse filme chato, lento e sem sentido. O pior é que a cena que vou descrever é a confluência de toda a trama, todo o conflito envolvido na trama. Considerem-se, leitor e leitora, avisados.

O filme se chama : “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças”. É de 2004, com Jim Carrey e Kate Winslet. Jim Carrey é um comediante caótico e careteiro. Como todo comediante, faz o papel de um homem triste melhor do que ninguém. Seus papéis dramáticos são repletos de uma profunda tristeza. A narrativa não é linear, e o tristonho Joel, personagem de Carrey, encontra e desencontra de Clementine, personagem de Kate Winslet.

Essas histórias são marcadas por mudanças da cor do cabelo de Clementine, que vão do azul royal ao laranja dependendo do período da sua vida que está sendo retratada. Cenas lindas de encontro amoroso e perda, até nos darmos conta do que está acontecendo: Clementine e Joel foram procurar uma empresa que apaga as memórias que são dolorosas e o cliente procura apagar. Clementine quer apagar Joel e Joel também quer apagar a geniosa namorada de suas lembranças. O conflito se dá durante o processo de apagamento, quando Joel se arrepende e tenta fugir do processo de apagamento. O problema é que ele está sedado, e não pode acordar e pedir para pararem de apagar as memórias de Clementine (do ponto de vista da Neurociência, é impossível deletar as memórias de uma pessoa só como os cientistas do filme fazem. Só na ficção).

Joel tenta levar Clementine para lugares da memória que não possam apagar: para sua infância, para lugares em que nunca estiveram, mas o neurocientista implacável vai até o fim e destrói as lembranças do casal. Não há mais chance deles se lembrarem de olhar para o céu deitados num lago congelado. Mas adivinhe, leitora e leitor, o que continua acontecendo? Joel e Clemy continuam se reencontrando, se reapaixonam, e começam a brigar e se desentender. O que acontece de diferente é que dessa vez recebem umas fitas com as gravações de suas entrevistas, onde um queria apagar o outro das memórias.

Nesse momento entendem tudo: eles já tinham passado por aquilo muitas vezes: se encontraram, se apaixonaram, brigaram e tentaram apagar tudo o que foi vivido. Clementine fica desconcertada e vai saindo da casa de Joel, em tom de despedida. Ele pede para ela ficar, e diz que não há nada nela que ele não adore. Ela responde (atenção: toda essa explicação descrita acima conflui para essa cena): “Você vai acabar se enchendo de mim, eu sou chata, eu me encho das pessoas, vou acabar só vendo defeitos em você, vai dar errado...” e ele responde: “Ok. Ela responde, desconcertada: “Ok?”. Ele confirma o Ok. Quase dizendo: vou te amar, vou te desamar, vou te perder. Ok.

Todo amor implica uma perda. Tem uma anedota zen que o monge anda com sua xícara preferida dizendo: para mim, a xícara já está quebrada. Gostar da xícara implica no risco de perdê-la.

 É incrível a quantidade de oportunidades que se perdem na vida pelo medo da perda. Depois de perder um pet, um cachorro ou um gato, ou qualquer outro bicho, tanta gente nunca mais abriga um animal de estimação para não passar por aquilo de novo. Pergunto para quem leu esse texto até aqui (pois corro o risco de ter perdido alguns leitores durante a leitura desses parágrafos): Quem nunca? Quem nunca evitou uma relação, uma oportunidade, um projeto, por medo da perda?

O contrário da coragem não é a covardia. O contrário da coragem é a esquiva. Quando me esquivo da dor, sou condenado ao esquecimento: esqueço de mim, das oportunidades e das vezes em que arrisquei e perdi. Somos de uma sociedade que premia os ganhadores e despreza os perdedores. Quando eu escalo o melhor São Paulo Futebol Clube de todos os tempos, não lembro dos jogadores que perderam. Lembro dos times campeões. O Hall da Fama é para os ganhadores. Os perdedores não recebem o perdão.

O que eu lamento dizer é que a ausência de erro é incompatível com a vida. Construímos nossa trajetória na vida com muitos, muitos erros. E muitas e dolorosas perdas. Porque amar significa, muitas vezes, perder. É isso que Clementine fala, exasperada, para Joel: se você me amar, e eu vou, necessariamente, te decepcionar. E vou me decepcionar com você. E Joel responde: Ok. Toda a coragem que precisamos na vida está nesse Ok. Porque é o Ok para o amor e a perda. A perda e o amor.

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro “Stress o coelho de Alice tem sempre muita pressa”


A importância da consciência de cada passo dado para atingir os objetivos é o que motivará para a próxima jornada

Uma das tarefas que sempre nos impomos em todo começo de ano é definir o planejamento. Traçar objetivos e colocar metas não são uma tarefa fácil, principalmente depois de um período intenso de 12 meses em 2022 – tivemos o retorno à convivência social após mais de dois anos de confinamento, a readequação das atividades fora de casa e, em alguns casos, a volta ao trabalho presencial - em meio às instabilidades na economia, eleições, Copa do Mundo e uma série de acontecimentos no nível coletivo. 

O momento de pensar no futuro costuma vir acompanhado de uma série de cobranças sobre como o ano poderia ter sido, o que estava planejado e deixamos de fazer ou que deveria ter sido feito de forma diferente.  Esse comportamento de enxergar apenas “o que não deu certo” é inerente ao ser humano, que tende a ver os pontos negativos em primeiro plano, deixando as conquistas em um patamar menor, como se fossem menos importantes. 

Quando se trata de começar um novo ano, iniciamos de modo objetivo e prático, ou mesmo de forma inconsciente, a fazer novos planos e metas. No entanto, nem sempre olhamos pelo retrovisor e medimos os resultados obtidos antes de planejar a próxima etapa. Então, como olhar para o futuro sem revisar as conquistas do passado? 

Não há respostas prontas para esses questionamentos, mas o que fará toda a diferença no decorrer dessa jornada é o caminho que será percorrido para chegar ao objetivo final. Gosto de citar o pesquisador e psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi, que estuda há décadas o Flow. “Podemos sentir prazer sem qualquer investimento de energia psíquica, mas o deleite só ocorre em consequência de investimentos extraordinários de atenção”, disse Csikszentmihalyi.  

Mas o que seriam os investimentos de atenção? Procure se lembrar de algo muito importante, que foi planejado com antecedência para acontecer da forma que foi idealizado. Um exemplo pode ser a preparação para uma promoção, o que implica ampliar e aprofundar conhecimentos, investir tempo e dinheiro em cursos de capacitação e participar de um processo seletivo que pode ser longo, com várias etapas, sem garantia de que a vaga realmente será sua. São muitos preparativos até que o objetivo seja concretizado, então a expectativa é alta para que tudo saia como o planejado. E ficam as perguntas: que lições eu obtive ao longo desse caminho? Como eu me senti durante a minha jornada? Foi prazerosa? 

Tão importante quanto o momento em si é o prazer durante toda a jornada. Isso é o investimento de atenção – estar consciente sobre a importância de cada passo dado, aproveitar todos os momentos e aprender com os erros durante a trajetória.  E então volto ao ponto principal dessa reflexão: como projetar meus sonhos de forma consciente? O primeiro passo é rever o ano que passou. E para isso, seguem algumas dicas para guia-lo nessa etapa, para olhar o futuro com esperança e colocar metas que o levem até lá.

 

1 – Olhe para trás e seja grato - Estude os acontecimentos relevantes de janeiro a dezembro de 2022. Encontre um lugar calmo, respire e pense nas experiências e nos eventos que te moldaram, nas pessoas que impactaram sua vida e nos momentos que definiram o seu ano.

 

2 – Reoriente-se de forma intencional - Considere as suas realizações durante 2022. Explore os sucessos em cada aspecto de sua trajetória: financeiro, físico, emocional, profissional, relacionamentos e espiritual, sendo que esse último aspecto engloba eventos, atividades, estudos, atitudes ou experiências que te ajudaram crescer ao longo da sua jornada.

 

3 – Olhe para o futuro com esperança - É hora de definir o rumo para 2023 e identificar os objetivos em cada uma das seis áreas da vida. Depois de estabelecer suas intenções, encontre as ações específicas que você realizará nos próximos 31 dias. Para cada área, identifique uma ou duas metas importantes, que te motivarão de forma positiva em 2023 e coloque-as por escrito em um lugar visível, para revê-las constantemente e acompanhar o desenvolvimento de cada uma ao longo do ano. 

Esse exercício ajudará na visualização dos projetos concluídos e do que realmente faz sentido levar adiante. Sim, os objetivos e metas são mutáveis e o que antes foi definido como algo importante pode ter assumido outro lugar entre as suas prioridades.  Portanto, é fundamental pensar no futuro de forma consciente e traçar metas que correspondam, de fato, ao que você quer realizar, o que chamamos de metas apreciativas. 

Outro ponto é estabelecer metas realistas, de acordo com o que é possível dentro da sua trajetória. Suponhamos que durante o ano todo você identificou que faz mais sentido trabalhar em casa para se dedicar mais à família e aos seus interesses pessoais. Porém, você não tem a pretensão de mudar de trabalho, que hoje é em modelo presencial. Será que você conseguirá adequar os seus planos à sua realidade? Talvez uma etapa importante seja repensar o seu atual modelo de trabalho ou uma forma de viabilizar o que você deseja para que os desafios estejam dentro de suas capacidades e habilidades. 

Se pudéssemos descrever uma fórmula, sugiro usarmos a que foi proposta por Csikszentmihalyi: Habilidades Altas + Desafios Altos = Felicidade. Isso significa que quanto mais utilizarmos as nossas habilidades e maiores forem os desafios impostos a elas, mais felizes e confiantes ficaremos para alcançar os objetivos. Quando há o movimento contrário, ficamos em estado e apatia, dando lugar à preocupação e à ansiedade e dificultando o Flow – estado de alegria, com foco nas prioridades. 

Para saber se estamos em Flow, precisamos levar em consideração que, de algum modo, as metas devem ter algumas características: 

 

1º) Ser bastante claras - nenhum de nós sai pelo caminho sem ter muita certeza do que quer e tampouco do que vai encontrar. Para se envolver por inteiro em qualquer tarefa é necessário ter o conhecimento preciso dela. E que sejam minhas, com o meu ser envolvido, e não de terceiros.

 

2º) Fornecer feedback imediato - ao longo da jornada, os sinais por onde estamos passando vão nos confirmando o objetivo alcançado. É muito difícil permanecer com energia e motivado para a tarefa sem receber o retorno periódico e rotineiro de seu resultado. O sentido maior do Flow deriva da certeza interna de que o que se faz é importante para mim e tem resultados, sejam eles quais forem.

 

3º) Equilibrar desafios e habilidades: sonhar e se desafiar fazem parte de nossa existência, mas sonhar e colocar metas que estejam, neste momento, distantes de nossas capacidades/habilidades é o prenúncio de mais um ano repleto de ansiedade e frustração, pois teremos poucas chances de êxito. Por outro lado, se as metas/sonhos forem pouco desafiadoras para a minha capacidade e habilidade, entro em outro estágio chamado de apatia. Muito pouco de nossa energia será disponibilizada para atingir o que planejamos. 

 

4º) Desenvolver altos níveis de concentração: esta é uma forma muito clara e precisa de verificar se os itens acima foram levados em consideração ao definirmos as metas. Se estamos em uma meta que é bastante clara, fornece feedback preciso e constante ao longo do percurso e há equilíbrio entre o nível dos desafios x habilidades, o nível de concentração é absoluto. A entrega é total. As minhas desculpas de “ausência de motivação” ficam em um plano bem distante.  

 

5º) Experiência alterada do tempo: a nossa percepção do tempo depende, todos os dias, fundamentalmente, da entrega. E podemos dizer que ele é muito relativo. O que acontece conosco quando estamos fazendo algo que realmente amamos fazer? E quando não queremos fazer o que estamos fazendo? No primeiro caso o tempo voa, enquanto no segundo parece que nunca passa. Quando a meta que nos propusemos a fazer for desafiadora, nossa visão do tempo estará alterada. Não veremos o tempo passar enquanto estivermos fazendo.  

Pensando nestes itens, podemos olhar para o nosso passado recente e verificar o que nos propusemos a fazer. Fomos até o final? Se não atendeu aos itens acima, provavelmente não chegou ao final, pois encontrou desculpas internas para não fazer. Mesmo que nossa resposta tenha sido sim, nos sentimos felizes ao final?  

Somente a meta pela meta não trará o Flow. Para recebermos o feedback imediato, precisamos desenvolver o sentido de aproveitamento, de concentração no caminho e não somente na meta. Do contrário ficaremos 

viciados e, ao terminarmos, teremos que ter outra imediatamente para substituir a anterior.  Aprender a desfrutar de nossa caminhada enquanto cumprimos metas é o que nos motivará para as próximas jornadas.

 

Heide Castro - psicóloga e atua há mais de 16 anos como consultora em desenvolvimento organizacional em empresas de expressão internacional, como base em seus trabalhos de intervenção nas empresas a Investigação Apreciativa, onde já aplicou mais de 150 oficinas com a metodologia. É Especialista em Clima Organizacional, Liderança, Comunicação Apreciativa e Assertiva e Planejamento Estratégico, a partir da ferramenta SOAR, e Co-autora dos livros “Felicidade 360º”, “Ciência da Felicidade em destaque” e em Portugal, “Educação para a Felicidade e o Bem-estar”.

 

Saiba como aproveitar as férias do seu filho de maneira leve e divertida

Professores de diversas escolas dão dicas para pais que precisam equilibrar trabalho com o período de descanso dos pequenos

 

Se você navega nas redes sociais, com certeza foi impactado com algum meme referente às férias escolares. Não tem jeito, crianças de férias, pais mais atarefados. Afinal, nem todo mundo consegue conciliar o próprio período de descanso com o recesso escolar e quando isso acontece, a casa vira uma loucura e a família precisa se reinventar ainda mais. Equilíbrio é a chave do sucesso, assim como uma boa rede de apoio – para quem tem – e até mesmo buscar nas colônias de férias um artifício para entreter os pequenos e continuar a vida profissional. Conversamos com professores de diversas escolas para entender como acertar com as crianças sem deixar o trabalho de lado. Confira!


 

Colônia de Férias como rede de apoio para famílias e crianças

 

Algumas escolas, entendendo a necessidade de muitas famílias, abrem suas portas durante o recesso escolar para Colônias de Férias. Atividades, brincadeiras e muito entretenimento em um local seguro e já conhecido, têm feito os olhos de pais brilharem e o coração ficar mais calmo também. Um exemplo disso é o Colégio Anglo Leonardo da Vinci que, apesar de encerrar as atividades pedagógicas, continua recebendo alunos da Educação Infantil até o 5º ano do Ensino Fundamental.

 

“Além de alimentação saudável, elaborada por nutricionista, desenvolvemos atividades especificas como: Oficinas de Arte, Culinária, Gincanas, Sessão Cinema, Contação de Histórias, entre outras, para atender aos alunos que podem curtir as férias dentro da escola junto aos colegas. É um serviço diferenciado disponível das 7h às 19h, em que os alunos são assistidos por profissionais qualificados enquanto seus pais trabalham”, explica Adriana Gobbo, Diretora da Unidade Jabaquara da instituição.

 

Outra escola que enxergou nas férias escolares uma oportunidade de virar rede de apoio para as famílias é o Colégio Novo Tempo, localizado em Santos, litoral Paulista.

 

“Nossos alunos do Berçário ao Fundamental Anos Iniciais têm à disposição, durante o mês de janeiro, atividades como water play, jardinagem, culinária, piquenique e muito mais. É uma forma de parceria que desenvolvemos com a família de nossas crianças”, fala Patrícia Camargo diretora da instituição.

 

Em Ribeirão Preto, São Paulo, o Colégio Itamarati também promove uma série de atividades para as crianças em suas dependências, em uma Colônia de Férias recheada: Brincadeira de rua, Pizza ao Vivo, Aqua Ita, Ginca Ita, Dia da Dança, Country Day e muito mais.

 

Algumas escolas, apostam em parcerias para oferecer aos alunos e familiares esse apoio. Em Niterói, no estado do Rio de Janeiro, a Canadian School of Niteroi firmou coparticipação com a Colônia de Férias da academia Aquafish. Com uma programação voltada para o lúdico, recheado de atividades esportivas e de integração, a escola se uniu à famosa Colônia de Férias, oferecendo aos estudantes um desconto relevante durante o mês de janeiro.


 

Empatia, respeito, equilíbrio e muita diversão!

 

Cada família tem uma realidade e nem todos podem contar com Colônias de Férias e apoio de parentes e amigos durante o período. Com isso, entender o momento e respeitar as particularidades e expectativas pode ajudar a buscar outras formas de diversão em conjunto, transformando-se em uma excelente oportunidade de união e integração entre pais e filhos.

 

“Existem brincadeiras boas e legais para os pais tirarem um tempo para brincar com os filhos no período das férias. Brincadeiras como boliche com materiais reciclados, dia do pijama, dança das cadeiras, estátua, pular amarelinha, brincadeiras de pique são sempre muito bem-vindas pelas crianças. Também é legal tirar um tempo para assistir a filmes e ler livros com seus filhos. Filmes infantis que estão passando no cinema chamam bastante atenção dos pequenos e pode ser um programa legal em família”, cita Carolina Soares Chardelli, coordenadora da Educação Infantil do Colégio Centro de Estudos, de Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro.


 

É hora da brincadeira: Confira dicas de jogos e atividades!

 

Adriana Gobbo, do Colégio Anglo Leonardo da Vinci, compartilha duas brincadeiras para fazer com os pequenos.

 

1.      Batata Quente: Usaremos o celular, mas de um jeito inusitado. A brincadeira consiste em sentar em roda e programar a opção de foto do celular no timer. Iniciada a contagem regressiva para o clique, o celular servirá de batata quente e passará de mão em mão. Quando o tempo se esgotar, a foto não deixará mentir quais mãos foram as últimas. Depois da brincadeira, vale sentar junto e se divertir com as fotos que ficaram registradas.

 

2.      Jogo da Memória dos Objetos: Essa atividade é para exercitar a memória. Objetos da cozinha, do quarto ou os próprios brinquedos do seu filho podem ser usados. O primeiro passo é separar 10 objetos. Assim, a criança terá que observá-los por um tempo determinado. Os pais são os responsáveis por tirar um e deixar a criança perceber o que sumiu. Escolher um cômodo da casa também pode ser uma opção. Agora, a criança deve olhar durante um minuto para a disposição dos objetos no cômodo escolhido. Depois, terá que descobrir o que mudou de lugar. Os papéis também podem se inverter e a criança comandar a brincadeira e alterar o lugar dos objetos.

 

Quem também contribui com dicas para a família é Volmar Souza, professor de Língua Portuguesa e diretor geral da Rede Marília Mattoso, em Niterói.

 

1º Explorem os espaços da sua cidade:

 

Em meio à intensa rotina diária, muitas vezes, não percebemos o quanto as riquezas arquitetônicas, culturais e naturais da nossa cidade são interessantes. Por isso, uma boa dica é explorar parques públicos, trilhas ecológicas, orlas, prédios históricos entre outras maravilhas escondidas em locais geralmente muito próximos. Além de tudo, essa é uma dica economicamente bastante viável.

 

2º Viajar é sempre uma boa:

 

Quem não aprecia uma boa viagem, não é mesmo?! A oportunidade de conhecer novos lugares, interagir com pessoas e culturas diferentes é fascinante! Sabemos que viagens geralmente exigem um investimento financeiro maior por parte das famílias, mas é um mito que viagens boas são caras. O que importa é aproveitar o momento junto às pessoas que amamos, por isso, não perca a oportunidade de sair um pouco, mesmo que seja para pertinho, afinal, momentos especiais acontecem em todos os lugares!

 

3º Diversão em casa:

 

Outra ideia muito interessante é a de explorar a própria casa. Às vezes, por causa da rotina, não conseguimos desfrutar do espaço no qual vivemos. Em casas com quintal a dica é criar circuitos de atividades, brincadeiras com água e até mesmo com tinta lavável antialérgica. Se mora em apartamento, os jogos de tabuleiro são opções que as crianças adoram!

 

Para finalizar, Volmar ressalta que as férias escolares podem ser uma grande oportunidade para fortalecer laços familiares: 

“Em tempo de férias escolares o mais importante é preservar a união familiar para a realização das atividades. Evitem afastamentos nesse momento e lembrem-se de que essas são oportunidades cíclicas anuais, por isso não podem ser desperdiçadas!”.


Psicóloga dá dicas para se livrar do medo constante de ficar doente

Hipocondria ou transtorno de ansiedade da doença acomete pessoas com medo excessivo de desenvolver um quadro grave de enfermidades

 

Podendo começar no início da vida adulta ou em pessoas com idade avançada, o medo constante de desenvolver uma doença grave é uma realidade nos indivíduos que experimentaram uma experiência negativa na área da saúde durante a vida. Geralmente, a hipocondria ou transtorno de ansiedade da doença, se desenvolve por meio de uma obsessão de que existem irregularidades no corpo e que ela pode ser grave. 

De acordo com a coordenadora do curso de Psicologia do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine Monteiro, os históricos de enfermidades na família, uma experiência negativa em hospital ou um quadro um pouco mais delicado de um problema de saúde podem desencadear um transtorno. “Isso acontece sobretudo em pessoas que já apresentam um quadro de ansiedade, crise de pânico ou ainda o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC)”, comenta. 

Para compreender o real quadro de saúde e melhorar os pensamentos obsessivos, a psicóloga indica o tratamento psicoterápico, além das conversas com os especialistas da área para entender melhor o quadro clínico. “É importante lembrar que temos muita tecnologia para cuidar da nossa saúde física e que esses pensamentos podem ser exagerados. O ansioso tem tendência de desenvolver fobias, distúrbios, temores irracionais que não condizem com a realidade”, explica. 

Segundo Márcia, o que pode ser feito para amenizar esse quadro é buscar ajuda de um profissional para acompanhamento psicológico, além de cuidar bem da saúde como uma forma de prevenção. “Ou seja, se alimentar bem, praticar exercício físico, fazer psicoterapia, ter momentos de lazer, fazer exames preventivos, gerenciar os níveis de estresse, tentar ter um equilíbrio entre o que é realidade e onde está uma preocupação excessiva. Caso isso esteja tirando a paz de uma pessoa, é hora de buscar ajuda profissional. Saúde mental faz parte da qualidade de vida”, finaliza.


Saiba o que é a síndrome do impostor e como tratar

Psicóloga explica como identificar os sinais da autossabotagem e como desconstruir essa autoimagem

 

A construção de uma autoimagem, dentro da própria cabeça, de uma percepção de incompetência, insuficiência e incapacidade na vida profissional e pessoal pode ser identificada como a síndrome do impostor. Apesar do termo, o principal sinal é o receio de ser “desmascarado”. Isso acontece devido ao medo e insegurança sobre a sua própria capacidade. Quem sofre com a autossabotagem tem angústia constante e quadro de ansiedade. 

Segundo a coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU -- Centro Universitário Maurício de Nassau Paulista, Márcia Karine Monteiro, uma das formas de identificar se uma pessoa tem a síndrome do impostor é ter a percepção da existência do medo da avaliação do outro. “Geralmente, vem acompanhada de um perfeccionismo exacerbado que é inalcançável, o que faz com que o indivíduo adie compromissos e tarefas para evitar erros. Quando isso acontece, o sentimento de falha costuma ser validado”, comenta. 

Para identificar se uma pessoa sofre ou não com essa síndrome, é importante fazer uma autoanálise e também procurar um profissional da psicologia. “A psicoterapia faz parte do tratamento. É durante o processo terapêutico que a pessoa pode compreender a origem da insegurança e começar a desenvolver mais autoconfiança, por exemplo”, explica Márcia Karine. 

A síndrome do impostor também é chamada de autossabotagem porque quem é acometido por ela pode ter vários resultados positivos, mas nunca acha que está bom o suficiente. Muito parecido com o perfeccionismo, o indivíduo tende a descredibilizar as suas conquistas. O nível de cobrança na infância e a timidez podem ser fatores ligados ao desencadeamento desse distúrbio.


Verão: fisioterapeuta alerta sobre câimbra durante altas temperaturas

Especialista Walkyria Fernandes explica por que a desidratação pode causar contrações musculares. Já a nutricionista Mari Fazzi oferece dicas de alimentos ricos em nutrientes e sais minerais para repor no organismo

 

Quem nunca sentiu câimbra que atire a primeira pedra. Quase todo mundo já sofreu com esse incômodo, pelo menos uma vez na vida, ao se espreguiçar, exercitar ou durante o endurecimento do músculo. Mas, poucas pessoas sabem que no verão, podemos estar mais propensos a sentir essa dor. A fisioterapeuta Walkyria Fernandes explica que é comum pessoas terem esse tipo de contração muscular, principalmente em dias mais quentes, por conta da desidratação: “A água é algo extremamente importante, precisamos ter uma quantidade ideal de água no corpo. A partir do momento que fazemos exercício no calor, desidratamos muito e não conseguimos repor essa perda, e é por isso que acontece a câimbra”, aponta a especialista. 

Câimbras musculares são comuns durante o exercício no calor, porque o suor contém minerais e eletrólitos, ou seja, ao suar perdemos sódio, potássio, magnésio, zinco, ácido láctico, ureia, amônia, entre outras substâncias. Quando esses nutrientes, principalmente o sódio, caem devido à transpiração excessiva, aumenta a incidência de câimbras causadas pelo calor. Para a nutricionista Marianne Fazzi, é importante em dias muito quentes, principalmente se for fazer alguma atividade física, consumir alimentos com grande taxa de umidade, como a melancia e o morango. Vale buscar também uma alimentação balanceada, à base de frutas e verduras, pois esses alimentos são ricos em vitaminas e sais minerais. 

“É importante ingerir vitaminas B1 e B6, que estão presentes em castanhas, carnes vermelhas, cereais integrais e no feijão; o magnésio, que está no abacate, na semente de abóbora, no chocolate amargo e em oleaginosas como: castanhas, amêndoas e nozes. E não podemos esquecer do potássio, famoso por estar presente na banana, também é encontrado na família das castanhas, nas batata-doce, nas folhas verde-escuras e na beterraba. Além das citadas acima, o Ferro, a Vitamina B5 e o Cálcio também são micronutrientes que, quando insuficientes, podem desencadear as câimbras”, orienta a nutricionista.

Divulgação

As câimbras podem acontecer também em outras situações, seja por causa da má circulação, principalmente em pessoas de mais idade e em pacientes diabéticos, devido a anemia, insuficiência renal, doenças da tireoide, degenerações neurológicas, pacientes com desequilíbrios hormonais e em mulheres grávidas. Atletas de alta performance também devem tomar cuidado, pois não costumam ter tempo de repouso como deveriam e a musculatura pode entrar em fadiga e o músculo fadigado facilmente pode gerar uma câimbra. Por isso, é comum ver jogadores de futebol estirados no gramado com muita dor, porque aquele músculo começa a repuxar e o atleta começa a ter câimbra com frequência. “Apesar da dificuldade do momento, podemos tentar aliviar a dor alongando o músculo contraído de uma forma bem progressiva e tranquila, sem forçar muito, mas devolvendo o posicionamento natural, até que a tensão do local vá embora e o músculo volte a sua posição”, explica a fisioterapeuta 

Para prevenir e atenuar a dor das cãibras, é necessário beber bastante água e fazer exercícios regularmente, pois o sedentarismo facilita o aparecimento de cãibras. “Um plano alimentar saudável fornece as proteínas e nutrientes adequados para os músculos. Outro ponto importante para evitar as câimbras é o aquecimento. É interessante sempre fazer aquecimento antes de qualquer exercício mais prolongado”, orienta Walkyria.  



Walkyria Fernandes - graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Paraná) há 18 anos. Tem especialização em ortopedia e traumatologia desportiva, pela Faculdade Evangélica do Paraná. Além disso, conta com uma especialização em osteopatia pela Escuela de Osteopatía de Madrid (EOM) e D.O. reconhecido pela Scientific European Federation of Osteopaths (SEFO). É mestre em Tecnologia em Saúde, pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), e fez doutorado sanduíche -- parte na UniNove, em São Paulo e parte na Universidade de Sevilla, na Espanha.


Marianne Fazzi - nutricionista formada pela Universidade Paulista (UNIP) e há 10 anos atua em consultório de emagrecimento. À frente da Clínica Trivita, desenvolveu o próprio método de emagrecimento, a Nutrição Smart, onde desenha uma estratégia personalizada para cada paciente emagrecer, de acordo com seu perfil comportamental e os sabotadores da dieta de cada um. O método identifica o porquê a pessoa não consegue seguir o plano alimentar e oferece várias soluções práticas, facilitando o resultado do paciente.


Morte de paciente reafirma necessidade da adequação dos hospitais para atendimento a obesos no país

Foto: Anna Jurkovska / Divulgação
A morte do jovem Vitor Augusto Marcos, de 25 anos, dentro de uma ambulância em frente ao Hospital Geral de Taipas, na zona norte de São Paulo, nesta semana, reafirmou a necessidade de estrutura adequada para atendimento de pacientes com obesidade mórbida no Brasil. 

O jovem, que pesava 195 quilos, teve uma parada cardiorrespiratória e ficou sem atendimento devido a falta de maca e equipamentos para suporte a pacientes obesos. Vitor veio a óbito após cerca de 8 horas de espera.

Desde 2018, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) desenvolve um Programa de Certificação e Acreditação de profissionais e hospitais com o objetivo de elevar os padrões de qualidade dos serviços no atendimento de pacientes com obesidade. 

Para o presidente da SBCBM, Antônio Carlos Valezi, o tratamento adequado de pacientes com obesidade ainda é um desafio e tragédias como a de Vitor se repetem com cada vez mais frequência. 

“As doenças relacionadas à obesidade são responsáveis por mais de 4,7 milhões de mortes em todo o mundo a cada ano, metade das quais ocorrem entre pessoas com menos de 70 anos de idade”, diz Valezi. 

A diretoria da SBCBM propôs, em outubro de 2022 ao Ministério da Saúde, suporte técnico e cientifico para auxiliar na avaliação e certificação de hospitais do pais, tendo em vista que possui mais de 2,5 mil cirurgiões especializados no tratamento da obesidade.

Atualmente nove hospitais estão acreditados pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e outros 80 encontram-se em processo de certificação. 

Segundo o vice-presidente Executivo da SBCBM, Luiz Vicente Berti, a Acreditação é um selo de aprovação das organizações de saúde, e que segue padrões estabelecidos por boas práticas para atendimento de pacientes com obesidade mórbida no mundo, inclusive para os que necessitam da cirurgia bariátrica. 

"A Acreditação inclui uma avaliação completa da infraestrutura, para garantir padrões de qualidade e segurança aos pacientes que buscam esses estabelecimentos. O grande objetivo da Acreditação é reconhecer os hospitais qualificados, padronizar condutas que influenciarão positivamente no desfecho clínico, trazendo segurança e efetividade para os pacientes", explica Berti.

São estes os hospitais que possuem a Acreditação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica:

  • Blanc Hospital - Porto Alegre (RS)
  • Hospital Alberto Urquiza Wanderley - João Pessoa (PB)
  • Hospital Imaculada Conceição - Patos de Minas (MG)
  • Hospital Nossa Senhora de Fátima - Patos de Minas (MG)
  • Hospital PUC Campinas - Campinas (SP)
  • Hospital Santa Joana - Recife (PE)
  • Hospital Santa Lucia - Poços de Caldas (MG)
  • Hospital Santo Amaro - Salvador (BA)
  • Hospital São Luiz Unidade Itaim - São Paulo (SP)

Outros 80 hospitais ainda estão em processo de credenciamento e auditoria.

 

“Tratamento adequado da obesidade ainda é um desafio” 

Entre 2017 e 2021, o Brasil realizou 311.850 mil cirurgias bariátricas, sendo 252.929 cirurgias, segundo dados da Agência Nacional de Saúde (ANS), através dos planos de saúde; 14.850 feitas de forma particular; e 44.093 procedimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número, no entanto, não representa 1% dos pacientes portadores de obesidade que possuem indicação cirúrgica para o tratamento da doença. 

“A obesidade, além da sobrecarga do peso, traz outros problemas de saúde como a hipertensão, o diabetes, problemas cardiovasculares e pode até aumentar o risco de alguns tipos de câncer se não houver um controle adequado. Entre estes tratamentos está a cirurgia bariátrica, considerado o método mais eficaz até o momento para controle da obesidade em seus níveis mais graves”, explica o presidente da SBCBM, Antônio Carlos Valezi.

 

Entidade também busca melhorar o atendimento de pacientes no SUS 

A SBCBM apresentou uma proposta para atualização das portarias do Ministério da Saúde que estabelecem as diretrizes da cirurgia bariátrica e metabólica no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre as revisões sugeridas pela entidade estão atualizações nos critérios e contraindicações do tratamento cirúrgico, rotinas de pré e pós-operatório, regulação dos hospitais credenciados, recursos para habilitação de estrutura física e equipamentos adequados, entre outras.

A proposta de revisão da portaria também prevê a realização de oficinas com gestores estaduais de unidades da federação onde não existam serviços habilitados e também nos que possuem para divulgação de informações. Atualmente, Amapá, Rondônia e Roraima não possuem nenhum hospital habilitado. A proposta ainda não foi avaliada pelo Ministério da Saúde.

 

Obesidade no Brasil

Os índices de obesidade no Brasil crescem a cada ano. O último levantamento da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, em 2021, aponta que a doença atinge, em média, cerca de 22,4% da população. Nas capitais como São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal, as médias são de 22,5%, 21,5% e 22,6%, respectivamente.

 

Fonte: VIGITEL 2021

 


 Fonte: VIGITEL 2021


Enjoo durante viagens: confira as dicas de como evitar o mal estar

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Otorrino explica porque as pessoas costumam se sentir dessa forma e o que deve ser feito ou evitado para amenizar o problema 

 

Janeiro é o mês de férias e muitas pessoas costumam viajar seja de carro, avião ou ônibus. Mas o que pode ser o pesadelo de muitos passageiros é o enjoo quando está na estrada. Também conhecido como cinetose, essa é uma sensação de mal estar desencadeada pelo movimento. Ela pode acontecer em qualquer meio de transporte, sendo mais comum do que se imagina. 

O médico otorrinolaringologista Jefferson Pitelli, do Hospital Anchieta de Brasília e São Francisco de Brasília, explica que  a visão é um sentido que atua junto com o labirinto, região da orelha ligada às funções de audição e de equilíbrio do corpo. Os dois enviam informações de deslocamento e percepção de espaço ao cérebro e com as viagens pode ocorrer uma confusão na mente causando a sensação de enjoo. 

“A principal forma de prevenir esse mal estar é evitar o uso de celulares, o uso de revistas e livros dentro do veículo. Caso apenas isso não seja suficiente, fixar os olhos em um ponto no horizonte também é uma alternativa. Outra forma de evitar é deixar com que a pessoa que sinta enjoo seja o motorista ou viaje no banco da frente (no caso de viagens de carro)”, explica o especialista.  

O otorrino conta que alguns alimentos podem piorar o enjoo, principalmente alimentos que levam ao aumento da sensibilidade do labirinto, como doces e chocolates, e alimentos ricos em cafeína. Jefferson explica que existem sim medicações que podem evitar e diminuir o mal estar, mas que todo medicamento deve ser receitado por um especialista.  

“Esses medicamentos têm como objetivo inibir informações levadas do labirinto ao cérebro e fazem o papel de sedativos do labirinto. Eles podem funcionar a fim de diminuir os sintomas, mas para fazer o uso desses medicamentos, procure um médico habilitado antes da viagem para que ele possa fazer a prescrição da melhor medicação para cada caso” conclui o especialista. 


Leucoplasia: diagnóstico precoce pode evitar câncer

Cigarro, refluxo e bebida alcoólica podem facilitar a condição, alerta otorrino do Hospital Paulista

 

A Leucoplasia é uma lesão que se assemelha a uma mancha branca, que pode ser pré-maligna ou ter células cancerígenas em sua base, e surge nas diversas mucosas da via aérea e, também, na corda vocal e laringe.

“Para uma célula se tornar cancerígena ela vai sofrendo algumas transformações e uma dessas manifestações é a superfície branca”, explica Dr. Domingos Hiroshi Tsuji, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.

O médico salienta que nem tudo o que é branco é uma lesão pré-maligna ou um foco inicial de câncer. Ele explica que, por exemplo, a lesão conhecida como “sapinho”, que costuma surgir na mucosa da boca e pode também aparecer na corda vocal ou laringe, é causada por um fungo chamado cândida e se manifesta na forma de uma ou mais lesões brancas. Um outro exemplo é a laringite aguda, causada por infecção viral pode causar lesão esbranquiçada na mucosa. Todas essas lesões podem ser confundidas com a Leucoplasia.

Segundo o médico, que também é diretor fundador do Voice Center, a maioria das Leucoplasias da laringe acontece na prega vocal e um dos sintomas que aparece precocemente é a alteração na voz - a disfonia - que pode ser percebida como uma rouquidão e raramente vem acompanhado de outros sintomas.

O médico orienta que uma vez identificada a lesão branca é necessário estabelecer o diagnóstico do tipo e da causa, pois se a leucoplasia for tratada precocemente é possível evitar que evolua para um câncer. Quando diagnosticado em estágio inicial, esse tipo de câncer pode ser tratado com uma simples remoção cirúrgica.

O tratamento para a Leucoplasia quando confirmada como uma lesão persistente, depois de um tratamento clínico conduzido corretamente, é a ressecção completa da lesão. Em geral, é preciso fazer a biópsia excisional, que tira toda a lesão para analisar através do microscópio.

Uma das manifestações indicativas de que a célula poderá se tornar cancerígena é a displasia. O paciente com essa condição no tecido deve ser tratado através de uma cirurgia e ser acompanhado por, pelo menos cinco anos.

De modo geral, quando a lesão é identificada como Leucoplasia, se entende que ela está em um estágio que precede o câncer, ou seja, em um estado inicial do processo de malignização. Já quando a lesão é confirmada como câncer através da biópsia, este pode estar em diferentes estágios da doença, que dependem do seu tamanho, profundidade e lugar. Quando a biópsia confirma o diagnóstico de câncer, uma segunda cirurgia pode ser necessária para o seu completo tratamento, ou ainda, se for uma lesão cuja remoção cirúrgica pode comprometer muito a voz do paciente ou as outras funções vitais da laringe como a deglutição e respiração, é possível optar pela radioterapia e/ou quimioterapia.

Dr. Domingos adverte que é difícil prevenir a leucoplasia, sobretudo quando a pessoa fuma, bebe e tem refluxo, pois são fatores que facilitam o surgimento da lesão.

Um fumante, por exemplo, tem a mucosa não só da laringe, mas de toda a via aérea irritada por causa do cigarro. Essa irritação costuma causar alguns sinais e sintomas como a rouquidão, sensação de corpo estranho, dores, pigarro e outros incômodos, principalmente na região da garganta, que devem ser motivos para uma investigação mais apurada através do exame videolaringoscopia realizado pelo otorrinolaringologista. Mesmo os não fumantes devem ser avaliados mediante qualquer um desses sintomas. Só assim, a doença pode ser descoberta no seu início.

“É fundamental evitar o cigarro e o álcool, pois são sabidamente relacionados à origem do câncer. O refluxo também deve ser controlado, pois costuma estar relacionado a diversos outros problemas otorrinolaringológicos, inclusive a leucoplasia na corda vocal”, orienta o otorrino.
 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


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