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terça-feira, 20 de dezembro de 2022

Sua saúde em 2023: Veja dicas de psiquiatra de como parar de fumar

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Lidar com a falta de motivação é um dos recursos para alcançar esse objetivo

 

Se você é fumante, você pode estar no ponto em que quer parar de fumar, mas precisa de um guia para mostrar a você como ir de uma vida de tabagismo, “aqui”, para uma vida sem tabagismo, “lá”. Aqui você encontra dicas para começar a sua jornada livre do tabagismo do Dr. Patrick Bigaouette, psiquiatra do Sistema de Saúde da Mayo Clinic, em Mankato, Minnesota, EUA.


Calcule os custos do tabagismo

O tabagismo afeta de forma negativa o seu corpo, as pessoas próximas a você e o seu bolso:

  • As pessoas próximas a você, como seus entes queridos, amigos e colegas de trabalho, podem ser afetados pelo tabagismo passivo.
  • Faça os cálculos. Um maço de cigarros custa aproximadamente R$ 5,00. Um maço por dia vezes 30 totaliza R$ 150,00/mês. O tabagismo também consome o seu tempo, quando você se afasta do trabalho, da família e das atividades para fumar.
  • Cigarros eletrônicos têm custos físicos e financeiros semelhantes, embora os riscos à saúde não sejam totalmente claros por serem relativamente novos. Além disso, esses produtos não são aprovados pela Anvisa; portanto, o seu conteúdo não é regulado.


Saiba quando você está pronto para parar

Por que é tão difícil de parar? A nicotina simula a ideia de recompensa no cérebro, liberando dopamina, que causa uma boa sensação. Ao longo do tempo, você começa a desejar a sensação causada pela nicotina e começa a sentir que ela é normal. Quando o seu organismo não tem nicotina, ele entra em abstinência.

Quando você chega ao ponto em que os efeitos nocivos superam as vantagens do tabagismo e reconhece o controle que a nicotina tem sobre o seu cotidiano, você está pronto. No entanto, a decisão tem que ser sua. É um compromisso que você está fazendo consigo mesmo. Você pode ter tentado parar antes e fracassado, mas você pode ter feito por outras pessoas e não por você.


Vá de uma vida de tabagismo, “aqui”, para uma vida sem tabagismo, “lá”

Parar de fumar é um processo. Desenvolver um plano pode ajudar você a se preparar e a manter a sua decisão de parar.

Eis alguns elementos de um plano de sucesso:

  • Comprometa-se a parar de fumar.
    Conte à sua família, amigos, entes queridos e àquelas pessoas que farão parte do seu sistema de apoio.
  • Escolha uma data.
    Seja realista e dê tempo ao tempo para colocar o seu plano em prática.
  • Forme um sistema de apoio.
    Você pode tentar encontrar algum fumante para parar de fumar com você, ingressar em uma rede social ou grupo de apoio on-line, ou buscar terapia para ajudar a lidar com tudo o que faz você ter vontade de fumar, com a abstinência e os desafios emocionais.
  • Saiba o que faz você ter vontade de fumar.
    Talvez seja dirigir, praticar alguma atividade específica ou o estresse. Pense em como você administrará essas situações ou as evitará completamente.
  • Considere os seus desejos.
    Pense em todas as possibilidades para administrar os desejos e abordar os sintomas de abstinência. Tenha lanches saudáveis ao seu alcance, medite, faça uma caminhada ou envie uma mensagem para uma pessoa do seu sistema de apoio.
  • Pense em recursos úteis.
    Eles podem ser terapia de substituição de nicotina, como adesivos, chiclete, pastilhas, um inalador ou medicamentos que contenham bupropiona ou vareniclina.


Lide com falta de motivação

Quando as pessoas estão tentando parar de fumar, se têm uma recaída, elas tendem a pensar o pior: “Sou um fracasso. Estraguei tudo”. Esse pensamento pode levar à ansiedade, o que pode fazer com que você busque a sua antiga técnica de administração de estresse: fumar.

Se você fumar um cigarro ou cigarro eletrônico, nem tudo está perdido:

  • Seja gentil consigo mesmo.
    Isso é difícil. Menos que 1 em 10 adultos para de fumar a cada ano. No entanto, ao longo do tempo, 60% dessas pessoas que tentam parar, geralmente mais de uma vez, têm sucesso.
  • Recomece.
    Amanhã é outro dia.
  • Revise o seu plano.
    Você pode precisar ajustá-lo e considerar outros recursos como opções.
  • Converse as pessoas do seu sistema de apoio.

 

Mayo Clinic 

 

Como o metabolismo pode impactar no emagrecimento

Especialista dá dicas para eliminar peso e reforça a importância de realizar exames específicos 

 

Conhecida globalmente por um programa de perda de peso, a WW, em parceria com o Instituto Kantar, divulgou uma pesquisa mostrando que 91% dos brasileiros querem manter ou melhorar a sua saúde. Além disso, 45% percebem que necessitam controlar o peso e 57% dizem que emagrecer dá uma sensação de liberdade.

Entretanto, o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, alerta que as dietas e tratamentos não funcionam da mesma forma para todo mundo. “O metabolismo, que pode impactar na perda de peso, é um conjunto de reações do nosso corpo que permite captar e transformar a energia dos alimentos para as funções do organismo e manutenção da vida. Alguns fatores contribuem para a diminuição da taxa metabólica basal, como o envelhecimento, deficiências nutricionais, sedentarismo, privação do sono, baixa ingestão de água, pouca massa muscular e outros”, destaca.

Para medir o metabolismo de alguém, o especialista explica que é preciso realizar exames como a calorimetria. “No entanto, algumas fórmulas que avaliam a quantidade de massa muscular podem auxiliar nesse processo”, ressalva.   

Um metabolismo lento pode dificultar a perda de peso e alguns sinais de que o corpo está um pouco mais devagar incluem seguir engordando, ainda que com alimentação reduzida; acúmulo de gordura em novas áreas; sonolência e fadiga; desequilíbrios hormonais, como a redução nos níveis de estrogênio e testosterona; pele, unhas e cabelos secos e quebradiços; desequilíbrio entre níveis de gordura e músculo; sensação de inchaço, uma vez que a digestão passa a ser mais lenta; e celulites.

A forma como esses elementos se relacionam com o emagrecimento, de acordo com o endócrino, é determinado pelo balanço energético. Isso significa que o corpo é diretamente influenciado pelo total de calorias consumidas ao longo do dia e pelos gastos calóricos. “Nos casos em que a pessoa consome mais calorias que o necessário e não realiza atividades indicadas para queimá-las, a energia que sobra é armazenada pelo corpo. E quando consumimos menos calorias e praticamos mais atividades físicas, o gasto de energia é maior e emagrecemos”, acrescenta. 

Para os pacientes com dificuldades em emagrecer, a orientação é realizar uma avaliação médica para saber sobre deficiências hormonais como da tireoide, testosterona e hormônios sexuais, realizando uma reposição se for necessário. Além disso, indicações como praticar atividade física, aumentar a massa muscular e ingerir muita água são cruciais para os bons resultados.

É necessário também consumir mais fibras; ingerir mais proteínas magras e gorduras monossaturadas - pois o organismo gasta mais energia para consumi-las. “Dormir entre sete e oito horas por noite, consumir alimentos com cafeína e catequinas como chá verde, café, pimentas e canela também ajudam”, aconselha. 

Mesmo quem possui metabolismo lento não precisa se preocupar ou pensar em desistir. Com acompanhamento médico, a pessoa pode melhorar a qualidade da alimentação e atentar para que o gasto calórico seja maior do que o consumo. “No entanto, não existe qualquer alimento proibido. Há apenas aqueles que se deve comer em menor quantidade possível, como industrializados, frituras, doces e outros”, conclui o Dr Igor.

 

Dr. Igor Barcelos - Médico Endocrinologista e Metabologista, com título de especialista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Somando mais de 30 mil pacientes no Brasil, dentre as suas formações estão a residência em Clínica Médica e Pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP. Dr. Igor já atuou como professor universitário e hoje realiza palestras e treinamentos em sua área, sendo uma referência para colegas e pacientes em grandes eventos. Também possui formações em desenvolvimento pessoal e negócios, sendo membro de grandes grupos com intenso networking, que possibilita crescimento e atualizações constantes em seus negócios. Para mais informações, acesse @drigorbarcelos pelas redes sociais ou pelo site https://meuendocrino.com.br/

 

Verões são maravilhosos, cuide de sua pele para ter muitos pela frente

No próximo dia 21 começa, oficialmente, o verão. A chegada desta estação nos proporciona lindos dias de sol e calor. Mas, infelizmente, a exposição prolongada ao sol é um fator de preocupação. Entre as 10 e 16 horas, a incidência da radiação solar é mais agressiva, pois é neste período em que mais se concentra a emissão de radiação UVA (representando 95% dos raios solares que chegam até nós). Por isso, de bebês a adultos, nessa faixa horária é importante evitar a exposição direta ao sol para que haja menos riscos de surgimento de câncer de pele. A campanha Dezembro Laranja faz este alerta todos os anos, desde 2014, atuando pela conscientização e prevenção do câncer de pele, cada vez mais comum no Brasil.  

 Atualmente, o câncer de pele é considerado a segunda principal causa de morte no Brasil e no mundo, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares. No país, ele corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados anualmente. De acordo com a pesquisa do Instituto Nacional do Câncer, nos anos de 2023, 2024 e 2025 serão diagnosticados 704 mil casos por ano. Globalmente, a OMS afirma que haverá 27 milhões de novos casos até 2030, com 17 milhões de óbitos e 75 milhões de pessoas vivas anualmente com câncer. O maior efeito desse aumento vai incidir em países de baixa e média rendas. Porém, inúmeros estudos mostram que os cuidados de prevenção e o diagnóstico precoce ajudam a desacelerar esse crescimento e a ampliar os casos em que a cura é possível.    

O câncer de pele é resultado dos efeitos da exposição solar em médio e longo prazo e pode aparecer a partir do surgimento de lesões pigmentadas – conhecidas como pintas ou nervos melanocíticos, os quais podem evoluir ou não para um quadro maligno durante a vida. Ele aparece em adultos, crianças e adolescentes, pois nossa pele tem “memória” e acumula os danos solares ao longo da vida. Desta forma, os cuidados devem começar na infância e se estender por toda a vida.    

Entre os tipos de câncer de pele, o não-melanoma é o de maior incidência e mais baixa mortalidade. Considerado o mais comum em pessoas acima dos 40 anos, o câncer de pele é relativamente raro em crianças. Pacientes portadores de doenças cutâneas anteriores, como o vitiligo, tem menor proteção da pele contra o sol e maior risco de incidência do câncer de pele carcinoma espinocelular (tumor maligno).    

Embora mais comum em pessoas de pele branca, o câncer de pele pode surgir também em pessoas pretas e asiáticas. Outro fator a ser observado é que ele pode aparecer embaixo da unha, na planta do pé e por meio do HPV, tanto na região bucal quanto na genital.    

Se for à praia ou passar o dia em um local com piscina, lembre-se de aplicar protetor solar com FPS a partir de 30, reaplicando-o a cada quatro horas e, caso se molhe, reaplicando-o logo depois, na pele seca. Tentar evitar o horário de pico é importante, mas no verão o calor nos atrai para o sol e para a água, não é mesmo? Assim, abuse do protetor solar e corra para a sombra nos intervalos entre um mergulho e outro. Além disso, usar roupas de proteção UV ou mesmo roupas comuns, bonés e chapéus constituem uma ótima alternativa de cuidado.   

Evitar a exposição solar contínua é, sem dúvida, o melhor caminho. Hábitos saudáveis também são fundamentais: diminuir o consumo de bebidas alcoólicas e não fumar, fazer atividades físicas constantes e manter uma alimentação saudável são atitudes que contribuem muito para evitar a doença. Cuide de si mesmo e cuide de suas crianças. O câncer de pele é evitável, mas depende diretamente da sua atenção na prevenção.  

 

Rossana Vasconcelos - médica dermatologista e professora do curso de Medicina da Universidade Santo Amaro – Unisa. 


O método Buteyko, que consiste em tapar a boca com fita adesiva para dormir, pode ser prejudicial à saúde

Para Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia, o conceito oferece diversos riscos para adultos e, ainda mais, para crianças 

 

Desenvolvida em 1950 pelo médico soviético Konstantin Pavlovich Buteyko, a técnica que leva o seu nome tem como princípio a crença de que as condições respiratórias, especialmente a asma, poderiam estar ligadas à forma como as pessoas respiram. Para o russo, se os pacientes aprendessem a respirar pelo nariz, os problemas pulmonares desapareceriam.

Com isso, ele desenvolveu a simples técnica de tapar a boca com fita adesiva ao dormir. Anos depois, a “terapia” ainda permanece popular e conta com praticantes ao redor de todo o mundo, que acreditam se tratar de um procedimento que ofereça efeitos positivos.

Muitos médicos discordam que a técnica seja benéfica. De acordo com Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), respirar pelo nariz é preferível, mas não obrigatório. “Na maioria dos casos, as pessoas não abrem a boca a não ser que estejam enfrentando alguma dificuldade ao respirar pelo nariz. Não há qualquer evidência médica que apoie o Buteyko como um tratamento eficiente”, relata.

Os defensores acreditam na eficácia da técnica pois, ao respirar pelo nariz, o ar é aquecido, facilitando o seu caminho até os pulmões. Como consequência, a entrada de oxigênio e a perda de dióxido de carbono se normalizam, diminuindo a possibilidade de inflamação e garantindo uma boa noite de sono.

Para o especialista, existem diversos riscos ao aderir a esse tipo de metodologia. “Se uma pessoa estiver enfrentando alguma dificuldade para respirar pelo nariz, por exemplo, sofrerá com a falta de ar. Se estiver doente e vomitar, poderá engasgar-se com a boca tampada se não agir com agilidade. A popularização desse tipo de tratamento pode se tornar um grande problema para a saúde”, pontua.

Alguns pais insistem em utilizar esse tipo de técnica em crianças e, até mesmo, em bebês. Isso é algo que pode ser o catalisador para uma série de tragédias e fatalidades. “Fazer uso do Buteyko em crianças é algo que nem mesmo os defensores do método recomendam. No caso de uma emergência, os adultos possuem a capacidade de acordar e arrancar a fita, mas as crianças ainda não contam com esse instinto. Esse tipo de comportamento aumenta, desnecessariamente, a possibilidade de morte de crianças em seus berços. Algumas delas contam com problemas respiratórios nas vias nasais, como adenóides ou um simples nariz entupido. Nestes casos, eles têm que respirar pela boca ou podem ter diversas complicações e, até mesmo, morrer”, lamenta.

O Buteyko promete diminuir problemas com a respiração e o ronco durante a noite. Entretanto, Gleison acredita que o melhor caminho é procurar um especialista. “Um médico realizará uma análise profunda em busca do real problema, podendo, assim, indicar o tratamento mais adequado. E, definitivamente, tapar a boca com fita adesiva não será um dos tratamentos utilizados”, finaliza. 



Gleison Guimarães - médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé.
https://drgleisonguimaraes.com.br/ ou pelo Instagram @dr.gleisonguimaraes e no Twitter @drgleisonpneumo.


Reconstrução mamária imediata contribui para a melhora da autoestima da paciente com câncer de mama

Médico referência no Brasil em cirurgia plástica e oncológica, Dr. Wandemberg Barbosa dá orientações sobre a reconstrução mamária, procedimento que devolve a autoestima a quem passou pela cirurgia de retirada das mamas 

 

Na iminência da chegada de mais um Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama, o médico referência no Brasil em cirurgia plástica e oncológica, Dr. Wandemberg Barbosa, destaca a importância de se cuidar da saúde mental das mulheres que passam por uma mastectomia como forma de tratamento da doença.

Para Dr. Wandemberg, as depressões mentais que se seguem ao procedimento são iguais ou piores que o próprio câncer, influindo muito na recuperação e cura dessas pacientes. “Além disso, mulheres que saem com uma boa cabeça desta maratona, que inclui detecção, diagnóstico e tratamento, são, na maioria das vezes, excelentes divulgadoras para chamar atenção das outras mulheres para o problema”, diz.

O médico cirurgião lamenta, dessa forma, que na atualidade as campanhas de mama foquem única e exclusivamente no mastologista, como o único profissional a tratar o câncer de mama. Conforme Dr. Wandemberg, essas campanhas acabam por ignorar a importância do cirurgião plástico e da reconstrução mamária como ferramenta poderosa para auxiliar o tratamento da doença, ao devolver a autoestima que, porventura, as mulheres tenham perdido quando suas mamas foram extraídas.

Assim, Dr. Wandemberg acredita que seja útil orientar as pacientes a respeito desta opção terapêutica (reconstrução mamária), fornecendo mais informações sobre o procedimento. O médico cirurgião explica que a reconstrução das mamas pode ser dividida, basicamente, em dois tipos: imediata e tardia. No primeiro caso, no mesmo ato cirúrgico, retira-se a mama e é feita sua reconstrução. “O principal benefício deste tipo de procedimento é permitir que a paciente vá para os tratamentos complementares, se estes forem necessários, sem o trauma da mutilação”, explica.

No segundo caso, a mama da paciente é retirada e somente após a realização dos tratamentos necessários, é feita a cirurgia de reconstrução, em um processo que pode demorar até dois anos. Conforme o médico cirurgião, aqueles que defendem a reconstrução tardia argumentam que o longo intervalo é necessário para que se possa ter certeza de que o tumor não retornará ao local operado. “Sou contrário a esta justificativa, a não ser em casos medianamente avançados, pois a paciente fica por muito tempo mutilada, sofrendo psicologicamente, sem motivo, já que em uma cirurgia bem indicada e bem-feita não há porque ter este receito”, diz

Em relação às técnicas mais comumente empregadas para a cirurgia de reconstrução mamária, Dr. Wandemberg destaca: a reconstrução com prótese de silicone; com prótese de silicone expansora; com retalho miocutâneo; e com retalhos microcirúrgicos. Na reconstrução com prótese de silicone, é colocada, em caráter definitivo, uma prótese com gel coesivo e superfície texturizada. Segundo o médico cirurgião, trata-se de um procedimento bastante complicado, onde precisam ser analisados diversos fatores de agressividade para com o local operado, que podem produzir alterações circulatórias na pele da região que será colocada a prótese.

A reconstrução mamária com prótese de silicone expansora é uma cirurgia intermediária, pois é realizada antes da colocação da prótese definitiva. Conforme Dr. Wandemberg, o procedimento consiste na instauração de um dispositivo, como um bojo de marca passo cardíaco, embaixo da pele. Posteriormente, este bojo é perfurado, através da pele, e nele se injeta semanalmente soro fisiológico com uma seringa até que a prótese se dilate, esticando a pele o suficiente para inserir a prótese definitiva. “É um método muito bom para casos em que o local onde será aplicada a prótese corre risco de complicações, mas possui alguns inconvenientes como o fato de submeter a paciente a várias sessões de dilatação e dois tempos cirúrgicos”, destaca.

Já na cirurgia de reconstrução com retalho miocutâneo, explica o médico cirurgião, uma nova mama é moldada a partir de uma “ilha de pele” - segmentos de pele ligados ao músculo irrigado por uma artéria – que é transferida para o local a ser reconstituído. Conforme Dr. Wandemberg, a vantagem desse procedimento é que o tecido usado é do próprio paciente, o que evita rejeições. “O ponto negativo é o tempo de permanência hospitalar após o procedimento, que é de dois a quatro dias, relativamente alto em comparação às outras intervenções”, diz.

Por fim, há a reconstrução com retalhos microcirúrgicos, que consiste na transferência de retalhos de pele com os vasos que os nutrem e sua posterior ligação a outros vasos da região. Trata-se, segundo Dr. Wandemberg, de método menos utilizado, principalmente em cidades menores, onde há menos recursos, pois exige uma aparelhagem mais sofisticada e treinamento de cirurgiões que ainda existem em número reduzido. “Em mãos experientes, constitui-se excelente alternativa”, concluí. 

 

Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Pela sua experiência e conhecimento, Dr. Wandemberg é reconhecido nacionalmente e internacionalmente, tendo levado inúmeros trabalhos em congressos. Além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Brasil, é “fellow” da The International College of Surgeons, “member ship”, na The European Society of Clinical Oncology, "associate member", na The American Society of Plastic Surgeons e médico visitante no Massachuset’s General Hospital Boston, nos Estados Unidos, e The Royal Marsden Hospital, no Reino Unido.

 

Saúde do homem e a quebra de tabus na era digital

Historicamente os homens cuidam menos da saúde do que as mulheres. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), utilizando dados do sistema de informação ambulatorial do Ministério da Saúde (MS) corrobora essa informação: em 2022 foram realizados apenas 200 mil atendimentos de homens com o urologista, contra mais de 1,2 milhão de atendimentos femininos por médicos ginecologistas no Sistema Único de Saúde (SUS). Embora a procura dos homens por serviços do SUS tenha aumentado, ainda é inferior à de mulheres, sendo 312 milhões de atendimentos comparados a 370 milhões também em 2022, segundo o próprio MS. 

O público masculino tem maior prevalência de doenças cardiovasculares que, a partir dos 40 anos, são algumas das principais causas de morte, ao lado de câncer e diabetes. Outra pesquisa, do Instituto Lado a Lado pela Vida (LAL), realizada em 2021, apontou que 43% dos homens não costumam fazer exames cardiológicos e somente 32% dos usuários da rede pública com 40 anos ou mais realizam diagnóstico pelo menos uma vez ao ano. Embora eles reconheçam os fatores de risco, só 39% iriam imediatamente ao médico na presença de dor no peito. Isso precisa mudar. Muitas vidas podem ser poupadas com diagnóstico precoce e tratamento adequado ao longo da vida.   

No que tange à saúde mental, não é diferente. O “Report Anual da Saúde Mental dos Brasileiros”, realizado ano passado pela Psicologia Viva, que integra a healthtech Conexa, apontou que somente 26,2% dos indivíduos que buscaram atendimento são do sexo masculino (entre os que optaram em informar o gênero). Quando falamos em saúde, a abordagem precisa ser integral. Além de cuidar da saúde física e de condições crônicas, os homens também precisam cuidar da saúde mental. A visão estigmatizada de que somos super-heróis e não podemos demonstrar fraqueza precisa ficar no passado.   

Vou contar a minha experiência por que ela pode ajudar a quebrar tabus, como eu mesmo fiz.  Em setembro do ano passado, com uma agenda altamente concorrida como CEO de uma empresa de saúde integral, e com uma bebê em casa, também entrei para as estatísticas e acabei me descuidando em relação à minha própria saúde. Quando vi, meus exames estavam alterados e precisei mudar meu comportamento e adotar um novo estilo de vida.  

Decidi que saúde, qualidade de vida e longevidade são prioridades, assim como a vida profissional e pessoal e, com o acompanhamento de uma health coach, criamos um plano terapêutico que envolveu avaliações médicas, a prática de exercícios e mudanças na alimentação. Com a nova organização para me cuidar de forma efetiva, não só com o acompanhamento médico, mas focado em uma mudança real de hábitos, em pouco tempo tive melhora significativa em exames como colesterol, perdi 10% de peso corporal e tive uma drástica diminuição no estresse. 

Mudar comportamento é muito difícil. E precisamos ter apoio nesse processo. Para motivar as pessoas que trabalham comigo a investirem em saúde, passei a postar minhas corridas matinais na rede social corporativa. Isso estimulou outros homens a mudarem e motivou a criação de um grupo de corrida. Passei a receber mensagens de diferentes grupos dos nossos quase 550 colaboradores, que iam desde membros da diretoria e do conselho a estagiários compartilhando a sua nova rotina de cuidados com a saúde física e mental.   

É claro que o fato de trabalhar com saúde facilitou o meu acesso. E esse é um ponto que deve ser levado em consideração para a grande maioria da população. Inclusive, o estudo do LAL também aponta que 32% dos brasileiros consideram ideal ter um local de atendimento mais adequado para receber os homens, e 28% recomendaram a ampliação do horário de atendimento.  

É nesse contexto que a saúde digital se consolida como alternativa para que o público masculino cuide da saúde, monitore doenças crônicas e possa estreitar o relacionamento com os profissionais da saúde. A análise de dados da saúde para estratégias preditivas e preventivas já são usadas pelo mercado de healthtechs, principalmente com portadores de doenças crônicas. É um caminho para ter mais assertividade nas propostas de monitoramento e engajamento das pessoas nos cuidados com a saúde.  

Apesar de vivermos em um país com ampla desigualdade e difícil acesso à saúde de qualidade para muitos, uma mudança de cultura começa com pequenas ações individuais e com influência em nossos microambientes. Precisamos estimular a sociedade a ser mais saudável. Com pequenos passos conseguiremos escalar grandes montes. Qual passo você dará hoje para a mudança do seu futuro? 

 

Guilherme Weigert - cardiologista e CEO da Conexa, maior player de saúde digital da América Latina 

 

Por que está elevando o número de portadores do vírus HIV na população idosa?

 

A população idosa brasileira está em rápido crescimento dentro do contexto do processo de transição demográfica. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o número de pessoas acima de 60 anos aumentou de 22,34 milhões (11,3% da população), em 2012, para 31,23 milhões (14,7% da população) em 2021. Este processo apresenta várias repercussões, incluindo a saúde pública e, especificamente, as infecções sexualmente transmissíveis (IST’s), incluindo o vírus HIV1. 

Entre os anos 2009 e 2019 foram notificados 15.672 casos de SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida, fase sintomática da infecção pelo vírus HIV) em pessoas acima de 60 anos, uma média anual de 1.425 casos. A maior parte dos casos notificados ocorreu na faixa etária entre os 60 e 69 anos e no sexo masculino. Neste período, foram notificados 12.907 óbitos por SIDA nesta faixa etária2. 

No entanto, o aumento no número de casos de diagnóstico de portador do vírus HIV entre os idosos não é exclusivamente devido ao processo de transição demográfica. Há vários fatores envolvidos, como a invisibilidade da prática de relações sexuais após os 60 anos para a sociedade, ausência de campanhas para prevenção das IST’s para esta faixa etária, menor adesão ao uso de preservativos e a ausência de preocupação com o risco de gravidez3. 

O avanço tecnológico na área da saúde e os avanços da saúde pública no Brasil, além de contribuir para o processo de transição demográfica, está permitindo que parte da população envelheça com maior qualidade de vida, o que se traduz, entre outras consequências, com a extensão da vida sexual para faixas etárias mais avançadas. O avanço tecnológico no tratamento da disfunção erétil é parte integrante desta extensão2. 

Todavia, o preconceito da pessoa idosa assexuada inibe que a prática sexual seja discutida na relação entre os profissionais de saúde e o paciente idoso, o que significa a perda de uma preciosa oportunidade de promover medidas de promoção de saúde e prevenção, como o uso de preservativos. Além disso, há o risco de pessoas acima de 60 anos serem negligenciadas quanto ao rastreio de IST’s, o que determina diagnósticos tardios. Entre os portadores idosos do vírus HIV, representa o diagnóstico quando há, por exemplo, infecções oportunistas associadas a grave imunossupressão4. 

Sabe-se que a imunidade sofre modificações com o processo de envelhecimento, a imunossenescência, que afeta tanto a imunidade inata como a adquirida, tornando a pessoa idosa mais susceptível a manifestações graves de infecções e a manifestação atípica dos processos infecciosos. Muitos apresentam comorbidades, frequentemente iniciadas há décadas, com maior comprometimento de órgãos e sistemas. Destaca-se ainda o processo de envelhecimento frágil, que acomete parte de uma parcela das pessoas idosas, que ao exaurirem as reservas fisiológicas, apresentam elevado risco de um envelhecer sem autonomia e sem independência. A infecção pelo vírus HIV, neste contexto, pode acelerar o risco de desenvolver SIDA, elevar o ritmo de declínio cognitivo e de desenvolvimento de demência e determinar maior nível de reações adversas associadas ao uso de antirretrovirais5,6. 

Portanto, a pessoa idosa é um grupo de maior vulnerabilidade e, assim, necessita de um olhar integral no cuidado a saúde que inclua a promoção de saúde e uma vida sexual saudável e segura.

 

Marco Túlio Gualberto Cintra - vice-presidente da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG)

 Referências:

1.IBGE. População cresce, mas número de pessoas com menos de 30 anos cai 5,4% de 2012 a 2021. Disponível em link. Acessado em 13 de dezembro de 2022.

2. BorgesJ. P. M., CoelhoJ. G., MatosG. C. N., CostaR. P., SilvaF. G. G. R. da, FonsecaB. S., FeresA. B. S., VasconselosP. F. de, OliveiraD. A. de, & LessaR. S. (2021). Evolução do perfil epidemiológico da aids entre idosos no brasil desde 2009 até 2019. Revista Eletrônica Acervo Saúde, 13(10), e9148. Link

3. SANTOS AFM, ASSIS M. Vulnerabilidade das idosas ao HIV/AIDS: despertar das políticas públicas e profissionais de saúde no contexto da atenção integral: revisão de literatura. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 2011; 14(1): 147-157.

4. UCHOA YS, et al. A sexualidade sob o olhar da pessoa idosa. Rev. bras. geriatr. gerontol., 2016.

5. Allen JC, Toapanta FR, Chen W, Tennant SM. Understanding immunosenescence and its impact on vaccination of older adults. Vaccine. 2020 Dec 14;38(52):8264-8272.

6. SMITH RD, et al. HIV transmission and high rates of late diagnoses among adults aged 50 years and over. AIDS, 2010; 24(13): 2109-2115.

 

Novas maneiras de medir os níveis de glicose sem tirar sangue


Um estudo recente afiliado ao UNIST relatou uma nova rota para medir os níveis de açúcar no sangue (BGLs) sem coletar o sangue. Esta é uma técnica revolucionária e não invasiva para testar os níveis de glicose no sangue, usando um sensor de glicose baseado em onda eletromagnética (EM) inserido sob a pele. Suas descobertas atraíram muita atenção, pois o método elimina a necessidade de os pacientes com diabetes picarem repetidamente os dedos com um medidor de glicose. Esta inovação foi liderada pelo professor Franklin Bien e sua equipe de pesquisa no Departamento de Engenharia Elétrica da UNIST. 

Neste estudo, a equipe de pesquisa propôs um sensor eletromagnético que pode ser implantado subcutaneamente e é capaz de rastrear mudanças mínimas na permissividade dielétrica devido a mudanças nos BGLs. O sensor proposto, que tem cerca de um quinto do tamanho de um cotonete, pode medir mudanças nas concentrações de glicose no fluido intersticial (ISF), o líquido que preenche os espaços entre as células. 

O diabetes pode ser diagnosticado se os níveis de glicose no sangue em jejum forem de 126 mg/dL ou mais. Um resultado normal do teste de glicose em jejum é inferior a 100 mg/dL. Um dos principais objetivos do tratamento do diabetes é manter os níveis de glicose no sangue dentro de uma faixa-alvo especificada. Mais de 400 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com diabetes e ainda sofrem ao picar os dedos várias vezes ao dia para verificar os níveis de glicose no sangue. 

Várias alternativas ao método de picada no dedo foram extensivamente estudadas para detecção de glicose no sangue, como sensor de glicose baseado em enzima ou óptico. No entanto, eles ainda têm problemas em termos de longa vida útil, portabilidade e precisão. 

Neste estudo, a equipe de pesquisa introduziu o controle semipermanente e contínuo do açúcar no sangue com baixos custos de manutenção e sem a dor causada pela coleta de sangue, permitindo que os pacientes desfrutem de uma vida com qualidade por meio do tratamento e controle adequados do diabetes. Espera-se que isso aumente o uso de CGMS, que atualmente representa apenas 5% dos tratamentos ativos. 

A equipe de pesquisa também realizou o teste de tolerância à glicose intravenosa (IVGTT) e o teste oral de tolerância à glicose (OGTT) com o sensor implantado em suínos e beagles em um ambiente controlado. Os resultados do experimento inicial de prova de conceito in vivo mostraram uma correlação promissora entre o BGL e a resposta de frequência do sensor, de acordo com a equipe de pesquisa. 

“Nosso sensor e sistema propostos estão de fato no estágio inicial de desenvolvimento”, observou a equipe de pesquisa. "Apesar disso, os resultados in vivo da prova de conceito mostram uma correlação promissora entre o BGL e a resposta de frequência do sensor. De fato, o sensor mostra a capacidade de rastrear a tendência do BGL". 

"Para a implantação do sensor real, devemos considerar embalagens biocompatíveis e reações de corpos estranhos (FBR) para aplicações de longo prazo. Além disso, um sistema de interface de sensor aprimorado está em desenvolvimento", acrescentou a equipe de pesquisa. 

Suas descobertas foram publicadas na revista Scientific Reports. 

 

Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

 

Fonte: Seongmun Kim et al, Subcutaneously implantable electromagnetic biosensor system for continuous glucose monitoring, Scientific Reports (2022). DOI: 10.1038/s41598-022-22128-w


Festas de fim de ano: confira alguns cuidados essenciais para se proteger de doenças imunopreveníveis

Doenças contagiosas como meningite, pneumonia, influenza, COVID-19 e coqueluche podem ser transmitidas com contatos próximos e aglomerações 1-3 

Recentes aumento de casos de meningite no país acendem alerta para baixa cobertura vacinal. A vacinação é a principal forma de prevenção 14-18 

Medidas de etiqueta social também devem ser colocadas em prática durante o período de comemorações 10-12 

 

O ano de 2022 está chegando ao fim, e com ele, as celebrações de Natal e Ano Novo estão prestes a começar. As reuniões entre familiares, amigos e colegas de trabalho tomam conta do mês de dezembro, mas alguns cuidados com a saúde nesse período são fundamentais para evitar contágio por doenças como meningite, pneumonia, coqueluche, COVID-19, influenza e sarampo. 1-3 

A Dra. Lessandra Michelin, infectologista e gerente médica de vacinas da GSK, afirma que estar com a carteira de vacinação em dia é uma das principais atitudes que podem impedir a disseminação de doenças contagiosas. “Vacinar é um ato de proteção para si mesmo e para quem amamos, pessoas com quem estaremos juntos nas festas de fim de ano. Doenças infectocontagiosas estão em circulação e podem ser perigosas, e para algumas há prevenção por vacinas eficazes e seguras, disponíveis no Programa Nacional de Imunizações e na rede privada. É fundamental manter a caderneta de vacinação em dia para minimizar riscos e garantir a proteção”, pontua Dra. Lessandra. 

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferta gratuitamente, desde os recém-nascidos até a terceira idade, diversas vacinas que protegem contra mais de 19 doenças. 4 Na rede privada estão disponíveis vacinas para a imunização de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do PNI. 4,5 Porém, nos últimos anos, o país vem registrando baixos índices de cobertura vacinal, o que torna a população vulnerável. 6 

Acompanhar a rotina de vacinação é um cuidado não apenas para as crianças, mas para todas as faixas etárias. 4,5 Além de saber quais vacinas tomar, é necessário estar atento para a quantidade de doses em cada fase da vida. 5 Assim, a vacinação cumpre seu papel na saúde pública: mais do que uma proteção individual, seus efeitos são coletivos, beneficiando toda a sociedade. 7 Com a chamada “imunidade de rebanho”, quando uma alta porcentagem da população está imunizada, até quem não recebeu ou não pode receber algum tipo de vacina se beneficia da proteção. 8

 

Boas práticas

Outro cuidado importante e que deve ser levado em consideração é ter cautela com o contato físico muito próximo. Vale lembrar que, ao abraçar, beijar ou até mesmo apertar as mãos, expõe-se ao risco de entrar em contato com vírus, bactérias ou outros agentes infecciosos. 1, 9 

“Quando beijamos ou abraçamos alguém, podemos estar expostos a virus e bactérias de transmissão respiratória. Lembrando que nem todas as pessoas que estão doentes e transmitindo a infecção apresentam sintomas. As mãos são partes do corpo que intuitivamente levamos ao rosto, e há possibilidade também de adquirirmos doenças pelo contato com objetos e superfícies contaminadas, por isso devemos tomar cuidado em todas as situações”, explica a Dra. Lessandra. 

Higienizar as mãos parece simples, mas é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um dos principais instrumentos contra epidemias e capaz de evitar casos e óbitos por enfermidades. 10 A lavagem das mãos deve ser feita com água e sabão, por cerca de trinta segundos, sempre que houver sujidade, e ainda quando assoar o nariz, tossir ou espirrar, tocar o rosto, tocar outra pessoa, tocar superfícies em ambientes comunitários, depois de usar o banheiro, antes e depois de comer. 10 Em situações em que não há como lavar as mãos, o álcool em gel é uma alternativa. 10,11 

Além da higiene com as mãos, os cuidados ao tossir e espirrar também ganham destaque quando falamos de prevenção. 10 Deve-se cobrir nariz e boca com a parte interna do cotovelo, e não com as mãos, para diminuir os riscos de contaminação. 9 Para a higiene nasal, utilize um lenço descartável. 9,10 “É importante, ainda, que quem esteja com sintomas de infecções, como febre, tosse, secreções respiratória e outros sintomas gripais se ausente das reuniões sociais de final de ano, e fique em casa para se recuperar. Sabemos que são momentos que todos gostamos de participar, mas a saúde deve ser prioridade diante das comemorações, preservando a si mesmo e às demais pessoas”, recomenda a Dra. Lessandra.

 

Aumento de casos de meningite no país

Neste ano, estamos acompanhando o registro de surtos de meningite meningocócica do tipo C em São Paulo, e o crescimento de casos e óbitos pela doença em diversas outras localidades do país. Isso acende um alerta sobre a necessidade de redobrar os esforços de prevenção, principalmente nessa época do ano, em que as pessoas estarão reunidas. 12 

Segundo o Ministério da Saúde, nos últimos anos, houve uma queda acentuada da cobertura vacinal contra a doença. A aplicação da vacina meningocócica C (conjugada) em menores de um ano de idade, por exemplo, caiu de 87,4% para 47% no Brasil, em apenas cinco anos. 12 

Caracterizada pela inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, a meningite pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos, vírus e protozoários. 3,14 Em geral, a meningite bacteriana é considerada a mais grave, e dentre elas se destaca a meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis (ou meningococo). 3-15 

Transmitida por secreções respiratórias ou gotículas através de tosse, espirro ou beijo de uma pessoa contaminada ou portadora assintomática, a meningite meningocócica tem evolução rápida e uma alta letalidade, podendo levar ao óbito 20% a 30% dos casos. 13-15 Além disso, a doença pode gerar sequelas graves, como perda de visão e audição, danos neurológicos e amputação de membros. 14,15 Mesmo sendo mais comum em bebês no primeiro ano de vida, crianças pequenas e adolescentes, a meningite meningocócica pode acometer todas as faixas etárias. 14   

Apesar de todos esses riscos, a meningite meningocócica tem cura e prevenção. Se for diagnosticada rapidamente e o tratamento adequado for iniciado, o paciente pode sobreviver. Porém, 1 em cada 5 pessoas acometidas pela doença meningocócica podem apresentar sequelas mesmo com o tratamento adequado. A principal forma de prevenção da doença é através da vacinação, disponível tanto na rede pública, quanto na rede privada de saúde. 5,13-15

 

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

 

 

GSK

https://www.gsk.com.br

 

Referências

  1. UNICEF. Covid 19: Perguntas frequentes. Disponível em: <link>. Acesso em: 22 nov. 22.
  2. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Espaço Saúde Respiratória. Infecções respiratórias. Disponível em: <Link>. Acesso em: 21 nov. 22.
  3. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em: <link>. Acesso em: 21 nov. 22.
  4. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Calendários de Vacinação. Disponível em: <link >. Acesso em: 21 nov. 22.
  5. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário vacinal SBIm 2022/2023: do nascimento à terceira idade (atualizado em 01/09/2022). Disponível em: <link>. Acesso em: 21 nov. 22.
  6. FIOCRUZ. Cobertura Vacinal no Brasil está em índices alarmantes. Disponível em: <link>. Acesso em: 22 nov. 22.
  7. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Immunization Agenda 2030. Disponível em: <link> Acesso em: 28 nov. 22.
  8. INSTITUTO BUTANTAN. Coronavírus. Últimas notícias. O que é imunidade de rebanho? Disponível em: <link>. Acesso em: 28 nov. 22.
  9. AGÊNCIA MINAS. Notícias. Saúde reforça cuidados contra covid-19 durante Campanha de Multivacinação. Disponível em: <link>. Acesso em: 21 nov. 22.
  10. GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS. Secretaria de Estado de Saúde. Disponível em: <link>. Acesso em: 28 nov. 22.
  11. FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. Histórias. Tudo o que você precisa saber sobre como lavar as mãos para se proteger contra o coronavírus. Disponível em: <link>. Acesso em: 28 nov. 22.
  12. FIOCRUZ. É preciso vacinar: o risco representado pela queda da cobertura vacinal contra meningite. Disponível em: <link>. Acesso em: 30 nov. 22
  13. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningitis. Key Facts. Disponível em: <link>. Acesso em: 30 nov. 2022.
  14.  SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Família SBIm. Doenças. Meningite meningocócica. Disponível em: <Link>. Acesso em: 30 nov. 2022.

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