Especialista dá
dicas para eliminar peso e reforça a importância de realizar exames específicos
Conhecida globalmente por um programa de perda de
peso, a WW, em parceria com o Instituto Kantar, divulgou uma pesquisa mostrando
que 91% dos brasileiros querem manter ou melhorar a sua saúde. Além disso, 45%
percebem que necessitam controlar o peso e 57% dizem que emagrecer dá uma
sensação de liberdade.
Entretanto, o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, especializado pela Sociedade
Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, alerta que as dietas e tratamentos
não funcionam da mesma forma para todo mundo. “O metabolismo, que pode impactar
na perda de peso, é um conjunto de reações do nosso corpo que permite captar e
transformar a energia dos alimentos para as funções do organismo e manutenção
da vida. Alguns fatores contribuem para a diminuição da taxa metabólica basal,
como o envelhecimento, deficiências nutricionais, sedentarismo, privação do
sono, baixa ingestão de água, pouca massa muscular e outros”, destaca.
Para medir o metabolismo de alguém, o especialista
explica que é preciso realizar exames como a calorimetria. “No entanto, algumas
fórmulas que avaliam a quantidade de massa muscular podem auxiliar nesse
processo”, ressalva.
Um metabolismo lento pode dificultar a perda de
peso e alguns sinais de que o corpo está um pouco mais devagar incluem seguir
engordando, ainda que com alimentação reduzida; acúmulo de gordura em novas
áreas; sonolência e fadiga; desequilíbrios hormonais, como a redução nos níveis
de estrogênio e testosterona; pele, unhas e cabelos secos e quebradiços;
desequilíbrio entre níveis de gordura e músculo; sensação de inchaço, uma vez
que a digestão passa a ser mais lenta; e celulites.
A forma como esses elementos se relacionam com o
emagrecimento, de acordo com o endócrino, é determinado pelo balanço
energético. Isso significa que o corpo é diretamente influenciado pelo total de
calorias consumidas ao longo do dia e pelos gastos calóricos. “Nos casos em que
a pessoa consome mais calorias que o necessário e não realiza atividades
indicadas para queimá-las, a energia que sobra é armazenada pelo corpo. E
quando consumimos menos calorias e praticamos mais atividades físicas, o gasto
de energia é maior e emagrecemos”, acrescenta.
Para os pacientes com dificuldades em emagrecer, a
orientação é realizar uma avaliação médica para saber sobre deficiências
hormonais como da tireoide, testosterona e hormônios sexuais, realizando uma
reposição se for necessário. Além disso, indicações como praticar atividade
física, aumentar a massa muscular e ingerir muita água são cruciais para os
bons resultados.
É necessário também consumir mais fibras; ingerir
mais proteínas magras e gorduras monossaturadas - pois o organismo gasta mais
energia para consumi-las. “Dormir entre sete e oito horas por noite, consumir
alimentos com cafeína e catequinas como chá verde, café, pimentas e canela
também ajudam”, aconselha.
Mesmo quem possui metabolismo lento não precisa se
preocupar ou pensar em desistir. Com acompanhamento médico, a pessoa pode
melhorar a qualidade da alimentação e atentar para que o gasto calórico seja
maior do que o consumo. “No entanto, não existe qualquer alimento proibido. Há
apenas aqueles que se deve comer em menor quantidade possível, como
industrializados, frituras, doces e outros”, conclui o Dr Igor.
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