Um estudo recente
afiliado ao UNIST relatou uma nova rota para medir os níveis de açúcar no sangue
(BGLs) sem coletar o sangue. Esta é uma técnica revolucionária e não invasiva
para testar os níveis de glicose no sangue, usando um sensor de glicose baseado
em onda eletromagnética (EM) inserido sob a pele. Suas descobertas atraíram
muita atenção, pois o método elimina a necessidade de os pacientes com diabetes
picarem repetidamente os dedos com um medidor de glicose. Esta inovação foi
liderada pelo professor Franklin Bien e sua equipe de pesquisa no Departamento
de Engenharia Elétrica da UNIST.
Neste estudo, a
equipe de pesquisa propôs um sensor eletromagnético que pode ser implantado
subcutaneamente e é capaz de rastrear mudanças mínimas na permissividade
dielétrica devido a mudanças nos BGLs. O sensor proposto, que tem cerca de um
quinto do tamanho de um cotonete, pode medir mudanças nas concentrações de
glicose no fluido intersticial (ISF), o líquido que preenche os espaços entre
as células.
O diabetes pode
ser diagnosticado se os níveis de glicose no sangue em jejum forem de 126 mg/dL
ou mais. Um resultado normal do teste de glicose em jejum é inferior a 100
mg/dL. Um dos principais objetivos do tratamento do diabetes é manter os níveis
de glicose no sangue dentro de uma faixa-alvo especificada. Mais de 400 milhões
de pessoas em todo o mundo vivem com diabetes e ainda sofrem ao picar os dedos
várias vezes ao dia para verificar os níveis de glicose no sangue.
Várias
alternativas ao método de picada no dedo foram extensivamente estudadas para
detecção de glicose no sangue, como sensor de glicose baseado em enzima ou
óptico. No entanto, eles ainda têm problemas em termos de longa vida útil,
portabilidade e precisão.
Neste estudo, a
equipe de pesquisa introduziu o controle semipermanente e contínuo do açúcar no
sangue com baixos custos de manutenção e sem a dor causada pela coleta de
sangue, permitindo que os pacientes desfrutem de uma vida com qualidade por
meio do tratamento e controle adequados do diabetes. Espera-se que isso aumente
o uso de CGMS, que atualmente representa apenas 5% dos tratamentos ativos.
A equipe de
pesquisa também realizou o teste de tolerância à glicose intravenosa (IVGTT) e
o teste oral de tolerância à glicose (OGTT) com o sensor implantado em suínos e
beagles em um ambiente controlado. Os resultados do experimento inicial de
prova de conceito in vivo mostraram uma correlação promissora entre o BGL e a resposta
de frequência do sensor, de acordo com a equipe de pesquisa.
“Nosso sensor e
sistema propostos estão de fato no estágio inicial de desenvolvimento”,
observou a equipe de pesquisa. "Apesar disso, os resultados in vivo da
prova de conceito mostram uma correlação promissora entre o BGL e a resposta de
frequência do sensor. De fato, o sensor mostra a capacidade de rastrear a
tendência do BGL".
"Para a implantação
do sensor real, devemos considerar embalagens biocompatíveis e reações de
corpos estranhos (FBR) para aplicações de longo prazo. Além disso, um sistema
de interface de sensor aprimorado está em desenvolvimento", acrescentou a
equipe de pesquisa.
Suas descobertas foram publicadas na revista Scientific Reports.
Rubens de Fraga Júnior - professor
de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico
especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria
e Gerontologia (SBGG).
Fonte: Seongmun Kim et al, Subcutaneously
implantable electromagnetic biosensor system for continuous glucose monitoring,
Scientific Reports (2022). DOI:
10.1038/s41598-022-22128-w
Nenhum comentário:
Postar um comentário