Pesquisar no Blog

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Você já desconfia que tem dificuldades para ouvir?

Especialista dá dicas sobre como prevenir a surdez precoce e como tratar a deficiência 

A maioria das pessoas com problemas auditivos não reconhece que ouve mal. A falta de informação e o preconceito fazem com que a consulta ao médico para detecção de uma possível perda de audição seja protelada.

A fonoaudióloga Rafaella Cardoso, da Telex Soluções Auditivas, analisa os problemas causados por maus hábitos e pela poluição sonora. Saiba como prevenir ou pelo menos 'adiar' para a época da velhice a dificuldade de audição.
 

O trânsito pode ser um grande vilão

Já se constata que a perda auditiva está começando a surgir mais cedo entre os moradores de grandes cidades. O grave problema do excesso de barulho piora a cada dia. O trânsito pode ser um grande vilão. Além de incômodo, os altos ruídos afetam a saúde física e psicológica gerando estresse, ansiedade, aumento da pressão sanguínea.

Quando o barulho é intenso e prolongado pode causar perda de audição ao longo dos anos. Enquanto as autoridades ainda falham na fiscalização de ônibus, carros e caminhões, uma das soluções mais baratas e inteligentes é usar protetores de ouvido.
 

A exposição contínua a ruídos

Em uma sociedade onde TV, rádio, aparelhos de som, jogos de videogame e fones de ouvido fazem parte do dia a dia, as ameaças à boa audição estão em toda a parte. Nossos maus hábitos e o nível de barulho em nossa casa também têm grande impacto.

Respeitar os limites sonoros é importante, não só em solidariedade aos vizinhos, mas em benefício da própria saúde. A exposição contínua a ruídos superiores a 50 decibéis pode causar, ao longo da vida, perda progressiva da audição.



Toda mãe já conhece o teste do pezinho, mas e o da orelhinha? 

Tão importante quanto o primeiro exame, o teste da orelhinha é realizado para detectar problemas de audição no bebê. É rápido, indolor, não fura a orelha do bebê e deve ser realizado após dois dias de nascido, ainda na própria maternidade.

Quanto mais cedo forem diagnosticados problemas de audição e mais rápido for a intervenção, melhor será o diagnóstico e o apoio à criança para que tenha um desenvolvimento normal.
 

Perda de audição decorrente da rubéola 

Existem evidências de que a perda de audição seja a deficiência mais comum em crianças infectadas congenitamente pela rubéola. A busca de tratamento deve ocorrer rapidamente. É necessário realizar teste auditivo e outros exames médicos. A partir daí avalia-se o tipo de tratamento a ser utilizado e que deve estar adaptado às necessidades específicas de cada criança.



Estudantes desatentos podem não ouvir direito

Nem sempre um estudante desatento nas aulas é desinteressado, ele pode simplesmente apresentar problemas de audição. Com dificuldades para ouvir, não consegue aprender direito. Costuma ter conflitos de relacionamento e apresentar distúrbios de comportamento, como falta de concentração ou retraimento em excesso. Está comprovado que alunos com deficiência auditiva têm o rendimento escolar prejudicado.
 

O excesso de barulho da moto pode afetar a saúde auditiva

Se você quer pilotar embalado pelo ronco de sua moto por muitos e muitos anos, vale a pena proteger suas orelhas. O excesso de barulho do escapamento e do motor pode afetar a saúde auditiva. Estudo do Instituto Nacional de Surdez e Outras Doenças de Comunicação, dos EUA, constatou que uma moto emite ruídos em torno de 95 decibéis (dB). 

Especialistas alertam que ruídos acima de 85 dB podem causar alterações na estrutura interna da orelha e perda permanente de audição com o decorrer dos anos. O problema se acentua quanto maior for o barulho e o tempo de exposição do piloto ao excesso de ruído. O melhor é usar protetores auriculares.

O tratamento da perda de audição

Muitas pessoas experimentam algum grau de perda auditiva a partir dos 50/60 anos por causa do envelhecimento natural do corpo, mas a maioria custa a admitir que já não ouve tão bem quanto antes. Trazer à tona o problema é a melhor coisa a fazer. Familiares e amigos podem oferecer apoio importante.
 

O tratamento da perda auditiva, geralmente com aparelhos auditivos, resulta em maior autoestima e melhoras significativas na qualidade de vida do indivíduo tratado.
 

Consulte um médico ou fonoaudiólogo audiologista
 

Ao suspeitar que seu filho ou mesmo você tem alguma dificuldade para ouvir, consulte logo um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo, que irá avaliar a causa e fazer um diagnóstico.

A partir do resultado de avaliações, como a audiometria, pode ser indicado o tratamento mais adequado. Muitas vezes, o uso de aparelho auditivo dá suporte às dificuldades. A Telex Soluções Auditivas realiza exames de audiometria em suas lojas.

A audição é fundamental em nossas relações, em nosso dia a dia. Atualmente os aparelhos são minúsculos, discretos, mantendo a elegância de quem os usa.
 

Sistema pioneiro de Inteligência Artificial para seleção de embriões em processos de FIV chega ao Bras

Clínica Fertilidade&Vida, de Campinas, é a primeira no país a disponibilizar a incubadora inteligente que entrega precisão na escolha dos melhores embriões e chance de gravidez pode chegar em 80% 

Com a utilização da IA utilizada nos processos de Fertilização In Vitro, chance de gravidez pode chegar em 80%


Chega ao Brasil a primeira máquina capaz de avaliar e selecionar, por meio de inteligência artificial automatizada (IAA), embriões de forma automática e, assim, melhorar as taxas de gravidez. A EmbryoScope, incubadora com software de análise de última geração, categoriza através de uma série de parâmetros - que hoje não são avaliados usualmente - os melhores embriões e reduz a probabilidade de anomalias cromossómicas através de uma técnica não invasiva.  Isso melhora, consideravelmente, os métodos de seleção atuais. Através de um sistema Time Lapse, a máquina conta com uma câmera embutida que tira fotos a cada 10 minutos em diferentes planos, permitindo avaliar com precisão padrões do crescimento embrionário, 24 horas por dia, sete dias por semana. O sistema analisa os embriões automaticamente, atribuindo-lhes uma classificação de um a dez, dependendo da sua qualidade e morfologia. Uma vez que a seleção automatizada de embriões é mais precisa do que a seleção feita pelo embriologista, a probabilidade de uma gravidez evolutiva está diretamente ligada à percentagem de pontuação e, por isso, a paciente tem mais probabilidades de sucesso.

O algoritmo da Inteligência Artificial dispõe de mais assertividade na escolha do embrião do que o olho humano. A máquina é capaz de fazer muito mais avaliações e interpretações que o embriologista, mesmo com a lupa, não conseguiria enxergar”, explica o médico ginecologista Dr. Carlos Petta, especialista em Reprodução Humana pela Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, professor de Ginecologia pela Unicamp e diretor clínico da Fertilidade & Vida, clínica localizada em Campinas, no interior do Estado de São Paulo, que importou a máquina.

Segundo o Dr. Carlos Petta, a Inteligência Artificial é uma inovação nos tratamentos de reprodução assistida e a chance de gravidez pode chegar em 80% “A IA, sem dúvida, é uma ferramenta que aumenta a taxa de gravidez nos tratamentos e oferece mais segurança, em especial, na seleção dos melhores embriões. Atualmente, na Fertilidade & Vida, a taxa de gravidez em mulheres abaixo dos 35 anos, sem o uso da IA, é de 70%, um percentual alto. Agora, podemos chegar em uma taxa de cerca de 80%, algo excelente e muito acima da média dos padrões atuais”, complementa o médico.

Por meio deste equipamento, a seleção dos embriões é monitorada ininterruptamente até o sétimo dia de desenvolvimento, quando eles chegam à fase de blastocisto, quando é indicada a transferência dos melhores embriões ao útero da mulher. Além disso, o sistema permite aos embriologistas, dispor de uma avaliação minuciosa de cada um dos embriões selecionados. Os que obtêm a maior nota segundo o software, são os escolhidos para serem transferidos.

No modelo tradicional a avaliação embrionária é realizada junto a um microscópio externo, necessitando retirar os embriões de seu cultivo junto à incubadora, o que pode resultar em menos eficiência no procedimento, uma vez que o embrião é exposto à temperatura e ar ambiente, pois sai do ambiente controlado e estável da incubadora. Já o EmbryoScope permite que logo após a fertilização os embriões se mantenham isolados por todo o período de cultivo laboratorial, em um ambiente totalmente controlado por computador, evitando que sejam retirados de seu correto ambiente. O aparelho permite, ainda, que os casais tenham acesso às imagens dos embriões e todo o processo do desenvolvimento poderá ser registrado e compartilhado com os pacientes.

A fertilização in vitro (FIV) é um dos procedimentos mais utilizados na medicina reprodutiva em todo o mundo. De acordo com dados do SisEmbrio, nos últimos dois anos, 202 mil embriões foram congelados no Brasil. Somente em 2021, foram realizados 49.952 ciclos de FIV, 11 mil a mais do que em 2020.   Estima-se ainda que mais de 8 milhões de pessoas em todo o mundo tenham sido geradas por esta técnica, de acordo com a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia.

A fertilização in vitro é recomendada em casos de endometriose profunda, alterações das trompas e diminuição da quantidade ou da qualidade dos espermatozoides. O procedimento (FIV) é dividido em quatro etapas: estimulação ovariana, coleta dos óvulos e espermatozoides, fecundação assistida e, por fim, a transferência dos embriões.

No Brasil, o Conselho Federal de Medicina determina que “a idade máxima das candidatas à gestação por técnicas de RA é de 50 anos”, sendo que essa idade pode ser excedida em casos em que a mulher seja saudável e esteja ciente dos possíveis riscos de uma gestação mais tardia. A alimentação balanceada, prática de exercícios físicos e evitar tabagismo, álcool e drogas podem fazer toda a diferença em relação à fertilidade e à gestação saudável.

A fim de aumentar as possibilidades para identificar o potencial de gerar embriões saudáveis, a ciência faz da tecnologia uma grande aliada, já que a inteligência artificial melhora o sucesso do procedimento.

Estudos apontam que diferentes embriologistas podem classificar o mesmo embrião de forma distinta, dependendo de suas experiências. Com a IA ocorre uma padronização dos parâmetros, uma vez que o algoritmo examina as estruturas com maior precisão e segurança”, finaliza Dr. Carlos Petta.

 

Clínica Fertilidade & Vida

https://www.fertilidadevida.com.br


Outubro Rosa: Exames de mamografia apresentam queda de 10,6% entre 2016 e 2021

Análise do IESS mostra que, após quedas consecutivas, procedimentos tiveram alta a partir do fim do isolamento social da pandemia


Entre 2016 e 2021, o número de mamografias convencionais realizadas por beneficiárias de planos de saúde caiu 10,6% no País. No mesmo período, também houve redução (-8,7%) no mesmo tipo de exame direcionado ao grupo etário prioritário (de 50 a 59 anos), revela a Análise da Assistência à Saúde da Mulher na Saúde Suplementar Brasileira, desenvolvida pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

De acordo com o estudo, o procedimento seguiu com tendência de queda durante os cinco anos analisados e acende um ponto de atenção, já que o câncer de mama é o tipo mais incidente em mulheres e a primeira causa de morte. Para se ter uma ideia, em 2016, foram realizados 5,12 milhões de exames, número que foi reduzido para 5,02 milhões no ano seguinte (-1,9%). De 2017 para 2018, houve nova queda (-0,4%), com total de 4,99 milhões de exames.

Entre 2018 e 2019 houve uma leve alta (1,8%), quando atingiu 5,08 milhões. Vale lembrar que a pandemia da Covid-19 teve influência direta na realização de mamografias. Assim, entre 2019 e 2020, houve redução considerável (-28,3%), já que as pessoas acabaram postergando exames e consultas, bem como casos médicos não emergenciais.

“Com o fim do isolamento social, as mulheres retornaram às clínicas e o volume de exames voltou a crescer – passou de 3,64 milhões para 4,57 milhões (alta de 25,4%). Mas é importante lembrar que o volume ainda segue abaixo do registrado em 2016”, observa o superintendente executivo do IESS, José Cechin, acrescentando que a mamografia ainda é o exame mais eficiente para detecção precoce do câncer de mama, recomendado para mulheres de 50 a 69 anos.


Faixa prioritária

A Análise da Assistência à Saúde da Mulher aponta que, em 2021, foram realizados 4,5 milhões de exames de mamografia na saúde suplementar, sendo 2,1 milhões na faixa etária prioritária (de 50 a 69 anos). Na comparação com 2016, houve queda de 200 mil mamografias (-8,7%). Entre 2020 e 2021, no entanto, período de pandemia, mas sem isolamento social, houve um aumento de 26,2%. Entre 2016 e 2021, a variação foi negativa (-8,7%).


Exames e internações 

As consultas com mastologista, profissional que, via de regra, solicita exame de mamografia, aumentaram no período analisado. Em 2021, foram realizadas 1,14 milhão de consultas (aumento de 4,9% em comparação com 2016). Verifica-se, também, que foram realizadas 36,4 mil internações relacionadas ao câncer de mama em 2016 e 37,1 mil em 2021 (aumento de 1,9%). Já o tratamento cirúrgico de câncer de mama feminino na saúde suplementar foi de 17,3 mil cirurgias em 2021, aumento de 8,4% quando comparado com 2016.

Clique aqui para acessar o estudo na integra.

 


Instituto de Estudos de Saúde Suplementar - IESS


Brincadeiras ao ar livre ajudam a prevenir a miopia infantil

Crianças que participam de atividades em espaços abertos conseguem ter melhor saúde ocular 


Com a aproximação do Dia das Crianças, a CooperVision, uma das líderes globais na fabricação de lentes de contato, reforça a importância de conscientizar a população sobre os cuidados com a saúde ocular infantil. A empresa, que foi pioneira ao criar um tratamento para controle da progressão da miopia infantil por meio de lentes de contato, está trabalhando para alertar pais e responsáveis sobre os impactos que ações simples, como incentivar que as crianças pratiquem atividades ao ar livre, podem fazer a diferença e ajudar na prevenção da condição. 

A miopia é um erro de refração que, além de deixar a visão turva para objetos distantes, aumenta o risco de problemas como glaucoma, descolamento de retina e degeneração macular, que podem levar à cegueira. Um estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Pediatria - SBP, chamado “Menos telas, Mais saúde”, mostrou os impactos da era digital na saúde das crianças. Entre os problemas que podem ser desenvolvidos, a entidade listou a miopia e a síndrome visual do computador. 

Um estudo realizado na China mostrou que crianças que participam de atividades em espaços abertos conseguem ter uma melhor saúde ocular, diminuindo a progressão da miopia. “Incentivar que as crianças pratiquem atividades e brincadeiras ao ar livre, reduzindo o tempo de exposição às telas de dispositivos digitais como tablets, celulares e computadores, é uma forma de cuidar da saúde ocular infantil. Em ambientes externos a mudança de foco entre longe e perto é mais frequente, o que acaba estimulando a visão à distância, além da importância de termos contato com a luz do sol”, explica Gerson Cespi, diretor-geral da CooperVision no Brasil. 

Entre as recomendações da SBP para a manutenção da saúde das crianças, estão:

  • Menores de 2 anos: evitar exposição às telas sem necessidade, mesmo que passivamente;
  • Entre 2 e 5 anos: limitar o tempo de exposição às telas ao máximo de 1 hora por dia;
  • Entre 6 e 10 anos: limitar o tempo de exposição às telas ao máximo de até 2 horas por dia;
  • Adolescentes com idades entre 11 e 18 anos: limitar o tempo de telas e jogos de videogames em até 3 horas por dia;
  • Para todas as idades: nada de telas durante as refeições e desconectar entre 1 a 2 horas antes de dormir;
  • Oferecer alternativas para atividades esportivas, exercícios ao ar livre ou em contato direto com a natureza.

Outro ponto importante é levar as crianças em consultas regulares com um médico oftalmologista, mesmo que os filhos não estejam reclamando. “Nem sempre os pequenos sabem explicar que estão com dificuldade de enxergar. Cabe aos pais e responsáveis estarem atentos aos sinais, por exemplo, se a criança fica muito próxima à tela, se sente dores de cabeça ou esfrega muito os olhos, pode ser que haja algum problema de visão. Nesse caso, quanto antes a condição for identificada e tratada, menores serão os impactos na vida adulta”, alerta Cespi.  

O tratamento pioneiro da CooperVision é realizado por meio do uso de lentes de contato que não apenas corrigem a miopia, mas diminuem, em média, 59% a sua progressão em crianças que iniciam o tratamento entre 8 a 12 anos. Esse programa inovador foi aprovado pelo F.D.A. americano (Food and Drug Administration) e incluído recentemente nas diretrizes da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) e da Sociedade Brasileira de Lentes de Contato, Córnea e Refratrometria (SOBLEC).

 

CooperVision

https://coopervision.com.br/


Como a dependência tecnológica afeta a saúde mental dos adolescentes

Especialista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo fala sobre as consequências de passar muito tempo em frente às telas


A dependência tecnológica tem sido um problema recorrente, especialmente quando se trata dos mais jovens. É inegável que hoje, estar conectado ou em frente às telas faz parte da rotina de boa parte da população.

A última edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil aponta que 93% dos brasileiros com idades entre 9 e 17 anos são usuários de Internet. No ano de 2019, a estimativa era de 89%, o que mostra um aumento de 4% na utilização da rede.

“Hoje temos um número expressivo de jovens acessando a internet, o que nos diz muito sobre essa geração. Eles nasceram em meio às tecnologias e querem cada vez mais fazer parte disso, o que é normal. O problema é quando a utilização da rede começa a ultrapassar limites e a interferir em diferentes áreas da vida”, afirma Aline Sabino, psiquiatra da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O uso prolongado de aparelhos como celulares, tablets ou computadores pode influenciar diretamente na saúde mental e colaborar para o desenvolvimento ou intensificação da depressão, ansiedade, hiperatividade, transtornos de déficit de atenção, entre outros quadros.

“O jovem passa a se isolar, ter comportamentos agressivos e a se irritar com mais facilidade. Ele encontra nas telas um universo que o distancia da realidade, sem que ele perceba", relata a psiquiatra.

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que adolescentes com idades entre 11 e 18 anos façam uso dessas tecnologias por um período de 2 a 3 horas por dia mas, na maioria dos casos, a realidade é bem diferente.

A internet traz consigo um leque de possibilidades. Assim, é possível conversar com amigos, conhecer pessoas, acompanhar aquele artista em tempo real, saber as tendências musicais e experienciar um mundo diferente a partir dos jogos. São tantas opções, que muitas vezes é difícil perceber a passagem do tempo.

“A curto prazo a internet aparenta ser um lugar bastante agradável. Mas pode ser um espaço repleto de armadilhas. As redes sociais, por exemplo, são ambientes que podem colaborar com inseguranças, desencadear transtornos de imagem e distúrbios alimentares”, enfatiza a médica. Além disso, nesse mesmo ambiente o jovem pode ter contato com o cyberbullying, sendo alvo de ofensas que podem contribuir ainda mais para a baixa autoestima.

O uso frequente de redes sociais e de jogos on-line também pode afetar a questão do sono, causando crises de insônia. “Quando não existe controle dos pais, há a possibilidade de o jovem ficar até tarde usando o celular. Com isso, o seu tempo de sono diminui. Não dormir bem traz uma série de consequências, o adolescente pode ficar de mau humor, irritado, indisposto e perder seu rendimento nas atividades que desenvolve no dia a dia”, ressalta Aline Sabino.


Transtorno de dependência de Internet

Em casos mais graves, o uso da internet demonstra características de compulsão. Com traços de um vício, como qualquer outro. Com isso, a sua falta pode gerar diferentes sentimentos e sintomas.

“Há situações em que a pessoa sente angústia e ansiedade quando não está conectada. Existe também um medo da solidão que essa desconexão potencializa e a sensação de se estar perdendo algo”, menciona a especialista.

Com a pandemia de Covid-19, o tema passou a ter mais visibilidade entre a sociedade, já que com o isolamento, o uso das tecnologias tornou-se ainda maior. No entanto, o transtorno ainda não é tido como uma doença.

Atualmente, apenas o uso exagerado de jogos eletrônicos é classificado como doença pela Organização Mundial da Saúde (OMS), integrando a Classificação Internacional de Doenças, como CID-11.

 

Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Médico explica o que diferencia as técnicas cirúrgicas de emagrecimento

Freepik
11 de Outubro é o Dia Mundial da Obesidade e Dia Nacional de Prevenção da Obesidade

 

Mais do que a preocupação estética, o combate à obesidade é uma medida fundamental para a saúde da população. O acúmulo de gordura no organismo aumenta o risco de doenças como hipertensão arterial, aumento do colesterol e triglicérides, diabetes, apneia do sono, acúmulo de gordura no fígado, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e pode estar associado ao surgimento de alguns tipos de câncer.

A saída para casos em que o paciente não consegue emagrecer pode ser cirúrgica, sendo fundamental o acompanhamento médico e indicação adequada do tipo de procedimento, levando em conta o perfil de cada um.

“Dentre as técnicas cirúrgicas existentes, as mais realizadas para o tratamento da obesidade e suas comorbidades são o Sleeve e o Bypass gástricos. No Sleeve, ou por sinônimo, Gastrectomia Vertical, retiramos a maior parte do estômago, criando um novo órgão tubular com aproximadamente 80 a 100 ml de capacidade. Já no Bypass, além de criarmos um neo-estômago de 50 a 70 ml de capacidade, fazemos um desvio de trânsito no intestino delgado, resultando em menor caminho na passagem dos alimentos", explica o médico cirurgião geral e do Aparelho Digestivo do Hospital Sapiranga, Vinícius Pena Coutinho.

As três principais causas de ganho de peso após a cirurgia bariátrica são sedentarismo, ingestão de álcool e ingestão de doces. Para evitar o ganho de peso é preciso manter o acompanhamento com equipe multidisciplinar, seguindo uma dieta adequada, praticando exercícios com regularidade e evitando álcool e doces no dia a dia. Aproximadamente 30% dos pacientes que se submetem a cirurgia bariátrica têm reganho de peso considerado patológico, o que corresponde a recuperar mais do que 20% do peso perdido.

O Dia Nacional de Prevenção da Obesidade foi instituído pela Lei nº 11.721/2.008, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância da prevenção da obesidade. É fundamental aumentar a conscientização sobre prevalência, gravidade e diversidade do estigma do peso.

 

Marcelo Matusiak


Mês das crianças acende o alerta para cuidados com a saúde ocular dos pequenos


Acredite se quiser: doenças como a catarata, toxoplasmose, glaucoma congênito e atrofia ótica, além da retinopatia da prematuridade, são as principais causas de cegueira e baixa visão infantil no Brasil. Apesar do diagnóstico de muitas dessas patologias assustar, a possibilidade de tratamento e soluções que podem ser percebidas de forma precoce, podem beneficiar e muito, a saúde ocular de crianças. 

Mas a realidade começa bem antes do bebê nascer. É no exame pré-natal que a mãe deve ter as orientações corretas sobre possíveis doenças, que podem afetar a visão do bebê. 

"Apesar de não existir um pré-natal oftalmológico é feita uma avaliação no ultrassom morfológico e as devidas sorologias para doenças congênitas, que são a herpes, sífilis e tantas outras. Também é importante que logo que o bebê nasça sejam realizados todos os exames como o teste do olhinho, onde se descobrem alterações como catarata, glaucoma e até o retinoblastoma, que é um tipo raro de câncer que atinge a visão das crianças. O teste do pézinho que também identifica a toxoplasmose congênita, também deve ser feito rapidamente, garantindo o diagnóstico precoce", explica a a oftalmologista Ana Luísa Aleixo, responsável pela Oftalmo Clínica de Petrópolis e pesquisadora da Fiocruz. 

Todos esses exames são gratuitos e oferecidos pela rede pública de saúde. Com os avanços atuais da oftalmologia, pelo menos 70% dos casos de cegueira e comprometimento visual avançado em crianças, poderiam ser evitados, se diagnosticados de forma preventiva. 

As infecções que não são tratadas, como sífilis, rubéola e toxoplasmose, podem causar lesões retinianas e desenvolver casos graves em bebês. Confira abaixo mais detalhes sobre as principais patologias:
 

Toxoplasmose: causada por um protozoário, a toxoplasmose é responsável por cerca de 40% dos casos de cegueira e baixa visão infantil. Quando a mulher se infecta durante a gravidez, o parasita pode atravessar a placenta e contaminar o bebê. A principal complicação que pode ocorrer devido a essa doença é a uveíte, inflamação da camada intermediária do olho, que pode levar a graves sequelas visuais.
 

Catarata: responsável por cerca de 19% das crianças cegas, a doença é uma das principais que podem ser tratáveis durante a infância. Se diagnosticado e operado antes dos 3 meses, o bebê não corre o risco de desenvolver nistagmo, condição que provoca movimentos oscilatórios no globo ocular e perder a visão.
 

Retinopatia da prematuridade: é uma doença que compromete a vascularização da retina imatura dos recém nascidos. É responsável por cerca de 20% dos casos de cegueira em crianças e está diretamente relacionada ao nascimento prematuro.
 

Glaucoma: os problemas causados pelo glaucoma infantil podem ser provocados principalmente pela pressão intraocular elevada, impactos no desenvolvimento do globo ocular e da acuidade visual, além de lesões no nervo óptico. Eles são responsáveis por cerca de 18% dos casos de baixa visão e estão entre as principais causas de cegueira em crianças.
 

Atrofia do nervo óptico: a doença é caracterizada pela desconexão dos sinais luminosos do nervo óptico para o cérebro montar as imagens. Pode se manifestar com diferentes sinais como visão embaçada, perda da capacidade de distinguir as cores, além da diminuição da qualidade da visão e a perda do campo visual.

'Outubro Rosa': Mastologista comenta casos de câncer de mama relacionados à próteses de silicone

Foto ilustrativa: Shutterstock
 Casos são raros e mulheres com implantes devem manter o acompanhamento conforme a indicação médica


A agência americana Food and Drug Administration (FDA) emitiu recentemente um alerta para mulheres que possuem ou que desejam implantar silicone nas mamas, comunicando que, apesar de raros, certos tipos de câncer podem se desenvolver no tecido cicatricial de todos os implantes, independente do tipo da superfície - lisa ou texturizada - e se são preenchidos com soro fisiológico ou silicone. O risco deste câncer já era conhecido por especialistas no Brasil e é chamado de linfoma anaplásico de grandes células, um tipo de nódulo causado pelo sistema imunológico. A lesão foi associada principalmente às próteses com superfícies texturizadas, pois elas causam mais inflamação ao corpo.

De acordo com o médico mastologista do Eco Medical Center, em Curitiba, Rodrigo Bernardi, é necessário ter calma ao abordar o assunto. “É realmente muito importante levar informação a todas as mulheres que têm a escolha de submeter-se ou não a essa cirurgia, mas não é necessário um grande alarde, pois os casos são raros a nível mundial”, afirmou.

Falar sobre câncer de mama e levar informação de qualidade para as mulheres é indispensável, conforme mostra um estudo publicado recentemente: a campanha de conscientização sobre o câncer de mama “Outubro Rosa” aumenta o número de mamografias realizadas em outubro e nos dois meses seguintes, no Sistema Único de Saúde (SUS).


Segundo dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) foram realizadas 3,4 milhões de mamografias no Brasil, em 2021, em mulheres atendidas pelo SUS. Apenas no Sul do Brasil, foram 64 mil exames. 

Dados do último levantamento da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica e Estética apontam que foram realizadas 1,3 milhão de cirurgias plásticas no Brasil, em 2020. Do total, 172 mil foram para aumento das mamas - representando 13% - e 105 mil mastopexias, procedimento para reposicionar os seios, que também pode ter a utilização da prótese.

O especialista alerta que o ideal é manter o acompanhamento médico e realizar os exames sempre que indicado pelo especialista. “Não existe uma rotina específica de acompanhamento para mulheres com próteses mamárias, mas é indispensável procurar um profissional em casos de sinais como retração da pele, nódulos ou descarga mamilar. Todas as mulheres devem fazer o exame de mamografia anualmente, a partir dos 40 anos de idade, para as que possuem implantes, indicamos também a ultrassonografia”, explicou.

 

COMO FAZER OS EXAMES - De acordo com o médico radiologista Lucas Gennaro, da Eco Imagem de Curitiba, o preparo é o mesmo para todas as pacientes e inclui evitar a utilização de cremes, talcos e/ou desodorantes, nas mamas e axilas, que podem interferir nas imagens.  

“No momento do exame, quando constatado a presença de implantes, obtemos imagens adicionais utilizando a chamada ‘manobra de Eklund’ na qual excluem-se as próteses das imagens mamográficas, o que melhora a visualização das estruturas mamárias e aumenta a precisão diagnóstica. Além disso, seguindo as recomendações dos fabricantes de implantes, nós reduzimos a força de compressão das mamas durante a aquisição das imagens para evitar danos às próteses", explica. 

Rodrigo Bernardi lembra que outros exames podem ser solicitados. “Também existe a tomossíntese que é ainda mais precisa e indicada de acordo com alguns critérios, em consulta médica”.

Na contramão dos implantes, o Brasil registrou, também em 2020, 25 mil cirurgias para a retirada das próteses de silicone. O número representa um crescimento de 31,6% em relação a 2019, quando a mesma pesquisa apontou 19 mil cirurgias com este fim.

A Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a mamografia de rastreamento anual a partir dos 40 anos para mulheres de risco habitual e a partir dos 30 anos para mulheres de alto risco. Aquelas que apresentam qualquer tipo de sintoma devem procurar auxílio médico o mais rápido possível, inclusive as jovens.


Conheça cinco mitos que desafiam a jornada de quem tem Artrite Reumatoide

Longo caminho em busca do diagnóstico correto e do tratamento adequado é um dos desafios do paciente de Artrite Reumatoide (AR),

doença que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros em plena fase produtiva

 

Em outubro, o dia 12 marca a Conscientização da Artrite Reumatoide (AR), doença autoimune e crônica que afeta as articulações gerando dores fortes e que pode provocar desgaste ósseo, limitações físicas e até comprometimento psíquico como transtornos de ansiedade e depressão, ocasionados principalmente pelo fator incapacitante da doença . Conhecer melhor a jornada do paciente de AR no Brasil é importante para compreender os principais obstáculos enfrentados durante esse percurso desafiador e marcado pela dor. É assim que o paciente define a sua luta até ser diagnosticado e chegar ao tratamento adequado. Esse processo, que em alguns casos pode levar anos, acaba impactando fortemente a qualidade de vida de quem tem AR. 

É importante estar atento aos principais sintomas para não demorar a procurar o médico. “Entre eles destacam-se: dores intensas, inchaço e vermelhidão nas articulações, especialmente nas mãos, e dificuldade em se mexer ao acordar, durando pelo menos uma hora. Os sintomas também podem aparecer separadamente”, afirma o reumatologista Thiago Ferreira da Silva. O especialista responsável pelo tratamento da AR é o reumatologista, peça fundamental na jornada do paciente, o que já derruba um dos mitos que rondam a doença, como o de que reumatologista cuida apenas de idosos. Outro mito a ser derrubado é de que a AR é doença de pessoas idosas. A prevalência da doença é de duas a três vezes maior nas mulheres e os primeiros sintomas costumam se manifestar entre os 30 e os 40 anos . 

Esses mitos podem desafiar o paciente na busca pelo diagnóstico precoce, o tratamento adequado e a conquista por mais qualidade de vida, sem dor. Conheça mais alguns deles:

 

  1. “DOR TODO MUNDO TEM, É NORMAL”

Achar que é normal e acostumar-se com a dor, é o sintoma mais comum e latente da AR, sendo um dos maiores mitos. “Isso acontece tanto com quem já teve o diagnóstico, quanto com quem ainda não foi diagnosticado. Além disso, conviver com a dor é deixar de buscar qualidade vida arriscando a liberdade de movimento”, diz Dr. Thiago. A busca por mais vida com qualidade para o paciente também envolve o

médico, conhecendo o que há de mais inovador para tratar a doença e contribuindo para acelerar o diagnóstico.

 

  1. “REUMATOLOGISTA É MÉDICO DE IDOSO/A”

A percepção de que a AR afetaria exclusivamente idosos é um dos mitos frequentes sobre a doença contribuindo para o atraso no diagnóstico . Os primeiros sintomas costumam se manifestar em plena idade produtiva, ameaçando a realização das atividades diárias e a vida profissional e social do paciente.

 

  1. AR É UMA DOENÇA DE “JUNTAS”

“A Artrite Reumatoide é uma doença sistêmica, ou seja, ela afeta todo o corpo humano, ao invés de apenas um órgão ou região, e causa efeitos variados. Ela também é autoimune e outras doenças desencadeadas pelo mesmo mecanismo são mais frequentes nestes pacientes quando comparados com quem não tem a doença. Por isso, elas também são associadas a algumas comorbidades”, esclarece o especialista.

Por exemplo, não é raro o paciente ter artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto. Outra complicação comum em pacientes com artrite reumatoide, são doenças que estão relacionadas a deposição de placas de gordura (colesterol) nos vasos sanguíneos. Assim, doença coronariana, aterosclerose nas artérias carótidas, doença vascular periférica e acidente vascular cerebral (AVC), em especial o tipo isquêmico, podem ocorrer. Outras condições mais frequentes em quem tem artrite reumatoide são insuficiência cardíaca congestiva, diabetes mellitus tipo 2, osteoporose e distúrbio dos lipídios (colesterol, HDL e triglicerídeos).

“A presença de comorbidades nos pacientes com artrite reumatóide é importante pois podem aumentar ainda mais a chance de um infarto do miocárdio e/ou AVC, com consequente aumento da incapacidade e mortalidade, caso estas doenças concomitantes não sejam reconhecidas e tratadas de forma adequada. Por isso, a abordagem multidisciplinar é fundamental”, complementa o especialista.

 

  1. AR NÃO TEM A VER COM SAÚDE MENTAL

O afastamento das atividades sociais, a interrupção das práticas esportivas e o abalo na vida profissional, podem impactar também a saúde mental dessas pessoas . Essas informações corroboram com os achados científicos que reforçam a ligação entre a enfermidade e quadros depressivos, por exemplo. Estudos revelam que a prevalência de transtornos depressivos em portadores da doença varia entre 13% e 47%, de acordo com o tamanho e as características das populações analisadas.

Alguns trabalhos apontam que a depressão teria um efeito direto sobre as citocinas, substâncias que estimulam o processo inflamatório relacionado à artrite reumatoide. Um artigo recente, publicado no Arthritis Care & Research diz que 1/3 dos adultos americanos com artrite, com mais de 45 anos de idade, relata ter ansiedade ou depressão. O trabalho destaca que a ansiedade é quase duas vezes mais comum que a depressão entre os pacientes artríticos . “Por isso estimular o cuidado multidisciplinar do paciente reumático, com grande atenção à saúde mental, é muito importante. Vale destacar que o transtorno mental também pode interferir na adesão ao tratamento, agravando o quadro”, afirma Dr. Thiago. Também há grande impacto no trabalho. As fortes dores e a perda de autonomia interferem fortemente na vida profissional: um terço das pessoas com AR tem afastamento do trabalho nos primeiros 5 anos .

 

  1. “TENHO MEDO DE USAR MEDICAMENTO BIOLÓGICO”

De acordo com especialistas, o tratamento com imunobiológicos é um avanço no campo da saúde para tratar as doenças autoimunes, podendo trazer mais qualidade de vida ao paciente. Em sua maioria, a administração é feita de forma segura por via intravenosa ou subcutânea. O paciente recebe a medicação em ambiente ambulatorial e pode continuar as atividades do seu dia a dia. “Podemos concluir que, o diagnóstico tardio é prejudicial porque adia, por consequência, o início do tratamento, o que pode impactar fortemente o cotidiano do paciente, desde a realização das atividades mais básicas como se alimentar, se higienizar, trabalhar, até a convivência com os amigos”, finaliza o reumatologista.

Para mais informações sobre o diagnóstico e tratamento da Artrite Reumatoide, acesse: Link

  

Janssen

https://www.janssen.com/brasil/


Teratoma; o tumor formado com dentes, unha e cabelos

Oncologista explica quais os sintomas, diagnóstico e tratamento

 

Com aspectos que provocam susto e certa agonia, o Teratoma tem sido assunto desde que a influenciadora Drielly Arruda descreveu, no Tik Tok, as características desse tumor recém-descoberto em seu organismo. 

A oncologista e professora do curso de Medicina da Unime, Lygia Accioly Tinoco, conta que o teratoma é um tumor formado por células germinativas. “Essas células são precursoras de diferentes tipos de tecido e órgãos do nosso corpo; sendo assim comum que sejam encontrados cabelos, pele, dentes, unhas e até dedos, dependendo do tipo de células presentes”, destaca. 

Mais frequente nos ovários, no caso das mulheres, e nos testículos, nos homens, se desenvolvem desde o nascimento sendo causado por uma mutação genética que acontece durante a formação do bebê. De forma geral são assintomáticos e de crescimento bastante lento, sendo em sua maioria, identificados na infância ou já na idade adulta, sendo a faixa etária mais comum dos 10 aos 30 anos, o diagnóstico por vezes é feito com exames realizados de rotina, como tomografia computadorizada, ultrassom ou raio X. 

A especialista adverte que quando o teratoma está muito desenvolvido pode causar aumento do volume abdominal, ou da região escrotal, dores constantes ou sensação de pressão. Em alguns casos, quando o teratoma cresce muito lentamente, o médico pode optar por manter apenas observação do tumor. “Nesses casos, é necessário fazer exames frequentes e consultas para avaliar a evolução do tumor”, alerta. Caso haja aumento progressivo de tamanho, é recomendada a realização de cirurgia seguida da avaliação histopatológica do material retirado para verificar se não há presença de células malignas. Caso o teratoma seja maligno, poderá existir a necessidade de se complementar o tratamento cirúrgico com quimioterapia ou radioterapia com o intuito de diminuir a taxa de recidiva, levando a uma maior chance de cura da doença. 

Em algumas situações, o tumor pode ser identificado no ultrassom pré-natal e, para o diagnóstico, é necessário fazer biópsia, hemograma completo e exames de sangue adicionais, além de diferentes estudos de imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, raio X e ultrassonografia. Embora seja uma alteração genética, o teratoma não é hereditário e, por isso, não passa de pais para filhos.

 

 Kroton Med

 União Metropolitana para o Desenvolvimento da Educação e Cultura (Unime)


Como acabar com o etarismo nas empresas

Integrar a intergeracionalidade nas organizações é o principal caminho para sair do etarismo

 

 

O aumento da expectativa de vida trouxe um novo panorama para a sociedade e, consequentemente, para o mercado de trabalho. Mais pessoas acima dos 45 anos passaram a estar empregadas e, com elas, um tipo de preconceito ganhou força nos corredores das empresas: o etarismo, que, entre outras coisas, condiciona à idade o desempenho e a capacidade de desenvolver atividades.

 

Um levantamento feito pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que aproximadamente 13% da população brasileira tem mais de 60 anos, e a previsão é que, em 2031, o país tenha mais idosos do que jovens e adolescentes. Se olharmos um pouco para trás, o aumento da expectativa de vida impressiona: em 1940, era de 45,5 anos, enquanto, em 2020, já havia saltado para 76,8 anos.
 

O país está ficando cada vez mais “velho” e, embora vejamos o preconceito crescer no mercado de trabalho, a neurociência nos mostra que a presença de pessoas com mais bagagem é positiva para as empresas. Estudos comprovam que o aprendizado constante molda o cérebro a partir da neuroplasticidade cerebral - ou seja, quanto mais exercitamos as nossas funções cognitivas, mais capazes nos tornamos de lidar com as situações do dia a dia.

 

Ao mesmo tempo em que presencia o envelhecimento dos trabalhadores, o mundo corporativo está tendo que lidar com o estabelecimento da Geração Y e com a chegada da Geração Z, para a qual, de modo geral, também não está preparado. Marcante pelo modernismo, protagonismo e espírito empreendedor, a Geração Z tem sede de alcançar lugar de destaque nas empresas, de transformar o ambiente de trabalho por não aceitar horários rígidos nem ambientes com formatos ultrapassados.

 

Mas o que as empresas precisam colocar em prática para não perder espaço, diante deste cenário tão controverso? Não existe empresa sem pessoas, por isso digo que o melhor caminho para seguir é a união das gerações. A idade permite que você construa competências, o amadurecimento traz experiências e resiliência, a pessoa mais velha traz consigo o networking natural e o conhecimento adquirido ao longo da vida. Já o jovem carrega a modernidade, a facilidade de se comunicar, busca autonomia, é entusiasta e desapegado, ao mesmo tempo em que mantém os pés no chão.

 

A diversidade que buscamos dentro das empresas deve ultrapassar a barreira da idade. Pessoas diferentes promovem ideias, pensamentos e experiências diferentes. Fica cada vez mais evidente que a formação de times múltiplos, com perfis, gêneros, orientações sexuais, raças e faixas etárias diversas, gera melhores resultados e entregas mais completas. Estamos caminhando para uma mudança total nos modelos de trabalho e na forma de olhar para a sociedade. E ainda teremos uma grande aceleração nessa tomada de consciência.
 

Então como não incluir a intergeracionalidade na pauta da diversidade corporativa? Como desprezar a bagagem de alguém que presencia as mudanças do mundo há mais de quatro décadas? Os mais jovens podem e devem aprender constantemente com os mais velhos, assim como os mais velhos podem e devem aprender constantemente com os mais jovens. Promover a integração e o convívio das gerações é a solução para acabar o etarismo. É a única forma de os líderes acabarem com o preconceito no mercado de trabalho.




Luiz França - especialista em Gestão de Pessoas, humanizador de empresas e autor do livro “Cultura de confiança: A arte do engajamento para times fortes e que geram resultados”.

 


Tenho direito ao VT mesmo usando condução própria?

Segundo especialista, não. Entenda.



Ao ser contratado em regime CLT, o trabalhador assina uma declaração informando se precisa ou não do vale transporte. Foi a lei nº 7.418, de 1985, que instituiu o benefício aos empregados contratados de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho.

No entanto, comumente são proferidas decisões na justiça do trabalho afastando o direito ao recebimento do vale transporte em determinadas situações, especialmente nos casos em que o empregado utiliza veículo particular para se deslocar ao trabalho.

“Isso acontece porque o direito ao recebimento do vale transporte tem como requisito específico a necessidade de deslocamento ao trabalho mediante utilização do transporte público coletivo”, explica Jonathan Bueno, especialista em Direito do Trabalho, do Ricardo Trotta Sociedade de Advogados.

Para Bueno, se o empregado não estiver utilizando o transporte público, seja em razão de utilização de veículo particular ou, ainda, por ter residência muito próxima ao local de trabalho, não lhe será devido o recibo do vale transporte.

O especialista alerta, ainda, que, “caso o empregado, que não faça jus ao recebimento de vale transporte e receba o benefício, omitindo essa informação de seu empregador, o contrato de trabalho poderá ser rescindido por justa causa”.

Em recente decisão do TRT, os julgadores entenderam não ser devido o VT a trabalhador que se deslocava de carro próprio ou de carona para o serviço, ainda que este tenha alegado que caso utilizasse o transporte público, chegaria ao serviço após o horário normal de início da jornada.

Para a corte, pesou na decisão o fato de o trabalhador ter apresentado declaração assinada optando pelo não recebimento do benefício.


A falta de preservação ambiental e os riscos para a saúde humana

 

A conservação ambiental defende o desenvolvimento sustentável da humanidade e busca garantir a qualidade de vida para as gerações futuras. No último dia 04 de outubro, foi comemorado o Dia da Natureza, data criada com o intuito de conscientizar a população a respeito da importância da preservação ambiental. Mas, será que temos o que comemorar? 

A natureza é e sempre será a maior fornecedora dos elementos básicos para a sobrevivência de qualquer ser vivo. Ela fornece o ar que respiramos através da mágica da fotossíntese, a água que bebemos até a energia que consumimos. Somente em 2022, a floresta Amazônica - maior bioma do mundo - teve 7.943 quilômetros de florestas derrubadas de janeiro a agosto, a terceira pior devastação para o período nos últimos 15 anos. 

Em São Paulo, o maior rio paulista, Tietê, com cerca de 1.1 mil quilômetros de extensão, sofre com a poluição - monitorada desde dos anos 90. De acordo com o estudo Observando o Tietê 2022, a mancha de poluição cresceu e agora se estende por 122 quilômetros, um aumento de 40% em relação a 2021, quando atingiu 85 quilômetros. Cerca de 50% da população mundial consome água poluída e, como consequência, a proliferação de doenças por meio dos microrganismos nocivos aumenta principalmente para aqueles que convivem diariamente com a falta de saneamento básico 

Em 2019, a escassez do serviço, levou a sobrecarga do sistema de saúde, com 273.403 internações por doenças de veiculação hídrica, um aumento de 30 mil hospitalizações comparado com o mesmo período do ano anterior. A Constituição garante a saúde e o bem-estar de todos, mas a ineficiência das políticas públicas, em conjunto com a sobrecarga do sistema de saúde público, torna a condição de vida precária. 

O Brasil é um dos principais centros de inovação e tecnologia do mundo, mas não basta somente o desenvolvimento de soluções ambientais, como purificadores capazes de tratar água contaminada e a canalização de esgotos, se o principal problema é a falta de educação ambiental. A mudança só vai ser efetiva no momento em que a população descruzar os braços para as atrocidades cometidas e mudar o seu comportamento em relação ao meio ambiente.



Fernando Silva - CEO da PWTech, startup voltada para a purificação de água contaminada. Formado em engenharia química pelo Mackenzie e administração e negócios pela Harvard Business School, é executivo da área comercial com mais de 15 anos de experiência em negócios e soluções ambientais sustentáveis.

 

Funcionários não querem ser líderes: o que as empresas podem fazer a respeito?

Pelo senso comum, podemos achar que todo e qualquer funcionário tenha como o principal objetivo tornar-se líder um dia, seja pelo reconhecimento de seus superiores, ou pelo aumento na remuneração. Mas, a realidade pode estar bem longe disso. Foi o que identificou um estudo da consultoria Robert Half, em parceria com o Insper. A conclusão partiu das respostas de 587 profissionais de diferentes empresas, no ano passado, e que indicou que há duas grandes preocupações por parte deles: a falta de competências técnicas para se tornar líder, ou o receio de não conseguir equilibrar bem a vida pessoal e profissional. 

Apesar dessa pesquisa ser recente, o movimento não acontece de hoje. A revista Harvard Business Review, em 2014, divulgou resultados bastante semelhantes, com uma pesquisa nos Estados Unidos, que mostrou que de mais de 3 mil profissionais – em cargos diversos – 34% almejavam cargos de liderança, e apenas 7% gostariam de alcançar uma posição C-Level. 

No entanto, é preciso lembrar que, atualmente, passamos pelo contexto da pandemia e as relações de trabalho foram bastante afetadas, sobretudo pelo home office em meio ao isolamento social e inúmeras outras inseguranças que a covid 19 impôs. Tanto é que, nesse ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar a Síndrome de Burnout como uma doença ocupacional. 

Às empresas, cabe o papel de entender o momento de seus colaboradores e, mais do que isso, oferecer a ele ferramentas para lidar com as questões que mais lhe afligem. Muitas empresas, inclusive multinacionais, já entendem o coaching como um importante suporte nesse momento e, por isso, implementam programas para líderes promovidos à primeira gestão, ou seja, profissionais que deixam de atuar no segmento operacional e precisam adotar um olhar mais estratégico, além do desafio de gerenciar pessoas que, em alguns casos, é algo distante realidade desses colaboradores.

Nessa transição de cadeira, o coaching vai atuar principalmente como facilitador do autoconhecimento e buscar a entender o que está por trás desse desejo de não ser líder, ou quais as competências que precisarão ser desenvolvidas para atuar nessa nova função.  

O que vai definir o sucesso dessa transição, sem dúvidas, é a concordância de ambos os lados, alinhamento de expectativas e uma estrutura sólida para que o colaborador se sinta seguro nessas movimentações, seja para dar passos em direção à liderança, ou até mesmo no desenvolvimento da carreira em Y, que consiste na ampliação de opções - promoção para a gestão, ou aprofundamento de habilidades técnicas do colaborador – o que permite autonomia para que o funcionário defina os próximos passos na trajetória profissional e, em contrapartida, desempenhe o trabalho com mais eficiência, ao entregar ainda mais resultados para a instituição. 



Cândida Semensato - coach executiva e de carreira. É a atual presidente da International Coaching Federation Capítulo Brasil (ICF Brasil) 


Posts mais acessados