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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Shopping Iguatemi Alphaville recebe Exposição Vincent - Paisagens de Van Gogh

De 24 de fevereiro a 27 de março, projeto levará os visitantes para “dentro” da obra e do universo do artista holandês

 

Uma experiência imersiva e sensorial em cenários inspirados na obra de um dos maiores artistas do mundo e principal nome do pós-impressionismo. A exposição Vincent - Paisagens de Van Gogh estará no Shopping Iguatemi Alphaville de 24 de fevereiro a 27 de março, trazendo parte do universo do pintor. Os ingressos custam R$ 15 (R$ 7,50 a meia entrada) e podem ser adquiridos pelo sistema Sympla. 

O evento é inspirado em cinco das telas mais famosas de Van Gogh, nas centenas de cartas pessoais que escreveu ao longo dos seus (poucos) 37 anos de vida e os 38 lugares em que morou em quatro países. Com recursos de cores, sons e aromas, o visitante poderá conhecer sobre sua vida e impressões do mundo. Trechos de suas cartas pessoais são presentados por um narrador em off. 

“Suas obras com céus estrelados, campos de girassóis, plantações que parecem balançar ao vento, com cores ousadas e traços a frente de seu tempo, nos inspiraram a definir o conceito visual desta exposição”, explica a idealizadora e curadora da mostra Karina Israel, da consultoria de ambientes interativos YDreams Global, responsável pelo projeto. 

O circuito de visitação inclui oito cenários – seis deles representando, em formato gigante, paisagens retratadas nas telas e, em cada ambiente, diferentes experiências ao som de trechos de suas cartas ao irmão Theo e sua cunhada Johanna. A viagem pelo universo de Van Gogh começa por uma pequena sala branca, com um portal tridimensional e texto extraído integralmente de carta do pintor a seu irmão caçula, reproduzindo a sua letra, papel e selo da época. A visitação segue pelos cenários: Campo de Trigo com Corvo, Labirinto Flor de Íris (Irises como referência), Praça da Amendoeira, Banho de Lua (obra de referência, Starry Night Over the Rhone), Sinfonia da Noite Estrelada (inspirada na tela Noite Estrelada), Foto Pintada e Bosque de Espelhos. 

“A Iguatemi tem o compromisso de proporcionar experiências únicas aos nossos clientes e estamos muito felizes em trazer pela primeira vez um evento cultural inédito e exclusivo para Alphaville”, comenta Amanda Zeni, gerente de marketing do Iguatemi Alphaville. 

Todos os protocolos de segurança serão seguidos como controle de acesso com grupos reduzidos, mantendo o distanciamento social, obrigatoriedade do uso de máscara facial e higienização constante do ambiente.

 

Mais sobre Vincent van Gogh

Vincent van Gogh nasceu em Zundert, Holanda, em março de 1853, numa família de classe média alta, tendo começado a desenhar ainda criança. Foi vendedor de obras de arte e viajou frequentemente, porém entrou em depressão depois de ser transferido para Londres. Van Gogh voltou-se para a religião e passou um tempo como missionário protestante na Bélgica. Começou a pintar em 1881. Seu irmão mais jovem Theo – a quem dirigiu as cartas lidas na exposição - o apoiou financeiramente. Van Gogh mudou-se em 1886 para Paris onde conheceu vanguardistas como Émile Bernard e Paul Gauguin. Criou abordagem para naturezas-mortas e paisagens, produzindo suas obras com cores cada vez mais vivas. A partir de sua estadia em Arles (por volta de 1888), ampliou seus temas incorporando oliveiras, ciprestes, campos de trigo e girassóis. Hoje, seus quadros estão na lista dos mais valiosos do mundo, alcançado mais de 150 milhões de dólares, quando disponíveis. Em julho de 1890, morreu num campo de trigo, aos 37 anos, supostamente por suicídio, com um tiro de espingarda

 

 SERVIÇO

Vincent - Paisagens de Van Gogh

De 24 de fevereiro a 27 de março

Sessões de 30 em 30 minutos com equipe de promotores

Local: Piso Tocantins (espaço da antiga Zara Home)

Horários:

Segunda a sábado das 10h às 22h (última sessão 21h30)

Domingos e feriados das 14h às 20h (última sessão 19h30)

Dia 24/02 abre para o público às 14h

Ingressos: R$ 15,00 inteira e R$ 7,50 meia / compra exclusivamente pelo sistema Sympla no link: https://bileto.sympla.com.br/event/71426


Dá para combater doenças pelo prato? Nutróloga explica.

A resposta é sim e não. Segundo a nutróloga Dra. Ana Luisa Vilela, algumas doenças podem sim serem tratadas -- com orientação e ajuda médica -- já outras não bastam para que a doença seja devidamente controlada.

 

Hipertensão: Ajuda, mas não trata apenas com alimentação.

Mesmo assim a dieta deve ser com baixo sódio e restrição de calorias.

Diabetes e pré diabetes: Sim e não. Na diabetes tipo 1 necessita de medicação para controle, já a pré diabetes pode ser evitada pelo prato.

Ambas devem ser tratadas com restrição de açúcares e carboidratos simples já que o índice glicêmico se refere à quantidade de glicose presente em cada alimento que vira açúcar no sangue com mais facilidade e rapidez.

Obesidade: Sim.

Dieta deve ser sempre de baixa caloria com o menor índice glicêmico possível ou até a cetogênica.

Enxaqueca e alergias: Sim.

Com dietas de restrições específicas de alimentos ou grupos, por exemplo: ovos, leite, glúten e cafeína.

SOP: Sim e não, já que a perda de peso ajuda no tratamento, mas o acometimento hormonal não pode deixar de ser tratado.

Pacientes apresentam resistência periférica à insulina, o que pode agravar o perfil hormonal e a doença. A dieta deve ser low carb, controlar ingestão dos carboidratos é fundamental para diminuir a resistência insulínica. Priorizar ainda alimentos com poder anti-inflamatório e antioxidantes, como verduras, legumes e frutas com baixa carga glicêmica, proteínas magras além de excluir açúcar e outros carboidratos refinados.

Anemia: Sim.

O tipo mais comum é a causado pela falta de ferro, chamada de anemia ferropriva que pode ser melhorada com o consumo de proteínas como carnes, peixes e frangos, espinafre, que interfere na formação das hemácias e beterraba, que ajuda na formação de glóbulos vermelhos.

Demências: Sim.

Vários nutrientes incluindo vitaminas do complexo B, nutrientes antioxidantes e ácidos graxos poli-insaturados. Esses nutrientes se relacionam com aumento da plasticidade neuronal e com redução de processo neurodegenerativo. São eles: os ricos em selênio, como carnes, ovos, os cereais integrais e a castanha do Brasil e peixes ricos em ômega 3 que atuam na redução do estresse oxidativo além dos cereais integrais, azeite de oliva -- os conhecidos da Dieta do Mediterrâneo.

Osteoporose: Não trata, mas alimentação ajuda bastante.

Leite e derivados que carregam a maior quantidade de cálcio que é muito importante para a formação dos ossos. Sardinha, ovos e soja tambám são boas opções.

Infertilidade: Sim.

A infertilidade está associada à maior produção de radicais livres, moléculas que dificultam a vida das células. Pelo menos conseguimos minimizar a atuação delas ingerindo fontes de antioxidantes (como frutas, verduras e outros vegetais) além de proteínas ricas em gorduras boas — como as dos peixes — e da redução do consumo de carnes vermelhas.

 

FONTE: Dra. Ana Luisa Vilela - Graduada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Itajubá -- MG, especialista pelo Instituto Garrido de Obesidade e Gastroenterologia (Beneficência Portuguesa de São Paulo) e pós graduada em Nutrição Médica pelo Instituto GANEP de Nutrição Humana também na Beneficência Portuguesa de São Paulo e estágio concluído pelo Hospital das Clinicas de São Paulo -- HCFMUSP. Hoje, dedica-se a frente da rede da Clínica Slim Form a melhorar a autoestima de seus pacientes com sobrepeso com tratamentos personalizados que aliam beleza e saúde.

@draanaluisavilela

Para pessoas com mais de 50 anos, mesmo Covid-19 “leve” pode resultar em problemas de mobilidade

Adultos com mais de 50 anos que sofrem de Covid-19 leve ou moderado correm maior risco de piorar a mobilidade, mesmo que a hospitalização não seja necessária para tratar o vírus, de acordo com uma nova pesquisa de Dalhousie e outras universidades canadenses. 

As descobertas usaram dados do Canadian Longitudinal Study on Aging (CLSA) e destacam a carga de Covid-19 entre adultos de meia-idade e idosos que não são hospitalizados. As informações sugerem que muitos pacientes que tiveram Covid-19 leve têm sintomas persistentes e incômodos. 

Os pesquisadores entrevistaram mais de 24 mil pessoas com mais de 50 anos de todo o Canadá durante a fase inicial do lockdown em 2020 para determinar o efeito de um diagnóstico da doença em sua mobilidade. Suas descobertas foram publicadas na revista JAMA Network Open.  

A equipe analisou questões de mobilidade, incluindo dificuldade em se levantar de uma cadeira, capacidade de subir e descer escadas sem assistência e caminhar de dois a três quarteirões da vizinhança, bem como mudanças na capacidade dos participantes de se movimentar pela casa, realizar tarefas domésticas e atividade física. 

Susan Kirkland, professora de pesquisa de Dalhousie e chefe do Departamento de Saúde Comunitária e Epidemiologia da escola, é coautora do artigo que se acredita ser um dos primeiros a avaliar a associação entre mobilidade e Covid-19 em idosos. 

"Descobrimos que mesmo aqueles com doença leve e moderada, experimentaram mudanças adversas na mobilidade em comparação com indivíduos sem Covid-19", diz Kirkland. E pontua: “Vale a pena notar essas descobertas porque indicam que os efeitos negativos da doença são muito maiores e afetam uma gama mais ampla de idosos do que aqueles que estão hospitalizados”.
 

Duplicar as chances 

Os participantes com Covid-19 tiveram quase o dobro das chances de piorar a mobilidade e a função física em comparação com aqueles sem a doença, embora a maioria tenha sintomas leves ou moderados. Dos 2.748 indivíduos com a doença confirmada, provável ou suspeito, 94% não foram hospitalizados. 

Indivíduos com Covid-19 confirmado ou provável tiveram o dobro das chances de piorar a capacidade de se envolver em atividades domésticas e participar de atividades físicas do que aqueles sem a doença. Resultados semelhantes foram encontrados para aqueles com suspeita. 

"Nossos resultados mostraram que havia um risco maior de problemas de mobilidade em idosos, com renda mais baixa, com três ou mais condições crônicas, baixa atividade física e pior nutrição", diz Marla Beauchamp, professora assistente da Escola de Reabilitação Ciência na McMaster. "No entanto, esses fatores por si só não explicam os problemas de mobilidade que observamos entre as pessoas com Covid-19. Estratégias de reabilitação precisam ser desenvolvidas para adultos que evitam a hospitalização devido à Covid-19, mas ainda precisam de apoio para restaurar sua mobilidade e função física”. 

Os pesquisadores concluíram que é necessário entender melhor os impactos de longo prazo da Covid-19 e considerar “o desenvolvimento e a implementação de abordagens eficazes de intervenção e gerenciamento para lidar com quaisquer déficits persistentes de mobilidade e funcionamento entre os que vivem na comunidade”.

 

Rubens de Fraga Júnior - professor da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná e é médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG. 


Fonte: Marla K. Beauchamp et al, Assessment of Functional Mobility After COVID-19 in Adults Aged 50 Years or Older in the Canadian Longitudinal Study on Aging, JAMA Network Open (2022). DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.46168


Síndrome de Asperger: O que é? Qual a diferença do autismo, quais sintomas e a relação com a inteligência

 Em entrevista, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela fala sobre a síndrome, causa e tratamento. Também tira dúvidas sobre mitos relacionados ao transtorno  

 

Nesta sexta-feira (18), comemora-se o Dia Internacional da Síndrome de Asperger, uma perturbação do comportamento com uma base genética que se enquadra nas perturbações do espectro do autismo. Algumas das principais características desta síndrome estão relacionadas com alterações na interação social, na comunicação e no comportamento. 

Embora não tenha cura, existe uma série de tratamentos para minimizar os aspectos negativos associados a ela. O Ph.D. neurocientista, com formação em neuropsicologia e biólogo Dr. Fabiano de Abreu Agrela, em entrevista, explica como a síndrome é diagnosticada e como pode e deve ser acompanhada. 

 

O que é a Síndrome de Asperger? 

 É um transtorno do desenvolvimento. Pessoas com Síndrome de Asperger têm dificuldades na interação social, problemas na comunicação e discurso, problemas de empatia e interesses limitados, interpretação literal da linguagem, comportamentos rígidos, repetitivos ou rotineiros, descoordenação motora e hipersensibilidade a estímulos sensoriais. Eles têm dificuldades em entender situações sociais e formas sutis de comunicação, como linguagem corporal, humor e sarcasmo. Os interesses podem se tornar obsessivos e interferir na vida cotidiana. 

 

Qual é a diferença entre a síndrome de Asperger e o transtorno do espectro do autismo?  

A síndrome de Asperger corresponde a um conjunto reconhecível de atipicidades, apesar de uma existência instável na nosografia psiquiátrica. Mais uma condição do que um transtorno, merece reconhecimento como uma entidade isolada dentro do espectro do autismo, em particular porque isso é benéfico para aqueles que se identificam com ele. Em comparação com pessoas com autismo prototípico, os indivíduos Asperger têm interesses intensos e enfrentam questões motoras, afetivas e adaptativas distintas. 

 

Quais são os sintomas da síndrome de Asperger?  

Pessoas com Síndrome de Asperger exibem interações sociais pobres, obsessões, padrões de fala estranhos, expressões faciais limitadas e outros maneirismos peculiares. Você pode ver um ou mais dos seguintes sintomas: 

  1. Uma obsessão intensa com um ou dois assuntos específicos e estreitos 
  2. Não usar ou compreender a comunicação não verbal, como gestos, linguagem corporal e expressão facial 
  3. Fala que soa incomum, como plana, aguda, silenciosa, alta ou robótica 
  4. Ficar chateado com quaisquer pequenas mudanças nas rotinas 
  5. Memorizar facilmente informações e fatos preferidos 
  6. Não entender bem as emoções ou ter menos expressão facial do que os outros 
  7. Interações sociais inadequadas ou mínimas 
  8. Conversas que quase sempre giram em torno de si mesmas ou de um determinado tópico, e não de outros 
  9. Dificuldade em gerenciar emoções, às vezes levando a explosões verbais ou comportamentais, comportamentos auto-agressivos ou birras 
  10. Hipersensibilidade a luzes, sons e texturas 
  11. Não entender os sentimentos ou perspectivas de outras pessoas 

 

Pessoas com Síndrome de Asperger são mais inteligentes, como já ouvimos dizer?  

As questões ligadas à inteligência são bastante discutidas. Muitas vezes existe uma confusão entre ser altamente inteligente ou ser altamente especializado. Quem sofre desta síndrome desenvolve focos bastante fortes numa área de interesse que pode levar essas pessoas ao sucesso pois é visto como objetivo primordial. Erradamente apontam pessoas com Asperger como inteligentes, essa justificativa é perigosa pois serve como argumento para a falta de cuidado necessário para um melhor desenvolvimento resultando num melhor bem estar para pessoas com esse espectro autista. Pessoas com Síndrome de Asperger podem apresentar determinadas inteligências, mas falham na cognição que é, também, uma inteligência. Por isso, deve-se ter todo cuidado educacional e no desenvolvimento cognitivo para que possam se enquadrar melhor na sociedade e contribuir com ela. 

 

Diagnóstico  

O diagnóstico é normalmente realizado por uma equipe multidisciplinar e, este acompanhamento médico. Ter o acompanhamento adequado ajuda a criança a ter níveis de automatização que provavelmente não conseguiria atingir se não fosse seguido. Existem diversos tratamentos e intervenção terapêutica que proporcionam oportunidades para os pacientes de se desenvolverem e terem melhor qualidade de vida. Mesmo quando pode incluir tratamento medicamentoso. O acompanhamento psicológico é essencial e muito importante para que a pessoa aprenda a conhecer e a aceitar.  

Para finalizar, o Dr. Fabiano de Abreu Agrela, que é membro da Society for Neuroscience e da Redilat, rede de cientistas latino-americanos diz que "as pessoas Asperger podem contribuir para o progresso da sociedade e merecem o pleno reconhecimento de seus direitos e individualidade dentro de um mundo neurodiverso.", remata 

 

 

Dr. Fabiano de Abreu Agrela

 https://orcid.org/0000-0002-5487-5852


Overtraining: quando o exercício vira risco à saúde

Divulgação / MF Press Global
Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, e Tauan Gomes, educador físico, avaliam as consequências do excesso de atividades físicas.

 

A realização de atividades físicas é sempre apontada como um dos pilares para a manutenção de uma vida saudável. Porém, o excesso de treino pode acabar se tornando um risco para a qualidade de vida de qualquer atleta. Para o Dr. Felipe Carvalho, especialista em medicina regenerativa, com extensa experiência no tratamento de lesões desportivas, para descobrir se há “overtraining”, pode-se observar a quantidade de atletas machucados em um time. “Equipes que tenham várias lesões em um mesmo grupo, devem começar a avaliar a possibilidade de existir uma sobrecarga de treinamentos”, opina. 

O médico afirma ainda, que, atualmente, já existem tecnologias que auxiliam na avaliação da saúde muscular dos atletas, porém, é necessário que os jogadores mantenham uma linha de conversa direta com a equipe médica para evitar problemas graves. “No início da dor, ele deve avisar. Porque toda lesão que for equalizada no começo tem muito mais opções de tratamento”, aconselha. 

Para evitar problemas advindos do treinamento, o educador físico Tauan Gomes acredita que é necessário ter paciência para atingir os objetivos. “A atividade física não é algo que vai resolver em uma sessão. O treino, independente do seu objetivo, deve fazer parte da sua rotina para que você tenha um resultado sem se colocar em risco por excessos”, afirma. 

O coach explica ainda, o “overtraining” ocorre quando o exercício realizado é superior às limitações do condicionamento do atleta. “O prejuízo não é só físico. Além do desgaste muscular, há uma queda no sistema cognitivo, ocasionando fadiga mental, aumento da fome, desregulação do sono, irritação, estresse e redução de performance esportiva também”, detalha Tauan Gomes. Para ele, a melhor forma de evitar as lesões é manter um treino organizado e supervisionado para que não haja sobrecarga no músculo.

 

Sobre Tauan Gomes  

Personal Trainer, educador físico, coach e personalidade na internet: Tauan Gomes é um  apaixonado por atividades físicas e bem-estar. Sempre envolvido com alguma atividade, como jiu-jitsu, cross, judô ou musculação, o carioca residente de Portugal, atualmente ministra aulas e dá consultorias virtuais para pessoas do mundo inteiro, de um jeito prático e inovador.

O educador físico, que  tem formação pela International Coaching and Leaders Association, utiliza técnicas motivacionais para um melhor aproveitamento dos alunos. Seu público alvo são as mulheres de 25 a 40 anos, que buscam o emagrecimento saudável e eficaz.  Além dos treinos, Tauan oferece sessões completas e ferramentas de coaching durante o processo, abordando outras áreas que possam estar limitando o sucesso.  O treinador garante que o resultado existe da mesma forma que precisamente, basta empenho e vontade dos participantes. 

 

Dr. Luiz Felipe Carvalho - ortopedista especialista em coluna vertebral e medicina regenerativa. Já tratou grandes atletas como o tenista uruguaio Pablo Cuevas, o jogador de futebol Rodrigo e Ferreirinha do Grêmio. O Gaúcho, possui um profundo conhecimento sobre os modernos procedimentos cirúrgicos da coluna vertebral e também trabalha com técnicas minimamente invasivas. É diplomado pela Academia Americana de Medicina Regenerativa (AABRM), e  pelo grupo Latino Americano ORTHOREGEN. 

Coceira e mau cheiro na região íntima? Saiba como evitar

Dermacyd, marca da divisão de Consumer Healthcare na Sanofi, apresenta 5 dicas para evitar os tabus da saúde feminina

 

Durante a vida da mulher é possível que ocorram episódios de coceira vaginal e exalação de odores que a incomodem, em alguns casos a prática de higiene íntima pode minimizar a ocorrência desses episódios, mas é sempre importante lembrar, caso a mulher tenha coceira persistente e/ou odores fortes ela deve sempre procurar o seu médico ginecologista. 

Precisamos quebrar o tabu existente ao falarmos da saúde da região íntima feminina, as mulheres não devem ter vergonha caso algum episódio de mau cheiro ou coceira aconteça, e Dermacyd que é a marca de sabonete íntimo que está sempre ao seu lado, preparou dicas preciosas.

 

1. Evitar calças muito justas1

A região íntima transpira e a utilização de calças muito justas que são pouco arejadas, compromete a ventilação, por isso, sempre que possível a mulher deve apostar em vestidos, saias e calças mais largas que auxiliam na ventilação local preservando condições mais apropriadas para a saúde da região intima

 

2. Usar roupa íntima de algodão1

A calcinha de algodão é a roupa íntima de melhor escolha, pois possibilita que a região fique arejada, auxiliando na ventilação local preservando condições mais apropriadas para a saúde da região intima.

 

3. Usar preservativo durante as relações sexuais2,3

O uso de preservativos nas relações sexuais é muito importante, além de prevenir a gravidez, quando desejado, ele também protege contra o contágio de ISTs - infecções sexualmente transmissíveis - que são passadas por meio do contato sexual desprotegido que podem causar coceira e mal cheiro da região, devendo ser tratadas corretamente.

Sempre que sentir coceira e odor forte persistente consulte seu(a) médico(a) ginecologista.

 

4. Buscar ajuda especializada

O odor forte e a coceira persistente podem ser causados por diferentes motivos, por isso o tratamento adequado é imprescindível, a mulher deve ser avaliada pelo(a) ginecologista que recomendará o tratamento correto. Não hesite em buscar o(a) seu(a) médico(a) para iniciar o tratamento.

 

5. Lavar a região com sabonete específico5

É interessante higienizar a região íntima com sabonetes específicos, de preferência líquidos que mantenham o PH íntimo equilibrado.

 

Sanofi CHC 

 

Referências:

  1. Giraldo, Paulo César et al. Hábitos e costumes de mulheres universitárias quanto ao uso de roupas íntimas, adornos genitais, depilação e práticas sexuais. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia [online]. 2013, v. 35, n. 9 [Acessado 9 Fevereiro 2022] , pp. 401-406. Disponível aqui. Epub 06 Nov 2013. ISSN 1806-9339.
  2. SAÚDE, Ministério da. Usar preservativos masculinos, femininos e gel lubrificantes. Disponível aqui. Acesso em: 09 fev. 2022.
  3. SAÚDE, Ministério da. Sintomas das IST. Disponível aqui. Acesso em: 09 fev. 2022.
  4. Bahamondes MV, Portugal PM, Brolazo EM, Simões JA, Bahamondes L. Use of a lactic acid plus lactoserum intimate liquid soap for external hygiene in the prevention of bacterial vaginosis recurrence after metronidazole oral treatment. Rev Assoc Med Bras (1992). 2011 Jul-Aug;57(4):415-20. doi: 10.1590/s0104-42302011000400015. PMID: 21876923.

Tremores no corpo: Quando procurar o médico?

Neurocirurgião da Unicamp explica as inúmeras causas dessa reação do organismo, que também pode sinalizar doenças 


O tremor é um movimento involuntário, oscilatório e rítmico que costuma surgir em diferentes situações, podendo ser fisiológico, com uma reação ao frio, psicológico, como em situações de estresse e ansiedade, ou patológico, quando está associado a algumas enfermidades, como a Doença de Parkinson, o diabetes, o AVC, o hipertireoidismo, entre outros casos. 

“Esse tipo de sintoma precisa ser investigado, principalmente quando passa a ocorrer com frequência, prejudicando a saúde e a qualidade de vida do paciente. Dependendo da análise clínica, podemos entender a gravidade do tremor e tratá-lo”, esclarece o neurocirurgião Marcelo Valadares, da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. 

Ainda de acordo com o médico, existem tipos diferentes de tremores que podem acometer as pessoas em estado de repouso ou em movimento, sendo que a maioria envolve mãos, braços e, menos frequentemente, cabeça, face, tronco, pernas e cordas vocais. Para entender melhor quando o tremor é um sinal de alerta de algo mais complexo, o médico esclarece abaixo a origem deles.

 

Reação ao frio - Está na lista dos tremores mais comuns e acontece porque a queda na temperatura faz com que os músculos se contraiam rapidamente. É uma forma que o corpo encontra para manter-se aquecido: com uma contração involuntária que garante a produção de calor. Para contornar a situação, basta proteger-se do frio. Em casos graves, pode ocorrer uma situação crítica, chamada de hipotermia (quando a temperatura do organismo cai para menos de 35°C). Além dos tremores, outros sintomas estão associados, como a redução no batimento cardíaco, comprometimento da função renal, entre outras consequências, que podem levar até mesmo à morte.

 

Estresse, medo ou ansiedade - O organismo encara esses momentos de tensão e se prepara para uma reação de ataque. Uma série de hormônios estimulantes são liberados para manter a pessoa em alerta, como a adrenalina. Tais substâncias também levam à contração muscular involuntária que causa tremores, espasmos ou dores. Uma forma de controlar o estresse é recorrer a atividades que ajudam a manter a calma e a concentração, como meditação, yoga, exercícios físicos, entre outras tarefas prazerosas.

 

Doença neurodegenerativa - Um dos principais sintomas da Doenças de Parkinson é o tremor, notado quando o paciente está em repouso. Neste caso, costuma acometer primeiramente as mãos e, normalmente, começa de um lado do corpo, afetando depois o outro. Grande parte desses tremores podem ser controlados com medicações. Porém, quando o tratamento com remédios não é eficaz, existem outras formas seguras de controle. Chamada de DBS (do inglês, deep brain stimulation), a estimulação profunda do cérebro consiste na implantação de um dispositivo médico cirurgicamente, semelhante a um marca-passo cardíaco, que leva ao controle desse tipo de movimento involuntário.

 

Tremor essencial - Confundido erroneamente com o Parkinson, o tremor essencial afeta 1 em cada 20 pessoas com mais de 40 anos, e uma em cada 5 com mais de 65 anos. Embora não seja um risco à saúde, a doença pode ser debilitante, impedindo que o paciente realize atividades básicas do dia a dia, como comer ou amarrar os sapatos, por exemplo. Muitas pessoas reclamam do incômodo causado pela constante observação por parte de outras, que sempre questionam por que o paciente está tremendo em situações normais do dia a dia, como o trabalho. As causas do tremor essencial ainda são desconhecidas, mas a desordem pode aparecer na juventude, agravando-se com a idade. A estimulação cerebral profunda costuma ser indicada para esses casos também.

 

Medicamentos e outras substâncias - As medicações que interferem no sistema nervoso podem ter os tremores como efeito colateral, como alguns antidepressivos e ansiolíticos. Os broncodiladores, para controle da asma, também levam a tremores. A situação pode ser contornada com a substituição das terapias, sempre com indicação médica. Quem sofre de alcoolismo também costuma apresentar tremores em crises de abstinência. Em casos de overdose de determinadas drogas ilícitas e intoxicações, o tremor também pode ocorrer, como em situações de uso de cocaína e crack.

 

Outras doenças - O tremor também pode ser indício de doenças, como por exemplo, o hipertireoidismo, quando há excesso de hormônio da glândula tireoide no organismo, diabetes (queda na glicemia), esclerose múltipla, doenças hepáticas e consequência de AVC (Acidente Vascular Cerebral). Na dúvida, o ideal é procurar ajuda médica o quanto antes possível para que seja feito o diagnóstico e indicado o tratamento.



Dr. Marcelo Valadares - médico neurocirurgião da Disciplina de Neurocirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp e do Hospital Albert Einstein. A Neurocirurgia Funcional é a sua principal área de atuação, sendo que o neurocirurgião trabalha em São Paulo e em Campinas. Seu enfoque de trabalho é voltado às cirurgias de neuromodulação cerebral em distúrbios do movimento, cirurgias menos invasivas de coluna (cirurgia endoscópica da coluna), além de procedimentos que envolvem dor na coluna, dor neurológica cerebral e outros tipos de dor. O especialista também é fundador e diretor do Grupo de Tratamento de Dor de Campinas, que possui uma equipe multidisciplinar formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos e educadores físicos. No setor público, recriou a divisão de Neurocirurgia Funcional da Unicamp, dando início à esperada cirurgia DBS (Deep Brain Stimulation -- Estimulação Cerebral Profunda) naquela instituição. Estabeleceu linhas de pesquisa e abriu o Ambulatório de Atenção à Dor afiliado à Neurologia. 


Bafo de Onça? Veja o Que o Mau Hálito e Os Odores Corporais Tem em Comum

Já pensou que bom seria se ficássemos com aquele cheirinho gostoso de bebê para sempre? Mas não é bem assim que acontece. Com o tempo e diversos fatores, esse nosso cheiro vai mudando e há partes do corpo que ficam com odores característicos considerados normais, mas também há cheiros que podem ser sinal de que você pode estar com algum problema de saúde e precisa de ajuda especializada. 

Mau hálito, chulé com cheiro forte, suor com odor fétido, gases com cheiro de podre, urina com odor forte. Por acaso você convive com pessoas que cheiram mal, mesmo que aparentemente tenham uma boa higiene? Isso indica que essa pessoa pode estar inflamada. As excreções de uma pessoa dizem muito sobre seu grau de inflamação e consequentemente sobre a sua saúde. Por exemplo: o suor não tem cheiro. O cheiro é provocado por bactérias da sua pele.

Quando há um desequilíbrio das bactérias que vivem em nossa pele, essas bactérias liberam substâncias que deixam o suor com um odor desagradável. “Sabia quando você abre a boca a Antenada sente seu cheiro de longe? Mas não se assuste, isso não é ruim. Faz parte do diagnóstico. E posso te ajudar e orientar. Sabia que a boca também tem cheiros característicos. Cheiro de acetona, cocô, saliva, problemas de gengiva, pus. A Antenada sente e te explica o porquê. Qualquer cheiro diferente deve ser diagnosticado.” esclarece a cirurgiã dentista e especialista em halitose Dra. Bruna Conde. 

Como é possível quando o mau hálito de origem bucal se assemelha a cheiro de fezes? “O mau odor está sendo emitido por compostos orgânicos ou sulforados voláteis, decorrentes da doença periodontal (gengiva). Isso se dá quando se tem tecidos bucais em putrefação, somado ao acúmulo de bactérias capazes de gerar esses gases malcheirosos.” explica a Dentista Antenada especialista em periodontia. Além disso, a doença periodontal, muitas vezes é capaz de aumentar a quantidade de nutrientes que essas bactérias precisam para alterar o equilíbrio bucal. 

Não há porque entrar em constrangimento em falar sobre esse assunto, é importante lembrar, que qualquer pessoa pode ter esse tipo de odor. Às vezes podemos achar que esses cheiros fortes podem ser normais, mas sabia que esses cheiros na verdade podem ser sinais que você é uma pessoa com alguma inflamação e tem algum tipo de problema de saúde. 

“Outra coisa interessante comentada com os pacientes de hálito, é que ás vezes eles falam: acho que tenho mau hálito, porque eu vejo sinais de pessoas se afastando de mim, não querendo conversar perto.” comenta a Dentista Atenada. “Pode sim ser seu hálito, mas será também que pode ser o seu cheiro corporal? Ou porque a pessoa não gosta de você, ou porque agora nesse período de pandemia, as pessoas não querem ficar muito perto uma das outras? E aí a pessoa fica “encucada” achando que é o hálito e pode ser outro tipo de problema.” Completa a Dra. Bruna. 

A Dra. Bruna Conde ressalta que toda vez que você sentir um odor desagadável no seu corpo, no caso das mulheres por exemplo, corrimentos fortes, cheiro vaginal ou que venha de qualquer parte do corpo que você não sentia antes e começou a sentir, ou que alguém te falou a respeito.

É muito importante buscar ir atrás para cuidar disso, esses tipos de problemas tem tratamento, ter profissionais que você se sinta a vontade para contar pode ajudar muito. 

“Eu sei qual é a minha área de atuação, e se eu não estiver atuando nessa área eu sei pra quem indicar meu paciente. É aí meu paciente se sente acolhido, sente que realmente a queixa dele foi solucionada.” relata a Dra. Bruna. 

A Dentista Antenada alerta para você começar a fazer o check up de seus cheiros, se atente se você possui alguma alteração diferente de cheiro, e se tiver não sinta receio de procurar ajuda profissional e cuidar da sua saúde.

 

Dra Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Brasileiros ganharam peso e beberam mais desde 2020, diz pesquisa

Nutricionistas e psicólogos alertam para o desequilíbrio alimentar e falta de rotina capazes de trazer consequências ao bem-estar físico e mental   

   

Um levantamento realizado pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), do Ministério da Saúde, revelou que a taxa de obesidade nas capitais brasileiras aumentou durante o ano de 2020. Segundo a pesquisa, nenhuma análise anterior havia passado os 20% referentes ao número de obesos adultos- e, no ano de início da pandemia, esse resultado chegou próximo dos 25% em algumas capitais. Desta forma, especialistas fazem um alerta contra o sedentarismo e a má alimentação, problemas agravados com o isolamento social.    

A coordenadora do curso de Nutrição da UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Teresina, Crislane Costa, comenta que o contexto do período pandêmico facilitou hábitos que não são indicados para quem busca saúde física e mental. Segundo a nutricionista, são rotinas que pioram a qualidade de vida dos brasileiros. "De fato, desde o início da pandemia, os brasileiros pararam quase que 100% as atividades físicas, sendo elas propositais - na academia, por exemplo - ou mesmo na rotina fora de casa. Então, com o isolamento social, vieram mais lanches, mais comidas por delivery e menos gasto calórico. Como a soma não erra, temos o aumento do colesterol, da glicemia, sobrepeso e obesidade, com alimentação desregulada e predisposição a outras doenças que encontram nessa situação uma brecha para chegar", alerta a nutricionista.    

Dayane Arrais, coordenadora do curso de Psicologia da UNINASSAU Teresina, acrescenta que houve também um aumento no consumo de álcool, fato diretamente relacionado ao contexto de pressões e cobranças em excesso. O álcool assume, desta forma, um papel de apoio ou consolo pelo dia puxado, resultando num mix de problemas físicos e psicológicos.  "O que cria oportunidades para a bebida é a alteração no estilo de vida dos brasileiros. Por estarem mais à vontade em casa, bebidas alcoólicas são mais atrativas. Em uma situação de cobranças da empresa ou prazos apertados da faculdade, a pessoa tende a procurar um escape para isso. Se venceu alguma barreira, comemora com bebidas. Infelizmente, isso foi determinante para o surgimento ou piora de hábitos prejudiciais à saúde, assim como transtornos psíquicos que podem trazer outras doenças", pontuou Dayane.   


Álcool e drogas: entenda a relação do consumo na incidência de câncer

O dia 20 de fevereiro vem para alertar sobre o abuso das substâncias, sendo um dos riscos o surgimento de neoplasias. Especialistas comentam a importância de investir na prevenção primária e de contornar a situação com hábitos mais saudáveis

 

Apesar do desenvolvimento do câncer levar semanas, meses ou até mesmo anos, é necessário investir em um estilo de vida saudável como uma alternativa para evitar a doença. No entanto, para que essa neoplasia aconteça, as células devem passar por uma mutação genética com alterações do DNA, resultando em uma falha no controle e reprodução celular descontrolada. 

Dentre as diversas causas de câncer, é possível citar o consumo excessivo de álcool e drogas. Segundo a American Cancer Society, 30% das mortes pela neoplasia podem ser relacionadas ao uso abusivo de entorpecentes. Contudo, o desafio é ainda maior: deve-se olhar de lupa para as chamadas drogas ilícitas. 

De acordo com o Dr. Artur Ferreira, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos no Brasil é o câncer, perdendo apenas para os óbitos que ocorrem por acidentes e violência. "Cada um dos desafios é importante para o combate de tumores malignos e não deve ser ignorado, por mais simples que seja". 

Até o momento, sabe-se que o álcool aumenta o risco de vários tipos de câncer, como os tumores de cavidade oral, laringe e faringe, colorretal e esôfago, além de fígado e mama. Segundo o Instituto Nacional de Abuso de Álcool e Alcoolismo, durante a pandemia o consumo aumentou e apontou que o uso indevido foi maior entre as mulheres do que os homens. Vale pontuar que para o público masculino, beber excessivamente é considerado mais do que quatro bebidas ao dia e 14 por semana. Já para o público feminino, três bebidas por dia e sete por semana.
 

Impactos da pandemia 

Durante a pandemia, foi possível observar ainda um cenário preocupante quanto ao câncer devido aos hábitos de vida da população como um todo. "Com o isolamento social houve uma piora significativa na qualidade de vida dos brasileiros, com um maior consumo de alimentos ultraprocessados, bebidas alcóolicas e queda na prática de atividades físicas. Para evitar que esses prejuízos continuem acontecendo, é necessário urgentemente reverter essa situação. Por isso, devemos encarar esses desafios como uma alternativa para prevenção ao câncer", aponta Artur. 

Nas últimas duas décadas, os novos diagnósticos de câncer quase dobraram, passando de 10 milhões estimados em 2000 para 19,3 milhões em 2020, segundo a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, sigla do inglês), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS). 

Para o futuro, as projeções também preocupam. A partir do relatório da Globocan 2020, divulgado pela Iarc, a tendência é de que haja um aumento na detecção dos casos de câncer, podendo alcançar um patamar de quase 50% a mais em 2040 em comparação com o cenário atual. É estimado que o mundo tenha uma média de 28,4 milhões de diagnósticos.
 

Contornando a situação 

O tabagismo pode aumentar em até 20 vezes o risco de surgimento do câncer de pulmão e estima-se que seja responsável por até 90% dos casos desta doença. Por isso, é necessário também alertar quanto às drogas lícitas, como o cigarro. 

De acordo com um estudo publicado no periódico JAMA Oncology, parar de fumar antes dos 45 anos pode diminuir expressivamente os riscos de morrer de câncer de pulmão e outros tipos de neoplasias. No entanto, é importante reforçar que isso irá depender da idade, ou seja, quanto antes esse hábito for deixado de lado, melhor. 

"Além do cigarro tradicional, o cigarro eletrônico tem causado curiosidade nos mais jovens, seja pela ausência de informações ou ainda pelo formato diferenciado. Apesar da queda verificada no percentual de adultos fumantes no Brasil, nas últimas décadas, é possível notar versões diferentes do mesmo problema", alerta o oncologista da Oncoclínicas em São Paulo. No triênio 2020-2022, são esperados 30,2 mil novos casos ao ano de câncer de pulmão, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

Quanto ao uso excessivo de álcool, segundo a revista científica The Lancet Oncology, 4% dos casos de câncer diagnosticados em 2020 (no mundo) foram causados pelo consumo de bebidas, representando cerca de 741,3 mil casos. 

"No organismo, o álcool pode causar diversos tipos de danos, como prejuízos às células e alterações hormonais. Além disso, a ingestão de bebida alcoólica pode atrapalhar a absorção de nutrientes essenciais para o corpo como vitaminas. Por fornecer calorias vazias, ele também contribui para o aumento de peso, elevando assim os riscos de câncer", explica.

 

Mudança de hábitos 

A somatória de todos os dados traz um ponto importante em comum entre as pesquisas: a necessidade de rever os hábitos inadequados de vida no dia a dia para frear as estatísticas. Por isso, o objetivo é investir na prevenção primária para evitar assim que o câncer possa se desenvolver. 

"Alternativas como a prática de exercícios físicos, alimentação adequada, consumo moderado de bebidas alcóolicas, não uso de cigarro e outros tipos de drogas são capazes de frear o aumento dos casos de câncer e também promover uma melhor qualidade de vida para a população como um todo. De forma geral, investir nesse tipo de informação pode ajudar ainda a evitar problemas de saúde mais comuns no dia a dia, como hipertensão arterial, diabetes e obesidade", finaliza.


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