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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Por que temos índices tão preocupantes de câncer de pele no RS?

O câncer da pele é considerado o mais prevalente na população brasileira, tanto entre os homens quanto entre as mulheres. Dados oficiais estimam que no ano de 2020 foram diagnosticados 190 mil pacientes com tal doença, com aproximadamente 4.500 mortes neste mesmo período. Os mais frequentes são os carcinomas de pele, menos agressivos. Por outro lado, o melanoma, com menos casos, pode ser grave, sendo responsável pela maior parte das mortes pela doença.

Na região Sul do Brasil, o percentual de casos desta patologia está entre os mais altos do nosso país, com índices equivalentes aos da Austrália, país líder nestas estatísticas. Boa parte desta incidência de casos tem relação com tipos mais claros de pele comparado aos estados de outras regiões do país, nosso hábito de exposição solar intensa no verão e a baixa adesão ao uso de protetores solares, entre outros fatores.

Tradicionalmente, desde 1999, o mês de dezembro vem sendo utilizado para divulgação do Dezembro Laranja. Naquele ano, a Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou, em todo o Brasil, uma campanha de orientação e conscientização da população brasileira em relação a prevenção e detecção do câncer da pele. Tal iniciativa alcançou tamanho volume que, em 2009, o Guiness World of Records a certificou como o maior mutirão de atendimento médico em um único dia, atingindo diretamente 34 mil pessoas.

A pandemia da COVID-19, infelizmente, tornou restrita a avaliação presencial dos pacientes no ano passado, atitude que será repetida neste ano para evitar a aglomeração de pessoas que buscam este atendimento gratuito. Desta forma, foi definido que neste ano de 2021 o objetivo principal da Campanha será ressaltar a importância da proteção solar e a educação de nossa população, reforçando os cuidados com o autoexame da pele e uso de proteção física (roupas, chapéus, bonés, guarda sol), além da correta aplicação do protetor solar. Cabe reforçar que o dermatologista busca incansavelmente realizar o diagnóstico precoce oferecendo, deste modo, uma maior possibilidade de cura.

Estimamos que, com uma orientação mais intensa e um cuidado maior das nossas crianças e jovens, consigamos futuramente reduzir os índices tão altos desta doença e, principalmente, reduzir o número de mortes.

 


Fabiano Siviero Pacheco - Dermatologista membro da SBD-RS e coordenador do Dezembro Laranja no Rio Grande do Sul.


DEZEMBRO LARANJA 2021

No verão, os cuidados com a covid-19 e a prevenção ao câncer de pele devem andar lado a lado, informa a Sociedade Brasileira de Dermatologia

Além do uso do álcool em gel, máscaras e respeito ao distanciamento, população deve adotar hábitos de fotoproteção para garantir sua saúde de modo pleno

 

Neste verão, vamos conjugar prevenção ao coronavírus com cuidados para reduzir as chances de casos de câncer de pele? Esta é a proposta da campanha do Dezembro Laranja, organizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), em 2021. A intenção é dar início ao esforço de mobilização no período que abriga o Natal e estendê-lo pelos meses seguintes. Nos alertas, a SBD quer deixar claro que o atual momento pede que junto com o uso do álcool gel, máscaras e distanciamento, os brasileiros cultivem as práticas de fotoproteção.

Com a queda nos indicadores de morbidade e de mortalidade relacionados à covid-19, estima-se que neste verão as praias e os espaços abertos voltarão a ser ocupados com muito mais intensidade. No entanto, alertam os especialistas da SBD, a retomada da normalidade não deve ser feita sem atenção às recomendações das autoridades sanitárias, ainda atentas à possibilidade de aumento dos casos de contaminação pelo coronavírus. Além desse cuidado, afirmam, a população deve agregar à sua rotina as medidas de prevenção contra o câncer de pele.

"Adicione mais fator de proteção ao seu verão": esta é mensagem central da campanha do Dezembro Laranja 2021. Esse mote estará presente em uma série de conteúdos desenvolvidos pela SBD especialmente para a ação. Serão peças para redes sociais, com dicas de cuidados; vídeos com orientações de médicos dermatologistas; e gravações feitas por personalidades estimulando os brasileiros à aderirem aos cuidados preconizados; entre outras abordagens que buscam a conscientização.

Adesão - Em 2021, entre as celebridades que participam voluntariamente da iniciativa estão os atores Tony Ramos e Carmo Dalla Vecchia, as cantoras Kelly Key e Karol Conká, a modelo Claúdia Liz, e os jornalistas Tom Borges (TV Record) e Eliane Cantanhede (TV Globo). Além deles, dezenas de outras artistas, intelectuais e influenciadores também aderiram à iniciativa, assim como instituições públicas e privadas, como o Congresso Nacional, a Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e inúmeros governos estaduais e prefeituras.

Todas as entidades ajudaram a montar uma rede nacional de apoio à causa. Isso ocorreu de duas formas: com a iluminação de sedes e monumentos na cor laranja e com a replicação em seus canais de comunicação do material produzido pela SBD incentivando a população a incorporar à sua rotina alguns cuidados. Dentre as recomendações, estão: cultivar hábitos de fotoproteção, que incluem o uso de óculos de sol e blusas com proteção UV, bonés ou chapéus; optar pela sombra; evitar a exposição ao sol entre 9h e 16h; e utilizar filtro solar com FPS igual ou superior a 30, reaplicando-o a cada duas horas ou sempre que houver contato com a água.

Diagnóstico precoce - Em caso de surgimento de sinais e sintomas suspeitos, o médico dermatologista deve ser consultado para fazer o diagnóstico precoce do quadro. Se for constatada uma lesão cancerosa, ele orientará o início do tratamento. É preciso prestar a atenção em pintas que crescem, manchas que aumentam, sinais que se modificam ou feridas que não cicatrizam pois podem revelar o câncer de pele. A rotina do autoexame facilita o reconhecimento dos casos.

A SBD ressalta ainda que a exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, são os principais fatores de risco do câncer de pele. Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao seu surgimento. Neste grupo, estão os que têm a pele, cabelos e olhos claros; aqueles com histórico familiar dessa doença; os portadores de múltiplas pintas pelo corpo e pacientes imunossuprimidos e/ou transplantados. A SBD ressalta que os que apresentam estas características precisam de maior cuidado com a pele e passar por avaliação frequente com um médico dermatologista.

Tumores - De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), os números de câncer de pele no Brasil são preocupantes. A doença corresponde a 27% de todos os tumores malignos no país, sendo os carcinomas basocelular e espinocelular (não melanoma) responsáveis por cerca de 180 mil novos casos da doença por ano. Já o câncer de pele melanoma tem em torno de 8,5 mil casos novos por período. A incidência do câncer de pele é maior do que os cânceres de próstata, mama, cólon e reto, pulmão e estômago.

Há oito anos a Sociedade Brasileira de Dermatologia realiza o #DezembroLaranja, sempre com grande engajamento da população e de outras instuições e entidades. O público interessado pode se engajar na campanha e compartilhar nas redes sociais, customizando a foto de perfil e as publicações da SBD, por exemplo. A divulgação nas plataformas digitais (Facebook, Instagram, Youtube e Site) contará com o apoio das seguintes hashtags: #DezembroLaranja, #CancerdePeleECoisaSeria, #CancerdePele # Maisprotecaonoverao #CampanhaCancerdePele2021.

Doença - O câncer de pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular - chamados de câncer não melanoma - e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

O carcinoma basocelular é o câncer de pele mais frequente na população, correspondendo a cerca de 70% dos casos. Se manifestam por lesões elevadas peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade. Por sua vez, o carcinoma espinocelular surge como o segundo tipo de câncer de pele de maior incidência no ser humano. Ele equivale a mais ou menos 20% dos casos da doença. É caracterizado por lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam depois de seis semanas. Podem causar dor e produzirem sangramentos.

Metástase - Já o melanoma, apesar de corresponder apenas cerca de 10% dos casos, é o mais grave deles, pois quadros avançados podem provocar metástases (espalhamento do tumor para outros órgãos do corpo humano) e levar à morte. Este tipo é geralmente constituído de pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato gradativamente. As lesões também podem vir acompanhadas de sangramento.

Desde 2014, a SBD promove o Dezembro Laranja, iniciativa que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. Desde então, sempre no último mês do ano, são realizadas diferentes ações em parceria com instituições públicas e privadas para informar a população sobre as principais formas de prevenção e a procurar um médico especializado para diagnóstico e tratamento. O câncer da pele é o tipo de câncer mais comum no Brasil, com cerca de 180 mil novos casos ao ano. Quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura.

O #DezembroLaranja conta com patrocínio da Johnson&Johnson, Galderma, Nivea, La Roche Posay, Vichy e Mantecorp Skincare.


Medicamento criado na Unicamp apresenta bons resultados no combate ao câncer de bexiga

 


Estudo clínico foi feito com 44 voluntários com doença avançada. Aprovação da patente nos Estados Unidos deve facilitar a interlocução dos pesquisadores com a indústria farmacêutica – necessária para as próximas etapas de desenvolvimento do fármaco (foto: acervo dos pesquisadores)

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Um medicamento desenvolvido na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e recentemente patenteado nos Estados Unidos tem se mostrado promissor no tratamento do câncer de bexiga. Resultados de um ensaio clínico que envolveu 44 pacientes com um quadro avançado da doença foram apresentados recentemente no 22º Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica.

O tratamento experimental eliminou o tumor em 77,3% dos participantes e, nos demais casos, a doença voltou com menor intensidade. Os voluntários têm sido acompanhados já há dois anos e, até agora, ninguém morreu ou precisou retirar a bexiga. A investigação conta com apoio da FAPESP.

“Trata-se de um imunoterápico totalmente desenvolvido em uma universidade pública brasileira e cuja patente é 100% de seus inventores – algo disruptivo e inédito no país. Isso abre a possibilidade de negociação com grandes companhias farmacêuticas, que poderão nos ajudar a colocar o produto no mercado”, diz à Agência FAPESP Wagner José Fávaro, professor do Instituto de Biologia da Unicamp e inventor do fármaco ao lado de Nelson Duran, seu colega de departamento.

Para levar adiante as fases finais de desenvolvimento do fármaco, os pesquisadores criaram a startup Nanoimmunotherapy Pharma Ltda. (NImm-Pharma) e, com o apoio da Agência de Inovação (Inova) da Unicamp, esperam em breve obter a patente do “OncoTherad” também na Europa. O imunoterápico começou a ser desenvolvido há cerca de 13 anos com o objetivo de estimular o sistema imune a combater doenças infecciosas e tumores. É composto por uma nanopartícula totalmente sintética, que induz no organismo uma resposta imune de células T, ou seja, ativa determinados tipos de linfócitos que produzem uma proteína chamada interferon (IFN), importante tanto para combater o câncer como também alguns vírus e bactérias. O trabalho também teve apoio da FAPESP por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Materiais Complexos e Funcionais (Inomat), coordenado pelo professor Fernando Galembeck, do Instituto de Química da Unicamp.

Recentemente, os cientistas começaram a testá-lo no tratamento da COVID-19 (leia mais em: agencia.fapesp.br/33389/). O estudo mais avançado, porém, está relacionado ao câncer de bexiga.

Metodologia

O ensaio clínico apresentado no Congresso Brasileiro de Oncologia Clínica – e reconhecido com o Prêmio SBOC de Ciência – começou em 2018 no Hospital Municipal de Paulínia, município próximo a Campinas, e foi acompanhado pelo médico urologista João Carlos Cardoso Alonso. Inicialmente foram recrutados 58 voluntários, mas somente 44 (30 homens e 14 mulheres) atendiam a todos os critérios de inclusão na pesquisa.

“O objetivo era testar a segurança e a eficácia do imunoterápico em pacientes que não responderam ao tratamento de primeira linha para tumores não músculo-invasivo”, conta Fávaro.

Como explica o pesquisador, o câncer de bexiga geralmente começa entre as células que revestem internamente o órgão. Os tumores considerados músculo-invasivos (capazes de se espalhar para a musculatura da bexiga e potencialmente causar metástase) são considerados de alto risco e, para esses casos, o tratamento consiste na retirada cirúrgica total da bexiga (cistectomia radical). Já nos portadores de tumores não músculo-invasivos, cerca de 70% dos casos, é feita apenas a raspagem da lesão por meio da uretra (ressecção transuretral). E a cirurgia é seguida por aplicações locais de BCG – a mesma formulação usada na prevenção da tuberculose. O objetivo dessa terapia é “acordar” o sistema imune para evitar que o tumor volte a crescer.

“A imunoterapia com BCG foi desenvolvida em 1976 e até hoje não surgiu nada melhor. O problema é que em aproximadamente metade dos pacientes o tumor reaparece”, explica Fávaro.

Quando a doença retorna ainda na forma não invasiva, é feita uma nova cirurgia localizada seguida por imunoterapia. “Mas quando há recidiva após dois ciclos de BCG a indicação é a retirada total da bexiga. É nesse ponto da doença que decidimos testar a eficácia do OncoTherad. Todos os participantes do estudo tinham indicação para a cistectomia radical, mas ou não apresentavam condições clínicas para a cirurgia – por conta da idade ou de doenças associadas – ou se recusavam a aceitar o tratamento recomendado”, conta o pesquisador.

Durante seis semanas, os voluntários foram submetidos a aplicações semanais de OncoTherad dentro da bexiga e por via intramuscular (nos glúteos). Nos seis meses seguintes, as aplicações passaram a ser feitas a cada 15 dias. Por último, foram feitas aplicações mensais até completar dois anos de tratamento. A cada três meses os pacientes passavam por exames para monitorar a evolução do câncer.

Ao final do primeiro período de seguimento, aos 18 meses, 77,3% dos voluntários ainda se mantinham livres da doença. Em dez pacientes o tumor voltou com um grau mais baixo que o observado antes do ensaio clínico e as lesões foram removidas por raspagem. Em outros dois participantes o tumor voltou após os 18 primeiros meses, também de forma atenuada. Ninguém precisou remover a bexiga até o momento.

Entre os efeitos colaterais relatados estão cistite (inflamação na bexiga), ardência ao urinar, dores nas articulações, coceiras no corpo e pele avermelhada, febre baixa e dor abdominal. “Foram sintomas leves, que conseguimos contornar com uma dose baixa de corticoide. Nenhum voluntário precisou abandonar o tratamento por conta de efeitos colaterais”, afirma Fávaro.

Segundo o pesquisador, as próximas etapas de desenvolvimento do fármaco dependem de uma interlocução com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e a indústria farmacêutica.

“Os ensaios clínicos multicêntricos de fases 2 e 3 – necessários para que o medicamento chegue ao mercado – requerem uma estrutura fabril com certificações da Anvisa. A obtenção da patente nos Estados Unidos deve nos ajudar nesse processo de interlocução com os órgãos reguladores”, avalia.

O estudo Role of OncoTherad Nano-Immunotherapy in BCG-unresponsive non-muscle invasive bladder cancer: an open-label and single-arm phase 1 / 2 study pode ser lido em: https://ccm.iweventos.com.br/evento/sboc2021/trabalhosaprovados/naintegra/100754.

 

 

 

Karina Toledo

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/medicamento-criado-na-unicamp-apresenta-bons-resultados-no-combate-ao-cancer-de-bexiga/37447/


Dezembro Verde para a conscientização sobre a paralisia cerebral não deve ser esquecido

No mundo existem aproximadamente 17 milhões de pessoas com paralisia cerebral e 350 milhões estão ligadas a uma criança ou um adulto com PC

 

A pandemia do coronavírus roubou completamente a atenção da população mundial, fazendo com que outras doenças ou condições sejam deixadas para o segundo plano. Nos últimos anos, dezembro ganhou a cor verde (Dezembro Verde) para conscientizar a sociedade sobre a importância de entender e aceitar as pessoas com paralisia cerebral. Em 2020, apesar das adversidades, essa missão tão importante deve ter continuidade.  

A paralisia cerebral (PC) é, por definição, uma lesão no cérebro em desenvolvimento que pode ter acontecido ainda no ventre materno, no nascimento ou após, até os dois anos de vida. Essa condição pode levar a alterações do movimento, da postura, do equilíbrio, da coordenação e do tônus muscular. As desordens motoras são geralmente acompanhadas por alterações na cognição, comunicação, comportamento, epilepsia e problemas musculares e ósseos.  

Segundo o médico ortopedista pediátrico David Nordon, o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar com neurologista, pediatra, oftalmologista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, psicólogo, educador físico, nutricionista, além do ortopedista são essenciais para a melhor qualidade de vida da criança com paralisia cerebral.   

“A medicina avança e com ela os tratamentos que possibilitam mais bem-estar e qualidade de vida. Hoje temos terapias alternativas para o tratamento da espasticidade - aumento involuntário da contração muscular -, que compromete o movimento ao enrijecer qualquer músculo do corpo humano. Uma delas é a infiltração com a toxina botulínica, indicada para crianças pequenas ou casos mais leves de rigidez. O procedimento também permite perceber quais serão os efeitos da cirurgia, caso seja necessária. A toxina desativa a musculatura temporariamente. É como se tivéssemos feito a cirurgia sem fazer. No entanto, com a pandemia, muitos pacientes foram privados dos seus tratamentos, apresentando regressões. As cirurgias e aplicações de toxina botulínica também foram postergadas”, lamenta Nordon.  

“Há diversas técnicas complementares que ainda não têm comprovação de eficácia, como acupuntura ou vestimentas terapêuticas. Porém, a regra é: se não faz mal para a criança nem para o cuidador, pode tentar”, afirma. Um exemplo, segundo o médico, é a equoterapia (terapia com cavalos), que auxilia, mas não pode ser feita por quem tem os quadris fora do lugar, pois causa dor. 

As cirurgias ortopédicas também contribuem positivamente, principalmente quando realizadas para a melhora da contratura dos membros inferiores. O procedimento tem por finalidade promover benefícios funcionais e será colaborativo no sentido de diminuir os comprometimentos da espasticidade. “Intervenções cirúrgicas devem ser realizadas quando se esgotam as possibilidades de um tratamento menos invasivo aos pacientes. Na paralisia cerebral, nosso objetivo é melhorar a capacidade de a criança deambular (modo de caminhar) ou trazer mais conforto, tanto para a criança quanto para o cuidador”, afirma Nordon.  

O médico também alerta para a luxação do quadril em pacientes com PC, que acontece devido à contratura muscular dos quadris. “Crianças tetraplégicas espásticas (com musculatura rígida, sem movimento) são as que apresentam maior risco de luxação. A dor no quadril ocorre principalmente nos momentos de movimentação. A luxação na paralisia cerebral é um fator de grande preocupação, que merece atenção precoce e contínua”, afirma Nordon. 

No mundo existem aproximadamente 17 milhões de pessoas com paralisia cerebral e 350 milhões estão intimamente ligadas a uma criança ou um adulto com PC, os dados são do movimento internacional World Cerebral Palsy Day. No entanto, no Brasil, não há pesquisa recente sobre o cenário. A doença apresenta-se em distintas variações e está diretamente relacionada à extensão do dano neurológico: lesões mais extensas do cérebro tendem a causar quadros mais graves. Os diferentes graus de comprometimento motor e cognitivo podem levar a um leve acometimento com pequenos déficits neurológicos até a casos graves, com grandes restrições à mobilização e dificuldade de posicionamento em cadeira de rodas ou cama e comprometimento cognitivo associado.  

“Olhar com reverência e entender a condição dessas pessoas é o primeiro passo para uma sociedade mais inclusiva e respeitosa. Não podemos nos esquecer de que a criança com paralisia também compreende o mundo e tem sentimentos. Por esse motivo, movimentos como o Dezembro Verde são bem-vindos e extremamente necessários. A pessoa com paralisia cerebral precisa de acompanhamento profissional e deve ser colocada em reabilitação o mais breve possível. A medicina faz a sua parte em pesquisas, estudos e desenvolvimento de novas terapias. Os pais, a sociedade e as autoridades governamentais devem também cumprir a sua parte”, diz Nordon. Segundo ele, recentemente, na Holanda, teve início o desenvolvimento de um útero artificial para bebês que nascem muito prematuros, de 24 semanas. “Nos últimos anos, vimos uma mudança de padrão: as crianças têm paralisia cerebral porque conseguimos salvar as que nascem cedo demais, e a prematuridade tem seus custos. O útero artificial pode mudar isto”, finaliza, de forma otimista, o ortopedista pediátrico.


Nem tudo é insônia, o problema pode ser a apneia

Especialistas advertem: nem sempre a dificuldade para dormir significa insônia, o diagnóstico pode ser apneia


Problemas na hora de dormir estão se tornando cada vez mais comuns no Brasil. A pandemia potencializou a falta de sono do brasileiro que, por vezes, acredita estar sofrendo de insônia.

Entretanto, ter dificuldade para dormir não necessariamente significa que a pessoa está com insônia, já que existem diversas causas que podem levar a um sono de má qualidade, entre elas, a apneia.

Segundo o médico do sono e psiquiatra da Vigilantes do Sono, Caio Bonadio, é importante que a pessoa com problemas de sono procure ajuda para receber o diagnóstico correto. "As noites em claro e a dificuldade para dormir geralmente são associadas com o quadro de insônia. No entanto, esses problemas podem estar atrelados a outras questões, exigindo um diagnóstico de um profissional e, consequentemente, um tratamento adequado" ressalta o médico.

Segundo um estudo da Lancet, uma das mais respeitadas revistas científicas do mundo, quase 1 bilhão de pessoas são afetadas com apneia obstrutiva do sono. Os principais afetados estão na China, EUA, Brasil e Índia.

"Uma coisa que me assusta na apneia é como ela é comum. E muitas pessoas são bastantes resistentes em fazer uma polissonografia", alerta o Dr. Geraldo Lorenzi-Filho, pneumologista e médico do sono da Biologix.

Dados coletados pela Vigilantes mostram que cerca de 58% dos pacientes com apneia têm insônia. "A apneia é um distúrbio respiratório do sono. Ela dificulta sua noite de sono, fazendo com que a pessoa desperte algumas vezes a cada interrupção de fluxo de ar na via aérea superior. Em alguns casos, os pacientes podem desenvolver a insônia junto com a apneia, que é um quadro mais grave", explica Bonadio.

"A pessoa pode acordar diversas vezes durante a noite e ela não percebe. Ela fica sonolenta no dia seguinte e isso pode ser confundido com sintomas depressivos", complementa Lorenzi-Filho.

Com uma solução que alia Ciência Comportamental e Inteligência Artificial (AI), a Vigilantes do Sono é o primeiro programa digital voltado para pessoas com insônia no Brasil. A startup desenvolveu um aplicativo próprio, contendo o método que auxilia na mudança de comportamentos, proporcionando a quem tem dificuldades para dormir uma melhora efetiva na qualidade do sono, independente do uso de medicamentos.

 


Vigilantes do Sono

https://www.vigilantesdosono.com/

 

Biologix

https://www.biologix.com.br/


Especialista do HSANP fala sobre como câncer na terceira idade pode ser evitado

Doença acomete cerca de 5,6% da população brasileira de idosos e pode ser evitada com estilo de vida saudável e acompanhamento médico regular


O câncer é uma patologia de causa ainda desconhecida, porém, há fatores que podem colaborar para o seu desenvolvimento. No caso dos idosos, os tumores podem surgir devido aos maus hábitos e estilo de vida inadequado. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) , quem tem mais de 65 anos é 11 vezes mais propenso a desenvolver uma doença cancerígena do que pessoas com idade inferior. De acordo com os dados do Ministério da Saúde , a prevalência de câncer na terceira idade é de 5,6%, o que corresponde a aproximadamente 1.473.727 de idosos na população brasileira.

Para José Carlos Vilela, geriatra do hospital HSANP, não existem sintomas específicos para essa patologia. "É preciso acompanhamento médico de rotina e rastreamento para algum tipo específico de tumor quando têm casos na família. No geral, os tumores que apresentam maior índice de casos familiares são os de intestino, estômago e mama. Por isso, a partir da quinta década de vida o rastreio deverá ser iniciado com exames específicos", explica.

De forma geral, os tumores não dão muita pista sobre seu aparecimento enquanto está precoce, apenas em fases mais adiantadas surgem alguns sintomas como emagrecimento, fraqueza no corpo, cansaço, anemia, presença de gânglios no pescoço, axilas, virilha ou outras regiões. "Em especial o tumor de intestino permanece muito tempo sem dar sinal, mas a alteração do hábito intestinal, presença de sangue nas fezes, fezes finas, emagrecimento e mau hálito são sintomas que chamam atenção para tumores do tubo intestinal, que compreendem da boca passando por esôfago, estômago, intestino até o reto" alerta.

"Falta de ar, tosse com presença ou não de sangue, chiado no peito, dor torácica são sintomas que chamam atenção de doenças tumorais pulmonares. Já sangramentos vaginais em pacientes pós-menopausa requerem uma atenção maior ao tumor útero-ovariano. E, nesses casos, também é importante manter o alerta para perda de peso involuntária e surgimento de gânglios. Vale ressaltar que o uso prolongado de hormônio feminino expõe a mulher a um maior risco de tumores ginecológicos. No caso do homem, o câncer de próstata apresenta sintomas como aumento da sensação de peso na região da bolsa escrotal (onde estão contidos os testículos), presença de sangue na urina, dificuldade para urinar e redução do jato urinário", sinaliza.

Segundo o especialista, os principais cânceres que acometem esse público são:

• Colorretal (intestino);

• Ginecológicos (mama, útero e ovário);

• Tireoide;

• Fígado;

• Ósseo;

• Cerebral.

O geriatra conta que a melhor forma de prevenir qualquer tipo de câncer é mantendo um estilo de vida saudável, com exercícios físicos regulares e uma alimentação balanceada. "É fundamental não só para um idoso, mas para todos, manter uma dieta saudável, rica em fibras, além de abandonar hábitos como tabaco e álcool. Afinal, os tumores costumam ser silenciosos e só se manifestam de forma mais acentuada quando estão mais avançados, daí a importância do diagnóstico precoce", alerta.

É necessário que um paciente idoso seja sempre acompanhado por um médico e que realize exames anuais baseado em seu histórico clínico, familiar e hábitos de vida. "O profissional sempre deverá investigar doenças cancerígenas, seja por método de imagem ou marcadores tumorais presentes no exame de sangue. A investigação diagnóstica inicial quando há suspeita será realizada pelo clínico ou geriatra e encaminhada para oncologista ou oncocirurgião a depender do órgão acometido", finaliza.

Vale lembrar que quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura do paciente. A forma como o paciente também recebe a informação do diagnóstico fará enorme diferença em sua aderência ao tratamento. Por isso, nesse momento o apoio da família é primordial.

 


HSANP - Hospital referência na Zona Norte da Grande São Paulo


Incontinência urinária: especialistas recomendam os melhores tratamentos para problema agravado na gravidez e na menopausa

 


Talvez você conheça alguém que tenha feito "xixi nas calças" em algum momento da vida, seja por um esforço muito grande, seja por questões emocionais. A incontinência urinária é um problema muito mais comum que possa parecer, principalmente em mulheres, e é provocado pelo desgaste e pela perda do tônus muscular na região pélvica. No Brasil, estima-se que 10 milhões de pessoas sofram do problema, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Urologia. A International Continence Society (ICS) define a incontinência urinária como qualquer perda involuntária de urina - independentemente do tipo ou da causa do escape. O simples fato de espirrar, tossir, correr, rir, pular ou levantar peso pode intensificar o distúrbio, que é considerado um problema de saúde pública em todo o planeta e pode ter consequências que vão além do ato de urinar involuntariamente, como uma mudança radical na rotina por conta do medo de situações constrangedoras, que podem culminar no distanciamento social e até mesmo em depressão.

De acordo com pesquisa do IPEC (Inteligência e Pesquisa e Consultoria), 68% dos afetados pela incontinência urinária são mulheres - sendo que 20% afirmam que o problema começou durante ou após a gravidez, 15% após ou durante a menopausa e 15% na terceira idade.

"As mulheres apresentam os principais fatores de risco, como menopausa e parto. Além disso, a uretra feminina é mais curta, o que favorece o enfraquecimento da região do assoalho pélvico", explica Jorge Milhem Haddad, presidente da Sociedade Mundial de Uroginecologia (IUGA).

A boa notícia é que o problema tem cura na maioria dos casos e, mesmo em situações mais complexas, há tratamentos eficazes, seguros e que melhoram muito a qualidade de vida. E, quanto mais cedo tratar, melhor.

O primeiro passo é consultar um médico para classificar a incontinência, que pode ser de esforço (quando há perda de urina ao aumentar a pressão intra-abdominal), de urgência (quando a pessoa sente vontade de fazer xixi o tempo todo) ou mista, que, como o próprio nome diz, é quando se sofre com as duas causas.

Medicamentos específicos para incontinência de urgência, fisioterapia para os músculos do assoalho pélvico e cirurgias pouco invasivas são as terapias indicadas por Jorge Milhem Haddad, que liderou um estudo comparativo entre laser e fisioterapia no Hospital das Clínicas da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo). O grupo tratado com laser apresentou melhores resultados, segundo o especialista. No caso específico das mulheres, o laser vaginal estimula a produção de colágeno e ajuda na prevenção e no tratamento da incontinência urinária de primeiro grau.

Outra técnica bastante procurada nos consultórios é a Estimulação Magnética Funcional (FMS), tecnologia não invasiva, que gera um campo magnético que é propagado para dentro do corpo, mesmo através das roupas, promovendo contrações involuntárias e fazendo a estimulação do músculo. O paciente senta em uma cadeira, chamada Tesla Chair, que é capaz de fortalecer os 29 músculos da região CORE (lombo-pélvico-quadril) em sessões de 30 minutos, duas a três vezes na semana, durante um mês a dois, dependendo da gravidade da incontinência.

"É uma cadeira para tratamentos relacionados ao assoalho pélvico e possui quatro aplicadores que conseguem trabalhar esse conjunto de músculos em uma mesma sessão, devido ao seu protocolo de tratamento que permite o uso dos dois aplicadores no abdômen associados aos dois presentes na cadeira - um no assento e outro no encosto", explica José Delio Fernandes Filho, diretor geral da MedPro.

Como qualquer questão de saúde, o melhor tratamento é evitar que o problema apareça. E é possível, no caso da incontinência urinária, ao menos retardar o processo. Especialistas recomendam atividades físicas regulares, alimentação adequada, ter hábitos urinários corretos e manter uma higiene íntima adequada, a fim de evitar infecções.


7 dicas para a prevenção de afogamento infantil

No mês Nacional de Segurança Aquática, especialista auxilia pais e cuidadores para evitar acidentes aquáticos com crianças e adolescentes

 

O afogamento é a segunda causa de mortes acidentais entre crianças e adolescentes com até 14 anos de idade. Entre a faixa etária de 1 a 4 anos é ainda mais fatal, ocupando a primeira colocação, segundo análise dos dados mais recentes do Datasus/ONG Criança Segura.


As internações por esse tipo de acidente também preocupam. Durante a pandemia, em 2020, período que muitas famílias ficaram isoladas dentro de casa, as hospitalizações por afogamento aumentaram 7%. Isso demonstra que o risco também existe no ambiente doméstico.


“O afogamento não está ligado apenas aos ambientes como piscina, lagos ou mar. Um recipiente com água rasa, a partir de 2,5 cm de profundidade, comum em todas as casas é o suficiente para a ocorrência”, explica Erika Tonelli, coordenadora geral do Instituto Bem Cuidar, área meio da Aldeias Infantis SOS no Brasil.


A fim de alertar os adultos, a especialista separou dicas para prevenir os afogamentos e permitir que as crianças aproveitem seus dias com segurança:


1.           Nunca deixe as crianças sozinhas dentro ou próximas da água, por menor que seja o tempo. Erika reforça que poucos segundos podem ser fatais. Um adulto deve supervisioná-las de forma ativa o tempo todo.


2.           Ensine às crianças que nadar sozinho, sem ninguém por perto, é perigoso, por mais que elas já saibam dar braçadas. Outro ponto de alerta é a brincadeira no entorno da piscina. Nunca permitam corridas, para evitar escorregões. Empurrões, pular em outras pessoas ou simulações de afogamento devem ser práticas proibidas na hora de brincar nas piscinas, lagos, rios ou no mar.


3.           O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis podem estourar ou provocar instabilidade, tombando a qualquer momento e provocando uma maior vulnerabilidade ao afogamento.


4.           Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou travas de segurança. Atenção: alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes. Certifique-se, especialmente, quando estiver em uma viagem, em casas de veraneio locadas ou mesmo em pousadas.


5.           Evite deixar brinquedos ou outros atrativos próximos a piscina ou a um reservatório de água, como na lavanderia da residência, por exemplo.


6.           Após utilizar baldes, bacias, banheiras ou piscinas infantis, mantenha-os vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças. Eles podem querer enchê-los para brincar.


7.           Deixe as portas do banheiro e da lavanderia fechadas ou trancadas por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário para baixo lacrada com um dispositivo de segurança. Há muitos episódios de afogamento nesse ambiente da casa.

Para saber mais sobre prevenção de acidentes de crianças e adolescentes, participe do curso online e gratuito “Prevenção de Acidentes no Dia a Dia”, liderado pelo Instituto Bem Cuidar, acessando o link: https://institutobemcuidar.org.br/curso-de-prevencao-de-acidentes-no-dia-a-dia/

 

 

Aldeias Infantis SOS (SOS Children’s Villages)

www.aldeiasinfantis.org.br

 

Má alimentação compromete a saúde do sistema auditivo

Erros alimentares podem desencadear o sintoma ou intensificar a sua percepção.


Comer é um dos maiores prazeres que se pode sentir na vida, existem poucas sensações como a de fazer uma belíssima refeição, mesmo quando você não está com fome, afinal comer está diretamente ligado à nossa sobrevivência. Por outro lado, a alimentação inadequada e a ingestão excessiva de comida é uma questão de saúde preocupante", afirma Rita de Cássia Cassou Guimarães, otorrinolaringologista e otoneurologista.

A médica explica que os alimentos são fundamentais para o desenvolvimento, crescimento e manutenção do organismo. Eles fornecem os nutrientes necessários para manter todas as funções do corpo em dia. O problema é quando há ausência ou excesso de nutrientes ou elementos que prejudicam a saúde. "A má alimentação é responsável pelo aumento no número de pessoas obesas ou com sobrepeso e contribui para o surgimento de doenças, como diabetes, problemas cardiovasculares e hipertensão. O sedentarismo agrava o quadro", destaca.

Todo o organismo é afetado pela alimentação rica em gorduras, açúcares e sódio. O metabolismo fica alterado e as funções e sistemas do corpo podem ser prejudicados. Os ouvidos, por exemplo, são órgãos sensíveis, que sofrem com mudanças na corrente sanguínea. "As reações químicas entre os líquidos e as células presentes no ouvido interno são perturbadas com o excesso de sal. Já o excesso de glicose no sangue dificulta o transporte de nutrientes para os ouvidos. O excesso de açúcar e sódio ainda degenera as células auditivas com mais rapidez", evidencia.

O zumbido, um ruído interno que pode ser ouvido na cabeça ou nos ouvidos, pode ser desencadeado por mais de 200 fatores, inclusive pela dieta inadequada. O desequilíbrio alimentar favorece o surgimento do sintoma ou intensifica o ruído em pessoas que já sofrem com o problema. "O zumbido sinaliza que alguma coisa está errada dentro do organismo. É necessário fazer uma série de exames para diagnosticar as principais causas, detectar perda de audição, e descobrir a raiz do barulho que causa incômodos principalmente nos momentos de silêncio", observa.

No caso da alimentação, o paciente é orientado a fazer alguns testes para verificar se a percepção do zumbido reduz com a eliminação de algum alimento do cardápio. Se a comida tiver influência no ruído, o ideal é realizar uma reeducação alimentar com as orientações dadas pelo médico. "Cafeína, teína e gordura também são vilões dos ouvidos. Café, chocolate, refrigerantes, chá preto ou verde e chimarrão são itens que os pacientes com zumbido devem evitar para não piorar o quadro", ressalta Rita, coordenadora do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba).

 


Dra. Rita de Cássia Cassou Guimarães (CRM 9009) - Otorrinolaringologista, otoneurologista, mestre em clínica cirúrgica pela UFPR

http://canaldoouvido.blogspot.com

Email: ritaguimaraescwb@gmail.com

Telefone: (41) 3225-1665 - 41-99216-9009


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