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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Já não escuto bem: e agora?

A partir dos 50 anos, muitas pessoas começam a sentir as primeiras dificuldades para ouvir


A perda auditiva tem várias causas, entre elas o envelhecimento. Isso ocorre porque as células ciliadas da orelha, responsáveis pela audição, vão morrendo com o passar do tempo; e a situação piora a partir dos 50 anos.

"Alguns indivíduos perdem a audição mais cedo que outros, mas é a partir dos 50 anos, na maior parte das vezes, que as pessoas começam a observar as primeiras dificuldades para ouvir. Depois dos 60 anos, o quadro pode ir acentuando. Por isso, é importante buscar ajuda aos primeiros sinais de incômodo", explica a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia e Vendas na Telex Soluções Auditivas.

O processo de perda de audição fica mais acelerado na Terceira Idade. É o que os especialistas chamam de presbiacusia. No entanto, a perda auditiva vem atingindo cada vez mais a população jovem e adulta. Com a exposição prolongada a sons muito altos, principalmente por causa do hábito de ouvir música em fones de ouvido, os brasileiros estão tendo problemas auditivos mais cedo. De acordo com a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia (ABO), hoje, mais de 20 milhões de brasileiros têm alguma dificuldade para ouvir.

Estudos da entidade comprovaram que quem precisa e não usa aparelho auditivo, enfrenta frequentemente grande dificuldade para participar de atividades sociais, principalmente no ambiente familiar e entre amigos. Isso pode provocar efeitos psicológicos negativos, como isolamento, insegurança, tristeza, irritação, medo e até depressão.

"Fica aqui o nosso alerta para a importância de se buscar o quanto antes a orientação de um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo. O especialista vai verificar o tipo e o grau de perda auditiva e indicar o melhor tratamento. Na maioria dos casos, o uso de aparelho auditivo melhora a condição auditiva do indivíduo", ressalta a fonoaudióloga Rafaella.

Como a expectativa de vida dos brasileiros vem aumentando a cada ano e o processo de perda auditiva está mais acelerado, atingindo até mesmo adultos com vida profissional intensa, devido à overdose de barulho na sociedade atual, é importante ficar atento e se cuidar o quanto antes para manter uma boa comunicação com familiares, amigos e colegas de trabalho.

Pesquisa realizada nos Estados Unidos, com 1.500 pessoas com déficit de audição, mostrou que nove entre 10 usuários de aparelho auditivo afirmaram terem melhor qualidade de vida após a aquisição de uma prótese auditiva.

"Antigamente o transtorno era grande. Quem tinha problemas de audição usava aparelhos auditivos enormes, que causavam constrangimento. Por isso, muitos resistiam e preferiam ficar sem ouvir. Mas atualmente, com a evolução tecnológica, temos aparelhos auditivos com tanta tecnologia quanto os celulares e que trazem enormes benefícios. E muitas vezes, as pessoas em volta nem notam o aparelho auditivo, de tão discreto que ele é. Ninguém mais precisa sofrer com isolamento, solidão e desânimo porque não ouve bem. Os aparelhos auditivos resgatam os sons e permitem que se viva com alegria e disposição", reforça a especialista da Telex.


Vantagens do uso de aparelho auditivo

- Sentir-se bem consigo mesmo, com maior autoestima;

- Melhoria nos relacionamentos com a família e amigos;

- Melhoria do foco e concentração;

- Produzir mais no trabalho e com maior eficiência.

- Maior bem-estar físico;

- Sentir-se mais independente e seguro;

- Menor sensação de cansaço;

- Mais disposição e confiança para participar de reuniões sociais.


Como a variante Omicron pode afetar os testes de PCR existentes no mercado?

Especialista explica porque o teste TaqPath COVID-19 pode ser útil na triagem inicial da nova variante

 

A variante Omicron, que teve seu status elevado à "variante de preocupação" pela Organização Mundial da Saúde (OMS), e segundo a entidade, com mais de 30 mutações somente na proteína spike, isso pode significar um risco aumentado de transmissão em comparação com outras variantes de preocupação.

Tais informações estão levando os países a novas restrições de viagens e também estimulando pesquisas para verificar o real impacto da nova variante na eficácia das vacinas e nos testes existentes. Neste sentido, tanto a OMS quanto os Centros Europeus de Controle de Doenças relataram o uso de uma característica específica de alguns testes de PCR chamada de “falha do gene S” (SGTF) ou “Dropout do Gene S” que ajudou na rápida identificação da variante Omicron.

Segundo Alexandre Rebelatto, Diretor da Divisão de testes genéticos da Thermo Fisher Scientific para América Latina, líder mundial à serviço da ciência e empresa comprometida na resposta mundial à pandemia, isso revela que os testes com esta peculiaridade técnica podem servir como uma ferramenta útil na detecção imediata da nova variante, mesmo que ainda seja requerida uma confirmação por sequenciamento do genoma viral. Os casos da nova variante foram identificados pela primeira vez na África do Sul, mas agora seguem sendo relatados em pelo menos mais uma dúzia de países ao redor do mundo.


Como funciona o teste

“Os ensaios TaqPath COVID-19 foram projetados para detectar infecções por SARS-CoV-2 identificando três genes alvos das regiões do vírus: orf1a/b, S e N do vírus. Esta abordagem de múltiplos genes permite que o teste forneça resultados com maior precisão, mesmo no caso em que um dos alvos seja afetado por alguma eventual mutação. É esse o caso da variante Omicron. Por conter muitas mutações no gene S, esse alvo acaba sendo impactado, ocorrendo a chamada “falha do gene S”. No entanto, os demais alvos gênicos orf1a/b e N dos testes TaqPath COVID-19 não são afetados por nenhuma das mutações presentes na variante Omicron, conforme relatado na avaliação de sequências no banco de dados público GISAID”, explica o especialista.

Ainda segundo Rebelatto, descobriu-se que a variante Omicron possui a mutação 69-70del do gene S, identificada pela primeira vez como sendo uma mutação da variante alfa. Esta mutação provoca o “dropout do gene S” nos resultados do teste TaqPath, o que pode sugerir aos pesquisadores e profissionais da saúde que a infecção em questão pode se tratar de um novo caso da variante Omicron. A confirmação final deve então ser realizada por meio do sequenciamento da amostra.


Soluções Thermo Fisher Scientific

A companhia, confirmou que seu teste TaqPath COVID-19 CE-IVD RT-PCR Kit, baseado na reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizado amplamente na detecção do vírus SARS-CoV-2, tem sua eficiência comprovada na detecção da nova variante de preocupação B.1.1.529, a variante Omicron, conservando a precisão técnica dos resultados de COVID-19 realizados com estes testes.

"O teste da Thermo Fisher nos permitiu detectar casos que podem conter a nova variante, identificando amostras com a falha do gene S. Esta identificação precoce é muito importante para nos ajudar a rastrear e entender a propagação da variante B.1.1.529 pela África do Sul e pelo mundo. Como é comum aos vírus, sempre soubemos que o SARS-CoV-2 continuaria a sofrer mutações e que estratégias eficientes de testagem são a chave para conter a pandemia", explica Mark Stevenson, vice-presidente executivo e diretor de operações da Thermo Fisher Scientific.

O kit TaqPath COVID-19 CE-IVD RT PCR foi lançado em março 2020 e a versão 2.0 lançada em junho de 2021. Para mais informações, visite: https://www.thermofisher.com/covid19

 


Thermo Fisher Scientific

www.thermofisher.com


ATOTÔ – SILÊNCIO, O REI ESTÁ NA TERR

Foto: Rafael Berezinski

O Teatro Oficina recebe uma apresentação extra, no próximo dia 13 de dezembro (segunda-feira), do espetáculo “Atotô – Silêncio, o Rei Está na Terra”. Vista pelo público em duas sessões (22 e 29 de novembro), a montagem da Cia Odara conta com direção de Márcio Telles e elenco de cerca de 40 pessoas, entre atrizes, bailarinos, dançarinos, cantores, músicos, percussionistas, capoeiras, sambistas, técnicos, produtores e promotores da cultura e das tradições de matriz africana que estão no alicerce da construção da apresentação.

 “A peça é inspirada em um dos Itans de Obaluaiyê, Orixá do elemento terra, senhor da doença e da cura que, rejeitado por sua aparência, se fazia repugnante aos olhos dos outros devido às chagas que exibia em seu corpo e que, com o passar do tempo, teve o poder da transmutação, trazendo a magia da cura”, afirma Telles.

 

SINOPSE

Em “Atotô – Silêncio, O Rei Está na Terra, Exu, o mensageiro entre os dois mundos com seu gingado embalado pela capoeira, convida o público a silenciar os pensamentos, em uma alusão ao significado da expressão ‘Atotô’, que significa silêncio. Em sua ginga, Exu conduz os convidados ao grande portal da floresta sagrada, onde a luz confronta a sombra, o amor confronta a dor, atabaques e xequerês buscam consonância com violinos e violoncelos e onde todos poderão acompanhar o nascimento  do grande rei negro. Ele, coberto de palhas,se faz presente na terra por meio da dança dos corpos pretos, da música e da oralidade, para representar, por meio de seu elenco, acura de todas as almas que sofrem com os efeitos da pandemia e que buscam, na celebração da vida, a força para resistir e transformar o luto em luta.

O espetáculo apresenta canções, bailados e performances inspiradas no afro-futurismo, que, para a Cia Odara, representa uma volta às fontes inspiradoras do passado e sua ligação com a ancestralidade. A peça tem direção de Márcio Telles e conta com as participações da cantora Raquel Tobias e das atrizes Lena Silva e Vera Luz, direção musical de Ito Alves, coreografias de Cristina Matamba e grande elenco sob a produção executiva de Diego Dionísio, da Tádito Produção.

 

FICHA TÉCNICA:

Texto e Direção: Márcio Telles

Produção Executiva: Diego Dionizio

Direção de Cena: Elisete Jeremias

Coreografia: Cristina Matamba

Direção Musical: Ito Alves

Preparação Vocal: Rafaela Romam

Desenho de Luz:  Luana Del la Cristie

Operador de luz: Lua Mello Franco

Operação de Foco Móvel: Angélica Taise

VJ: Lucas Mendes

Cabelo e Maquiagem: Anderson Vaz

Concepção de Figurino: Márcio Telles e Anderson Vaz

Direção de Figurino: Anderson Vaz

Camareiras: Yaminah Olubunmi e Fabiana Casagrande

Atrizes: Lena Silva, Vera Luz,Silvina Elias

Ator: Oda Silva

Elenco Dança: Ysmael Ribeiro, Paulo Coortez, Adejatay, Marvin Alves,Teka Peteka, Jana Reis, Cristina Matamba, Jeniffer de Paula

Banda: Percussão - Daniel Oliveira, Diogo Presuntinho, Claudinho Santana, Kauã Teko, Ito Alves. Guitarra e Piano – Rodrigo Jubeline. Violoncello – Amanda Ferrarezzi

Cantora Solista: Raquel Tobias

Coro:  Marcelo Dalourzi, Dogge, Pérola

Arranjos: Ito Alvez

Tecnico de som: DJ Clevinho

Tecnico de som assistente: Otávio Silvares

Elenco Capoeira: Renato Freitas,Preto Quilombola,Webert Bahia, Surikate

Produção Geral: Tadito produção

Design gráfico: Diego Dionísio

Comunicação: Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo

 

 

Teatro Oficina

Endereço: Rua Jaceguai, 520- Bixiga

Datas: 13 de dezembro, às 20h

Classificação indicativa: 12 anos

Ingressos: R$70 (inteira), R$ 35 (estudantes, professores de rede pública, classe artística mediante comprovação, moradores do bairro mediante comprovante de residência), R$5 (estudantes secundaristas de escola pública, imigrantes, refugiados, moradores de movimentos sociais de luta por moradiamediante comprovante)– limitados a 10% da lotação diária.

Ingressos antecipados:  https://bileto.sympla.com.br/event/70118/d/115706/s/679618

A bilheteria do teatro abre com uma hora de antecedência nos dias de espetáculo

Instagram:https://www.instagram.com/odara.telles/

Facebook:https://www.facebook.com/Projetoodara/

Twitter: https://twitter.com/OdaraProjeto?s=09


EM DEZEMBRO, O SESC SANTO AMARO RECEBE DUAS APRESENTAÇÕES DO ESPETÁCULO TEATRAL “O AQUÁRIO”, DIRIGIDO POR CÁSSIO BRASIL

A fábula contemporânea – inspirada no livro L’Aquarium, da autora suíça Cornélia De Preux – discute a manutenção das aparências e traz para a dramaturgia os conflitos de uma situação familiar diante dos desafios impostos por uma sociedade isolada, fisicamente e virtualmente

 

Espetáculo “O Aquário” - Crédito: Claus Lehmann / Em cena: Fabiana Gugli; Luiza Curvo; Luiza Micheletti; Robson Catalunha - Link para fotos: https://we.tl/t-hJ1jNuXCjK

 

O Sesc Santo Amaro está retomando as atividades presenciais na Unidade e apresenta, no primeiro final de semana de dezembro, dias 4 e 5, sábado (20h) e domingo (18h), duas sessões do espetáculo “O Aquário” no Teatro. O texto é baseado no romance homônimo da autora suíça Cornélia de Preux e traz no elenco os atores Fabiana Gugli, Luiza Curvo, Luiza Micheletti e Robson Catalunha, com a direção de Cássio Brasil.

Em “O Aquário”, uma família de classe média simula uma viagem de férias para as ilhas Fiji, na Oceania. Embora não tenha dinheiro para de fato financiar a ida, o patriarca Constantin sustenta a ideia com confiança e espalha a notícia aos quatro ventos; reserva hotéis, planeja traslados, pesquisa diversos passeios e faz questão de dividir as novidades com a vizinhança do condomínio onde vive. No dia da partida, no entanto, ele se tranca no porão da própria casa ao lado da esposa e dos três filhos em nome da manutenção da mentira. A família ficará ali, enclausurada, durante as férias.

Tatiana e os filhos Kevin, Violeta e Vladimir cumprem diariamente uma série de metas estabelecidas pelo pai, tais como passar bronzeador, assistir ao noticiário, treinar a imaginação criativa para elaborarem fatos das férias fictícias e serem capazes de relatar suas experiências com verdade e naturalidade, além de praticar a observação dos peixes no aquário e estabelecer certa simbiose com eles.

A proposta da peça consiste em estabelecer um paralelo metalinguístico na vivência da família no porão e dos atores em cena. O objetivo não é o da transposição linear da literatura para as artes cênicas, com uma dramaturgia fechada em cima da sinopse de um livro, pois perderia em profundidade. Assim, o espetáculo pretende literalmente “atravessar” a obra de Cornélia de Preux ao invés de adaptá-la, na medida em que as forças que permeiam as relações dessa família - e da própria experiência que os personagens exercem na história - não estão nos diálogos ou ações, mas na representação deles como força social e de que maneira cada uma dessas forças responde à sua própria condição de enclausuramento.

O público interage com os atores e é convidado a “mergulhar” nas sensações, mais do que na trama, para conseguir se enxergar refletido nas paredes do aquário/porão e perceber experiências singulares. A situação se instaura como clima e terreno fértil para o imprevisível, sem texto de apoio e nem a segurança de um começo, meio e fim.


CONCEITO DE DRAMATURGIA EM “O AQUÁRIO”

De acordo com a equipe de produção não há curva dramatúrgica estabelecida sobre bases fabulares. O que há é uma fenda profunda a cada apresentação que também é entendida como uma fissura por onde brotam estímulos, contatos, silêncios, narrações, metalinguagem, performances, catarses e erros. A angústia do desamparo dos personagens é a mesma dos atores. A aflição de não ter saída e de precisar manter-se digno de existir e ser visto pelo mundo, também. A lógica narrativa é, como se classifica em roteiros de cinema, de segundo/terceiro campo (típica do cinema europeu, ou de filmes "de arte"): importa menos “o que” as personagens fazem, e mais “quem” elas são. Não há protagonismo, mas quatro forças correndo simultaneamente em diferentes níveis de consciência; não há compromisso com o final ou com alguma moral da história.


SINOPSE

Uma família de classe média sem dinheiro simula uma viagem de férias para as ilhas Fiji e espalha a notícia aos quatro ventos. No dia da partida, o pai, Constantin, se tranca no porão da própria casa ao lado da esposa e dos três filhos em nome da manutenção da mentira. A fábula contemporânea evidencia o narcisismo patológico no qual a sociedade contemporânea mergulha.


SOBRE APRESENTAÇÃO DO COMPROVANTE DE VACINA

Em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19. A partir de 1⁰ de dezembro, o acesso às unidades passa a ser realizado mediante comprovação de duas doses da vacina ou da dose única, e um documento oficial com foto. O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação, ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e Conecte SUS, ou pelo aplicativo e-saúdeSP.

 

FICHA TÉCNICA

O AQUÁRIO - DE CORNÉLIA DE PREUX

Tradução: Reto Melchior
Direção: Cássio Brasil
Elenco: Fabiana Gugli, Luiza Curvo, Robson Catalunha, Luisa Micheletti
Iluminação: Pajeú
Montagem: Murillo Carraro
Produção executiva: Cicero de Andrade e Vivian Vineyard
Assessoria de imprensa: Adriana Monteiro

 



Teatro do Sesc Santo Amaro

Rua Amador Bueno, 505, Santo Amaro, São Paulo

www.sescsp.org.br

Quando: dias 4 e 5 de dezembro, sábado e domingo
Horário: 20h e 18h, respectivamente

Classificação: 14 anos
Ingressos: R$ 40,00 (inteira); R$ 20,00 (estudantes, +60 anos e aposentados, pessoas com deficiência e servidores da escola pública e Credencial Plena válida: trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo matriculados no Sesc e dependentes

Para mais informações e agendamentos, acesse:

https://centralrelacionamento.sescsp.org.br
https://inscricoes.sescsp.org.br


Na Pinacoteca, obras de Alvim Corrêa dialogam com a arte contemporânea para refletir sobre colonialismo, guerra, violência, medo e desej

Além das obras de Alvim Corrêa, brasileiro que ganhou notoriedade ao ilustrar o clássico Guerra dos Mundos no início do século 20, trabalhos de outros 10 artistas contemporâneos integram a mostra

 


O ápice da trajetória de Alvim Corrêa foram as ilustrações da famosa edição em francês, de 1906, do livro A Guerra dos Mundos, de Herbert George Wells, que narra uma invasão de marcianos na terra.

 

A Pinacoteca de São Paulo, museu da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo, inaugura a exposição Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e 10 artistas contemporâneos. A mostra explora temáticas comuns às obras de ficção científica, como invasão alienígena, ao exibir as ilustrações de Corrêa para o célebre livro A Guerra dos Mundos, de Herbert George Wells, que influenciou radicalmente a imaginação de todos em relação à figura do extraterrestre e da guerra entre humanos e alienígenas. A seleção dos trabalhos propõe um paralelo entre as visões fantásticas e sombrias de Corrêa e o imaginário da arte contemporânea, e amplia a discussão para aspectos que atravessam a história, como colonialismo, guerra, violência, preconceito, medo e desejo.

A curadoria é de Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens, um desdobramento da parceria da Pinacoteca com a Netwerk Aalst, da Bélgica. A seleção de 43 obras de Alvim Corrêa, Alex Cerveny, Cabelo, Denilson Baniwa, Fernando Gutiérrez Huanchaco, Guerreiro do Divino Amor, Ilê Sartuzi, Luiz Roque, Rivane Neuenschwander, Runo Lagomarsino e Wendy Morris evidencia a complexa relação entre humanidade, novas tecnologias e natureza. Importante ressaltar que a obra sem título (2012), do artista Cabelo, feita de neon e veludo, que está na mostra é uma das 16 aquisições realizadas pela Pinacoteca de São Paulo, em novembro deste ano, por meio do Programa de Patronos.

Alvim Corrêa (Rio de Janeiro, 1876 - Bruxelas, 1910) teve uma carreira breve, morreu jovem e a maior parte dos seus trabalhos se perdeu em um naufrágio. O ápice de sua trajetória foram as ilustrações da famosa edição em francês, de 1906, do livro A Guerra dos Mundos, de Herbert George Wells, que narra uma invasão de marcianos na terra. Não se sabe ao certo como Alvim Corrêa conheceu a obra, mas segundo relatos do próprio Wells, Alvim, fascinado pela história, realizou uma série de ilustrações e foi até a Inglaterra visitá-lo para mostrar os desenhos. A iniciativa do brasileiro deu certo e resultou numa edição de luxo de 500 exemplares com 32 ilustrações em papel couché amarelo e 105 ilustrações, 42 delas publicadas como gravuras destacáveis no livro. Na mostra, o visitante poderá conferir um exemplar dessa publicação em francês, edições brasileiras recentes, de 2016 e 2017, além de uma projeção das gravuras que explicita o seu caráter precursor de um imaginário cinematográfico.

Também serão expostos raros estudos do artista, pertencentes à coleção Alexandre Eulálio, do CEDAE Unicamp, crítico literário e grande responsável pela divulgação do trabalho do artista no Brasil, juntamente com José Roberto Teixeira Leite e Pietro Maria Bardi. Convites de mostras organizadas por Eulálio e por Bardi, um cartaz do anúncio do livro A Guerra dos Mundos, além de fotos de Corrêa completam a seleção documental. A reunião dos trabalhos inclui também 11 desenhos eróticos da série Visions Érotiques que Corrêa publicou no início do século 20 sob o pseudônimo Henri Lemort.

Na mostra, a visão dos dez artistas contemporâneos é colocada em diálogo com os desenhos, pinturas e ilustrações de Alvim Corrêa. As obras de Corrêa levam a reflexão sobre a exploração e as lutas, sobre o medo e o desejo para o campo do ficcional e do fantástico, de seres humanos contra os marcianos ou contra seres monstruosos advindos de nossa própria imaginação. Os trabalhos contemporâneos também exploram por meio de diferentes abordagens da ficção, da fantasia e da imaginação, questões que estão no pano de fundo da história de Wells.

Sartuzi, Neuenschwander e Lagomarsino, por exemplo, apresentam em seus trabalhos figuras incomuns com o objetivo de explorar o sentimento humano de repulsa e atração pelo diferente, além da violência, medo e preconceito. Cabelo, por sua vez, apresenta desenhos e um neon onde trabalha narrativas e imagens de seres fantásticos que povoam a sua imaginação. Cerveny também explora seres imaginários e os astros siderais, em ilustrações feitas para poemas do livro Vejam como eu sei escrever, de José Paulo Paes, pertencentes ao acervo da Pinacoteca. Cópias da Bíblia Manual para falar com Deus (2018-2021), que se acredita ter sido transmitida por seres-extraterrestres aos latino-americanos, transcrita e ilustrada pelo artista peruano Fernando Gutierrez Huanchaco, estarão disponíveis para o público na exposição.

A exposição ainda traz o vídeo Zero (2019), de Luiz Roque, que apresenta uma distopia em um roteiro que considera a extinção e um mundo pós-humano. Faz parte também da curadoria o trabalho da artista Wendy Morris, natural da Namíbia, que apresenta uma instalação inédita realizada a partir de sua pesquisa sobre a relação entre colonialismo, escravização, feminismo e resistência. A curadoria também inclui dois trabalhos em vídeo inéditos: Kopheneue (2021), de Denilson Baniwa, e Estudo para um diagrama superficcional: Suíça vs Amazônia, uma guerra supernutricional (2021), de Guerreiro do Divino Amor. As produções trazem visões sobre uma guerra total e apocalíptica mais do que presente, o da destruição do meio-ambiente e das culturas tradicionais que o preservam.


Catálogo

A exposição Ninguém teria acreditado: Alvim Corrêa e 10 artistas contemporâneos conta com catálogo ricamente ilustrado, com texto dos curadores Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens, um ensaio de Dhaenens e textos dos artistas contemporâneos Denilson Baniwa e Wendy Morris, que também possuem trabalhos na mostra. A publicação possui 80 páginas e estará disponível na loja física e online do museu.


Lais Myrrha

Ainda na mesma data, 04.12.2021. a instalação O condensador de futuros, da artista Lais Myrrha (Belo Horizonte, 1974), será inaugurada. A obra é construída a partir da redução da cúpula do Senado Federal, que vai aparecer como se estivesse "presa" no octógono, a 1,30m de altura. A intervenção terá um significado indefinido entre abrigo/esconderijo e armadilha; e o público, se assim desejar, poderá atravessar ou adentrar o espaço. O trabalho de Lais Myrrha é marcado por reflexões sobre os territórios, a história, a memória e a política.

 

Curadoria: Fernanda Pitta e Laurens Dhaenens
Artistas: Alvim Corrêa , Alex Cerveny, Cabelo, Denilson Baniwa, Fernando Gutiérrez Huanchaco, Guerreiro do Divino Amor, Ilê Sartuzi, Luiz Roque, Rivane Neuenschwander, Runo Lagomarsino e Wendy Morris.



Edifício Pina Luz

Praça da Luz 2, São Paulo, SP

Período: 04.12.2021 a 11.04.2022

De quarta a segunda, das 10h às 18h
Ingressos com horário marcado e vendas pelo site da Pinacoteca
Aos sábados, a entrada é gratuita mas deve ser reservada com antecedência pelo site


Sesc Bom Retiro retoma apresentações de Teatro Infantil aos Domingos

Em dezembro os espetáculos serão apresentados em horário especial, às 16h 

 

Os ingressos poderão ser comprados pelo site sescsp.org.br/bomretiro e presencialmente em todas as unidades do Sesc SP 

 

Crianças até 12 anos não pagam


O Sesc Bom Retiro realiza em dezembro três apresentações de teatro para crianças, aos domingos, em um horário especial neste mês, às 16h. Serão duas apresentações do espetáculo Zepelim (ou O balão que nunca existiu), nos dias 5 e 12 de dezembro, e uma apresentação do espetáculo The Ratos (ou O Camarim da Fama Encardida), no dia 19 de dezembro, ambas com a Cia. Variante.

 

 

Zepelim (ou O balão que nunca existiu) conta a história de Zezinho, um garoto que vive no lixão com seu melhor e único amigo, o cachorro vira-lata Pelim. É com ele que divide suas brincadeiras, todos os seus pertences, suas risadas, sua moradia, sua comida e principal[1]mente seu maior sonho: poder voar de balão. Então, os dois trabalham como catadores de materiais recicláveis para juntar dinheiro e comprar sapato para o Zezinho, porque não se pode voar de balão descalço. E é aí que a aventura começa 

 

Ficha Técnica. Direção: Danilo Mora | Texto: Tati Takiyama | Elenco: Danilo Mora, Samantha Verrone e Tati Takiyama |Cenário: Cia. Variante | Grafite do cenário: Aquino Supertrump | Figurino: Rafael Bicudo | Costureira: Rita Moraes |  Bonecos, carroça, caixotes e instrumentos recicláveis: Danilo Mora | Músicas originais: Danilo Mora e Tati Takiyama | Desenho de luz: Igor Sully | Operadora de luz: Thatiana Moraes | Técnico de som: Rodrigo Rossi | Produtora: Rita Moraes e Kleyton Breda | Fotos: Thiago Takiyama | Transporte: Renato Manoel de Medeiros 

 


CURIOSIDADES 

  • A peça, escrita durante um curso realizado pelo dramaturgo dinamarquês Jesper Brestrup Karlsen, foi pensado nos aprendizados do curso, caminhando lado a lado com a pesquisa Cia. Variante.  
  • Vencedor do Prêmio Popular Aplauso Brasil como Melhor Espetáculo para o público infantil e jovem de 2017. 
  • Bonecos feitos com jornais, feltro e garrafas de produtos de limpeza 
  • Cenário composto por tecidos jogados no lixo do bairro paulistano Bom Retiro 
  • Utilização de latas e sacos plásticos 
  • Instrumentos musicais feitos com latas, chaves, garrafas de vidro, etc. 

 

Em The Ratos (ou O Camarim da Fama Encardida), Bruck e Burger são dois ratos que têm o sonho de se tornarem queridos e adorados. Para que isso dê certo eles acreditam que a fama é a melhor solução, então decidem fazer as entregas de ovos da páscoa do coelho Pimpão. Porém o plano vai por água abaixo quando a recepção na casa da Anjolinda não é da forma como eles esperavam. 

 

Encenação: Danilo Mora | Texto: Moisés Ameno | Adaptação e criação Artística: Cia Variante | Elenco: Danilo Mora, Kleber Ramos, Samnatha Verrone e Tati Takiyama | Músicos: Rafael Puglia e Leandro Legant | Operação de Luz: Gabriel Ivanoff ou Igor Sully. Grafite - Cenário | Aquino Supertramp | Fotos: Alécio Cezar | Suporte de Produção: Rita Moraes. 


 

SOBRE A CIA VARIANTE 

 

Desde 2013 a Cia. Variante realiza pesquisa sobre seres a margem de uma sociedade, tendo três espetáculos em repertório: a companhia fala de crianças em situação de rua, de refúgio, de fome, miséria e trabalho infantil; trata de racismo, machismo e desigualdade social. Em 8 anos de história, já participou de mostras e festivais e se apresentou em diversos palcos das unidades do Sesc, Sesi e Fábricas de Cultura. Os espetáculos de repertório são "The Ratos (ou O camarim da fama encardida)", "Zepelim (ou O balão que nunca existiu)" - vencedor do Prêmio Aplauso Brasil como Melhor Espetáculo para o Público Infantil e Jovem de 2017 -, e por último, "A Cruzada dos Corações Puros (ou Quem inventou a guerra?)". Indicado pelo mesmo prêmio como melhor espetáculo para o público infanto-juvenil de 2019.  Em 2020, criou seu primeiro trabalho de maneira remota: "A lágrima que cai do teto que não se tem". 

 

INGRESSOS 

 

Os ingressos estarão à venda na terça, da semana do espetáculo, pelo site sescsp.org.br/bomretiro, e presencialmente pela rede Ingresso Sesc, em todas as unidades do Sesc SP, na quarta, a partir das 17h. Crianças até 12 anos não pagam e os ingressos podem ser adquiridos pelo Portal Sesc e presencialmente. R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia e Credencial Plena). 

 

COMPROVANTE DE VACINA 

 

Em todas as unidades do Sesc no estado de São Paulo é necessário apresentar o comprovante de vacinação contra a Covid-19 (das duas doses ou dose única) e documento com foto. O público pode apresentar o comprovante de vacinação físico, recebido no ato da vacinação, ou o comprovante digital, disponibilizado pelas plataformas VaciVida e ConecteSUS ou pelo aplicativo e-saúdeSP. Para mais informações, acesse: www.sescsp.org.br/voltagradual. O distanciamento físico, a utilização de máscara cobrindo boca e nariz, assim como a medição de temperatura dos visitantes na entrada da unidade, seguem sendo obrigatórios.  

 

BIBLIOTECA

 

O empréstimo e a devolução de livros seguem disponíveis para todos em diversas bibliotecas do Sesc. A partir do dia 1º de dezembro não será mais necessário agendar horário, o espaço estará aberto ao público, sendo obrigatório o comprovante de vacinação. Mais informações em  sescsp.org.br/bibliotecas.  

 

EXPOSIÇÃO 

 

A partir de 1º de dezembro não será mais preciso agendar/emitir ingresso para visitar a exposição “Birico – Poéticas Autônomas em Fluxo”.  Em todas as unidades, estão sendo adotadas medidas para diminuição do risco de contágio e propagação do novo coronavírus, conforme as orientações do poder público, entre elas a redução na capacidade de atendimento (até 5 pessoas para cada 100 m², com uma distância mínima de 2 metros entre os visitantes); ocupação limitada dos espaços, com controle de acesso; rígidos processos de higienização dos ambientes. Visitação: De terça a sexta, das 14h às 19h. Sábado, das 10h às 19h.  Grátis. 14 anos.

 

SESC BOM RETIRO  

Alameda Nothmann, 185. CEP 01216-000. Campos Elíseos, São Paulo – SP.  

Telefone (11) 3332-3600 

Zepelim (ou O balão que nunca existiu) – com Cia Variante
Dias 5 e 12/12. Domingos, às 16h
Livre. 50 minutos.
Ingressos pelo site sescsp.org.br/bomretiro e pela rede Ingresso Sesc
Valores: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia e Credencial Plena).
Grátis para crianças até 12 anos. 

 

 

The Ratos (ou O Camarim da Fama Encardida) – com Cia Variante
Dias 19/12. Domingo, às 16h
Livre. 50 minutos.
Ingressos pelo site sescsp.org.br/bomretiro e pela rede Ingresso Sesc
Valores: R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia e Credencial Plena).
Grátis para crianças até 12 anos. 

 

 

 

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