Pesquisar no Blog

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

O que explica tantas IPOs em meio a crise econômica?

Especialista em investimentos comenta que a baixa taxa de juros é o principal fator para o número recorde de novos IPOs na B3

 

A bolsa brasileira vive um momento especial: o grande número de novos IPOs em 2021. Segundo o especialista em investimentos da iHUB, Guilherme Ammirabile, esse fato vem chamando atenção dos  investidores brasileiros e estrangeiros. “Até o mês de agosto deste ano, foram mais de 40 novas empresas listadas na bolsa, contra 25 em todo o ano de 2020, quase o dobro”, comenta. 

Faltando quatro meses para o fim de 2021, já é possível cravar que as ofertas públicas estão em seu melhor ano na história. A contagem deste ano supera o antigo recorde de R$53,6 bilhões de 2007, quando 60 empresas realizaram IPOs. Como ainda há outras companhias aguardando para terem suas ações lançadas na bolsa, é possível chegar às mesmas 60 IPOs de 2007 até dezembro.

Ammirabile explica que o “boom” dos IPOs foi impulsionado pela baixa taxa de juros vigente no Brasil em anos recentes. “Nos últimos meses, pudemos ver a baixa taxa de juros, que obrigaram os investidores a buscar novas alternativas de investimentos. Com isso, a bolsa ganhou novos investidores e, de certa forma, uma evolução está acontecendo nesse mercado. O resultado disso é o grande número de IPOs”, comenta o especialista em investimentos. 

Neste momento, os setores que “brilham os olhos” dos investidores são as opções que têm potencial de crescimento, considerados perenes (empresas com grande potencial de crescimento é uma coisa e empresas consideradas perenes seriam outra coisa – ambos têm a preferência do investidor), ou seja, setores mais estáveis, que sofrem pouco em momentos de incertezas, como de saneamento básico.

 

Por que empresas recém listadas na bolsa chamam mais atenção?

A Oferta Pública Inicial (IPO) é a venda de uma fatia da empresa para o mercado. O intuito da venda de parte da empresa é captar recursos e, assim,  ter uma margem para realizar novos investimentos estratégicos a curto prazo. 

O momento do IPO é o primeiro passo deste projeto, portanto, é o estágio em que a empresa terá menor valor de mercado, já que o planejamento feito é considerando que os novos investimentos trarão uma valorização em breve. 

“Antes de começar a investir em qualquer IPO, é importante entender o business da companhia, números, quais os planos para os recursos levantados pelo IPO, e principalmente os fatores de risco”, explica Ammirabile. 

Guilherme alerta dois cuidados que devem ser  tomados pelos investidores quando algum IPO estiver em “alta”: 

  1. Não investir em empresas que iniciam na bolsa com o valuation (valor da empresa) caro;
  2. Para mitigar esse risco, o investidor deve analisar e interpretar os dados divulgados no prospecto - principal documento da emissão; 
  3. Procure ajuda de um especialista para auxiliar.

 

Qual a importância dos IPOs na carteira do investidor?

Teoricamente, o IPO é o menor preço que uma empresa teria. Então,  no longo prazo espera- se uma valorização, pois é a primeira oportunidade que as pessoas têm de investir em determinada empresa. 

É recomendado que o investidor faça uma avaliação sobre o setor da empresa, se é promissor ou não. Além de identificar as vantagens competitivas da companhia. Caso seja um business disruptivo, e tentar mensurar onde a empresa irá chegar no futuro.

“Ressalto, no entanto, que a relação oferta e demanda tem um peso muito forte, no início da jornada da empresa na bolsa. Então, é muito comum vermos uma grande volatilidade nesse momento”, finaliza o especialista em investimentos. 

 


Guilherme Ammirabile - assessor de investimentos da iHUB

 

iHUB Investimentos

 https://ihubinvestimentos.com.br/


Projeto apoia migrantes e refugiados venezuelanos para entrada no mercado de trabalho

Ven, Tú Puedes incentiva empregabilidade e empreendedorismo e conta com empresas parceiras nas contratações


Com a crise humanitária da Venezuela, cresceu o fluxo de cidadãos venezuelanos para o Brasil. De 2018 até abril deste ano, mais de 50 mil refugiados e migrantes daquele país foram atendidos por um programa do governo federal de interiorização dessas pessoas em 675 municípios brasileiros. São crianças, jovens e adultos que deixaram para trás uma história de vida e vieram em busca de novas oportunidades. São Paulo e Paraná são dois dos estados brasileiros que mais receberam imigrantes.

Para apoiar essa população, a organização não-governamental Visão Mundial criou o Ven, Tú Puedes, projeto de empregabilidade e empreendedorismo que busca capacitar migrantes e refugiados venezuelanos para o mercado de trabalho brasileiro. Uma das empresas parceiras da iniciativa é o Instituto das Cidades Inteligentes (ICI), que a partir do projeto contratou dois venezuelanos para compor seu quadro de colaboradores, em Curitiba (PR). 


Histórias de recomeços

Swamy Willians está há quase seis anos no Brasil e conta que conheceu o ICI por meio de um amigo. Ela participou do processo seletivo para a vaga de assistente administrativo e começou a trabalhar há três meses. “Sou imensamente grata e espero contribuir da melhor forma possível com tudo que estiver ao meu alcance. Desejo aproveitar cada momento e aprender muito”, comenta Swamy.

Mikel Jose Cedeno Pino entrou no ICI em junho deste ano. Natural de Ciudad Bolívar, na Venezuela, participou da seleção para a vaga de teleatendente da Central 156. “Já conhecia um pouco da responsabilidade e importância que tinha o operador de teleatendimento. Passei pelo processo seletivo, que foi um grande desafio por eu ser estrangeiro”, relata Mikel. Ele conta que, antes de vir para Curitiba, morou em Manaus (AM). 

Noeliza Maciel, que atua na área de Ação e Responsabilidade Social do ICI, explica que o processo seletivo para estrangeiros é similar ao convencional. “O cadastro de vaga e os testes são personalizados para língua portuguesa e espanhola, o que permite que o candidato sinta-se incluído desde o início", explica.

A expectativa é que, a partir do projeto, mais pessoas façam parte do quadro de colaboradores do Instituto. “O benefício é mútuo: tanto para o novo colaborador, que contará com oportunidade de crescimento, grande aprendizado e agregará habilidades ao currículo, quanto para os gestores e colegas de trabalho que, com a convivência, poderão ter experiências diferentes, desenvolver uma nova língua e multiplicar o conhecimento”, diz o gestor de Ação e Responsabilidade Social do ICI, Ozires de Oliveira.

Segundo ele, apoiar o projeto Ven, Tú Puedes também é uma forma de fomentar a adaptação e a independência financeira dos refugiados, além de contribuir com o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). "Entendemos que o Ven, Tú Puedes está relacionado com o Objetivo 8, que visa ao Trabalho Decente e o Crescimento Econômico, com o Objetivo 10, que busca a redução das desigualdades, e com o Objetivo 17, que trata de parcerias e meios de implementação", conclui.

 


ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

www.ici.curitiba.org.br

 

CEO e presidente de conselho: você conhece a diferença destes cargos?

O especialista em governança corporativa Eduardo Valério explica quais as principais funções que cada um ocupa


Dentro de uma empresa podem existir uma grande quantidade de cargos. Os cargos de CEO e Presidente do Conselho administrativo estão entre as ocupações muitas vezes confundidas. De extrema importância dentro das organizações, cada figura tem seu papel, mas qual é a diferença entre eles?

Os conselhos de administração, normalmente, são criados a partir do avanço das boas práticas de governança e surgem novas configurações de cargos.

O CEO (Chief Executive Officer) representa o diretor executivo em português. É a figura com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização e responsável pelas estratégias e pela visão da empresa.

O presidente do Conselho de Administração (em inglês, simplesmente Chairman ou Chairwoman) é o mais alto representante de um grupo empresarial ou empresa individual. De acordo com o especialista em governança corporativa para empresas familiares e diretor-presidente da GoNext Governança e Sucessão, Eduardo Valério, normalmente é a pessoa nomeada pelo conselho e tem autoridade para desligar um CEO, por exemplo.

Valério conta que há anos atrás, apenas empresas de capital aberto com ações na bolsa e sociedades anônimas de capital fechado tinham conselhos de administração. “Passados 20 anos esta realidade mudou. A maioria das empresas, incluindo as de sociedade limitada, tem seus conselhos de administração, sejam eles consultivos ou estatutários, mas com a única intenção de melhorar as práticas de governança e performance do negócio”, explica. 


DIFERENÇAS


Há diferenças cruciais entre os dois cargos. “O Presidente do conselho tem como responsabilidade de ‘enxergar mais longe’, ou seja, enxergar o planejamento estratégico da companhia para os próximos anos. Tem a responsabilidade de conduzir ou induzir a empresa para um determinado caminho para o futuro; faz isto através de seu papel de presidente, mas sensibilizando a diretoria da empresa. Ele também tem a função enxergar a performance da organização e atua como um auditor dos números apresentados pela auditoria junto com o colegiado da administração. E tem a responsabilidade sobre a qualidade da gestão e como os números apresentados estão sendo construídos”, pontua Valério.

Já o CEO, que também tem imensa responsabilidade, tem um papel mais propositivo na estratégia do negócio. “O CEO deve propor as estratégias da empresa para o conselho administrativo aprovar. Tem responsabilidade em gerar e entregar os resultados, elaborando o orçamento empresarial e sendo responsável pela execução do orçamento que irá ser traduzido em resultados. São diferenças sutis, porém muito importantes”, destaca o presidente da GoNext. “O primordial é que haja uma perfeita sintonia entre esse trabalho de cooperação entre esses dois órgãos”, completa.


QUEM MANDA MAIS?

Há empresas em que o dono é o presidente do conselho e o CEO é contratado. Segundo Valério, esta é uma questão muito comum dentro das organizações.

“A questão do poder deve estar claramente definida no protocolo de governança, normas de gestão da diretoria e regras onde são colocados os limites de atuação do presidente de conselho e do CEO. Esse conjunto de regras ajuda a definir e equalizar a distribuição de poder, lembrando que há uma questão hierárquica. Em tese, o poder maior é do Conselho de Administração, mas olhando pelo lado da cooperação, entendemos que o planejamento estratégico vai definir e contribuir para definir as fronteiras de poder”, sintetiza o especialista.  

 


GONEXT TALK

Se você deseja saber mais sobre o assunto, a GoNext acaba de lançar o quarto episódio do podcast GoNext Talk com o tema: “Quais são as diferenças entre as funções de CEO e Presidente de Conselho e as melhores práticas para cada função?”. Neste episódio, Eduardo Valério conversa com o jornalista Marc Sousa e dá dicas preciosas para empresários interessados em saber mais sobre governança e sucessão. O podcast está disponível no site da GoNext e também nas plataformas: Anchor, Spotify, RadioPublic, Breaker, Google Podcast e Pocket Casts.

Ouça o novo episódio do GoNext Talk: https://anchor.fm/gonext/episodes/Episdio-04-Quais-so-as-diferenas-entre-as-funes-de-CEO-e-Presidente-de-Conselho-e-as-melhores-prticas-para-cada-funo-e18d27t

 

Sobre a GoNext Governança & Sucessão

www.gonext.com.br

 

Criptomoedas: golpes tornam regulamentação no Brasil urgente

Legislação e conhecimento ao investidor são essenciais para mudar cenário de incertezas com as moedas digitais


Os debates acerca da regulamentação das criptomoedas no Brasil seguem envolvendo, ainda de maneira tímida, diversas frentes, como o Congresso Nacional, os reguladores do mercado financeiro e de capitais, as instituições financeiras e os consumidores. Recentemente, o assunto ganhou as manchetes de forma bastante negativa, com a deflagração de golpes, sendo o mais escandaloso o caso ‘Novo Egito’, de Cabo Frio (RJ). Para José Luiz Rodrigues, especialista em regulação da JL Rodrigues & Consultores Associados, considerando as tantas fragilidades na supervisão das transações e que esses ativos vieram para ficar, já passou da hora dos órgãos públicos priorizarem a regulamentação do segmento.

“É importante separarmos o lado bom, que são as exchanges que operam aqui no Brasil dentro das regras que já existem, que são do COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) e da Receita Federal, e se utilizam de elevados padrões de governança e regras rígidas, daquelas que agem na irregularidade, e que acabam por dar espaço para o aparecimento de casos como o das pirâmides financeiras. Práticas nocivas acabam afetando negativamente a imagem das exchanges que operam com criptomoedas. Esse preconceito atrasa o processo de regulamentação e a ausência de regulação dá espaço para golpes”, pontua o especialista.

Sobre o caso ‘Novo Egito”, resumidamente, a empresa GAS Consultoria e Tecnologia Ltda oferecia ao público investimento coletivo em criptomoedas, com promessa de rentabilidade de 10% ao mês, algo impossível de se garantir, principalmente em um mercado volátil como o de criptomoedas. Esta operação captou mais de R$ 38 bilhões, que transitaram em quatro exchanges que operam no País, mas não têm sede aqui e são conhecidas por desrespeitarem as regras locais. A maior delas, que detém 34% do mercado de criptos no Brasil, já foi inclusive proibida de operar nos Estados Unidos e no Reino Unido e recebeu ‘stop order’ da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para interromper a captação de clientes no Brasil. 

“Além das questões que envolvem segurança, é importante que os reguladores se atentem para as oportunidades que surgem a partir da tecnologia utilizada no mercado cripto, e que muitas vezes vêm em forma de produtos que agregam aos modelos tradicionais novas oportunidades de investimentos, como a modernização de ativos tradicionais por meio de tokenização, das DeFi e de outros recursos que tendem a trazer segurança, reduzir custos e dar mais rapidez a processos”, complementa José Luiz.


Golpes: de avestruz à criptomoedas 

José Luiz explica que a falta de educação financeira é, hoje, um dos principais fatores que fazem com que a população seja vítima de golpes. “As pessoas caem em arapucas porque acreditam que o seu dinheiro pode render extraordinariamente. As narrativas dos golpes prometem ganhos exorbitantes, hoje usando o nome das criptomoedas. Mas, se considerarmos a história financeira do país, essa narrativa foi e poderia ser relacionada a qualquer outro ativo, como ouro, dólar, terrenos e até avestruz, como já aconteceu. Os golpes sempre existiram, eles apenas se utilizam de produtos diferentes em diferentes tempos e contextos”.

No passado, este golpe usou até investimentos na cesta de atletas dos times Palmeiras, Guarani e Santa Cruz. “É um tipo de prática que alia falta de conhecimento com atitudes fora da regulamentação. Esse golpe não é novo. Se hoje utiliza Bitcoin, utilizava arroba de boi gordo anos atrás. Infelizmente, à medida que a tecnologia evolui, evoluem também as práticas irregulares. E o melhor caminho contra essas práticas é a legislação”, detalha.

Basicamente, a legislação é a base para os operadores que atuam com criptomoedas. “Se eu tiver um operador regulado, colocando uma regra básica, é possível separar o mercado e delimitar o papel de cada entidade envolvida. O ideal é que apenas entidades autorizadas possam operar com criptomoedas no mercado, seja uma corretora, uma distribuidora ou outra instituição autorizada com matriz de risco própria para esta atividade, controles de lavagem de dinheiro, etc. E o que mais se aproxima do papel das exchanges no Brasil, que são as operadoras das criptomoedas, são as corretoras, que já possuem regulação no país".

O Congresso Nacional já trata do assunto nas duas Casas. No Senado, tramita o PL nº 3825/2019 e seus apensados, que estão em fase de relatoria da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) e a tendência é que o relator, o senador Irajá Silvestre Filho, apresente o relatório para votação em novembro. Já na Câmara dos Deputados, o PL nº 2303/2015 também tramita com dois apensados e está em fase de avaliação pela Comissão Especial instaurada para apreciar o projeto.


Informação: antídoto para golpes

Para o especialista, atuar com criptomoedas é lidar com riscos, como já ocorre com outras formas de investimentos. “No mercado tradicional, já existe a possibilidade do investidor ganhar um pouco além da rentabilidade da renda fixa, e isso envolve correr riscos. Entretanto, é um risco dentro de um mercado regulado, como o de renda variável, com papéis que flutuam conforme a variação do mercado, e que são vistos, autorizados e regulados pelas autoridades brasileiras”.

“Quando a gente fala que um papel é autorizado e regulado, essa autorização e regulação tem como pressuposto trazer o operador ou ofertante dar publicidade, informação para que o investidor saiba a que está se sujeitando.”

Ao ser regulado, o mercado define um padrão mínimo de informação para que as pessoas tomem decisões de forma consciente. Isso não significa que o investidor não possa perder dinheiro, mas sim que ele entenda que pode correr este risco pelas característica do ativo, mas não pela insegurança imposta pelas entidades que operam esses ativos. É esse nível de transparência que o mercado regulado terá que dar às criptomoedas”, completa o especialista.

“É importante que o investidor entenda os riscos, ou seja, as volatilidades que são correspondentes a este tipo de investimento. Afinal, se de um lado há um alto rendimento nas criptomoedas de forma geral, do outro existe a volatilidade. E cabe à pessoa, ciente das condições, decidir se vai aplicar seu dinheiro ou não”, conclui José Luiz.

 


JL Rodrigues & Consultores Associados

https://jlrodrigues.com.br/

 

Inclusão racial: por que ela é tão importante?

Os negros são a maioria da população no país. Mesmo assim, a discriminação ainda é fortemente presente em nossa sociedade. Cerca de 84% consideram o Brasil um país preconceituoso em relação às pessoas negras, segundo a pesquisa Racismo no Brasil. No ambiente de trabalho, os dados se expandem e se agravam, evidenciando uma desigualdade reinante que, necessita ser revertida para oportunidades iguais entre todos.

O cenário que vemos hoje no mundo corporativo, infelizmente, ainda reflete as marcas da história escravagista nacional, na qual os negros, escravizados por mais de 300 anos, foram relegados aos subúrbios do país, sem qualquer possibilidade de inserção no trabalho remunerado após a assinatura da Lei Áurea. Mesmo com importantes conquistas de liberdade e movimentos a favor da igualdade racial, os empecilhos encontrados ainda são altos.

Em um estudo feito pela Indeed, 60% dos profissionais negros já sofreram discriminação racial em seu ambiente de trabalho. Para piorar, 54% acreditam que brasileiros não reagiriam bem diante de um chefe negro, ainda segundo a pesquisa Racismo no Brasil. Como resultado, apenas 5% dos profissionais negros ocupam cargos de liderança no país.

Boa parte do problema está na própria qualificação profissional. Classes sociais mais elevadas, predominantemente compostas por profissionais brancos, dispõem de mais recursos financeiros para cursar melhores instituições de ensino, buscar por cursos complementares de qualificação, realizar intercâmbio, entre muitas outras experiências relevantes para o currículo.

Como consequência, ao chegarem em um processo seletivo, esses profissionais estão mais preparados tecnicamente para o cargo – fato que, aliado ao preconceito estrutural visto em nossa sociedade e, à persistente ideia de que o conhecimento técnico é suficiente para a competição por um cargo, contribui para sua maior presença e ascensão no mercado de trabalho.

Em um cenário pouco positivo, mudar a maneira na qual as empresas gerenciam seus processos seletivos pode, enfim, contribuir para o início de uma real inclusão racial. É preciso entender que o profissional negro pode – e deve – receber treinamento técnico para se tornar melhor na sua área, contribuindo muito mais para a questão estratégica da empresa.

Afinal, ele também é um potencial cliente da companhia e, por tal, entende os desejos e necessidades dos consumidores. Principalmente, se o público-alvo da organização abranger consumidores de classes sociais mais baixas, nas quais os negros, infelizmente, ainda são a maioria.

Nessa lógica, aumentar o alto escalão da empresa com profissionais negros irá contribuir significativamente para um melhor entendimento da jornada de compra dos clientes. Mas, além disso, compreender suas dores, anseios, necessidades e, como atender à todas essas questões de forma muito mais efetiva.

Com uma maior proximidade e empatia entre a empresa e seus consumidores, a companhia poderá ser cada vez mais assertiva na busca pelo desenvolvimento de produtos personalizados, aumentando seu lucro e, consequentemente, aperfeiçoando sua imagem no mercado. A diversidade nos cargos de liderança, dessa forma, contribui não apenas para o crescimento da empresa perante seus concorrentes, mas principalmente, pela ascensão social dos negros na sociedade e a diminuição da desigualdade que, ainda é muito presente no país.

 


Tiago Mascarenhas - CEO do Grupo Educacional SEDA.

 

MSF denuncia prisões em massa e violência contra migrantes e refugiados na Líbia

Ao menos 5 mil pessoas foram detidas arbitrariamente desde 10 de outubro e muitas necessitam urgentemente de cuidados médicos


O número de migrantes e refugiados mantidos em centros de detenção em Trípoli, na Líbia, triplicou nos últimos cinco dias, afirmam equipes da organização internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF), que oferece atendimento médico em três deles. MSF está profundamente indignada com este aumento, resultado direto de cinco dias de prisões aleatórias em massa de migrantes e refugiados, incluindo mulheres e crianças, realizadas na cidade desde 1º de outubro.

Nos últimos três dias, pelo menos 5 mil migrantes e refugiados foram presos em Trípoli pelas forças de segurança do governo. Durante as incursões em suas casas, muitas pessoas capturadas foram alegadamente submetidas a grave violência física, incluindo violência sexual. Um jovem migrante foi morto e pelo menos cinco outros sofreram ferimentos à bala, de acordo com a ONU.

Estamos vendo as forças de segurança tomarem medidas extremas para deter arbitrariamente pessoas mais vulneráveis, que estão em condições desumanas em instalações superlotadas”, disse Ellen van der Velden, coordenadora operacional de MSF para a Líbia. “Famílias inteiras de migrantes e refugiados que vivem em Trípoli foram capturadas, algemadas e transportadas para vários centros de detenção. No processo, elas foram feridas e até mortas, famílias foram divididas e suas casas foram reduzidas a pilhas de escombros”.

Como resultado da insegurança causada pelas medidas policiais, as equipes de MSF não conseguiram oferecer serviços de saúde por meio de clínicas móveis para migrantes vulneráveis e refugiados, que precisam de cuidados médicos. As incursões também afetaram a capacidade das pessoas de se locomoverem livremente pela cidade e buscarem atendimento médico, já que aqueles que escaparam da prisão têm medo de sair de casa.

“Seguranças armados e mascarados invadiram a casa onde eu morava com outras três pessoas”, diz Abdo [nome fictício]. “Eles amarraram nossas mãos atrás das costas e nos arrastaram para fora de casa. Estávamos implorando para que nos dessem tempo para recolhermos nossos pertences e documentos importantes, mas eles não quiseram ouvir. Fomos espancados durante o processo. Algumas pessoas foram espancadas nas pernas e sofreram fraturas. Eles me bateram na cabeça com a coronha de uma arma e eu sofri ferimentos graves. [Mais tarde] o médico teve que suturar a ferida e envolvê-la com 10 curativos diferentes. Os homens mascarados conduziram todos nós até os veículos e fomos levados ao centro de detenção de Ghout Sha'al. Fiquei lá por quatro dias e passei por um período muito difícil, vendo pessoas indefesas sendo espancadas. No quarto dia, consegui escapar. Estou livre agora. Estou livre".

Os presos foram levados para centros de detenção oficiais, mantidos em celas insalubres e extremamente superlotadas, com pouca água limpa, poucos alimentos e poucos banheiros. Muitos necessitam urgentemente de cuidados médicos. Depois da violência durante as prisões, é provável que muitos precisem de atendimento médico urgente, disse MSF.

Nos últimos dois dias, equipes de MSF conseguiram visitar dois centros de detenção na capital, onde as pessoas estão sendo mantidas desde as últimas incursões policiais, são elas: Shara Zawiya e Al-Mabani (também conhecido como Ghout Sha'al).

No centro de detenção Shara Zawiya, que normalmente acomoda entre 200 e 250 pessoas, uma equipe de MSF testemunhou mais de 550 mulheres e crianças amontoadas nas celas, incluindo mulheres grávidas e recém-nascidos. Cerca de 120 pessoas compartilhavam apenas um banheiro, enquanto baldes cheios de urina eram alinhados perto das portas das celas. Quando a comida foi distribuída, um tumulto eclodiu enquanto as mulheres protestavam contra as condições em que estavam detidas.

No centro de detenção de Al-Mabani, as equipes de MSF viram galpões e celas tão superlotados que os homens foram forçados a ficar de pé. Fora das celas, centenas de mulheres e crianças eram mantidas ao ar livre, sem sombra ou abrigo. Uma equipe de MSF conversou com homens que disseram não comer há três dias, enquanto várias mulheres disseram que tudo o que recebiam era um pedaço de pão e um pedaço de queijo processado uma vez por dia. A equipe de MSF também encontrou vários homens inconscientes e necessitando de cuidados médicos urgentes.

Durante a visita a Al-Mabani, a equipe de MSF testemunhou um grupo de migrantes e refugiados detidos tentando escapar. Eles foram parados com extrema violência. Nossa equipe ouviu duas rajadas de tiros pesados muito próximo e viu o espancamento indiscriminado de um grupo de homens, que mais tarde foram forçados a entrar em veículos e levados a um destino desconhecido.

Nessas condições muito tensas e com o tempo de suas visitas severamente limitado, as equipes de MSF trataram 161 pacientes, incluindo três pessoas com ferimentos relacionados à violência. Também foi possível viabilizar a transferência de 21 pacientes, que precisavam de cuidados médicos especializados, para clínicas apoiadas por MSF em Trípoli.

MSF recentemente retomou as atividades médicas nos centros de detenção Shara Zawiya, Al-Mabani e Abu Salim, em Trípoli, depois de quase três meses de suspensão após repetidos incidentes de violência contra migrantes e refugiados mantidos nas instalações. A retomada do trabalho da organização ocorreu após um acordo com as autoridades que administram esses centros, no qual recebemos garantias de que certas condições básicas seriam atendidas. Após as visitas desta semana, MSF disse que é evidente que essas condições foram violadas.

“Em vez de aumentar o número de pessoas mantidas em centros de detenção, esforços devem ser feitos para acabar com as prisões arbitrárias e fechar essas instalações perigosas e inabitáveis”, disse Van der Velden. “Mais do que nunca, migrantes e refugiados estão vivendo presos e em perigo na Líbia, com opções muito limitadas de saída, já que os voos humanitários foram injustificadamente suspensos pela segunda vez este ano”.

MSF pede às autoridades líbias que interrompam as prisões em massa de migrantes e refugiados vulneráveis e libertem todas as pessoas mantidas ilegalmente em centros de detenção. A organização também pede às autoridades, com o apoio de organizações relevantes, que identifiquem alternativas seguras e dignas à detenção e permitam a retomada imediata da evacuação humanitária e dos voos de reassentamento para fora da Líbia.


Covid-19 acelera a participação de empresas brasileiras na corrida da pesquisa clínica mundial

Elas atraem, cada vez mais, estudos clínicos para o Brasil e mostram potencial para aumentar participação em um mercado global que totalizou US$ 123 bilhões em 2020

 

Com todas as perdas advindas da pandemia, o mundo percebeu a importância e os benefícios dos investimentos massivos na ciência. Mas, ela também abriu um espaço de oportunidades para empresas brasileiras que, como a Science Valley, passaram a atrair a atenção de indústrias farmacêuticas mundiais que precisam desenvolver estudos em países com elevado índice de heterogeneidade somado às variações de clima, cultura e condições socioeconômicas – como o Brasil. Hoje, quase 90% dos estudos clínicos coordenados pela empresa receberam aporte estrangeiro. 

 

Apesar de ocupar, segundo a Interfarma - Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica de Pesquisa - o 25º lugar no ranking global da pesquisa clínica, o Brasil mostra potencial para avançar pelo menos dez posições nos próximos anos. Ainda de acordo com a Inferfarma, isso poderia gerar um ganho anual de R$ 2 bilhões em investimentos, beneficiando mais de 55 mil pacientes por aqui.

 

Dados de 2020 da IQVIA, empresa que audita o mercado farmacêutico brasileiro, indicam que os investimentos globais do setor com pesquisas totalizaram US$ 123 bilhões. Esta é a primeira vez que os aportes atingiram 20% do faturamento das indústrias em todo o mundo.

 

Os volumes dos recursos concentram-se em estudos para desenvolver, em grande parte, novos tratamentos para Covid-19, remédios para o tratamento de oncologia, imunologia e outros medicamentos personalizados, voltados, cada vez mais, para populações de grupos específicos. A quantidade de estudos clínicos também aumentou 8% em 2020, vindo em uma crescente desde 2017. De acordo com a IQVIA, ao todo já foram realizados no mundo 4.686 estudos, e 985 avançaram para a fase III.

 

“Acreditamos e apostamos no Brasil como um mercado cada vez mais promissor. A crise causada pela pandemia, somada a importantes mudanças de marcos regulatórios em curso na estrutura de agências nacionais (CONEP, CEP e Anvisa), anteciparam ao Brasil um natural e esperado protagonismo no desenvolvimento de novos tratamentos e vacinas, sendo hoje o país um dos mais estratégicos para investimento pelo setor farmacêutico global”, sinaliza um dos fundadores da Science Valley, Leandro Agati.

 

Em apenas três anos de operação, a empresa que nasceu na região metropolitana de São Paulo, em Santo André, já publicou pelo menos 90 estudos científicos e recrutou mais de 2 mil pacientes. O sucesso da Science Valley está no modelo de negócios, inédito no mundo, e que coloca o Brasil novamente na corrida da pesquisa clínica global.

 

“Como primeiro Instituto de Pesquisa Internacional Multicêntrico do mundo, a Science Valley é responsável hoje pela condução de pelo menos 41 estudos. Desse total, pelo menos 87% são focados em tratamento para a Covid-19, incluindo o primeiro estudo de uma vacina 100% à base de plantas (inédito no mundo) que mostrou resultados altamente promissores por aqui e no mundo. Essa pesquisa foi a quinta aprovada pela Anvisa no Brasil”, revela Agati.


 

NA BUSCA POR MAIS VOLUNTÁRIOS


Apesar do número crescente nos estudos realizados no Brasil, o maior desafio hoje na condução das pesquisas contratadas é a captação de voluntários. A falta de informação, seja da sociedade ou dos próprios médicos, deixa de oferecer a pacientes uma esperança para tratar, curar e até salvar suas vidas por meio de pesquisas que se propõem a apoiar o desenvolvimento não só de medicamentos e vacinas como também de insumos farmacêuticos, matérias-primas, tratamentos, procedimentos cirúrgicos, estudos de custo afetividade e dispositivos para a saúde humana.

 

“Hoje, um dos grandes entraves para avançarmos ainda mais nesse setor é localizar pacientes que sejam elegíveis aos estudos que estão sendo realizados por aqui”, explica Agati. “Se a informação não chegar ao paciente, especialmente pelo médico que o trata, muito se perde em todo esse processo – uma vez que o voluntário, que seria o maior beneficiado em ter medicamentos comprovadamente seguros e eficazes, não têm acesso à pesquisa”.


 

AUTOPATROCÍNIO: APOSTA PARA SALVAR MAIS VIDAS


Outro ponto que tem sido catalisador do processo de crescimento da Science Valley está na execução de estudos autopatrocinados que trazem benefícios claros à população. É o caso do Michelle, um estudo nacional que se transformou em um dos mais importantes do ano de 2021 na área da cardiologia, apresentado de forma inédita no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, do inglês European Society Cardiology), em agosto.

 

O estudo foi amplamente comemorado porque a associação de eventos trombóticos à internação por Covid-19 é cada vez mais estudada, gerando interesse da comunidade científica mundial. Segundo uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), 39% dos médicos entrevistados atenderam ao menos um paciente com Covid-19 que desenvolveu trombose. A partir desse número, a Science Valley desenvolveu esse estudo que mostrou, de forma inédita, que uso da rivaroxabana reduziu em 67% o risco de tromboses e morte cardiovascular. 

 

A pesquisa clínica foi realizada em vários centros da Science Valey no Brasil, contemplando a segurança e a eficácia do medicamento rivaroxabana de 10 mg, uma vez ao dia, no período pós internação em pacientes que foram hospitalizados por Covid-19 e com risco alto de tromboembolismo na alta médica. O resultado mostrou que o risco de trombose e morte em pacientes internados por Covid-19 podem ser reduzidos em 67% com uso do medicamento.

 

“A conduta adotada no estudo mostra que dezenas de milhares de mortes de pacientes internados por Covid-19, que apresentam risco alto de tromboembolismo na alta médica, podem ser evitadas”, comemora o líder do estudo, Dr. Eduardo Ramacciotti, co-fundador da Science Valley. Ele explica que, por ser uma doença respiratória causada pelo vírus SARS-CoV-2, a Covid-19 leva a um risco aumentado de tromboembolismo venoso (TEV) em pessoas que tiveram a doença – especialmente as que apresentaram um quadro mais grave durante a internação.

 

“O que acontece é que, mesmo com esse risco aumentado, não existem novas diretrizes incorporadas aos tratamentos atuais e nem evidências do melhor regime de dosagem ou consenso sobre o papel da profilaxia estendida para TEV. O estudo avalia justamente, para esses casos, se o Xarelto® (rivaroxabana) seria uma opção eficaz e segura”, afirma. “Os médicos já sabem que a Covid-19 causa alterações no organismo, como processo inflamatório e coagulopatia. Agora é preciso buscar o melhor tratamento para essa população de pacientes”, complementa Ramacciotti.


 

NOVAS TECNOLOGIAS PARA UM NOVO MOMENTO NO MUNDO


A saúde passou por mudanças significativas ao longo dos anos. Se antes o foco era o aprimoramento de terapias já existentes no mercado (avanços que significavam muito à vida dos pacientes quando, por exemplo, reduziam reações adversas ou facilitavam a adesão ao tratamento), hoje o foco está no surgimento de terapias totalmente inovadoras, que representam saltos expressivos do conhecimento científico e tecnológico e que podem significar a cura ou o controle de doenças. Doenças essas que, no passado, traziam estigmas, sofrimento e limitações ao paciente.

 

Para Leandro Agati, se no passado os desafios da saúde pública estavam voltados às doenças infecciosas (com índices preocupantes de expectativa de vida), hoje as descobertas da ciência, combinadas com políticas públicas e hábitos saudáveis, garantem o acesso da população a vacinas e tratamentos que elevaram a nossa expectativa de vida em pelo menos 24 anos. “Se antes morríamos aos 48 anos, hoje já se fala em 72 anos, com expectativas de crescimento nessa taxa”.

 

Agati reforça que, nesse cenário, o objetivo da Science Valley é trabalhar para uma nova geração de medicamentos que chegará ao mundo. “A alta qualidade no recrutamento e acompanhamento do quadro de pacientes trouxe, ao longo dos anos, enormes resultados. São milhões de pacientes que podem se beneficiar com cada pesquisa desenvolvida”, conclui Agati.

 

Outro fator importante para que o Brasil avance no cenário global da pesquisa clínica é a capacidade de firmar parcerias com instituições renomadas que já trazem uma grande contribuição à ciência. “A Science Valley, por exemplo, fechou importantes parcerias técnicas internacionais para projetos estratégicos de P&D com a Universidade de Illinois (UIC) e Loyola Medical School (em Chicago, EUA), além dos ensaios clínicos acadêmicos internacionais para o tratamento da Covid-19 com a Universidade de Cambridge (Reino Unido)”, finaliza Ramacciotti.

 


FONTES:

EDUARDO RAMACCIOTTI - Co-fundador e CBO (Chief of Board) da Science Valley. MD, PhD, Cirurgia Vascular e Endovascular, é pesquisador de doenças cardiovasculares e ensaios clínicos globais. É co-fundador e presidente do Conselho Científico da Science Valley Research Institute (SVRI). É professor-orientador do programa de pós-graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, disciplina de Ciências da Saúde, com alunos de mestrado, doutorado e pós-doutorado. É professor visitante do Loyola University Medical Center (Chicago, EUA), afiliado aos Departamentos de Patologia e Farmacologia. Tem amplo conhecimento na área cardiovascular, com foco em trombose, hemostasia, doenças das artérias periféricas e desenvolvimento de medicamentos. Ramacciotti é pesquisador clínico e mentor de alunos de pós-graduação e programas de PhD. Sua formação inclui os títulos de MD, MPH e PhD (em trombose), com dois programas de bolsa (pós-doutorado), incluindo pesquisa básica e clínica na Universidade de Michigan e no Centro Médico da Universidade de Loyola (Chicago, EUA). A sólida experiência inclui 95 artigos publicados, quatro livros (sumários executivos), além de ser convidado recorrente para palestras em reuniões médicas internacionais. Em 2017, o Dr. Ramacciotti recebeu o prêmio Outstanding Achievement Award do Global Trombosis Forum (GTF) ligado ao North American Thrombosis Forum (NATF) por suas contribuições em educação e pesquisa em embolia pulmonar e doença arterial periférica. Sua carreira foi marcada pelo cargo de diretor médico global da Bristol Myers Co R&D, em Nova York, de 2010 a 2014, onde assumiu a direção da pesquisa clínica da fase básica à fase tardia (da “bancada à cabeceira”) nas áreas cardiovasculares, incluindo o anticoagulante oral apixaban.  Em agosto de 2021, apresentou no Congresso da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC, do inglês European Society Cardiology) os resultados do The Michelle Trial, pesquisa clínica liderada por ele, patrocinada pela Science Valley (com colaboração da Bayer), realizada de forma inédita em vários centros do Brasil, contemplando a segurança e a eficácia do medicamento Xarelto® (rivaroxabana) de 10 mg, uma vez ao dia, no período pós internação em pacientes que foram hospitalizados por Covid-19 e com risco alto de tromboembolismo na alta médica. Esse foi um dos estudos globais mais esperados do ano na área de cardiologia.

 

 

LEANDRO BARILE AGATI - Co-founder and CEO of Science Valley PhD, Pharmacologist and Trialist,  líder do Centro de Pesquisa da Rede Leforte desde 2013. Tem larga experiência na execução e concepção de Pesquisas Clínicas, com mais de 50 ensaios realizados. Diretor de estudo da ALS (ensaio de fase 1). NCT02987413. Atualmente, coordena diversas pesquisas clínicas internacionais.  É Ph.D. em Farmacologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e pelo Departamento de Psiquiatria da Universidade de Illinois (Chicago, EUA). Tem pós-doutorado em biologia molecular e desenvolvimento de antimicrobianos com a técnica de proteínas recombinantes pelo Instituto de Farmacologia e Biologia Molecular (Infar) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Foi revisor científico do sumário de quatro revistas científicas: Clinical and Applied Thrombosis and Hemostasis (CATH), Clinical Pharmacology & Biopharmaceutics (OMICS), Experimental Physiology (EP) e General and Comparative Endocrinology. É palestrante e consultor da Daiichi-Sankyo e Bayer para rivaroxaban (Real World data).  Science Valley Research Institute (SVRI) é uma empresa global de inteligência em pesquisa clínica e serviços de pesquisa e desenvolvimento (P&D) na área da saúde.

 

www.svriglobal.com


Número de divórcios continua crescendo em 2021 como reflexo da pandemia

Plataforma Idivorciei lança o programa Virando a Página para ampliar ajuda aos divorciados

 

A pandemia de covid-19 mudou a rotina das famílias e afetou os relacionamentos. Uma das consequências foi a explosão de divórcios em 2020 e o aumento crescente de casos também neste ano.

O Brasil registrou novo recorde de divórcios no primeiro semestre de 2021, reflexo natural da maior convivência dos casais dentro de casa, entre outros fatores. De acordo com o Colégio Notarial do Brasil, de janeiro a julho deste ano 37 mil divórcios foram realizados em cartório - aumento de 24% em relação ao primeiro semestre do ano passado.

Pensando nisso, a Idivorciei, plataforma que reúne soluções e serviços para o público divorciado, está lançando o Programa Virando a Página. O objetivo dos empresários Calila Matos e Luís Carlos Tardelli é ampliar ainda mais o escopo de atendimento às pessoas que estão enfrentando um processo de separação. O Programa oferece ao público "divor" (divorciada/o) serviços de beleza e bem-estar, além de projetos de decoração e organização de ambientes; tudo gratuitamente, graças à parcerias com patrocinadores e apoiadores.

O Virando a Página é também uma websérie disponível no Youtube. Para quem quer participar e ter acesso aos benefícios, basta acessar o site:https://www.programavirandoapagina.com.br e clicar em "Quero recomeçar". Automaticamente abrirá o cadastro via Whatsapp. Depois, é só contar como foi - ou está sendo - o processo de separação/divórcio, por meio dessa inscrição.

Os escolhidos terão, então, serviços gratuitos em clínicas e salões de beleza, além de consultas com especialistas em saúde e bem-estar. Mas não é só. A transformação ocorrerá também no lar. Decoradores e personal organizers vão repaginar um ambiente da casa escolhido pelo participante para que ele se sinta, realmente, virando uma página de sua vida.

Enquanto isso, quem está se separando continuará contando também com a ajuda de mais de 50 especialistas nas áreas de saúde emocional, assessoria financeira, soluções jurídicas, bem-estar, viagens, carreira profissional, entre outras, nas plataformas digitais da Idivorciei.

"Oferecemos todo o apoio possível, por dentro e por fora, àqueles que estão enfrentando situações difíceis na vida pessoal em razão da separação. Na Idivorciei, já contamos com uma grande rede de parceiros 'do bem' e, agora, decidimos ir além, proporcionando também momentos de alegria e aconchego no lar com o Virando a Página. Queremos levantar a autoestima dessas pessoas, tão necessária nessa fase difícil do pós-divórcio", conta Calila Matos, fundadora da Idivorciei.

De acordo com Calila, que é também divorciada e mãe solo, não se pode esquecer que, ajudando os pais neste momento de desafios e superação, os filhos desses divorciados também serão beneficiados. "Estamos falando da maior geração de filhos de divorciados da história. Se nós não cuidarmos dessas pessoas, teremos uma geração extremamente traumatizada por causa do término do casamento dos pais. A Idivorciei acolhe e possibilita a pais e filhos um novo ciclo de oportunidades", pontua a empreendedora.

Segundo o IBGE, os divórcios cresceram 75% no Brasil nos últimos cinco anos. Em 2020, ano de início da pandemia, só no mês de julho foram 7.400 divórcios, um salto de 260% em relação à média de meses anteriores.


Programa Virando a Página:

Inscrições:

https://www.programavirandoapagina.com.br

Youtube: idivorciei

Acesse o primeiro episódio:

https://www.youtube.com/watch?v=rYp1xjq0FpA&t=235s

https://www.idivorciei.com.br

Instagram: @idivorciei

Facebook: idivorciei

 

Posts mais acessados