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quinta-feira, 1 de julho de 2021

Como a radioterapia é aplicada em cada tipo de câncer


Entenda como o tratamento funciona para os cânceres mais comuns nas clínicas de radioterapia

 

Pelo menos metade dos pacientes oncológicos vão precisar de tratamento radioterápico em algum momento. Algumas neoplasias são mais recorrentes nas clínicas e as que mais demandam a radioterapia como tratamento. Para cada uma delas, existem uma indicação e um estudo individual. 

A radioterapia, no geral, utiliza radiações ionizantes com o objetivo de destruir ou impedir a proliferação das células tumorais, podendo ser o único tratamento a ser realizado, ou parte de um tratamento combinado com cirurgia ou quimioterapia, por exemplo. 

“A indicação é mais comum em pacientes com câncer de mama; próstata; cabeça e pescoço; colo do útero; colorretal e de pulmão”, enumera o rádio-oncologista Miguel Torres, presidente do Instituto de Radioterapia São Francisco.

 

Abaixo, o médico explica como é o tratamento em cada um deles:


 

Câncer de mama

 

No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 66.280 novos casos de câncer de mama por ano. A radioterapia é amplamente empregada no tratamento dos tumores de mama. “Pode ser utilizada de forma intra-operatória - durante o procedimento cirúrgico, ou após as cirurgias mamárias, quando ela deve proteger a mama do ressurgimento do tumor”, explica.


 

Câncer de próstata


Estima-se 65 mil diagnósticos de câncer de próstata anualmente. “Nos casos em que o câncer está localizado, ou seja, não chegou a se espalhar para outros órgãos, a radioterapia tem trazido bons resultados em relação à qualidade de vida do paciente após o tratamento”, diz Torres.


Nesse caso, ela pode ser empregada de duas formas: Radioterapia externa (sem contato com o paciente) e Braquiterapia (quando a fonte radioativa está em contato com o órgão). A indicação depende da avaliação médica.


 

Câncer de cabeça e pescoço


As neoplasias de cabeça e pescoço englobam todos os tumores que surgem nessa região, como orofaringe, cavidade oral, laringe, hipofaringe e nasofaringe. Segundo o INCA, o câncer da cavidade oral, por exemplo, tem 15 mil novos casos anualmente. “O tratamento precisa de uma equipe multidisciplinar e a radioterapia vai agir com a intenção de cura ou cuidado paliativo, dependendo do paciente”, explica.


 

Câncer de colo de útero


O INCA estima mais de 16 mil diagnósticos de câncer de colo uterino no Brasil por ano. “Para essa neoplasia o tratamento radioterápico pode ser o principal, dependendo do estágio, ou combinado com cirurgia e/ou quimioterapia. Em outros, pode ser utilizada para a recidiva de metástases”, diz Torres.


 

Câncer colorretal


O câncer colorretal atinge mais de 40 mil pessoas no Brasil anualmente, segundo o INCA. O tratamento varia desde a ressecção da lesão por meio de colonoscopia em casos mais iniciais até cirurgias mais extensas, quimioterapia e radioterapia nos tumores mais avançados. “Uma prática que vem sendo investigada é a estratégia de preservação do órgão, utilizando quimioterapia e radioterapia combinadas. Uma opção viável para a não necessidade de cirurgia”, comenta Miguel Torres.


 

Câncer de pulmão


O INCA espera ao menos 30 mil novos diagnósticos anuais de câncer de pulmão. Segundo Miguel Torres, a radioterapia tem ampla utilização, dependendo do estágio do câncer de pulmão, podendo ser: tratamento principal; antes da cirurgia, para reduzir o tumor; após cirurgia, para destruir células remanescentes; tratamento de metástases ou paliativo.


Além disso, é possível citar câncer de cérebro, pâncreas, pele, coluna, esôfago, entre outras neoplasias com menos frequência, que também utilizam a radioterapia em alguma etapa do tratamento.




 

IRSF - Instituto de Radioterapia São Francisco

 

Como identificar um AVC

 

Quanto antes iniciado o tratamento menor são as chances de sequelas mais graves

O AVC (Acidente Vascular Cerebral) acontece quando os vasos responsáveis por levar o sangue até o cérebro entopem ou se rompem, causando assim morte dos neurônios da área cerebral que ficou sem a circulação sanguínea. Por esse motivo, quanto antes identificado e iniciado o tratamento, menores são as chances de danos mais graves ao paciente. E como fazer isso? Ficando atento aos sinais. “Os sintomas do AVC aparecem de forma súbita, por isso devemos estar atentos e buscar ajuda médica o quanto antes”, enfatiza Mariana Peres de Carvalho, coordenadora do núcleo de fisioterapeuta do Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA). 

Para identificar os sinais do AVC você pode usar a técnica conhecida como “SAMU”: sorriso, abraço, mensagem, urgente. Sorriso – durante o AVC a boca pode ficar torta, peça para que a pessoa tente dar um sorriso. Abraço – nesse momento fica difícil para a pessoa levantar os dois braços ao mesmo tempo. Peça para que ela tente te abraçar. Mensagem – quem está tento um AVC pode começar a apresentar dificuldades de fala, peça para a pessoa cantar. Você vai perceber a fala embolada. Se você perceber um desses sinais, chame o SAMU da sua cidade urgente (ligue para 192). 

Outros sintomas ainda podem ser: dificuldade de caminhar ou ficar em pé; formigamento e falta de força em um lado do corpo; problema de memória recente e passada; e dor de cabeça intensa com vertigem. O tratamento precoce com medicamentos, como TPA (anticoagulante), pode minimizar danos cerebrais por isso é importante buscar auxílio médico imediatamente. O tratamento com fisioterapia neurofuncional também deve ser iniciado rapidamente. “O quanto antes a pessoa for socorrida e iniciar o tratamento com o fisioterapeuta neurofuncional, melhores serão os resultados e menores as sequelas”, finaliza Mariana.




Núcleo Paraense de Recuperação Motora Cognitiva e Comportamental (NUPA)


Hemocromatose: você sabe o que o acúmulo de ferro pode causar no seu corpo?

Hematologista explica o que é a doença que causa o excesso de ferro no organismo e que pode causar graves lesões em todo o corpo

 

Recentemente, o youtuber e influencer Felipe Neto anunciou que sofre de hemocromatose. Mas o que é isso? A médica hematologista da Oncoclínicas Brasília, Marina Aguiar, explica que se trata de uma doença caracterizada pelo excesso de ferro no organismo. "Isso acontece quando o suprimento de ferro excede a necessidade do organismo, acumulando em diferentes tecidos e causando lesões graves", detalha a Dra.

Considerada rara, a hemocromatose pode ter dois tipos: primária ou hereditária, e a secundária. "A hemocromatose hereditária é aquela determinada por condições genéticas. Pode acometer em torno de 0,5% da população geral", esclarece a hematologista.



Hemocromatose primária ou hereditária

Dentro da hemocromatose primária existem outros quatros tipos. A Dra. Marina, que também é médica no Hospital Anchieta de Brasília, explica que os tipos dependem do gene que sofre a mutação. "Felipe tem hemocromatose do tipo hereditária heterozigótica, ou seja, ele herdou a mutação do pai ou da mãe, e não de ambos. No caso, a condição é incompleta, ou seja, não é grave".

A hemocromatose causa um descontrole e aumento excessivo na absorção de ferro pelo intestino, o que resulta em um acúmulo e deposição crônica do mineral em diversos tecidos. "Os tecidos mais acometidos pelo acúmulo são o coração, fígado e pâncreas", lista a hematologista. A médica explica que o excesso de ferro nesses órgãos pode originar outros problemas de saúde, como cirrose, insuficiência cardíaca, diabetes e escurecimento da pele.

"As lesões nos órgãos pelo depósito do ferro são lentas e graduais", comenta a Dra. Marina, ao explicar que os primeiros sintomas podem ser inespecíficos e sutis. Entre esses sintomas que podem passar despercebidos, está a perda de peso, interrupção da menstruação, dores nas articulações, fadiga, depressão e queda de cabelo. "Por exemplo, a disfunção hepática pode se manifestar silenciosamente com dor abdominal e hepatomegalia, que é o aumento de tamanho do fígado", exemplifica a Dra.

Como um alerta, a Dra. Marina recomenda que o paciente não ignore ou normalize os sintomas leves. "Qualquer sintomatologia, desde uma leve fadiga até um quadro mais grave neurológico, deve ser interpretado como um alerta para que se busque ajuda médica imediatamente", frisa a médica.

Quanto mais cedo se descobre a hemocromatose, menores são as chances da doença desenvolver um quadro grave. "Quando o nível de lesão do órgão afetado pelo acúmulo de ferro é mais alto, maiores as chances da pessoa desenvolver outras doenças, como arritmia, disfunção erétil, artrites, entre outras", complementa.



Hemocromatose secundária

A Dra. Marina aponta que hemocromatose pode não ser genética, ou seja, pode ser secundária. "Isso acontece quando a pessoa adquire o excesso de ferro no organismo devido a transfusões de sangue repetidas", explica.

As pessoas mais suscetíveis a hemocromatose secundária são aquelas que têm anemia falciforme, mielodisplasia, talassemia ou qualquer outro tipo de doença onde seja necessário múltiplas transfusões de sangue para correção da anemia. "O tratamento geralmente é com medicações que fazem a quelação de ferro", conclui a hematologista.



Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da hemocromatose exige um exame físico e laboratorial, histórico de saúde familiar, e uma avaliação global dos estoques e do metabolismo do ferro. "O médico também pede exames que determinem a função do tecido lesado, e se necessário, um exame que avalie a alteração genética relacionada a hemocromatose hereditária", esclarece a hematologista.

Para a hemocromatose primária não existe cura, no entanto, a Dra. Marina aponta que hoje é possível fazer um tratamento para que a doença seja controlada. "O tratamento é indicado para pacientes com manifestações clínicas e níveis de ferritina muito elevados", aponta a médica. Pacientes assintomáticos precisam apenas de avaliação médica periódica semestral ou anual com verificação dos níveis de estoque do ferro e dosagem das enzimas do fígado.

O tratamento de hemocromatose consiste na diminuição da quantidade de ferro do organismo através da retirada de sangue ou sangria. A quantidade de sangue a ser removida e o tempo de intervalo a cada sangria será determinada pelo médico hematologista, de acordo com a Dra. Marina. "É preciso lembrar que os pacientes com hemocromatose precisam seguir uma dieta balanceada, e evitar o uso de suplementos de vitamina C", adverte a especialista. Ela ainda ressalta que o consumo de álcool deve ser moderado, já que ele pode aumentar a absorção de ferro e aumentar o risco de cirrose, quando ingerido em altas doses.


Médico lista 5 dicas para combater o inchaço

O doutor Paulo Lessa explica como surgem os edemas, conhecidos popularmente como inchaços no corpo, e traz dicas práticas para aliviar o problema

 

 

 

Sentir o corpo inchado é uma situação comum entre boa parte da população. No entanto, apesar de ser frequente, é um incômodo e pode ser sinal de algum problema de saúde. O médico Paulo Lessa explica as possíveis origens do inchaço, também chamado de edema, e traz dicas práticas para aliviar a sensação de peso no organismo.

 

“O edema é caracterizado pelo aumento do volume de partes do organismo sensíveis à ação da gravidade ou no corpo inteiro. Pode ser observado em pés ou tornozelos com a marca dos sapatos, pernas que parecem maiores no fim do dia, além do corpo pesado e cansaço além do habitual”, afirma.

 

É importante saber a origem do inchaço, pois esse diagnóstico nos indica o tratamento adequado e se o problema pode se tornar um perigo para a saúde.

 

“Muitas doenças estão associadas ao inchaço, como as que afetam os rins, fígado, coração e tireoide. Além disso, alterações vasculares, como as varizes e os edemas de origem linfática, podem resultar em pernas mais inchadas. Portanto, identificar a causa é essencial”, recomenda o doutor.

 

Além disso, o profissional destaca a necessidade de diferenciar o inchaço relacionado a doenças, daquele associado à retenção de líquido. “Esse tipo de inchaço resulta do acúmulo excessivo de água entre as células do corpo. Entre as origens, podem estar a alimentação inadequada, problemas hormonais e sedentarismo”, acrescenta.

 

Ainda que o sexo biológico não interfira na forma como o inchaço é sentido no corpo, a progesterona e estrogênio, ambos hormônios femininos, estimulam a retenção. Por isso, mulheres no período pré-menstrual ou durante a menopausa podem ser mais afetadas.

 

Para evitar os edemas, o profissional lista alguns hábitos eficazes. Acompanhe!


 

Beber muito líquido


Consumir bastante água ajuda na redução do inchaço. A orientação dos especialistas é beber pelo menos 1,5 litro diariamente. “A água, além de manter a pessoa hidratada, possui diversos outros benefícios, como a melhora do processo digestivo e da circulação sanguínea”, indica.


 

Tomar chás


Alguns chás possuem propriedade diurética, como o hibisco, salsinha e cavalinha. “Eles aumentam a quantidade de urina produzida e eliminada, o que favorece a diminuição da concentração de sódio no corpo. Por sua vez, esse efeito combate a retenção de líquidos.”


 

Adicionar proteínas magras na sua dieta


É fundamental ter uma alimentação equilibrada, dando preferência a alimentos ricos em potássio e proteínas magras. “Esse mineral reduz o sódio em excesso no organismo. Entre os alimentos que atuam nessa tarefa, estão acelga, espinafre, banana, abacate e pêra”, destaca. “Já as proteínas magras incluem aves e peixes, por exemplo.”


 

Evitar o sal na comida


O médico também aconselha diminuir o sal no tempero das refeições. “Evite temperos prontos e o sal comum e dê preferência a temperos naturais, como o clássico combo de cebola e alho, assim como pimenta, coentro, hortelã, gengibre, entre outros”, pontua.


 

Caminhar pelo menos 15 minutos por dia


A prática de exercícios faz parte de um estilo de vida saudável e favorece a circulação, o que impede a retenção de líquidos. “Ficar muito tempo sentado ou deitado, em alguns casos, faz com que as pernas fiquem mais inchadas e pesadas. Uma simples caminhada já é eficiente para evitar esse problema”, comenta.

 

“É uma prática que fortalece o sistema imunológico e promove sensação de bem-estar. Procure um médico que entenda do assunto e que tenha uma equipe multidisciplinar para te ajudar da melhor forma possível”, completa.


Infertilidade: Como esse problema afeta a vida das pessoas que sonham ter um filho?

Apesar de nem todos os casais terem o sonho de serem pais, gerar um filho ainda é o projeto de vida de muitos. Ao longo desse projeto, são colocadas em pauta algumas questões sociais, de saúde e financeiras.   

Mas um dos grandes fatores que pode atrapalhar esse projeto é a infertilidade, que pode vir a representar sofrimento e muita dor ao casal.    

A infertilidade atinge cerca de 15% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), e é atestada quando um casal mantém relações sexuais, por um período de 12 meses sem fazer uso de métodos contraceptivos, e ainda não conseguem engravidar.   

Segundo a Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida, a infertilidade entre homens e mulheres é equiparada, ou seja, não se pode dizer que mulheres são mais inférteis que os homens, nem o contrário disso. Embora se saiba disso, é fato que as mulheres são mais cobradas socialmente, para que sejam mães, e quando isso foge a sua capacidade, causa muita tristeza.    

Os casais que se enquadram nessa situação, podem recorrer a um especialista que fará uma avaliação minuciosa sobre o motivo de não estarem conseguindo engravidar.   

A empresária e digital influencer Camila Pavan, e o marido Adriano Garbelini, foram tentantes por mais de 10 anos, mas devido a um problema de distrofia muscular, Camila não conseguiu levar nenhuma gestação até o fim.   

Por este motivo, com a ajuda da cunhada, o casal fez o processo de barriga solidária, mas infelizmente com algumas semanas de gestação, o feto foi para a trompa, resultando numa gravidez ectópica, sendo necessária a remoção da trompa.  

 Foi um quadro doloroso na vida do casal, mas mesmo assim não desistiram.  

Após diversas pesquisas Camila encontrou na Ucrânia a oportunidade de ser mãe através da barriga de aluguel.    

Esse serviço, que não é permitido no Brasil, consiste no aluguel de um útero, mediante a pagamento, para gestar o embrião do casal que não pode engravidar, assim a criança gestada em outra barriga, nasce com os genes dos pais solicitantes.    

No caso da Camila, foi um pouco diferente, como ela sofre com uma doença genética, se ela utilizasse o seu óvulo, provavelmente sua bebê nasceria com o mesmo problema que ela. Então o casal optou por usar o esperma de Adriano, e um óvulo de uma doadora, com as mesmas características físicas de Camila.   

Todo o processo que o casal passou foi supertranquilo, e mesmo a distância, acompanharam toda a gestação até o parto da pequena Pietra.   

“A dor da infertilidade é um sentimento que só quem trilha esse caminho conhece. Conseguir ter minha bebê, mesmo sendo através de um método tão pouco conhecido, fez com que todas as dores que passamos ficassem tão pequenas diante da felicidade de estar com a minha filha nos braços.”  

 

Tratamentos   

As opções de tratamentos para infertilidade tanto no homem quanto na mulher dependem muito de quais fatores levaram a dificuldade para engravidar. O auxílio de um médico se faz necessário, para que sejam diagnosticadas as causas e o melhor tratamento.   

Em casos como o da Camila, onde foi detectado um problema que contraindica a gestação, as opções de barriga solidária e barriga de aluguel podem ser consideradas, para gestar o bebê sem complicações físicas para ele ou para a mãe.

 

 

Camila Pavan - Formada em Gestão financeira, Camila Pavan sempre sonhou em ser mãe. Ao longo de mais de 10 anos tentou engravidar, mas sofreu com 2 abortos espontâneos. Com a ajuda da cunhada, fez uma barriga solidária, mas com algumas semanas a gestação foi para a trompa, resultando numa gravidez ectópica, onde não é possível dar segmento, sendo necessário a remoção da trompa. Após todo esse sofrimento, Camila e o marido Adriano Garbelini foram até a Ucrânia e lá realizaram os procedimentos de barriga de aluguel e tiveram sua filha Pietra.  Após esse longo período de tentativas, Camila resolveu ajudar a todos que sonham em ter um bebê. Através das redes sociais, realiza lives, publica posts tirando dúvidas sobre fertilidade, gravidez, maternidade de substituição e mostra como tem sido as fases de crescimento da sua filha Pietra.  

https://www.instagram.com/camilapavan 

https://www.youtube.com/channel/UCfc-6ibYVYoTHMvZpxTc7Zg 

https://camilapavan.com.br/barriga-de-aluguel/


A maioria dos casos de alergia ocular tem fator hereditário

Rinoconjuntivite alérgica acomete mais de 20% da população

 

    Rinite e asma podem ser doenças associadas à alergia ocular

 

Alérgenos encontrados no ambiente doméstico, como os ácaros da poeira, fungos e epitélio de animais de pelo, são alguns dos desencadeadores da alergia ocular. Polens de gramíneas, mais frequentes na região sudoeste/sul durante a primavera, também entram na lista de alérgenos.

Em 98% dos casos, a alergia ocular é causada por um processo de hipersensibilidade mediado por IgE, que ocorre em pessoas com predisposição genética para atopia.

 

A Dra. Elizabeth Mourão, Coordenadora do Departamento de Alergia Ocular da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica que para diferenciar a conjuntivite alérgica das bacterianas e virais é preciso se atentar a alguns sintomas.

 

“As conjuntivites alérgicas acometem ambos os olhos, não são infecciosas e o prurido ocular está presente em quase todos os casos. No caso das conjuntivites virais, sintomas como febre, mal-estar e gânglios cervicais são frequentes, associados à sensação de ardência e desconforto ocular. Além disso, essas conjuntivites costumam vir em surtos, acometendo várias crianças e adultos jovens em um mesmo momento. No caso das conjuntivites bacterianas, os olhos costumam ficar grudados pelo aparecimento de secreção ocular purulenta”, explica a especialista.

 

As alergias oculares podem acontecer em qualquer época do ano, como é o caso da conjuntivite alérgica perene, desencadeada pela exposição aos aeroalérgenos intradomiciliar ou de forma sazonal, durante a primavera (agosto a dezembro). O clima seco e quente, a permanência em ambientes refrigerados ou aquecidos e o contato esporádico com animais de pelo como gatos e cães também podem desencadear a doença.

 

Tratamento – Além de controlar o processo inflamatório conjuntival, com melhora da qualidade de vida, o tratamento visa evitar complicações que são frequentes nas formas crônicas da doença, como disfunção do filme lacrimal, ceratocone, úlceras de córneas, papilas gigantes e distúrbios visuais.

 

“É importante salientar que o tratamento deve ser feito pelo alergista em conjunto com um oftalmologista, envolvendo medidas de profilaxia aos aeroalérgenos, tratamento farmacológico e imunomodulador. A automedicação com colírios sem acompanhamento médico pode levar ao retardo do tratamento e agravamento da doença, bem como a complicações decorrentes de efeitos colaterais do uso indiscriminado desses medicamentos, como aumento da pressão intraocular e susceptibilidade a infecções no caso dos colírios a base de corticosteroides”, comenta Dra. Elizabeth.

 

A imunoterapia é também uma forte aliada para o desenvolvimento de tolerância ao alérgeno desencadeante de sintomas, com bons resultados para os ácaros da poeira e os pólens de gramíneas.

 

Alergia ocular e rinite A alergia ocular pode estar relacionada também com a asma e a rinite. Na maioria dos casos, está associada com a rinite alérgica, na forma de rinoconjuntivite alérgica. A associação com outras doenças mediadas por IgE como a asma e dermatite atópica também é frequente.

 

Prevenção - A rinoconjuntivite alérgica é uma doença de caráter hereditário e ocorrência familiar, que acomete mais de 20% da população. É muito importante que os alergistas investiguem a doença, para que um tratamento adequado seja iniciado, com melhora da qualidade de vida e para minimizar complicações decorrentes do prurido ocular crônico como o ceratocone, por exemplo. Um ambiente controlado, com redução de exposição aos aeroalérgenos, pode impactar positivamente na frequência das crises e controle dos sintomas.

 

 


 ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia existe desde 1972. É uma associação

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Incontinência urinária pode piorar no inverno; especialista tira dúvidas e dá dicas sobre a condição

No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas apresentam algum tipo de incontinência e muitos não procuram ajuda médica por achar que o problema é normal ou natural da idade

 

Com a chegada das temperaturas mais baixas, algumas mudanças podem ocorrer em nosso organismo. Uma delas é o aumento da frequência urinária e eventual perda de urina. Para pessoas que sofrem de incontinência urinária, as épocas de frio podem gerar mais incômodo e constrangimento, já que ocorre um aumento na produção de urina e, assim, pode ocorrer mais perda de urina e também pode haver a necessidade de urinar  com mais frequência.

A incontinência urinária atinge cerca de 5% da população brasileira (homens e mulheres) - segundo a Sociedade Brasileira de Urologia - e é conhecida mundialmente como “câncer social”, por causar, na maioria dos casos, constrangimento e isolamento, podendo levar à depressão. No Brasil, mais de 10 milhões de pessoas apresentam algum tipo de incontinência e muitos não procuram ajuda médica por achar que o problema é normal ou natural da idade ou por acreditar que não há tratamentos efetivos.

De acordo com o urologista Gustavo Wanderley, especialista de Recife e membro titular da Sociedade Brasileira de Urologia, a incontinência urinária pode piorar no inverno pois, além do nosso corpo transpirar menos nesta época do ano, para compensar as baixas temperaturas, nosso metabolismo acelera o funcionamento dos rins que precisam eliminar mais água do corpo. Ainda de acordo com o especialista, outros fatores podem influenciar para as idas constantes ao banheiro durante as épocas frias. “Outro hábito que aumenta os sintomas da incontinência no inverno está relacionado ao consumo de bebidas quentes, elas colaboram significativamente para o aumento da frequência urinária”. 

Para tentar amenizar o desconforto durante esta época do ano, o especialista traz algumas dicas práticas que podem colaborar com a rotina:


Evite bebidas quentes

Uma boa dica é evitar o consumo de bebidas quentes como chás, chocolates quentes e café, antes de se deitar. Isso irá reduzir as idas ao banheiro durante a noite. Se as idas excessivas ao banheiro durante o dia estão atrapalhando a sua rotina, corte as bebidas quentes durante suas atividades, como trabalho ou exercício físico.


Incontinência não é comum em nenhuma idade

A incontinência urinária não é uma consequência normal da idade, apesar do envelhecimento trazer alterações estruturais na bexiga e no trato urinário que podem favorecer o aparecimento da condição. O tipo mais comum é a Incontinência Urinária de Esforço (I.U.E.), caracterizada pela perda de urina ao rir, tossir ou em qualquer movimento ou esforço. A I.U.E. atinge exclusivamente mulheres e pode ocorrer por fraqueza do esfíncter e do assoalho pélvico, além de múltiplos partos ou queda do hormônio feminino após a menopausa. Já nos homens, as principais causas de perda urinária são a deficiência esfincteriana após a prostatectomia radical (perda de urina após cirurgia para tratamento do câncer de próstata) e a bexiga hiperativa (contrações involuntárias de forte intensidade da bexiga que levam a escapes de urina).


Procure uma solução definitiva

Engana-se quem acredita que a condição não tem cura. Nas mulheres, nos casos mais simples, é possível fazer fisioterapia para ativar a musculatura, entre outros tratamentos. Nos casos moderados a graves, há um procedimento cirúrgico para aplicação de slings, malhas que sustentam a uretra. 

Já para tratar a incontinência em homens, existem tratamentos eficazes que permitem a volta do funcionamento do esfíncter. “Nos pacientes mais complexos, como homens que perdem o funcionamento do esfíncter após a prostatectomia radical, é possível substituir o esfíncter com uma cirurgia, utilizando um esfíncter artificial, tecnologia disponível e acessível no Brasil”. Para casos mais leves, ainda existem os slings masculinos, que também trazem excelentes resultados a longo prazo, finaliza o especialista.


Otite: como cuidar da saúde auditiva no inverno?


Especialista alerta para os cuidados a serem tomados na época mais fria do ano

 

 

A estação mais fria do ano chegou. Junto com as baixas temperaturas, vêm também os cuidados extras com a saúde do ouvido, pois determinados problemas podem piorar e provocar sequelas irreversíveis na audição.  

 

É nesse momento do ano que algumas doenças se tornam frequentes. "As baixas temperaturas do inverno também trazem um período mais seco. Essas condições de clima se tornam um ambiente perfeito para os casos de infecção das vias aéreas e por conseguinte acarretar em casos de otite, principalmente nas crianças ", alerta Gilvânia  Barbosa, especialista em audiologia da Clínica Microsom. 

 

Os ouvidos acabam sendo prejudicados pelas baixas temperaturas. De acordo com a fonoaudióloga, é nesta época que aumentam as inflamações de ouvido. Para evitá-las, Barbosa indica "proteção para os ouvidos quando exposto a baixas temperaturas por mais de 15 minutos, uma limpeza na área externa do ouvido de forma delicada com a ponta da toalha e não usar o cotonete pois  pode empurrar a cera, evitar contato com outras pessoas que estejam doentes e para finalizar, é importante tratar a gripe da forma correta, para evitar que ela se transforme em posteriores problemas para a audição". 

 

Além disso, crianças e idosos precisam ter cuidados redobrados. "Estes são os mais afetados com o inverno, já que a capacidade de resposta do seu sistema imunológico é menor diante do frio e do vento", informa a especialista.

 

HPV amplia risco de câncer de boca entre jovens

Tumor maligno possui alta associação com a infecção pelo vírus do papiloma humano. Fique atento aos primeiros sinais e aos fatores que influenciam o seu aparecimento precoce


O tumor orofaríngeo - localizado atrás da boca e que inclui a base da língua, céu da boca, amígdalas e paredes laterais é considerado um dos tumores mais incidentes entre os jovens brasileiros de até 40 anos de idade.

Os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que dos 625 mil novos casos de tumores malignos esperados para 2021 na população, 15.190 deverão ser de câncer de boca e orofaringe. E apesar da redução na taxa global de novos casos destes tipos de câncer, a incidência dos diagnósticos relacionados à infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV) tem ascendido um sinal de alerta entre especialistas, se mostrando cada vez mais alta.

"O número de casos relacionados ao HPV vem aumentando em homens e mulheres. Vale lembrar que a transmissão desse vírus ocorre por meio da prática sexual oral sem proteção, o que reflete a necessidade de conscientização ampliada sobre o tema de forma ampla", afirma Andrey Soares, oncologista do CPO Oncoclínicas. "O que temos observado é que o risco de desenvolver o tumor maligno entre os jovens têm crescido progressivamente ao longo dos últimos anos. Pesquisas mostram que, em média, o ápice da transmissão do vírus acontece na faixa dos 25 anos, sendo este um fator relacionado ao câncer que é totalmente prevenível a partir da conscientização sobre o assunto de forma ampla e massiva", acrescenta o médico.

Neste sentido, Andrey lembra que existem vacinas que reduzem o risco de infecção por determinados tipos de HPV. Esses imunizantes foram inicialmente adotados como forma de diminuir o risco de câncer de colo do útero, um dos mais incidentes entre as mulheres, mas têm se mostrado úteis para diminuir o risco de outros tumores ligados ao papiloma humano, como o câncer de ânus, vulva, vagina, boca e garganta.

"Como estas vacinas só são eficazes antes que alguém esteja infectado pelo HPV, devem ser administradas em uma idade precoce, antes que a pessoa se torne sexualmente ativa", sinaliza o oncologista do CPO Oncoclínicas.

A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente nos postos de saúde, em 2 a 3 doses, para meninos e meninas dos 9 aos 14 anos. Homens e mulheres de 9 a 26 anos vivendo com HIV ou AIDS, pacientes que receberam transplante de órgãos, de medula óssea e pessoas em tratamento contra o câncer, também têm direito a receber as doses pelo sistema público de saúde. A vacina também pode ser tomada com idades superiores, entretanto, são apenas disponibilizadas em clínicas de vacinação particulares. Não há restrições para pessoas com vida sexual ativa, mas a eficácia da vacina pode ser diminuída, já que nestas situações há possibilidade de já ter havido contato com o vírus.

O especialista pontua, adicionalmente, que além do HPV, o consumo aumentado de tabaco e álcool também figura entre os fatores que contribuem para a elevação dos riscos de desenvolver câncer de boca e garganta.


Primeiros sinais

Os primeiros sinais do tumor orofaríngeo podem aparecer por meio de feridas que não cicatrizam na boca nos primeiros 15 dias, além do aparecimento de nódulos no pescoço. O paciente pode se queixar também de dor para mastigar ou engolir. "Estes fatores, ligados ao aparecimento de pequenas verrugas na garganta ou na boca, podem revelar um possível diagnóstico com associação ao HPV. Portanto, é muito importante que seja acompanhado de perto por um especialista".

Outros sintomas podem estar relacionados à rouquidão persistente, manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca e bochecha, bem como lesões na cavidade oral ou nos lábios e dificuldade na fala.


Atenção aos fatores de risco


Tabagismo: Segundo o oncologista, o câncer de cabeça e pescoço apresenta maior incidência entre os jovens e pouco mais de um terço é causado por maus hábitos. "O principal e o mais importante de ser combatido é o tabagismo", revela Dr. Andrey.

Antigamente, o hábito de fumar era visto com elegância e glamour, sendo incentivado até pelas propagandas que mostravam atores famosos tragando seus cigarros, o que estimulava esse costume entre as pessoas mais jovens. O uso frequente do cigarro também é responsável pelo aparecimento do tumor na cabeça e pescoço. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas.


Álcool: Houve um tempo em que o cigarro era liberado nos restaurantes e até em sala de aula. Hoje, isso não é mais permitido. Contudo, o uso do tabaco persiste e, na maioria das vezes, vem acompanhado de bebidas alcoólicas. Estimativas apontam que 75% dos casos de câncer de pulmão são decorrentes do uso do tabaco e os fumantes têm cerca de 20 vezes mais risco de desenvolver a doença. O álcool pode agir como um solvente e facilitar a penetração de carcinógenos nos tecidos-alvos. Além disso, aumenta o índice de quebras no material genético e a peroxidação de lipídios e, consequentemente, a produção de radicais livres. Vários estudos epidemiológicos demonstram que o consumo combinado de álcool e fumo constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de câncer de cabeça e pescoço.


Infecções Virais: A geração de jovens e adultos com menos de 40 anos preza e valoriza muito a liberdade sexual. Trata-se de um grupo que nasceu após o "boom" do HIV e, apesar de bem informada e consciente dos riscos envolvendo doenças sexualmente transmissíveis, apresenta índices elevados de contágio pelo chamado papilomavírus humano - conhecido como HPV. "Além disso, a hepatite B e C também são fatores de risco para câncer de cabeça e pescoço, são infecções virais que podem ser transmitidas em relações sexuais não seguras. Vale lembrar sempre da importância do uso de preservativos para a preservação da saúde", finaliza o médico.


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