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terça-feira, 18 de maio de 2021

Fatores de risco inflacionário

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), na última reunião, em aumentar a taxa básica de juros da economia de 2,75% para 3,50% está alinhada com as estimativas de mercado e dentro de um cronograma de normalização da política monetária com o atual processo inflacionário. Ou seja, um movimento correto e necessário para sinalizar o compromisso do Banco Central (BC) com a estabilidade de preços. É claro que o aumento dos juros não é desejado, ainda mais em um período de recuperação de nossa economia. Contudo, a inflação mais alta e persistente prejudica a renda do trabalhador e a capacidade produtiva ao longo do tempo. Será pior para a economia como um todo.

Em linhas gerais, podemos destacar três fatores de riscos inflacionários. O primeiro deles é mundial. A forte recuperação das economias desenvolvidas alinhadas com expansões fiscais e monetárias sem precedentes, alimentam a forte demanda internacional por grãos, proteínas, celulose, minérios, puxando os preços internacionais dos insumos básicos. Por exemplo, nos EUA, onde a vacinação está avançando rapidamente, os preços no setor manufatureiro do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM) aumentaram 37% entre dezembro de 2020 e maio de 2021, indicando um maior risco para a inflação. Mesmo com um mercado de trabalho ocioso, esse risco no curto prazo poderá pressionar os juros internacionais para cima, dificultando o controle de preços doméstico. 

O segundo fator refere-se à evolução das finanças públicas. Em recente Relatório de Inflação (março), o BC projeta um cenário alternativo de maior risco fiscal, com deterioração das contas públicas e dificuldade no avanço das reformas. Utilizou como referência a recente crise fiscal iniciada em 2014, a qual gerou uma maior percepção internacional de default nas principais agências de risco. Com efeito, a economia brasileira apresentou uma depreciação cambial, contribuindo para a elevação dos preços domésticos. 

A Autoridade Monetária apresenta um cenário de inflação preocupante decorrente do aumento do risco fiscal. O descolamento das projeções inicia no quarto trimestre de 2021 e atinge um ápice no terceiro trimestre de 2022, com uma inflação de 5,7% para este ano e 5,9% para o próximo. O mais importante desse exercício é esclarecer que a deterioração das contas públicas afetará a dinâmica de médio e longo prazos da inflação, contaminando as expectativas dos agentes de mercado. 

Por último, o risco da inflação inercial se intensifica com o aumento das expectativas de inflação, reportadas no Relatório Focus. Os analistas esperam um IPCA para 2021 em cerca de 5,2%, isto é, no limite superior à meta de inflação. Para 2022, o mercado espera uma inflação um pouco acima da meta de 3,50%. Alguns fatores recentes estão alimentando a alta nas expectativas. As condições climáticas de maior estiagem aumentam as projeções de preços de energia e alimentação. Alguns analistas estão considerando bandeira tarifária vermelha 1 para dezembro; e revisão para cima em suas projeções de alimentação no domicílio, com aumento nos preços de grãos e cereais – componentes relevantes na composição do IPCA.

Com isso, os maiores riscos inflacionários mundiais e nacionais prescrevem uma atuação mais conservadora do Copom, o qual tem como objetivo principal manter as expectativas de inflação de curto e médio prazos do mercado ancoradas às metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Reforço que, com inflação sob controle e reformas importantes do estado brasileiro, teremos uma capacidade de crescimento de longo prazo mais vigorosa em nossa economia.

 



Lucas Lautert Dezordi - doutor em Economia, sócio da Valuup Consultoria, economista-chefe da TM3 Capital e professor da Universidade Positivo.


5 dicas para planejamento financeiro à prova de falhas

O especialista afirma que é preciso ter a consciência dos
gastos e da receita para depois estabelecer metas
Autossabotagem é o erro mais comum ao executar um plano


Você é uma daquelas pessoas que já tentaram por inúmeras vezes fazer um planejamento financeiro e falhou? O especialista em gestão de risco e planejamento financeiro Hilton Vieira aponta os possíveis erros que você deve estar cometendo e mostra que ter uma vida financeira organizada pode ser muito mais fácil do que se imagina.

“Muitas pessoas buscam a inovação, o jeito diferente de fazer as coisas e acabam subestimando o poder da rotina. O planejamento financeiro é um ciclo de melhorias contínuas. Antes de tudo é preciso ter a consciência dos gastos e da receita, depois estabelecer metas e cumprir as etapas para se chegar onde se determinou”, diz.

Vieira alerta que muitos não cumprem o plano, pois, sem saber, se autossabotam por terem passado por experiências negativas. “Se você já tentou se planejar no passado e deu errado, não significa que vai acontecer de novo. Faça um acordo com você mesmo e tenha compaixão para entender que naquele momento você não estava preparado e não conseguiu bater o seu planejamento”, diz

Para serem alcançadas, as metas precisam ser realizáveis. “Se você não consegue economizar, se comprometa a diminuir pelo menos 10% dos seus gastos. Para isso, é preciso saber exatamente quanto gasta no mês.” O especialista orienta a fazer uma lista com todos os custos (fixos, variáveis e sazonais, como IPTU, IPVA, seguro do carro e de vida), avaliar o que pode ser reduzido e se comprometer a cortar pelo menos dois itens.

Quando se fala em cortes, geralmente as pessoas pensam que vão precisar fazer reduções significativas, abrindo mão de coisas importantes, mas não precisa ser assim, ensina Vieira. “Por exemplo, antes de cortar um jantar em um restaurante no sábado à noite, busque cortar o cafezinho que toma durante a semana. Assim você vai alinhando o seu orçamento de acordo com aquilo que você mais tem prazer e tirando o que só dá mais custo.”

Toda economia é importante e conta no final do mês, por isso é preciso valorizar o dinheiro. “Lidar com o dinheiro tem que ser algo natural, mas muitos alimentam a crença de que dinheiro não é importante. Muitos pensam que não têm por que guardar dinheiro, pois é preciso aproveitar a vida. Na verdade, é o contrário, devemos guardar dinheiro para podermos aproveitar a vida”, afirma Vieira.

As nossas relações sociais nos induzem tanto à economia quanto ao gasto excessivo e estar atento a isso e se posicionar é fundamental para ter sucesso em manter o planejado. “Nosso círculo de convivência determina muitas vezes o nosso padrão de vida. Por exemplo se você tem amigos que gostam de baladas e percebe que está gastando muito com isso e quer diminuir em 10% seus custos, proponha novos programas, tente fazer coisas diferentes e deixe claro para os amigos que você tem uma meta de corte para cumprir. Da mesma forma, faça isso em sua casa, com sua família. Exponha seus planos de redução de gastos. A participação de todos é fundamental”, orienta o especialista.


5 dicas para evitar erros no planejamento financeiro

1 – Autossabotagem e compaixão - falha não é fracasso e sim aprendizado.

2 – Metas muito arrojadas e impossíveis – o objetivo tem que ser factível

3 – Cortes – avaliar pequenos gastos

4 – Valorizar o dinheiro – toda economia é válida

5 – Influência de amigos/família – não deixe suas relações sociais determinarem seu padrão de vida

Vacina contra Covid-19 é usada como isca para ataques cibernéticos

Malware, spam, esquemas de phishing e sites maliciosos estão entre as estratégias usadas pelos hackers

 

O que a pandemia nos ensinou sobre o mundo digital e as ameaças cibernéticas? A Covid-19 provocou uma dependência maior da tecnologia e acelerou a digitalização de muitas empresas. A necessidade de reduzir o contato social, para combater a proliferação do vírus causador da doença, obrigou até mesmo os serviços públicos a se adaptarem rapidamente à internet, e fez crescer inclusive as consultas de telemedicina. Os bancos digitais também se proliferaram e a visita rotineira aos shoppings foi trocada pelas compras online.

Só que à medida que as transações digitais ficaram mais presentes no nosso cotidiano, várias ameaças surgiram. O uso mais intenso da internet provocou um aumento da confiança dos usuários nas plataformas, tornando-os iscas fáceis para cibercriminosos, que criam réplicas muito convincentes de e-mails, sites e até aplicativos.

Outro fenômeno identificado foi o aumento das fake news, que já eram um problema que vinha sendo enfrentado antes da pandemia. A desinformação cresceu e os hackers passaram a usar a Covid-19 e os termos relacionados à doença, como as vacinas, como isca para seus golpes.

Agora que as vacinas estão sob os holofotes – com mais de 1 bilhão de doses administradas em centenas de países – aumentaram os registros de ataques utilizando o tema. No começo do ano, a Interpol emitiu mais um alerta global sobre o uso da pandemia do novo coronavírus como isca para a realização de golpes digitais. Isso inclui atividades criminosas online e offline para publicidade ilegal, venda, administração e roubo das referidas vacinas. Recentemente, uma falsa rede de distribuição de vacinas foi desmantelada.

Desde o primeiro trimestre de 2020, detectamos uma onda de ataques associados à vacina Covid-19. Entre os principais malwares registrados estão: Emotet, Fareit, Agent Tesla e Remcos, agindo em diferentes países da América e da Europa. As indústrias mais afetadas são as de saúde, manufatura, bancos e transporte. Em vários casos, os remetentes de e-mail fingiam ser da Organização Mundial da Saúde (OMS) e usavam nomes de médicos.

Além de Emotet e Fareit, outros tipos de malware foram usados para propagar ameaças relacionadas à vacina Covid-19. Entre os quais, cavalos de Tróia como Lokibot, Agent Tesla e Formbook e outros Trojans de Acesso Remoto (RATs), que fornecem controles de administrador e geralmente possuem recursos para fazer upload e download de arquivos, como Remcos, Nanocore e Malware Android como Anubis.

Em outubro, uma variante de ransomware foi espalhada por meio de uma falsa pesquisa sobre Covid-19. O phishing continha um anexo de uma suposta pesquisa para estudantes e professores da universidade no Canadá. A telemetria ainda revelou ação desse malware, com mais de mil detecções, em Portugal, Estados Unidos e Israel.

E em novembro, o malware Zebocry teria se passado pela empresa farmacêutica Sinopharm, que produz vacinas Covid-19. Os invasores usaram como estratégia o envio de um Disco Rígido Virtual (VHD - Virtual Hard Drive) com dois arquivos: um PDF para slides de apresentação do Sinopharm e um executável que se passava por um documento do Microsoft Word.  Já o ransoware Backdoor Remcos estava disfarçado de um arquivo que supostamente trazia detalhes sobre a vacina contra a Covid-19. E o agente Tesla em um arquivo que discutia a eficácia dos testes, possíveis vacinas e cura da doença.

Recentemente, circulou uma campanha de phishing que usava o nome do Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS). O e-mail persuadia o usuário a confirmar a convocação para vacinação. Se o botão "aceitar" ou "desconsiderar" fosse clicado, o e-mail redirecionava o internauta para uma página de entrada, que exibia um formulário solicitando o nome completo do usuário, data de nascimento, endereço e número de celular.

Estes são apenas alguns dos golpes relacionados à vacina Covid-19 que estão circulando na rede. Eles vão da distribuição de cartões de vacinação e agendamento das doses às consultas e vendas da vacina, entre outros.

Alguns criminosos também usam SMS em suas campanhas fraudulentas. Um golpista que fingia ser de uma empresa farmacêutica enviava mensagens convocando o receptor a se vacinar. Em seguida, fornecia um número de contato para registro. Provavelmente pedirá dinheiro quando for contactado.

Os golpes relacionados às vacinas da Covid-19 estão se espalhando pelas redes sociais. Com a atual crise sanitária, é compreensível que as pessoas procurem alternativas para comprar uma vacina. Mas é importante ressaltar que vacinas falsas podem ter repercussões negativas na saúde, mesmo se os golpistas entregarem algum dos produtos prometidos após receberem o pagamento.

O governo e os órgãos legais de diferentes países aconselham continuamente a comunidade a ter cuidado com tais golpes. Para os usuários, a dica é não clicar em links ou baixar anexos que venham em e-mails de fontes desconhecidas. Além disso, o ideal é manter sistemas de segurança como antivírus e firewalls sempre ativos e atualizados, assim como aplicativos e outros softwares utilizados no dia a dia.

Lembrando que os sistemas, principalmente de empresas, também podem ser protegidos por uma abordagem de segurança multicamadas, voltada para endpoints, e-mails, web e redes. Abaixo, algumas dicas para fugir dos golpes online:

  • Pense antes de clicar. Evite encaminhar ou compartilhar mensagens e postagens sem verificá-las primeiro (use mecanismos de busca e sites de notícias confiáveis ou oficiais).
  • Fique atento para e-mails, sites e aplicativos falsos ou maliciosos. Alguns sinais que devem despertar desconfiança são: erros ortográficos e gramaticais, nomes e logotipos incorretos de instituições conhecidas. Se não tiver certeza, verifique com outras fontes, como os sites oficiais de mídia social da empresa e informações de contato.
  • Participe e/ou promova treinamentos de segurança cibernética. A maior conscientização e conhecimento sobre golpes online e outros tipos de desinformação podem ajudar a identificar esses esquemas.

E lembre-se, quanto mais tecnológico for o negócio e mais dados de usuários ele incorporar, maior valor terá para os atacantes. Por isso, é preciso colocar a segurança cibernética no ponto mais alto do pódio.




Paul Pajares - Pesquisador de Ameaças Cibernéticas da Trend Micro e participa frequentemente de treinamentos da Interpol.


Pix: 75 milhões de brasileiros já usam o novo meio de pagamento

As transações via Pix já superaram a soma de transações via TED, DOC, cheque e boleto; para especialista, a tendência é que o novo meio de pagamento se popularize ainda mais


Completando seis meses de funcionamento, o Pix já foi utilizado por 75 milhões de pessoas, segundo dados do Banco Central. Isso corresponde a 45% da população adulta do país. No mês de abril, as transações via Pix já superaram a soma das transações realizadas pelos meios de pagamento tradicionais -  TED, DOC, cheque e boleto: foram 1,5 bilhões de transações via Pix, que movimentaram mais de R$ 1 trilhão. Para o mercado, o Pix está preparando pessoas e empresas a um cenário cada vez mais tecnológico, mas é necessário que o novo meio de pagamento seja acompanhado de inclusão digital.

“O Pix veio exatamente para colaborar com a difusão da circulação financeira, sendo essa de modo digital. Hoje, com a pandemia, houve um aumento das compras online, e o Pix reforça hábitos iniciados nesse cenário: não é preciso ter dinheiro físico, fazer transações no papel”, explica José Luiz Rodrigues, especialista em regulação do mercado financeiro e sócio da JL Rodrigues & Consultores Associados

“Claro, os outros meios de pagamento continuarão a existir, mas há um entendimento de que o Pix poderá substituir determinados comportamentos financeiros conforme a popularização do seu uso. Por exemplo, a partir do momento em que o Banco Central colocou os custos das transações para patamares muito baixos com o Pix, ele está proporcionando melhores condições para que até aquelas pequenas transações, típicas de prestadores de serviços autônomos ou locais, como padaria, açougue, vendedores de porta, também possam ser realizadas neste novo ambiente digital”.

O especialista detalha que a sociedade brasileira hoje trabalha essencialmente com o dinheiro físico, mas que tecnologias como o Pix vêm para tentar difundir ainda mais as transações virtuais, o que gerará um impacto em cadeia, já que haverá menos circulação de papel. Além disso, outro impacto da popularização do Pix está ocorrendo com as entidades bancárias. 

“As instituições financeiras estão tendo uma mudança de receita, por exemplo. Se antes elas faturavam por valores transacionados nos meios tradicionais, como TED, DOC ou boleto, hoje elas ganham por quantidade de transações. Essa nova realidade também cria um ambiente mais competitivo, com mais segurança, onde os bancos tradicionais, as instituições de diferentes portes, fintechs, insurtechs e demais startups disputarão mercado por igual, e levará vantagem aquela prestadora de serviços que puder oferecer qualidade com menores custos e de maneira mais criativa”.

Para José Luiz, os números de movimentação do Pix em seis meses são a prova de seu sucesso, mas é necessário que o novo meio de pagamento venha com novas melhorias sociais. "Junto com o Pix, é necessário proporcionar condições para que a população faça uso da ferramenta, como, por exemplo, acesso à internet, pacotes de telefonia mais baratos. Falamos em substituição do uso do dinheiro físico, mas o Brasil tem dimensão, e diferenças sociais e culturais muito grandes. O uso do dinheiro permanecerá por um longo tempo ainda e tende a diminuir à medida que a população tenha mais acesso a dispositivos e internet”, conclui.

 

 

JL Rodrigues & Consultores Associados

 https://jlrodrigues.com.br/

 

José Luiz Rodrigues - sócio titular da empresa, é também membro do Conselho da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs) o que faz com que a Consultoria esteja inserida nesse ecossistema de forma ativa.


Centro Marista de Defesa da Infância lança jogo interativo gratuito


Jogo “Cartas à Comunidade Educativa” orienta profissionais sobre a revelação espontânea de violência contra crianças
Crédito: divulgação

 

Organização promove iniciativas para contribuir no enfrentamento à violência sexual, por meio de série de vídeos educativos e atividades lúdicas para a escola


Criado em 2010 pelo Grupo Marista, o Centro Marista de Defesa da Infância (CMDI) promove iniciativas de proteção e defesa dos direitos de crianças e adolescentes. Entre os diversos projetos do CMDI, o destaque é a campanha “Defenda-se”, que, por meio de uma série de vídeos educativos com linguagem acessível e amigável, debate o tema da violência contra crianças e adolescentes. 

Neste ano, as ações ganham um reforço estratégico: o lançamento da versão gratuita de um jogo interativo, chamado “Cartas à Comunidade Educativa”, que orienta profissionais das escolas e dos espaços de educação não-formal sobre a revelação espontânea de violência contra crianças. 

“As cartas buscam responder a algumas das perguntas mais recorrentes de quem não tem intimidade com o assunto ou formação específica para receber uma revelação de violência. São questões que vão desde a identificação dos sinais de violência, à postura que deve ser adotada em um acolhimento, possíveis consequências da revelação e procedimentos posteriores ao encaminhamento da denúncia para os órgãos responsáveis”, afirma a pedagoga do Centro Marista de Defesa da Infância e responsável pela campanha, Cecília Landarin Heleno.


Campanha Defenda-se

Campanha “Defenda-se” conta com materiais de apoio e vídeos educativos direcionados às crianças
Crédito: divulgação

Além do jogo “Cartas à Comunidade Educativa”, a campanha “Defenda-se”, que está no ar desde 2014, conta com materiais de apoio e vídeos educativos direcionados às crianças. Durante esse período, o projeto tem mostrado sua relevância no cenário nacional e internacional, ao discutir amplamente as medidas de enfrentamento da violência sexual contra crianças, a partir de uma linguagem acessível, amigável, preventiva e de autodefesa.

“Temos 13 vídeos com dicas fundamentais para a prevenção de atos de agressão sexual. Eles podem ser vistos pelas crianças sem acompanhamento, utilizados em atividades na escola ou vistos por todos os membros da família, em casa. É um dever da sociedade romper o ciclo da violência e essa contribuição começa na prevenção, com a divulgação desses conteúdos, indo até o acolhimento da vítima”, reforça Cecília.

As informações apresentadas nos vídeos aumentam as chances de que as crianças identifiquem situações de violência sexual no contexto familiar, escolar, e em outros espaços de convivência. Desta forma, família e escola podem contribuir, em conjunto, para a quebra do ciclo de violência, ao promover a autodefesa e encaminhar as situações identificadas para a rede de proteção. 

 



Centro de Defesa da Infância (CMDI)

http://www.centrodedefesa.org.br

 

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Febrasgo revela falta de leite humano em bancos de leite de 20 estados e Distrito Federal

 Entidade reforça a importância da amamentação e doação de leite, nesse contexto de pandemia



Levantamento realizado pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), em 2020 e 2021, revelou queda no abastecimento de bancos de leite humano em 20 estados e no Distrito Federal. O Brasil é referência internacional em doação de leite humano. Por ano, segundo o Ministério da Saúde, em média 330 mil crianças prematuras precisam da doação de leite – cerca de, pelo menos, 11% dos nascimentos. O contexto de pandemia, contudo, impactou o volume de doações. Alguns estados chegaram a ter momentos de estoques completamente vazios.

 

“Os benefícios do leite humano para os bebês são inúmeros. Nas diferentes fases de produção do leite materno, desde o colostro, até o leite maduro, o leite humano é rico em imunoglobulinas, anticorpos e várias proteínas, lípides e carboidratos adequados para nutrição do recém-nascido. Assim, previne contra as principais do recém-nascido e infância, como gastrenterocolites, afecções alérgicas e de vias respiratórias, o que impacta de maneira positiva no desenvolvimento da criança e formação de um adulto saudável”, explica a Dra. Silva R. Piza Ferreira Jorge, presidente da Comissão Nacional Especializada em Aleitamento Materno da Febrasgo.

 

O leite humano tem composição balanceada, auxiliando na prevenção de doenças comuns da infância e comorbidades da vida adulta, como diabetes, hipertensão, obesidade, entre outras, além de interferir na constituição e desenvolvimento do microbioma intestinal do recém-nascido. “Atualmente, considerado de fundamental a importância no desenvolvimento e prevenção de doenças, como a hipertensão, doenças cardiovasculares, cânceres entre outras” pontua Dra. Silvia.

 

Os benefícios, contudo, não se restringem apenas aos bebês. As doadoras também são impactadas pelo ato de doar. “A amamentação complementa a evolução e desenvolvimento da glândula mamária. Contrariamente ao pós-parto, quando se observa a regressão das adaptações do organismo materno que acontecem na gravidez, as mamas completam seu desenvolvimento com os processos fisiológicos que envolvem a amamentação. Esse ciclo é muito importante favorecendo a prevenção de doenças mamárias e o câncer de mama. Pode auxiliar ainda na prevenção do ingurgitamento mamário patológico, quando ocorre acúmulo de leite nas mamas, em função do desequilíbrio entre a produção de leite e a demanda inicial do recém-nascido, o que causa dor, inchaço, desconforto e, frequentemente, o abandono do aleitamento materno”.

 

Pandemia


Frente a um momento de tantas incertezas e agravos a saúde, a Dra. Silvia reforça que “a amamentação é recomendada e deve ser estimulada, de modo exclusivo, pelo menos, até o sexto mês de vida do bebê. Cabe ressaltar que o aleitamento materno favorece condições mais saudáveis para a criança, com maior resistência, e assim, menor propensão a simultaneidade de infecções”, esclarece a obstetra da Febrasgo. 

 

Bancos de leite


O Brasil possui a maior e mais complexa rede de bancos de leite humano do mundo. Segundo a Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (rBLH), o país dispõe de 224 bancos e 216 pontos de coleta. Durante a pandemia, observou-se uma queda considerável nos estoques de bancos de leite, em todo o país. O pior caso foi no Rio Grande do Norte que chegou a ter o seu estoque zerado. “É fundamental ressaltar a importância da doação de leite e a procura do banco de leite por parte das mães que estão com dificuldade de amamentar. A manutenção de bebê saudável diminui o risco de complicações e comorbidades. Sendo este, inclusive, um incentivo para que as lactantes doem leite. Ele salva vidas de muitas crianças!”, conclui a especialista.


Doação de Leite Humano, enfermeira obstetra explica funcionamento de bancos de leite

Serviço é disponibilizado à rede pública e privada, ajuda famílias com dificuldades de amamentação e bebês em UTIs neonatal


Que o leite humano é a melhor forma de alimentar um bebê, não resta mais dúvida: ele é o alimento mais completo nutricionalmente e capaz de reforçar o sistema imunológico, prevenindo uma série de doenças no bebê e na mãe que amamenta.

No início da amamentação as mulheres, assim como seus bebês, estão se adaptando um ao outro e, ambos, a amamentar/se alimentar. "É comum que a mulher tenha dúvidas relacionadas ao seu processo e, em alguns casos, o bebê pode não pegar a mama adequadamente. Com isso, pode haver ingurgitamento mamário e machucados nos mamilos da mãe", enumera a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski, da capital paulista. Quando a situação é grave e não reversível para essas e outras dificuldades, os Bancos de Leite Humanos são ótimas opções para buscar ajuda.

O Brasil possui a maior rede de Bancos de Leite Humano do mundo e é reconhecido pela OMS por seus esforços em relação ao tema. Os bancos de leite são iniciativas públicas ligadas a maternidades ou hospitais infantis que promovem o aleitamento materno em ambiente hospitalar e comunidade, assim como coletam, controlam a qualidade, pasteurizam e distribuem esse leite.

"Qualquer família que tenha um problema ligado à amamentação, pode receber apoio e orientação de um banco de leite. E as mulheres com excesso de leite podem ser doadoras, ajudando a alimentar bebês que estão em UTIs neonatal de hospitais vinculados ao banco de leite que visitaram", diz Cinthia.

Em todo Brasil são mais de 200 bancos de leite que seguem padrões rigorosos indicados pela Anvisa. "Qualquer mulher que amamenta e que tem boas condições de saúde pode ser uma doadora de leite, podendo fazer a retirada do alimento em seu domicílio", conta a enfermeira obstetra.

O banco de leite realiza um processo de seleção e classificação do leite recebido, avaliando se ele foi armazenado e transportado corretamente, seu volume e sua quantidade de gordura. O leite materno também passa por pasteurização e controle de qualidade para ser congelado, tendo validade de seis meses.



Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra • Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo • Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International 


CAMPANHA DO AGASALHO 2021 ORGANIZADA PELA FAAP TERÁ DOAÇÕES VIRTUAIS E PRESENCIAIS PARA HELIÓPOLIS

 Site e os campi de São Paulo e Ribeirão Preto arrecadam doações até 10 de julho

 

Mesmo com a pandemia, a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) procurou caminhos para continuar com a Campanha do Agasalho. Em 2021, a instituição repetirá a experiência bem-sucedida do ano passado, fazendo a arrecadação por meio da Internet ou presencialmente, das doações de fundos e de roupas e cobertores que serão entregues para a maior comunidade carente de São Paulo: Heliópolis.

As doações podem ser realizadas pelo site da campanha de arrecadação coletiva Benfeitoria. As peças físicas podem ser entregues na Portaria G2 da FAAP, em São Paulo e em Ribeirão Preto, na Portaria G1. As peças devem ser entregues lavadas, em bom estado de conservação e em sacos plásticos fechados, que serão higienizados. Poderão ser doados agasalhos, cobertores e acessórios, como meias, toucas e gorros.

Em São Paulo, a distribuição de toda a arrecadação será feita pela UNAS - União de Núcleos, Associações dos Moradores de Heliópolis e Região -, entidade sem fins lucrativos que surgiu em 1978 como comissão de moradores da comunidade. Em Ribeirão Preto a doação será para a Associação de Assistência Social e Cidadania In Pacto.

 

 

Campanha do Agasalho FAAP

Período: Até 10 de julho de 2021

Doações online: https://benfeitoria.com/campanhadoagasalhofaap

 

Doações físicas:

São Paulo

Portaria G2 - Rua Alagoas, 903 – Higienópolis

Horário: de segunda a sábado, das 9h às 18h

 

Ribeirão Preto

Portaria G1- Av. Independência, 3670 - Jd. Flórida

Horário: de segunda a sexta, das 9h às 16h

 


Sobre a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP)

Sustentada em três pilares: tradição, cultura e inovação, a FAAP é hoje um grande polo de educação, com Ensino Médio, 19 cursos de graduação, nas áreas de Exatas e Humanas, pós-graduação, cursos de aperfeiçoamento de curta-duração, além de programas de idiomas, intercâmbio e eventos de alto nível que complementam a formação do aluno.  Além de São Paulo, a FAAP está presente em São José dos Campos, em Ribeirão Preto e em Brasília.


Shopping Metrô Santa Cruz é ponto oficial de vacinação contra o COVID-19

 Em parceria com a prefeitura de São Paulo, população da faixa etária entre 60 e 62 anos e demais grupos específicos poderão tomar a primeira dose da vacina 


 
Shopping Metrô Santa Cruz, localizado na Vila Marianaé um dos postos oficiais de vacinação contra COVID-19.  A ação acontece em parceria com a Prefeitura de São Paulo. Está sendo atendida a população com 60 anos ou mais, os metroviários e ferroviários, pessoas com Síndrome de Down (18 a 59 anos), pacientes em Terapia Renal Substitutiva (18 a 59 anos), pessoas transplantadas imunossuprimidas (18 a 59 anos), gestantes (em qualquer idade gestacional) e puérperas (até 45 dias após o parto) com comorbidades (acima de 18 anos) e pessoas com Deficiência Permanente beneficiários do BPC (55 a 59 anos). 
 

O funcionamento é das 8h às 17h, sendo necessário portar documento com foto. Além disso, é importante que a população pertencente a cada um desses outros grupos de público-alvo, consulte no site da prefeitura de São Paulo demais documentos necessários que devem ser apresentados no ato da vacinação. A entrada para receber a vacinação será pela Rua Domingos de Morais, 2564, na parte externa do Shopping.  

Estamos animados em contribuir para a campanha de vacinação contra a Covid-19. É um momento muito importante na luta contra o vírus, contribuindo com outros esforços que já estávamos assumindo. Durante a pandemia, adotamos diversas medidas de higiene e seguimos as orientações das autoridades para conter a propagação do vírus e receber o público com segurança.”, afirma Bruna Chiachio, superintendente do Shopping Metrô Santa Cruz. 

 


Medo x ansiedade: a especialista Debora Garcia diferencia esses sentimentos e explica o por quê a população brasileira está mais ansiosa

Os dados podem ser assustadores, mas o recente estudo da Universidade de Ohio, dos Estados Unidos, em parceria com mais 11 Universidades espalhadas pelo mundo, apontou que o Brasil lidera o ranking dos países com mais ansiosos. Isso já era de se esperar, porque, antes mesmo da pandemia, o país já apresentava maiores números de incidências, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

 

Aliado à ansiedade, o medo também está presente nas vidas dos brasileiros. Um estudo da Behup - startup que cria tecnologias para analisar e entender o comportamento humano -, entrevistou pessoas semanalmente, desde março de 2020 a março de 2021, fazendo a seguinte pergunta: "Pensando na última semana e em todos os acontecimentos, quais emoções e sentimentos você vivenciou? O que você sentiu?”. E a palavra medo foi a mais dita.

Ma

s como eu consigo identificar se estou sentindo medo ou ansiedade?

 

Embora ambos os sentimentos tenham características em comum, como tensão, angústia e inquietude, as diferenças são perceptíveis. A especialista em fisiologia e meditadora Debora Garcia, diz que o medo é o sentimento gerado em algo que já está acontecendo e a ansiedade é a imaginação de uma possibilidade de algo negativo acontecer. Como ela exemplifica:

 

"Saímos de casa para trabalhar, mas de repente aparece um assaltante batendo na janela do seu carro, nos assustamos e sentimos um pavor, esse é o medo, porque está acontecendo uma coisa. Já a ansiedade é quando mesmo antes de sairmos de casa, já começamos a imaginar a possibilidade de haver um assaltante em nosso caminho, ficamos apreensivos. A ansiedade também surge quando vamos fazer algo novo, seja uma viagem ou iniciar um trabalho", explica a especialista.

 

Vivendo de incertezas em relação ao futuro, eficácia da vacina, situação financeira e desemprego, ainda de acordo com Debora o sentimento atual é o da ansiedade, embora, sim, existam pessoas convivendo com o medo. "A maioria está ansiosa porque não estão contaminadas, mas elas sabem que se saírem de casa podem se contaminar ou até mesmo dentro de casa, ao receber uma visita. Já outras pessoas, estão sentindo medo porque já estão doentes, mas entendo que a maioria está ansioso e tem motivos reais para isso", pondera a especialista.

 

Como tratar o medo e a ansiedade?

 

Sendo emoções respostas internas, a meditadora diz que as emoções podem ser conduzidas por nós mesmos a favor do nosso crescimento e até do nosso bem estar. Ela explica que quando pensamos e enfatizamos um determinado assunto, o nosso cérebro vai ter aquilo como importante e vai sempre nos fazer dar atenção naquilo.

 

"Passamos a ficar mais aguçados aos detalhes que remetem a nossa insegurança e não é que a pessoa deseja ser assaltada ou sofrer algum tipo de violência, mas vamos ficar mais atentos nessas situações. O grande problema da ansiedade é que pode ser que ela aconteça, como também pode ser que não e na maioria das vezes não vai", disse.

 

O bom é que podemos fazer uma reprogramação mental e suavizar nossas emoções. A meditação, nesses momentos, é uma boa válvula de escape porque a técnica vai atuar diretamente no nosso cérebro, proporcionando a autonomia e o autocontrole das nossas emoções.

 

"A meditação vai trabalhar a inteligência emocional, no desenvolvimento da clareza e percepção interna. Além disso, ela também atua em cima do controle emocional, até pela regulação de neurotransmissores e hormônios que atuam positivamente no nosso emocional, e sabemos que as emoções duram um tempo, mas se não cuidar elas podem nos controlar, afetando nossas ações e pensamentos, mas quanto mais tivermos consciência delas, mais poder teremos para conduzi-las", finalizou.

 



 

Debora Garcia - Palestrante, professora de meditação, escritora e mentora, atua no mercado corporativo e para autogestão pessoal. Formada em Educação Física pela UMESP, especializada em Fisiologia do Exercício pela UNIFESP, atua também na área de educação corporal por mais de 14 anos, identificando que as habilidades ou inabilidades internas são pontos limitantes tanto no desempenho esportivo como na vida.

 


Créditos de: Divulgação / MF Press Global 


Dia do abraço - Psicólogos da Eurekka falam sobre a importância do abraço

Para comemorar o Dia do Abraço, celebrado em 22 de maio, os psicólogos da Eurekka falam sobre a importância desse ato de afeto que pode diminuir sintomas como depressão, pânico, solidão, abandono, entre outros sentimentos que tem abalado emocionalmente a população.

Com a pandemia, o contato físico diminuiu muito, já que essa é uma das maneiras de transmitir o vírus da COVID-19. Embora saibamos que o cenário atual tem afastado pessoas e consequentemente causado uma série de problemas psicológicos, a demonstração de carinho é importantíssima, principalmente entre famílias, crianças e idosos.

Segundo Henrique Souza, cofundador da Eurekka, abraçar alguém na pandemia não significa apenas o contato físico, essa ação pode acontecer de diversas formas, desde uma pergunta para saber se a pessoa está bem até o suporte em algo que ela precise. "Existem várias formas de abraçar uma pessoa, você pode começar se envolvendo na causa dela, perguntando se ele está bem, se precisa de algo para aquela semana, se os familiares dela estão bem, pode fazer uma chamada de vídeo para estabelecer mais contato ou até mesmo dar suporte para algo que aquela pessoa precisa naquela semana, como ir à farmácia, mercado, padaria e poupar o outro da exposição", ressaltou o psicólogo.

Desde 2020, o "Dia do Abraço" tem acontecido em formato diferente, mas não perdeu a importância, principalmente para as crianças e idosos que sofrem mais com o isolamento e distanciamento social.

De acordo com Júlio Frota Lisbôa Pereira de Souza, cofundador e CEO da Eurekka, as pessoas podem adotar pequenas boas atitudes ao longo do dia que vão impactar positivamente no bem-estar, como reservar 5 minutos do seu dia para uma ligação com alguém importante, convidar outra pessoa da família para fazerem exercícios juntos ou até marcar de assistir um filme ou episódio de uma série à distância, mas ao mesmo tempo. "Aqui na Eurekka, atendemos muito jovens e jovens adultos que se queixam de coisas que podem parecer pequenas, mas tem um impacto grande - como a falta de atenção dos pais, cônjuges e parceiros, pela sensação de não serem ouvidos. E este pode ser o sentimento da maioria das pessoas que, muitas vezes, não se abrem para conversar".

Os psicólogos acreditam também que é preciso desmistificar a Psicologia e explicá-la com linguagem simples para que as pessoas consigam, de forma prática, resolver questões do cotidiano. A sugestão dos profissionais para esse Dia do Abraço é que as pessoas se esforcem para "abraçar" o outro de jeitos criativos mas, ainda assim, amorosos.


Eurekka 


Ele faz muita falta! No Dia do abraço – 22 de maio, cinco benefícios deste gesto para o seu cérebro

 Entenda por que abraçar faz tão bem para a sua saúde. 

 

Quando foi a última vez que você abraçou alguém? Difícil lembrar, não é mesmo? Mesmo com a vacinação em andamento, a baixa taxa de imunização e a presença de novas cepas ainda impedem que este gesto seja possível, mesmo entre os já vacinados.

Para o brasileiro – um povo afetuoso por natureza – a ausência do abraço impacta diretamente no dia a dia de crianças, que esperam ansiosas para estar com seus avós, amigos ou mesmo naquela espontânea reação ao festejar algo importante. Mas será que é possível driblar a pandemia e retomar gestos tão brasileiros? A boa notícia é que sim e a gente explica para você neste artigo.


Como o abraço faz falta!

Além de nos aproximar enquanto seres humanos, esse gesto vai muito além da aproximação física e é responsável por uma série de benefícios para a nossa saúde e especialmente para o nosso cérebro.

“Ainda não podemos nos abraçar, mas vivemos na esperança de que isso aconteça em breve. Neste momento, a dica é muito simples: vamos nos abraçar nas nossas pequenas comunidades e famílias, fortalecer o nosso emocional para enfrentar tudo isso, para manter acesa a chama da afetividade de que isso aconteça em maior escala em breve”, explica a psicóloga Anizabella de Oliveira Soares – empresária franqueada especialista em ginástica para o cérebro do Método Supera.

No Dia do Abraço, 22 de maio, o Método Supera, com a ajuda da especialista Anizabella preparou cinco benefícios do abraço para o cérebro, confira: 


O que acontece no cérebro quando ganhamos um abraço? 

Uma alegria momentânea, uma aprovação no vestibular ou até mesmo promoção no trabalho: tudo é motivo para um abraço. São situações em que queremos expressar nossa felicidade, ou a necessidade de conforto, segurança e apoio emocional. Ao ganhar um abraço suprimos tudo isso. Mas como isso acontece no nosso cérebro? 

Essas sensações acontecem porque o abraço libera inúmeras substâncias que contribuem para nosso bem-estar. As quatro principais são:

A ocitocina, também conhecida como hormônio do amor, é responsável por trazer uma sensação de bem-estar, contribuindo para a felicidade e afastando a tristeza. Além disso, esse hormônio potencializa as relações afetivas e fortalece o vínculo de proximidade entre as pessoas! 

A endorfina, conhecida por suas propriedades analgésicas razão pela qual sua nomeação, que deriva do grego, significa analgésico interno (endo + morfina) , é o mesmo hormônio liberado quando praticamos exercícios físicos ou comemos chocolate. Promove bem-estar e atenuação das dores. A acupuntura e a amamentação estão entre as atividades que também estimulam a produção de endorfina. 

A Serotonina tem relação com as funções ligadas ao sono, apetite, humor etc. Tem um papel importante no controle da função e movimentos do intestino.  

E por último, a dopamina, um neurotransmissor que atua no sistema nervoso central, modulando funções relacionadas ao aprendizado, sono e atenção. 

Vale lembrar que muitas pessoas sentem dificuldades para expressar emoções e sentimentos verbalmente. É nessa hora que um abraço pode dizer tudo. Em 2011, um estudo comprovou que as pessoas com dificuldade para se comunicar, ao receberem um abraço, liberaram substâncias responsáveis por aliviar a tensão

 

6 benefícios do abraço para o cérebro

  • Melhora o humor;
  • Melhora a memória; 
  • Melhora o relacionamento com as pessoas;
  • Aumento da disposição física e mental;
  • Diminui ansiedade e tensão; 
  • Diminui pressão arterial.

 

A ocitocina também é responsável pela diminuição da pressão arterial, que por sua vez reduz o risco de doenças cardíacas e ansiedade. Um estudo realizado pela Universidade de Viena, na Áustria, ainda comprovou que, quando sincero, o abraço pode diminuir a pressão arterial e aumentar sua memória.

Ainda segundo especialistas, as pessoas que abraçam com mais frequência tendem a apresentar menos sintomas de estresse emocional

“Considerando este contexto, sugiro criarmos um momento do ‘auto abraço’ ou abraçar em casa todos que convivemos e colocar isso na nossa rotina. Por exemplo após o jantar, ou almoço ou mesmo no café da manhã. Antes da refeição, convide seu esposo (a), filhos (as) e todos que residem em sua casa para um momento especial de ‘auto abraço’, um momento diário e muito íntimo. Cada um se auto abraçando...tenham certeza de que será um momento delicioso. Permitam levar essa experiência para também a sua família mais próxima. É um pequeno gesto que favorece muito o resgate da afetividade neste momento. A pandemia tem engessado muito tudo isso que está dentro de nós e o abraço tem o um poder incrível que romperá essa barreira, nos fazendo mais felizes”, concluiu.


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