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sexta-feira, 2 de abril de 2021

Marcos Mion escancara o coração no mês da visibilidade autista: 'e se fosse seu filho?'

Apresentador participa de live com neurocientista Mayra Gaiato


O autismo é uma condição que atinge cerca de 2 milhões de brasileiros, de acordo com a OMS. O número é expressivo e crescente. Segundo o Centro de Controle de Doenças e Prevenção, do governo dos EUA, a proporção é de que uma criança nasça autista a cada 54 nascimentos.

O desenvolvimento neurológico de uma criança pode ser estimulado independente de diagnósticos. Muitas vezes, um diagnóstico de autismo pode demorar para ser fechado. E mesmo sem o laudo, a intervenção precoce com tratamento multidisciplinar pode ser iniciada, de acordo com a psicóloga e neurocientista Mayra Gayato. “Se uma criança apresenta atrasos, não devemos esperar o diagnóstico fechar para começar o tratamento. Quanto antes começar as intervenções, maior a possibilidade de evolução e desenvolvimento da criança”, explica a especialista, que é fundadora do Instituto Singular.

Os primeiros anos de vida de uma criança são uma etapa decisiva para o desenvolvimento das habilidades motoras, cognitivas, emocionais e sociais. Isso acontece porque o cérebro da criança está mais receptivo a novos estímulos devido a uma janela de oportunidade chamada plasticidade neural. Essa capacidade diminui ao longo do tempo.

A especialista explica que a estimulação é benéfica para todas as crianças e que uma criança bem estimulada tem mais oportunidades de aprendizagens e melhor relação com o ambiente e com outras pessoas.

Se de um lado a estimulação precoce pode ajudar muito o desenvolvimento infantil, por outro a qualidade das fontes de informação sobre o autismo e sobre os cuidados que se deve ter com o desenvolvimento neurológico da criança é fundamental. “Difundir informações de fontes confiáveis pode ajudar de diversas maneiras a acolher e melhorar a inclusão das pessoas com transtornos do espectro autista”, afirma a psicóloga.

Eventos

Durante o mês de abril, mês em que se promove mundialmente a visibilidade do autismo, o Instituto Singular realiza uma série de encontros online gratuitos.

O evento traz seis encontros online que reúnem expoentes sobre o tema no Brasil e conta com a presença de nomes influentes na atualidade. Os eventos têm a presença do youtuber Marcos Petry, do publicitário e influencer Rafael Mantesso, do apresentador e ativista Marcos Mion e do pediatra e especialista Thiago Castro.

A série de encontros acontece pelo Instagram, no perfil da, fundadora do Instituto (@mayragaiato).

O primeiro encontro online acontece no dia 1 de abril, às 20h, com o lançamento do Curso Neurociências do Autismo. No dia 2 de abril, às 20h, Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, o Instituto realiza uma live em collab com o publicitário Rafael Mantesso sobre a importância da data.

O evento prossegue no dia domingo, dia 4 de abril, às 20h, com uma live collab com o Dr. Thiago Castro, sobre a importância do pediatra no autismo. O tema da pediatria se estende para o dia 7, às 21h, em collab com a Pediatria Descomplicada, sobre sinais e sintomas precoces.

No dia 12 de abril, às 18h, o Instituto realiza a collab ao vivo com o apresentador Marcos Mion, com o tema “E se fosse seu filho?”. O evento prossegue no dia 18, às 20h, em uma live com o youtuber, palestrante e músico Marcos Petry.

 

Serviço

Durante o mês de abril o Instituto Singular vai oferecer cursos gratuitos e uma série de descontos em outras formações disponíveis.

Além dos cursos, o Instituto oferece materiais gratuitos com dicas e outras informações no site www.institutosingular.org

 

O Instituto Singular é uma das maiores referências em tratamento, educação e conhecimento sobre autismo e atraso no desenvolvimento infantil. Fundado pela psicóloga Mayra Gaito e pelo psiquiatra Rodrigo Silveira, o Instituto atende em todo o pais com uma equipe multidisciplinar e tem como objetivo levar informações atualizadas sobre o desenvolvimento infantil, democratizar o conhecimento e realizar terapias eficazes.

Dia da Saúde e Nutrição: conheça mitos e verdades sobre imunidade

Em tempos de pandemia, o Dia da Saúde e Nutrição e o alerta que traz sobre a importância de manter o sistema imunológico forte é indispensável. Mas ainda há muita discussão sobre esse tema e o que, de fato, nos mantém saudáveis. Por isso, o WW Vigilantes do Peso esclarece mitos e verdades mais comuns sobre o que garante a proteção do corpo contra doenças. 

Há muita informação disponível na internet e nem tudo que encontramos se baseia na ciência, como alimentos e suplementos milagrosos, explica o Nutricionista do WW Vigilantes do Peso, Matheus Motta. "O que funciona mesmo é manter uma alimentação saudável e variada, que forneça diferentes nutrientes ao corpo. Manter uma rotina equilibrada também ajuda na redução do risco de doenças crônicas em todas as fases da vida".

Confira mitos e verdades sobre o fortalecimento do sistema imunológico: 


Ao ficar doente, basta aumentar o consumo de vitamina C para melhorar.

Mito. Existem evidências que comprovam que a vitamina C pode reduzir a gravidade e a duração de um resfriado, mas não pode "revertê-lo". Aumentar a dose diária durante a estação fria, quando gripes são mais comuns, para manter a imunidade também não é uma boa estratégia, já que a vitamina C é solúvel em água e, nesse caso, o corpo vai apenas excretar o excesso pela urina.

"Mesmo com ações antioxidantes, que podem auxiliar o sistema imune, após o início dos sintomas, a vitamina C não nos ajuda a nos sentirmos melhor, já que não tem a capacidade de eliminar a doença de vez ou reduzir o número de vezes que ficamos resfriados durante o ano. O ideal é incluir no cardápio diário frutas e verduras com alta concentração de vitamina C, mas que também trazem outros benefícios para o corpo, como brócolis, couve, pimentão, acerola, laranja, mamão, entre outros", revela Motta.


Dormir bem fortalece o sistema imunológico.

Verdade. O sono é fundamental para a saúde e para o bem-estar em geral. Manter uma rotina de sono de qualidade interfere diretamente na saúde física e mental, protege o coração, melhora o humor e fortalece o sistema imunológico. Apesar de não existir uma regra geral sobre quantas horas de sono são necessárias, em média, o corpo precisa de sete ou oito horas de descanso diariamente.  

A longo prazo, não dormir o suficiente pode aumentar o risco de infecções ou resfriados. "Em um estudo publicado na revista Sleep, pesquisadores recrutaram 11 gêmeos idênticos e descobriram que o irmão que dormia menos por um período de duas semanas também apresentava sinais de um sistema imunológico prejudicado, particularmente no que diz respeito aos seus glóbulos brancos em circulação", explica o Nutricionista do WW Vigilantes do Peso.


Suplementos podem substituir refeições e trazer os mesmos benefícios.

Mito. Não é recomendado substituir refeições por shakes e suplementos, como explica o Nutricionista do WW Vigilantes do Peso. "Pular refeições ou substituir os alimentos sem a orientação de um especialista não é saudável. Os suplementos – como o nome sugere – podem suprir a falta de nutrientes na alimentação, mas nunca substituí-la. Por isso, devem ser indicados por um nutricionista ou médico", alerta.

Além disso, os alimentos que ingerimos contêm diferentes nutrientes que desempenham um papel fundamental no apoio a um sistema imunológico saudável e os suplementos podem não ter a mesma ação quando ingeridos isoladamente ou sem uma orientação. "Em vez de tomar um suplemento com zinco concentrado, por exemplo, é melhor adicionar fontes alimentares do nutriente no dia a dia, como nozes, sementes, feijões e frutos do mar", complementa Motta.


Bebidas probióticas melhoram a função imunológica.

Verdade. Os probióticos são organismos vivos que, em número suficiente, promovem o equilíbrio da flora bacteriana intestinal, por inibir o crescimento excessivo de bactérias prejudiciais. Iogurtes e bebidas probióticas podem melhorar a digestão, ajudar a proteger contra doenças e melhorar a função imunológica. 

Além de garantir uma flora intestinal saudável, o consumo de probióticos pode controlar os níveis de colesterol e dos triglicerídeos, reverter quadros de diarreia, auxiliar o sistema imunológico (inclusive em quadros de intolerância e alergia alimentar) e reduzir o risco de desenvolvimento de câncer também, entre outros fatores.

 


WW Vigilantes do Peso

vigilantesdopeso.com.br

corporate.ww.com


Doenças reumáticas autoimunes são mais comuns em mulheres miastênicas

Estudo revela que pacientes com Miastenia Gravis têm 6 vezes mais chances de desenvolver doenças autoimunes reumatológicas


Aproximadamente 5% da população mundial é afetada por uma ou mais doenças autoimunes, sendo que a prevalência é mais alta em mulheres do que nos homens. Pacientes com um distúrbio autoimune têm maior risco de desenvolver um segundo transtorno, como é o caso da Miastenia Gravis (MG).

A MG é uma doença autoimune neuromuscular que afeta a junção muscular, causando fraqueza em diversos grupos musculares do corpo e dificultando - ou até impedindo - que a pessoa execute movimentos de forma voluntária. “Ela está diretamente associada a doenças reumáticas autoimunes incidentes, com risco maior de Artrite Reumatoide (AR), Síndrome de Sjogren primária (SSp) e Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), entre outras comorbidades”, reforça o Dr. Eduardo Estephan, médico neurologista e diretor científico da Abrami (Associação Brasileira de Miastenia).

O estudo denominado Thymectomy in patients with myasthenia gravis increases the risk of autoimmune rheumatic diseases: a nationwide cohort study”, traduzido para o português como “A timectomia em pacientes com Miastenia Gravis aumenta o risco de doenças reumáticas autoimunes: um estudo de corte nacional” e publicado em janeiro de 2019 na Revista Rheumatology, da Oxford Academy, apontou que o risco de doenças reumáticas foi 6,34 vezes maior em pacientes com Miastenia Gravis se comparados a outros sem a comorbidade.

A pesquisa foi feita a partir da identificação de pessoas com Miastenia Gravis na base de dados “Registro de Doenças Catastróficas” de médicos de Taiwan, que foi comparada com todos os dados da população geral do National Health Insurance Research Database e segmentada por sexo, idade e data de índice. A amostra reuniu 6.478 pacientes com Miastenia Gravis (58,3% mulheres com idade entre 50 e 55 anos) e 25.912 sem Miastenia Gravis (58,3% mulheres com idade entre 50 e 52 anos).

Os resultados mostraram que as mulheres miastênicas apresentaram risco significativamente maior de desenvolver Síndrome Sjogren primária (15,84%), Lúpus Eritematoso Sistêmico – LES (11,32%) e outros tipos de doenças reumáticas autoimunes (4,07%). Além disso, pacientes com Miastenia Gravis submetidos à timectomia (cirurgia para retirada do timo) apresentaram riscos ainda maior para essas doenças.

Muito comum em miastênicos, a timectomia é uma cirurgia para a remoção do timo, glândula localizada entre os pulmões e à frente do coração. Se ele não funciona bem, aumenta o risco de infecções e de doenças autoimunes, como a MG.

Cerca de 10% dos miastênicos têm tumor de timo (timoma) e esses pacientes produzem anticorpos para combater o tumor, que acabam também reconhecendo o receptor de acetilcolina erroneamente como um “invasor”. A cirurgia de timo, entretanto, também pode ser indicada para pacientes sem tumor. Segundo o especialista, “a cirurgia só é indicada para pacientes com diagnóstico positivo para os anticorpos, que têm a doença há poucos anos e com idade não muito avançada”.


Doenças Reumatológicas Autoimunes

Artrite Reumatoide (AR)

Doença inflamatória crônica, autoimune, que afeta as membranas sinoviais (fina camada de tecido conjuntivo) das articulações - mãos, punhos, cotovelos, joelhos, tornozelos, pés, ombros e coluna cervical. Em pacientes geneticamente predispostos, pode afetar também os órgãos internos, como pulmões, coração e rins. Sintomas como rigidez matinal (regredindo durante o dia) e inchaço nas juntas são comuns, sendo que progressão da doença está associada a deformidades e alterações das articulações, que podem comprometer os movimentos.

Mulheres entre 50 e 70 anos têm duas vezes mais chances de desenvolver a AR do que os homens da mesma faixa etária, embora possa se manifestar em qualquer idade e em ambos os sexos.


Síndrome de Sjogren primária (SSp)

Doença reumática autoimune caracterizada pela secura excessiva dos olhos, boca e outras membranas e mucosas. Considerada a mais frequente entre as doenças raras, a SSp afeta 2% da população mundial e tem duas formas de apresentação: a primária, que ocorre de forma isolada e sem nenhuma relação com outras inferminades do tecido conjuntivo, e a secundária, quando outras doenças reumatológicas se manifestam simultaneamente, como artrite reumatoide, lupus eritematoso sistêmico, vasculite e tireoidite de Hashimoto.

Entre os principais sintomas estão pele seca, dor nas articulações, secura vaginal, alergias, alterações no intestino, rim e pulmões, dormência ou formigamento nas mãos e pés e fadiga extrema.


Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)

O lúpus é uma doença inflamatória autoimune desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, que pode se manifestar sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado.

Fatores genéticos e ambientais estão envolvidos no aparecimento das crises de lúpus. Entre as causas externas estão exposição ao sol, uso de determinados medicamentos e ação de alguns vírus e bactérias. O estrógeno (hormônio sexual feminino) também está entre os fatores, o que pode justificar a prevalência maior nas mulheres em idade fértil.

“Ainda não há estudos conclusivos para traduzir as opções terapêuticas clínicas para as doenças reumáticas associadas à Miastenia Gravis. A recomendação é procurar um neurologista, preferencialmente especializado em Miastenia que, com base na história de cada paciente e nos resultados de exames neurológicos e laboratoriais, poderá definir o tratamento mais adequado, além de identificar fatores determinantes à evolução da doença ao longo da vida”, finaliza o médico.


O uso desafiador de aparelhos ortodônticos em pacientes autistas

Abordagens diferentes em busca do mesmo objetivo


O Dia Mundial de Conscientização do Autismo é comemorado em 2 de abril e essa data simboliza uma luta diária por inclusão e maior divulgação de informações corretas sobre o transtorno, que é uma realidade para mais de 70 milhões de pessoas em todo mundo. 

O transtorno relacionado ao desenvolvimento neurológico – Transtorno do Espectro Autista (TEA) –, popularmente conhecido como autismo, se caracteriza por sinais e sintomas que se manifestam na dificuldade em se comunicar, em interagir socialmente e por movimentos ou interesses repetitivos. O TEA apresenta uma grande variedade quanto à severidade dos sintomas e os graus da doença são diferenciados de acordo com o nível de dependência e necessidade de suporte de cada indivíduo. 

“A Odontologia é a mesma para todos”, essa é a definição da presidente da Câmara Técnica de Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais e cirurgiã-dentista, Adriana Zink, quando o assunto é o uso de aparelhos ortodônticos por pessoas com TEA. Ela esclarece que a ortodontia e a ortopedia caminham juntas e visam uma harmonia de forma e função no sistema estomatognático (conjunto de estruturas bucais que consiste de constante participação da mandíbula). Com isso, o resultado que se espera no tratamento dos autistas é o mesmo que dos demais pacientes.

A necessidade de tratamento ortodôntico na comunidade autista se equivale ao restante da população, mas é importante levar em consideração que pessoas com TEA têm muitas alterações sensoriais e, por conta disso, encontram dificuldades ao lidar com texturas, cheiros, toques: “Muitas vezes, o tamanho da escova, o sabor do creme dental, a força que a mãe aplica na escovação, a proximidade da mão da mãe ao escovar, entre outros fatores, podem provocar incômodo no paciente autista”, explica a profissional.

Os autistas também costumam ser muito visuais e essa característica deve ser considerada ao explicar para uma criança com TEA que ela irá usar um aparelho ortodôntico. Para isso, uma boa alternativa é usar materiais estruturados com pistas visuais.  

Adriana explica que pessoas com TEA são realmente únicas e, por isso, requerem atenção especial, mas o ideal é não impor limites a ninguém e trabalhar as potencialidades de cada um: “É possível tentar qualquer tratamento em pessoas com TEA. Temos que condicionar o paciente para minimizar o estresse durante as consultas e tornar o tratamento previsível". 

De acordo com a cirurgiã-dentista, infelizmente não há como prometer o sucesso dos procedimentos. "Devemos dividir com os pais as possíveis formas de tratamento, expor as dificuldades e juntos decidir a melhor alternativa”. Para exemplificar, Adriana supõe que, no caso de gêmeos com TEA, um pode aceitar bem o tratamento ortodôntico, enquanto o outro não.  

Quanto à escolha do tipo de aparelho a ser usado, ela deve ser personalizada: “Já tive pacientes que se adaptaram bem aos aparelhos móveis e outros ao fixo. Como também, tive aqueles que jogaram o aparelho móvel pela janela do apartamento e outros que quase arrancaram o dente tentando remover o fixo. Temos que ter muita responsabilidade nestas indicações e estar atento às alterações comportamentais para evitar acidentes”, alerta.

Adriana reforça a importância de acompanhar de perto cada caso. “Já aconteceu de o paciente usar o aparelho fixo por 6 meses e de repente querer retirar. Nesse caso não temos o que argumentar, devemos remover o aparelho antes que ele tente retirar sozinho”. 

Um outro caso mais complexo envolveu um paciente que precisou ser internado após um surto e a equipe médica solicitou que o aparelho fosse removido, pois ele estava mutilando as mãos com mordidas. "Fiz uma avaliação na clínica e, junto com a família, resolvemos que a remoção seria realmente a melhor opção”.

Há três níveis de autismo (do mais leve ao mais severo), mas isso não caracteriza o nível de aprendizado. Por isso, segundo a profissional, é essencial que não se rotule ninguém pelo diagnóstico mas que se individualize o paciente“Podemos ter um autista nível 3 que aceite o tratamento ortodôntico e um nível 1 que não aceite”, afirma Adriana Zink, que recebe frequentemente pessoas com os três níveis de autismo em seu consultório – com uma prevalência de pacientes meninos no nível 2 (moderado).


Pandemia trouxe novos desafios aos tratamentos

Há mais de um ano afetados pela pandemia de Covid-19, a cirurgiã-dentista relata como estão os tratamentos dos seus pacientes com TEA. “Muitos pacientes ficaram sem terapias e isso desorganizou os tratamentos. Percebi que muitos diminuíram o número de escovações e aumentaram a ingestão de carboidratos. Alguns tiveram um agravante com a compulsão alimentar e observei um aumento de cárie e doenças gengivais". 

Para amenizar a situação, ela explica que todos os seus pacientes têm materiais para trabalhar a higiene bucal em casa por meio de orientação com o cirurgião-dentista, aplicativos, pistas visuais e vídeos. "Esse material auxilia os pais a manterem a atividade da ida ao dentista na rotina da criança e isso favorece o retorno", garante

Para a cirurgiã-dentista todos estão tendo que se adaptar às novas rotinas e hábitos impostos pela pandemia. "Estamos tentando reorganizar tudo isso. Por conta das alterações sensoriais, os pacientes com TEA têm dificuldade de aceitar o uso de máscaras (direito adquirido na justiça para o não uso), e estão mais expostos à contaminação pela Covid-19. Isso também aumenta o risco do profissional de se contaminar, exigindo ainda mais cuidados".

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


Encefalite: o perigo está mais perto do que se imagina

Infecciosa ou autoimune, a encefalite pode ser causada por vírus, bactérias, parasitas ou por inflamação do próprio organismo. Em sua forma mais comum, a doença está associada a ação viral, especialmente a da Herpes tipo 1 – cujo agente é o mesmo que provoca feridas na boca em situações de baixa imunidade.

 

“É importante ressaltar que quem tem herpes labial não tem um risco maior de desenvolver encefalite. O vírus da dengue, chikungunya, febre amarela, gripe, sarampo e até da Covid-19 também são possíveis causadores da inflamação no cérebro”, esclarece dr. Marcus Tulius, o coordenador do Departamento Científico de Neuro-infecção da Academia Brasileira de Neurologia (ABN). Em algumas regiões do país, até insetos e carrapatos podem transmitir a doença.

 

 

SINTOMAS

 

Os mais suscetíveis são aqueles com sistema imunológico mais fraco, como crianças, idosos e pacientes imunodeprimidos. Uma vez infectado, os principais sintomas são dor de cabeça, alterações de consciência (indo da sonolência ao coma), crises convulsivas e alterações de comportamento (como agitação e até alucinações). As queixas, no entanto, variam de caso para caso.

 

 

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO

 

“A encefalite pode deixar sequelas permanentes e até matar. Por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito de forma rápida”, ressalta dr. Marcus. Nessa fase, o exame do liquor – isto é, a extração de parcela do líquido cefalorraquidiano pela coluna lombar - e a ressonância de crânio são as melhores alternativas para definir os próximos passos.

 

Segundo o neurologista, o tratamento da doença varia de acordo com a causa. Inicialmente, o foco é o combate ao vírus herpético com antivirais, já que esse é o tipo mais comum. Depois do diagnóstico, outras alternativas são utilizadas, como corticoides, por exemplo.

 

“Encefalite tem cura, se percebida e tratada rapidamente. E uma vez curada, não há recorrência do quadro”, explica o especialista.

 

Nos piores cenários, a doença pode deixar sequelas de ordem cognitiva, como problemas de neurônio e alterações da fala; e de ordem motora, como paralisia e hemiplegia. Nesses casos, o tratamento é feito em cima das próprias sequelas.

 

 

PREVENÇÃO

 

Para não correr o risco, o melhor a fazer é evitar a proliferação dos mosquitos transmissores de vírus. Os cuidados são os mesmos necessários contra a dengue: eliminar água armazenada em vasos, galões de água, pneus e até recipientes pequenos; usar repelentes e inseticidas; e proteger-se com mosquiteiros. No caso de carrapatos, o ideal é procurá-los na pele para retirada imediata.

 

 

ENCEFALITE E COVID-19

 

“Já se sabe que o Sars-Cov-2 pode causar encefalite. Inclusive, há descrições de recuperação do material genético do vírus no líquor, isto é, detecção de PCR positivo no próprio líquido cefalorraquidiano. Isso mostra a relação de causa e efeito entre as duas enfermidades”, conta dr. Marcus Tulius. Ele ressalta, porém, que do ponto de vista clínico, não há diferença entre a doença associada à Covid-19 e aquela relacionada a outros tipos de vírus.

 

A encefalite pode ainda se apresentar como uma condição rara após a vacinação. O neurologista explica que o estímulo imunológico desencadeado reconhece estruturas do sistema nervoso como “estranhas” ao organismo através de uma reação inflamatória, o que configura a chamada “síndrome disseminada aguda pós-vacinal”.

 

“As manifestações são variadas, podendo incluir déficit de força, de sensibilidade e visual, crises convulsivas e alterações da consciência. O tratamento nesses casos é feito por pulsoterapia com corticóide em altas doses”, explica.


Especialista conta o que é fake news na cirurgia plástica

Cigarro está contraindicado para quem tem cirurgia programada

 

Que fake news ganham proporções de compartilhamento muito maiores que as notícias verdadeiras, isso todo mundo já sabe. Mas quando elas atingem a área da Saúde, esses prejuízos podem ser ainda mais perigosos.

Por isso, o cirurgião plástico Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) explica abaixo o que é verdadeiro e o que é falso na especialidade.

 

  • A cirurgia plástica está indicada para qualquer pessoa.

Falso! É preciso analisar a condição de saúde física e psicológica do paciente. Comorbidades crônicas, quando não controladas, podem ser um impedimento.

  • É possível fazer a cirurgia plástica junto com a bariátrica.

Fake News! Para pessoas que passaram por cirurgia bariátrica, a recomendação é que a abdominoplastia seja realizada quando o peso estiver estável pelo período de seis meses, normalmente, o que acontece após dois anos da cirurgia bariátrica.

Indicada quando há um excesso de pele e gordura nessa região, a abdominoplastia é muito mais do que apenas deixar a barriga esticada; a cirurgia pode ser realizada concomitantemente com correções de hérnias da parede abdominal e o tratamento da musculatura reto abdominal (diástase).


  • Quem vai fazer cirurgia plástica pode fumar.

Fake News! Quem é fumante deve abandonar o cigarro pelo menos quatro semanas antes do procedimento, pois ele interfere na circulação sanguínea, aumentando o risco de complicações.



  • A cinta modeladora é obrigatória para toda cirurgia plástica feita no abdômen.

Fake News! A cinta modeladora não é obrigatória, mas faz parte da recomendação de quase todos os cirurgiões plásticos.



  • Além da gordura, a lipoaspiração também acaba com a celulite.

Falso. Se houver flacidez e celulite, como em casos de cirurgia bariátrica, pode acontecer até uma piora do quadro.



  • As estrias podem desparecer com a abdominoplastia.

Verdade.  As estrias que estiverem localizadas na região de pele que será retirada sairão com a cirurgia, mas não impede o aparecimento de novas estrias.


  • Mulheres que fazem implante mamário não podem amamentar.

NORMALMENTE não interfere. Isso porque o implante fica abaixo da glândula ou até embaixo da musculatura peitoral. Durante a colocação, quase não ocorre trauma na glândula mamária.

 

 

Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/

Sociedade Brasileira de Dermatologia analisa relatos de manifestações de pele relacionadas à covid-19

Manchas avermelhadas, arrocheadas, urticárias e outras manifestações de pele são sintomas dermatológicos verificados em pacientes acometidos pela covid-19. Conforme alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), apesar de menos comuns que os sinais clássicos (febre, tosse seca, falta de ar e cansaço), alguns desses sinais que acometem a pele podem demorar um longo período para desaparecer, persistindo mesmo após o término da infecção pelo coronavírus.

Segundo esclarece a assessora do Departamento de Dermatologia e Medicina Interna da SBD, Camila Arai Seque, diferentes pesquisas estão sendo desenvolvidas ao redor do mundo para oferecer respostas sólidas às muitas dúvidas que ainda permeiam a associação entre covid-19 e repercussões dermatológicas.

Um dos pontos que suscita questões é a frequência dessas manifestações dermatológicas. De acordo com a especialista, ainda não há um consenso se os quadros são recorrentes ou raros, o que pode ser percebido em diferentes trabalhos publicados. Na tentativa de esclarecer dúvidas, a SBD, por meio de seu Departamento Científico, prepara documento para os associados com uma atualização sobre tema.


Pesquisa - Desde maio de 2020, a própria especialista da SBD coordena um estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), realizado em quatro hospitais com ampla amostragem de pacientes, em busca de evidências científicas para a questão.

"Já sabemos que existem alguns sintomas dermatológicos relacionados à covid-19. Os mais prevalentes são erupção maculopapular, urticária, erupção vesicular e alterações vasculares. Atualmente, o objetivo dos pesquisadores é elucidar se essas manifestações estão diretamente relacionadas à atuação do vírus na pele ou se elas são apenas um reflexo de repercussões sistêmicas", afirma.

Em outras doenças virais, como dengue, zika e chikungunya, as manifestações são justamente de caráter secundário, ou seja, derivadas de respostas exacerbadas do sistema imune (reações inflamatórias, vasculares, de coagulação, entre outras).


Persistente - De modo amplo, a gravidade das repercussões cutâneas é proporcional ao quadro geral do paciente. Segundo aponta Camila Arai Seque, casos leves ou assintomáticos costumam gerar sintomas brandos na pele, já os episódios de infecção grave - como aqueles que requerem internação em UTI - apresentam os sinais mais preocupantes.

Na maioria das vezes, os sintomas tendem a desaparecer com a melhora do paciente. No entanto, há relatos - menos comuns - de manifestações que perduram por longo período, como o pseudo eritema pérnio, também conhecido como dedos de covid.

"Nesses casos surgem manchas arroxeadas nas extremidades das mãos e pés. Ainda não há respostas definitivas sobre o porquê dessas lesões perdurarem. As hipóteses atuais indicam justamente para uma reação imunológica ao vírus, mas ainda há dúvidas e os debates estão sendo travados no campo científico. De toda forma, se compararmos com os relatos da Europa, no Brasil foram descritos poucos casos desse tipo", disse a assessora.

Na avaliação da especialista, é fundamental esclarecer que as manifestações dermatológicas parecem ser raras em comparação a outros sintomas da covid-19. Na literatura médica, a frequência é discutível, com variações que vão de 45% a 0,2%. Além disso, quando verificadas, elas são inespecíficas em sua apresentação. Dessa maneira, sem a avaliação por um especialista, é complicado para a população reconhecer e utilizar esses sinais da pele como marcador de suspeita para covid-19.

Segundo Camila Arai Seque, no contexto atual, em que a pandemia está em franca expansão, o surgimento de manchas ou outras mudanças na pele deve ser valorizado especialmente quando houver contato próximo com algum infectado ou se for uma manifestação exuberante e atípica. Sobre as alterações da pele como único sintoma da covid-19, ainda é cedo para afirmar sua real frequência, qual tipo de lesão geram e se devemos ou não testar esses pacientes. "Somente no futuro, conforme avançarem as pesquisas, é que esses sinais poderão auxiliar os médicos, como critérios diagnósticos para a covid-19".


Tratamento - O tratamento para aqueles que apresentam sintomas de pele associados à covid-19 está sempre condicionado ao grau e tipo de repercussão observada, informa a assessora da SBD. Para obter uma indicação terapêutica adequada, ao perceber alguma alteração mais significativa, a recomendação é procurar um dermatologista.

"As pesquisas ainda estão em andamento e, no momento, há poucas certezas. O conselho para os pacientes é sempre procurar um especialista para cuidar dos problemas na pele, já para os médicos a recomendação é buscar atualização e valorizar com atenção esses achados, em função nosso contexto pandêmico", finaliza a médica.


Teste genético indica o tipo de atividade física mais adequado de acordo com o DNA

Análise de genômica pessoal em amostras de saliva mostram os exercícios com melhor desempenho de acordo com a genética de cada um

 

Em dezembro do último ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS)* criou uma nova versão de suas diretrizes sobre a quantidade de atividade física que deve ser praticada. Embasada em evidências científicas dos últimos anos, principalmente observadas em 2020 durante a pandemia do novo coronavírus, o relatório recomenda pelo menos 150 a 300 minutos de atividade aeróbica por semana, em nível moderado a vigoroso para todos os adultos.

Porém, para algumas pessoas praticar exercícios físicos não é tão natural quanto para outras. Muito dessa dificuldade está relacionada com a performance atlética, que por sua vez é influenciada por diversos fatores, como, por exemplo, a genética. Mas, hoje já existem testes feitos a partir da leitura do DNA com apenas uma amostra de saliva que indicam qual tipo de atividade física é a mais adequada para cada pessoa.

Com um sistema de autocoleta feito em casa, a Genera , primeiro laboratório brasileiro especializado em genômica pessoal, faz uma análise de alguns genes que indicam a predisposição de cada indivíduo para um tipo específico de exercício físico. "Nossos genes são capazes de influenciar em todas as características diretamente relacionadas às nossas habilidades esportivas. Enquanto alguns deles facilitam a prática de atividades que exigem força e explosão, como os velocistas e jogadores profissionais de futebol, outros influenciam numa melhor performance em atividades de longa duração, como maratonas. E avaliamos tudo isso no nosso teste", explica Ricardo di Lazzaro Filho, médico e sócio-fundador da Genera.

Em muitos casos essa diferença genética é a causadora da sensação de que certos tipos de práticas físicas são mais difíceis do que outras. Mas, uma vez que todos os pontos do DNA contam uma coisa sobre cada pessoa e estão interligados, todos devem ser avaliados. Os genes responsáveis pelo nível de performance atlética, de estresse oxidativo induzido pelo exercício ou pela resistência física, a dificuldade de ganho de massa muscular e a agilidade de resposta a exercícios físicos são alguns desses fatores.


Seja profissionalmente ou por hobby, ter um entendimento melhor e mais amplo do funcionamento do corpo pode ser um bom ponto de partida na hora de escolher qual exercício físico praticar. "É importante deixar claro que a genética não é e não deve ser um fator único considerado quando se fala em desempenho na prática de atividades físicas. Fatores externos como tabagismo, alimentação e doenças respiratórias também são grandes influenciadores. Os testes genéticos são aliados na busca do autoconhecimento e mais um recurso que possibilita o entendimento do próprio corpo por uma leitura funcional do DNA", conclui Ricardo.




Genera

 

 Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)


Previna-se de um derrame

Entre janeiro e outubro de 2020, 80 mil pacientes foram a óbito em decorrência de Acidente Vascular Cerebral. Trata-se da segunda doença em mortes no Brasil e uma emergência neurológica, de acordo o projeto Diretrizes, da Associação Médica Brasileira. 

 

O AVC decorre de alteração do fluxo de sangue ao cérebro. Pode se originar de obstrução de vasos sanguíneos, tipo denominado de acidente vascular isquêmico, ou de ruptura do vaso, um acidente vascular hemorrágico, conforme especialistas da Academia Brasileira de Neurologia (ABN).

 

Tudo que é súbito e está relacionado ao cérebro tem de ser investigado. Se a pessoa está bem e no instante seguinte sente alterações na fala, na força, há 92% de chance de o diagnóstico se confirmar.

“Nesses casos, é preciso procurar socorro imediatamente para realizar o tratamento o mais rápido possível”, informa o professor e médico neurologista Paulo César Otero Marcelino.

 

Os dez principais cuidados

Ele pondera que, além dos fatores hereditários, há dez razões modificáveis que podem causar a doença do AVC: hipertensão arterial, tabagismo, vida sedentária, dieta desregulada, obesidade, diabetes, alcoolismo, estresse emocional, alterações de fundo cardíaco (como arritmias com fibrilação arterial) e dislipidemias.

A modificação de hábitos e cuidados com a saúde, além de trazer melhor qualidade de vida, pode prevenir um AVC. A prática do exercício físico também é um grande aliado no processo.

 

Possibilidades futuras de tratamento

“Antigamente, a janela terapêutica do AVC era de até 3 horas. Ou seja, o paciente só tinha 180 minutos para chegar ao hospital e conseguirmos fazer a reversão do quadro clínico. Hoje, a trombólise, seja endovenosa ou mecânica, já alcança nove horas, podendo chegar até a 24”, relata.

 

Ao longo dos últimos anos, dr. Paulo Marcelino busca afinar uma equipe especializada em AVC. A ideia é ter o grupo sempre à disposição da comunidade. O ideal é que já na própria ambulância, a tomografia seja feita para adiantar o tratamento e diferenciar os tipos de AVC.


“Com uma equipe treinada com esse preceito, o tratamento pode ser especial; uma espécie de ‘bombeiro neurológico’, já que a doença queima milhões de neurônios por minuto no cérebro”, compara “Vamos chegar lá.


Chocolate faz bem aos olhos

Iguaria do tipo amargo e meio amargo melhora a circulação e o humor, além de combate os radicais livres. Entenda. 

 

A tradicional comemoração da Páscoa com ovos e bombons de chocolate pode melhorar a proteção de nossa saúde nesta pandemia. Isso porque, estudos da universidade de Harvard mostram que uma das propriedades do chocolate é melhorar a circulação por estimular a produção de ácido nítrico e conter polifenóis que mantém nossas artérias flexíveis, além de baixar o colesterol ruim que forma placas na nossa corrente sanguínea. Os nossos olhos têm artérias mais finais que um fio de cabelo. Por isso os cientistas afirmam que o chocolate do tipo amargo ou meio amargo com, no mínimo, 60% de cacau, faz bem as olhos.

 

Segundo o oftalmologista, Leôncio Queiroz Neto, do Instituto Penido Burnier não quer dizer que você pode exagerar no consumo. ”A diferença entre veneno e remédio é a dose”, salienta. Quatro quadradinhos/dia, ou 70% gramas é o ideal para você incluir o chocolate na alimentação e seu organismo ficar só com a parte boa da iguaria.

 

O médico destaca que é a concentração mínima de 60% de cacau que garante alta concentração de polifenóis e mantém a flexibilidade das artérias. “Isso faz com que melhora toda a circulação, inclusive da retina” explica.  O resultado é a diminuição do risco de DMRI (Degeneração Macular Relacionada à Idade) e das doenças cardiovasculares.

 

Para se ter ideia do impacto na saúde, Queiroz Neto afirma que hoje a DMRI atinge 3 milhões de brasileiros com mais de 65 anos e é apontada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) como a maior causa global de cegueira irreversível. O sinal de alerta desta doença é enxergar tortuosidade em linhas retas, salienta. Por isso, para maiores de 65 anos recomenda fazer um teste simples, fixando um olho e depois o outro em uma moldura de porta. Caso enxergue o contorno sinuoso deve procurar um oftalmologista imediatamente. A perda da visão decorrentes da degeneração macular, explica,  é causada em 90% dos casos pelo rompimento de neovasos que se formam na retina. A aplicação de laser para secar estes neovasos e de injeções intravítreas pelo oftalmologista podem impedir a cegueira.

Prevenção da catarata

O especialista afirma que o cacau também é rico em flavonoides, um potente antioxidante que combate a formação de radicais livres e adia a formação da catarata, opacificação do cristalino que apesar de ser tratável responde por quase metade da cegueira no Brasil. O nosso organismo, comenta, produz radicais livres o tempo todo. Por isso, não tem como evitar a catarata. Mas se utilizarmos um mecanismo que os elimine, evitamos a degeneração precoce das células. Quando a catarata se forma não existe medicamento que devolva a transparência à lente do olho. O único tratamento é a cirurgia em que o cristalino, lente natural do olho, é substituído por uma lente intraocular para evitar a perda da visão.

 

Risco de retinopatia diabética cai, diz pesquisa

Queiroz Neto ressalta que o resultado de um estudo italiano realizado na Universidade de L’Aquilia com portadores de diabetes do tipo 2, demonstrou que o consumo de uma barra de chocolate amargo/dia diminuiu em quase 30%. a resistência a insulina desenvolvida pelas células de quem tem a doença. Significa que o alimento também evita a retinopatia diabética em pessoas que já convivem com o diabetes tipo 2 há mais de 10 anos. O sinal da retinopatia é a formação de manchas na visão. Isso acontece devido ao acúmulo de glicemia na corrente sanguínea que obstrui os vasos retinianos e leva à formação de neovasos. O tratamento é similar ao da degeneração macular - aplicação de laser e injeções antiangiogênicas.

O especialista destaca que as diferenças genéticas, de metabolismo, capacidade de absorção e outros fatores faz com que as pessoas reajam de forma diferente a um mesmo alimento. Ainda assim, conclui, a comprovação das propriedades do cacau sugere que o chocolate pode funcionar como um aliado da saúde ocular.

Saiba como garantir um sistema imunológico forte

Médica do Estilo de Vida fala sobre a importância da alimentação para a imunidade


Ter uma boa imunidade é o sonho de dez entre dez pessoas, afinal, ninguém gosta de ficar doente. Mas poucos são os que efetivamente cuidam da saúde para prevenir doenças. A grande maioria ainda só se preocupa quando aparece algum problema. Com a Covid-19, nunca se falou tanto da importância de ter um sistema imunológico forte. Apesar de variações do vírus também atingirem pessoas sem comorbidades, a imunidade é fundamental para o rápido restabelecimento do organismo.

Antes de mais nada, é importante explicar o que é a imunidade:  é capacidade do organismo combater vírus, bactérias ou fungos que causam doenças. Por exemplo: uma pessoa está com uma gripe forte e você tem contato com ela mas não fica gripado. Isso pode ser resultado do seu sistema imunológico que se defendeu do vírus que entrou no organismo, mas não causou a doença.

“Para garantir uma boa imunidade, é preciso um conjunto de ações. Entre elas, a alimentação é, sem dúvida, o principal fator. Isso porque a alimentação traz nutrientes, vitaminas e minerais. Além disso,  qualidade de sono e prática de  atividades físicas, outros pilares importantes para o fortalecimento do sistema imunológico”,  explica a especialista em Medicina do Estilo de Vida e vice-presidente do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, Dra. Lívia Salomé. 


E como garantir uma alimentação mais saudável?

Com o ritmo de vida intenso - mesmo em pandemia - e as tentações de alimentos industrializados, o primeiro passo é a disciplina para organizar as refeições e os lanches do dia. 

“As pessoas acham que ter uma alimentação saudável e equilibrada é trabalhoso e caro quando, na verdade, é prático e mais barato, pois você come de forma mais natural, integral e evita desperdícios. O primeiro passo que sempre indico para os meus pacientes, é buscar receitas fáceis e que tenham pelo menos um ingrediente em comum, otimizando o tempo na cozinha e assim  podendo fazer porções para a semana toda e congelar”, conta a especialista. 

 

11 alimentos que fortalecem sua imunidade

Entre os alimentos que dão aquela turbinada na saúde, vamos destacar: 

  1. Cebola - base para a grande maioria dos pratos, é super versátil e pode ser consumida em pratos quentes, frios, sopas, saladas. Ajuda na prevenção de gripes e até combate alguns tipos de câncer, como o de mama;
  2. Alho - outro alimento que é muito usado como base da maioria dos pratos quentes. Entre seus benefícios para a saúde, estão: ajuda a diluir o muco nos pulmões, eficaz contra tosse e bronquite. Por ser rico em vitaminas A, C e E, é muito nutritivo; 
  3. Frutas cítricas - além das mais comuns como laranja e limão, vale dar atenção para kiwi, abacaxi, morango, melancia e acerola. Todas são ricas em Vitamina C, forte aliada contra infecções, além de antioxidantes, que também modulam a imunidade. Dica: faça sucos com frutas misturadas para consumir os alimentos de outra forma, como laranja e acerola; melancia e limão; morango e melancia; 
  4. Leguminosas - entre os alimentos da família, estão feijão, lentilha, ervilha e grão de bico. Por serem ricos em zinco e ferro, ajudam no fortalecimento do organismo no combate à doenças; 
  5. Tomate - por ser rico em licopeno, ajuda a combater doenças cardiovasculares. Também auxilia na remoção de radicais livres, que aceleram o envelhecimento, aumentando as chances de doenças; 

6.   Gengibre - fonte de vitaminas B6 e C, é um forte aliado no tratamento de inflamações. Dica: pode ser consumido puro, em forma de chá, no preparo de pratos quentes (como frango) e até colocar uns pedaços na água; 

7.   Vegetais verdes escuros - ricos em ácido fólico, auxiliam na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo. Alguns exemplos: brócolis, couve e espinafre. 

  1. Pimenta - fonte de betacaroteno, que é substância que se transforma em vitamina A, nutriente importante no combate à infecções;
     
  2. Propólis - um dos principais alimentos para a imunidade, pois ativa os primeiros passos da resposta do sistema imunológico. Também é considerado  antibacteriano e antiviral; 
  3. Lichia - com alto teor de vitamina C (71,5 mg a cada 100 gramas), previne gripes e doenças cardiovasculares, crônico-degenerativas, alguns tipos de câncer e até alergias;
  4. Oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas) -  ricas em vitamina E, importante principalmente para os idosos, que vão perdendo a resposta do sistema imunológico com a idade. 

“Vale sempre reforçar que não existe milagres para ter uma boa saúde, existe é constância e dedicação. No começo pode até ser mais desafiador por exigir disciplina, que é conquistada com o tempo. Mas, depois, é só manter a rotina até virar um hábito. Os benefícios de uma vida cheia de saúde e disposição são inúmeros e quanto antes começar, melhor”, completa a médica do Estilo de Vida.


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