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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Medicina Germânica conquista brasileiros no tratamento de doenças diversas

Método trata a origem das patologias considerando as emoções e a natureza


A Medicina Germânica, uma criação do alemão Ryke Geerd Hamer, está conquistando os brasileiros ao fazer uma abordagem que descobre a verdadeira origem da doença e trata os sintomas com base nas emoções que desencadearam a enfermidade e na natureza. Profissionais de diversas áreas da saúde, como fisioterapeutas, acupunturistas, entre outros, estão se especializando na Medicina Germânica - também chamada de Nova Medicina Germânica - e conquistando pacientes pela metodologia de cura.

A fisioterapeuta Karen Klocker, do Plunes Centro Médico, é formada no método criado por Hamer. Em Curitiba, onde atua, Karen apresenta a Medicina Germânica como uma das opções de tratamento e tem conquistado novos pacientes pela abordagem menos agressiva e mais humana.

“Este método considera que as doenças não são causadas simplesmente pelo mau funcionamento do corpo. Conversamos com o paciente para entender seus traumas, o histórico familiar, aspectos psicológicos e traçamos um mapa dessas emoções. Hamer explica cada doença dentro das Cinco Leis Biológicas e é por meio delas que a abordagem atua e funciona”, explica Karen.

As Cinco Leis Biológicas explicam as causas, o desenvolvimento e a cura natural das enfermidades, segundo princípios biológicos universais por ele mapeados. A primeira é a Lei Férrea do Câncer, na qual se estabelece uma percepção da psique, da área do comando cerebral e do órgão afetado. A segunda é a Lei das Duas Fases de Todas as Enfermidades, onde é possível identificar como se dá a evolução da doença e a resposta do corpo dividido em fases específicas.

A Lei do Sistema Ontogenético estabelece a relação de cada sistema de resposta biológica do corpo com a origem embrionária dos tecidos envolvidos e suas áreas de comando. A quarta é a Lei do Sistema Ontogenético dos microrganismos, na qual Hamer afirma que os micróbios atuam de forma independente e controlada pelo cérebro, contrariando Pasteur que identificou e provou a causalidade das doenças.

Por fim, a última é a Lei da Quintessência na qual tudo que acontece na natureza tem um sentido e a doença é parte de um processo com intenção de preservação da vida. Nesta Lei cada enfermidade tem um sentido biológico que age a nosso favor. 

Apesar de ainda não ser reconhecida como uma prática tradicional, os especialistas que atuam com a Medicina Germânica lutam pela inclusão no rol do SUS (Sistema Único de Saúde), que já oferece terapias alternativas como aromaterapia, cromoterapia, hipnoterapia e terapia de florais.

 

90% dos brasileiros gostariam de fazer mais pela saúde física e mental em 2021, diz pesquisa

Estudo da Hibou revela que 83% dos brasileiros se consideram saudáveis

O trabalho de home office por mais de 10 horas por dia atingiu a margem de 17%

 

Durante a quarentena, os brasileiros mudaram seus hábitos e estão menos saudáveis. A pesquisa realizada pela Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado e consumo, mostrou que 47% se sentem menos dispostos agora do que antes do início da pandemia. Contudo, a perspectiva de melhora nesse quadro é otimista, já que 90% dos entrevistados gostariam de aproveitar o ano novo para fazer mais pela própria saúde física e mental em 2021. Tudo isso para lidar com as três principais preocupações mencionadas: stress da rotina, confinamento prolongado e problemas financeiros.

Como promessa para 2021, 65% pretendem cuidar mais da saúde mental e tempo, 49% vão inserir mais exercícios físicos na rotina, 35% devem priorizar a vida pessoal e familiar, 29% irá valorizar mais o sono e 27% farão apostas em técnicas alternativas de saúde. Apenas para 5% nada irá mudar no ano que se inicia.

É o que constata o estudo com mais 1.500 brasileiros ouvidos pela empresa de maneira digital, com idade a partir de 20 anos, das classes ABCD, sendo 52% casados e 56% mulheres, entre os dias 17 e 18 de dezembro de 2020.

Outro dado importante é que 83% dos entrevistados, mesmo com a situação crítica de 2020, se sentem como pessoas saudáveis. De fato, enquanto a prática de atividade física caiu de 46% para 35%, os cuidados com alimentação cresceram (29% para 34%) bem como meditação e terapias alternativas (9% para 12%). Mas, no geral, a parcela da população não engajada em nenhuma atividade voltada a sua saudabilidade cresceu de 39% para 43% no decorrer de 2020.

Mesmo em uma realidade tão complicada, os brasileiros aprenderam a ficar mais perto da família (53%), a cozinhar mais por prazer (41%), se alimentar melhor (38%), fazer algum exercício em casa (31%), treinar habilidades manuais (26%), cuidar mais de si (25%) e colocar a leitura em dia (20%). O apoio por meio da fé e religião foi o serviço auxiliar mais procurado com 32% das buscas. Outras opções de ajuda também se mostraram significativas para o cuidado do corpo e da mente, como a de médicos (20%), nutricionistas (13%), psicólogos (13%), instrutores físicos (12%) e meditação (11%), entre outros.

A saúde foi o tema principal de 2020, o estudo mostrou que o uso de medicamentos aumentou para 1/5 dos brasileiros, sendo que, com o início da pandemia, 20% utilizaram mais remédios, 56% consumiram a mesma quantidade de antes e 24%, agora, utilizam menos. Os sintomas mais citados para utilização dos remédios foram: dor de cabeça (67%), dor no corpo (49%) e ansiedade (46%). "Faz sentido, pois a falta de deslocamento nos deixou mais tempo sentados (50%) e, com isso, as dores no corpo aumentaram. Outro exemplo é o peso, que aumentou em função do maior consumo de doces (48%) o que, para a maioria, é uma forma de reduzir a ansiedade. Vale o destaque também para o trabalho de home office por mais de 10 horas por dia, que atingiu a margem de 17%", explica Ligia Mello, sócia da Hibou, e responsável pela pesquisa.

Estar confinado também estimulou o brasileiro a retomar o valor a pontos positivos de qualidade de vida que, até então, estavam esquecidos, mas que devem ser enaltecidos em 2021. 54% agora gostam mais da própria casa, 53% levam mais cuidados aos familiares e amigos, 38% se dedicam à saúde da alma e outros 36% cuidam e se preocupam com o próprio desenvolvimento humano. "O olhar se voltou para dentro, com foco em generosidade, cuidado, aconchego, dando menos atenção a superfluidades como o consumo e status de reconhecimento por aquisição.", conclui Ligia.

As promessas para 2021 existem e são otimistas do ponto de vista da saúde do brasileiro, mesmo com a sinalização do estudo sobre como a saúde mental e física da população foi abalada em 2020. De acordo com os dados, o que se espera é que as pessoas tornem essas promessas em ações efetivas.

 

Como cuidar da Saúde Mental neste novo ano

Donata Hamada, psicóloga e Supervisora de Saúde Mental na Amparo Saúde, fala sobre o "Janeiro Branco", resoluções e metas para 2021

 

As mudanças e desafios impostos pela pandemia durante o ano de 2020 persistem mesmo com a virada do ano. O ano de 2021, particularmente, iniciou sob circunstâncias difíceis com o aumento nas taxas de infecção pela Covid-19 e seus desdobramentos. Mais do que nunca, esse período ainda próximo ao réveillon é marcado por promessas, expectativas e votos de esperança por um futuro melhor e somos tomados por um momento de reflexão profunda diante da situação em que vivemos. 

Estamos em um confronto entre esses rituais otimistas e as fortes dificuldades despertadas pela pandemia, aprendendo a importância da nossa saúde mental para enfrentar um período tão sensível como esse. A busca por termos relacionados a transtornos mentais durante a pandemia cresceu em 98%, de acordo com o Google Trends. E é nesse contexto que o Janeiro Branco, campanha criada por entidades de saúde em 2014, ganha uma importância ainda maior neste início de década. 

“O Janeiro Branco tem como proposta chamar atenção para o tema de saúde mental, principalmente por causa da virada do ano e o enfoque que damos às metas e resoluções,” explica Donata Hamada, psicóloga e Supervisora de Saúde Mental na Amparo Saúde, healthtech pioneira em APS (Atenção Primária à Saúde). “É um ano de esperança e renovação, precisamos cuidar de nós mesmos para que possamos superar tudo o que estamos vivendo.” 

A psicóloga ressalta alguns pontos fundamentais para o cuidado da saúde mental, a começar com as metas e resoluções que são criadas para o ano que se inicia. Donata conta que, sob as circunstâncias, é preferível que uma grande meta seja desmembrada em menores e distribuídas a curto, médio e longo prazo. “Em tempos de incertezas, precisamos evitar planejamentos muitos distantes e criar metas próximas que incentivem nossa motivação.” 

Donata também sustenta a importância de criarmos uma rotina diária. “Além de nos ajudar com responsabilidades e vícios, a rotina faz com que sejamos obrigados a viver o hoje. Se temos uma lista de afazeres para o dia, somos menos tentados a nos prender às angústias do passado ou aos anseios do futuro”. A psicóloga comenta, ainda, que ter um horário para acordar, dormir, trabalhar e, principalmente, para cuidar de si, é essencial para uma vida mais saudável. 

“Precisamos reservar pelo menos 30 minutos do dia, todos os dias, para cuidarmos de nós”, afirma Donata, que sugere algumas práticas básicas de autocuidado, como  praticar atividade física, dançar, cantar, manter uma alimentação balanceada e fazer terapia. “Hábitos e atitudes saudáveis para com nós mesmos são bem-vindos a nosso corpo e mente, e não há problema em procurar ajuda ” complementa.  

“Quando ações rotineiras passam a incomodar, é um sinal de alerta para que a pessoa procure um profissional”, explica Donata. Nas clínicas Amparo, o acompanhamento do médico de família é a porta de entrada para o programa de cuidado, a partir dele é realizado, se necessário, os encaminhamentos para demais especialistas. A Amparo está presente em São Paulo (capital e Região Metropolitana), São José dos Campos, Campinas, Salvador e Brasília e atende crianças, adultos, gestantes e idosos em diferentes linhas de cuidado.  

Para a psicóloga, o mês chama atenção para um tema cada vez mais relevante para sociedade contemporânea: a saúde mental e a importância dela na vida das pessoas. A profissional salienta que a prevenção é a maior preocupação quando se trata de qualidade de vida e bem-estar.

 

Um Sonho

 Opinião

 

 

Um 2021 diferente, com cura para todos; a virada de página! É esse meu sonho e desejo de ano novo para todos nós. 2020 foi pesado, dolorido, perverso; deixou à história um rastro de mortes, de sequelas e de tristes ais.


Meus sentimentos a todos aqueles que perderam alguém querido. Sou médico e convivi com diversas baixas de amigos. Só quem passa por algo assim sabe exatamente o tamanho e o baque de ter um próximo roubado repentinamente. Mais traumático o é quando nem podemos nos despedir, o que ocorreu com milhares de famílias no Brasil e milhões no Planeta.


          Expectativa é expectativa. Apenas isso, claro. Mas afirmo que caminhamos a dias melhores. Como serão eles, não me arrisco. Ainda há muitas dúvidas da Ciência quanto às mutações da Covid-19, À eficácia de vacinas e drogas e por aí vai.


          De concreto, a despeito de ser paradoxalmente abstrata, compreendo ser imperioso agradecer. Estamos aqui, resistimos, tantos outros que amamos seguem com a gente. A oportunidade nos sorriu até agora e pede para que sejamos responsáveis, para a manutenção do sorriso.


Gratidão é a palavra. O lendário presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, dizia o seguinte sobre gratidão: “É a melhor parte da vida de uma pessoa está nas suas amizades.”


Nosso romancista Machado de Assis era da tese de que “a gratidão de quem recebe um benefício é sempre menor que o prazer daquele de quem o faz.”


Definições maravilhosas, profundas. Contudo, particularmente, gosto acima da média dessa outra conceituação: “A gratidão é o único tesouro dos humildes”, ponderava sempre William Shakespeare, poeta e dramaturgo inglês.


Ser grato não requer mais do que coração, humildade e um olhar transformador para o mundo e nossas relações. A gratidão é gotícula de renascer, do florescer. É um gesto revolucionário, ainda mais na atual conjuntura, em que estamos desafiados a vencer todos os tipos de intolerância.


 Gratidão é reconhecer nos filhos aquilo que nos trouxeram e trazem de bom, desde o ventre materno, em amor, em carinho. Não se deixe encarcerar por mágoas e episódios pequenos.


Ser grato é enxergar no pai, na mãe, a grandeza da doação, de abdicar das próprias satisfações e quereres, colocando-nos como prioridade ao longo de cada instante. A propósito, pai e mãe são a árvore da vida, vale o parêntese. Só por isso já temos por ser gratos – demais!


Os pais, assim como os filhos, acertam - ou não. São pessoas. Os amigos também, os colegas, todos, sem exceção.


Tirar de equívocos lições para ser mais reto e correto é essencial. Jamais podemos ceder a maus impulsos de guardar desvios de rota como veneno de alma. Não atente contra sua essência, sua humanidade.


Como Ano Novo significa o renascer, exercite a gratidão e recomece com olhos no bem. Em cada pessoa a seu lado, veja e filtre momentos, gestos, sorrisos. 


Certamente encontrará muito a ser grato, especialmente aos mais próximos, aos familiares, àqueles que o trouxeram à luz. Aliás, viemos à luz. Não às trevas.


Concluo meus votos de um 2021 mágico, com João Guimarães Rosa, escritor, diplomata, novelista, romancista, contista, médico brasileiro e mago das letras: “Felicidade se acha é em horinhas de descuido.”


          Então, descuide-se e seja feliz.

 

 



Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

Janeiro Branco: psicanalista e terapeuta amazonense Samiza Soares alerta para os cuidados com a saúde emocional

Especialista alerta sobre os impactos prejudiciais da tecnologia para a mente, sobretudo para as novas gerações, e faz alerta aos pais e responsáveis.

 

Em atenção à saúde mental, neste mês comemora-se o Janeiro Branco, quando uma série de ações voltam à atenção para os cuidados envolvendo a intelectualidade humana. Com advento da tecnologia, sobretudo durante a pandemia, o uso da internet ganhou maior proporção tanto entre todos nós, fazendo com que as pessoas passem mais horas conectadas virtualmente, do que estabelecendo relações físico afetivas. Para a psicanalista e terapeuta amazonense Samiza Soares, essa interação virtual excessiva pode trazer uma porção de impactos prejudiciais à  saúde mental.

 

“Um estudo desenvolvido pela Royal Society for Public Health, uma instituição inglesa voltada para a saúde pública, identificou que as redes sociais geram tanto efeitos positivos quanto negativos, porém, segundo o mesmo estudo, o Instagram, uma das redes sociais mais usadas atualmente, é apontado como a pior plataforma para a saúde mental dos usuários”, afirma. “A forma de interação nesta plataforma tem transformado o ambiente virtual em uma espécie de competição. As pessoas dedicam horas às atualizações nas redes e estão sempre em busca de se auto afirmarem através dos perfis virtuais. Além disso, há o uso excessivo de aplicativos de beleza, com a busca desenfreada pela perfeição, essa busca sempre acarreta muito sofrimento para quem decide fazê-la, pois a vida real é imperfeita”, explica.

 

Ainda segundo a especialista, os adolescentes podem ter mais impactos à saúde mental, tendo em vista que trata-se de uma geração que cresce junto com a tecnologia.

 

“Não posso afirmar quem são os mais frágeis, afinal, ninguém está livre de ter a saúde mental abalada. Porém, podemos observar que a maioria dos adolescentes cresceu com acesso à tecnologia. Desde pequenos, já tinham contato com as redes, sendo que a relação com elas é completamente diferente da geração de pessoas com idades entre 24 a 39 anos. Dessa forma, são mais suscetíveis a vivências negativas e aos impactos prejudiciais do excesso de horas dedicadas à socialização virtual”, aponta. “O artigo da The Atlantic, suspeita que os adolescentes hoje são mais emocionalmente vulneráveis devido ao modo de vida e à exposição anormal à internet. A classe de idade superior também é afetada pelo uso contínuo de plataformas e aplicativos como Instagram e Facebook, mas não são tão impressionáveis quanto os jovens”, comenta.

 

A especialista também faz uma alerta sobre os cuidados que a população, sobretudo adultos, podem ter com relação aos cuidados com a saúde mental.

 

“Nossos perfis onlines são construídos para fins de distração, informação e descontração, mas não podem tomar conta da nossa vida. Recomendo que as pessoas o usem para trabalhar, estudar e, claro, se divertirem, afinal, a tecnologia tem seus pontos positivos sim. O que precisamos é evitar os fatores danosos das redes sociais e devemos balancear os momentos dedicados à vida online e à vida real”, pondera. “Quando se sentir sobrecarregado, seja de informações ou de interações, dê um tempo das redes, priorize atividades que promovam o exercício do corpo e do cérebro, além de técnicas de relaxamento para renovar os pensamentos. Atitudes simples podem surtir grandes efeitos, como, experimente almoçar ou  ir ao banheiro sem o celular ou mesmo passar o fim de semana inteiro longe do mundo virtual para promover a desintoxicação de estímulos negativos ou intensos”, recomenda.

 

 

Os desafios da odontologia domiciliar na pandemia

Sim, é possível ir ao dentista sem sair de casa. Esse é o formato de atendimento adotado pela Odontologia Domiciliar para pacientes geriátricos, com deficiência ou doenças que dificultam a ida até o consultório. Mas, o serviço também tem sido procurado por quem precisa dar continuidade ao tratamento odontológico, mas não quer se arriscar em sair devido à pandemia da Covid-19.

A mudança de comportamento do consumidor, que optou por fazer as compras e estudos dentro de casa, também alcançou o mercado de serviços. “O homecare, como chamamos o atendimento a domicílio, se tornou uma opção nos casos onde o deslocamento não é possível e acaba por diminuir o estresse ao oferecer mais conforto ao paciente”, explica Denise Tibério, presidente da Câmara Técnica de Odontogeriatria e coordenadora do Grupo de Trabalho de Odontologia Domiciliar do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP).

O formato permite procedimentos como restaurações, próteses, limpezas e manutenções, tratamento de gengivas, de canal e estéticos, entre outros, mas exige um preparo maior do cirurgião-dentista, que precisa programar seus roteiros, ter equipamentos de fácil locomoção e um ponto fixo para higienização dos instrumentos, além de fazer o correto descarte do lixo gerado no atendimento, seguindo as normas da Vigilância Sanitária. “A Odontologia não é uma ciência exata e no serviço domiciliar o vínculo profissional-paciente é maior, então é importante o profissional se capacitar e atuar conforme as normas regentes”, completa a cirurgiã-dentista.


Quando procurar atendimento odontológico na pandemia?  

As necessidades de tratamento mais urgente são para quando houver dor ou infecção, que podem ser observadas a partir da dor de dente aguda e espontânea, sangramentos frequentes, inchaço do rosto ou da gengiva, cáries expostas, fraturas e traumas, entre outros.

Tanto os consultórios e clínicas quanto os profissionais domiciliares devem atentar para as normas de biossegurança específicas do atendimento durante a pandemia. Uso de máscaras, aferição de temperatura, verificação do nível de saturação de oxigênio, higienização pessoal e do ambiente, distanciamento e, se possível, sem presença de acompanhantes, são algumas das indicações para prevenção da contaminação. Durante o procedimento clínico, em que o paciente pode gerar aerossóis no ambiente, o cirurgião-dentista deve estar paramentado.

Por isso, é importante o paciente estar ciente dos cuidados a serem tomados e saber o momento certo de buscar ajuda.

 



Exame de saliva é o mais indicado para diagnosticar nova mutação do Covid-19

Foi confirmado o primeiro caso de reinfecção no Brasil causado pela nova variante do coronavírus, identificada como SARS-CoV-2 VUI 202012/01. A mutação foi responsável por um aumento de casos de infecção no Reino Unido devido ao fato de sua natureza possuir uma característica de transmissão mais alta do que a atual, o que tem causado preocupação a diversos países. De acordo com análise da empresa DNA Consult Genética e Biotecnologia Ltda., especializada em análise genética, a melhor maneira para evitar o contágio da CoiviD-19, inclusive da variante B117, é a testagem e os protocolos de higiene. Em todo o mundo, o teste de PCR em tempo real é o mais eficaz no diagnóstico da doença.

“Mesmo que ainda não existam informações suficientes que determinem que a nova mutação do SARS-CoV-2 seja mais grave que o vírus anterior, já foi confirmado que a taxa de transmissão causada pela nova cepa é maior, vide o exemplo do Reino Unido que declarou lockdown com o aumento de casos. Para evitar que o mesmo ocorra no Brasil, é importante continuar respeitando as normas de distanciamento social, utilização da máscara e higiene das mãos com frequência. Mas o essencial é continuar testando a população e para um diagnóstico efetivo e sem erros, o ideal é priorizar o método PCR em tempo real, considerado padrão ouro pela OMS e ANVISA. É importante mencionar que a metodologia diagnóstica utilizada em meu laboratório detecta as diversas variantes do vírus, bem como a cepa B117.” conclui o Prof. Dr. Euclides Matheucci Jr, co-fundador e diretor científico da empresa.

 

Entenda a diferença entre câncer do colo do útero e câncer do endométrio

Apesar de nomenclaturas semelhantes, as doenças são diferentes e quando diagnosticadas no estágio inicial, o tempo de sobrevida da paciente pode ser maior


O câncer do colo do útero, também conhecido como câncer cervical, é o terceiro tipo de câncer mais comum entre as mulheres no Brasil¹, causado pela infecção persistente de alguns tipos de alto risco do HPV (Papilomavírus Humano), que é uma IST. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é que sejam registrados neste ano 16.590 novos casos de câncer do colo do útero².

"Essa é uma doença com progressão lenta, que pode não apresentar sintomas em fase inicial e em casos mais avançados, pode evoluir para sangramento vaginal intermitente (vai e volta) ou após a relação sexual", explica a Dra. Neila Speck, UNIFESP.

Já o câncer do endométrio (revestimento interno do útero), é o tipo mais comum de câncer do colo do útero acomete principalmente mulheres com mais de 50 anos.Para este ano, a estimativa do INCA2 é de 6.540 novos oitavo tipo mais comum entre as mulheres no Brasil. "Apenas 20%, ou menos, das mulheres com câncer de endométrio estão na fase de pré-menopausa. Menos de 5% estão abaixo dos 40 anos de idade.


Os fatores de risco

Na maioria das vezes a infecção pelo HPV é transitória e regride espontaneamente, entre seis meses a dois anos após a exposição. Além dos aspectos relacionados com a infecção pelo HPV, podemos considerar a imunidade, genética, comportamento sexual e idade. Desde 2017, o Ministério da Saúde recomenda a vacina para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. A vacina protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do HPV e está disponível na Rede Pública. Os dois primeiros são considerados de baixo risco, e causam verrugas genitais. Já os dois últimos, são responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer do colo do útero. "O ideal é que a vacina seja aplicada antes do início da atividade sexual, ou seja, antes do contato com o HPV, que afirma a especialista.

A causa da maioria dos casos de câncer de endométrio é desconhecida, mas sabe-se que existem determinados fatores de risco. O principal é o excesso de hormônio estrogênio circulante na corrente sanguínea (hiperestrogenismo). Os fatores associados ao hiperestrogenismo são: obesidade, uso inadequado da terapia de reposição hormonal, menarca precoce, menopausa tardia, não ter filhos, infertilidade, diabetes, pressão arterial elevada, sedentarismo e idade.


Papanicolaou

O exame preventivo do câncer do colo do útero, chamado Papanicolaou ou citologia, é a principal estratégia para detectar lesões iniciais e fazer o diagnóstico precoce da doença. "O exame é simples, realizado no consultório do ginecologista e consiste na introdução de um espéculo na vagina para coletar amostras da superfície externa do colo do útero e do canal endocervical. Depois de coletado, o material é enviado para análise em laboratório por meio de avaliação microscópica", explica a médica.

Há duas metodologias para analisar a amostra: Papanicolaou convencional ou Citologia em Meio Líquido. Na primeira, o material é coletado por uma espátula e por uma escovinha similar a um pincel de rímel. A amostra é então colocada em uma lâmina de vidro e os instrumentos de coleta são descartados após o procedimento. Já na segunda, existem diferentes formas de realizar a coleta e uma delas, após a coleta, a escova utilizada tem a cabeça desprendida da haste colocada em um recipiente com uma solução (meio líquido) e é enviada ao laboratório. No método convencional, após a preparação da lâmina, a espátula e a escovinha são descartadas, grande parte da amostra é perdida o que pode fazer com que células eventualmente alteradas não sejam analisadas, podendo levar a um resultado falso-negativo.


Histeroscopia com biópsia

Para detectar o câncer do endométrio é realizado um exame por meio da histeroscopia com biópsia. "É também um procedimento simples, podendo ser realizado em consultório médico. Através da vagina, é introduzido no colo do útero uma cânula com 1,2 a 4 mm de diâmetro que tem uma microcâmera e uma luz na ponta. Durante o exame, as imagens são transmitidas em tempo real em um monitor e, caso alguma alteração seja encontrada, pode-se realizar uma biópsia." Finaliza a médica.


Tratamento

O tratamento para os dois tipos de câncer vai depender da fase em que o tumor se encontra e do caso de cada paciente, que vai ser avaliado e orientado pelo médico.

 

Médico indica hábitos saudáveis simples para adotar em 2021

O início de um novo ano é sempre um bom período para recomeços - e para a adoção de novos hábitos. De acordo com um estudo da Universidade de Estocolmo, na Suécia, as resoluções de ano-novo mais populares são aquelas relacionadas à saúde física, perda de peso e hábitos alimentares.

Para ajudar as pessoas que pretendem cuidar mais da saúde em 2021, a healthtech Sami listou cinco objetivos simples que podem trazer grandes benefícios. "É importante lembrar que saúde é mais do que a ausência de doenças: significa estar bem para encarar os desafios da vida. E isso envolve o bem-estar físico, mental e emocional, por exemplo", afirma Dr. Vitor Asseituno, médico fundador e presidente da startup.

Veja a seguir suas sugestões:

• Passar mais tempo em contato com a natureza

Muitos estudos têm comprovado que o contato com a natureza é muito positivo para o ser humano, ajudando na redução do estresse e até mesmo na tomada de decisões menos impulsivas . "Trocar a bicicleta ergométrica na academia por uma pedalada no parque pode ser uma boa forma de fazer isso, por exemplo", explica Vitor. Para quem não tiver muito tempo, simplesmente parar para apreciar um vaso de plantas por alguns minutos já pode fazer a diferença, de acordo com um estudo publicado no Journal of Positive Psychology em 2016.

• Priorizar uma boa noite de sono

"Dormir bem é fundamental para a saúde e sua privação pode aumentar o risco de problemas sérios como doenças cardiovasculares , diabetes tipo 2 e depressão ", afirma Vitor. "Uma boa forma de proteger a qualidade do sono é criando o hábito de trocar o celular por um livro antes de dormir: tentar adormecer olhando para uma tela afeta diretamente os níveis do hormônio melatonina, responsável pela indução à sonolência".

• Movimentar-se mais

Estudos têm revelado vez após vez que ter um estilo de vida sedentário aumenta o risco de mortalidade prematura associada a diversos tipos de doenças. "Com tantas empresas adotando o home office, é ainda mais urgente incluir alguma atividade física na rotina, já que não estamos nem mesmo fazendo possíveis caminhadas até o metrô ou o estacionamento", explica Vitor. "Se a pessoa passa longos períodos sentada, vale pelo menos programar no celular pausas de 5 minutos a cada hora para levantar e caminhar um pouco pela casa", completa.

• Entender o que significa comer bem

"Muitas pessoas ainda associam a boa alimentação a dietas restritivas, e esse é um grande erro. Comer bem significa, basicamente, ter uma alimentação variada e rica em nutrientes de que seu corpo precisa. Uma maneira simples de fazer isso é ingerindo mais alimentos integrais, como vegetais, frutas, legumes, nozes, sementes e grãos inteiros, e diminuindo o consumo de produtos com elevado teor de açúcar ou sódio", explica Vitor.

Bônus: como manter os novos hábitos

Apesar da animação inicial, apenas uma parcela das pessoas continuam cumprindo suas promessas de ano-novo no longo prazo. O segredo pode estar na forma como esses objetivos estão sendo definidos. "Estudos mostram que somos mais propensos a nos manter firmes em resoluções que envolvam criar novos hábitos em vez de simplesmente abandonar os antigos", explica Vitor.

Além disso, o médico indica usar a metodologia SMART para ajudar a construir esses novos hábitos. Criada em 1981, a metodologia se baseia em critérios específicos para definir objetivos. "O acrônimo SMART se refere às palavras em inglês que caracterizam como os objetivos precisam ser: específicos, mensuráveis, alcançáveis, realistas e tangíveis. Assim, em vez de prometer que irá se exercitar mais, o que é algo muito aberto, a pessoa pode definir que irá praticar ioga duas vezes por semana", exemplifica.


Câncer de colo de útero: campanha alerta para a importância do diagnóstico precoce

Neste mês, a campanha “Janeiro Verde-Piscina” se dedica à conscientização sobre o câncer de colo de útero, doença que mata mais de 300 mil mulheres por ano no mundo e que, no Brasil, atinge mais de 16 mil mulheres no período, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

 

Segundo Lucas Sant'Ana, médico oncologista do OncoCenter Dona Helena, de Joinville (SC), trata-se do terceiro tipo de câncer mais prevalente entre a população feminina, acometendo, principalmente, mulheres com menos de 50 anos. Excetuando-se o câncer de pele não melanoma, esse tumor maligno está atrás apenas do câncer de mama e do colorretal nesta mesma estatística. Também é a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. 

 

Uma das mulheres atingidas e que trouxe à tona o tema foi a apresentadora Fátima Bernardes, de 58 anos, da TV Globo, que descobriu a doença em estágio inicial e conseguiu tratá-la por meio de intervenção cirúrgica. Alterações deste tipo são descobertas facilmente no exame preventivo (conhecido também como Papanicolaou ou Papanicolau), e são curáveis na quase totalidade dos casos. Por isso, é importante a realização periódica deste exame, uma vez que a detecção precoce aumenta as chances de cura.

 

Segundo o oncologista, o vírus HPV (sigla em inglês para papilomavírus humano), é o principal fator associado ao aparecimento do câncer de colo uterino. “A transmissão se dá pela via sexual, o que explica por que a maioria dos casos ocorre durante a vida sexual ativa. Pelo mesmo motivo, pacientes com número elevado de parceiros sexuais têm maior probabilidade de adquirir o vírus e desenvolver o câncer de colo de útero”, alerta o profissional. Outros fatores, como tabagismo, imunossupressão, HIV positivo e uso prolongado de pílulas anticoncepcionais também podem estar associados. 

 

O câncer do colo do útero é uma doença de desenvolvimento lento, que pode não apresentar sintomas em fase inicial. Quando se desenvolve, os principais sintomas relacionados ao câncer de colo de útero são sangramento vaginal, principalmente durante as relações sexuais, sensação de peso e dor na região da bacia, dor pélvica, sintomas urinários e retais, e secreção vaginal de odor desagradável. A extensão da doença no útero pode levar, de acordo com Sant'Ana, a complicações como dor, infecções e infertilidade. Outros órgãos, adjacentes ou não ao colo do útero, podem ser atingidos. 


 

Prevenção é primordial

 

O tratamento do câncer de colo de útero depende do estágio no qual a doença se encontra, por isso a importância de ações preventivas para o diagnóstico precoce. Para estágios iniciais, a cirurgia costuma ser curativa. Nos mais avançados, pode haver necessidade de radioterapia e/ou quimioterapia. “O diagnóstico precoce de lesões pré-malignas pode diminuir a possibilidade de que o câncer apareça, já que é possível tratá-las em fase mais inicial”, explica o especialista. 

 

Os principais métodos de prevenção são o uso de preservativo sexual, a realização periódica do exame ginecológico Papanicolaou e a vacinação. “Existem duas vacinas disponíveis para combater o HPV. O ideal é que meninas sejam vacinadas antes do início da vida sexual”, detalha. “A limitação dessas vacinas é que elas não previnem todas as infecções pelo HPV, assim como nem todos os cânceres do colo uterino são associados à infecção por esses vírus”, ressalta o médico. Por isso, o exame do Papanicolaou, voltado para rastrear alterações nas células do colo do útero, é recomendável mesmo em mulheres vacinadas.

 

“O Papanicolaou é uma das maiores armas da medicina para identificar esse tipo de enfermidade, inclusive infecções pelo HPV, que podem ser tratadas antes que se transformem em câncer”, enfatiza o oncologista. Em algumas ocasiões, segundo ele, o exame poderá ser complementado com a colposcopia, procedimento que possibilita melhor visualização dos tecidos da vagina e do colo. A recomendação é que as mulheres devem fazer o exame três anos após a primeira relação sexual e anualmente a partir de então. Mulheres que não tiveram relação sexual até os 18 anos devem fazer o Papanicolaou, anualmente, a partir dos 21 anos. 

 

 

Janeiro Verde: Câncer de colo do útero

 

 HPV: saiba mais sobre esta Infecção Sexualmente Transmissível (IST)¹

A melhor forma de prevenção é a imunização por meio da vacinação; ginecologista e professor da UFRGS esclarece as principais informações

 

Professor UFRGS esclarece

 

Imagine um vírus tão comum, mas tão comum que quase todos os homens e mulheres serão infectados por um ou mais de seus inúmeros tipos. Assim é o papilomavírus humano (HPV), que é um vírus que infecta pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres, provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus), lesões pré-câncer e câncer, a depender do tipo de vírus¹. Estima-se que cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas irão adquiri-la ao longo de suas vidas2.

Para entender mais sobre esta Infecção Sexualmente Transmissível (IST)¹, o médico ginecologista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Valentino Magno, esclareceu as principais dúvidas acerca do tema, bem como os sintomas, como é feito o diagnóstico, os tratamentos disponíveis e as melhores práticas de prevenção que estão disponíveis a população.


O que é o HPV

Sigla em inglês para Papilomavírus Humano (Human Papiloma Virus - HPV). Os HPV são vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais cerca de 40 podem infectar o trato genital. Destes, aos menos 12 são de alto risco e podem provocar câncer (oncogênicos) e outros podem causar verrugas genitais³.

"O HPV é transmitido através da relação sexual, seja ela uma relação vaginal, anal ou oral. Esse é um tipo de infecção que pode ser silenciosa, ou progredir de forma lenta, tendo os sintomas descobertos apenas quando já está em um estágio mais avançado do que gostaríamos, por isso a importância dos exames de acompanhamento com o médico", afirma o ginecologista.


Os sintomas

Na maioria dos casos, o HPV desaparece por si próprio e não causa problemas de saúde. Mas quando o vírus não desaparece, pode causar problemas de saúde como verrugas genitais e até mesmo câncer4.

Verrugas genitais geralmente aparecem como uma pequena protuberância ou grupo de protuberâncias na área genital. Elas podem ser pequenas ou grandes, elevadas ou planas. Porém, o HPV também pode causar o câncer cervical e outras lesões, incluindo as de vulva, vagina, pênis ou ânus. Também pode causar câncer no fundo da garganta, incluindo a base da língua e as amígdalas (chamadas de câncer de orofaringe). Não há como saber quais pessoas com HPV desenvolverão câncer ou outros problemas de saúde, por isso a importância de rastrear com exames médicos a população4.

"Qualquer pessoa sexualmente ativa pode contrair o HPV, mesmo que tenha feito sexo com apenas uma pessoa. HPV não está necessariamente está associado com promiscuidade e nem com traição. Sem contar que o paciente também pode desenvolver sintomas anos depois do contágio. Isso dificulta saber quando o paciente foi infectado. Por isso, é importante sempre fazer uma avaliação semestral ou anual com o ginecologista ou urologista, no caso dos homens, de sua confiança.", ressalta Dr. Valentino.


O diagnóstico

O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica¹.

• Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico (pele).

• Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como: o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as lesões benignas das malignas. Em alguns casos, também podemos utilizar a testagem genética do HPV.


Os tratamentos

Não há tratamento para o próprio vírus. No entanto, existem recursos terapêuticos para os problemas de saúde que o HPV pode causar4:

• As verrugas genitais podem ser tratadas diretamente pelo seu médico no consultório ou com medicamentos prescritos. Se não tratada, as verrugas genitais podem desaparecer, permanecer iguais ou crescer em tamanho ou número.

• O pré-câncer cervical pode ser tratado. As mulheres que fazem exames de rotina e fazem o acompanhamento conforme necessário podem identificar problemas antes que o câncer se desenvolva. A prevenção é sempre melhor que o tratamento.

• Outros cânceres relacionados ao HPV também são mais tratáveis ​​quando diagnosticados e tratados precocemente.


A prevenção

O ginecologista Dr. Valentino reforça que o uso de preservativos ajuda, mas não garante proteção total contra o HPV, uma vez que o vírus permanece na pele e está presente em toda a região genital4. "O ideal é que os homens e mulheres usem a camisinha em todas as relações sexuais e também façam seus exames preventivos. E para completar o tripé de prevenção ainda temos a vacinação contra doenças e cânceres relacionados ao HPV", afirma o especialista.


Quem deve tomar a vacina contra HPV:

A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos. Pessoas que vivem com HIV e pacientes transplantados na faixa etária de 9 a 26 anos também tem a vacinação gratuita no posto de saúde¹.

Estimativas apontam que a probabilidade de infecção em algum momento da vida é de 91,3% para homens e 84,6% para mulheres. Mais de 80% das pessoas de ambos os sexos contraem o vírus antes dos 45 anos5. Por isso, adultos que ainda não foram vacinados podem decidir receber a vacina contra o HPV após conversar com seu médico sobre o risco de novas infecções por HPV e os benefícios da vacinação4.

A Sociedade Brasileira de Imunizações, em seu calendário de vacinação para adultos (https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adulto.pdf), também considera a vacinação de mulheres e homens, mesmo que previamente infectados pelo HPV.

 



Referências:

1 - Ministério da Saúde. HPV: o que é, causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção. Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/hpv. Acesso em 15 de maio de 2020.

2-SANJOSÉ S et al. Worldwideprevalenceandgenotypedistributionof cervical humanpapillomavirus DNA in womenwith normal cytology: a meta-analysis. The Lancet infectiousdiseases, New York, v.7 n.7, p.453-459, jul. 2007.

3- Ministério da Saúde. Guia Prático sobre o HPV. Brasília. Fevereiro de 2014. Disponível em: https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media/document//guia-pratico-hpv-2013.pdf. Acesso em: 15 de maio de 2020.

4- Centers for DiseaseControl andPrevention (CDC). Genital HPV Infection: FactSheet. Disponível em: https://www.cdc.gov/std/hpv/stdfact-hpv.htm. Acesso em 15 de maio de 2020.

5- Chesson, Harrell W. PhD; Dunne, Eileen F. MD, MPH; Hariri, Susan PhD; Markowitz, Lauri E. MD The EstimatedLifetimeProbabilityofAcquiringHumanPapillomavirus in the United States, SexuallyTransmittedDiseases: November 2014-Volume 41-Issue 11-p660-664. Disponível em: https://journals.lww.com/stdjournal/Fulltext/2014/11000/The_Estimated_Lifetime_Probability_of_Acquiring.4.aspx. Acesso em 15 de maio de 2020

 

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