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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Os trinta anos do código de defesa do consumidor e a suspensão do direito ao arrependimento nas compras não presenciais

O Código de Defesa do Consumidor (“CDC”), Lei nº 8.078/90, completou no último 11 de setembro 30 anos de vigência. E, por conta da importância de tal diploma para o direito brasileiro, muito se tem falado sobre o assunto.

Por exemplo, no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, relembrou-se sobre as questões paradigmáticas que foram enfrentadas no decorrer desse período, sempre com a necessária adequação às flexíveis interpretações de direito material que afloraram com as mudanças nas relações de consumo como um todo. Afinal, o Direito deve acompanhar as mudanças econômicas e sociais para não se tornar obsoleto, não é mesmo?

Bons exemplos práticos dessa ideia, de necessária adequação constante às mudanças na relação de consumo, consistem na análise conjunta da alteração na forma de contratação e de aquisição de serviços e de bens de consumo pelas pessoas, que passou a ser mais eletrônica e menos presencial; do exercício do direito ao arrependimento nas compras on-line; e da limitação do direito ao arrependimento por Lei Federal sancionada recentemente pelo Governo.

É claro que na década de 1990 até meados dos anos 2000, a maioria das compras eram feitas fisicamente, por meio de idas frequentes a lojas físicas em ruas de comércio, Shoppings Centers e centros de comércio em geral. Há algum tempo, no entanto, essa não mais representa a atualidade do mercado de consumo de bens e serviços no Brasil, onde até mesmo bens de consumo duráveis e de alto valor envolvido como, por exemplo, veículos estão sendo adquiridos on-line pelos consumidores. Essa, com certeza, não era uma realidade previsível quando do nascedouro do CDC em 11 de setembro de 1990.

Atualmente, e sobre o que se notou com a vinda da pandemia, as compras de serviços e insumos em geral passaram a ter cada vez mais um caráter – até mesmo impositivo – a distância, on-line.

Segundo dados divulgados pelo website www.ecommercebrasil.com.br (https://www.ecommercebrasil.com.br/noticias/conversion-e-commerce-acessos-agosto/), dedicado a analises relacionadas a esse tipo de mercado, o e-commerce brasileiro atingiu a marca de 1,27 bilhão de acessos no mês de agosto de 2020, número  que representa um crescimento de 7,4% em comparação com o mesmo mês do ano de 2019.

Diante do claro aumento nas compras digitais, passou a ter maior relevância a opção, ao consumidor, do exercício do direito de arrependimento (aplicável exclusivamente a compras feitas fora do estabelecimento comercial). E isso, certamente, vem demandando uma constante atenção dos intérpretes e aplicadores do direito, em vista das adequações e interpretações necessárias ao texto legal advindas dessa nova realidade.

Segundo a previsão do artigo 49, do CDC, “O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de sete dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio.” Tal direito de arrependimento ou “prazo de reflexão” deve ser disponibilizado ao consumidor por ser uma ferramenta necessária quando não se consegue ver, tocar, provar o produto antes da aquisição.

O texto legal original não previu a contratação on-line, fazendo referência apenas às compras feitas por telefone ou a domicílio. Trouxe, no entanto, a palavra “especialmente”, tornando possível, como de fato foi feito no tempo, a sua extensão à modalidade de compra pela internet. E esse exercício, do direito ao arrependimento, no prazo legal de sete dias após a compra, vinha sendo garantido aos consumidores com o aumento das compras digitais.

Mais recentemente, no entanto, o direito ao arrependimento sofreu importante limitação com a edição da Lei nº 14.010, de 10 de junho de 2020, que “Dispõe sobre o Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia do coronavírus (Covid-19)”. Essa Lei recentemente publicada trouxe, em seu artigo 8º, verdadeira limitação ao direito ao arrependimento nas relações de consumo, ao prever que “Até 30 de outubro de 2020, fica suspensa a aplicação do art. 49 do Código de Defesa do Consumidor na hipótese de entrega domiciliar (delivery) de produtos perecíveis ou de consumo imediato e de medicamentos”. Essa limitação adveio da preocupação existente, por conta do novo vírus, em minar possíveis focos de disseminação e contágio, seja por meio dos mecanismos de devolução caso as pessoas optassem por deslocamentos para eventuais trocas.

Ou seja, embora por um lado o direito ao arrependimento deva ser assegurado por ser totalmente salutar às relações de consumo e estimulante à economia, ainda mais em períodos sensíveis como o que estamos vivendo, por outro  há outras questões atuais envolvendo saúde pública que demandaram a mitigação deste direito, ainda que por prazo determinado até o dia 30 de outubro de 2020, data prevista inicialmente como provável fim dos transtornos causados pelo coronavírus.

Uma melhor alternativa ao Consumidor em vista da disposição do artigo 49, do CDC, e do artigo 8º, da Lei nº 14.010/2020 será a garantia, pelas empresas, de uma extensão do prazo legal previsto para o arrependimento, para torná-la possível após a superação do prazo suspensivo estabelecido pelo legislador. Assim, o direito do consumidor estará preservado em tão importante data comemorativa relacionada aos 30 anos de vigência do código consumerista, como também incentivando a economia e preservando a saúde pública até o fim da Pandemia.

 




Leandro Basdadjian Barbosa - advogado sênior na área de contencioso cível estratégico. É pós-graduado em Direito Processual Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, graduado pela Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP. Possui experiência adicional em direito do agronegócio, imobiliário, do consumidor e em processos envolvendo recuperação judicial de empresas e falências. Para mais informações, entre em contato pelo 11 98555-5409 ou através do e-mail lbarbosa@sfcb.com.br

 

Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: as adaptações no trabalho durante a pandemia

O Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência é em 21 de setembro. A data, que visa a reflexão sobre a necessidade de inclusão e participação de todos no corpo social, foi oficializada em 14 de julho de 2005, por meio da Lei nº 11.133.

De acordo com a legislação, pessoa com deficiência (PcD) é “aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com os demais”.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as pessoas portadoras de deficiência representam cerca de 23% da população brasileira, aproximadamente 45 milhões de indivíduos. Com a pandemia da Covid-19, que assola o país desde meados de março, essa foi uma das categorias que precisou de mais adaptações e cuidados, pois as chances de contrair o vírus podem ser maiores nestas pessoas, além do fato de uma grande parte estar no grupo de risco da doença.

A viabilidade de contágio aumenta porque muitos precisam se apoiar em outros locais para se movimentar ou necessitam da ajuda de terceiros para atividades do dia a dia. Outra questão é a das condições que fazem parte naturalmente do grupo de risco, como síndrome de Down, lesões medulares, sequelas graves de AVC, autismo, paralisia cerebral e doenças degenerativas, como a Esclerose Múltipla.

Por conta deste cenário, as PcD precisaram, mais uma vez, que a sociedade fizesse sua parte e se readaptasse, visto que é seu dever assegurar a efetivação dos direitos desses cidadãos. O direito ao trabalho, embora não tão abrangente como deveria, já é garantido. Com a implementação da Lei 8.213/1991, toda empresa com 100 ou mais empregados passou a ser obrigada a preencher de 2% a 5% de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência.

Apenas essa imposição, todavia, não é suficiente para que essas pessoas sejam bem recebidas no mercado de trabalho, sobretudo em uma pandemia. Pensando nisso, o Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu a Nota Conjunta nº 07/2020, em que constam diretrizes para reduzir a disseminação do novo agente do coronavírus em trabalhadores com deficiência.

A nota recomenda aos empregadores adotarem medidas como home office; dispensas de comparecimento ao trabalho com remuneração garantida; orientações acessíveis sobre prevenção; não redução de salários; treinamentos para a utilização de EPIs e flexibilização de jornadas, entre outros pontos.

Caso o empregador não cumpra com as diretrizes, é possível oficializar uma denúncia no próprio MPT. Lembrando que é considerado discriminação a recusa em promover adaptações razoáveis e fornecer tecnologias assistivas às PcD, e que esses indivíduos têm prioridade na fila de processos trabalhistas, direito assegurado pela Lei 12.008/2009.

A Lei Brasileira de Inclusão afirma ainda que, “em situações de risco, emergência ou estado de calamidade pública, a pessoa com deficiência será considerada vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua proteção e segurança”. É essencial que todos façam sua parte e busquem prestar todo o auxílio necessário para que as pessoas com deficiência tenham uma vida, tanto pessoal quanto profissional, plena, igualitária e honrosa, com participação realmente ativa na sociedade.

 



Márcia Glomb - formada também em administração de empresas, é advogada especialista em Direito do Trabalho e atua no Glomb & Advogados Associados. 

  

domingo, 20 de setembro de 2020

O que mudou na relação das pessoas com a casa?

Impactos da pandemia no comportamento de consumidor

 

O isolamento social fez a relação do consumidor com os planos para reformar a casa virar de ponta de cabeça. Algumas modificações foram adiadas; outras, ocorreram a toque de caixa. E mesmo os planos para transformar o ambiente doméstico em um futuro próximo estão sendo reavaliados. Uma pesquisa* realizada entre julho e agosto de 2020 pela Oficina de Estratégia, consultoria especializada em pesquisa e planejamento e com larga experiência no setor de material de construção, mapeia as tendências de comportamento do consumidor nesse segmento.

Enquanto projetos que envolviam obras maiores ou mais trabalhosas – como pintar as paredes ou reformar a cozinha – ficaram em segundo plano, medidas de urgência, como comprar móveis para o escritório e consertar vazamentos, precisaram ser tomadas rapidamente. 26% das pessoas entrevistadas na pesquisa decidiram adiar planos de reformas ou reparos na casa que haviam sido feitos antes do isolamento. Já 13% tiveram que enfrentar a necessidade de reparo ou reforma inesperada, seja por enfrentarem problemas emergenciais, seja por se depararem com as novas necessidades que surgiram a partir da acomodação das atividades de trabalho e escola no ambiente familiar, somados ao uso mais frequente da casa.

Entre quem precisou adiar algum tipo de obra, as mais citadas foram: pintura das paredes, consertos no telhado, refazer ou colocar piso, reformas da cozinha, do banheiro ou do lavabo. 

Já entre os que precisaram reformar sem um planejamento prévio, foi mais comum a compra de móveis para escritório, material para pintura, torneiras, canos, sifões, registros, luminárias, tomadas, interruptores e eletroeletrônicos. 

Para quem ainda pretende realizar algum tipo de reforma no ambiente doméstico ao longo deste segundo semestre, a tendência é continuar investido em itens que tragam conforto e melhorias mais rápidas para a casa. Entre os 19% que têm o projeto de modificar o próprio espaço nos próximos meses, os itens mais citados em termos de intenção de compra são: artigos de decoração, materiais de acabamento (como tintas e azulejos), mobiliários variados, peças de cama, mesa e banho, eletrodomésticos e eletroeletrônicos. Segundo Eveline Iannarelli, sócia-fundadora da Oficina da Estratégia, os dados da pesquisa sinalizam que: “o uso mais frequente do espaço residencial nos colocou em contato diário com as novas demandas do ambiente, gerando incômodos, necessidades de adaptação e desejos de mudança.”

 

 

* Pesquisa “Você, sua casa e a pandemia”, realizada pela Oficina da Estratégia entre julho e agosto de 2020 (250 pessoas; 72% moradoras da cidade de São Paulo; 80% entre 30 e 60 anos; 86% entre dois a quatro moradores na mesma casa).

 

Em busca dos óculos perfeitos: seis dicas essenciais

Encontrar óculos que sejam funcionais e combinem com rosto e estilo nem sempre é uma tarefa fácil. A escolha correta das armações, com lentes precisas e de qualidade, é fundamental para oferecer conforto e segurança na rotina diária de quem usa óculos. Para ajudar nesta tarefa, separamos algumas dicas essenciais para compor o look com esse "acessório" tão importante: 


1-Consultar um profissional 


O primeiro passo é consultar um oftalmologista e realizar o exame de refração adequado. Também conhecido como "exame de vista", o teste de refração detecta a capacidade de visão e estabelece se há necessidade do uso de óculo e qual o grau de correção das lentes. 



2- As lentes 


Uma vez com a receita oftalmológica em mãos, a lente é um item essencial! A qualidade é questão sine qua non. Investir em marcas reconhecidas e de qualidade é fundamental para que os óculos realmente cumpram o seu papel. A precisão do grau de correção e a captação correta das medidas faciais são muito importantes. A espessura das lentes também deve ser levada em consideração. Modelos esféricos são mais planos e finos, fazendo com que os olhos não pareçam pequenos ou grandes demais. 



3-Regrinhas Básicas 


Escolhidas as lentes, agora é hora de escolher o modelo que melhor combine com o formato de rosto, estilo de vida e personalidade. Algumas regrinhas básicas são essenciais nesse sentido: a armação deve acompanhar a linha da sobrancelha e a ponte da armação deve ser ajustada corretamente ao formato do nariz. 



4-Material da armação 


Os aros das armações são muito importantes para evitar que as deformações visuais se destaquem, como o efeito "fundo de garrafa", por exemplo. Para lentes mais grossas, a recomendação são as armações de acetato, que conferem mais leveza na estética visual. 



5-Formato do rosto 


Escolher lentes que harmonizem com o formato do rosto faz toda a diferença no resultado estético. Para quem tem rosto quadrado, o ideal são armações mais arredondadas, que posicionam os óculos acima do nariz e dão mais harmonia às linhas da face. Versátil, o rosto oval combina com os mais diversos tipos de armações, como arredondadas, aviador e gatinho. Para o encaixe perfeito, use armações um pouco mais amplas que a parte mais larga do rosto. Rosto redondo pede armações retangulares e quadradas - estilo Wayfarer - pois as linhas retas ajudam a afinar o rosto. Evite armações mais largas que o rosto ou que repetem o seu formato, ampliando as formas. E para quem tem rosto de coração ou diamante, com testa mais larga, queixo estreito e as maçãs do rosto mais altas, o melhor é optar por modelos maiores embaixo ou com algum detalhe na parte de baixo dos óculos, que devem ser um pouco mais largos do que a testa para ficarem ajeitados. Evite armações com a parte inferior baixa, que cobrem as maçãs do rosto.


6-Escolher sem sair de casa 


Para quem quer praticidade para encontrar a armação ideal, sem precisar sair de casa, mas sabendo exatamente como ela ficará no rosto, a marca alemã ZEISS criou o aplicativo MyGlasses, que conta com a criação de avatar 3D super realista do rosto do usuário, permitindo assim conferir com precisão as cores, detalhes do design e encaixe no rosto. O App, que é gratuito e disponível para iOS, permite ainda fazer fotos do rosto com as armações e compartilhar com os amigos para pedir opiniões.

 

Sou uma pessoa tóxica?


Ao estar disposto a se curar, é possível eliminar uma personalidade tóxica de dentro para fora; saiba como a naturologia pode auxiliar nessa jornada


Atualmente, um dos principais desafios da humanidade se tornou a responsabilidade com o próximo. Algumas atitudes abusivas perpetuadas e naturalizadas por décadas, hoje são evidenciadas e criticadas. Assim, muita gente começa a ter consciência de hábitos abusivos que comprometem diversos graus de relacionamentos. Porém, identificar esses traços no próximo parece ser mais fácil nos dias atuais. Mas o que acontece quando o abuso psicológico parte de nós mesmos?


Segundo Tathiane Pitaluga, naturóloga, as relações abusivas, popularmente conhecidas também como “tóxicas”, ainda são alvo de muitas dúvidas, principalmente quando é necessário identificar o problema em si mesmo. “Esse comportamento foi enraizado por anos em nossa cultura. Por exemplo, anos atrás ainda existia o conceito de que mulheres deveriam ser submissas aos homens, que pessoas mais novas deveriam ser submissas aos mais velhos, que parceiros deveriam estar a todo momento disponíveis e evitar amizades mais próximas com outros, dentre outras situações. Hoje em dia, começamos a entender que respeito é diferente de submissão e que todos merecemos ser respeitados igualmente. Porém, a depender da criação, do ambiente em que se vive ou do discurso de pessoas que consideramos mais importantes, essa realidade é difícil de aceitar. É assim que se dá inicio ao comportamento tóxico”, esclarece.

Portanto, geralmente uma pessoa tóxica configura-se como alguém ciumento, arrogante e manipulador. “Por muito tempo, considerou-se também que uma relação abusiva se dava a partir de agressões físicas, porém esse é o extremo da situação. O abuso começa desde o momento em que existe um indivíduo manipulador que se considera o centro da vida de outra pessoa e exige que ela faça apenas suas vontades, através da agressão verbal, invasão de espaço, autoritarismo, mentiras, dentre outras situações que faz a vítima se sentir dependente, acuada e sem forças para questionar ou impedir esses ataques”, explica.

 

Quem sou eu nessa relação?

Em alguns casos, tanto para a vítima, quanto para o abusador é difícil identificar a situação tóxica. “Lembrando que existem diferentes casos. Em muitos ocasiões, o abusador sabe que está nessa posição e ignora. Porém, quando se trata de uma crença construída ao longo da vida, como em casos que o abusador foi criado em um ambiente no mesmo contexto, pode ser difícil o reconhecimento. Portanto, o primeiro passo é a autoavaliação para conhecer a si mesmo e a imagem que você passa para outras pessoas”, diz.

 

Naturologia como aliada 


Tathiane indica que por meio de tratamentos naturais pode-se identificar e mudar tal comportamento. “É possível aliar o poder da medicina natural para acessar o subconsciente e investigar a fundo a motivação do comportamento tóxico. Assim, conseguimos atingir neurotransmissores que irão ajudar na mudança de atitude. Porém, essa condição só é válida se o indivíduo realmente reconhecer que é tóxico e que precisa de ajuda”.

A aromaterapia, por exemplo, é um dos métodos utilizados. “Após identificar a raiz do problema, vamos montar o melhor tratamento. No caso da aromaterapia, utilizamos óleos essenciais que ajudam no relaxamento e agem em neurotransmissores que comandam a raiva, insatisfação, dentre outros conflitos emocionais”, indica.

 



Fonte: Tathiane Mariano Pitaluga, naturóloga. Atua nas áreas de Medicina Chinesa e Aromaterapia. Atualmente desenvolve seu método de atendimento unindo acupuntura, aromaterapia, PNL e visualização criativa


Como inserir o macarrão na rotina alimentar?

Dá para substituir o arroz pelo macarrão? Nutricionista lista 10 motivos para incluir as massas na dieta


Pode ser espaguete, penne, fusilli, talharim, conchiglione, farfalle, entre tantos outros formatos. Não importa qual o tipo ou a combinação do molho, uma coisa é certa: a famosa macarronada é um dos pratos mais tradicionais na mesa das famílias.

Mas como inseri-lo dentro de uma alimentação equilibrada? De acordo com Isabela Lorizola, consultora em nutrição da Associação Brasileira das Indústrias de Biscoitos, Massas Alimentícias, Pães & Bolos Industrializados (ABIMAPI) é fundamental que se abra um leque de possibilidades em relação ao que se coloca no prato. "Dentre a infinidade de alimentos que temos disponíveis no mercado, o arroz e o feijão fazem parte do cotidiano do brasileiro. Nesse sentido, para variar, podemos citar além do arroz, o macarrão como ótima fonte de carboidratos para inserir no dia a dia. Os dois inclusive oferecem uma quantidade deste macronutriente muito semelhante, 27g de carboidrato/100g de macarrão e 30g de carboidrato/100g de arroz polido", explica a nutricionista.

O macarrão é um dos alimentos mais apreciados. Sua crescente popularidade em culturas ao redor do mundo pode ser atribuída não só à sua deliciosa versatilidade, mas também às suas contribuições nutricionais, por ser um carboidrato complexo nutritivo que combinado com vegetais e proteínas é uma das opções de refeição mais práticas e saudáveis.

"Um efeito positivo das massas é a baixa resposta glicêmica pós-ingestão, que é uma consequência da estrutura e do tipo de amido, aumentando a sensação de saciedade e melhorando a sensibilidade à insulina, regulando a microbiota intestinal. Além disso, a massa integral pode contribuir para o consumo diário de fibras alimentares", ressaltou Isabela Lorizola.

A especialista listou 10 motivos para você se entregar às delícias de uma boa massa. Confira!


1. Macarrão é sinônimo de saúde

O macarrão é fonte de carboidratos e deve fazer parte de uma dieta equilibrada. Segundo a recomendação do Guia Alimentar para População Brasileira, do Ministério da Saúde, de 55% a 75% do total de calorias ingeridas diariamente devem ser provenientes do carboidrato, ou seja, de cinco a seis porções diárias.


2. Macarrão não engorda

Um dos maiores mitos sobre o alimento é que ele engorda por ser rico em carboidrato. Considerando que a alimentação diária é dividida em cinco refeições - café da manhã, lanche, almoço, lanche da tarde e jantar - uma porção de macarrão, equivalente a quatro colheres de sopa (105g), pode estar presente no almoço ou no jantar e fornece aproximadamente 180kcal. Os acompanhamentos consumidos com a massa é que podem acrescentar muitas calorias, portanto, é importante ficar atento ao tipo de molho utilizado. Evite os que são à base de queijo e creme de leite, prefira os molhos de tomate.


3. Macarrão é fonte de energia

O carboidrato é a principal fonte de energia para o organismo humano em todas as fases da vida. Para quem pratica atividades físicas, recomenda-se o consumo de macarrão antes e após os treinos para dar força ou repor o gasto calórico.


4. Macarrão favorece a dieta equilibrada

O macarrão é o perfeito aliado de alimentos fundamentais para uma dieta equilibrada, como legumes e verduras. Esfriou o tempo? Coloque o macarrão na sopa de legumes junto com uma proteína magra e aproveite a refeição. Esquentou e não quer comida quente? Uma salada de macarrão com frango desfiado também é muito saborosa. Seja o chef, use a criatividade e crie sua própria receita.


5. Macarrão é sinônimo de praticidade

Não existe refeição mais prática e rápida de fazer do que as feitas à base de macarrão. O tempo de cozimento varia de acordo com o tipo de massa, mas geralmente ficam prontas em até dez minutos quando preparados com água fervente.


6. Macarrão é versátil

O macarrão pode ser servido quente, frio, em sopas, saladas, como prato principal, acompanhamento e até como sobremesa. Massas para rechear são um bom exemplo de refeição completa feita apenas com macarrão. Com um molho simples, à base de tomate, alho e óleo, pode acompanhar uma carne assada, frango ou peixe. Como protagonista da refeição, pode ser feito com receitas elaboradas como uma lasanha, por exemplo.


7. Macarrão é acessível

O macarrão é um alimento econômico, acessível ao "bolso" da grande maioria de famílias do país. É um dos itens que compõem a cesta básica e está presente em 99,9% dos lares brasileiros. Um pacote de 1kg de massa mais 400g molho de tomate possibilita o preparo de uma refeição para uma família de oito pessoas. Computando os valores da massa, do molho e até mesmo da água e do gás, esta refeição individual sairá pelo valor de aproximadamente R1,80.


8. Macarrão tem ótimo rendimento

Um pacote 1kg de macarrão rende 2kg de alimento - já que a massa, quando cozida, praticamente dobra de peso devido à hidratação. Além disso, o produto é fácil de ser encontrado e seus diferentes tipos podem ser comprados em mercados em todo o país.


9. Macarrão agrada a todas as idades

O macarrão é um alimento universal, que agrada desde as crianças até pessoas mais velhas. Basta adaptar o tipo de massa, o formato e o molho aos diversos públicos que a receita certamente vai agradar.


10. Macarrão é fácil de variar

Existem cerca de 600 formatos diferentes de macarrão no mundo todo. Entre os mais conhecidos estão espaguete, parafuso, gravata, lasanha, penne, ninho entre outros. Além da forma em si, as massas também se diferenciam pelos tipos e ingredientes: secas, de grano duro, à base de ovos ou não, integrais, coloridas com adição de vegetais, frescas e instantâneas. Com tantas opções é impossível cair na monotonia alimentar.

 

Diagnóstico precoce é maior aliado da qualidade de vida para pacientes com Duchenne

Campanha nas redes sociais conscientiza a sociedade com sorrisos para a necessidade de rapidez no diagnóstico dessa doença rara

 

- Desde o dia 07, as redes sociais ficaram mais sorridentes. A razão disso é a campanha #sorissoduchenne, que propõe que as pessoas postem seus sorrisos mais sinceros para conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce da distrofia muscular de Duchenne (DMD).

Ligada ao cromossomo X (atinge apenas meninos), a DMD é causada pela ausência de uma proteína essencial para os músculos. Sem essa proteína, o músculo sofre degeneração progressiva. A doença é de origem genética e pode ou não ser herdada [1].

A pediatra Dra. Ana Lúcia Langer, presidente da Associação Paulista de Distrofia Muscular, ressalta a importância dos professores, por exemplo, no diagnóstico precoce da doença. "O professor pode observar quando ele começar a usar tesoura, em vez de fazer um corte, o papel dobra. Quando desenha, normalmente o traço é mais leve", pontua. "Isoladamente, nada vale, mas se for somar evidências, tem alguns indícios."

Segundo a Organização Mundial da Saúde, os primeiros sinais da doença podem não ser evidentes até os dois anos de idade. Em média, a DMD é diagnosticada aos 7 anos [2]. Mas alguns sinais não devem ser ignorados pelos pais e podem indicar a presença da doença, como atraso para caminhar, se involuntariamente o menino corre ou caminha na ponta dos pés, apresenta quedas constantes, se há um aumento de volume nas panturrilhas ou se há dificuldade para correr, pular, subir escadas em comparação com outras crianças da mesma idade [3].

De acordo com a médica, quanto mais cedo o acompanhamento multidisciplinar for iniciado maiores serão as chances de preservar as funções musculares por mais tempo. "Com o diagnóstico e exames apropriados, o paciente pode ter conhecimento da sua condição clínica e com suporte multidisciplinar, conseguir favorecer sua qualidade de vida", diz.


Campanha

Partindo dessa feliz coincidência de nomenclatura distrofia muscular de Duchenne e Sorriso Duchenne, a proposta da campanha é fazer com que as pessoas tomem as redes sociais com sorrisos usando a hashtag #sorrisoduchenne. Todos em prol da conscientização desta importante e rara doença.

Para ajudar na disseminação dessa ideia, algumas pessoas que sempre estiveram envolvidas na causa das doenças raras estão participando, como o ator Felipe Simas e outros influenciadores digitais que decidiram abraçar a campanha.

Mas todos podem participar. Qualquer pessoa que tenha uma conta em qualquer rede social pode postar seu sorriso com a hashtag #sorrisoduchenne promovendo dessa forma o conhecimento sobre a doença e a necessidade de os pacientes terem seus diagnósticos com rapidez.

 


Referências

[1] Disponível em
http://genoma.ib.usp.br/pt-br/servicos/consultas-e-testes-geneticos/doencas- atendidas/distrofias-musculares-tipo-duchenne-dmd-e-tipo-becker-dmb
[2] Araújo, Alexandra Prufer de Queiroz Campos, Deco, Mariana Castro de, Klôh, Beatriz de Sá, Costa, Mariana Rangel da, Góis, Fernanda Veiga de, & Guimarães, Ana Flavia Chaves Mendonça. (2004). Diagnosis delay of Duchenne Muscular Dystrophy. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 4(2), 179-183.
http://doi.org/10.1590/S1519-38292004000200008
[3] Birnkrant D, Bushby K, Bann CM, Apkon SD,
Blackwell A, Brumbaugh D, et al.; DMD Care Considerations Working Group. Diagnosis and management of
Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and neuromuscular, rehabilitation, endocrine, and gastrointestinal
and nutritional management. Lancet Neurol. 2018 Mar;17(3):251-67. Erratum in: Lancet Neurol. 2018 Apr 4.

 

Por que as crianças sofrem mais com infecções no nariz, ouvidos e garganta?

 Diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para impedir a recorrência dos problemas

 

Se tem algo que causa temor e angústia nos pais é ver o filho doente. Independente da gravidade do caso, o sofrimento dos pequenos costuma gerar uma sensação de impotência. Nesse sentido, infecções recorrentes no nariz, nos ouvidos e na garganta são uma das principais causas a tirar o sono dos pais, principalmente nos primeiros anos das crianças.

Afinal, por que o processo infeccioso nessas regiões do corpo é mais comum em crianças do que em adultos? De acordo com as otorrinolaringologistas Cristiane Mayra Adami e Leila dos Reis Ortiz Tamiso, do Hospital Paulista, parte da explicação está na imunidade mais baixa dos pequenos, que só será formada definitivamente na pré-adolescência.

“Os tecidos de proteção local da criança na garganta e no nariz são as amígdalas e a adenoide. De forma natural, a criança tem a higiene um pouco mais defasada do que a do adulto, pois leva tudo à boca, inclusive as mãos. Dessa forma, sua imunidade tem que trabalhar muito mais. E onde produz essa imunidade local? Nas amígdalas e na adenoide, que aumentam de tamanho para produzirem mais células de defesa. É aí que ocorre a hipertrofia da adenoide e da amígdala, que tem como consequências as infecções de garganta, nariz e ouvido”, explica Leila.

Cristiane ressalta outros dois fatores que contribuem para uma maior incidência destas infecções nos pequenos. “A criança que está escola tem contato com todo mundo. Assim, a escola é o principal fator de disseminação das infecções nas crianças”, explica a otorrinolaringologista. De acordo com ela, entretanto, os pais não devem esperar o passar dos anos para buscar tratamento médico.

“Essas infecções de repetição podem prejudicar a criança. Vamos deixar essa criança sofrendo e tomando antibióticos uma vez por mês, destruindo, portanto, a imunidade do seu intestino? Temos exemplos de crianças que tomam antibiótico todos os meses. Terminam um, passam alguns dias bem e ficam doentes de novo. Para caracterizar essa repetição, falamos no mínimo de 3 a 4 vezes com infecções em um ano. No entanto, tudo depende da intensidade da doença. Se a criança sente muito os efeitos das infecções, não consegue fazer nada, não consegue ir à escola, já é indicação de tratamento cirúrgico. O melhor é prevenir”, complementa Cristiane.

Alguns outros sintomas ajudam os pais a identificarem se a criança está sofrendo com as infecções recorrentes. Dificuldades auditivas, ronco, sono muito agitado e dificuldade de alimentação são alguns deles.

“Às vezes, os pais entendem que as infecções são normais, pois eles também tiveram durante suas infâncias. O tempo vai passando, eles deixam de tratar e perdemos o momento correto para realizar o diagnóstico e o tratamento. Isso tem extrema importância. Para que a criança tenha um bom desenvolvimento físico e psicológico, é preciso que todos os seus sistemas – de imunidade e de crescimento, por exemplo – estejam em evolução. O hormônio de crescimento é produzido durante a madrugada. Se a criança não dorme direito, provavelmente não terá um desenvolvimento adequado. A recomendação, portanto, é sempre procurar um otorrino para verificar essas questões”, complementa Leila.

Ao diagnosticar problemas na adenoide ou nas amígdalas, frutos de infecções recorrentes, Cristiane explica que o tratamento inicial irá priorizar soluções clínicas, com o uso de medicamentos e vacinas.

“Se o tratamento clínico não é suficiente ou eficaz, indicamos tratamento cirúrgico. Alguns casos, no entanto, requerem cirurgia de imediato. Na apneia do sono, por exemplo, a indicação primordial é cirúrgica, pois a criança pode sofrer paradas respiratórias enquanto dorme. Sempre buscamos o tratamento clínico, mas a cirurgia pode ser necessária em alguns cenários”, avalia.

Na maioria dos casos, as cirurgias de amígdalas e adenoide são feitas em conjunto. Os pais, no entanto, devem se preparar para o pós-operatório do procedimento, já que a criança precisa permanecer em repouso e pode reclamar de algumas dores. O ideal é que essas cirurgias sejam realizadas ainda na infância, desde que haja indicação médica.

“O adulto passou mais tempo com esse problema e naturalmente sentirá muito mais dor após o procedimento cirúrgico”, conclui Cristiane.

As otorrinolaringologistas do Hospital Paulista participaram de uma Live no dia 2 de setembro, promovida pela revista Pais&Filhos, para esclarecer aos pais as principais dúvidas envolvendo a especialidade de otorrinolaringologia. Para assistir ao conteúdo completo, acesse as redes sociais do Hospital (YouTube, Instagram e Facebook): @hospitalpaulista.





Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Você acredita nisso?



Todos temos sonhos. Os mais diversos sonhos. Sonhos próximos, sonhos distantes, sonhos possíveis ou quase impossíveis. Quanto maior o nosso sonho, maior a tentação de acreditar em fadas madrinhas e varinhas de condão.

Quase todas (senão todas) as mulheres sonham em ser bonitas. Querem ser bonitas, pois um atributo que caminha junto com a condição feminina é o da beleza.

No reino animal, em geral, os machos são mais belos, para seduzirem a fêmea, enquanto elas são mais discretas de forma que não chamem a atenção dos predadores. O leão, com sua bela juba; os pássaros com sua riqueza de plumagem, o cavalo, o touro, o pavão, o carneiro, todos esses mais bonitos e elegantes do que a fêmea. Mas entre os seres humanos, a beleza da mulher é cantada em versos e prosas, é esperada, é, muitas vezes, exigida. Mitos são criados em torno da formosura feminina, tragédias são narradas tendo como foco o encanto e perfeição de formas da diva.

Assim, não é de se estranhar que as mulheres gastem tanto tempo e dinheiro se embelezando e que sonhem com uma carreira de modelo ou atriz. Ainda que não sonhem com isso, qual mulher não ficaria extremamente lisonjeada em ser convidada para posar para revistas ou propagandas?

É exatamente isso o que está acontecendo hoje em dia com tantas mulheres de todas as idades. Ana recebeu uma mensagem em seu Instagram de uma agência de modelos. A produtora lhe disse que ela era muito bonita e perguntou se ela já tinha trabalhado de modelo alguma vez na vida. Ora, Ana já estava beirando os sessenta anos, mas estava muito bem e sabia que já existia um mercado para mulheres de sua idade. Sentiu-se exuberante e não pensou duas vezes em passar seu telefone para que pudessem marcar uma visita na agência em breve.

Quando chegou o dia marcado, Ana arrumou seus cabelos, fez as unhas, vestiu roupas compradas no dia anterior e dirigiu-se confiante ao estabelecimento. Recebeu diversos elogios e disseram-lhe que já havia um trabalho para ela nos próximos dias. A mulher ficou encantada. Poderia isso estar realmente acontecendo? Poderia se tornar modelo com a idade que estava para essa profissão? Tão extasiada estava que mal ouviu quando lhe disseram que teria que assinar um contrato com a agência e pagar a modesta quantia de mil e quinhentos reais. Ana se surpreendeu. Não sabia que teria que pagar alguma coisa. Pensou que, pelo contrário, receberia pelo seu trabalho. Sim, respondeu a produtora. Ela seria paga pelos trabalhos, mas antes teria que assinar esse contrato. O valor seria gasto com um portfólio feito especialmente para ela, um Book que poderia depois usar onde e como quisesse. A produtora não queria pressioná-la, mas se Ana não assinasse o contrato logo, perderia a chance desse trabalho que seria em apenas alguns dias. E logo apareceriam vários outros e ela receberia seu dinheiro de volta em apenas algumas sessões de fotos. Ana assinou o contrato e pagou. Voltou para sua casa se sentindo uma jovem adolescente.

Os dias se passaram e a futura modelo não recebeu mais notícias da agência. Ligou diversas vezes, foi até aquele endereço, recebeu mais inúmeras promessas, inúmeros elogios e inúmeras desculpas. Ana nunca mais viu suas economias e nunca tirou uma foto.

Sim, por incrível que pareça, esse é o mais novo golpe para roubarem o seu dinheiro.

Há tantos golpes hoje em dia e ninguém pode dizer que dessa água não beberá.

Em hospitais, pessoas cruéis aproveitam a fragilidade e a vulnerabilidade dos enfermos e seus acompanhantes para pedirem dinheiro para os remédios, alegando que dessa forma, eles conseguirão tudo pela metade do preço.

Em sites de relacionamento, homens fazem declarações de amor e pedidos de casamento tão convincentes que a noiva nem hesita em pagar uma fortuna para receber os bens do amado em sua casa. Bens que nunca chegarão, assim como o noivo.

Sem falar nos inúmeros golpes de celular, pedidos de resgate para sequestros inexistentes e outros, antigos e recentes.

Se não fosse o risco de perder a vida, seria muito melhor ser assaltado nas ruas. Levariam seu dinheiro, celular, cartão de crédito, tudo que pode ser reposto ainda que com sacrifício. Mas quem irá nos devolver os sonhos, a paixão, a inocência? Quantas pessoas não ajudam mais ninguém por medo de estarem sendo enganadas? Quantas pessoas vivem com mais medo do que deveriam porque tudo pode ser uma grande mentira?

Mas assim é a vida. Mesmos os mais espertos correm o risco de serem enganados por outros ainda mais espertos do que eles. Podemos escolher viver no medo, sempre desconfiados, negando amor, ajuda, deixando nossos sonhos morrerem com a nossa humanidade; ou podemos continuar sonhando, acreditando, aprendendo com nossas perdas, caindo e levantando.

Ana perdeu seu dinheiro, sentiu-se estúpida. Tal qual Ícaro, voou muito perto do sol e suas asas derreteram. Que importa?

Algumas vezes seremos enganados, mas algumas vezes veremos nossos sonhos se realizarem, milagres acontecerem, a sorte nos sorrires. Ninguém sabe. 

 



Lucia Moyses - psicóloga, neuropsicóloga e escritora

www.luciamoyses.com.br

 

Curso sobre transformação pessoal terá 100% do lucro doado

 A metodologia Alquimia Pessoal, desenvolvida por Ju Ferreira, é focada na mudança interior e a realização de sonhos. Com contribuições a partir de R$ 99, todo o lucro será repassado ao Movimento Mulheres no Combate.  

 

Fazer o bem sem olhar a quem. Em tempos tão difíceis como os que vivemos atualmente, a esperança vem da atitude de quem confia que a solidariedade é o caminho para amenizar o sofrimento.

É com esse espírito que a Alquimia Pessoal se uniu ao Movimento Mulheres no Combate - iniciativa que atua em comunidades paulistanas - para ajudar milhares de famílias.

Todo o lucro do curso Alquimia Pessoal será destinado para o Mulheres em Combate, que já arrecadou mais de R$ 50 mil revertidos em alimentos, produtos de higiene e limpeza.

"São pessoas sérias e comprometidas com o alívio da crise em comunidades de São Paulo. Vamos ajudar a garantir dignidade para muitas pessoas que passam sérias dificuldades", explica Ju Ferreira, criadora do método Alquimia Pessoal.  

Realizado totalmente on-line, o conteúdo é focado no desenvolvimento pessoal, mudança interior e em promover tanto uma transformação de vida como a realização de sonhos. Mais de 1,5 mil pessoas já foram impactadas pelo Alquimia Pessoal, que busca também a conquista de mais saúde, felicidade e sucesso.

Com cerca de 10 horas de duração, o conteúdo utiliza bases científicas sólidas e traz entretenimento e diversão ao trabalhar cada conceito a partir de clássicos do cinema. O curso completo é composto por 10 módulos: 

1. Energia: Os pilares da saúde. Técnicas para ter mais bem-estar;

2. Mentalidade: Fortalecer seu mindset positivo. O poder da meditação;

3. Autoconhecimento: Saber exatamente quem somos e onde queremos chegar;

4. Felicidade: Foco na ciência para trazer mais felicidade para o dia a dia;

5. Planejamento: Quais os recursos necessários e quais as ações prioritárias;

6. Coragem: Destravar medos e ansiedades que nos bloqueiam;

7. Ação: Levantar da cadeira e fazer o que tem que ser feito;

8. Inteligência: Inteligência emocional e relacional para lidar com os desafios;

9. Excelência: Fazer mais e melhor para ter mais para ter mais resultados;

10. Amor: Aumentar nosso amor próprio e nossa conexão.

"Sempre fui apaixonada por educação, é uma das formas mais poderosas de promover mudanças. Estamos passando por um momento de mudança acelerada e que nos tirou da zona de conforto. Mais que nunca, é hora de buscar formar competências para superar as nossas dificuldades", conta Ju Ferreira. 

São diversas as maneiras de colaborar. Quanto maior a doação, mais pessoas serão beneficiadas: o custo para ajudar 1 família (valor mínimo) é de R$ 99. O curso Alquimia Pessoal pode ser adquirido pelo site https://alquimiapessoal.net.br/


Sobre a Alquimia Pessoal

Criado por Ju Ferreira, o curso Alquimia Pessoal já ajudou milhares de pessoas a ter uma vida com mais saúde, felicidade e sucesso. O método ajuda a transformar a vida das pessoas, criando um passo a passo para atingimento do sucesso no objetivo, seja ele pessoal ou profissional. A partir da parceria com Movimento Mulheres no Combate todo o lucro do curso será revertido para ajudar famílias paulistas a amenizar as dificuldades econômicas trazidas pela pandemia. Mais informações no site https://alquimiapessoal.net.br/ e www.juferreira.com.br


Projeto oferece atendimento gratuito de psicólogos e psicoterapeutas para educadores na pandemia

Se evitar a evasão escolar já era uma preocupação dos professores, em tempos de pandemia ela se tornou ainda mais presente. Dar suporte aos professores neste momento tão desafiador é a proposta do projeto "Apoio Emocional", realizado pela Quero na Escola, com apoio da Fundação SM.

Educadores que queiram uma escuta profissional ou ajuda para lidar com as angústias de seus estudantes podem se cadastrar para receber atendimento voluntário, gratuito e online. Psicólogos e psicoteraupeutas estão sendo convidados a participar desta ação que reconhece o esforço das professoras e professores e valoriza a saúde emocional como necessidade para a educação no contexto da pandemia.

A diretora da Fundação SM, Pilar Lacerda, ex-secretária Nacional de Educação Básica, enfatiza que a pandemia provocou uma grande ruptura em toda lógica de funcionamento do sistema escolar. "Crianças, adolescentes, jovens, suas famílias, mas principalmente os educadores, sofreram uma imensa transformação em suas rotinas, hábitos e maneiras de trabalhar. Muitos educadores têm reclamado de angústia, cansaço, solidão. Toda a comunidade escolar anda precisando de apoio e escuta"

Pelo site do Apoio Emocional ( queronaescola.com. br / apoioemocional ) educadores se inscrevem para pedir uma escuta para si, uma roda online com os alunos, uma aula sobre como abordar o tema ou o que acharem que precisam. Desde o lançamento do projeto, no último mês, já foram atendidos 350 professores e 138 estudantes diretamente.

Diferentes pesquisas apontam a fragilização da Saúde Emocional na Educação durante a pandemia. A pesquisa "Juventude e a Pandemia do Coronavírus", do Conselho Nacional de Juventude, apontou que a saúde emocional piorou para 70% dos mais de 30 mil estudantes consultados. Já a pesquisa "Educação escolar em tempos de pandemia na visão de professoras/es da Educação Básica", da Fundação Carlos Chagas, mostra que o trabalho aumentou para 65% dos educadores e metade está com mais ansiedade e dificuldade emocional do que antes da pandemia.


Sobre a Fundação SM

Criada em 1977, com o intuito de devolver à sociedade os benefícios gerados pela SM Educação, a Fundação SM tem a missão de contribuir para o desenvolvimento integral dos indivíduos por meio da Educação. Nesse sentido, trabalha para fortalecer a educação pública, de forma colaborativa com os governos municipais, estaduais e federal, organismos internacionais, organizações da sociedade civil, institutos e fundações.


Sobre o Quero na Escola

Projeto que usa a tecnologia para ouvir as demandas dos estudantes por aprendizados, além do currículo obrigatório. O Quero na Escola é uma associação sem fins lucrativos que conecta voluntários para atender às solicitações dentro das próprias escolas públicas.


A importância do autocuidado materno para a resiliência emocional dos filhos

Quem nunca ouviu o ditado que diz que quando nasce um filho, nasce a culpa? As pesquisas mostram que a culpa atinge as mães quase que de forma universal. A culpa pode ser definida como uma emoção desconfortável que surge quando percebemos que nosso comportamento causou prejuízo a outra pessoa. A capacidade de se colocar no lugar do outro e sentir empatia é um pré-requisito para a culpa. Por isso, nos relacionamentos mais próximos a culpa está mais presente já que estamos mais atentos ao bem-estar do outro. Embora a culpa seja desconfortável, ela cumpre uma função importante para o funcionamento humano. Quando prejudicamos alguém e sentimos culpa, esse desconforto nos motiva a reparar o dano e nos leva a escolher melhores comportamentos da próxima vez, mais alinhados com as nossas expectativas e valores.

O problema da culpa materna é a forma como ela é prevalente e crônica. Sabemos que a culpa acontece para motivar uma maior coerência entre nossas ações, expectativas e valores. Mas no caso da culpa materna, as expectativas são inatingíveis e os valores incoerentes, logo é impossível se adequar. O paradigma vigente da maternidade diz que a boa mãe é aquela que se doa completamente em termos físicos, emocionais, psicológicos e intelectuais. A expectativa da mãe perfeita, o julgamento social a respeito da maternidade alheia, o excesso de informações, conselhos e boas práticas aprisionam as mulheres a padrões impossíveis que inevitavelmente geram culpa, frustração, exaustão e raiva. Pesquisas mostram que, cada vez mais, nos sentimos piores enquanto mães. Temos sentido mais medo, estamos mais confusas, e nos sentimos inferiores. Essa sensação de ineficácia afeta nosso bem-estar físico, nossa saúde mental, e a nossa capacidade de sermos boas o suficiente no nosso papel de mãe. 

Uma pesquisa feita na Holanda com 900 pares de mães, pais e filhos, mediu vários comportamentos parentais importantes como a qualidade da escuta, compaixão pelos filhos, a consciência dos pais sobre as emoções dos filhos e como os pais julgavam a própria atuação nos seus papéis de pais. Destes aspectos, a aceitação dos pais e as mães sobre a própria atuação enquanto pais foi o fator mais fortemente associado a menores níveis de depressão e ansiedade nos filhos. Quer dizer, aceitar nossas imperfeições com naturalidade e abrir mão das expectativas irrealistas, é importante para a resiliência emocional dos nossos filhos. Na minha pesquisa, feita nos Estados Unidos com 246 pares de mães e filhos, descobri que mães autocompassivas tem filhos mais autocompassivos, e se sentem mais competentes no seu papel de mãe. A autocompaixão envolve a capacidade de fornecer suporte emocional a si mesmo, enfrentando desafios e adversidades com maior perspectiva e com a compreensão de que as dificuldades são comuns a todas as pessoas. As mães autocompassivas são mais propensas a se perdoarem quando cometem erros, em vez de vê-los como uma indicação de incompetência ou inferioridade. Isso ajuda com que elas sigam em frente, tenham menos medo de errar, e tenham maior facilidade para persistir e tentar novos caminhos. A autocompaixão significa olharmos para as dificuldades com realismo e não com lentes de aumento. É sobre adotar uma postura gentil com relação a si mesma, dando pra si o que você precisa em um momento difícil, seja um banho demorado, seja pedir ajuda para alguém porque você precisa relaxar. 

O que acontece quando nos cuidamos é que além de nos tornarmos mais emocionalmente saudáveis, nos tornamos menos reativas, conseguimos nos conectar com a criança de uma forma mais profunda. Ao abrir mão da expectativa de nos tornarmos mães perfeitas, conseguimos aceitar que nossos filhos também têm defeitos. A criança que se sente aceita por quem ela é, que não acha que precisa mudar para receber amor, desenvolve um autoconceito mais positivo e maior autocompaixão. O vínculo com os pais é um dos principais fatores que suportam a resiliência emocional da criança, que é a capacidade da criança de enfrentar desafios de forma construtiva. A resiliência emocional também é facilitada pela forma como a criança interpreta e lida com os problemas. As pesquisas mostram que as crianças que têm maior dificuldade para lidar com os próprios erros, e que enxergam as limitações pessoais como sinal de que há algo errado com elas, tendem a deprimir e desenvolver outros problemas emocionais com maior frequência. 

A autocompaixão é um dos grandes facilitadores da resiliência emocional em situações de estresse na adolescência. Adolescentes mais autocompassivos deprimem menos, têm menos ansiedade e melhor desempenho acadêmico. As pesquisas mostram que a autocompaixão pode ser aprendida, tanto por adultos quanto por crianças. A maior lição da minha pesquisa é que quando as mães se cuidam e são mais gentis consigo, os filhos também se beneficiam. Eles aprendem a serem autocompassivos e têm um vínculo mais forte com essas mães. Logo, exercitando a autocompaixão e cuidando de si você beneficia também as pessoas que você mais ama. 

 



Adriana Drulla - Mestre em Psicologia Positiva, pela Universidade da Pennsylvania, é especialista em Compaixão e Autocompaixão. 

https://www.instagram.com/adrianadrulla/?hl=pt-br


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