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quinta-feira, 17 de setembro de 2020

VOCÊ SABE QUAIS SÃO OS DIREITOS DO ESTAGIÁRIO?

Entenda as regras estabelecidas para o exercício da modalidade


O estágio é um tempo de treino e experiência corporativa. Logo, é diferente de emprego (regime CLT) e, assim, não gera vínculo empregatício. Por isso, inclusive, os benefícios e direitos são outros. Recebo muitas dúvidas sobre o assunto, principalmente devido a essa “segunda temporada de estágio” alavancada pela retomada do mercado de trabalho.  

Vamos lá! Quando o modelo é chamado de curricular, ele é obrigatório. Ou seja, aquele definido como projeto do curso, dentro da carga horária. Isso é, requisito para a aprovação e conquista do diploma. Exemplificando: é uma categoria para quem precisa praticar para exercer a profissão, como para os cursistas de licenciaturas ou áreas da saúde. Por isso, nesse caso, a remuneração não é mandatória. 

Já o extracurricular não é obrigatório para concluir a formação. Assim, é válido como atividade opcional. Logo, é determinado o pagamento da bolsa-auxílio, do auxílio-transporte e recesso remunerado. Também, a carga horária deve ser compatível com as obrigações escolares e não pode ultrapassar seis horas diárias e 30 semanais.   

Independentemente da modalidade, é preciso entregar um parecer de performance no fim do contrato, conhecido como “relatório de atividades do estágio” e também não é permitido fazer hora extra. Nesse período visa-se criar a cultura da efetivação, pois o jovem está em busca de sua admissão e a chance de evolução na carreira. Nesse sentido, o tempo máximo estagiando na mesma entidade não pode exceder dois anos, exceto, quando se trata de uma pessoa com deficiência (PcD). 

Quanto ao valor da bolsa-auxílio, quando compulsório, não existe quantidade mínima ou padrão determinada pela legislação. Contudo, aconselhamos as organizações oferecerem uma remuneração compatível e atraente. Afinal, o objetivo é motivar e reter um talento interessado em aprender cada vez mais.

Já em relação ao recesso remunerado, as regras do programa são diferentes da CLT. Então, é errado chamar de férias! Veja: as duas legislações garantem 2,5 dias de folga a cada mês estagiado ou trabalhado. Ou seja, ao completar seis meses, são 15 dias a serem gozados, por exemplo. Sendo assim, ao vivenciar um ano, deve-se destinar um mês de pausa. As diferenças: se for emprego formal, a pessoa recebe sobre as férias, no caso de estágio, isso não é necessário, mas o período de descanso, preferencialmente, deve ser combinado com o fim do período letivo.

O intuito do programa é inserir os adolescentes no meio corporativo. Dessa forma, eles adquirem competências profissionais e podem até finalizar a graduação já empregados, pois a taxa de efetivação desse grupo é de 40% a 60%. Além de ser uma ótima oportunidade para as empresas conquistarem novos talentos. 

Vale lembrar: todo o processo de admissão é contratado no TCE, o Termo de Compromisso de Estágio, e firmado pela parte concedente, universidade e estagiário. Esse contrato pode ser rescindido pelas duas partes, sem aviso prévio e nenhuma penalidade. Além disso, se houver agente de integração, cabe a ele, acompanhar o setor administrativo, ajustar as condições de realização e encaminhar a negociação de seguros contra acidentes pessoais. 

Portanto, o atividade é essencial para a evolução da juventude e das corporações, pois traz inovação, proatividade e entusiasmo para ambos os lados. Logo, pense e invista no futuro do país. O Brasil agradece!

 



Carlos Henrique Mencaci - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios.


Generali assina pedido ao governo da União Europeia para reduzir as emissões de gases do efeito estufa em 55% até 2030

 O CEO do grupo, Phillipe Donnet, está entre os CEOs signatários de uma carta convocando os líderes da União Europeia para aumentar a meta de redução de emissões de gases de efeito estufa de 40% para 55%


O CEO do Grupo Generali, Philippe Donnet, está entre os CEOs signatários de uma carta redigida pelo Grupo de Líderes Corporativos, pedindo aos líderes da UE que estabeleçam a estrutura para uma recuperação mais resiliente ao clima e possibilitem os investimentos verdes necessários para oferecer neutralidade climática até 2050.

A participação da Generali na iniciativa é consistente com seu compromisso de incluir a sustentabilidade em todos os segmentos de negócios. Em consonância com a abordagem da UE, o Grupo sempre esteve entre os pioneiros dos esforços para cumprir os objetivos de 2030, adotando uma estratégia baseada em um conjunto de prioridades:

  • Financiamento da transição para uma sociedade sustentável e de baixa emissão, com novos investimentos verdes e sustentáveis totalizando € 2,7 bilhões em 2019.
  • Redução da pegada de carbono da carteira de investimentos do Grupo e apoio aos clientes na transição verde, com mais de € 1,3 bilhões em prêmios coletados de produtos ambientais. Além disso, em 2019, a Generali foi a primeira seguradora na Europa a emitir um Título Verde subordinado (€ 750 milhões).
  • Diálogo e envolvimento de stakeholders, tais como decisões políticas, organizações não-governamentais e empresas na “transição justa” que combina estratégias de descarbonização com medidas de proteção social.

A Generali também contribui ativamente com diversos grupos de trabalho para a promoção de finanças verdes, como a Net-Zero Asset Owner Alliance, um grupo de 29 fundos de pensões e seguradoras, com uma carteira de investimentos de cerca de 5 trilhões de dólares. Organizado pelas Nações Unidas, tem como objetivo reduzir a zero as emissões líquidas de gases de efeito estufa de suas carteiras, a fim de evitar um aumento das temperaturas globais acima de 1,5 °C, alinhado com o acordo de Paris.

O compromisso da Generali também se estende ao alinhamento da recuperação econômica com a transição para o desenvolvimento sustentável: é por isso que o Grupo aderiu ao European Green Recovery Alliance e decidiu canalizar quase € 1 bilhão em economia sustentável.

Ao assinar a carta de negócios e investidores do Grupo de Líderes Corporativos, a Generali reafirma seu compromisso de ajudar a acelerar e concentrar os esforços de transição até 2050, apoiando as alterações legais necessárias e investindo na economia verde, sabendo que uma maior "ambição climática" global é o motor da competitividade da Europa no mundo.

 

Saiba quais as principais profissões que o governo americano está facilitando a concessão do visto EB-2

Recentemente, eu participei de algumas palestras virtuais na OAB e percebi muitos interessados nos processos de vistos para os Estados Unidos. Mesmo com a pandemia, e com alguns vistos suspensos nesse período, alguns outros como o EB-2 continuam sendo processados normalmente.

Esse visto sofreu algumas alterações e uma delas é referente às prioridades relacionadas a tipos de profissionais. Além de médicos e enfermeiros, o governo está facilitando a entrada de engenheiros civis, au pairs, e também pessoas que atuam na área de alimentação. São essas as principais profissões para entrada nos Estados Unidos com o Visto EB-2, que há algum tempo, vêm ganhando maior aderência entre os brasileiros.

Sobre o fato de alimentação ser uma das áreas favorecidas, é importante destacar que nem sempre o visto é por qualificação nesse setor, mas sim por empreendedorismo. Pessoas que possam abrir um restaurante no país também podem se beneficiar dessa modalidade. De toda forma, é importante analisar com clareza essa possibilidade, pois existem formas mais eficientes de aplicação nesse caso.

Outra questão que surgiu foi sobre a possibilidade de aplicar o visto EB-2 e estender o green card para familiares, incluindo filhos casados. Vale ressaltar que isso não é possível, porque quando um filho se casa, ele tem sua própria família e mesmo que seja menor de 21 anos, o visto não pode ser aplicado. Após se tornar um cidadão americano é possível fazer alguma solicitação de visto permanente, mas até esse momento não há chances de isso ocorrer.

Existe algum problema em realizar a solicitação do visto EB-2 e ir para os Estados Unidos com outro tipo de visto enquanto o pedido é processado? Na verdade, não, mas normalmente o processo ocorre de forma rápida, então pode não fazer sentido. O ideal é se programar, realizar o protocolo consular e aguardar a entrevista ainda no Brasil, assim todo o procedimento fica menos complicado e mais barato também, além de chegar ao país já com o green card.

Na última semana, recebi um relato interessante de um colega que entrou no país com o visto B-1, que é um visto de negócios (B-1 é o visto temporário, assim como o B-2, utilizado para turismo) e, por não ser um visto de trabalho, não é possível realizar qualquer atividade profissional durante a estadia. Por permanecer nos Estados Unidos durante um período maior do que o recomendado, acabou ficando sem status. A dúvida é, se mesmo assim, é possível voltar ao Brasil e fazer a solicitação do EB-1. É preciso saber que essa não é uma prática recomendável. Além de ter o visto negado, possivelmente será aberto algum outro tipo de procedimento caso esteja em território americano.

É importante destacar também que exceder o período do visto em qualquer modalidade prejudica o processo de solicitação, e também é um risco desnecessário.

Algumas pessoas também têm dúvidas sobre a possibilidade de fazer a aplicação do visto EB-2 sem formação acadêmica e nesse caso, com a comprovação de experiência na área de atuação, aliado a um bom currículo e uma  estruturação do plano de negócios eficiente, até mesmo porque existem diversos critérios durante a análise de documentos, é possível aplicar e ser bem sucedido.

 

 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em direito internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e membro da comissão de direito internacional da OAB. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br ou entre em contato por e-mail daniel@toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de 73 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente.

 

Copywriting: além da internet marketing

Existem dois grandes setores quando falamos de marketing: o mercado B2B, que consiste em vendas feitas de empresa para empresas, e o mercado B2C que é formado por vendas feitas de empresas para o consumidor final. Com o advento da internet, precursores americanos começaram a adaptar o marketing de resposta direta para o meio on-line. Passaram a comercializar produtos diretamente para o consumidor final, com o objetivo de aproveitar a facilidade que o B2C proporciona: jornada de vendas mais curtas e simples, geralmente com produtos de baixo a médio ticket.

Esse processo deu origem ao que conhecemos essencialmente como Internet Marketing, que se refere às estratégias usadas para comercializar, sem intermediários, um produto ou serviço on-line. Com características peculiares,  Internet Marketing se diferencia do Marketing Digital, que é mais abrangente e forte no setor B2B, mercado que apresenta jornadas de vendas mais longas e mais complexas geralmente com produtos de médio e alto ticket

Já no setor B2C, quando as pessoas sentem a necessidade ou desejo de obter um produto, basta um estímulo – como uma promoção – para que tomem a ação da compra de forma mais imediata. Para ajudar com isso, entra em cena o Copywriting, que sempre se fez presente no mercado B2C off-line e que, tempos depois, também passou a ser usado na internet com força e eficácia.

Isso explica por que os primeiros materiais de copywriting criados após o surgimento da internet focaram nesse tipo de marketing, ou seja, o B2C. Aliás, isso tornou comum a associação do copy com Internet Marketing. No entanto, existe um universo de ensinamentos que podem ser explorados por um copywriter no mercado B2B. Ter ciência disso é abrir-se para um mundo de possibilidades financeiras que poucos profissionais estão enxergando.

 



Paulo Maccedo - analista de marketing, escritor best-seller, copywriter de resposta direta e autor do que é considerado o livro sobre copywriting mais completo em português.

 

Seu sucesso profissional depende de você, mas também do seu chefe

Pexels

Recente pesquisa aponta que o baixo desempenho do que se espera de um líder é o principal motivo para que profissionais peçam demissão ou se sintam desanimados no emprego. Segundo consultor, um chefe centralizador e que não incentiva os talentos que gere, pode ser sim um grande empecilho na carreira profissional de qualquer um

O desempenho abaixo do que se espera de um líder é o principal motivo para que profissionais peçam demissão ou se sintam desanimados no emprego. É o que apontou um levantamento feito no ano passado pela consultoria de recrutamento Michael Page com candidatos a vagas de emprego. Segundo o estudo, oito em cada dez colaboradores pedem demissão por causa do chefe. Ainda segundo o levantamento, decisões gerenciais equivocadas ou mal planejadas inevitavelmente são os erros que mais levam a um desgaste no relacionamento entre funcionários e chefes.

Mas num momento de crise como o atual, em que milhões de desempregados buscam uma oportunidade no mercado de trabalho, não dá para escolher chefe, ou dá? Para o consultor empresarial e especialista em governança corporativa, Marcelo Camorim, dá sim. Obviamente, conforme explica o consultor e empresário, isso não quer dizer que você irá agora mesmo adentrar à sala de seu patrão e fazer uma enxurrada de exigências e condições para poder ficar no emprego. Segundo Camorim, para escolher o chefe é preciso antes de mais nada conhecer bem o líder com quem se está trabalhando e avaliar se seu perfil e estilo profissional combina com essa liderança.

“Obviamente você precisa se conhecer bem profissionalmente e saber muito bem para onde quer ir em sua carreira e analisar se ao lado do líder com quem está trabalhando você terá abertura para crescer e se aprimorar. Porque o seu sucesso profissional depende sim de sua excelente capacidade e de seus talentos, mas também depende de alguém que dê chance a estes seus talentos, ou seja, seu chefe”, afirma o especialista em governança corporativa. 

 

Branca de Neve

De acordo com Camorim, além de uma boa formação e capacitação contínua, o sucesso profissional depende, em muito, das relações profissionais que se estabelecem ao longo da carreira, em especial as que são feitas com os líderes que encontramos ao longo do caminho. “Se você é uma pessoa preparada, tecnicamente e psicologicamente para o trabalho que exerce, mas se há em seu caminho um chefe centralizador e não aberto à mudanças, esse chefe pode sim ser um empecilho para seu crescimento”, afirma.

Com larga experiência empresarial no segmento do varejo e sendo consultor especializado em recuperação de corporações e na transição de comando de empresas familiares, Marcelo Camorim conta que ainda hoje existem muitos chefes que têm uma ideia errada sobre o que é ser um verdadeiro líder, são aqueles que ao invés de incentivar e gerir bem os talentos a sua volta, têm medo do crescimento deles. “No mundo corporativo é o que chamamos de chefe “Branca de Neve”, que está cercado de anões e como anões não crescem. Esse líder também não crescerá e quem está sua volta também não crescerá”, explica o especialista.

“O chefe ideal é justamente aquele que quer que o seu subordinado talentoso sente na sua cadeira. E sabe porquê disso? Porque ele  irá sentar em outra cadeira ainda mais alta e mais importante. O colaborador que ele ajuda a crescer é um legado e não um concorrente”, afirma Camorim. 

Para ele, o bom chefe ou líder tem que saber da sua capacidade e entender que ele e nem ninguém no mundo será bom em tudo, aliás o consultor alerta que quem tenta ser bom em tudo descobre no final, que não é bom em nada. “Grandes empresas mundiais, de gestão ultra moderna, como a Google, por exemplo, há muito adotam esta filosofia e são o que são justamente porque não temem desenvolver seus talentos, não temem dar autonomia a eles, não temem compartilhar conhecimentos e responsabilidades”, destaca.

 



Marcelo Camorim - CEO Fox Partners


Inadimplência em condomínios de São Paulo atinge o menor patamar desde o início da pandemia

Índice medido pela AABIC chegou a 2,76% em agosto, menor taxa já apurada para o mês desde a criação da série histórica há 16 anos

 

Apesar do impacto da pandemia na economia e no orçamento das famílias, os paulistanos estão mantendo em dia o pagamento dos boletos de condomínio. É o que indica o Índice Periódico de Mora e Inadimplência Condominial (IPEMIC), medido pela Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo (AABIC). No mês de agosto, a taxa de inadimplência no pagamento da cota condominial ficou em 2,76%, o menor percentual desde o início da pandemia, em março.

O levantamento mostra ainda que o índice registrado no mês passado é o menor já apurado para o mês desde a criação da série histórica, em 2004. Em agosto daquele ano, o percentual era de 5,97%. Para a AABIC, a queda recorde também pode ser encarada como uma consequência do isolamento domiciliar, período que naturalmente deixou os condôminos mais dependentes da prestação de serviços de qualidade dentro dos empreendimentos, como limpeza, segurança e bom atendimento.

Durante os meses de distanciamento social, entre abril a julho, o IPEMIC oscilou entre 3,08% e 3,43%. Para a AABIC, a variação está dentro da normalidade devido à situação atípica vivida pelo País.

Na avaliação de José Roberto Graiche Júnior, presidente da AABIC, o período de isolamento domiciliar também provocou mudanças na relação entre os condôminos, intensificando o convívio entre as famílias no mesmo espaço, além de abrir caminho para o home office e as aulas online. As mudanças, avalia Graiche Júnior, conscientizaram os moradores no sentido de valorizar ainda mais os serviços prestados por administradoras e equipes internas dos empreendimentos. “A taxa de condomínio já se tornou prioridade no orçamento familiar”, explica o dirigente.

A AABIC considera    devedor    inadimplente    para    cálculo    do IPEMIC os proprietários e inquilinos que atrasam o pagamento da cota condominial por 90 dias após a data do vencimento. Ou seja, para ser considerado inadimplente no final do mês de agosto, o morador não pagou os boletos de junho, julho e agosto. Os dados abrangem uma amostra de 2.466 condomínios de 11 empresas associadas.


Inadimplência nos aluguéis

Outro levantamento da AABIC, o Índice Periódico de Mora e Inadimplência Locatícia (IPEMIL), também sinaliza estabilidade na inadimplência para pagamento dos aluguéis de imóveis residenciais e comerciais. O percentual de 4,08% registrado em agosto foi inferior aos 4,25% de julho. Durante a pandemia, o índice chegou a variar de 2,05% até os 4,25% do mês passado, patamar que, na visão da entidade, também corresponde a um padrão de normalidade no mercado.

Na avaliação da associação, o IPEMIL permanece sem grandes oscilações em consequência de negociações entre inquilinos e proprietários para revisão de prazos e valores nos contratos durante a pandemia. “Esse ambiente de livre negociação ajudou o setor a absorver com naturalidade os efeitos da crise, mantendo índices de inadimplência abaixo de 5%”, reforça Graiche Júnior.

 




Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios de São Paulo - AABIC 

 

Direito do Consumidor: perfil e tendências de consumo pós-pandemia por especialista FGV

As principais tendências e posicionamentos dos consumidores no final de 2020 e o papel das metodologias ágeis na era digital


O processo de digitalização das empresas foi acelerado em decorrência da pandemia da Covid-19. A quarentena forçou as pessoas a ficarem em casa, fazendo com que empresas de diferentes setores recorressem às plataformas digitais como meio de se manter no mercado.

“O e-commerce faz parte das nossas vidas, o trabalho de se deslocar até uma loja já não existe mais. É muito mais fácil se acostumar com o conforto apresentado pelas tecnologias”, apontou Victor Corazza Modena, professor na IBE Conveniada FGV nas áreas de Empreendedorismo e Gestão Financeira, que afirmou ainda: “essas mudanças podem ser definitivas”.

De acordo com o professor, o consumidor pós-pandemia é mais consciente, mais bem informado e mais crítico. O crescimento de vertentes de consumo sustentável, assim como o advento da informação em tempo real, colaborou para a criação de um consumidor mais crítico, que pesquisa mais, e está em contato com opiniões online em todos os momentos. Para Corazza, “a marca que consegue escutar os problemas desse consumidor e resolvê-los, consegue torná-los embaixadores fiéis, que promovem a marca em seus círculos e não a trocam facilmente”.

Segundo ele, para encarar essa nova realidade as marcas deveriam valorizar a voz desse consumidor. Neste cenário, qualquer deslize na comunicação ou nas informações transmitidas pode causar uma ruptura com o público e impactar em transtornos irreparáveis. “O produto pode até continuar o mesmo, mas a partir do momento que a imagem da empresa for envolvida em algum escândalo, ela perderá os clientes contrários àquelas bandeiras”.

Outra característica importante desse momento pós-pandemia é que a velocidade de acompanhamento do mercado é vital. “As empresas que conseguem rapidamente entender as mudanças do mercado e o perfil do consumidor, conseguem alterar mais rápido o que ela entrega para acompanhar as necessidades do mercado. E se errar, sai barato”, conclui o especialista da IBE Conveniada FGV.


Entenda o mercado pós-pandemia!

Esse avanço resultou em um novo perfil de consumidor e separou o mercado em quatro grandes nichos. De acordo com pesquisa da Bain & Company, eles se dividem em:


- Mercados cuja demanda explodiu na crise e deve se manter em alta no longo prazo.

Corresponde a empresas e segmentos que tiveram um grande crescimento durante a pandemia e cujos serviços se modernizaram e farão parte do “novo normal”. A exemplo, pode ser citado o home office, que conforme analistas de gestão de pessoas, veio para ficar, uma vez que grandes empresas perceberam que não existe mais a necessidade do deslocamento de funcionários, nem o estabelecimento de escritórios.

As plataformas de comunicação digital também apresentaram crescimento e podem exemplificar este tipo de mercado. Reuniões por Zoom, Skype, Meet, entre outros, já fazem parte do dia a dia e o segmento de vendas pela internet também vem se destacando. No Brasil, o faturamento do e-commerce foi de 56,8% a mais nos oito primeiros meses de 2020 em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo pesquisa do Movimento Compre&Confie em parceria com a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).


- Mercados onde a demanda explodiu na crise, mas deve se estabilizar no longo prazo.

Abrange o setor de produtos cuja demanda cresceu em necessidade do combate ao vírus e que, passado esse momento, não serão necessários no dia a dia. Como exemplo, pode ser mencionado o comércio de álcool em gel e máscaras descartáveis.


- Mercados que a demanda teve forte queda na crise, mas podem ter “pico” em seguida.

Os segmentos de beleza, como cabelereiros, barbeiros e maquiadores, comércio de roupas, eletrodomésticos encontram-se neste nicho. Apesar de terem amargado o fechamento dos estabelecimentos, estes setores são consolidados e devem se reerguer.


- Mercados cuja demanda sofreu grande queda na crise e podem ter a recuperação lenta.  

Este mercado levará mais tempo para se recuperar pois as perdas foram grandes, devido ao tamanho dos negócios, e pela mudança no perfil do consumidor podem sofrer por mais tempo. Os setores de eventos, hotelaria e turismo, por exemplo, são alguns deles. As viagens de trabalho que desapareceram na pandemia também não devem voltar a acontecer tão cedo, e devem ser reduzidas como tendência deste mercado.

 

Check Point alerta para o crescente número de ataques visando instituições de ensino e de pesquisas no mundo

 Pesquisadores da empresa observaram o aumento em dois dígitos dos ciberataques globais ao setor de Educação na América Latina, nos EUA, na Europa e Ásia

 

Os pesquisadores da Check Point® Software Technologies Ltd . (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, identificaram um maior interesse por parte dos cibercriminosos em temas e domínios relacionados à educação, pesquisas e volta às aulas nos últimos três meses. Segundo os pesquisadores, esta tendência se mantém intensa com um aumento dos ataques em diversas regiões no mundo por meio de diferentes métodos e táticas.

Na América Latina, a média de ataques semanais por organização no setor da Educação, em julho e agosto de 2020, foi de 15,5% maior em relação aos dois meses anteriores. Os Estados Unidos são a região número um mais visada com um aumento de 30% nos ciberataques contra este setor; a Europa apresentou um crescimento de 24%; e a Ásia teve um acréscimo de 21%.

Nos últimos dois meses, as instituições de ensino e de pesquisas latino-americanas sofreram com um aumento de 15,5% se relacionado aos meses de maio e junho, ou seja, de 413 instituições atacadas para 478. O maior aumento foi observado em relação a ataques de negação de serviço (DDoS).


ATAQUES POR ORGANIZAÇÃO - AMÉRICA LATINA - ÚLTIMOS 6 MESES

 


No Brasil, a Unisinos (Universidade do Vale do Rio dos Sinos ) foi ágil em suas ações de prevenção contra os ciberataques com a nova plataforma de segurança implementada pela instituição, e por meio da qual conseguiu bloquear 36 mil ataques desde o dia 8 de abril deste ano direcionados à infraestrutura da universidade, bem como impediu 179 diferentes tentativas de exploração de vulnerabilidade ao seu ambiente em junho.

"A pandemia do novo Coronavírus não impactou apenas a implementação do trabalho remoto, alterou também a forma das aulas a distância. Esses números sobre os ataques ao setor da Educação demonstram uma tendência clara e preocupante: os cibercriminosos consideram que os estudantes são alvos fáceis. Entre os ataques direcionados a eles estão e-mails de phishing, como o chamado 'Zoombombing', até ransomware", explica Omer Dembinsky, diretor de Data Intelligence na Check Point. "Os cidadãos são sempre os mais vulneráveis em se tratando de cibersegurança, por isso recomendamos que estudantes, pais e instituições sejam muito cuidadosos nos próximos meses, uma vez que se prevê que esses números piorem. Enquanto o ensino a distância se mantiver, também os cibercriminosos permanecerão ativos", conclui Dembinsky.


As melhores práticas para aumentar a segurança do endpoint

Reduzir as superfícies de ataque. Para os endpoints, deve-se assumir pleno controle dos periféricos, aplicativos, tráfego de rede e dos dados. É necessário criptografar os dados em movimento, em inatividade e aqueles em uso. Também é importante garantir que se cumpram as políticas corporativas para obter conformidade de segurança dos endpoints .

Prevenção antes de tudo: primeiramente, bloquear os ataques conhecidos utilizando o anti-malware de endpoint e a reputação. Em seguida, evitar os ataques desconhecidos. Para impedir exploits, usar a tecnologia anti-exploit para prevenir ataques drive-by e proteger os aplicativos. Por fim, inibir erros de usuários implementando tecnologia zero-phishing que bloqueia sites de phishing, previne a reutilização de credenciais e detecta senhas comprometidas.

Proteção Runtime (tempo de execução): a tecnologia anti-ransomware permite detectar sinais de ransomware, revelando mutações em execução de famílias de malware conhecidas e desconhecidas por meio de análise comportamental e regras genéricas.

Conter e remediar: Conter os ataques e controlar os danos ao detectar e bloquear tráfego de comando e controle e evitando o movimento lateral do malware ao isolar máquinas infectadas. Posteriormente, remediar e esterilizar o ambiente restaurando arquivos criptografados, colocando em quarentena, realizando processos de eliminação e esterilizando toda a cadeia de ataque.

Compreender e responder: é importante fazer a triagem de eventos rapidamente, compreender toda a natureza do ataque e imunizar outras superfícies ao compartilhar informações relativas ao Indicador de Comprometimento (IoC) e Indicador de Ataque (IoA).

Os dados referentes a esse levantamento dos pesquisadores foram obtidos e analisados pela inteligência contra ameaças da ThreatCloud da Check Point, a maior rede colaborativa para combater o cibercrime que fornece dados de ameaças e tendências de ataques de uma rede global de sensores de ameaças. A inteligência é enriquecida com mecanismos baseados em IA e dados de pesquisa exclusivos da divisão Check Point Research (CPR).

 



 

Check Point Software Technologies Ltd.

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Entregou seu Imposto de Renda e esqueceu de declarar o day trade? Saiba como corrigir!

Eduardo Canova, CEO da Leoa, ensina o contribuinte a como declarar, calcular e pagar o imposto para investidores


Se você esqueceu de declarar suas operações realizadas no day trade, corre para corrigir sua declaração. Isso porque, para a Receita Federal, qualquer operação Day Trade na Bolsa de Valores, aquelas  que começam e terminam dentro do mesmo dia, na mesma corretora e com o mesmo ativo, precisam ser declaradas. Eduardo Canova, CEO da Leoa, plataforma online para declaração do Imposto de Renda e antecipação da restituição, esclarece detalhadamente no guia abaixo como funciona e o que fazer para corrigir a declaração.

Primeiramente, precisamos esclarecer que ao contrário das operações normais de ações, a chamada “Swing Trade”, o Day Trade não possui nenhuma isenção no Imposto de Renda. “Quem negocia Day Trade é tributado em 20% de qualquer lucro que tenha no mês, sem importar o valor negociado. É necessário preencher um DARF - Documento de Arrecadação de Receitas Federais - e pagar o valor do imposto devido até o último dia útil do mês seguinte à negociação. Se você está se perguntando se precisa pagar mensalmente o Imposto de Renda sobre o Day Trade a resposta é sim. Apesar de fazer a declaração anualmente, investidores não pagam o imposto apenas uma vez ao ano”, comenta Canova. 

Um ponto importante é que o investidor só começa a pagar imposto sobre operações Day Trade a partir do momento em que zera os seus prejuízos na Bolsa, de qualquer período, e começa a ter lucros. “O DARF mensal só precisa ser gerado se o investidor lucrou no mês em questão. Caso ele tenha tido prejuízo e não conseguido lucrar com as operações do mês, não será necessário gerar o DARF”, explica Canova.

Exemplo: se um contribuinte tem um prejuízo acumulado de R$ 10 mil e lucrou R$ 5 mil em um determinado mês, ele não irá precisar pagar o DARF sobre esses R$ 5 mil. O DARF só precisa ser pago quando o investidor não tem prejuízo maior do que o valor de lucro gerado. Além disso, a corretora que intermediou a operação é obrigada a reter automaticamente 1% deste valor, que é repassado diretamente para o Leão.

Mesmo em casos onde o contribuinte day trader não precisou pagar o DARF em um determinado mês, todos os lucros e prejuízos devem ser informados, mês a mês, na declaração anual do Imposto de Renda, não esquecendo também das posições de ações e opções em contratos futuros em 31 de dezembro do ano anterior.

“Isso porque, como explicado anteriormente, seus prejuízos importam para gerar ou não o título de pagamento mensal, e isso deve ser declarado à Receita Federal. Se você não declara os prejuízos, o Leão pode entender que você deve os DARFs não emitidos referentes a todos os valores positivos, entendidos como lucros”, ressalta Canova. 

Para que nenhum contribuinte precise pagar a multa e juros de 0,33% ao dia, sobre o valor devido, por não ter feito o pagamento do Imposto de Renda sobre Day Trade de maneira correta, Eduardo Canova explica o passo a passo para se organizar mensalmente e realizar a declaração de investidores. Lembrando que o limite da multa é de 20% do total e também será corrigido pela taxa Selic enquanto a inadimplência existir.

 

1) Reúna todas as informações de suas operações day trade ocorridas de 1º de janeiro a 31 de dezembro do ano anterior ao da declaração;

2) Separe cada lucro ou prejuízo, mês a mês, de acordo com o tipo de investimento, como ações, opções, mercado a termo, dólar, índice, etc;

3) Separe seus investimentos por tipo de venda: comum ou day trade;

4) Solicite à sua corretora as notas de corretagens. Nessas notas você encontra as informações necessárias para declarar, inclusive o IR antecipado e já recolhido pela corretora;

5) Abra o programa da Receita Federal e vá na ficha de “Bens e Direitos”. Selecione o código "31" para “Ações”. Lance o saldo inicial e saldo final de cada ação, detalhando a quantidade na descrição;

6) Depois, em “Rendimentos Variáveis”, clique em “Operações Comuns/Day Trade”, informe, mês a mês, o valor obtido de lucro ou prejuízo do mês, de acordo com o ativo correspondente (ações, opções, mercado futuro ou a termo) e separe por tipo de operação (comum ou day trade);

7) No mês em que você teve prejuízo, inclua o valor com um sinal de menos na frente. Se você não realizou operações em determinado mês, nem operou outro tipo de ativo ou day trade, coloque zero nos campos pendentes;

8) Para compensar o imposto retido pela corretora, verifique o valor retido a cada mês informado nas notas de corretagens e insira o valor do IR retido no campo “Consolidação do Mês”, ao final da ficha do mês correspondente na linha “IR Fonte Day-Trade a compensar”.

 

Semana Nacional do Trânsito

Ação de orientação e segurança para os caminhoneiros acontece em Guararema (SP) a partir desta sexta (18).

Os serviços serão oferecidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e CCR NovaDutra em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal e a participação de diversos outros parceiros.

A ação de orientação e segurança para os caminhoneiros acontece no posto de pesagem de veículos em Guararema, no km 179,2 da pista sentido São Paulo, no Alto Tietê (SP). A iniciativa faz parte de uma série de atividades que as empresas envolvidas, as concessionárias e os órgãos públicos prepararam para a Semana Nacional do Trânsito. O tema deste ano da Semana é: “Perceba o risco, proteja a vida”.

O caminhoneiro que passar pelo posto de pesagem entre os dias 18 e 21 de setembro será orientado sobre questões de segurança viária, prevenção de doenças e divulgação do Registro Nacional de Transportador de Cargas (RNTRC) digital, que permite que o transportador realize ou atualize seu cadastro pela internet.

Os motoristas profissionais irão receber também folhetos educativos da campanha ‘Dirija com Responsa’, com orientações sobre a importância de realizar a manutenção do veículo e dos riscos da combinação bebida e direção, além de ganhar um kit alimentação e higiene.

 

A ANTT aproveita a oportunidade para deixar seus canais da Ouvidoria da Agência:

WhatsApp (61) 99688-4306;

Telefone 166;

E-mail ouvidoria@antt.gov.br

 

Setembro Amarelo: Saiba como identificar se o colaborador está sofrendo de algum distúrbio

Especialista traz reflexões sobre a responsabilidade social que as empresas têm neste mês de conscientização


Trazida em 2014 para o Brasil, a campanha Setembro Amarelo tem como data símbolo o dia 10 deste mês, o Dia Mundial da Prevenção ao Suicídio, que visa a conscientização, desmistificação e prevenção do suicídio. Dados alarmantes levam a esse movimento, e se tem observado o crescimento de indicadores como o uso de psicoterápicos, transtorno mentais e suicídio. E para falar sobre esse tema pouco discutido dentro das empresas, a especialista em estratégia de carreira Rebeca Toyama trouxe reflexões para auxiliar as empresas a terem esse cuidado com os seus colaboradores. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, e quando se refere às tentativas, uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos. Calcula-se que aproximadamente cerca de um milhão de casos são registrados no mundo, já no Brasil, os casos passam de 12 mil, mas se sabe que esse número é bem maior devido à subnotificação. Vale ressaltar que desse total, cerca de 96,8% estão relacionados a transtornos mentais, como por exemplo, a depressão e o transtorno bipolar.

E as empresas não ficam de fora desse cenário, pois a depressão é uma das principais causas de absenteísmo, e essa é a doença mais incapacitante do mundo em 2020, segundo a Organização Mundial de Saúde. Já o presenteísmo é um dos fatores de maior impacto na baixa produtividade e qualidade de uma equipe.

Para a especialista, as empresas precisam redobrar a atenção e o cuidado com os colaboradores, considerando o cenário de pandemia que estamos enfrentando, e alerta que algumas pesquisas já mostram os impactos esperados em decorrência das doenças mentais.

“Planejar como será o momento pós home office será tão desafiador quanto foi organizar o home office na fase mais crítica do isolamento social. Se já era difícil identificar os sinais e sintomas de um transtorno psicológico em um colaborador presencialmente, imagine agora. Esse cenário é preocupante e serve de alerta para que o tema saúde mental ganhe relevância na saúde pública! ”, comenta, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama.

Dificuldades como identificar os primeiros sinais e sintomas podem fazem com que muitas empresas deixem de lado sua responsabilidade social e optem pela demissão do colaborador, mas por outro lado, empresas vêm investindo em programas de prevenção de doenças mentais que identificam e acolhem os colaboradores que apresentem algum sinal de transtorno mental, como por exemplo: stress, ansiedade, tristeza, dificuldade de concentração e falta de motivação. 

Quando uma empresa consegue identificar alguns sintomas em um membro da equipe o ambiente profissional poderá ser de grande valia no incentivo à vida. E vale lembrar que a postura adequada leva respeito e discrição, evitando julgamentos.

“Como o propósito do Setembro Amarelo é evidenciar a importância de olhar para os casos de suicídios que estão relacionados a um distúrbio mental, o ambiente profissional é um local onde os sintomas podem ser observados e uma empresa consciente pode fazer sua parte investindo em programas de prevenção de doenças mentais, programas de bem-estar ou antiestresse. ”, finaliza Rebeca Toyama.

E para ajudar os gestores e empresas, a especialista em estratégia de carreira, Rebeca Toyama traz 3 principais sintomas podem ajudar na identificação de alguns sintomas.

1- Sintomas cognitivos: Esquecimentos frequentes, dificuldade de compreensão e aumento de falhas em questões simples;

2- Sintomas físicos: Cansaço, aparência descuidada ou abatida e alteração nos hábitos alimentares como perda de apetite ou perda dela;

3- Sintomas emocionais: Aumento da sensibilidade ou irritabilidade e afastamento social.

 



Rebeca Toyama - fundadora da RTDHO e ACI empresa com foco em bem-estar e educação corporativa. Especialista em estratégia de carreira e saúde financeira. Possui formações em administração, psicologia, marketing e tecnologia.  Atua há 20 anos como coach, mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave. 


O Turismo e a Reforma Tributária

Recentemente, em uma das diversas “lives” que realizei pelo SinHoRes Osasco – Alphaville e Região, tive a oportunidade de debater as propostas de Reforma Tributária com o economista Bernard Appy (autor da PEC 45/2019, da Câmara dos Deputados) e o ex-Deputado Federal, Luiz Carlos Hauly (autor da PEC 110/2019, do Senado Federal). Esse encontro confirmou a minha preocupação de que qualquer proposta, seja do Senado, Câmara ou Governo, caso o turismo, em seus diversos segmentos, não se mobilize, sofrerá aumento de carga tributária. O governo federal parece que “descobriu” que o setor de serviços é quem gera 70% do PIB brasileiro e colocou o olho gordo nessa tributação.

O SinHoRes e a FHORESP (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) já iniciaram uma ofensiva no Congresso Nacional. Enviamos ofícios aos presidentes das casas legislativas, aos relatores das propostas e estamos fazendo contatos pessoais com os parlamentares para mostrar que o turismo não é uma atividade, mas uma “dimensão econômica”. Com 26 tipos diferentes de turismo e composto por 52 segmentos econômicos, sendo a Hospedagem, Alimentação, Viagens e Eventos os mais representativos, é formado por cerca de 95% de micro e pequenas empresas. No total, o turismo gera uma participação de US$ 9 trilhões no PIB mundial, ou seja, 10% do PIB mundial e 8% do PIB Nacional. É responsável por 320 milhões de empregos no mundo, ou seja, 1 em cada 10 postos de trabalho. No Brasil, empregamos 7 milhões de trabalhadores altamente qualificados e sem nenhuma qualificação; aposentados e o primeiro emprego do jovem, ou seja, o setor emprega em escala impressionante, e em todos os perfis.

Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil é apontado como o primeiro do ranking em belezas naturais, entre 140 países. Mas é um setor que precisa do apoio do governo para crescer, seja com pesado investimento em marketing nacional e internacional, divulgando o país e suas belezas, fornecendo incentivos tributários ou destravando gargalos em relação a licenças ambientais, liberação de cassinos em resorts, turismo náutico, beach clubes, parques naturais, temáticos, etc.  

Nós todos queremos e precisamos simplificar nosso manicômio tributário, mas não podemos apoiar uma reforma feita a “toque de caixa”, durante uma pandemia e sem o necessário debate ao aprimoramento das propostas. O turismo nacional e internacional está quebrado por causa do COVID-19 e não há espaço para mais carga tributária. Isso resultará em perda de competitividade, fuga de investimentos, estimulo à informalidade, falências, desemprego em massa e aumento de custos ao consumidor. E uma eventual desoneração sobre a folha de pagamento, coisa que nem está certa ainda, será insuficiente para cobrir esse aumento de custos.

Pela proposta do governo, o setor veria sua tributação saltar de 3,65% para 12%, apenas considerando a unificação do PIS/COFINS, em uma nova Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O argumento do governo é que nas transações entre contribuintes abrangidos pela CBS, o aumento da alíquota de 3,65% (regime cumulativo) ou 9,25% (não cumulativo) não se refletiria nos preços, dado o direito a crédito amplo ao longo da cadeia produtiva pelo valor agregado em cada etapa.

Entretanto, o governo e os autores das propostas querem ignorar que, diferentemente da indústria, o setor de serviços não tem muitas etapas de produção e é formado basicamente por mão de obra. Por isso, não tem margem para abater impostos em fases anteriores da produção e além disso, por sermos grandes geradores de empregos, nossos encargos, proporcionalmente, pressionam os tributos incidentes sobre a folha de pagamentos.

As demais propostas, em trâmite no Congresso Nacional, querem incluir impostos estaduais e municipais na reforma. Entendo que para realmente simplificar nosso sistema tributário o ICMS e ISS não poderiam ficar de fora, e já há consenso para isso no CONFAZ - Conselho Nacional de Política Fazendária, embora os municípios com maior arrecadação, aleguem que perderiam receita de ISS. 

Também em relação a essas outras propostas, da forma que estão no texto base, causa-nos enorme preocupação, já que o setor de alimentação fora do lar, que recolhe ICMS, tem regime especial de tributação na maioria dos estados e perderia essa condição, vez que como dissemos não tem a opção de créditos a compensar. Outro problema é o caso dos negócios que envolvem empresas que estão no Simples Nacional, que sofrerão aumento de custos.

Outro ponto relevante, é que o mundo não vive mais um período de economia linear, os tempos são outros, com grandes volumes de transações pulverizadas no ambiente digital e que exigem fórmulas de tributação mais eficazes, ágeis e simplificadas. Assim, parece que ninguém está olhando para economia subterrânea (como cigarros ilegais, deliveries de alimentos clandestinos, jogos ilegais) e a informal (como os aplicativos de reservas de casas por curta temporada, que não pagam um centavo de imposto, fazendo concorrência desleal com a hotelaria). 

Portanto, ajustes e emendas se farão necessárias para garantir a aplicação de, pelo menos, três faixas de alíquotas, incluir a desoneração da folha de pagamento e um tratamento diferenciado para as empresas do Simples, serão fundamentais.



 

Edson Pinto - Presidente do SinHoRes Osasco – Alphaville e Região (Sindicato Empresarial de Hotéis, Restaurantes e Bares) e Vice-Presidente de Relações Governamentais da FHORESP – Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo.

A necessidade da advocacia em processos de recuperação de empresas após a quarentena

 Seja com um plano de ação ou com a recuperação judicial, especialistas atuam de forma estratégica para encontrar a melhor forma de sair da crise


A pandemia e o distanciamento social causaram diversos problemas para empresários em todo o Brasil, e também no mundo todo. Por conta disso, inúmeros negócios foram fechados durante os últimos meses e, outros, foram imensamente prejudicados e por isso precisarão se reinventar para entrar no cenário atual e no que está previsto após a pandemia. Negócios que dependem de eventos ou turismo, por exemplo, podem levar anos para se recuperar.

Em um momento como esse, é necessário levar em conta a opinião de profissionais. O advogado Paulo Akiyama, atuante em direito empresarial, ressalta que será complicado esperar por resultados imediatos, uma vez que o dano pode levar algum tempo para ser reparado. “Além da situação ser delicada é inédita para os consumidores, que também foram impactados. É importante lembrar que os cuidados da administração e gestão são fundamentais para uma recuperação mais rápida, questões que envolvem demissões, afastamentos ou mesmo ajustes de salário, precisam ser mantidas em tons amigáveis para evitar processos ainda mais complexos”, conta.

Para isso, uma dica é que as empresas elaborem comitês especiais para a solução de problemas com maior gravidade, já que uma das características da modernidade é o trabalho em equipe. Não somente isso, é importante ter um bom advogado empresarial que possa ajudar com a rotina da empresa e dar o suporte necessário em mediações com colaboradores.

De toda forma, agir rapidamente foi algo que ajudou muitos empreendedores logo no início da quarentena. A revisão de contratos e flexibilização de cláusulas permitiram maior prazo tanto para contratantes, quanto contratados, realizar seus trabalhos dentro de um limite adequado. “Ajustar meios de minimizar as perdas é primordial. O empresário perdendo, alguém também estará sofrendo em razão dessas mesmas perdas. O efeito dominó deve ser evitado por todos, buscando melhorar sempre a saúde das empresas”, o Dr. Akiyama relata.

Quando essas soluções não são realizadas a tempo, ou deixam de ser efetivas, a recuperação judicial pode parecer a última saída, mas quem pensa que esse é um processo simples se engana. Apesar da condução ser feita por um advogado, o procedimento depende de quase todos os setores da empresa, como administrativo, jurídico, financeiro, comercial e recursos humanos, sem contar que não é algo barato e isso também precisa ser considerado.

“Para que uma empresa decida pela recuperação judicial ou extrajudicial, deve se fazer antes um estudo de viabilidade, pois descumprindo o plano de recuperação há o risco de ser decretada a quebra pelo juízo. Porém, a empresa que entende essa opção como a saída para o endividamento que possui, deve decidir enquanto ainda possui algum recurso disponível para poder dar continuidade ao processo e suportar os custos que exigirá, não esquecendo que vai perder mercado e fornecedores”, informa.

Existem algumas diferenças entre a recuperação judicial e a extrajudicial. A recuperação judicial é postulada e formalizada a um juízo de falência. Já a extrajudicial é aquela em que o gestor, ao analisar a situação da empresa, contrata consultores especializados e advogados que possam apresentar um plano de recuperação sem a necessidade de ingressar em juízo. Ou seja, é um meio em que as partes (devedor e credores) buscam de forma equilibrada recuperar a empresa em situação frágil financeiramente.

 



Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. Para mais informações acesse http://www.akiyamaadvogadosemsaopaulo.com.br/ ou ligue para  (11) 3675-8600. E-mail akyama@akiyama.adv.br

 

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