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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Candidatos "ficha suja" podem se beneficiar com a mudança de data do regis tro de candidatura

 

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“Cuidado com candidatos ficha suja nas eleições deste ano”. Este é o alerta do professor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor em Ciências Jurídico-Políticas, Rodolfo Viana, um dos debatedores da videoconferência “Registro de Candidatura”, do 1º Congresso Brasileiro de Direito Eleitoral (Conbrade), no dia 6 de agosto.

O docente explicou que o adiamento das datas do processo eleitoral, pela Medida Constitucional nº 107/2020, também ampliou o prazo de cumprimento de penalidades em mais de um mês, já que a data anterior para registro de candidatura era 15 de agosto e foi transferida para 26 de setembro. “Aqueles políticos ‘ficha suja’ que cumprirem a penalidade nesse intervalo poderão apresentar seus nomes para a disputa dos cargos eletivos de prefeito ou vereador”, ressalta.

Seguindo uma tendência das eleições majoritárias de 2018, o professor também projeta um aumento significativo do número de candidatos oriundos do serviço público, já que o prazo de descompatibilização das atividades – uma das exigências a serem cumpridas para o registro da candidatura – foi transferido para 15 de agosto. Na mesma linha, comentaristas de rádio e TV e comunicadores poderão se afastar de suas atividades após essa data, segundo as novas regras definidas para as eleições de 2020.

Prestação de contas

Uma candidatura política, qualquer que seja, é um processo burocrático no qual a prestação de contas é fundamental e vale não apenas para os políticos que já têm uma carreira pública, mas também para os milhares de candidatos que decidem exercer o direito de serem eleitos, em todo o país. Segundo a advogada e professora de Direito Eleitoral, Anna Paula Mendes, a decisão de não prestar contas pode gerar danos colaterais para o indivíduo que tentar se candidatar novamente.

“As contas julgadas pela justiça eleitoral, e que não foram prestadas, são um problema que atinge milhares de candidatos, entre os quais as mulheres que são usadas para o cumprimento da cota de 30%, e outros tantos que têm menor poder econômico ou nível de instrução e que pensam que, porque não tiveram uma grande movimentação e não receberam recursos públicos para financiamento de campanha, não precisam prestar contas”, adverte.

Entre outras penalidades pessoais, esta falha pode afastar o cidadão da vida política de forma definitiva já que, mesmo que ele corrija o problema em algum momento da atual legislatura, ficará impedido de concorrer a cargo eletivo por um período de quatro anos porque não terá acesso à certidão de quitação eleitoral, um dos requisitos obrigatórios para o registro da candidatura.

Também participaram da videoconferência, o advogado e procurador do município de São Luiz (MA) e ex-desembargador do TSE/MA, Daniel Leite e a advogada e professora, Juliana Freitas.

Conbrade

O 1º Conbrade é uma iniciativa da Associação Mineira de Defesa dos Direitos do Advogado - Artigo Sétimo, com apoio institucional da Escola Judiciária Eleitoral do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep).

Finanças em crise em plena pandemia?

 

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Momento de flexibilização pede um replanejamento financeiro para dar conta das despesas que, muitas vezes, já apontam voltar para valores de antes do "novo normal"

A pandemia, desde que se alastrou no Brasil em março, trouxe com ela uma grande crise econômica. Como reforço, o decreto do distanciamento e isolamento social, obrigou muitas empresas a fecharem as portas, e consequentemente, abriram falência ou demitirem grande parte de seus funcionários, fato que deixou a população apenas com parte ou nenhuma renda, dependendo do auxílio emergencial do Governo para equilibrar as contas.

Com um cenário que já não era dos melhores, mas que vem piorando ao longo dos meses, o desemprego de quase 13 milhões de pessoas é uma dura realidade. Agora, com a flexibilização em vários estados do Brasil, um novo acontecimento tem preocupado a população. Descontos concedidos aos consumidores durante o ponto alto da quarentena para o pagamento de aluguel, escola, faculdade, entre outras dívidas começam a ser cancelados. E essa retomada a fórceps dos valores das contas que não param de chegar tem feito as pessoas buscarem um por replanejamento financeiro.

Existem alguns fatores essenciais para começar a essa mudança na forma de lidar com o dinheiro. São eles: 

Faça uma análise da sua situação financeira – Veja qual está sendo o seu rendimento mensal, e quais estão sendo os gastos necessários. Separe as contas de luz, água, telefone, e as compras essenciais do mês, para fazer um balanço e se possível, faça projeções de médio a longo prazo de acordo com sua situação financeira.  Além disto, marque em um caderno ou em uma planilha todos os pagamentos, para ter maior controle da situação.

Negocie suas dívidas – Contas de luz, água e telefone não param de chegar a todo mês, e por isso, é importante negociar. Além disso o Governo criou a Tarifa Social de Energia Elétrica, que concede descontos nas contas de energia de quem possui baixa renda.

Em casos de aluguel, converse com o proprietário do imóvel explicando sua situação, se preciso mostre extratos bancários para mostrar a renda neste momento, e tentem chegar a um consenso. Os proprietários, muitas vezes, podem negociar para não perder, por isso uma boa conversa é sempre válida.

Pesquise o melhor preço para os produtos – As compras de casa são essenciais, mas é importante pesquisar a diferença dos valores dos produtos em diferentes estabelecimentos. De um mercado a outro, pequenos valores podem fazer a diferença no final.  Além disso, é importante fazer uma lista de compras antes de sair de casa, para adquirir somente o necessário.

Se puder, faça uma reserva financeira – O momento não está fácil para guardar dinheiro, mas se possível, junte o mínimo que conseguir. Um valor X guardado em uma poupança, pode fazer a diferença Y na hora do aperto.

Faça um planejamento semanal ou mensal – Você faz compras mensais ou semanais? Que dia vence o pagamento das contas? Faça um planejamento sobre as melhores datas para pagar as contas e fazer as demais despesas necessárias para a sua casa, família e para você. Revise seus hábitos de gastos e coloque os orçamentos em ordem para que o impacto da pandemia seja menor.

O planejamento é essencial para conseguir dar conta das necessidades deste momento, a crise é temporária, mas demanda de uma atenção especial e necessária sempre. Cuide de sua saúde financeira porque ela certamente vai colaborar com sua saúde mental. Pense nisso.

 

Dora Ramos - consultora contábil com mais de 30 anos de experiência. Empreendedora desde os 21 anos, é CEO da Fharos Contabilidade e Gestão Empresarial. Está há mais de 20 anos na jornada do autoconhecimento, é terapeuta holística, além de trabalhar também com PNL, aromaterapia, massagem, reiki e outras terapias de reconexão.

 

Brasileiros que vivem no exterior podem requerer auxílio doença por Covid-19

 Especialista explica passo-a-passo para conseguir o benefício morando em outro país.

 

Uma preocupação dos brasileiros que residem no exterior neste momento de pandemia é com relação ao requerimento de auxílio doença ao contrair o Covid-19. Afinal, é possível ter este benefício vivendo em outro país? A advogada especialista em Direito Previdenciário Internacional, Fátima Domeneghetti, explica que, se a pessoa foi positivada pelo Coronavírus e ficou incapacitada para realizar suas atividades profissionais por mais de 15 dias, pode requerer o benefício.

“Inicialmente, é importante ressaltar que o benefício de auxílio-doença é concedido aos segurados que estão incapacitados temporariamente de realizar qualquer atividade profissional em virtude da doença acometida. Mas, será necessário comprovar, com atestados médicos, teste positivo da contaminação pelo Coronavírus, e, principalmente, deverá comprovar o período desta incapacidade para, então, ter o benefício concedido”, observa.
 
Como ocorre o auxílio-doença no exterior
 
É preciso estar atento a algumas situações antes de requerer o benefício de auxílio-doença. Fátima Domeneghetti dá algumas orientações:



1)  O primeiro passo é verificar se o país em que a pessoa está residindo possui Acordo Previdenciário com o Brasil. Se possuir, é necessário verificar se o acordo prevê o benefício de auxílio-doença. Atualmente, os países que prevêem o auxílio-doença no Acordo Previdenciário são os seguintes: Cabo Verde, Chile, Espanha, França, Grécia, Itália, Luxemburgo e Portugal. Também está previsto nos Acordos Multilaterais: Ibero-americano e Mercosul.



2) É fundamental estar com em situação regular no país em que estiver residindo.



3) Como no Brasil há uma carência de 12 meses para requerer o benefício, se o brasileiro não possuir esse período, ele pode utilizar o período que trabalhou no exterior para completar os meses faltantes para ter a concessão do benefício.



4) O requerimento do auxílio-doença é feito por meio dos Organismos de Ligação, sendo os locais disponibilizados no site do INSS.  Dessa forma, o segurado terá que ir até o Organismo de Ligação e preencher um formulário. Posteriormente, a documentação será encaminhada a chefia do Serviço de Saúde do Trabalhador da Gerência Executiva do INSS, para que providencie a perícia médica, com intermédio do Consulado.



5) O segurado deve realizar a perícia no país estrangeiro e toda a documentação é enviada para o Organismo de Ligação Brasileiro que realizará o andamento do requerimento, para a concessão do benefício. Concluído o processo administrativo, a documentação é devolvida para o país em que o segurado se encontra. E o valor do benefício é transferido para o país estrangeiro.


 
Países que não possuem Acordo Previdenciário Internacional com o Brasil
 
A advogada explica que, para os brasileiros que estão em países que não possuem Acordo Previdenciário Internacional com o Brasil, a forma de requerimento é diferente. Neste caso, o segurado deverá preencher um formulário de solicitação do benefício e enviar para a Coordenação de Acordos Internacionais - Cainter. Posteriormente, a Cainter solicita ao Itamaraty a indicação de um médico habilitado para realizar a perícia médica.

Assim, o Consulado Brasileiro informará ao segurado o dia da perícia médica e posteriormente encaminhará toda a documentação para o INSS. O INSS concedendo o benefício, o prazo de afastamento será de 90 dias, podendo ser prorrogado por no máximo 90 dias.

Passando esse período, se for necessitar de uma nova prorrogação, é necessário o deslocamento do segurado ao Brasil para a realização da perícia médica.

 

Valor do benefício
 
O valor do benefício será calculado de acordo com as contribuições realizadas no país em que for requerido o benefício, sendo que o Acordo Previdenciário apenas permite utilizar o tempo de contribuição e não os valores de contribuição.

"O Acordo Previdenciário Internacional possui várias particularidades e depende muito dos países acordantes. Por isso, antes de requerer o benefício de auxílio-doença, é importante consultar um advogado especialista para verificar o que está disposto no Acordo Previdenciário, como o período de carência, forma de computo e cálculo do benefício, para conseguir o benefício de forma mais vantajosa”, observa Fátima.




 
Domeneghetti Advogados Associados

 

A explosão no porto de Beirute e a importância das características químicas no armazenamento

A cena que tomou conta dos noticiários e das redes sociais nos últimos dias veio da capital do Líbano. Uma grande explosão ocorrida em 4 de agosto, no porto da cidade de Beirute, causou a morte de mais de cem pessoas e deixou pelo menos cinco mil feridas. Imediatamente a atenção se voltou para as causas do ocorrido e quais as circunstâncias que permitiram uma tragédia de tamanha proporção.

A partir das informações apuradas até o momento, o produto químico responsável foi o nitrato de amônio, um sal inorgânico cuja coloração pode variar do branco ao marrom dependendo do grau de pureza. Esse composto é produzido e comercializado mundialmente em grandes quantidades, tendo em vista a aplicabilidade e a elevada demanda. Além disso, o potencial explosivo o torna uma matéria-prima interessante para a fabricação de explosivos. O uso mais evidente do nitrato de amônio ocorre na agricultura para a fabricação de fertilizantes e alguns tipos de agrotóxicos, o que demanda o estoque e processamento de grandes quantidades do material. A composição química o torna vantajoso para a mistura NPK (produto fertilizante que fornece nutrientes essenciais às plantações), pois fornece ao mesmo tempo o nitrito e o nitrogênio amoniacal que são importantes para o desenvolvimento das plantações.

Considerando o ocorrido no porto de Beirute, naturalmente o principal questionamento refere-se à segurança em relação ao nitrato de amônio. Entretanto, é preciso destacar que o composto é seguro desde que as condições corretas de estocagem e transporte sejam seguidas ao longo do processo produtivo. Os locais em que o produto fica armazenado devem contar com mecanismos protetores contra incêndios, além da localização que deve ser distante de fontes de calor. Em razão das propriedades químicas, o material não deve ser acumulado nos locais de armazenamento, mas sim distribuído em vários locais contendo menores quantidades.

O nitrato de amônio não possui a capacidade de explosão espontânea, de forma que os principais motivos para que acidentes ocorram estão relacionados à ausência de medidas de segurança compatíveis com as características químicas do produto. Diversos produtos químicos são estocados para alimentar processos produtivos, muitos deles com capacidade de causar grandes acidentes. Desta forma, são estabelecidas normas internacionais e até regulamentações nacionais para o correto armazenamento e transporte de produtos químicos considerando as propriedades físico-químicas, ou seja, a inflamabilidade, a reatividade e a capacidade de causar explosões. O fato é que o tipo de armazenamento e a presença de outras substâncias químicas podem ser incompatíveis, condição ainda mais crítica para produtos com elevada reatividade.    

Para que o nitrato de amônio cause explosão é necessário um aquecimento excessivo ou a presença de chamas nas proximidades, o que pode reforçar as informações iniciais de que um incêndio teria sido a causa. O caso ainda precisa ser investigado pelas autoridades competentes, entretanto, a cada novo desdobramento ficam mais claras as situações de negligência. Entre os problemas identificados o acúmulo do material em uma quantidade muito superior àquela recomendada e a falha ou ausência de mecanismos para o controle de incêndios, podem ter sido determinantes para uma explosão de tamanha proporção.




Augusto Lima da Silveira - coordenador dos cursos Saneamento Ambiental e Gestão em Vigilância em Saúde na modalidade a distância do Centro Universitário Internacional Uninter. É formado em Química Ambiental e licenciado em Química.


Rodrigo Berté - diretor da Escola Superior de Saúde, Biociências, Meio Ambiente e Humanidades do Centro Universitário Internacional Uninter e Pós Doutor em Educação e Ciências Ambientais pela Universidade Nacional de Ensino à Distância (Madrid-ES UNED).

 

Detran.SP lança cartilha de serviços digitais

 Material orienta o cidadão a fazer serviço de forma on-line, sem sair de casa


 

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran.SP) lança nesta sexta-feira (07) uma cartilha com orientações aos cidadãos sobre os serviços online mais procurados pelos canais digitais: o portal e aplicativo - Detran.SP. Para ter acesso ao material, basta entrar no site - www.detran.sp.gov.br ou clicar aqui.   

O presidente do Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto, explica o objetivo da divulgação. “A cartilha é mais uma ferramenta que o Detran.SP disponibiliza, de forma clara e direta, para esclarecer as principais dúvidas dos serviços digitais. Para atender aos anseios de uma sociedade cada vez mais conectada, não mediremos esforços para oferecer soluções inovadoras, que tragam comodidade e autonomia aos usuários”. 

Nos últimos meses, o órgão ampliou em 48% os serviços digitais. Entre as 64 opções ofertadas, estão, por exemplo, a renovação simplificada e segunda via da CNH, licenciamento, transferência, registro e liberação de veículos, consulta de multas e de pontuação na CNH, indicação de condutor, pesquisas de peças usadas, Centros de Formação de Condutores (CFCs) e de Empresa Credenciada de Vistoria (EVC), entre outros.  

Para tirar dúvidas e obter mais informações sobre casos que não estejam enquadrados nos serviços online já disponíveis, o Departamento mantém o canal de atendimento “Fale com o Detran”, também por meio do portal ou aplicativo. Intuitivo e totalmente gratuito, o app pode ser baixado nas plataformas Android e iOS e permite ao cidadão realizar os serviços com toda segurança, de forma cômoda e rápida pelo celular.  

Cada vez mais digital, o Detran.SP, em parceria com a Prodesp (empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo), investe em tecnologia para entrar definitivamente na rotina das pessoas, 24 horas por dia, sete dias na semana, na palma da mão de mais de 50 milhões de paulistas. 


Salário-maternidade não deve ter incidência de contribuições previdenciárias

 Decisão é emblemática para a proteção da mulher no mercado de trabalho, afirma especialista

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, em 4 de agosto, em plenário virtual, a inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade.        

O relator do recurso, ministro Roberto Barroso, entendeu que é inconstitucional a incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade, prevista no art. 28, § 2º, da Lei 8.212/1991, e a parte final do seu § 9º, “a”, que estabelecem que o salário-maternidade é considerado salário de contribuição e, portanto, integra a base de cálculo da contribuição previdenciária.

Segundo o artigo 7º, inciso XVIII da Constituição Federal, o salário-maternidade é um benefício previdenciário pago pelo INSS a todas as seguradas, seja em razão do nascimento ou adoção de filho, ou da guarda judicial para adoção.

“O julgamento se deu de forma favorável ao contribuinte para definir a natureza do salário-maternidade como benefício e consequentemente impedir sua tributação sobre a folha de salários, afastando sua incidência quanto às Contribuições para a Seguridade Social a cargo do empregador”, explica o advogado tributarista Eduardo Gonzaga Oliveira de Natal, sócio do Natal & Manssur Advogados. Sendo um benefício da Previdência Social, o salário-maternidade não é pago pelo empregador, mas pela União, não sendo considerada uma remuneração. “Por isso, não pode ser tributado como folha de pagamento”, esclarece o especialista.

A questão da igualdade de gênero também foi mencionada pelo relator, ministro Luís Roberto Barroso. Segundo ele, atribuir parte do ônus do afastamento da gestante ao empregador, por meio do pagamento de tributos, é discriminar a mulher no mercado de trabalho. “Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição”, afirmou.

Assim, foi decidido: “[...] Diante do exposto, considerando os argumentos formal e material, dou provimento ao recurso extraordinário, para declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade da incidência de contribuição previdenciária sobre o salário-maternidade, prevista no art. 28, §2º, da Lei nº 8.212/91, e a parte final do seu §9º, alínea a, em que se lê `salvo o salário-maternidade`, e proponho a fixação da seguinte tese: ´É inconstitucional a incidência da contribuição previdenciária a cargo do empregador sobre o salário-maternidade´. 

Para Eduardo Natal, a decisão é emblemática. “Tanto na proteção da mulher no mercado de trabalho, afastando o ônus que a coloca em desequilíbrio pela condição da maternidade, quanto na reafirmação do Supremo Tribunal Federal como Corte protagonista na defesa e proteção dos direitos fundamentais de equidade”, salienta.

 



Eduardo Gonzaga Oliveira de Natalsócio do escritório Natal & Manssur, Mestre em Direito do Estado – Direito Tributário – pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP). Pós-graduação em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/COGEAE). Pós-graduação em Direito Societário pela Fundação Getúlio Vargas (FVG/GVLAW). Especialista em Estratégias Societárias, Sucessórias e Tributação pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Sócio fundador do escritório há mais de 20 anos. Membro da Academia Brasileira de Direito Tributário (ABDT) e da International Bar Association (IBA). Autor do livro “A Dinâmica das Retenções Tributárias”.


Enfrentamento da violência doméstica e a solução inovadora de tratamento do agressor

A Lei Maria da Penha no. 11.340, foi sancionada em 7 de agosto de 2006, com o intuito de inibir os casos de violência doméstica no Brasil. O nome foi escolhido para homenagear a cearense Maria da Penha Maia Fernandes, que sofreu agressões do ex-marido por 23 anos, ficando paraplégica após uma tentativa de homicídio. O julgamento dos crimes contra ela praticados, demorou justamente por falta de legislação específica que punisse claramente os crimes de violência contra a mulher. Atualmente, a Lei Maria da Penha é considerada pela ONU uma das melhores legislações no combate à violência doméstica contra a mulher. Para a conscientização pelo fim da violência contra a mulher, instaurou-se o Agosto Lilás, na data da comemoração desta Lei.

Nesse mesmo viés, foi sancionada a Lei13.984/2020, que altera a lei Maria da Penha, obrigando os agressores a realizarem cursos em centros de reeducação e readaptação com acompanhamento de profissionais como psicólogos e assistentes sociais e equipe multidisciplinar. Essas medidas estão no rol da proteção urgente da vítima a partir da fase investigatória quando verificada a violência contra a mulher.

Claro que esta alteração visa a proteção das vítimas, mas também a educação dos agressores, contribuindo para a diminuição de reincidência, com proteção emocional do agressor permitindo um melhor convívio na sociedade e com sua família. A lei deixa claro que essa reeducação não impede o cumprimento de eventual pena a ser cumprida.

O que se observa ser comum nos casos de violência contra mulheres é eles acontecerem por escala, iniciando com agressões verbais e psicológicas, avançando para a violência física e podendo culminar em muitos casos na morte das mulheres, feminicídio, morte anunciada. Atitudes machistas ainda estão impregnadas na sociedade e essa readaptação visa a conscientização desses agressores, que na sua maioria tem enorme dificuldade em lidar com suas falhas. Esses atendimentos procuram gerar nesses agressores o entendimento de que eles NÃO têm direito de golpear suas companheiras e entenderem que isso é crime.

Alguns estados, como São Paulo e Mato Grosso, já adotam esta reeducação e acompanhamento psicossocial com bons resultados. Não podemos perder de vista que estes agressores, quando devidamente punidos, retornaram à sociedade. Daí a importância de cuidar desses agressores como forma de proteger diversas vítimas, com a oportunidade de reverem seu comportamento e adotarem novas condutas, o que é fundamental.

Segundo previsto na Lei Maria da Penha, o não cumprimento de medidas protetivas pode ensejar em um novo processo judicial, com prisão de até dois anos, com multa e a possibilidade da decretação da prisão preventiva.

O que temos observado é a pratica puramente punitiva aplicada pelo Direito Penal brasileiro, não tem impactando positivamente na diminuição da reincidência da violência doméstica e tão pouco na mudança de comportamento em práticas sexuais.

Já existia esta previsão legal, no art. 45 da Lei Maria da Penha, mas em fase judicial, ou seja, réu preso, o que agora também se aplica na fase policial como tentativa de prevenir novas agressões.

Parafraseando uma psicóloga, não existem monstros e sim seres humanos capazes de práticas monstruosas, mas quando olhados como pessoas, passam a se comportar como pessoas.

No Brasil, a cada quatro minutos duas agressões contra mulheres são registradas. Em 2018, foram registrados 145 mil casos dessa natureza conforme Sinan, sem a inclusão de vítimas fatais. A mulher dorme com o inimigo, já que esses registros também apontam que apenas 10% dessas agressões proveem de pessoas estranhas ao convívio a mulher

Pode parecer clichê, mas a mulher precisa procurar ajuda até para identificar se seu relacionamento é abusivo. A mulher não deve permitir ser tratada como propriedade e deve exigir respeito como ser humano que é. Não permitir que o homem tenha atitudes machistas para com ela e, muito menos, que a isole de seu ciclo de amizades, o que é comum, pois são os amigos e a família que podem ajudar a interromper esse ciclo. Ficar atenta a qualquer indício de maus tratos, sejam verbais, morais, psicológicos ou físicos também é essencial.

Precisam ser criadas maneiras seguras para prevenir, proteger e mitigar as consequências da violência doméstica contra as mulheres. Para isso, é preciso conscientizar os agressores, ampliar campanhas de conscientização pública - principalmente as voltadas para homens e meninos - e ampliar as redes de apoio e abrigo a essas mulheres, evitando a violência em todos os lugares, especialmente durante a quarentena e o isolamento, pois deixar mulheres presas em casa com um agressor por 24 horas diariamente é muito preocupante.

Recentemente o CNJ lançou uma campanha chamada “sinal vermelho”, para que as mulheres impedidas de pedir socorro se dirijam a farmácias com o pretexto de comprar um remédio e tenham um X em vermelho escrito na palma da mão. Com essa identificação, a farmácia fará a ligação para a polícia. Precisamos divulgar esta ação para que mulheres em situação de risco possam sair dessa violência.


Com intuito de combater a violência doméstica e repressão da criminalidade o governo lançou um protocolo nacional para peritos e policiais civis realizarem investigações e perícias nos crimes de feminicídio.  Além disso, recentemente foi sancionada a lei 14.022 que torna prioritários os serviços de proteção às vítimas de violência doméstica.

Embora a mudança venha ocorrendo, precisamos lembrar que a mulher esteve confinada dentro do lar por milênios, responsável pelas tarefas domésticas, com a função de esposa e mãe. Fatores morais e culturais impediam que elas abrissem mão destes serviços domésticos para trabalhar fora de casa e essa situação se se manteve por várias gerações em um estado de dependência e subordinação. Foi na segunda metade do século 19 (XIX) que mulheres iniciaram pequenas revoltas, reivindicando melhores condições de trabalho, direitos políticos e sociais e organizando-se em movimentos femininos operários protestaram na Europa e Estados Unidos.

As lutas ainda são reais, se estendendo até o fim do século XX. Uma marca profunda na história se deu quando o trabalho artesanal foi substituído pelas máquinas industriais e, o que consequentemente precarizou as condições do trabalho, em especial o feminino, já que considerava-se que as mulheres tinham capacidade produtiva inferior aos homens, por isso o trabalho era mais barato que o masculino. Dessa forma, as mulheres começaram a ser aceitas para o trabalho, em funções como tecedeiras e fiandeiras, ou seja, posições sem destaque.

 




Ana Bernal - Advogada Criminalista, especializada em Direito Penal e Processo Penal, Pós-graduada pela Pontifícia Universidade Católica - PUC/SP; Diretora Executiva da OAB/SP 116a. Subseção, como Secretária Geral ;Coordena o Núcleo de Ciências Criminais da OAB/SP 116a. Sub; Presidente da Comissão de Cultura e Eventos, da mesma Subseção; Diretora da Comissão de Direito Penal Econômico na Ordem dos Advogados do Brasil de 2015 a 2018, atua como advogada criminal na M R Bernal Sociedade Individual de Advocacia desde 2008, Leciona na OAB vai à Escola, Autora de diversos Artigos Jurídicos Publicados em Jornais e Revistas de destaque; Colunista da Revista Ícone 2012 a 2014;  Palestrante; Consultora gestão de riscos;  Participação frequente em entrevistas de TV e Rádio, como fonte de consulta dos Meios de Comunicação Social; Membro da Academia Brasileira de Arte Cultura e História de 2011 a 2014.


No Brasil, três em cada quatro apoiam restringir número de dias que crianças vão à escola por semana

Maioria dos entrevistados prefere esperar pelo menos quatro meses antes de mandar os filhos de volta às aulas


Na opinião dos brasileiros, no momento atual, as crianças e adolescentes deveriam comparecer ao colégio presencialmente com menos frequência do que o período tradicional semanal, de segunda à sexta-feira. Este é o resultado mais recente do estudo Ipsos Essentials, conduzido com entrevistados de 16 países. Dos 1000 respondentes no Brasil, 74% apoiam a medida de restringir o número de dias que os estudantes devem ir às aulas.

Coreia do Sul (83%), Índia (81%) e México (80%) são as nações que mais endossam a ideia. Por outro lado, nos europeus França (42%), Itália (44%) e Alemanha (46%) menos da metade concorda com a restrição da frequência em sala de aula.

O levantamento apontou também a expectativa do tempo que as populações julgam adequado esperar para que suas crianças voltem aos estudos em segurança. No Brasil, 24% dizem que se sentiriam confortáveis em mandar os filhos de volta à escola apenas daqui 4 a 6 meses. Em segundo lugar, com 20%, está um período ainda mais longo: de 7 a 12 meses. Com 17%, o prazo entre 1 e 3 meses ficou no terceiro posto. 13% só estariam confortáveis após um ano e, por último, somente 4% mandariam suas crianças ao colégio já no próximo mês.

Um em cada cinco brasileiros (18%) não soube responder à pergunta; e 1% disse que os filhos já estão frequentando a escola presencialmente. Considerando os 16 países avaliados, o único onde mais da metade disse que suas crianças já voltaram às aulas é o Japão, com 60%. Em seguida vêm a França (47%) e a Alemanha (45%).


A pesquisa on-line Ipsos Essentials foi realizada entre os dias 17 e 20 de julho com cerca de 14.500 adultos, de 16 a 74 anos, em 16 países. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 p.p..

 


Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


Setor de serviços registra retração de 20,1% em maio

De acordo com a FecomercioSP, segmentos de Turismo e de pequenas empresas da capital paulista foram os mais afetados pela crise

 

Em razão das medidas de isolamento social para frear a disseminação do coronavírus, o setor de serviços na cidade de São Paulo registrou queda de 20,1% no faturamento real em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS). O faturamento do mês foi de R$ 27,5 bilhões, o que representa R$ 6,9 bilhões a menos do que o registrado no mesmo período em 2019. No acumulado do ano, o recuo foi de -6,4%. Em contrapartida, nos últimos 12 meses, o balanço ainda está positivo (5,9%), com a contagem dos meses anteriores à quarentena.
 
De acordo com a FecomercioSP, mesmo com os esforços do Poder Público ao liberar crédito para os pequenos empresários, os estabelecimentos de serviços vêm sendo fortemente impactados pela atual crise gerada pela pandemia.
 
As empresas de Turismo, Hospedagem, Eventos e Assemelhados foram as que registraram o pior desempenho, com queda de 87,1% em suas receitas no comparativo com o mesmo mês de 2019. O segmento apresentou um faturamento de R$ 698 milhões inferior ao que foi registrado em maio do ano passado. Em relação ao acumulado no ano, a atividade sofreu queda de 40,8%. Em números absolutos, significa uma perda de 1,6 bilhão.  Muitas empresas cancelaram eventos e reuniões presenciais, afetando diretamente o setor na cidade de São Paulo, que é reconhecido pelo turismo de negócios.

Na sequência, estão as micros e as pequenas empresas de serviços, enquadradas no regime do Simples Nacional na capital, que registrou baixa de 63,6% nas suas receitas, na comparação com maio do ano passado, perda de R$ 2,8 bilhões. No que tange ao acumulado no ano, as empresas desse regime tributário registraram queda de 37,8%, com perda de R$ 7,9 bilhões.  Mesmo com a retomada das atividades, grande parte dos bares e restaurantes estão nesse grupo e, mesmo com a realização de entregas por delivery, não conseguiram manter suas receitas nos mesmos patamares. 
 
A Entidade recomenda que os empreendedores tenham um planejamento financeiro estruturado nessa retomada gradual das atividades; se mantenham mais próximos dos clientes e informem sobre novos serviços, promoções e os protocolos sanitários que estão implantando, para que os consumidores se sintam seguros em contratar e/ou comprar. A integração da atividade do estabelecimento físico a uma plataforma digital, como por exemplo, os aplicativos de entrega, é uma tendência que veio para ficar.


 
Nota metodológica


A Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) é o primeiro indicador mensal de serviços em âmbito municipal. Utiliza informações baseadas nos dados de arrecadação do Imposto sobre Serviços (ISS) do município de São Paulo por meio de um convênio de cooperação técnica firmado entre a Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo e a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). O indicador conta com uma série histórica desde 2010, permitindo o acompanhamento do setor em uma trajetória de longo prazo. As atividades foram reunidas em 13 grupos, levando em conta as suas similaridades e a representação no total do que é arrecadado de ISS no município. A pesquisa é referente ao município de São Paulo, mas, considerando a sinergia entre os municípios do entorno, os resultados refletem o cenário da região metropolitana.


Deputados querem transparência de gastos mesmo em calamidade pública

Deputados Ed Thomas, Tenente Coimbra, Adriana Borgo, 

Sargento Neri, Leticia Aguiar, Márcio Nakashima e Coronel Telhada
Divulgação PDO

 

Projeto de Promoção da Transparência tem coautoria da deputada Leticia Aguiar e demais membros do grupo PDO


Projeto de lei, idealizado pelo deputado estadual Bruno Ganem (PODE), propõe instituir a Política Estadual de Promoção da Transparência, no âmbito da Administração Pública Estadual direta e indireta, com o objetivo evitar a prática de atos lesivos ao patrimônio e ao erário público, o projeto recebeu apoio e assinatura de coautoria da deputada estadual Leticia Aguiar do (PSL), e de mais outros nove deputados membros do Grupo PDO – Parlamentares em defesa do Orçamento.

Pelo projeto 468/20, a Promoção da Transparência deve ser instituída para impulsionar o aperfeiçoamento da divulgação de informações e fortalecer os métodos e sistemas de controle, com o objetivo final de dificultar a prática de atos lesivos ao patrimônio e ao erário público.

Em emenda proposta pelo grupo PDO, foi incluído um artigo para que as determinações da lei sejam também aplicadas nos casos de decretação de calamidade pública, isso porque o grupo que foi criado para acompanhar os gastos emergenciais do governo do Estado de São Paulo, durante a pandemia da Covid-19, entende que não se pode dar superpoderes para o chefe do poder executivo, mesmo num momento em que a saúde precisa, ainda mais, de atenção. 


“Meu objetivo é de que o governo faça os investimentos necessários, mas com responsabilidade e prestando contas, afinal, estamos falando do erário público, o dinheiro que pertence ao contribuinte”, explicou a deputada estadual Leticia Aguiar PSL

Sempre é louvável que se verifique a necessidade de que o poder público preste contas através da publicidade das compras efetuadas sem licitação.

Para a deputada Leticia Aguiar (PSL) mesmo em períodos de Calamidade Pública as verbas públicas precisam ser investidas com responsabilidade e transparência. “Por isso acrescentamos o artigo para que mesmo em momentos como este que estamos vivendo, o uso do dinheiro público seja perfeitamente fiscalizado e amplamente divulgado”, disse a parlamentar.

A proposta visa a padronizar as boas práticas de transparência ativa e passiva na Administração Pública Estadual direta e indireta, fomentando a cultura de disponibilização de informações públicas de forma simplificada no Estado.

Na justificativa do projeto o deputado Bruno Ganem destacou que: “São comuns as reclamações de cidadãos que têm o acesso a informações públicas negadas, ou que sofrem com o descumprimento de prazos pelos órgãos, além dos casos em que os dados são disponibilizados de forma ininteligível”.

Outro ponto reforçado no projeto é o uso inteligente de ferramentas tecnológicas para conferir maior agilidade e economia de recursos para o desenvolvimento das atividades dos órgãos públicos, que devem incorporar aos seus procedimentos os meios facilitadores que já estão disponíveis.

Além da deputada Leticia Aguiar (PSL), assinam como coautores do projeto os deputados estaduais: Sargento Neri (AVANTE), Márcio Nakashima (PDT), Coronel Nishikaea (PSL), Coronel Telhada (PP), Adriana Borgo (PROS), Ed Thomas (PSB), Edna Macedo (REPUBLICANOS), Conte Lopes (PP) e Tenente Coimbra (PSL).

 

3 DICAS PRECIOSAS PARA QUE A SUA EMPRESA PASSE BEM LONGE DA FALÊNCIA

  Pedidos de recuperação judicial cresceu 44,6% e a de falências decretadas, 71,3% em relação ao mesmo período de 2019.

 

O ano de 2020 que tinha tudo para ser um dos melhores anos economicamente falando, nos trouxe uma grande surpresa chamada COVID-19, junto dele uma crise econômica que vem se intensificando e consequentemente muitas empresas não estão conseguindo resistir. De acordo com o levantamento realizado pela Boa Vista SC PC, o número de pedidos de recuperação judicial cresceu 44,6% e a de falências decretadas, 71,3% em relação ao mesmo período de 2019.

E segundo especialistas a tendência é que esses números se elevem ainda mais ao longo do segundo semestre de 2020.

Porém realizar algumas ações como renegociar parcelamentos anteriores e reduzir custos devem ser consideradas para enfrentar a crise. Abaixo compartilho três dicas simples e práticas:

ENTRE EM CONTATO COM SEUS ATUAIS FORNECEDORES E RENEGOCIE PREÇO E PRAZO:  Se possível faça uma visita presencial, converse olho no olho e exponha suas necessidades, analise em conjunto todas as possibilidades de redução e de melhora do seu fluxo de caixa. Pequenos descontos junto a fonte “fornecedores” muitas vezes tendem a contribuir significativamente para o markup e o preço final do seu produto ou serviço, logo seu preço final tende a se tornar mais competitivo.  Caso contrário, bata na porta de outros possíveis fornecedores e analise novas parcerias.

CONVERSE MAIS COM SEUS CLIENTES: É muito comum encontrar empresários e empreendedores em uma busca constante por novos clientes, deixo aqui um alerta: faça um levantamento de todos os clientes que já foram atendidos por você, seja através de sistema, arquivo morto, enfim, você sabe a melhor maneira de fazer essa busca. Em seguida, monte uma estratégia de fazer contato com pelo menos 5 deles diariamente, faça os se sentirem lembrados, mostre a importância deles para você, ouça as necessidades e desejos dos mesmos. Com essa ação você terá informações o suficiente para alavancar o seu negócio.

REVISE TODOS OS SEUS PRODUTOS E SERVIÇOS OFERECIDOS ATUALMENTE: Com as informações coletadas na dica anterior, você terá condições de avaliar se os produtos e serviços oferecidos hoje fazem parte das necessidades atuais dos seus clientes.

Faça promoção com produtos parados em estoque, crie vendas casadas, faça parcerias com outras empresas. Ofereça coisas novas, afinal, todos nós adoramos “novidades”. Dê um passo para trás e enxergue seu negócio como um todo, se você fosse seu cliente você compraria da sua empresa? Lembre-se que são seus produtos e serviços que levam sua empresa para o sucesso ou para o fracasso. Seja criativo! Fortaleça a relação com seus clientes!

Espero que a sua empresa fique bem longe dos índices apresentados inicialmente com as dicas que compartilhei com muito carinho acima. Essas são algumas das ações que junto dos meus clientes executamos diariamente para o sucesso do seu negócio.

Lembre-se: Foque na gestão eficiente do seu negócio, busque pessoas capacitadas que possam lhe ajudar. Principalmente porque é em meio ao caos, que surgem as grandes ideias!

 

Odineia Silva - consultora e coach financeira

Marketing é ainda mais importante para a área da saúde durante o isolamento social

O nosso dia a dia já mudou de forma intensa com a pandemia e, pessoalmente, acredito que as coisas não serão como antes. Mudamos a nossa relação com as pessoas, com o trabalho e com a tecnologia também. Na área da saúde, em especial, há novas tendências a serem adotadas pelos profissionais, que serão opções interessantes para poupar o tempo dos pacientes também. Atualmente, é uma questão de necessidade, mas em breve será por conforto e praticidade.

Para a gestão de saúde, é fundamental acompanhar novidades que estão acontecendo, que vão além da qualidade técnica dos profissionais de clínicas, consultórios e hospitais e passa a ser também sobre como esses locais são vistos pelos possíveis clientes e de quais facilidades, e vantagens, é possível proporcionar em relação aos concorrentes.

A questão técnica sempre é fundamental, mas todas as pessoas vão a um determinado local já com essa premissa. No entanto, estudos apontam que os pacientes estão mais preocupados com outras variáveis, e uma delas é o marketing, área com grande deficiência no setor de saúde. Uma das justificativas para esse fator é que os conselhos dessas classes são rígidos em suas determinações, mas ainda assim é possível utilizar os meios de comunicação sem cometer infrações éticas e apresentar a empresa às pessoas.

Já durante e por conta da pandemia, o distanciamento social causa desgastes no faturamento das empresas. O marketing é uma forma de aparecer e ser lembrado na mente dos consumidores e a visibilidade geralmente é positiva.

Todos os profissionais da área da saúde precisam ter em mente que a gestão de um negócio tem protocolos que devem ser respeitados para alcançar um resultado positivo, seja no financeiro, no marketing ou na captação de clientes. Para isso, existem consultores especializados que podem auxiliar no planejamento e estratégias de comunicação da empresa, evitando partir para um campo negativo.

Dr. Éber Feltrim - Especialista em gestão de negócios para a área da saúde começou a sua carreira em Assis. Após alguns anos, notou a abertura de um nicho em que as pessoas eram pouco conscientes a respeito, a consultoria de negócios e o marketing para a área da saúde. Com o interesse no assunto, abdicou do trabalho de dentista, sua formação inicial, e fundou a SIS Consultoria, especializada em desenvolvimento e gestão de clínicas.

 

SIS Consultoria

https://www.sisconsultoria.net/

instagram @sis.consultoria

 

COVID-19, A DOENÇA QUE VIROU SINTOMA.

        No Brasil, em quase tudo, a diversidade de intuitos políticos perturba a difusão da informação. Há profissionais trabalhando para que os fatos sejam conhecidos, outros para que passem despercebidos, outros para que sejam permanentemente lembrados e outros, ainda, para que sejam registrados como lhes convenha. Vejam, por exemplo, o caso da Covid-19 ao tempo do ministro Luiz Henrique Mandetta. No começo da pandemia, ele era pressionado em sucessivas entrevistas coletivas para se contrapor ao presidente que cobrava por políticas que conduzissem a uma redução bem mais branda das atividades econômicas. Ele sorria e resistia àquela evidente pressão.

        Em longas tardes de quarentena, a nação recebia comprimidos diários de terror com os números que chegavam da Europa. Rodadas de informação e orientação iam sendo entregues aos fidelizados consumidores brasileiros desse conteúdo. Aos poucos, como se sabe, o ministro entrou em rota de colisão com o presidente da República. Bastou isso, com o vírus desembarcando em São Paulo, para o ministro se tornar o novo "queridinho" do jornalismo militante do país. Em pouco tempo surgiram pesquisas para afirmar que, cotejado com Bolsonaro, o ministro agradava a muito mais gente. Acompanhado por um séquito de técnicos, durante longas horas diárias, ele teve franqueada plateia em todos os grandes canais de News. Era o ministro da "ciência, disciplina, planejamento e foco". Falava em cadeia nacional. Deixou o ministério no dia 16 de abril aplaudido pela grande imprensa e entrou imediatamente na lista dos presidenciáveis de 2022.

        Nos grandes veículos, ninguém fala na desinformação semeada naqueles dias, nem nos danos causados. Densas nuvens de esquecimento caem sobre a recomendação para que fossem adiadas cirurgias eletivas e consultas, levando as pessoas a um "distanciamento horizontal" dos hospitais, clínicas, laboratórios, postos de saúde e consultórios médicos (1). Hospitais ficaram vazios e os profissionais desocupados. As pessoas se esconderam em casa, mas a integralidade de sua saúde ficou ao desabrigo. Ninguém fala da orientação para enfermos com sintomas de covid-19 só buscarem a rede de hospitais quando tivessem febre de 38 graus ou mais e sentissem falta de ar, sabidamente estágio em que a doença já adquiriu gravidade (2). Ninguém fala na desatenção ao tratamento precoce, este sim, de reconhecidos bons resultados e ainda hoje relegado por disputas ideológicas em torno dos medicamentos para essa finalidade. Ninguém fala, por fim, do imenso dano social e econômico causado pelo achatamento de uma tal de curva durante as muitas semanas em ela foi apenas uma reta horizontal. Ninguém queria ouvir a divergência...

        A covid-19 é uma doença, mas seu desenvolvimento no Brasil é, também, sintoma de enfermidades inerentes à desonestidade intelectual que caracteriza o modo como se faz política por estas bandas.

 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 



{C}(1)   https://brasil.elpais.com/brasil/2020-03-27/cancelamento-em-massa-de-exames-e-de-cirurgias-ate-para-cancer-abre-debate-sobre-medida-contra-coronavirus.html

{C}(2)   {C}https://brasil.elpais.com/brasil/2020-02-27/quando-procurar-ajuda-medica-por-sintomas-do-coronavirus.html

 

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Residencial incentiva que idosos levem seus animais domésticos no período de hospedagem

Aprofundando o processo de pet terapia, o Residencial Club Leger, para idosos, em São Paulo, vem incentivando que seus residentes levem seus animais domésticos para acompanhá-los durante o período de hospedagem. A medida visa estimular a afetividade e a sensação de aconchego que, principalmente, cães e gatos proporcionam. Além disso, pode ajudar no vínculo de amizade com os demais residentes, que passam a adotar o novo amigo no espaço.

É o caso da carioca Frances Cahn, que saiu da movimentada Copacabana para a quietude do Residencial Leger. Diante da pandemia e vendo-se impossibilitada de circular pelo bairro, decidiu, em comum acordo com o filho, ir para um local mais protegido e com todos os requisitos de segurança sanitária e saúde atendidos.

- No começo, confesso que fiquei um pouco assustada. Sair de Copacabana para um lugar assim causa sempre um impacto. Mas minha adaptação foi rápida. A atenção que recebemos aqui é primorosa e poder trazer o meu gato foi algo que ajudou muito. Hoje ele é uma mascote aqui do Residencial - diz Frances.

O gato de Frances, que atende pelo nome de Gatoncio, tem uma história peculiar. Nascido na Inglaterra, acabou sendo levado para Los Angeles (EUA), onde foi abandonado. Depois de passar um período numa instituição para animais sem dono, acabou entrando na fila de eutanásia. Até que o filho de Frances, que mora nos Estados Unidos, o adotou e o trouxe ao Brasil durante as férias.

- Aí, ele ficou comigo de vez. É uma companhia maravilhosa, muito carinhoso e amigo. Tanto é que virou uma atração aqui no Residencial. Ele virou o dono do lugar. Todo mundo quer fazer carinho nele - revela Frances.

A psicóloga do Residencial Club Leger, Daniela Bernardes, afirma que estudos apontam os benefícios que a Terapia Assistida por Animais, ou Pet Terapia, pode produzir à qualidade de vida dos idosos. Segundo ela, esse tipo de atividade permite exercitar aspectos como habilidades sociais, humor e cognição.

- Muito se fala sobre os benefícios que os animais representam na vida de cada um dos que se dispõem a ter um animal de estimação para partilhar bons momentos. Sabemos também que a disponibilidade de tempo, dedicação, cuidados e carinho são essenciais para que os animais escolhidos por nós possam desfrutar de uma boa vida conosco - revela Daniela.

O Residencial Club Legar, integrou aos seus quadros fixos um cachorro da raça golden retrivier como forma de permitir que seus residentes possam ter instantes de afeto físico, próximo e aconchegante. O Lord passou a ter uma importância essencial, principalmente nestes dias de Covid-19.

 

Depressão e transtornos psiquiátricos: os efeitos da COVID-19 na saúde mental

40% da população experimenta sintomas leves de ansiedade e 23% de depressão como consequência do isolamento social


Em 2030, a depressão será a principal causa de incapacidade

 

PRNewswire/ -- A Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou os transtornos mentais entre os mais incapacitantes do mundo[1]. O recente agravamento dos casos de depressão, ansiedade e suicídio foi tema do encontro virtual com jornalistas da América Latina "Saúde mental em tempos de pandemia", promovido pela Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson.

Especialistas da Espanha, Estados Unidos e América Latina alertam para a importância de dar visibilidade aos transtornos mentais, especialmente em populações vulneráveis como crianças, pacientes diagnosticados com problemas de saúde mental ou COVID-19 e profissionais de saúde. Estatísticas mostram que repercussões psiquiátricas durante a crise afetam 33%[2] dos pacientes internados com o novo coronavírus e 23%[3] dos profissionais de saúde.

Com o tempo, um padrão foi observado – o aumento de casos ou sintomas associados ao transtorno de ansiedade e depressão devido à falta de atividade e/ou distrações. "40% da população apresenta sintomas leves de ansiedade, 12% moderado e 4% grave. Em relação à depressão, 29% apresentam sintomas leves, 9% moderados e 5% graves[4]. No entanto, é importante diferenciar tristeza e depressão. Embora a tristeza seja uma emoção necessária e natural do ser humano, caso afete a família, o trabalho e o funcionamento social, um profissional de saúde deve ser consultado, pois pode se tratar de uma depressão", explica o Dr. Eduard Vieta, chefe de serviço de Psiquiatria e Psicologia do Hospital Clínic de Barcelona.

"Na Janssen, temos mais de 60 anos de experiência na área de neurociências e, por esse motivo, estamos cientes da responsabilidade que temos com a sociedade ao dar visibilidade à saúde mental. Também contribuímos com soluções para COVID-19 por meio de esforços no desenvolvimento de vacinas; há um mês, anunciamos o início da fase de estudos clínicos em humanos, mais cedo do que esperávamos", afirma Josue Bacaltchuk, Vice-Presidente de Assuntos Médicos da Janssen América Latina.

 

 

Janssen

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