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quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Dor crônica em tempos de pandemia

 Entenda porque aumentou na quarentena e como lidar com ela

  

Recentemente publicada pela Associação Internacional de Estudos da Dor (IASP), a nova definição para dor tornou-se descrita como: experiência sensorial e emocional desagradável associada a, ou semelhante à associada a dano tecidual real ou potencial. Ela se torna crônica quando não está mais associada a uma patologia específica, mas ao sistema nervoso.  

“Dor é a forma do corpo expressar que algo não vai bem. É a comunicação do sistema nervoso periférico (local afetado) e central (cérebro). Se o problema demora muito a ser resolvido, o nervo sofre danos e se comporta como um alarme que soa ininterruptamente. Por isso, se após o tratamento da causa da dor ela ainda persistir de um a três meses, indica que pode ter se tornado crônica”, explica Dr. Cezar de Oliveira, neurocirurgião especialista em coluna do Hospital Sírio-Libanês.

Uma pesquisa recente da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) revelou que 50% das pessoas que já sofriam com dores crônicas tiveram piora nos últimos quatro meses. A maior manifestação dessa dor entre os brasileiros está na região da coluna lombar, de acordo com informações da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS).  

“A pesquisa condiz com o que vemos em consultório, muitos pacientes estão sofrendo com aumento ou novos registros de dor. Isso pode decorrer de vivermos tempos de pandemia, em que naturalmente há um aumento de ansiedade, preocupações e mudanças na rotina que muitas vezes resultam em má postura e sedentarismo. O corpo reage com dor”, revela o especialista.  

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que cerca de 30% das pessoas no mundo são afetadas por dor crônica, que já é considerada questão de saúde pública. O Dr. Cezar reflete que “ela compromete a qualidade de vida do paciente, que muitas vezes se sente incapacitado de realizar suas tarefas cotidianas e acarreta uma série de outros impactos, como econômico, social, afetivo e psicológico”.

 

Como aliviar a dor crônica 

 

Para tratar a dor crônica com sucesso é preciso entendê-la. Essencialmente, se manifesta em três intensidades: leve, moderada e intensa. “A última chamamos de dor crônica complexa e intratável, onde medicamentos não funcionam e requer intervenções diretamente no nervo”, indica Dr. Cezar. 

Para casos leves, medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares podem ajudar. Atividades físicas e técnicas de relaxamento também podem colaborar para o alívio de tensões musculares que levam a quadros de dor.  

Já para os casos moderados a intensos, pode haver a necessidade de medicamentos mais fortes e intervenções cirúrgicas, como as minimamente invasivas. Entre elas:

 

Bloqueio e infiltração: consiste em injetar medicamento diretamente no nervo afetado, com auxílio de imagens por raio-x e anestesia local.

 

Rizotomia por radiofrequência: busca interagir com os nervos que causam dor para reprogramá-los ou danificar suas estruturas para evitar que continuem a causar dor. Com precisão absoluta e auxílio de ondas de calor, o procedimento atinge somente o nervo afetado e proporciona alívio imediato da dor.

 

“A melhor indicação estará associada ao histórico de saúde do paciente, por isso cada caso deve ser avaliado individualmente com o médico”, encerra Dr. Cezar. 

 

 


Dr. Cezar Augusto Alves de Oliveira – Neurocirurgião – Especialista em Coluna, é o chefe de equipes da Neurocirurgia nos hospitais: Sírio-Libanês, AACD, Hcor, Rede São Luiz, Edmundo Vasconcelos e Santa Catarina. Possui especialização pela Harvard Medical School, com Prof. Chief Peter M. Black; fez residência médica com especialização em cirurgia da coluna, no Departamento de Neurocirurgia do Centro Médico da Universidade de Nova Iorque, com o Prof. Dr. Paul Cooper; é Membro Titular da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia. Possui graduação pela Faculdade de Medicina de Campos (RJ) e cursou o Internato Eletivo em Neurocirurgia, no Instituto de Neurocirurgia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Instagram: @drcezardeoliveira  


Pesquisa mapeia o perfil do paciente com Esclerose Múltipla no Brasil

Estudo da HSR Health revela que 53% dos pacientes estão tendo impacto da Covid-19 no tratamento e 29% acreditam que doença evoluiu nesse período

 

A Esclerose Múltipla (EM) afeta 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo e, no Brasil, estimam-se, 15 casos para cada 100 mil habitantes. Apesar dessa prevalência e da gravidade da doença, há uma busca constando na evolução dos cuidados aos pacientes. Em 65% dos casos estudados, o diagnóstico da EM levou mais de seis meses para ser confirmado, após a aparecimento dos primeiros sintomas. Além disso, 42% das pessoas que sofrem com a doença, não estão satisfeitas com o tratamento. As constatações são da pesquisa Esclerose Múltipla - Perfil do Paciente, realizado pela HSR Health, empresa da holding HSR Specialist Researchers. O objetivo do estudo foi mapear o perfil de pacientes brasileiros, além de aspectos relacionados aos tratamentos, gerando um importante conjunto de dados para o Agosto Laranja, mês de conscientização sobre a EM.

A Esclerose Múltipla é uma doença autoimune, crônica e não contagiosa, que atinge o sistema nervoso central. No Brasil, em média, o estudo mostra que os pacientes têm 41 anos, sendo 74% mulheres e 26% homens. Ainda segundo o levantamento, entre pessoas que receberam o diagnóstico, 71% têm Esclerose Múltipla Remitente Recorrente (EMRR); 14%, Esclerose Múltipla Primária Progressiva (EMPP); 10%, Esclerose Múltipla Secundária Progressiva (EMSP); e ainda 5% não sabe o tipo da própria doença. A maioria recebeu o diagnóstico há oito anos.

A pesquisa mostrou o sentimento dos pacientes em relação à convivência e à perspectiva com a EM. No total, para 57% das pessoas, a doença causa um sentimento de preocupação constante. Já 54% sentem-se triste; 34%, tensos; e 28% se dizem bravos por estarem nas condições atuais, principalmente por se tratar de uma doença autoimune, degenerativa e ainda sem cura.

No que tange o tratamento, as injeções são utilizadas em 59% dos casos e 41% tomam comprimidos. O acesso ao tratamento se dá sobretudo pelas redes públicas. O Sistema Único de Saúde (SUS) responde por 60%. Já 21% dos entrevistados recorrem aos convênios e 19% pagam o tratamento do próprio bolso. Entretanto, apenas 42% dos pacientes estão satisfeitos com o tratamento atual, enquanto 37% estão insatisfeitos e 21% se dizem indiferentes.

Outro dado aponta que 41% das pessoas tiveram surtos da doença no último ano, com média de duas ocorrências. Em sua forma mais comum, a remitente-recorrente, se manifesta por meio de surtos esporádicos cujos sinais dependem da área acometida: cria dificuldades para caminhar, problemas na visão e desequilíbrio. Os efeitos colaterais do tratamento mais relatados são dor de cabeça, perda de cabelo, sintomas gripais, problemas no local da injeção e ganho de peso.

Covid-19 - Como em todos os segmentos, especialmente no da Medicina, a pandemia causada pelo novo coronavírus está afetando o dia a dia dos portadores de EM. Segundo o recente estudo, 29% acreditam que a evolução da doença aumentou nesse período. Além disso, 53% sofreram impacto no tratamento, com a ausência de fisioterapia (47%), falta de medicamento (35%) e ausência de consultas (35%). No período de isolamento social, 12% dos pacientes tiveram surto.

"Ao ouvir todos pacientes, entendemos que ter um rápido diagnóstico da doença e acesso ao tratamento são fatores que podem retardar a evolução da doença de forma significativa. A rede pública é onde a maior parte das pessoas busca acesso ao tratamento, mesmo com a demora na aprovação e que nesse intervalo tenha de pagar do próprio bolso. Os sentimentos relacionados à doença precisam ser lapidados e vigiados para a melhor convivência dos reflexos causados pela EM. Para quem acabou de ser diagnosticado, ouça e respeite seu médico neurologista, bem como faça todos os exames pedidos. Também é especialmente importante procurar um hospital com grupos para EM, para se cercar de pessoas que conhecem a doença a fundo ou convivem com ela, demonstrando superação", conclui Bruno Mattos, diretor da HSR Health e responsável pela pesquisa.


Metodologia - Para realizar a pesquisa Esclerose Múltipla - Perfil do Paciente, a HSR Health entrevistou, em junho, por meio de painel online, 80 pacientes de Esclerose Múltipla. A amostra inclui homens e mulheres de todo o Brasil. "Considerando a amostra composta apenas por pessoas com diagnóstico de EM, conseguimos uma amostra robusta para gerar dados relevantes e confiáveis, de acordo com os critérios para pesquisa na área da saúde", conclui Bruno Mattos.

 


SR Health

HSR Specialist Researchers

 


Colesterol alto é uma doença silenciosa e tem aumentado entre crianças e adolescentes


O aumento dos níveis de colesterol no sangue em crianças e adolescentes é algo preocupante. Há alguns anos, os exames que o controlam eram solicitados normalmente pelos médicos somente para pessoas com mais de 20 anos. Hoje, esta avaliação já começa a fazer parte da rotina de exames de adolescentes, crianças e até mesmo de bebês.

São vários os fatores que levam a esse aumento, mas um fato importante é que o estilo de vida atual tornou a garotada mais sedentária. Observamos, muitas vezes, que a atividade física foi substituída por vídeo games e computadores, a alimentação também ficou mais gordurosa e com um cardápio composto por fast foods, refrigerantes e comidas prontas. O grande vilão da nutrição, entretanto, têm sido os refrigerantes. Com altos índices de açúcar e sódio, são venerados pelas crianças e responsáveis por facilitar o aumento de gordura no organismo.

Para chamar a atenção da população neste Dia Nacional do Combate ao Colesterol, 08 de agosto, e também como um alerta aos pais, a Dra. Keyla Facchin Guedes, endocrinologista do Hospital Sepaco, explica mais sobre esta doença.

O colesterol é um lipídio (tipo de gordura) que funciona como componente estrutural das membranas celulares em todo corpo. “Podem ser classificados em dois tipos principais: o HDL, também chamado de colesterol bom, que transporta o colesterol das células para o fígado e fornece proteção contra o entupimento das artérias; e o LDL, conhecido como colesterol ruim, que causa o depósito da gordura nas artérias”, explica. 

Quando em excesso, o LDL é depositado nas paredes arteriais – vasos que levam o sangue para os órgãos e tecidos – e provocam seu entupimento, processo denominado arteriosclerose. Quando o acúmulo ocorre em artérias coronárias ou cerebrais pode levar ao infarto e ao AVC (Acidente Vascular Cerebral).

A prevenção da doença é simples: criar hábitos saudáveis nas crianças desde cedo com o estímulo de atividades físicas e uma alimentação balanceada. “Quanto aos doces e refrigerantes, eles podem ser consumidos sob controle dos pais. É possível escolher um dia na semana para que a meninada possa comer lanches, bolachas, etc. Não ter este tipo de alimento em casa, dificultando o acesso, também ajuda a criança a ingerir alternativas saudáveis, como sucos e frutas nos intervalos das refeições”, destaca a especialista

 



Sistema Sepaco de Saúde

www.sepaco.org.br

www.facebook.com/hospitalsepaco

 

Pesquisa aponta que apenas 19% planejam viajar ainda este ano e 49% têm planos, no entanto, só em 2021

Entrevistados destacam a Região Nordeste como o destino mais desejado nos planos de turismo no pós-pandemia


A Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing realizou em julho sua terceira edição da pesquisa Coronavírus e seu Impacto no Brasil. Esse levantamento foi realizado por meio de questionários online, entre os dias 16 e 21/07, e obteve 1.090 respostas, de todas as regiões do Brasil. Um dos focos desta terceira onda era abordar o sentimento geral da população em relação ao turismo.

Dados de julho da CNC (Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontam que o setor já acumulava perdas de R$ 122 bilhões até julho. Mais do que reabrir, porém, é importante saber quando e como fazer isso, de modo que as pessoas tenham confiança para voltar.

Apenas 19% dos entrevistados da pesquisa planejam com alguma convicção uma viagem de lazer ainda este ano. O restante ou ainda não pensa em datas ou só vislumbra essa possibilidade para 2021 - 41% dos entrevistados estão convictos de pegar a estrada ano que vem. “Nesse contexto, e ainda com muitas incertezas pairando sobre a abertura das fronteiras aos brasileiros, o destino mais mencionado é o Nordeste brasileiro, seguido da Europa, possivelmente porque lá a pandemia já arrefeceu em boa parte dos países”, destaca Silvio Silvio Pires de Paula, presidente e fundador da Demanda Pesquisa e Desenvolvimento de Marketing e vice-presidente do CRA-SP.

Ganhar a confiança do turista no pós-pandemia vai exigir muitas adaptações do setor. Cerca de 9 em cada 10 entrevistados elencam como muito importantes para sua decisão de se hospedar em um hotel daqui por diante fatores como: maior higienização dos ambientes, distribuição de álcool em gel ou exigência do uso de máscaras.

Até aí tudo bem, são medidas relativamente rápidas e de custo exequível. Mas também é igualmente altíssimo o patamar dos que não vão abrir mão de ambientes com lotação reduzida, ventilação natural ou serviços de restaurante sem exposição dos alimentos, entre muitas outras coisas. “Aí já estamos falando de desafios mais grandiosos, que vão exigir um planejamento cuidadoso dos operadores. Mas, como em tudo na vida, desafio se torna oportunidade para quem trabalha bem e consegue ser criativo”, prenuncia Ricardo Lopes, gerente de projetos da Demanda e coordenador do estudo.


Pandemia desanima, mas não impede brasileiro de planejar o futuro

O sentimento geral das pessoas com o momento da pandemia é de desânimo. Cerca de 3 em cada 4 (73%) se diz desanimado atualmente. Ao serem perguntados sobre o que mudou para pior ou para melhor do início da pandemia para cá, metade deles (49%) afirma que a vida mudou para pior no que diz respeito à vivência social e às oportunidades de lazer. Outros 37% sentiram piora no estado psicológico, em seu equilíbrio emocional. Em outro sentido, 41% observaram que melhorou seu engajamento em ações solidárias e 53% estão se relacionando melhor com suas famílias.

Muitos brasileiros fazem planos para quando a pandemia acabar e somam 70% os que pretendem viajar assim que possível. Outros planos muito presentes são rever familiares ou amigos (58% dos entrevistados) e retomar ou iniciar a prática de algum esporte (42%). Enquanto isso tudo não é possível, boa parte deles admite ter incorporado ou intensificado alguns maus hábitos. A ingestão de chocolates ou doces em geral brotou ou cresceu em nada menos do que 38% do público pesquisado. E o hábito de beber álcool agravou-se ou incorporou-se à rotina de 20% dos internautas brasileiros participantes da pesquisa.

 

 

Demanda

www.demanda.com.br


Brasileiros pretendem viajar já no final do ano, diz pesquisa

37,8% dos brasileiros pretendem viajar nos próximos 12 meses, e 55,4% preferem um destino nacional


Privado de viagens durante a pandemia, o brasileiro pretende viajar em breve. Mas, quais são seus destinos? E quais as medidas de segurança que vai priorizar das companhias aéreas e hotéis? Em estudo realizado em formato digital com mais de 1.300 brasileiros, sendo 61% mulheres e 39% homens, entre os dias 21 e 25 de julho, a Hibou, empresa de pesquisa e monitoramento de mercado, em parceria com a VPNY (Vou para New York) observou o comportamento das pessoas sobre viagens futuras.

Quase 4 entre 10 brasileiros disseram que pretendem viajar até agosto de 2021 (37,8%), já para 3 em cada 10 entrevistados, a vontade existe, porém não vão viajar (29,5%). Para 20,7% viagens ainda não estão decididas, e apenas 12% não querem, e nem pretendem tão cedo.

Para o Brasil ou para o exterior? Os destinos nacionais são os favoritos para pós-pandemia. 55,4% desejam viajar pelo país. 26,8% inclusive dentro de seus próprios estados de residência. Quando o assunto é viajar para fora, 16,9% desejam Europa, 8,9% América do Norte, 5,5% América Latina, 2,6% Oceania, 2% África e 1,7% Ásia. 8,8% não sabem ainda, e 2,6% outros locais.

"A viagem nacional volta ao cenário com força, pois muitos trajetos serão realizados de carro o que dá ao viajante a responsabilidade dos cuidados de higiene até chegar ao destino desejado.", comenta Ligia Mello, sócia da Hibou.

70% dos entrevistados gostaria de viajar com suas famílias e parceiros. Apenas 10,27% com amigos, 8,91% sozinho, 7,78% sozinha/o com os filhos.

Na hora de planejar uma viagem, mais de 54% dos brasileiros consideram a estação do ano, ou seja, o clima do local como fator determinante para a escolha do destino. Para quase metade, 43,6%, o orçamento é relevante, já a forma de pagamento impacta para 39,6%, 35,9% prefere que no roteiro caiba tudo que deseja conhecer naquele local, e apenas 33,2% levam em conta pacotes promocionais.

A maioria dos brasileiros se programa com antecedência para que a viagem ocorra como gostariam, 37,9% se programam entre 3 e 6 meses. 23,8% um ano antes. 19,3% entre 1 e 3 meses, 12.2% um mês antes, 4,2% mais de um ano antes, e 2,6% não gostam de viajar.

O tempo de viagem ideal médio segundo apontado pelo estudo é de 11 dias, com máximo de 90 dias e mínimo de 4 dias.

Mesmo sendo o sonho de consumo de muitos hoje em dia, existem preocupações inerentes a uma viagem no mundo atual e o que mais preocupa os brasileiros é o risco de contaminação (50%), seguido de problemas econômicos pessoais (33,5%), possibilidade de uma segunda onda do covid-19 (32,3%), a não garantia da higiene dos transportes, manuseio das malas, aeroportos (21,2%), ou ainda, por conta da pandemia, encontrar pontos turísticos fechados (14%). Por isso, para se hospedarem, os brasileiros se sentem mais seguros em hotéis de rede (44%). Outras opções são: (12%) hotéis independentes, (13%) casa de parentes, (18%) casa ou quarto de temporada, (9%) aluguel de imóvel via app, e apenas 3% hostel.

Entre os protocolos de biossegurança os 5 mais importantes na visão dos entrevistados são: 79,5% uso de máscaras por toda a equipe de atendimento dos locais e serviços. 69,4% obrigatório kit de higiene com álcool em gel. 58% desejam restaurantes sem aglomeração.55.9% disseram carros higienizados a cada viagem para transfer ou deslocamentos.54,3% querem bagagens higienizadas pelas companhias na chegada ao destino do passageiro.

Outros itens como individualização dos alimentos nos aviões, transações digitais evitando o uso do papel e separadores de acrílico, lista entre os demais itens desejados pelos brasileiros quando estiverem de viagem. Vale ressaltar que para viagens internacionais a disponibilização de um suporte em português no caso de sintomas do covid19 é desejado por 35,9%.

7 em cada 10 brasileiros não tinham viagens a desmarcar, e apenas 1,5% dos entrevistados viajou conforme havia planejado durante a pandemia. Os demais se viram adiando (10,3%) ou desmarcando por completo (15,9%) seus planos no período.

Já quando o assunto é a volta da normalidade os horizontes estão mais distantes que o desejo. Apesar do volume em torno da virada do ano, 27% acredita que as viagens nacionais só devem se normalizar após julho de 2021, e este número sobe para 39% falando das viagens internacionais.

"O brasileiro pretende viajar já à partir de Dezembro de 2020, e Janeiro de 2021 para destinos nacionais, ou seja, o pensamento de entrar em 2021 com novos ares já está na cabeça do brasileiro." complementa Ligia Mello, responsável pela pesquisa e fundadora da Hibou.

 

 

Hibou

consumo. http://www.lehibou.com.br

 

3 dicas para bons investimentos em redes sociais

A cada dia, é mais importante equalizar os investimentos em redes sociais, tanto para ampliar a distribuição do conteúdo, quanto para gerar mais engajamento e, consequentemente, mais resultados. Mas é sair gastando com todo post e sem critérios definidos pode não ser a forma mais assertiva de trabalhar. Saiba por quê.


Para ajudar empresas que estão começando a investir nas redes sociais e não sabem muito bem como equalizar os investimentos em anúncios e impulsionamento, a Viralizze Multimídia, empresa catarinense de Marketing Digital, separou três dicas preciosas. Confira:

 

Anúncios

Tem quem ache que é só sair fazendo anúncios e a questão da entrega e do engajamento estarão resolvidos. Segundo Marco Antonio Benedet e João Paulo Beckenkamp, sócios da empresa, os anúncios precisam fazer parte de um planejamento maior da empresa. “Sim, anúncios geram maior visibilidade, maior alcance e, consequentemente, podem aumentar o engajamento. Mas é preciso que haja um planejamento consistente, com imagens, conteúdo e stories em sintonia com seu público”, explica João Paulo.

Marco Antonio lembra: “muita gente tem medo de investir em anúncios por não acreditar que dá resultado. Só que quando falamos em empreender, o medo tem mais poder de te paralisar e fazer com que seus projetos e sonhos não aconteçam do que o contrário. Anunciar faz parte de uma nova forma de vender o negócio e precisa estar em uma estratégia muito bem desenhada, por isso uma agência é tão importante”.

 

Compra de seguidores

Os sócios compartilham a mesma opinião: “não caia no conto da compra de seguidores”! Hoje em dia, existem muitas ofertas para compra de milhares e até milhões de seguidores para o Instagram com preços bastantes acessíveis. Se essa estratégia fosse a mais assertiva, bastava investir e estava tudo certo, não é mesmo? “Quando compramos seguidores, conseguimos atrair, na grande maioria, perfis inativos, fakes, que não engajam, atrapalham sua conta, e podem, muitas vezes, até fazer com que ela seja excluída”, explica Marco.

Segundo os sócios, a falsa ideia de que, com muitos seguidores, você terá mais autoridade ou alcance, acaba fazendo com que muitas marcas invistam nos perfis, mesmo sendo fakes. “Mas eles podem dar muito mais dor de cabeça do que qualquer avanço positivo”, lembra João Paulo, que lembra: “deixar um link de direcionamento para o Whatsapp ou Landing page na BIO e criar posts patrocinados e segmentados para o seu público, usar o ‘arrastar para cima’, se possível, são os melhores caminhos para ganhar mais seguidores e realmente engajar”.


Impulsionamento

Ah, o mito do impulsionamento. Há quem acredite que dinheiro investido é dinheiro ganho. E não é bem assim. Segundo os gestores da Viralizze Multimidia, anunciar no Instagram vale a pena quando, ao mesmo tempo, sua empresa produz conteúdo relevante, gera engajamento, cria relacionamento e amplia sua rede. Criar um anúncio frio, sem segmentação ou ter um perfil puramente comercial não vale a pena. Ou seja, é preciso estratégia, e assertiva, que contemple todas as ferramentas possíveis e use o melhor de cada uma delas.

 

 

Viralizze Multimídia 

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Volta às aulas: como deve ser a atividade física na escola para garantir segurança diante do Covid-19?

Volta às aulas: como deve ser a atividade física na escola para garantir segurança diante do Covid-19?

A discussão sobre a volta às aulas no País, mesmo sem uma vacina contra o Covid-19 aprovada, traz à tona o debate sobre medidas de segurança que reduzam o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Entre as atividades que merecem atenção, segundo a cardiologista infantil e médica do exercício e esporte do Hospital Edmundo Vasconcelos, Silvana Vertematti, está a prática de exercícios, comumente realizada em grupos nas aulas de educação física ou no recreio.

A médica explica que as crianças têm protagonismo na transmissão de infecções virais, e mesmo que no caso específico do novo coronavírus ainda existam dúvidas sobre isso, é preciso muita atenção e supervisão para minimizar os riscos no ambiente escolar. “Considerando todos os fatores que envolvem o convívio social e transmissão viral entre crianças e adolescentes, é necessário cuidado, principalmente entre os menores que são um grupo de mais difícil controle de hábitos. Por isso, frisamos a importância da supervisão da escola, especialmente nestes momentos de maior liberdade e contato”, conta.

Uma das principais medidas a ser adotada nas atividades é o distanciamento social, desestimulando práticas em grupos, principalmente em ambientes fechados. Silvana lembra que é recomendado manter o afastamento de um a dois metros entre os alunos e, em casos de dinâmicas como caminhadas e corridas, ampliar a distância dados os efeitos aerodinâmicos.

As adaptações vão além e, assim como já implantado no cotidiano de quem tem que ir à rua, o uso da máscara deve ser reforçado durante a prática de atividade física nas escolas, assim como a lavagem frequente e correta das mãos e a desinfecção das superfícies dos materiais esportivos. “Essas recomendações estão alinhadas com as indicadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É preciso reforçar os cuidados de higiene, pois são fatores essenciais no controle da infecção”, salienta a especialista.

Outro fator que deve ser lembrado na retomada às aulas é a intensidade dos exercícios sugeridos, por influenciar diretamente na saúde das crianças. “É sabido que atividades físicas de intensidade muito elevada podem desencadear imunossupressão, principalmente nas crianças que tiveram o condicionamento físico desfavorecido durante o isolamento social. Por isso, indicamos práticas moderadas que favorecem o organismo de uma forma geral sem estenuá-lo”, reforça.

 



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FGV Direito Rio lança cartilha para vítimas de discurso de ódio

Documento com orientações para a população pode ser baixado gratuitamente na internet


Postagens e comentários de ódio e manifestações de cunho discriminatório em redes sociais tornaram-se cada vez mais comuns no Brasil e no mundo, demandando inclusive ações incisivas de empresas como Facebook e Twitter. Mas como as vítimas devem lidar com esse tipo de situação? Para orientar a população nesses casos, o Núcleo de Prática Jurídica (NPJ) da Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio) e o Núcleo de Defesa dos Direitos Humanos (Nudedh) da Defensoria Pública do Rio de Janeiro lançaram a "Cartilha de orientação para vítimas de discurso de ódio".

Com linguagem clara, acessível, a cartilha apresenta um conjunto de perguntas e respostas para orientar a população nos casos de possíveis manifestações que caracterizem discurso de ódio. O texto esclarece questionamentos como: "O que é discurso de ódio?", "Discurso de ódio ou injúria preconceituosa?" e "Como saber se fui vítima de discurso de ódio?".

A publicação, que pode ser baixada gratuitamente na internet, é fruto do convênio de cooperação para prática jurídica em Direitos Humanos, celebrado entre a FGV Direito Rio e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro. A cartilha foi produzida no âmbito da Clínica LADIF (Laboratório de Assessoria Jurídica em Direitos Fundamentais) do Núcleo de Prática Jurídica (NPJ), supervisionada pela advogada Juliana Antunes, e contou com participação de 23 alunas e alunos da graduação da FGV Direito Rio.

Para o professor André Mendes, coordenador do Núcleo, a cartilha expressa o valor da responsabilidade social do NPJ da FGV Direito Rio, caracterizando também uma atividade de extensão: "É um tema da maior relevância. Esperamos que a cartilha possa ajudar o público em geral sobre o que fazer nos casos de discriminação e intolerância que caracterizam o discurso de ódio. Parabéns aos alunos e alunas que participaram, liderados pelo ótimo trabalho da professora Juliana Antunes. E agradeço a cooperação com a Defensoria Pública, na pessoa do estimado Defensor Público, Dr. Fábio Amado".

Para a professora Juliana Antunes, supervisora da Clínica LADIF, "a cartilha é um importante instrumento para a conscientização, prevenção e, principalmente, para o combate ao discurso de ódio, prática que, infelizmente, vem crescendo na sociedade. Agradeço aos alunos, à FGV Direito Rio e à Defensoria por participar de um projeto tão importante".

Já o defensor público Fábio Amado, coordenador do Nudedh, a frutífera parceria entre o NPJ da FGV Direito Rio e a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro acaba de gerar mais um trabalho de muita qualidade, marcado por seu caráter didático e informativo. "A Cartilha surge em momento histórico extremamente oportuno, já que o discurso de ódio, sobretudo online, tem se disseminado de modo exponencial. Foi uma honra participar dessa construção com as alunas e os alunos da FGV Direito Rio, a professora Juliana Antunes e o dileto professor André Mendes", acrescentou.

A cartilha está disponível no site: bibliotecadigital.fgv.br/dspace/handle/10438/29490.


Inovação no setor de eventos pós Covid-19

A crise paralisou todas as programações do setor desde março. Pesquisa mostra que 98% do setor foi afetado e que a inovação do setor e eventos locais são algumas das adaptações de sobrevivência para os negócios


O que vai acontecer com o mercado de eventos após a pandemia do novo Coronavírus? Considerado um dos setores mais afetados pela crise econômica e social provocada pelo vírus, essa é uma pergunta que tem provocado inúmeras reflexões entre os empreendedores que atuam e dependem desse setor. Depois de crescer 9,5% em 2019, alcançando uma receita de R$ 11,3 bilhões, o turismo de negócios está totalmente parado desde março, início da pandemia do Coronavírus.

Um levantamento feito pelo Sebrae, em abril, mostra que a pandemia da Covid-19 afetou 98% do setor de eventos. A pesquisa ouviu prestadores de serviços de organização de feiras, congressos, exposições e festas, além de profissionais cujos trabalhos envolvem aluguel de estruturas, como palcos. A pesquisa ainda mostra que, em comparação ao mês de abril do ano passado, 62,5% dos entrevistados acreditam na redução de 76% a 100% do faturamento em abril deste ano.

Já faz mais de quatro meses que o setor de eventos está suspenso. O Parque Vila Germânica, localizado em Blumenau, Santa Catarina, local de eventos da região, teve toda a sua agenda de eventos cancelada ou reagendada. Um exemplo é a Febratex, uma das maiores feiras do mundo para a indústria têxtil e a maior das Américas, promovida pelo Febratex Group, uma das principais promotoras de feiras têxteis da América Latina.

Junto com a pandemia, a Febratex enfrentou um outro desafio. Inicialmente marcada para acontecer em agosto de 2020, no Parque Vila Germânica, a feira precisou ser remarcada para abril de 2021, já que o local onde aconteceria o evento foi ocupado por um hospital de campanha. Segundo Hélvio Pompeo Jr., Diretor de Comunicação do Febratex Group, o evento foi remarcado para abril de 2021 a fim de preservar a saúde e bem-estar de todos.

O evento é reconhecido como a 3ª maior feira mundial do setor têxtil e estrategicamente esperada pelo mercado para exibição de lançamentos da indústria e de confecção. O evento ocorre a cada dois anos, com mais de 50 mil visitantes durante os quatro dias de feira.



Inovação nos eventos do setor têxtil


O diretor explica que o setor passa por um momento desafiador mas uma das saídas é inovar, principalmente no que se refere ao ramo têxtil, que já vem diariamente lançando novidades para combater a Covid-19.

“Tenho certeza que o movimento que está acontecendo na moda para valorizar os produtos locais não ficará apenas na moda, ele é comportamental, isso vai trazer muitas oportunidades para o turismo local. A inovação vai ser pelo próprio trade de turismo que já existe internamente, será uma grande redescoberta do próprio Brasil. Outro ponto de inovação são os tecidos tecnológicos antivirais e tecidos que consigam ser desfibrados para ter todo o processo dentro da economia circular, fazendo com que a indústria têxtil e de moda não seja mais vista como poluidora, mas sim uma grande indústria que cuida dos seus resíduos”, aponta Pompeo Jr.



Eventos regionalizados são uma saída


A Associação Brasileira da Agências de Viagens Corporativas (Abracorp) captou em março de 2020 o impacto negativo do isolamento social em vários estados, especialmente em São Paulo, que concentra o grosso dessa atividade no país. Segundo pesquisa da Abracorp, a receita com vendas de passagens aéreas, diárias de hotéis e locação de automóveis, entre outros serviços, foi de R$ 890 milhões em média nos meses de janeiro e fevereiro, mas caiu para pouco mais de R$ 400 milhões em março. Entre abril e junho, a queda chegou a 100%, dependendo da empresa.

Segundo Pompeo Jr., eventos regionalizados tendem a ter maiores vantagens e sucesso de visitação já que não dependem de malha aérea, locação de automóveis entre outros.  “A Febratex faz parte do Polo Têxtil de Blumenau e Vale do Itajaí, localizado em Santa Catarina, que concentra mais de 3 mil indústrias e emprega 112 mil trabalhadores formais. Tudo isso num raio de 200 km de onde é organizada a Febratex, no parque Villa Germânica. Esse ponto geográfico é fundamental para que a Febratex consiga garantir um número expressivo de visitantes, fortalecendo o turismo regional de negócios”, explica.

“Tudo é uma questão de estratégia. Eventos regionalizados acabam sendo mais fáceis no que diz respeito ao público. Cerca de 80% dos visitantes da Febratex são da Região Sul, seguidos por 10% do Sudeste e Centro-Oeste, 5% Norte e Nordeste e 5% de estrangeiros, na sua grande maioria argentinos”, comenta.



Presencial e online


O modelo híbrido de evento, aliando a presença física com o alcance do virtual, pode ser uma tendência a ser observada futuro, embora a importância do presencial ainda seja fundamental: “O digital é uma plataforma incrível. Em muitas situações, a tecnologia aproxima e agiliza. Mas consigo ver claramente no mercado de eventos de negócio que as feiras presenciais sempre serão mais prestigiadas. Morando na Europa há dois anos, visito feiras por todo o continente e percebo claramente uma projeção que o digital ainda não consegue contemplar sozinho. As feiras de negócios foram e sempre serão um meio para recuperarmos a economia e aproximar as pessoas”, ressalta Giordana Madeira, Diretora Executiva do Febratex Group.

Ela acredita que o sucesso do presencial está na experiência completa que proporciona: “Os participantes são estimulados e envolvidos em todos os cinco sentidos. As pessoas precisam ver as máquinas em funcionamento, compará-las, tocar nos produtos, negociar com os expositores. Principalmente no momento em que vivemos, com o distanciamento social, nos esquecemos do quanto estar perto de pessoas faz bem. Somos seres sociais e precisamos dos encontros físicos para viver melhor e, na negociação comercial, o vínculo pessoal que se cria através do presencial traz muito mais satisfação e confiança para as partes.”
 


Coronavírus: 57% das mães receberam o auxílio emergencial do governo, diz estudo

No geral, somente 46% da população recebeu o auxílio.


Através do Auxílio Emergencial o governo brasileiro tentou e tenta ajudar as pessoas que de alguma forma perderam seus empregos e renda durante a pandemia. E a Famivita, em seu mais recente estudo constatou que 57% das mães com filhos pequenos receberam ou recebem a ajuda. Porém, no geral, somente 46% da população recebeu ou recebe o auxílio emergencial. Ou seja, ele não foi disponibilizado para pelo menos metade das participantes. 

O Acre foi o estado em que mais pessoas receberam o auxílio, com 62% da população. No Espírito Santo e na Bahia, pelo menos metade dos participantes estão usufruindo deste benefício. No Rio de Janeiro e em Minas Gerais, 47% e 44% receberam o auxílio respectivamente. Já em São Paulo, estado com mais mortes, 44% das participantes receberam ou recebem o auxílio emergencial do governo. O estado que menos recebeu o auxílio entre as participantes é Santa Catarina, com 39%.

Ademais, o estudo também constatou que 35% das brasileiras perderam seus empregos durante a pandemia, incluindo as trabalhadoras informais. Para referência, antes da pandemia, pelo menos 53% das entrevistadas tinham um trabalho.

O Amazonas é o estado mais afetado com a perda de emprego, com 61% das participantes. No Distrito Federal e no Rio de Janeiro, pelo menos 35% das entrevistadas perderam seus empregos. Já em São Paulo, foram 33%. E o estado menos afetado até então é Santa Catarina, com perda de empregos para somente 28% das brasileiras.


Como manter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional


Para muitas pessoas, atingir um equilíbrio entre vida pessoal e profissional pode parecer quase impossível, um sonho que apenas alguns sortudos por aí conseguem alcançar.

Diversos são os motivos que levam as pessoas a trabalhar cada vez mais e deixar de lado outros aspectos de suas vidas. O desejo de crescer profissionalmente, o medo da demissão, a pressão para atingir metas no trabalho, e, por mais que pareça estranho, até a falta do que fazer no tempo livre. 

O fato é que, independentemente do motivo, deixar de cuidar do equilíbrio entre vida pessoal e profissional pode trazer consequências negativas para nossas vidas — e isso serve para qualquer um dos extremos. 

Ao passo que deixar o trabalho tomar conta de todo o seu tempo pode trazer problemas como estresse, piora nos relacionamentos pessoais ou mesmo a famosa síndrome do burnout (afastamentos por burnout cresceram 114,8% no Brasil entre 2017 e 2018), ignorar completamente sua vida profissional também pode levar a problemas como dificuldades financeiras e falta de realização profissional. 

Embora não exista uma regra padrão que funcione para todas as pessoas na hora de atingir esse equilíbrio, é importante que você dedique algum tempo para refletir sobre o assunto considerando alguns aspectos que serão apresentados agora.


Não idealize o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Quando pensamos nesse famoso “equilíbrio pessoal e profissional” parece que isso é algo perfeito e bem definido. Não é.

Não espere pegar as horas do seu dia e dividir exatamente no meio, deixando 12 horas em que você vai estar no seu pico de produtividade e 12 horas em que trabalho não vai nem passar pela sua cabeça — isso dificilmente vai se realizar ou se manter ao longo do tempo. 

O importante aqui é ser consciente sobre como você está se sentindo a cada momento e fazer um planejamento realista para equilibrar todas as suas atividades. Muito provavelmente você vai precisar trabalhar mais em alguns momentos, enquanto em outros você vai conseguir parar mais cedo sem se preocupar. 

Não deixe que “atingir o equilíbrio” se torne mais uma fonte de ansiedade e estresse para a sua vida, fazendo com que cada dia fora do equilíbrio seja um sofrimento. Você não vai conseguir ter controle total sobre tudo o que acontece na sua vida, então entenda seus limites e necessidades ao longo do tempo para poder achar o equilíbrio no longo prazo.


Encontre um trabalho que faça sentido para você

Todo mundo tem contas para pagar, mas não é por isso que você deve se sujeitar a um trabalho que você odeia por toda a sua vida. Achar um trabalho que satisfaça seus interesses e sentimento de realização profissional é importante para levar uma vida mais leve e feliz.

Aqui também é importante não idealizar essa questão, porque no fim das contas trabalho é trabalho, então não espere que todos os seus dias sejam flores e você atinja extremo prazer em toda e qualquer atividade que apareça na sua frente.

É normal que algumas coisas sejam chatas ou mesmo desmotivadoras, mas você precisa encontrar algo que traga alguma satisfação e senso de sentido para conseguir levar a vida profissional adiante sem que isso acabe com a sua energia ou comece até a prejudicar seus momentos fora do trabalho.

Entenda quais são os seus objetivos

A propaganda do sucesso é algo que conquista muitas pessoas por seu forte apelo. “Trabalhe duro e fique rico! Ultrapasse seus limites e ganhe destaque! Deixe os concorrentes para trás e atinja o sucesso!” e coisas do tipo são uma mensagem fácil de encontrar por aí.

Longe de querer diminuir o valor ou a importância do trabalho duro, o ponto aqui é levar você a pensar quais são seus verdadeiros objetivos, o que precisa fazer para alcançá-los e quais são os sacrifícios que você aceita fazer.

Se o seu objetivo é fazer fortuna o mais rápido possível, isso pode mesmo significar uma rotina intensa de trabalho, provavelmente indo além de oito horas por dia e cinco dias por semana. Você está disposto a sacrificar fins de semana e horas de lazer em busca desse objetivo? Se sim, vá em frente, mas tenha consciência das consequências que isso pode trazer para sua saúde física, mental e social.

Agora, se você não quer fazer esse tipo de sacrifício, pode ser que você leve mais tempo para atingir alguma meta profissional. E tudo bem. Não são apenas as pessoas milionárias e em altos cargos profissionais que atingem a felicidade, e você pode encontrar a realização mesmo com um crescimento mais lento. A vida não é só trabalho, então não deixe que ele defina sozinho quem você é.


Evite misturar vida pessoal e profissional

Isso não quer dizer que você deva evitar fazer amizades ou se aproximar de pessoas do seu trabalho, longe disso! Construir laços de proximidade com colegas profissionais pode inclusive ser uma ótima forma de aumentar seu senso de realização no trabalho. Esse ponto é sobre conseguir organizar os diversos momentos da sua vida sem que um interfira no outro.

A chave aqui é comunicação e organização. Entenda quais são as demandas da equipe para poder organizar sua própria rotina e então deixe claro e bem explicado para todas as pessoas com quem você precisa interagir no trabalho em quais momentos você estará ou não disponível — e cumpra essa disponibilidade.

Quando for hora de trabalhar, evite distrações e foque em resolver todos os assuntos pendentes para não gerar gargalos nas suas próprias atividades e até mesmo nos assuntos em comum de toda a equipe ou empresa. Organize sua rotina para aproveitar seus momentos de maior produtividade quando estiver trabalhando.

Da mesma forma, quando estiver fora do horário de trabalho tente desligar completamente os assuntos profissionais e focar em outras atividades. Passe um tempo com sua família e amigos, faça exercícios físicos, leia livros, assista séries, se envolva em qualquer atividade que faça você se sentir bem e não deixe o trabalho entrar no meio disso.

Se você combinou com toda a sua equipe que não vai trabalhar depois de um determinado horário e todos estão bem com isso, tenha certeza de se desligar totalmente. Não fique acessando o email do trabalho, não se envolva em atividades profissionais nem nada do tipo. Vale lembrar: não idealize esse equilíbrio. É claro que podem surgir urgências em que você vai ter que resolver algo fora do horário de trabalho, mas isso deve ser a exceção, não a regra.

Para terminar, o conselho mais importante é: comece. Não queira mudar toda a sua vida do dia para a noite, então invista um tempo para refletir sobre todos os pontos apresentados nesse texto e comece a fazer pequenas adaptações no seu dia para melhorar o equilíbrio pessoal e profissional aos poucos.

 

 

Felipe Felix - analista de Marketing da Provi

 

Pandemia promove transformação digital no Judiciário

Mais de 85% do acervo atual na Justiça Federal e 100% dos processos na Justiça do Trabalho já são eletrônicos

 

Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) demonstram que o Brasil é um dos paises com o maior sistema judiciário do mundo, com 92 tribunais. Não só isso, mas também um enorme número de processos em tramitação, cerca de 80 milhões. Neste cenário, é fundamental que a administração seja eficiente e um dos melhores caminhos para isso é o uso pleno da tecnologia.

A boa notícia é que houve grande avanço na digitalização de processos -- 108 milhões de causas tiveram início em versão digital de 2008 a 2018. E durante a pandemia, ferramentas online estão sendo utilizadas por varas e tribunais, ambientes conhecidos por certo tradicionalismo, com o objetivo de dar continuidade ao trabalho.

Para o consultor do Instituto AJA Luís Pedrosa os tribunais estão “acordando para a tecnologia”. Pastas e agendas compartilhadas, reuniões por videoconferência, aplicativos que ajudam na comunicação e na distribuição de tarefas aos servidores são exemplos inimagináveis há cerca de pouco tempo atrás.

Ele cita o caso da corregedoria do Tribunal de Justiça de Tocantins, que vem construindo indicadores mais modernos para acompanhar as unidades e, assim, selecionar aquelas com maior necessidade de correção. A ideia é desenvolver um sistema de monitoramento das unidades judiciárias via indicadores e painéis eletrônicos que com certeza servirá de referência para outros tribunais.

 “A Corregedoria tradicional analisa poucos processos escolhidos por amostragem e desta forma perde a oportunidade de agir de forma mais assertiva. Além disso a presença física demanda muito mais recurso do que o necessário e reduz a capacidade da Corregedoria de atuar nas unidades realmente problemáticas.”, diz Pedrosa.

 

Prescrição e audiências presenciais

No âmbito das varas criminais a prescrição é problema grave em todo o país. Com o uso da tecnologia, a situação muda drasticamente.  No Tocantins, por exemplo, pretende-se adotar o índice de prescrição, que ao ser acompanhado periodicamente ajuda as unidades a ter mais atenção ao fato e a diminuir a fração de processos que prescrevem.

Outra questão que foi melhorada com o uso de tecnologia são os recursos gastos com audiências, que consomem não só o tempo do magistrado e dos servidores, como também mandados cumpridos pelos oficiais de justiça.  Cada audiência frustrada ou redesignada por motivos evitáveis é um enorme desperdício. As audiências eletrônicas, principalmente com réus presos, vieram para reduzir o enorme custo do aparato de segurança necessário, e viabilizar o testemunho de partes geograficamente distantes.

 O juiz Carlos Haddad, fundador do Instituto AJA, verifica que pautas extensas, às vezes com horizonte de mais de ano, e audiências em demasia, marcadas para o mesmo processo, são fatores que levam a grande perda de esforço.  “Um melhor acompanhamento por indicadores e com o uso de tecnologia permite aumentar o aproveitamento das pautas e gera melhorias sensíveis na tramitação”, comenta.

 

Outros ganhos com a tecnologia

“Há muitas atividades que podem ser executadas com menor esforço, embora os servidores e magistrados tenham sido treinados de forma a tramitar processos pelas normas tradicionais dos códigos de processos”, pontua Haddad. Para ele há oportunidades de redução de esforços em praticamente todos os lugares. 

No TJPI, por exemplo,há muitas unidades mudando a intimação de policiais para as audiências. “Em outros locais, elas já são feitas por whatsapp e outros meios eletrônicos, mas ainda há Tribunais que utilizam um oficial de justiça que se desloca fisicamente até a corporação para deixar um mandado impresso”, explica.

 

Ritmo de digitalização acelerado

O Processo Eletrônico vem substituindo os processos físicos em praticamente todos os tribunais. Nos últimos 24 meses, o ritmo de digitalização de autos físicos e migração para sistemas eletrônicos de tramitação propiciou que mais de 85% do acervo atual esteja já em formato eletrônico na Justiça Federal e 100% dos processos já são eletrônicos na Justiça do Trabalho. 

 “A dificuldade é que isso não basta. É preciso extrair dos sistemas de tramitação informações que permitam gerenciar o trabalho: localizar gargalos no fluxo, não deixar processos paralisados por muito tempo, acompanhar a tramitação. Essas boas práticas estão sendo introduzidas através da Administração Judicial Aplicada”, conta Pedrosa.

Apesar da dificuldade inicial, o professor crava que o processo eletrônico é um caminho promissor porque elimina muitas atividades pouco inteligentes, por exemplo, juntadas de petição, numeração de páginas, carga de autos: “a organização do trabalho é que maximiza a produtividade dos servidores e traz maior empenho, propósito e melhor qualidade de vida à equipe”.


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