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quinta-feira, 4 de junho de 2020

EDUCAÇÃO NA QUARENTENA


Como escolher entre cursos pagos e gratuitos
Opções de cursos à distância explodiram durante período de isolamento


A impossibilidade da realização de aulas e cursos serem realizados de forma presencial fez crescer de sobremaneira a oferta (e a procura) pelo ensino à distância (EaD). Seja para se atualizar dentro de uma área do conhecimento, aproveitar o tempo ocioso gerado pelo isolamento social ou para encontrar um diferencial no currículo, estudar é um investimento que todos devem fazer em suas vidas.

Agora, dentro desse oceano de oportunidades, como definir o curso a ser feito? Preço? Instituição de ensino? Relevância do tema? Duração? Gera ou não certificado? Cursos gratuitos tem algum real valor em dias atuais?

Para responder a uma pergunta tão complexa, o professor da ESPM Bruno Peres organizou algumas perguntas que devemos nos fazer na hora de filtrar as ofertas de cursos e escolher os que mais nos interessam neste momento.


Qual seu objetivo?

Tudo depende do que está procurando em sua carreira. Você está procurando se especializar em alguma área específica ou busca um conhecimento genérico sobre o tema? Precisa colocar a mão na massa, aprender sobre um sistema específico?

Pense em seu objetivo antes de se matricular em dezenas de cursos, mesmo os gratuitos. Se tempo é dinheiro, é errado investir boa parte de seus dias em cursos que não passam nem perto do que você quer para seu futuro.


Grátis ou Pago?

No que diz respeito à objetividade de cursos gratuitos, muitos deles curtos e rasos demais, apenas em busca de seu e-mail para uma futura venda. E isso não é um problema, longe disso. Existem ótimos conteúdos gratuitos em vídeos de YouTube, em lives, e-books e artigos por toda a internet.

Porém, eles jamais trarão a profundidade e consistência de muitos cursos pagos. O que também não exime cursos caríssimos de possuírem bibliografias medíocres e métodos duvidosos.


Aqui vai uma lista que talvez ajude:
  • Comece com um rascunho do que deseja para sua carreira;
  • Pesquise sobre esses temas, verifique fontes e resultados para evitar conteúdos inverídicos e falsos gurus milagreiros;
  • Cursos gratuitos e outros materiais livres podem ajudá-lo a conhecer mais sobre um assunto ainda tido como novo;
  • Cursos pagos, com professores renomados, que apresentam um conteúdo mais profundo e com mais horas para a transmissão de conhecimento entre alunos e professores serão o caminho para efetivar esse aprendizado.
Vale a ressalva:

Quaisquer cursos – sejam pagos ou gratuitos – não lhe farão um expert em algo, independente do tema abordado. Serão, sim, um bom start para que decida por escolhas maiores dentro da área que deseja trabalhar.






Bruno Peres - já foi premiado globalmente por seus cases na área de marketing e planejamento digital, nas quais atua desde 2004. Com formação em design digital, especialização em comunicação digital, certificações executivas pelo MIT, em Boston, e pela Universidade de Toronto, no Canadá, um MBA em marketing estratégico pela USP-RP e atualmente mestrando pela FEA-USP. Foi líder global de inteligência de marketing na sede da ONU em Nova York, trabalhou e liderou equipes em empresas como GROUPON, Accorhotels, iFood, Discovery Channel, UNICEF e na Agência de Refugiados da ONU. Atua como docente desde 2010 e já ministrou aulas e palestras em 9 países.

"A comunicação educativa no processo de retomada social"



Alguns governos municipais e estaduais, a partir desse mês, começam a criar e implementar um plano de retorno às atividades comerciais, culturais, educacionais, entre outras. Além dos critérios sanitários já estabelecidos anteriormente, a novidade é a divisão do território municipal ou estadual em zonas de contágio e a criação de uma classificação de cores que indicará os locais autorizados ou não a funcionarem diariamente, mas seguindo restrições ou orientações.

As tomadas de decisões para manutenção ou alteração das zonas estarão vinculadas ao monitoramento dos indicadores de saúde pública. Cabe lembrar, ainda, que não existe um consenso entre os especialistas e o poder público em relação aos números absolutos e relativos de contaminados e mortes por COVID-19, ou seja, a definição do pico da pandemia acaba sendo volátil a depender da forma de análise e do contexto. 

Sendo assim, os entes municipais e estaduais devem criar mecanismos e ferramentas didáticas que possibilitem a transparência, o entendimento e o acompanhamento pela população da sua base de análise dos dados do Covid-19, o significado das zonas de contágio e das classificações e cores. 

A pandemia do Covid-19 colocou um desafio para os especialistas, acadêmicos, poder público e pessoas envolvidas com o monitoramento e avaliação de como levar informações técnicas, gráficos e números à população de uma forma simples e educativa - já que muitos cidadãos, de certa forma, ainda não sabem “ler” e “interpretar” corretamente um indicador. 

Aprimorar a estratégia de comunicação com a população por diferentes canais, como redes sociais, material impresso, televisivo e  rádios, por exemplo, são procedimentos mais comuns e de alta capacidade de cobertura. Devido a isso,  devem ser colocados em prática o mais breve possível, porém sempre atentando para as diferentes linguagens entre as gerações de idades e os públicos, pois uma mesma informação pode - e deve - ser traduzida para a compreensão de uma criança, um adulto e um idoso. 

Além disso, a estratégia de comunicação precisa envolver todos os territórios da cidade, pois eles são diferentes. As pessoas possuem hábitos e estruturas sociais distintas.  Uma estratégia de comunicação que se aplica em um bairro, não, necessariamente se aplica em outro. Cabe ao poder público estabelecer parcerias locais para que a comunicação seja assertiva, primando pelo respeito aos canais, linguagens e momentos mais adequados de cada público. Uma possibilidade é a inclusão do tema COVID -19 de forma transversal nos conteúdos das escolas públicas e privadas, das empresas, dos cursos e eventos on-line. 

Para que isso ocorra, é necessária uma ampla reflexão entre os diferentes setores sociais, de modo que criem estratégias não apenas conjuntas, mas integradas de resposta, visando para estimular uma mudança de atitude de maneira gradual na sociedade e que possibilite de forma rápida alterar os hábitos e atitudes do dia a dia - caso ocorra alteração da classificação das zonas de contágio. 

Por fim, esse processo do “novo normal” foi imposto pela circunstância de uma pandemia e, por isso, a comunicação precisa ser educativa, acompanhada e avaliada para que as medidas sejam adequadas e efetivas. Por isso, não só o acesso à informação salvará vidas, mas o quanto essa informação será transformada em conhecimentos e passará a fazer sentido para a sociedade. 






Taiana Jung - Gestora Técnica da Logos Consultoria. Atua há mais de 15 anos nas áreas de planejamento estratégico, pesquisa, formação e avaliação. Possui larga experiência em facilitação e mediação de eventos e formações. É Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisa Social (ENCE/IBGE), Personal Coach (Sociedade Brasileira de Coaching), Mediadora de conflitos (Escola de Magistratura do Estado do Rio de Janeiro), Especialista em Organização Espacial do Rio de Janeiro e Licenciada em Geografia (UFF). No setor público, foi chefe do Centro Social da Fundação Leão XIII. Na área acadêmica, já atuou como Professora no curso de graduação em Geografia (UERJ-FFP) e como Pesquisadora convidada do Departamento de Endemias (ENSP/Fiocruz). Compõe o grupo de orientadores do CIEDS. Atualmente, é gestora do Grupo de mulheres “Somos Empreendedoras”, com mais de 160 participantes em Niterói. Desde 2008, é sócia gerente da Logos Consultoria, na qual exerce a função de diretora técnica.



Rui Marcos - Gestor Administrativo-Financeiro da Logos Consultoria. Possui 20 anos de experiência nas áreas de educação e ensino, planejamento com ênfase em ordenamento territorial urbano e ambiental. Conhecimentos sólidos em gestão e planejamento estratégico. É Mestre em Engenharia de Transportes (COPPE-UFRJ). Especialista em Gestão e Planejamento Ambiental (UVA). Graduado em Geografia (UFF) e Administração (UCAM). Na área de planejamento urbano foi chefe do departamento de urbanismo da Prefeitura de Niterói-RJ, sendo gestor de equipe e responsável por projetos de gestão ambiental e delimitação de áreas de preservação. No campo acadêmico foi professor da pós-graduação no Curso de Especialização em Gestão, Planejamento e Licenciamento Ambiental da Universidade Salgado de Oliveira/Niterói-RJ. Desde 2008, é sócio da Logos Consultoria, atua como diretor administrativo e implementou o modelo de gestão da empresa.


Faturamento do comércio eletrônico paulista avança 15,6% no primeiro trimestre


No entanto, o comércio varejista e o setor de serviços tiveram altas contidas no mês de março, já refletindo o fechamento dos estabelecimentos não essenciais na última semana do mês


As vendas do comércio eletrônico no Estado de São Paulo registraram alta de 15,6% no primeiro trimestre de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, com um faturamento real de R$ 5,5 bilhões. Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE), elaborada pela FecomercioSP em parceria com a Ebit/Nielsen.

De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, o desempenho do varejo online tem sido melhor do que o do varejo físico, ainda mais com a quarentena iniciada no fim do mês de março. Um panorama mais amplo deve ser retratado nos próximos resultados dos meses de abril e maio. Contudo, o faturamento do comércio eletrônico representa apenas 3% do total do comércio varejista no Estado de São Paulo. Então, mesmo grandes altas desse segmento no segundo trimestre não serão capazes de compensar os valores perdidos durante o fechamento dos negócios não essenciais, nos últimos meses.

Por outro lado, já foi observada uma queda de 4,1% no valor do tíquete médio, ou seja, o valor médio gasto com uma compra online, o que significa que esse segmento deve sentir o processo de redução das rendas das famílias, resultado do desemprego e da alta do endividamento.


Outros resultados

No primeiro trimestre de 2020, os bens duráveis seguiram na liderança do faturamento do comércio eletrônico, concentrando 63,6% das receitas e com um tíquete médio de R$ 666,11. O comércio de bens semiduráveis representou 21,5% das vendas, com um valor médio de R$ 204,38. Já os não duráveis tiveram uma parcela de 14,8% do faturamento, com tíquete médio de R$ 200,49. Os pedidos das vendas online atingiram 15,2 milhões no mesmo período.

Em contrapartida, o comércio varejista e o setor de serviços tiveram altas contidas no mês de março (1,3% e 2,17% respectivamente), na comparação com o mesmo período de 2019, isso porque já houve paralisação das atividades essenciais na última semana do mês. As vendas do varejo no Estado de São Paulo atingiram R$ 61,5 bilhões. Já no setor de serviços, o faturamento foi de R$ 31,8 bilhões.

A estimativa da Federação é de queda acentuada na apuração dos próximos meses, os prejuízos alcançados nos meses de março, abril e maio devem atingir mais de R$ 44 bilhões, com perda diária de R$ 659,7 milhões ao varejo paulista.

Quanto ao fechamento do ano, a FercomercioSP prevê queda de 11% no faturamento varejista na comparação com 2019, com baixa de R$ 83,4 bilhões – dos quais R$ 61,7 bilhões se referem à parte do comércio considerado não essencial, que precisou ficar de portas fechadas durante o período da quarentena.


Nota metodológica

PCCE

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Eletrônico (PCCE) é realizada trimestralmente pela FecomercioSP a partir de informações fornecidas pela Ebit|Nielsen. Além dos dados de faturamento real, número de pedidos, tíquete médio, a pesquisa permite mensurar a participação do comércio eletrônico nas vendas totais do varejo paulista. As informações são segmentadas em 16 regiões que englobam todos os 645 municípios paulistas e abrangem todas as atividades varejistas constantes do código CNAE 2.0.

Em 2018, a PCCE passou a trazer também informações sobre as vendas de três categorias de bens de consumo: duráveis, semiduráveis e não duráveis. Entre os bens duráveis estão automóveis e veículos, Blu-ray, brinquedos, casa e decoração, CDs, colecionáveis, construção e ferramentas, discos de vinil, DVDs, eletrodomésticos, eletrônicos, fotografia, games, informática, instrumentos musicais, joias e relógios, telefonia e celulares. Os semiduráveis são compostos por itens de arte e antiguidade, artigos religiosos, bebês e cia, esporte e lazer, indústria, comércio e negócios, livros, moda e acessórios, natal, papelaria e escritório. Já entre os não duráveis estão: alimentos e bebidas, assinaturas e revistas, perfumaria e cosméticos, petshop, saúde, serviços, sexshop e tabacaria.


Cinco medidas de compliance para ajudar as empresas na pandemia


Dificuldades ao implementar o home office nas empresas, problemas de proteção de dados, falta de controle e monitoramento da equipe, esses são alguns dos problemas que podem ser evitados por meio do compliance; especialista lista cinco momentos em que o compliance ajuda a lidar com os desafios da pandemia


Muitas empresas estão com dificuldade para lidarem com a implementação de home office exigida devido a pandemia do novo coronavírus. A falta de programas de compliance e sistemas de cibersegurança tornaram o cenário ainda mais alarmante. Para se ter ideia, cerca de 97% das instituições já adotaram o Programa de Integridade, segundo a  4ª edição da Pesquisa Maturidade do Compliance no Brasil, realizada este ano pela KPMG. Mesmo com o compliance ganhando força nos últimos anos, muitas organizações ainda procuram formas de adotar sistemas que evitam riscos e fraudes, além de prezar pela segurança de todos.

De acordo com o advogado Rubens Leite, sócio-gestor da RGL Advogados, o compliance surgiu no Brasil com a Lei Anticorrupção Brasileira 12.846/2013 no sentido de criar procedimentos dentro das empresas, com foco de prevenir a corrupção e criar mecanismos internos de monitoramento e controle. Por consequência, esses programas tomaram corpo e hoje se fala em compliance de forma ampla, tendo vertentes como o compliance de consumidor, o compliance trabalhista e o mais recente compliance de proteção de dados.  “A implementação desse programa é essencial para que as empresas passem a criar ferramentas e mecanismos de gestão e de controle a fim de evitar problemas de diversas ordens. Nesse momento que as empresas foram impactadas e sofreram uma ruptura brusca dentro da sua rotina, seja por mudar a dinâmica interna nas companhias, ou pelo próprio home office, temos uma importância grande do programa de compliance, porque ele deve olhar para essas mudanças e adaptar toda essa conformidade com as normas internas e externas, como a legislação por exemplo”, explica o especialista. 

Ainda de acordo com ele, a tendência é que o compliance ganhe ainda mais  espaço após a pandemia, já que as empresas, estão enxergando cada vez mais a necessidade de se ter mecanismos de cumprimento, monitoramento e controle, a fim de garantir a segurança de todos os colaboradores. “O funcionário também ganha com o compliance na medida em que tem a segurança do processo que ele esta como parte envolvida e também vai ter o seu resultado mais garantido. Então esse monitoramento e controle de forma remota, que agora se impõe nas empresas é essencial e acredito que veio para ficar”, revela Rubens Leite. 

Abaixo, o Rubens lista cinco momentos em que o compliance ajuda a lidar com os desafios da pandemia. Confira:

Facilita a adaptação do home office: os maiores desafios que as empresas estão enfrentando é a ruptura com o procedimento natural. “Algumas companhias já possuíam processos escritos e tiveram que adaptá-los ao home office de forma bem ágil para que não houvesse espaço para rupturas. As empresas que não tinham programas de compliance e que tinham a sensação de que não era necessário implementar mecanismos de monitoramento e controle, exigência de cumprimento de normas externas e internas, acabaram por enxergar a essencialidade de se ter programa de compliance, que vai trazer, por exemplo, um código de ética e conduta, um regimento interno, um canal de denúncia e até implantar ferramentas de comunicação mais efetivas. Essas normas internas vão dispor sobre o comportamento dos colaboradores em relação a organização e trarão a adaptação dessas normas com o home office, podendo ser totalmente prevista dentro deste cenário. A partir disso, é possível  garantir a transparência, evitar desvios, e alcançar a segurança da informação, bem como, os controles de produtividade e desempenho das empresas”, conta o especialista. 

Monitoramento e controle mesmo em home office: muitos procedimentos internos que antes eram desenhados com base na realidade física dentro das empresas, agora acabam sofrendo alterações, já que surgem novas realidades em razão do home office. “Muda-se muita coisa quando se trabalha remotamente, portanto é preciso que se revise esses processos internos, a ponto de garantir a estabilidade do controle e do monitoramento dos atos internos da organização, durante o trabalho remoto”, complementa o advogado.

Processos internos organizados: quando se tem um programa de compliance sólido é possível ter todos os processos internos da organização descritos e claros com transparência, pontos de checagem e rastreabilidade, seja ele focado na proteção de desvios de conduta, até na relação com o consumidor, colaboradores e terceiros. “Com procedimentos internos claros e objetivos, você consegue monitorar muito melhor a atuação de todas as áreas da organização. Por exemplo, no caso do compliance na área financeira, há uma redução do prejuízo muito grande, porque com todos esses mecanismos de controle evita-se inconsistências financeiras, seja por ato intencional ou não. De outro lado, por exemplo, o compliance de consumidor deve ser levando em conta e, eventualmente, revisto justamente pela transformação digital que a pandemia trouxe, gerando muitas mudanças nas políticas de vendas e de pós venda, que devem estar de acordo com a lei. Por fim, o compliance trabalhista é igualmente essencial, porque houve uma alteração muito grande na prestação de serviços dos colaboradores. Essas mudanças devem ser analisadas e se implantar ferramentas de proteção, como aditivos contratuais, monitoramento de satisfação e de infraestrutura para o desempenho do trabalho”, diz Rubens Leite. 

Proteção de dados aliada ao home office: “O compliance de proteção de dados é também uma modalidade que é fundamental durante o trabalho remoto. Isso porque, dentro das dependências físicas da organização existe um sistema fechado, normalmente tem uma rede e monitoramento de diversas frentes. Agora muitas empresas em home office estão trabalhando com os dados de clientes, de fornecedores e de funcionários, que tinham acesso anteriormente, mas agora de casa, então isso faz com que haja uma preocupação com violações ao tratamento de dados, como o vazamento ou algum uso alheio àquele inicialmente proposto, seja intencional ou também não intencional, porque quase todos os colaboradores estão utilizando sinais de internet pessoais, sistemas ou computadores que possam expor algum risco. Então esse ponto do compliance de proteção de dados é fundamental e precisa ser analisado também”, alerta o especialista. 

Adote um sistema de compliance: uma das formas de implementar o sistema de compliance é por meio da contratação de uma consultoria especializada para que ela possa realizar um diagnóstico interno, de risco, uma análise de risco das informações ali prestadas e possa também garantir que se construa uma série de regramentos que vão permitir, por exemplo, que haja um código de conduta, políticas essenciais, canais de denúncias, comunicação, etc. “As empresas que possuem um sistema de compliance sólido, acabam por garantir monitoramento e controle sobre os processos internos, gerando segurança e estabilidade, bem como, de forma mais macro, a valorização da marca, demonstrando transparência e credibilidade para o mercado externo, então esses são alguns dos principais benefícios que o programa de compliance traz”, finaliza Rubens Leite, advogado e sócio-gestor do RGL Advogados.



Mercado de ações caminha para a popularização entre os brasileiros


Segundos informações da B3, apenas em março foram 223 mil novos investidores, mesmo com cenário de queda no valor das ações


Uma análise da evolução dos investidores de pessoas físicas da B3, de abril, mostrou que o investimento em rendas variáveis está cada vez mais popular entre os brasileiros. A pesquisa mostra um aumento de 400 mil investidores apenas no primeiro trimestre de 2020, apenas em março, foram 223 mil novos investidores sendo que, 30% deles aplicaram menos de R$ 500. Esse comportamento ascendente vem sendo registrado desde o início de 2019, quando a quantidade de CPFS fechou em 1,4 milhões, o dobro de 2018, quando tinham 700 mil CPFs negociando ações pela B3. 

Entre os anos de 2011 a 2017 a média foi de 500 mil, e hoje chegou a marca histórica de 2,3 milhões de CPFs. Para o agente autônomo de investimentos, sócio da Vertente Capital, Marcelo Estrela, os números mostram que os brasileiros estão voltando seus olhos para esse segmento e entendendo melhor como funciona o mercado de rendas variáveis. Prova disso está também na variação do tipo de aplicação, a análise mostrou que em 2016, 78% de pessoas físicas detinham somente ações. Em 2020 esse número caiu para 54%, quando outros produtos passaram a integrar as carteiras, como os investimentos em fundos imobiliários. Além disso, 48% das pessoas físicas tem hoje 5 ou mais ativos em carteira. Em 2016 essa base representava apenas 26%.

Nem mesmo o cenário de pandemia, momento em que os valores das ações oscilaram, afastou os brasileiro. “Podemos concluir que o brasileiro está mais bem informado. Se observarmos em que tipo de ações eles estão investindo, vamos perceber que estão concentrados em empresas sólidas, com boa capacidade de recuperação depois da crise na saúde”, detalha Estrela. A baixa taxa de juros, hoje em 3% ao ano, também favorece as aplicações. 

Vale lembrar que em 2008 a taxa Selic ultrapassou 14% ao ano, impactando diretamente nos rendimentos. “Atualmente, mesmo que as margens de lucros das empresas sejam menores, é factível que no médio prazo os rendimentos obtidos através de dividendos sejam superiores àqueles que seriam obtidos através de uma aplicação conservadora como o Tesouro Selic”, esclarece. 

Estrela reconhece também o trabalho dos bancos especializados no sentido de facilitar o acesso das pessoas à informação de qualidade. "O BTG Pactual, por exemplo, têm feito um belíssimo trabalho nesse sentido em seus canais do Youtube e Spotify. Como eles possuem uma plataforma aberta de investimentos, eles conseguem reunir gestores de recursos independentes, economistas de respaldo internacional e figuras públicas, e isso contribui com a população que está interessada, mas não tem a expertise”.  

Tratando-se de Goiás, o comportamento também segue a tendência ascendente apresentada no quadro nacional. Em abril, a B3 registrou mais de 55 mil investidores individuais goianos, ocupando o 9º lugar do Brasil no ranking do mês. Em 2019, no mesmo período, a quantidade pessoas físicas goianas no mercado era de 36 mil, 

Para Estrela o potencial brasileiro de investimento ainda pode ser muito mais explorado, considerando que existe muita dificuldade por parte das pessoas em entender o funcionamento do mercado de ações. “Dada a dificuldade em utilizar home broker (sistema de pregão eletrônico), casas como o BTG Pactual trabalham para apresentar soluções que minimizem esse problema. O objetivo dessas soluções, é facilitar o lançamento de ordens de compra na bolsa de forma automatizada. O usuário poderá apenas determinar valor que se pretende comprar, dentro das opções oferecidas pela corretora”. 

Cinquenta lojas pedem o encerramento das operações em shoppings de Campinas


Levantamento é da comissão de Shoppings Centers da OAB


A suspensão das atividades nos shoppings Centers por mais de dois meses como medida para evitar a propagação da Covid-19 já provocou o pedido de fechamento de pelo menos 50 lojas nos centros de compra de Campinas. Isso representa cerca de 5% do total de operações. Além dos prejuízos e dispensas de funcionários, empresários também enfrentam outro problema: altos valores cobrados como multas pelas administrações para o encerramento do contrato.

Os números de encerramento das atividades fazem parte de um levantamento realizado pela Comissão de Shoppings Centers da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas. “Estamos fazendo um levantamento mais completo dos impactos em toda a região de Campinas”, adianta o presidente da Comissão, o advogado Gustavo Maggioni.

Ele conta que é grande o número de lojistas que operam nos shoppings e que procuram a entidade para comunicação da necessidade de encerramento definitivo das operações. Os empresários relatam a cobrança de multas pesadas pelas administradoras, que em muitos casos passam de dez vezes o valor do aluguel.

A recomendação do presidente da comissão é para que o lojista procure o shopping para fazer um acordo solicitando a isenção da multa, uma vez que a rescisão do contrato está se dando por fato extraordinário em decorrência da pandemia que obrigou o fechamento temporário dos shopping centers.

De acordo com o advogado, a tendência é que haja um aumentodo número de operações fechadas nas próximas semanas. Segundo o plano de reabertura dos shoppings aprovado pelo governador de São Paulo João Doria, as praças de alimentação devem continuar fechadas, o que agravará a crise dos lojistas ligados a alimentação nos centros comerciais.

Mesmo com a reabertura de parte das operações nas próximas semanas, com a flexibilização da Quarentena, o movimento de vendas tende a continuar fraco. “Hoje, as lojas que estão autorizadas a funcionar estão tendo menos de 30% de faturamento e este percentual não é suficiente para cobrir os custos de locação e despesas com funcionários”, explica Maggioni.

“É bastante preocupante o cenário para estas empresas que funcionam nos shoppings a curto e médio prazo. Tudo leva a um aumento considerável de encerramento de operações nas próximas semanas”, completa.


A jornada e a sobrecarga das mulheres em tempos de home office e coronavírus



Profissionais, mães, empreendedoras, responsáveis pelo lar são algumas das funções exercidas em dias comuns. Conciliar casa, trabalho e filhos não é novidade na rotina de milhares de mulheres, fato que, logicamente, exige muito esforço e estratégia. Contudo, o surgimento do coronavírus e as recomendações de isolamento social impuseram viver todas essas realidades juntas, 24 horas, evidenciando ainda mais a sobrecarga e o acúmulo de tarefas que as mulheres precisam vencer diariamente.

Segundo dados de 2019 divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mulheres dedicam em média 18,5 horas semanais aos afazeres domésticos e cuidados de pessoas, na comparação com 10,3 horas semanais dos homens. Ou seja, em tempos normais, as mulheres se dedicavam quase o dobro às atividades de casa e aos filhos. O coronavírus só tornou isso mais evidente, já que elas permanecem com todas essas funções, que se somam ao fato de que as crianças agora estão em casa e é quase impossível contar com ajuda externa. Obviamente, além de tudo, há a vida profissional que precisa ser mantida e a exigência de que a qualidade das atividades permaneça igual.

Quem pode ficar em casa enfrenta uma alta pressão de continuar sua carreira como se não houvesse empecilhos e isso gera uma sobrecarga física e emocional que pode acarretar diversas patologias posteriores. Uma das mais visadas é a síndrome de Burnout, também conhecida como síndrome do esgotamento profissional. O distúrbio psíquico tem como característica estados de estresse ocasionados por condições de trabalho físicas, emocionais e psicológicas desgastantes. Se o cenário dito “normal” já é desvantajoso para pessoas do sexo feminino, na atual conjuntura isso se torna ainda mais crítico.

No Brasil, 18% dos ministros, 23% dos desembargadores, 48% dos advogados e 50% dos servidores são mulheres, segundo a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ademais, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 70% dos trabalhadores da área de saúde no mundo são mulheres, sendo que, no Brasil, a enfermagem é composta por um quadro 85% feminino. Dessas, quem não está se desdobrando para cuidar da família e da carreira por meio de teleconferências, teleaudiências e trabalho remoto, está atuando diretamente no combate à Covid-19.

Outro dado importante: cerca de 11 milhões de famílias no Brasil são comandadas por mães solo, que muitas vezes não podem contar nem com familiares próximos para ajudar nas tarefas diárias.

Todas essas informações e percepções, além de outras como o aumento da violência doméstica, nos levam a pensar que as atitudes destoam dos discursos.  Guerreiras, heroínas, batalhadora e diversos outros adjetivos são válidos, mas não ditam a obrigatoriedade das mulheres precisarem carregar uma carga muito maior do que de fato suportam. É valido enxergar força, mas covarde observar de longe as lutas pelas quais passaram e estão passando. As mulheres podem e devem receber o devido valor que merecem na sociedade e não se sentirem sobrecarregadas por serem responsáveis pela maioria das esferas em que atuam.





Márcia Glomb - advogada especialista em Direito do Trabalho, e atua no Glomb & Advogados Associados


QUEM SABE LEVAMOS ESTE PAÍS A SÉRIO?


        Instalou-se no Brasil um estresse político que, mantido, conduzirá a um final infeliz. Ou seja, a tensão está aumentando e arrastando a nação a um estágio cada vez mais crítico. Não haverá solução boa pelo caminho das picuinhas e da crescente violência verbal e comportamental.

O quadro é alarmante. Chega-se ao fim de cada dia abastecido de notícias que amplificam os sentimentos de pânico, medo, revolta, e de uma raiva que arde no peito e clama pelo mau lenitivo chamado... vingança. Na política, passada a régua nessa conta, comprou-se por cem um estresse que talvez não valesse vinte. De outro lado, epidemia de temores é abastecida com dose diária de notícias alarmantes em que recordes são batidos e barreiras ultrapassadas, como se estivéssemos numa olimpíada funesta do obituário internacional.

        O povo, que tanto agita os fantasmas mentais de alguns senhores da Suprema Corte, não tem culpa alguma na instabilidade política do país. O povo, o soberano povo, é vítima. É dele o desemprego, o prato magro do pouco alimento, o teto perdido, o lazer impossível, o beco sem saída, a esperança perdida, os longos dias vazios e as ainda maiores noites de insônia. Todos esses apertos passam longe, bem longe dos que exibem a musculatura do respectivo poder enquanto se encaram com aquele olhar gentil com que os boxeadores esquentam hormônios para a luta.

        Muitos titulares de poder de Estado talvez se sentissem melhor se o povo se recolhesse em isolamento sanitário horizontal, em isolamento político vertical e num lockdown acústico de onde sequer suas vozes fossem ouvidas. No entanto, as manifestações populares estão salvando a democracia enquanto os poderes se provocam, rixam, e disputam supremacia onde deveria haver independência e harmonia.

        Por longos meses, o governo vitorioso nas urnas buscou escorar-se no povo, com o qual Bolsonaro tem conexão incomum. No entanto, à medida que preservava o estilo e os laços com o povão, indispensáveis para manter suas salvaguardas no tabuleiro da política, ele perdia apoiadores naquela parcela da elite que votou nele, mas nunca o acolheu muito bem. Prefeririam, esses, um conservador estilo britânico, tipo Stanley Baldwin, ou seja, um Bolsonaro gentleman, que nunca existiu. Seu apoio perde vigor entre aqueles que, vendo as dificuldades enfrentadas pelo governo esperam dele uma atitude impossível. A atitude possível, perfeitamente possível, é dar o primeiro passo no rumo certo.

        Muitas vezes, ao longo dos anos, ouvi dizer que "o Brasil é maior do que a crise", e tem sido. No entanto, se mais estável, com instituições melhores, seria um país melhor para seus filhos. Como escrevi outro dia, este é o país de Bonifácio, de Nabuco, de Caxias, de Pedro II, de Mauá. Não será derrotado num conflito de picuinhas! As urnas falaram alto em 2018 e exigem respeito, principalmente daqueles, tão poderosos e arrogantes, que a ninguém julgam dever respeito. Zele Deus por esta sua nação.




Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Celebrando os Namoros Modernos


Os meus avós ficaram juntos até o fim do meu avô, cerca de 50 anos depois do casamento. Nos respectivos padrões, o casamento era bom, mas o conceito mudou e o que era aceito na época deles, é apenas uma parte do que é esperado hoje. Ele era psiquiatra, tinha uma coluna científica em jornais e era escritor, sendo ela uma cozinheira de mãos abençoadas; então, sobre o quê poderiam dialogar e em que nível se interessariam pelos mesmos assuntos?

O conceito de bom marido há “50” anos era menos complexo e exigente, remetendo-se a trabalhar, prover para a casa, respeitar a esposa e ter filhos; e ser uma boa mulher era cuidar bem da casa, cozinhar bem, educar os filhos com punições e recompensas e respeitar-se/submeter-se (às vezes) às vontades do homem. Isto tudo com muita dificuldade de divórcio.

Hoje, a separação é possível, a atração sexual recíproca é necessária, ambos precisam ter independência financeira, a amizade entre os cônjuges é fundamental, a submissão deixou de existir (pelo menos a que era clara, mas não é o momento para debater sobre este ponto), ambos precisam ter objetivos similares de vida, e é preciso que um mime ao outro e que os dois cuidem bem da casa e filhos, caso decidam tê-los.

As relações íntimas estão mais complexas e exigentes, além de mais imprevisíveis e inseguras. O divórcio era mais complicado não porque as pessoas eram mais amadas, mas sim por questões morais e medos; tanto de noções religiosas e sociais acerca do ser errado se separar, como de cair financeiramente, medo de ficar só e do que os outros pensariam, respectivamente. Estes medos ainda existem, mas num nível muito menor do que já fora. O casamento não se baseava tanto na felicidade da relação dos dois, mas sim num cumprimento de um “confortismo”, complementariedade (homem fazia uma parte e mulher fazia outra), paz de expectativas próprias e sociais de como viver.

Seria razoável ser colocado que seria adequada uma celebração dos namoros (estar amando alguém) modernos, pois pela primeira vez na humanidade (assim me parece) homens e mulheres estão psicologicamente similares, permitindo valores semelhantes, formação acadêmica igual, gostos iguais-parecidos em grande parte e ocorrendo o mesmo em termos de responsabilidades, na prática e teoria.

Homens fazem o que as mulheres faziam (cozinhar, cuidar da casa e dos filhos) e as mulheres fazem o que apenas os homens faziam (prover para a casa, buscar sucesso profissional e financeiro). Somando-se ainda o fato de muitos homens reclamarem da falta de diálogo com as mulheres e elas também se queixam da falta de sexo, não há mais desconfortos que sejam de apenas um dos lados. Os relacionamentos estão mais coloridos, mais saborosos, mais intensos e mais plenos; e na medida em que estes ingredientes não ocorram ou deixem de ocorrer, mais inseguros. Afinal, se finalizar uma ou mais destas possibilidades, o mesmo pode ocorrer com o casamento.

Então, o que pode ser melhor do que ter boas relações sexuais com a sua melhor amiga ou amigo, com quem você busca um futuro comum e que ambos não apenas cuidem bem um do outro, mas também o ou a mime até que não seja mais possível, seja por qual razão for?





Dr. Bayard Galvão - Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Palestrante. Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras, treinamentos e atendimentos individuais utilizando estes conceitos.  www.institutobayardgalvao.com.br



7 dicas para voltar a fazer planos para o futuro



Embora estejamos vivendo um momento de grande desenvolvimento tecnológico, com inteligência artificial, internet das coisas, drones, lives, redes sociais interconectadas, ainda não conseguimos desenvolver um aplicativo capaz de prever o futuro, um App Nostradamus.

Somos movidos pela capacidade de realização de sonhos, planos para o futuro, pela necessidade de crescimento e auto realização.

Uma pesquisa realizada pela Fundação Getúlio Vargas aponta que mais da metade das famílias brasileiras já tiveram algum impacto no trabalho, desde o início da pandemia. De 1,3 mil consumidores consultados, 53,5% afirmam que sofreram algum tipo de impacto.

O impacto econômico será grande, o social também, mas talvez o maior a ser sentido é que muitas pessoas estão deixando de sonhar e realizar planos para o futuro. Por que: planejar uma viagem é uma forma de realizar sonhos; planejar a compra da casa própria é uma forma de realizar sonhos; sonhar com o carro novo é uma forma de se planejar para a vida futura; casar, ter filhos, fazer um curso superior, uma pós-graduação, etc, são planos que estão sendo, forçadamente, “insonhados”, “desplanejados”, pela falta de perspectiva de reposição de condições básicas de manutenção do ser humano, comida, moradia, educação e renda.

Mas não há mal que sempre dure, nem bonança que seja eterna.

Como fazer para voltar a ter sonhos e planejar o seu sucesso?
1 – Atualize seu currículo, principalmente a parte dos sonhos, das motivações, dos planos para o futuro;

2 – Use a tecnologia a seu favor e tenha competências digitais, atualize suas informações nas redes sociais, reforce seu network, peça para que seus colegas e amigos referenciem suas competências;

3 – Vídeo Currículo, prepare sua apresentação em vídeo, demonstre que usar tecnologia e comunicar-se bem são qualidades que você tem;

4 – Faça cursos de aperfeiçoamento. São muitas as opções ofertadas pelas instituições de ensino superior, inclusive cursos gratuitos;

5 – Se a sua condição financeira permitir, faça cursos de graduação e pós-graduação nas áreas que estão tendo demanda hoje e no futuro, como Negócios Digitais, Marketing Digital, E-Commerce, Varejo Digital, Gestão de Startups, Blockchain, Global Trading, Assessoria Executiva Digital;

7 – Procure um novo emprego ou profissão, mas não se esqueça dos seus sonhos, não se esqueça das suas emoções (cuide de seu lado espiritual), do seu relacionamento social com a família em primeiro lugar, com os amigos, com os colegas de trabalho e estudo, acima de tudo tenha aspirações de se recuperar, voltar a crescer, ser um referencial para todos que o cercam.

Não estamos sendo impactados apenas pelo distanciamento social, estamos sendo impactados pela falta de perspectiva de futuro que pertence a aqueles que se preparam, que planejam e que sonham na frente.
Bons sonhos!





Elton Ivan Schneider - diretor da Escola Superior de Gestão, Comunicação e Negócios do Centro Universitário Internacional Uninter


Percepção dos brasileiros 50+ sobre a finitude; 7 em cada 10 entrevistados estão refletindo mais sobre a morte durante a pandemia


Conduzida pela agetech Janno em parceria com a MindMiners, a pesquisa "Plano de Vida & Legado" aponta que a pandemia do Covid-19 colocou holofotes nas questões da longevidade e finitude. A pandemia de Covid-19 colocou holofotes nas questões da longevidade e finitude. O mapeamento mostra que sete em cada 10 entrevistados com mais de 60 anos afirmam que estão refletindo mais sobre a finitude durante a pandemia; quatro em cada 10 estão com medo de morrer; dois em cada 10 começaram o planejamento de fim de vida durante o distanciamento social.


 O movimento de transformação liderado pelos maduros está alterando a percepção e relação que temos do fim da vida. A Revolução da Longevidade – que movimentou a Economia Prateada nos últimos cinco anos – está prestes a acontecer, também, com a finitude. Problemas de consumo não resolvidos e produtos de baixa tecnologia não centrados no ser humano estão com os dias contados. Aos poucos, esse mercado começa a ganhar força com agetechs que mostram as oportunidades de alterar a relação das pessoas com o finamento. Essa nova face da morte pode ser mais real, afetiva e prática; o tabu cede lugar ao diálogo e a surpresa é atenuada pelo planejamento. Para entender a relação do brasileiro com a finitude – sobretudo em tempos de pandemia da Covid-19 – a startup Janno conduziu a pesquisa Plano de Vida & Legadoem parceria com a MindMiners. Entre as análises, a forma como os 50+ se planejam para a segunda metade da vida.

onduzida com 1.053 brasileiros com mais de 45 anos, a pesquisa inova ao pautar análises da relação do cidadão maduro com o novo formato e perspectiva de vida, que agora esticou. O estudo mostra que há um território vasto a ser explorado por vários segmentos do consumo e startups, inclusive de planejamento de fim da vida. “Estamos no século da velhice da humanidade e, se seguirmos os passos dos 30 milhões de brasileiros com mais de 60 anos, vamos viver mais nessa fase da vida do que em todas as outras. Portanto, em uma idade na qual, por gerações, o fim parecia próximo, sabemos que o melhor da vida está apenas começando. Assim, as quase 60 milhões de pessoas que já passaram dos 50 anos, desenham um novo modo de envelhecer. Nele, os sonhos são restaurados, os desejos se avivam, a liberdade é o maior valor – e um novo plano de vida começa a ser escrito”, analisa Layla Vallias, cofundadora da Janno.

Maior que a população da Espanha, os maduros com mais de 50 anos já somam quase 60 milhões no Brasil; em pouco tempo, seremos o sexto país mais velho do mundo. Pela primeira vez na história, a humanidade tem mais tempo para viver; sonhar; reinventar a vida, a carreira, os relacionamentos e a própria trajetória. A chave está em desenvolver novos territórios nos quais o capital social e intelectual lapidado em décadas possa redefinir padrões de consumo e comportamento. 


 PRINCIPAIS DESTAQUES DA PESQUISA |
  •  Envelhecer nesse século é uma grande novidade para todos nós. Os novos maduros – brasileiros com mais de 50 anos – trabalham, viajam, namoram, cuidam da família e se divertem como os jovens. Os 60+ formam um contingente de avós e avôs que estão nas ruas, trabalhando. De acordo com Layla Vallias, uma das coordenadoras da pesquisa Plano de Vida & Legado e especialista em Economia Prateada, os cinquentões de hoje não são os novos 50+; esses brasileiros não são nem como os maduros de outros tempos, nem como os millennials – eles formam uma geração jamais vista: estão quebrando padrões e criando a própria forma de viver. “Eles estão revolucionando o que é envelhecer; entre os entrevistados que têm mais de 55 anos, 68% afirmam que nunca pensaram em chegar à essa idade tão bem; 73% são financeiramente independentes”, detalha Layla, acrescentando que essa realidade tem um impacto considerável na construção dessa nova geração de cinquentões brasileiros.
  • Independência e autonomia são palavras de ordem. Oito em cada 10 brasileiros afirmam que são independentes e não gostam de dar trabalho a familiares ou amigos. Na prática, independência e autonomia são palavras de ordem: 83% dos brasileiros com mais de 45 anos afirmam que um dos maiores medos é depender fisicamente de outras pessoas ao envelhecer; 78% têm medo da dependência financeira.
  • Sobre o planejamento, sete em cada 10 afirmam que planejam a velhice para não depender financeiramente de familiares e amigos. E esse planejamento tem que levar em conta o alongamento da vida. Embora o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística aponte que a expectativa de vida é de 76 anos no Brasil, seis em cada 10 dos entrevistados com mais de 65 anos acreditam que vão viver mais de 90 anos.
  • Viver mais significa ter que poupar por mais tempo, porém os brasileiros começam a se planejar mais próximos da aposentadoria. Entre os entrevistados com mais de 45 anos, 19% já se planejaram; 27% entre os que têm entre 55 e 64 anos e 30% dos brasileiros 60+ se planejaram para o envelhecimento. Entre as mulheres, essa é uma pauta mais distante, em especial entre as com mais de 65 anos: somente 18% das entrevistadas – com idade entre 45 e 54 anos – começaram o processo de se planejar; 25% com idade entre 55 e 64 anos; e 24% somente aos 65 anos iniciaram o planejamento. Entre os homens, os índices são 20%, 33% e 45%, respectivamente.
  • Entre 10 brasileiros, apenas dois já fizeram algum tipo de planejamento financeiro para a velhice. Mesmo sabendo que a longevidade exige um novo plano financeiro, pouco são os que realmente calcularam o valor que precisam poupar: 32% afirmam que nunca pensaram no tema; 23% já fizeram o cálculo.
  • Contexto de pandemia | A pandemia de Covid-19 colocou holofotes nas questões da longevidade e finitude. A pesquisa Plano de Vida & Legado traz um recorte sobre a percepção dos brasileiros: sete em cada 10 entrevistados com mais de 60 anos afirmam que estão refletindo mais sobre a finitude durante a pandemia; quatro em cada 10 estão com medo de morrer; dois em cada 10 começaram o planejamento de fim de vida durante o distanciamento social.
  • Novos formatos familiares | A longevidade chega primeiro na família, antes mesmo de ser notada pela sociedade, pelas marcas e de ocupar as ruas. É dentro do lar que as relações mudam, impulsionadas pelo envelhecimento. Nesse contexto, o cuidador familiar – em geral, esposas, filhas e netas – assumem os cuidados. Não raro, essas mulheres fazem parte da chamada “Geração Sanduíche”, formada por pessoas que cuidam dos pais, mais velhos, e ainda têm filhos e netos sob sua responsabilidade. Sete a cada 10 brasileiros com mais de 45 anos já cuidou ou ainda cuida de algum familiar idoso; 52% dos brasileiros com idades entre 45 e 65 anos fazem parte dessa geração; seis em cada 10 dos que têm 45+ têm algum dos pais vivos (32% mãe viva; 25% pai). Além do desgaste emocional, esse modelo de relação afeta as finanças da pessoa madura. A pesquisa mostra que 43% dos entrevistados se identificam com a frase “ajudar financeiramente meus familiares pesa na minha renda mensal”.

  •  É preciso falar sobre a morte | Sete em cada 10 brasileiros considera a morte um tabu. Embora seja um tema frequentemente abordado pelas religiões e artes, o tema não chega facilmente à mesa do jantar. Ao ser administrada com um distanciamento emocional e de forma prática, a morte passou a ser tratada apenas no ambiente hospitalar. No Vale do Silício, por exemplo, há quem queira matar a morte em busca da imortalidade. Na análise de Layla Valias, colocar o assunto embaixo do tapete não está nos ajudando. “Somos um dos piores países para se morrer: no ranking Qualidade da Morte, conduzido pela Economist Intelligence Unit, o país ocupa a 42ª posição entre 80 países. No cotidiano, 74% dos brasileiros não falam sobre a morte. Quando a ameaça à vida ganha proporções globais e palpáveis – como temos visto nesta pandemia – o assunto é ainda mais urgente. Mas, é importante lembrar que falar sobre finitude não se trata de abordar somente o luto, a perda, a saudade. Planejar a finitude é, acima de tudo, assegurar a liberdade de tomar as próprias decisões e honrar o legado”, afirma.

  • Seis em cada 10 brasileiros com mais de 45 anos já refletiram sobre a própria morte e não acham difícil falar sobre o tema. Conforme a idade passa, fica cada vez mais fácil falar sobre a morte: 47% entre 45 e 54 anos; 38% entre 55 e 64 anos; e 31% entre os 65+. Cinquenta e quatro por cento dos brasileiros com mais de 45 anos se identificam com a afirmativa: eu me preocupo com o que vou deixar (patrimônio ou dívidas) para meus filhos e familiares quando não estiver mais aqui.

  • Sobre as “vontades”, seis em cada 10 brasileiros com mais de 45 anos, afirmam que querem morrer em casa; 13% em hospice (com cuidados especiais de tratamento de fim da vida); 13% em hospital, mas não UTI; 4% em casa de repouso (ILPI); e 2% na UTI.

  • Seis em cada 10 brasileiros com 45+, que já refletiram sobre a morte, sabem quais são os desejos de final de vida: sete em cada 10 já conversaram sobre os ritos funerários com familiares e amigos próximos; cinco em cada 10 já conversaram sobre como querem ser cuidados em caso de doença terminal. Entretanto, nesse assunto falta a reflexão sobre o planejamento (pessoal e financeiro) para essa etapa da vida. Oito em cada 10 brasileiros 45+ não registraram os seus desejos, por exemplo.

  • Planejar o legado | De acordo com estudo do Sindicato dos Cemitérios e Crematórios (SINCEP), 87% dos brasileiros não se sentem preparados para lidar com a morte. Entretanto, segundo Uri Levin, cofundador da Janno e um dos coordenadores da pesquisa, planejar e organizar os documentos mais importantes da vida é essencial para auxiliar a família a lidar, com o mínimo de estresse, com questões como heranças, dívidas e outras pendências. “Sete em cada 10 brasileiros 45+ acreditam ser importante organizar documentos, testamento e plano funeral, mas apenas três já começaram efetivamente esse planejamento”, afirma. Segundo Levin, entre os que buscam informações sobre o planejamento de final de vida, 34% recorrem a familiares; 25% a profissionais da área; 25% a internet; e 8% a empresas especializadas.

  • Organização | Entre os entrevistados, 81% dos brasileiros com mais de 45 anos se consideram organizados com documentos e informações importantes. Sobre onde guardam os documentos: 65% apontam que são em pastas físicas em casa; 40% em casa, mas também na nuvem; 9% no próprio computador; 9% somente na nuvem; e 1% em nenhum lugar.

  • Testamento vital | Documento capaz de ajudar no registro dos desejos sobre o final da vida para pessoas maiores de 18 anos – consideradas lúcidas e com capacidade cognitiva –, o testamento vital traz informações sobre como o indivíduo gostaria de ser cuidado no futuro. Para oito em cada 10 brasileiros com mais de 45 anos, o testamento vital é um documento importante; 60% afirmam que quem deve decidir sobre cuidados, tratamentos e procedimentos no caso de doença terminal é a própria pessoa e, em segundo lugar, seus familiares. Sete em cada 10 brasileiros gostariam que a família aceitasse a morte como algo natural da vida e o deixassem ir, no caso de alguma doença terminal.

  • Consumo | Nove em cada 10 brasileiros, acima dos 45 anos, já comprou pela internet; três em cada 10 brasileiros compram mensalmente. Setenta e um por cento dos entrevistados assinam produtos recorrentes como Netflix, HBO Go, Amazon. Quando questionados sobre o que uma empresa deve ter para ser considerada uma marca que respeita e atende às necessidades dos consumidores maduros, os brasileiros 45+ apontaram que excelência no atendimento (96%); resolver solicitações e reclamações com eficiência (96%); e ter canais de atendimento eficientes (94%) são os principais atributos, seguidos de oferecer mais informações sobre o produto e serviços (93%); qualidade e variedade dos produtos/serviços (93%); preço (93%); demonstrar preocupação com toda a jornada de compra do cliente (89%); responsabilidade socioambiental (89%); oferecer promoções (87%); ter produtos para pessoas da minha idade (79%); mensurar a experiência dos clientes por meio de pesquisas e agir (79%); ter atendimento especializado para pessoas da minha idade (68%); e ter um programa de fidelidade (66%).

  • Digital | Os novos maduros são ativos e digitais. Para 86%, a tecnologia ajuda no dia a dia para viver melhor; 83% dos entrevistados gostam de testar novas marcas de produtos e serviços; eles são independentes e se planejam para o futuro. Da base de entrevistados, 81% se identificam com a frase "sou independente e não gosto de dar trabalho para os outros"; 71% confirmam que planejam a velhice para não depender de ninguém financeiramente.

MERCADO DA FINITUDE | Embora não conste nas teses dos fundos de investimento ou entre as badaladas tendências de consumo, o Mercado da Finitude movimenta milhões de reais todos os anos, envolvendo produtos e serviços para diferentes etapas do fim da vida. Seja para quem deseja deixar tudo organizado e decidido, seja para os que precisam lidar com o luto, o seguro ou a burocracia que envolve o falecimento de um parente, esse segmento da economia vai muito além de cemitérios e hospitais. A pesquisa Plano de Vida & Legado – conduzida pela startup Janno em parceria com a MindMiners – aponta que apesar de saberem sobre a importância e conhecerem os documentos e serviços, a parcela de brasileiros que planeja o legado é pequena.

A pesquisa aponta que 77% conhecem os seguros de vida, mas somente 35% possuem. Outros documentos como testamento, plano funerário, lista de beneficiários, procuração para cuidados de saúde, testamento vital, mandato, fundo fiduciário, diretivas antecipadas são conhecidos por, respectivamente, 65%, 65%, 61%, 35%, 27%, 17%,16%, 10%, 8% e 8% dos entrevistados. Entretanto, somente 6% fizeram testamento; 22% têm plano funerário; 9% têm lista de beneficiários organizada; 1% fez procuração para cuidados com a saúde; 2% possuem testamento vital; 1% tem mandato; 2% providenciaram diretivas antecipadas; e nenhum dos entrevistados conta com fundo fiduciário.

Sobre a experiência de lidar com o estresse da burocracia e com o luto, 55% dos entrevistados com mais de 45 anos afirmaram que já vivenciaram essa experiência de ter que organizar documentos, pertences e informações de uma pessoa próxima que faleceu; desses, cinco em cada 10 consideram que se trata de um processo trabalhoso.

SOBRE A METODOLOGIA DA PESQUISA | Conduzida de forma online com 1.053 brasileiros pela Janno e MindMiners entre fevereiro e março de 2020, a pesquisa Plano de Vida & Legado conta com 1053 entrevistados com idades entre 45 e 54 anos; 359 entre 55 e 64 anos; e 122 com mais de 65 anos. A maioria dos respondentes é formada por mulheres (712); entre os entrevistados, 747 são do Sudeste; 121 do Sul; 86 do Nordeste; 66 do Centro-Oeste; e 33 do Norte.




JANNO


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