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quinta-feira, 4 de junho de 2020

Cinquenta lojas pedem o encerramento das operações em shoppings de Campinas


Levantamento é da comissão de Shoppings Centers da OAB


A suspensão das atividades nos shoppings Centers por mais de dois meses como medida para evitar a propagação da Covid-19 já provocou o pedido de fechamento de pelo menos 50 lojas nos centros de compra de Campinas. Isso representa cerca de 5% do total de operações. Além dos prejuízos e dispensas de funcionários, empresários também enfrentam outro problema: altos valores cobrados como multas pelas administrações para o encerramento do contrato.

Os números de encerramento das atividades fazem parte de um levantamento realizado pela Comissão de Shoppings Centers da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas. “Estamos fazendo um levantamento mais completo dos impactos em toda a região de Campinas”, adianta o presidente da Comissão, o advogado Gustavo Maggioni.

Ele conta que é grande o número de lojistas que operam nos shoppings e que procuram a entidade para comunicação da necessidade de encerramento definitivo das operações. Os empresários relatam a cobrança de multas pesadas pelas administradoras, que em muitos casos passam de dez vezes o valor do aluguel.

A recomendação do presidente da comissão é para que o lojista procure o shopping para fazer um acordo solicitando a isenção da multa, uma vez que a rescisão do contrato está se dando por fato extraordinário em decorrência da pandemia que obrigou o fechamento temporário dos shopping centers.

De acordo com o advogado, a tendência é que haja um aumentodo número de operações fechadas nas próximas semanas. Segundo o plano de reabertura dos shoppings aprovado pelo governador de São Paulo João Doria, as praças de alimentação devem continuar fechadas, o que agravará a crise dos lojistas ligados a alimentação nos centros comerciais.

Mesmo com a reabertura de parte das operações nas próximas semanas, com a flexibilização da Quarentena, o movimento de vendas tende a continuar fraco. “Hoje, as lojas que estão autorizadas a funcionar estão tendo menos de 30% de faturamento e este percentual não é suficiente para cobrir os custos de locação e despesas com funcionários”, explica Maggioni.

“É bastante preocupante o cenário para estas empresas que funcionam nos shoppings a curto e médio prazo. Tudo leva a um aumento considerável de encerramento de operações nas próximas semanas”, completa.


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