Levantamento é da
comissão de Shoppings Centers da OAB
A suspensão das atividades nos shoppings Centers
por mais de dois meses como medida para evitar a propagação da Covid-19 já
provocou o pedido de fechamento de pelo menos 50 lojas nos centros de compra de
Campinas. Isso representa cerca de 5% do total de operações. Além dos prejuízos
e dispensas de funcionários, empresários também enfrentam outro problema: altos
valores cobrados como multas pelas administrações para o encerramento do
contrato.
Os números de encerramento das atividades fazem
parte de um levantamento realizado pela Comissão de Shoppings Centers da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB) de Campinas. “Estamos fazendo um levantamento
mais completo dos impactos em toda a região de Campinas”, adianta o presidente
da Comissão, o advogado Gustavo Maggioni.
Ele conta que é grande o número de lojistas que
operam nos shoppings e que procuram a entidade para comunicação da necessidade
de encerramento definitivo das operações. Os empresários relatam a cobrança de
multas pesadas pelas administradoras, que em muitos casos passam de dez vezes o
valor do aluguel.
A recomendação do presidente da comissão é para que
o lojista procure o shopping para fazer um acordo solicitando a isenção da
multa, uma vez que a rescisão do contrato está se dando por fato extraordinário
em decorrência da pandemia que obrigou o fechamento temporário dos shopping
centers.
De acordo com o advogado, a tendência é que haja um
aumentodo número de operações fechadas nas próximas semanas. Segundo o plano de
reabertura dos shoppings aprovado pelo governador de São Paulo João Doria, as
praças de alimentação devem continuar fechadas, o que agravará a crise dos
lojistas ligados a alimentação nos centros comerciais.
Mesmo com a reabertura de parte das operações nas
próximas semanas, com a flexibilização da Quarentena, o movimento de vendas
tende a continuar fraco. “Hoje, as lojas que estão autorizadas a funcionar
estão tendo menos de 30% de faturamento e este percentual não é suficiente para
cobrir os custos de locação e despesas com funcionários”, explica Maggioni.
“É bastante preocupante o cenário para estas
empresas que funcionam nos shoppings a curto e médio prazo. Tudo leva a um
aumento considerável de encerramento de operações nas próximas semanas”,
completa.
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