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terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Permanecer muito tempo sentado pode ser fator de risco para surgimento de câncer colorretal


Estudo indica que ficar sentado por mais de duas horas diárias pode aumentar em quase 70% a chance de desenvolver a doença

 
O hábito de permanecer muito tempo sentado pode ser um fator de risco para o surgimento do câncer colorretal. É o que indica uma recente pesquisa divulgada pelo Journal of the National Cancer Institute, da Oxford Academic.

Neste levantamento, das 90 mil mulheres americanas analisadas, 118 casos de câncer colorretal tem relação ao excesso de tempo sentado. Um dos dados que chamam a atenção é que de acordo com o estudo, ficar mais de uma hora diariamente sentado aumentou em 12% o risco em comparação aos que ficaram menos tempo. Já aqueles que permaneceram sentados por mais de duas horas por dia tiveram um aumento de quase 70% do risco da doença. 

A análise foi feita em mulheres que não possuíam histórico familiar de câncer de colorretal e não avaliou o índice de massa corpórea (IMC) de cada uma. A causa central dessa ameaça entre a população mais jovem está relacionada ao hábito de permanecer muito mais tempo sentado em frente a computadores e televisores.

Um outro levantamento divulgado pela Sociedade Americana de Câncer (ACS, sigla do inglês American Cancer Society) em 2017, revelou que a taxa de incidência de tumores colorretais entre pessoas em idade adulta nascidas nos anos 1990 vem apresentando um aumento constante ano a ano. Segundo a pesquisa, os chamados Millennials têm o dobro de risco de desenvolver câncer no cólon (segmento do intestino grosso) e quatro vezes mais chances de receber um diagnóstico de câncer no reto em comparação à geração Baby Boomers, que são indivíduos nascidos entre 1946 até a metade da década de 60.


Sedentarismo e má alimentação

A ingestão de alimentos pobres em fibras e vitaminas e o sedentarismo também podem aumentar as chances do aparecimento da doença entre os jovens.

"As principais causas dessa mudança de perfil de paciente estão relacionadas aos maus hábitos cotidianos: falta de exercícios físicos, ingestão excessiva de carne vermelha, comida processada e ingestão de alimentos pobres em vitaminas e fibras, fatores estes que também contribuem para o sobrepeso e obesidade – uma epidemia global que atinge 1,9 bilhões de pessoas globalmente, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS)", afirma o Dr. Andrey Soares, oncologista do Centro Paulista de Oncologia (CPO), unidade São Paulo do Grupo Oncoclínicas.

Ainda de acordo com o oncologista, a obesidade é o segundo maior fator de risco para o surgimento do câncer, perdendo apenas para o tabagismo. Por isso, o incentivo à prática constante de exercícios físicos, dieta equilibrada, consumo moderado de bebidas alcoólicas e outras medidas simples como evitar o uso do tabaco, surgem não apenas como iniciativas essenciais para frear os índices aumentados do câncer, mas como uma maneira de promoção à qualidade de vida e bem estar geral. Essas medidas contribuem também para a potencialização do processo de tratamento para pessoas diagnosticadas com a doença e outras condições como diabetes e hipertensão.


Diagnóstico precoce

Em 2018, a American Cancer Society estabeleceu novas diretrizes para o rastreamento e prevenção do câncer colorretal. Atualmente é recomendado que os exames preventivos sejam iniciados aos 45 anos.

Existem diversos testes que identificam sinais indiretos de câncer nas fezes, por exemplo, ou através de exames que visualizam internamente o cólon e o reto. Um dos principais exames para a investigação é a colonoscopia. Nos casos de suspeita de câncer, esse exame pode determinar a localização da lesão e permitir a biópsia para confirmação da malignidade.

"Pessoas com histórico familiar deste tipo de tumor ou que tenham condições hereditárias como retocolite ulcerativa crônica ou doença de Crohn, por exemplo, fazem parte de um grupo que deve sempre se manter alerta. Nestes casos, o ideal é que o rastreamento comece aos 40 anos. É importante também frisar que outros fatores de risco podem ser evitados a partir de uma mudança simples de hábitos relacionados à alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e controle do peso", finaliza o Dr. Andrey.





Grupo Oncoclínicas


Saúde infantil: As 3 doenças oculares mais frequentes no verão


Ceratite não infecciosa e conjuntivite tóxica são as maiores vilãs da criançada; óculos de natação na piscina e de sol em passeios a céu aberto são eficientes para proteção


A estação mais divertida do ano é recheada de passeios, brincadeiras e muito sol. Ir à praia ou aproveitar a piscina do condomínio, do clube ou dos amigos são programas frequentes, mas que podem colocar em risco a saúde dos filhos, se não houver o cuidado necessário. Pensando nisso, o Dr. Guilherme Quinellato, da Clínica de Oftalmologia Integrada (www.coioftalmologia.com.br), elencou as doenças mais recorrentes no verão e como pais e responsáveis podem proteger a visão das crianças. 


Conjuntivite tóxica
 
É comum que, de vez em quando, os pequenos cheguem em casa anunciando que algum colega faltou à escola por estar com conjuntivite, principalmente no verão. Velha conhecida, a doença é caracterizada por vermelhidão, coceira e ardência. O tipo tóxico, por sua vez, não é contagioso e está ligado ao contato com algum produto químico, sobretudo o cloro e a urina nas piscinas.

Para evitar que a diversão seja interrompida, recomenda-se que as crianças utilizem óculos de natação quando forem à piscina ou não abram os olhos dentro d’água, evitando o contato com as substâncias. “Não é preciso cortar a diversão e impedir a garotada de matar o calor, nadando com os amigos. Para resolver o problema, é preciso utilizar o colírio lubrificante e/ou anti-inflamatório, receitado pelo oftalmologista e, em cerca de uma semana, estará tudo resolvido”, afirma Quinellato.


Conjuntivite viral

O cuidado exigido para tratar a conjuntivite viral é um pouco maior, visto que se leva, em média, de 7 a 14 dias para recuperação total. Embora apresente sintomas similares à tóxica, sua causa está relacionada a um vírus, que tende a se propagar com maior rapidez devido aos altos índices de umidade nas estações quentes.

“Nesse caso, a recomendação é consultar um médico para que ele receite um colírio específico e os demais procedimentos de higiene. E nada de aglomerações até que os filhos estejam 100%, para evitar o contágio de outras pessoas”, oriente o oftalmologista. Para evitar o contágio, é preciso higienizar as mãos diversas vezes ao dia e permanecer longe de aglomerações.


Ceratite não infecciosa

Adultos costumam ter seus óculos de sol sempre a postos, diferentemente das crianças, que não têm a mesma consciência. O sol, porém, não está para brincadeira e é necessário proteger a visão dos raios UVA e UVB, uma vez que longos períodos de exposição sem o uso de óculos de sol podem ocasionar o surgimento da ceratite não infecciosa. “É uma inflamação da córnea, que costuma se manifestar em pacientes que se expuseram à luz solar por muitas horas seguidas. Os principais sintomas são vermelhidão e a sensação de que há alguma sujeira dentro dos olhos”, esclarece o especialista.

Para tratar a doença, também é preciso visitar um oftalmologista e verificar os cuidados básicos, como os colírios e lubrificantes corretos. Além disso, a principal maneira de prevenir a ceratite não infecciosa é fazer com que os pequenos usem bonés ou óculos escuros quando forem à praia, ao parque ou a qualquer lugar onde passarão muitas horas a céu aberto.

O oftalmologista ressalta que o cuidado com os olhos desde a infância reduz danos que podem adiantar o surgimento de doenças com o passar dos anos, como catarata e degeneração macular. “As maneiras de prevenir essas enfermidades são relativamente simples, mas é preciso aplicá-las, para que as crianças se divirtam de forma saudável e não propiciem o surgimento de problemas de visão no futuro”, diz.





COI - Clínica de Oftalmologia Integrada


COMO PREVENIR TRAUMAS OCULARES EM CRIANÇAS DENTRO DE CASA?



  Lápis no olho, arranhão do gato ou cachorro, e queimadura por produtos químicos variados estão entre as causas mais frequentes de traumas oculares em crianças. Um segundo de distração, e o acidente acontece, geralmente onde se pensa ser o local mais seguro: o próprio lar, em ambiente familiar, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Afinal, quais cuidados tomar para que casos como esse não coloquem em risco a visão dos pequenos? E o que fazer em eventualidades como essa?

Para evitar acidentes, a conscientização dos pais e a supervisão do adulto são consideradas as medidas preventivas mais importantes. “De acordo com a literatura mundial sobre o tema, a maioria dos acidentes ocorre dentro de casa. É complexa a prevenção do trauma doméstico, mas aumentando-se a conscientização dos pais, melhorando a supervisão e a exposição de crianças mais novas aos objetos e às situações potenciais de perigo, pode-se reduzir a sua ocorrência”, comenta o Dr. Alan Barreira, oftalmologista do HCLOE, empresa do Grupo Opty em São Paulo.

Dados da Organização Mundial de Saúde mostram que cerca de 55 milhões de traumas oculares ocorrem a cada ano, restringindo as atividades dos pacientes por mais de um dia; 750.000 deles irão requerer hospitalização. Há em torno de 1,6 milhões de cegos por traumas oculares, além de 2,3 milhões de pessoas com visão baixa bilateral e quase 19 milhões com cegueira unilateral ou visão baixa, por essa mesma circunstância. Cerca de 40% dos casos de trauma ocular ocorrem na infância, sendo a maioria deles registrados em meninos.

A maior prevalência de traumas oculares encontra-se nas crianças entre 2 a 6 anos, o que se justifica pela imaturidade do sistema motor, senso de risco limitado e curiosidade infantil natural mais aparente nessa faixa etária, conforme afirma o Dr. Alan Barreira. Porém, as lesões com maior perda visual são relatadas na garotada maior de 6 anos. Abrasão corneana causada por madeira, pedra, bola, chave, lápis e caneta é a causa de trauma ocular mais comum na infância, segundo estudos publicados no País.

De acordo com o Dr. Alan Barreira, as consequências dos traumas oculares vão desde dor e olho vermelho por uma abrasão corneana, até a formação de úlcera de córnea, catarata e a necessidade de evisceração do globo ocular, ou seja, a extração do conteúdo do globo ocular (íris, humor vítreo), em casos de perfuração do olho – daí a importância da prevenção.

Alguns cuidados para prevenir acidentes capazes de causar traumas oculares:

  • Deixar o cabo da panela virado para dentro do fogão, evitando o fácil acesso de crianças e, consequentemente, de queimaduras térmicas oculares.
  • Manter longe do alcance das crianças os produtos de limpeza, perfumes, tintas e outras substâncias químicas.
  • Não presentear as crianças com brinquedos ou objetos pontiagudos: estilingues, canivetes ou tesouras com pontas. Essa medida reduz o risco de perfuração ocular.
  • Antes de comprar uma planta nova, verifique se ela não é venenosa e apresenta perigo para os pequenos em caso de ingestão ou contato com os olhos.
  • As crianças devem ser orientadas a tomar cuidado com aves que bicam, o gatinho que arranha e o cachorro que morde.
  • Sempre que possível, supervisionar as crianças durante os jogos e brincadeiras. Ensinar as crianças a brincar e jogar com segurança, e ainda a ter consciência da possibilidade de lesões oculares.
  • As crianças devem ser orientadas a não coçar os olhos repetidamente, pois coçar muito pode facilitar o aparecimento de infecções e do ceratocone, doença degenerativa da córnea, que faz com que ela assuma um formato de cone. Isso causa um astigmatismo irregular, levando a graves dificuldades de visão, sem cura.
  • Em casa ou na escola, os responsáveis devem ficar atentos a objetos pontiagudos, como lápis e tesoura, mesmo sem pontas, pois podem se transformar em armas nas mãos  dos pequenos.
  • Mesmo em saídas rápidas, no próprio quarteirão de casa, o uso do cinto de segurança e das cadeirinhas apropriadas é indispensável e diminui o risco de perfuração ocular. Crianças de até 12 anos de idade devem estar sempre no banco traseiro. Jamais levar a criança, de qualquer idade, no colo.

Como prestar socorro? – O principal sintoma de alerta de que pode haver algo errado é a dor. Crianças que choram muito, sem parar, e levam as mãos aos olhos, devem tê-los atentamente verificados pelos responsáveis. É importante comparar os dois olhos para tentar identificar alguma anormalidade.

De acordo com o oftalmologista do Grupo Opty, a primeira e mais importante medida de socorro, após um acidente ocular, é a lavagem dos olhos com água limpa em abundância. A única exceção se faz quando se tratar de perfurações oculares, que devem ser imediatamente encaminhadas ao pronto socorro mais próximo. É importante evitar a compressão do globo ocular até a avaliação da lesão provocada pelo acidente. Por isso, é recomendável levar a criança para ser avaliada por um oftalmologista que possui os equipamentos e os recursos necessários para um adequado exame dos olhos em casos de emergência.




Hospital de Olhos do Brasil


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