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quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Campanha com histórias reais mostra a dificuldade que os brasileiros enfrentam para compreender os rótulos dos alimentos


Vídeos produzidos pela coalizão Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável evidenciam a urgência de um novo modelo de rotulagem nutricional para conter o avanço de doenças relacionadas à alimentação não saudável


Vídeos produzidos pela coalizão Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável evidenciam a urgência de um novo modelo de rotulagem nutricional para conter o avanço de doenças relacionadas à alimentação não saudável


A Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável, coalizão composta por mais de 30 organizações da sociedade civil, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), a ACT Promoção da Saúde, o Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lança no dia 9 de novembro, durante a programação do horário nobre das emissoras de televisão,  uma campanha com histórias reais de brasileiros que enfrentam dificuldade para entender os rótulos dos alimentos.  

A campanha apresenta depoimentos de médicos, pacientes diagnosticados com doenças relacionadas à alimentação não saudável e pessoas que se preocupam com o que consomem. O objetivo é alertar para o fato de que com rótulos mais compreensíveis e informação adequada, as pessoas podem fazer escolhas alimentares mais conscientes e, consequentemente, mais saudáveis.

Dentre as histórias contadas, está a de Fabiano Luder, 42 anos, portador de diabetes tipo 2, que sofreu quatro amputações em decorrência do desenvolvimento da doença. Fabiano afirma que sua alimentação contribuiu para a sua condição. "Com informações mais claras sobre os rótulos dos alimentos, talvez minha vida fosse diferente", conta.

Outro ponto importante da Campanha, é o slogan “Anvisa, nós temos o direito de saber o que comemos”, que tem como finalidade pressionar a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e demais formuladores de políticas públicas sobre a urgência da aprovação do novo modelo. 


Rotulagem nutricional no Brasil

A proposta de rotulagem defendida pela Aliança foi desenvolvida em parceria com pesquisadores em design da informação da Universidade Federal do Paraná (UFPR)  e com base em sólidas evidências científicas. A proposta inclui a inserção de um triângulo preto na parte da frente das embalagens de produtos processados e ultraprocessados com os dizeres ‘’alto em’’ ou ‘’contém’’, indicando de forma clara o excesso de nutrientes que podem ser prejudiciais à saúde, como açúcar, sódio e gorduras totais e saturadas, além de gorduras trans e adoçantes, conforme imagem abaixo.

Esse modelo de rotulagem nutricional, em formato de advertência, também é defendido e recomendado por organizações internacionais de saúde pública, como a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância).  

“A informação mais importante, que são os ingredientes, atualmente é escrita em letras pequenas e termos técnicos. Ninguém pode saber o que contém um alimento industrializado, a menos que essa informação esteja claramente colocada no seu rótulo’’, explica o professor da faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Carlos Augusto Monteiro, um dos especialistas convidados pela campanha.

Líder do Programa de Alimentação Saudável do Idec, Ana Paula Bortoletto, reforça que esta campanha, além de conscientizar novamente a população sobre a importância da rotulagem de advertência, faz um apelo à Anvisa. ‘’Precisamos, com urgência, finalizar o  processo regulatório com uma consulta pública sobre o tema para que a população possa opinar. Acreditamos, com base nos estudos científicos que realizamos, que o  modelo de advertências contribuirá para conter o avanço acelerado de doenças como a obesidade, garantindo o direito à informação de forma clara à população’’, enfatiza.



Sobre a Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável

A Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável é uma coalizão composta por mais de 30 organizações da sociedade civil como o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a ACT Promoção da Saúde, a Abrasco, o CFN (Conselho Federal de Nutricionistas), além de profissionais, associações, movimentos sociais e pessoas físicas, incluindo pesquisadores das maiores universidades do País, com o objetivo de desenvolver e fortalecer ações coletivas que contribuam com a realização do Direito Humano à Alimentação Adequada por meio do avanço em políticas públicas para a garantia da segurança alimentar e nutricional e da soberania alimentar no Brasil.


Identidade digital pode estar à venda por menos de US$ 50


Pesquisa da Kaspersky Lab sobre a Dark Web mostra que poucos usuários sabem quanto valem as informações roubadas


Muitos de nós já ouviram falar ou até foram vítimas de cibercrimes, como o roubo de dados e de identidade. Mas, aparentemente, poucos sabem quanto valem as informações roubadas. Um novo estudo da Kaspersky Lab mostrou que, mesmo com um valor monetário acessível, as identidades são ativos importantes para os criminosos e que eles focam o roubo de contas de serviços populares, como credenciais de mídias sociais e sites de jogos. O desconhecimento dos usuários com relação ao valor dos seus dados pode resultar na falta de cuidado com a segurança e facilitar o roubo de dado e os cibercrimes.
O valor dos dados roubados não está em seu preço de revenda, que pode ser até baixo, mas está em seus diversos usos. E é nas aplicações que residem os reais problemas para as vítimas, como perda de recursos financeiros, danos à reputação, cobranças desconhecidas ou até acusação de crimes cometidos pelos criminosos utilizando a identidade roubada.

A Kaspersky Lab investigou os mercados da Dark Web para descobrir quanto valem os dados pessoais e como eles são usados pelos criminosos. Os pesquisadores da empresa identificaram que a vida digital completa de uma pessoa custa menos de US$ 50, o que inclui contas de mídias sociais, credenciais bancárias, acesso remoto a servidores ou computadores e até contas de serviços populares, como Uber, Netflix e Spotify – em alguns casos há informações para acesso a sites de jogos, aplicativos de encontros e sites de pornografia, pois eles podem conter informações de cartões de crédito. Ao mesmo tempo, os pesquisadores viram que o preço de uma única conta hackeada é menor: a maioria das ofertas é de aproximadamente US$ 1 por conta e os criminosos dão descontos nas compras em combo.



Os métodos mais usados pelos criminosos para o roubo de dados são as campanhas de spear phishing e a exploração de vulnerabilidades web em software. Após um ataque bem-sucedido, o criminoso obtém um estoque de senhas, que contêm a combinação de e-mails e palavras-chave dos serviços invadidos. E, como muitas pessoas usam a mesma senha em vários serviços, os invasores tentarão utilizar a credencial para acessar outras plataformas.

Curiosamente, alguns criminosos que vendem dados pessoais oferecem uma garantia vitalícia aos compradores. Ou seja, se eles deixarem de ter acesso a uma conta, receberão uma nova gratuitamente.

Fica claro que o roubo de informações por hackers é uma ameaça para todos nós, indivíduo e como sociedade, pois os dados roubados financiam diversas injustiças sociais. Felizmente, podemos evitar isso aumentando a consciência sobre os riscos que corremos ao fornecer nossas informações de graça para alguma empresa, em especial os dados que publicamos abertamente em nossos perfis nas redes sociais”, explica David Jacoby, pesquisador sênior em segurança da Kaspersky Lab.

Além de conhecimento, os riscos podem ser evitados tomando várias medidas de segurança simples, que devem fazer parte da vida digital dos usuários:


• Para ficar a salvo de mensagens de phishing, antes de clicar em qualquer link, sempre verifique a veracidade do endereço de destino e e-mail do remetente. Uma solução de segurança como o Kaspersky Security Cloud simplifica a vida ao usuário ao alertar caso ele tente acessar uma página maliciosa. 

• Para evitar que um vazamento de dados comprometa todos seus serviços online, nunca repita a mesma senha. Para facilitar a criação de senhas fortes e, principalmente, para lembrar delas, use um aplicativo de gerenciamento de senhas, como o Kaspersky Password Manager

• O uso da tecnologia patenteada de segurança adaptativa, que se ajusta ao estilo de vida do usuário, também oferece uma proteção extra ao verificar e alertar sobre vazamentos de dados em serviços online que podem afetar o usuário. 

• E para descobrir quem tem seus dados pessoais, utilize serviços como o PrivacyAudit.me, que pesquisa automaticamente os dados do usuário em várias fontes (a versão beta está disponível no Reino Unido e sua distribuição mais ampla acontecerá em 2019).
Para saber mais sobre o estudo sobre o valor dos dados no mercado negro, acesse o relatório completo em Securelist.com





Kaspersky Lab

Mobilidade elétrica: a nova realidade global


Diante de algumas definições internacionais para o impedimento da comercialização de veículos diesel, com repercussões no aumento de vendas dos veículos híbridos e elétricos no mundo, vale a pena o Brasil refletir sobre o que realmente tem acontecido no planeta e analisar como tem reagido e se preparado frente ao novo cenário mundial, sobretudo, alguns meses depois da publicação do programa Rota 2030 (MP843). 

Parece que o País finalmente acordou para o que acontece internacionalmente, embora o mundo não esteja mudando tão a passos largos como se esperava, em vista das projeções dos especialistas de mercado de veículos movidos à eletricidade. Os brasileiros já testemunham o aumento da oferta e do uso de ônibus e caminhões elétricos, cenário que já aponta por onde certa massificação pode acontecer.

Os desafios são grandes em toda a parte principalmente ao se tratar da frota puramente elétrica, que necessita de infraestrutura de recarga. Com subsídios em vários países, veículos leves crescem também à medida que as condições são criadas para modelos de negócios de uso compartilhado, situação normalmente relacionada a veículos elétricos mais caros, porém com vantagens em emissões e, principalmente, em uso contínuo com o menor custo por quilometro rodado.

Especialistas da indústria já se preocupam com a capacitação da mão de obra para esta transição, outros apostam que a mudança já começou com primeiros resultados de faturamento. Somado a isto, o hidrogênio e outras formas de produção de energia elétrica também começam a sair do papel.

No cenário nacional, um plano de eletromobilidade poderia ter o mesmo efeito que o RenovaBio ou plano de energia? Os patamares de pesquisa e desenvolvimento podem crescer com chamadas temáticas como as da ANEEL? Ou a comparação com políticas públicas europeias podem ajudar o Brasil a entender o processo de popularização dos veículos elétricos pelo mundo? Não somos a Noruega, nem tampouco a China, então qual receita serve para o Brasil?

A boa notícia é que modelos lançados no Exterior não demoram tanto para vir ao Brasil. Resta somente saber quando a cadeia será verticalizada com volumes maiores e quais são esses volumes para viabilizar uma localização com investimentos. Veículos elétricos americanos ou asiáticos, quais sistemistas têm a melhor estratégia para a introdução dos veículos elétricos no País? Ainda não se pode esquecer dos biocombustíveis.

Existem ainda muitas dúvidas, mas algo é certo: o Brasil tem quem faça, como Lucas Di Grassi, piloto de Formula-E e Stock Car, além de CEO da Roborace, a primeira plataforma de motorsport autônoma do planeta. Um exemplo para os universitários que também constroem veículos elétricos do zero com orçamentos bem curtos, mas que já conquistaram prêmios valiosos no Exterior, em preparação para a era da eletromobilidade.

Quem tiver interesse em discutir o assunto está convidado para o 7º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos, que reunirá lideranças de montadoras, sistemistas, centros de pesquisa, distribuidores de energia, universidades e órgãos do poder público para palestras e debates. O encontro será realizado em duas manhãs, dias 12 e 13 de novembro, no São Paulo Expo, em paralelo ao 30º Salão Internacional do Automóvel.







Ricardo Takahira - engenheiro eletricista, consultor sênior da GFA Consulting Group alocado no Promob-e GIZ e chairperson do 7º Simpósio SAE BRASIL de Veículos Elétricos e Híbridos



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