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segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Dor nos seios. Devo me preocupar?


Entenda as principais causas e motivos do sintoma

Uma das principais questões de saúde feminina é sobre o quanto é normal ou preocupante a dor nos seios. O mais importante é sempre manter a calma, pois a dor na mama é um sintoma que pode afetar 70% das mulheres e o principal motivo é a alteração hormonal relacionada à TPM, menstruação ou menopausa. No entanto, pode haver outras situações que precisam ser avaliadas por um especialista, como: cistos nos seios, mastite da amamentação ou câncer de mama.
“Uma mulher que sempre sente dores na região dos seios, durante uma consulta com o seu ginecologista, pode conversar a respeito e tirar essa dúvida. Em muitos casos, ela chega ao consultório assustada, pensando que é uma doença grave, mas trata-se de uma dor cíclica ligada à uma mudança hormonal”, explica o Dr. Rogério Fenile, mastologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia.
Se essas dores não representam riscos à saúde da mulher, mas são severas e atrapalham a sua qualidade de vida, o médico pode prescrever anti-inflamatórios não hormonais. No entanto, segundo o especialista, há aqueles casos que precisam de atenção. "Cada caso tem que ser avaliado individualmente, pois por trás dessa dor pode haver algo mais grave que não deve ser descartado sem uma conversa”, destaca Fenile.
Entre eles estão:

Cistos Mamários
Os cistos mamários podem ou não apresentar sintomas, tudo vai depender do seu tamanho. A lesão costuma ser benigna e, muitas vezes, ela passa despercebida por anos, sendo diagnosticada apenas em um exame de imagem, como a ultrassonografia. Os cistos podem aparecer em qualquer idade, sendo mais comum entre os 35 e 55 anos. Nessa faixa etária, eles estão presentes em 40% das mulheres.
“Um cisto mamário não é câncer e não tem o risco de se tornar um. O que pode acontecer é de um cisto grande atrapalhar a visualização de alguma outra lesão maligna, em um exame de imagem”, diz o mastologista.
Os cistos assintomáticos não requerem nenhum tipo de tratamento. Mas, se ele for palpável, com cerca de 0,5 cm, e trouxer insegurança ou incômodo para a paciente ele pode ser aspirado por uma agulha fina. 

Mastite
No caso da mastite, estamos falando de uma inflamação da mama acompanhada ou não de infecção. Muito comum na amamentação, ela pode ser causada por leite represado nos ductos mamários, o famoso leite empedrado, ou por lesões no mamilo. Este último está associado à ferimentos causados durante a amamentação. “A mãe pode ter dor, inchaço, febre e os seios avermelhados. Fazer massagens, compressas e esvaziar a mama pode ajudar. Se a situação persistir, é preciso procurar um médico para que ele avalie o que pode ser feito”, destaca Fenile.

E o câncer?
De acordo com o especialista, raramente a dor nos seios é um sinal de câncer. Os tumores malignos nessa região não costumam causar dores. No caso de câncer haverá sintomas, como: liberação de secreção pelos mamilos, até mesmo sangue; nódulos que estão sempre presentes e não diminuem; coceira frequente na mama ou no mamilo; alteração no tamanho dos seios e inchaço frequente nas ínguas e axilas.
“A melhor forma de identificar é fazendo o autoexame com frequência e procurando um mastologista”, orienta o médico. As mulheres com maiores riscos de ter câncer de mama são as que possuem mães ou avós com câncer de mama, com mais de 45 anos de idade, e as que já tiveram algum tipo de câncer. As mulheres jovens, que amamentaram e que tiveram apenas lesões benignas ou até mesmo cisto benigno na mama, não têm risco mais elevado de câncer de mama.
“Em todo caso, é importante ir ao ginecologista, pelo menos, uma vez por ano, fazer os exames de rotina e realizar a mamografia a partir dos 40 anos de idade”, finaliza o mastologista.




Dr. Rogério Fenile - Mestre e Doutor em Ciências Médicas pela Disciplina de Mastologia do Departamento de Ginecologia da UNIFESP e membro titular da Sociedade Brasileira de Mastologia. É especialista em cirurgia de reconstrução mamária, com mais de 20 anos de experiência médica. Para saber mais sobre o seu trabalho, acessewww.drrogeriofenile.com.br ou @drrogeriofenile nas redes sociais.
  

"Tudo que faz mal para o seu coração, faz mal para o seu pênis"; urologista alerta sobre causas da disfunção erétil

Condição mais temida pelos homens atinge cerca de 10 milhões de brasileiros e pode ser tratada com medicamentos ou com o implante de prótese


Hipertensão, colesterol, obesidade e hábitos como consumo de tabaco e álcool, além do estresse, são fatores de risco que atingem não somente o coração, mas a vida sexual dos homens, podendo causar a tão temida disfunção erétil, popularmente conhecida como impotência. Segundo pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a condição é o segundo problema de saúde mais temido pelos homens, depois das doenças cardiovasculares e o infarto.

A disfunção erétil afeta a qualidade de vida do homem, em relação à autoestima, e consequentemente, atinge a qualidade de vida da família, que se relaciona com o paciente. Estudos indicam que cerca de 10 milhões de homens apresentam problemas de ereção no país e muitos vão se defrontar com a condição ainda este ano.

Segundo o professor de Urologia da UNIFESP e urologista do Hospital Sírio Libanês, Fernando Almeida, a dificuldade de ter ou manter uma ereção pode estar associada a problemas vasculares, estresse ou maus hábitos alimentares e consumo de álcool e tabaco. "Durante a ereção, a artéria peniana se abre, para a passagem de um fluxo intenso de sangue, que mantém o pênis ereto. Quando há um acúmulo de gordura nos vasos do corpo, causando a obstrução das artérias, a passagem do sangue será limitada e, portanto, a ereção também".
O especialista esclarece que existem opções de tratamento para a disfunção erétil com medicações via oral, injeções intracavernosas e tratamentos definitivos como a colocação de um implante.


Prótese peniana

Existem dois tipos de próteses, a maleável e a inflável. A prótese peniana maleável é composta de dois cilindros flexíveis colocados dentro do pênis. Ela cria uma ereção permanente e é posicionada para permitir a penetração e a relação sexual. São mais acessíveis, por terem cobertura dos convênios, e mais fáceis de manusear, mas podem causar constrangimentos sociais, por manter o pênis sempre ereto.

Já a prótese peniana inflável simula o mecanismo natural de funcionamento do pênis, permitindo uma ereção totalmente rígida durante a relação sexual e depois a flacidez completa. Ela é composta por dois cilindros, um reservatório de soro contido no corpo e uma bombinha localizada dentro do saco escrotal. Para obter uma ereção, o homem aperta a bombinha e o soro do reservatório é transferido para o pênis, causando a ereção. Após a relação sexual, o homem aciona a bombinha e o pênis volta para o estado de flacidez.



Cirurgias minimamente invasivas são eficazes para tratar doenças que mais afetam os idosos


 Especialista garante que os problemas recorrentes estão relacionados às fraturas patológicas da coluna e aponta os tratamentos mais adequados  

 
O envelhecimento da população brasileira acontece em ritmo acelerado, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025 mais de 34 milhões de pessoas terão mais de 60 anos. É um número que já se aproxima da média dos países europeus onde os habitantes mais velhos correspondem a 21% da população. Com isso, o país precisa estar preparado para lidar não com o impacto desse envelhecimento na previdência, mas também na qualidade de vida dessas pessoas. Os problemas de saúde mais comuns entre os mais velhos estão relacionados às quedas, provocadas, principalmente, pela instabilidade postural ou pelo enfraquecimento das estruturas musculares e ósseas.  

Segundo o ortopedista e diretor da Clínica Pró-Movimento, Dr. Maurício Marteleto, é preciso estar atento também as fraturas patológicas de coluna que decorrem de diferentes fatores um deles é a osteoporose. A expressão “tsunami de fraturas” foi criada pela Fundação Internacional de Osteoporose (IOF) para alertar a população do perigo da doença, que, após os 50 anos, atinge uma em cada três mulheres e um em cada cinco homens. "A osteoporose é uma condição de perda de massa óssea e alteração da microarquitetura do osso, favorecendo as fraturas em mínimos traumas. A fratura mais frequente é a do fêmur, ocasionando uma qualidade ruim de vida, com dependência física e dores", explica o especialista. 

Outro problema recorrente nos idosos é a hérnia de disco duras e as estenoses do canal lombar. Existem várias causas para o problema, que pode ser evolutivo e envolver fatores genético, mecânico, degenerativo, nervoso, vascular, imunológico, infeccioso e biológico. 

As fraturas patológicas são tratadas com cirurgias minimamente invasivas como a vertebroplastia ou cifoplastia, caracterizadas por apresentarem cortes menores e por causarem menor dano interno ao paciente. "Durante esse tipo de cirurgia (minimamente invasiva), os danos aos músculos e aos tecidos adjacentes à incisão são menores, por isso o sangramento é menor, o que gera cicatrizes menores e reduz o tempo de recuperação do paciente", analisa o ortopedista. Além disso, segundo o Dr. Maurício, há uma menor incidência de complicações pós-operatórias. Para esses tratamentos, o Dr. Maurício Marteleto ressalta a importância de um bom exame clínico e também da liberação cardiológica, além de orientação quanto ao processo de reabilitação. "Nos exames clínicos é realizada uma avaliação física e neurológica, para determinar se a fratura está causando compressões dos nervos. Podem ser feitas ainda uma radiografia, tomografia ou ressonância magnética, para entender qual a progressão da fratura", finaliza o médico.  
 






Dr. Maurício Marteleto Filho - médico ortopedista formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia - SBOT. Há mais de 10 anos atua na área de cirurgia da coluna vertebral, sendo membro efetivo da Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), Sociedade Brasileira de Patologia da Coluna Vertebral (SBPCV) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva da Coluna Vertebral.  

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