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quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Yoga se consolida como excelente opção de atividade para crianças



É cada vez maior o número de adultos que investem na prática de yoga por conta de seus inúmeros benefícios tanto para a saúde física quanto mental. No entanto, um novo público vem chamando atenção nestas aulas, o infantil.

“Os pais estão inserindo o yoga na vida das crianças cada vez mais cedo. A busca pela concentração, pelo controle da agitação e pela consciência corporal e da respiração é um dos fatores motivadores para a família, que enxerga todos estes resultados com a prática pelos pequenos”, explica Danielly Abreu, professora da Ecofit Club (http://www.ecofit.com.br/).

Segundo a especialista, a principal diferença entre as aulas para adultos e para as crianças está na forma de abordar e aplicar cada etapa. “Simplificamos a linguagem verbal utilizada, para que ela não seja desestimulante, e acrescentamos brincadeiras, desenhos, expressões corporais, mímicas, cânticos de mantras e contos que apresentem valores éticos, inserindo as posturas neste contexto. Estas ferramentas ajudam o aluno a se expressar com mais autenticidade e confiança, otimizando os resultados”, afirma.

As crianças podem iniciar a prática de yoga aos 3 anos. O trabalho é lúdico e o profissional deve ter sua atenção voltada para as individualidades de cada aluno, identificando qual prática é mais benéfica para cada um. “Boa parte dos asanas (posturas) executados pelos adultos pode ser praticada também pelos pequenos”.

O domínio das técnicas respiratórias é um dos principais focos da yoga voltada para o público infantil. Durante as aulas, são utilizados alguns métodos para estimular a concentração e a atenção da mente da criança, resultando em uma prática calma e tranquila e facilitando o relaxamento. Em cada série proposta, são dados aos alunos estímulos e objetivos a serem alcançados, o que faz com que eles se sintam motivados em praticar.

Porém, fica um alerta. “Assim como os adolescentes e os adultos, as crianças devem sempre executar os asanas respeitando os limites do seu corpo, de acordo com a sua faixa etária. Mantendo a atenção sempre focada em cada asana executado, o corpo adquire consciência, evitando as lesões”, diz Danielly. 

Entre os inúmeros benefícios da atividade, estão o alívio de doenças respiratórias e psicossomáticas e de desordens do aparelho digestivo, além da perda de peso e do aumento da autoestima, da confiança, da concentração, da memória e da paz interior.

“Com todos os benefícios da prática do yoga, certamente a criança se tornará um adulto muito mais tolerante, seguro de si e amável, compreendendo o mundo de uma forma mais clara e objetiva”, finaliza a professora.




Brincadeira de criança pode gerar acidentes graves



Condutas de primeiros socorros contribuem para minimizar consequências


Quedas, cortes, fraturas e queimaduras. Estas são algumas das principais ocorrências quando as brincadeiras infantis não têm um desfecho positivo. Saber como conduzir os momentos de lazer de forma segura é tão importante quanto saber como agir em caso de acidentes. Os cuidados iniciais, até a indicação de encaminhamento ao serviço de emergência médica reduzem as possíveis sequelas, que podem se agravar de acordo com o fato ocorrido, em casos extremos, chegando ao óbito.

- Crianças de 5 a 10 anos, geralmente, são vítimas de quedas devido as brincadeiras. Seja enquanto correm, ou mesmo no uso de bicicletas e similares, é indicado que estejam supervisionadas por adultos e, sempre que possível, utilizem equipamentos de segurança. A atenção também tem que ser dada aos bebês e crianças menores de 2 anos, que podem vir a cair da cama, principalmente se dormirem com os pais. Após quedas sem lesões aparentes, é preciso que as crianças sejam observadas e em caso de vômito, sonolência ou forte dor de cabeça, levadas ao serviço de emergência para uma avaliação mais específica – destaca Dra. Carla Dall Olio, coordenadora da emergência pediátrica do Hospital Barra D’Or.

Outro ponto de atenção quanto as brincadeiras é o risco de ingestão de objetos. A curiosidade associada a disponibilidade de pequenas peças podem ser uma armadilha. Bebês de 1 a 2 anos estão na fase oral e tendem a colocar na boca tudo o que encontram. Embora seja uma fase importante para o desenvolvimento, deve ser monitorada por adultos para evitar que tenham acesso a elementos perigosos.

- A garganta tem cerca de 3cm de diâmetro, sendo espaço suficiente para ingestão de objetos que podem causar o sufocamento ou, em caso de ingestão ou aspiração total, serem direcionados a órgãos como estômago e pulmão. O risco também é iminente com feijão e outros alimentos, como amendoim, quando colocados na cavidade nasal e/ou auricular. Além disso, sacolas e embalagens plásticas devem ser guardados em lugares seguros. É preciso que todo o ambiente de acesso destas crianças seja observado, e que os brinquedos sejam recolhidos após o uso, para a prevenção de acidentes – pontua a pediatra.



 Saiba quais são os outros riscos quando o assunto envolve crianças e acidentes, e o que fazer:


·         Queimaduras: Podem acontecer devido ao forte calor produzido por brinquedos, principalmente se estiverem conectados a tomadas, mas também em outros ambientes da residência – principalmente a cozinha. É indicado que o local seja lavado com agua corrente, para resfriar, mas não se deve esfregar a área queimada. Após esta primeira etapa, deve-se buscar atendimento em uma unidade de emergência para avaliação de cuidados adicionais.


·         Ingestão de objetos: No primeiro momento, o indicado é ligar para 190 para que o Corpo de Bombeiros oriente os protocolos iniciais de expulsão do objeto. Uma outra possibilidade é que o contato seja feito com a emergência pediátrica de referência, para onde a criança será encaminhada. Não é indicado tentar retirar o objeto com pinças e outros materiais, sob o risco de empurrar o objeto, contribuindo com a obstrução.


·         Medicamentos e produtos de limpeza: As intoxicações são frequentes oriundas da ingestão destes produtos, pois devido a aparência (coloração forte) são atrativos para as crianças. Devem ser guardados nos frascos originais, em armários altos e/ou trancados. Em caso de contato com produtos que possam causar intoxicação, é preciso identificar o que causou o acidente e, se possível. Se houve ingestão, não é indicado oferecer líquidos ou provocar vômito, mas sim levar para avaliação médica, que pode ter a indicação de lavagem estomacal de acordo com o fato. Se o contato foi com pele ou com os olhos, o local deve ser lavado com bastante água e, caso perceba irritação da área, buscar atendimento médico. 


·         Cortes: Objetos cortantes ou pontiagudos devem sempre ser restritos ao acesso de crianças, para evitar acidentes. Caso ocorra, se o corte for superficial, a área deve ser lavada em água corrente, com sabão neutro, podendo ser feito – diante da necessidade, um curativo simples. No entanto, em caso de corte profundo, a área além de lavada deve ser comprimida para evitar o sangramento excessivo, até a chegada em uma unidade de emergência. O ideal é que este tempo não exceda seis horas para a realização da sutura, assim como as demais terapêuticas de prevenção, como vacina antitetânica.



Orientações do Inmetro:


·         No ato da compra, exigir o selo de identificação da conformidade ou selo de certificação. Ele demonstra que o produto atente a requisitos mínimos de segurança estabelecidos em normas e regulamentos.


·         Não comprar produtos no comércio informal, mas sim no comércio legalmente estabelecido. Os produtos comprados no comércio informal, geralmente mais baratos, na quase totalidade dos casos são produtos irregulares, falsificados e, apenas como exemplo, podem conter substâncias tóxicas na sua composição. Exija sempre a nota fiscal do estabelecimento onde comprou para que haja responsabilidade social em caso de acidente ou defeito no produto.


·         Antes de entregá-los às crianças, leia atentamente as instruções de uso, que orientam quanto ao uso seguro do produto. Cuidados especiais devem ser observados na retirada das embalagens, que podem ter grampos metálicos, papéis com tintas inadequadas, etc.


·         Particularmente, para brinquedos, deve ser dada atenção à faixa etária recomendada para o produto. Peças pequenas, em especial, são muito perigosas se usadas por crianças com idades inadequadas. Cabe total atenção nos lares onde existam crianças com diferentes faixas etárias.






Palmada não educa e compromete a formação de personalidade de crianças e adolescentes



A Lei da Palmada é o nome informal da Lei nº 13.010 de 2014, que proíbe o uso de agressões físicas ou tratamentos cruéis e degradantes como forma de castigo contra crianças e adolescentes.

O castigo físico não é uma forma efetiva de educar; a agressão acontece em decorrência do descontrole momentâneo de um adulto em lidar com um comportamento errado da criança. É uma resposta altamente emocional para diminuir a raiva do adulto, como uma descarga elétrica.

"A falta de controle e impotência diante da situação é a razão pela qual o adulto reage agressivamente, mostrando não ser capaz de educar pela argumentação e pelo exemplo", explica Marisa Castanho, psicóloga educacional e escolar, psicopedagoga e diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp).

A palmada tem justamente o efeito contrário do esperado. Em vez de ensinar, provoca raiva e tristeza na criança, que pode se comportar de maneira agressiva, mostrando tendência em bater em outras crianças ou brinquedos, e mostrar irritabilidade em brincadeiras, tanto no ambiente escolar quanto em casa.

Este comportamento negativo funciona como um mecanismo compensatório, sendo uma forma da criança ou adolescente lidar com a raiva e frustração, já que se encontra em desvantagem física em relação ao adulto.
"Violência gera violência, agressão incita necessidade de defesa", analisa a psicopedagoga.

A agressão, inclusive, interfere na formação da personalidade infantil, formada a partir de vivências individuas e socioculturais.

Um grupo social é formado, segundo a especialista, cujo comportamento tende a ser mais reativo do que reflexivo, com pessoas mais individualistas com dificuldade de serem empáticas. "Do ponto de vista da socialização, são comportamentos mais imaturos", revela.

Pais e responsáveis precisam se conscientizar que as crianças e adolescentes não devem aprender o certo pelo medo de apanhar, e sim compreendendo os valores éticos e morais que regem a sociedade.

"A educação deve partir do exemplo de coerência entre a ação e a representação, entre o que se diz e o que se faz. Pela capacidade de se colocar no lugar da criança e levá-la a compreender, dentro de suas possibilidades, o valor das coisas e da vida. Não se educa simplesmente pelo castigo, principalmente o castigo físico, nem tampouco pela premiação, mas pela capacidade de se incutir nas crianças valores positivos na vida social", comenta Marisa Castanho, diretora da ABPp.





Marisa Castanho - diretora da Associação Brasileira de Psicopedagogia (ABPp)




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